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Tratamentos Térmicos dos Ferros Fundidos e Aços Inoxidáveis Prof. Dr. Dalmarino Setti T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 2 Tratamentos Térmicos dos Ferros Fundidos Os tratamentos térmicos dos Ferros Fundidos são apresentados de acordo NBR 13187. Os Tratamentos contemplados na norma são os seguintes: � Alívio de Tensões � Normalização � Nitrocarbonetação � Têmpera Superficial (por indução e chama) � Têmpera Total e Revenido � Recozimento Ferrítico ou Ferritização � Recozimento Subcrítico T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 3 Alívio de Tensões nos Ferros Fundidos � Objetivo: Eliminar tensões internas, sem modificação de propriedades com a finalidade de manter estabilidade dimensional após processos de fabricação. � Aplicação: Em ferros fundidos cinzentos e nodulares, no estado bruto de fusão, após soldagem, usinagem e tratamento térmico. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 4 Alívio de Tensões nos Ferros Fundidos � Procedimento Taxa de aquecimento = 100 ºC/h (máxima) Tempo de encharque = 25 mm/h Taxa de resfriamento = 50 ºC/h Resfriamento = até 200 ºC. � Temperatura de Alívio de Tensões: Ferros Fundidos Baixa Liga = 550 - 650 ºC Ferros Fundidos Não Ligado = 500 - 550 ºC T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 5 Normalização nos Ferros Fundidos � Objetivo: Melhorar propriedades mecânicas (aumentar ou diminuir) como resistência a tração, alongamento e dureza ou restaurar propriedades do estado bruto de fusão, cuja estrutura tenha sido alterada. � Aplicação: Em ferros fundidos cinzentos e nodulares, no estado bruto de fusão, após soldagem e tratamento térmico. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 6 Normalização nos Ferros Fundidos � Procedimento Aquecimento = Acima temperatura crítica (870 a 950 ºC) Taxa de aquecimento = 50 a 100 ºC/h Tempo de encharque = 25 mm/h Taxa de resfriamento = Ao ar calmo ou forçado � Observação: O temperatura de encharque, a velocidade de resfriamento são influenciadas pela composição química e pela microestrutura antes do tratamento térmico, matriz desejada e a geometria das peças. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 7 Normalização nos Ferros Fundidos Ferro Fundido Nodular Normalizado. Nital, 500 x. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 8 Têmpera Superficial nos Ferros Fundidos � Objetivo: Método de têmpera localizada, com a finalidade de obter regiões da superfície com alta dureza, ou seja, boa resistência ao desgaste. � Aplicação: Em peças de ferros fundidos cinzento e nodular que requeiram resistência ao desgaste superficial, mantendo as propriedades de núcleo inalteradas. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 9 Têmpera Superficial nos Ferros Fundidos Procedimento: � Aquecimento realizado por chama ou por indução magnética. � Parâmetros de processo devem ser adequados a espessura de camada desejada. � Meios de resfriamento normalmente utilizados, água, óleo e polímeros. � O carbono combinado dos ferros fundidos a serem tratados deve ser entre 0,35 e 0,80% para terem boa resposta ao tratamento. � Revenido de 180 a 200 ºC por 2 horas necessário. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 10 Têmpera Superficial nos Ferros Fundidos � As peças a serem temperadas superficialmente não devem conter porosidades e materiais estranhos como areia e escórias, em suas superfícies, pois podem gerar superfície rugosa ou trincas após a têmpera. � As superfícies devem estar limpas por jateamento antes da têmpera, pois a areia e carepas agem como isolantes térmicos e reduzem a eficiência do processo. � Requisitos finais: A dureza superficial e a profundidade da camada temperada devem atender às especificações preestabelecidas. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 11 Têmpera Total nos Ferros Fundidos � Objetivo: Tratamento térmico destinado a promover a transformação da austenita somente em martensita. Utilizado para aumentar a resistência mecânica, dureza e resistência ao desgaste. � Aplicação: Em ferros fundidos cinzentos e nodulares, após usinagem, pode ser aplicado após os tratamentos térmicos de alívio de tensões, normalização e recozimento. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 12 Têmpera Total nos Ferros Fundidos Procedimento: � Taxa de aquecimento = 100 ºC/h até 650ºC � Tempo de encharque = 0,5 a 1 hora para cada 25 mm espessura. � Temperatura de tratamento Ferros Fundidos Cinzentos Não Ligados: TA(ºC) = 723 + 28. (%Si)- 25.(%Mn) � Recomenda-se acrescentar 90 ºC a temperatura TA calculada. � Para o Ferro Fundido Nodular utilizar a temperatura de 845 a 925 ºC. � O meio de resfriamento mais adequado é o óleo, de preferência sob agitação. Peças de geometria complexa devem ser temperadas em óleo aquecido entre 80 e 100 ºC. � Peças de seção não uniforme, a seção de maior espessura deve entrar primeiro no meio de resfriamento. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 13 Têmpera e Revenido nos Ferros Fundidos Ferro Fundido Nodular Temperado e Revenido. Nital, 500 x. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 14 Revenido nos Ferros Fundidos � Objetivo: Consiste no aquecimento do material temperado, a uma temperatura abaixo da zona crítica, tendo como finalidade a eliminação de tensões criadas na têmpera ou normalização, bem como o ajuste de propriedades mecânicas. � Aplicação: Em ferros fundidos cinzentos e nodulares. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 15 Revenido nos Ferros Fundidos � Procedimento: Realizar este procedimento abaixo da zona crítica. Taxa de aquecimento = 50 a 100 ºC/h Tempo de encharque = 25 mm/h Temperatura de tratamento = 200 a 400 ºC. Resfriar ao ar após o revenido. � Requisitos finais: As propriedades mecânicas e estruturais devem atender às especificações preestabelecidas. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 16 Revenido nos Ferros Fundidos Efeito da temperatura de revenido na resistência a tração de Ferro Fundido Cinzento, austenitizado a 870 ºC. Nital, 500 x. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 17 Recozimento Ferrítico nos Ferros Fundidos � Objetivo: Tratamento térmico destinado a obtenção de matriz ferrítica. � Aplicação: Em ferros fundidos cinzentos e nodulares, quando não for possível obter a estrutura ferrítica no estado bruto de fusão ou após soldagem. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 18 Recozimento Ferrítico nos Ferros Fundidos � Procedimento: Realizar este procedimento acima da zona crítica. Taxa de aquecimento = 50 a 100 ºC/h Tempo de encharque = 25 mm/h Taxa de resfriamento = 50 ºC/h (máxima) Temperatura de tratamento = 870 a 925 ºC. Resfriamento = até 600 ºC aoforno. � Requisitos finais: As propriedades mecânicas e estruturais devem atender às especificações preestabelecidas. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 19 Recozimento Ferrítico nos Ferros Fundidos Ferro Fundido Cinzento não ligado. 400 x. (a) Bruto de Fusão 180 HB. (b) Recozido 120 HB. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 20 Recozimento Subcrítico nos Ferros Fundidos � Objetivo: Tratamento térmico destinado a obtenção de matriz ferrítica, quando a estabilidade dimensional da peça fica comprometida em se fazendo um recozimento ferrítico. � Aplicação: Em ferros fundidos cinzentos e nodulares, quando não for possível obter a estrutura ferrítica no estado bruto de fusão. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 21 Recozimento Subcrítico nos Ferros Fundidos � Procedimento: Realizar este procedimento abaixo da zona crítica. Taxa de aquecimento = 50 a 100 ºC/h Tempo de encharque = 25 mm/h Taxa de resfriamento = 50 ºC/h (máxima) Temperatura de tratamento = 680 a 700 ºC. Resfriamento = até 600 ºC. � Requisitos finais: As propriedades mecânicas e estruturais devem atender às especificações preestabelecidas. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 22 Recozimento Subcrítico nos Ferros Fundidos Ferro Fundido Nodular. 100 x. (a) Completamente Recozido. (b) Parcialmente Recozido. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 23 Nitrocarbonetação nos Ferros Fundidos � Objetivo: Tratamento termoquímico que envolve difusão de nitrogênio e carbono simultaneamente, com o objetivo de melhorar as propriedades de resistência a fadiga, ao desgaste ou a corrosão. � Aplicação: Em componentes de ferro fundido cinzento e nodular, sujeitos à fadiga, ao desgaste e à corrosão. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 24 Nitrocarbonetação nos Ferros Fundidos � Procedimento: Realizar alívio de tensões ou revenido 25 ºC acima da temperatura de nitrocarbonetação. O processo é executado a temperaturas inferiores a 675 ºC durante 1 a 6 horas em banhos de sais ou em meio gasoso. � Requisitos finais: Testar as peças quanto a: Uniformidade da camada: Mergulhar as peças em solução de CuSO4 a 10% o aparecimento de deposição indica falta de camada. Espessura de camada: Determina em corpos de prova por meio de metalografia. Deve ser de no mínimo de 0,004 mm e no máximo de 0,03 mm. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 25 Tratamentos Térmicos dos Ferros Fundidos Outros tratamentos térmicos importantes dos Ferros Fundidos não contemplados na norma NBR 13187 são apresentados. Estes são os seguintes: � Austêmpera em Ferro Fundido Nodular – Austempered Ductile Iron (ADI). � Maleabilização do Ferro Fundido Branco T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 26 Austêmpera em Ferro Fundido Nodular � Tratamento térmico destinado a promover a transformação da austenita em bainita, sendo que as propriedades obtidas dependem da temperatura de tratamento. martensita. Utilizado para aumentar a resistência mecânica, dureza e resistência ao desgaste. Bainita Inferior 260 a 320 ºC – Aumento de resistência, mecânica, dureza e resistência ao desgaste e moderada tenacidade. Bainita Superior 350 a 450 º C - Aumento de resistência, mecânica, dureza e alta ductilidade e tenacidade. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 27 Austêmpera em Ferro Fundido Nodular Propriedades de ADI norma ASTM A 897 M. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 28 Austêmpera em Ferro Fundido Nodular Ferro Fundido Nodular Austemperado. Nital 3% 300 x. (a) Austemperado 260ºC. LRT= 1585 MPa, LE= 1380, A= 3% 475 HB. (b) Austemperado 370ºC. LRT= 1035 MPa, LE= 825, A= 11% 321 HB. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 29 Maleabilização do Ferro Fundido Branco � É um tratamento térmico ao qual se submetem ferros fundidos brancos, de composições bem definidas, com carbono na forma primária de cementita e perlita, e que consiste num aquecimento prolongado, em condições previamente estabelecidas de temperatura, tempo e meio, de modo a provocar transformação de parte ou totalidade do carbono em grafita ou, em certos casos, eliminar completamente uma parte do carbono. � Há dois processos fundamentais de maleabilização. Maleável de Núcleo Branco ou Europeu Maleável de Núcleo Negro ou Americano T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 30 Maleável de Núcleo Branco – Maleável Europeu � Neste tipo, a maleabilização ocorre por descarbonetação. � As peças de ferro fundido branco de composição controlada são colocadas em caixas com um material oxidante (minério de ferro). � Este tratamento é efetivo para peças de seção de até 5 mm de espessura, peças mais espessas sofrem grafitização no interior. CT(%) Si(%) Mn(%) S(%) P(%) 3,0 - 3,5 0,45 – 0,75 0,10 – 0,40 0,20 máx. 0,15 máx. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 31 Maleável de Núcleo Branco – Maleável Europeu � O tratamento térmico é constituído de 3 estágios: 1º Estágio: Tratamento isotérmico entre 900 e 1000 ºC, onde ocorre forte descarbonetação e grafitização em peças grossas. 2º Estágio: Resfriamento lento a partir da temperatura de tratamento até 700 ºC, onde ocorre grafitização da austenita. 3º Estágio: No resfriamento final a partir de 700 ºC pode-se formar perlita se existir carbono disponível. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 32 Maleável de Núcleo Preto – Maleável Americano � Neste tipo, a maleabilização ocorre por grafitização. � As peças de ferro fundido branco de composição controlada são colocadas em caixas com um material inerte (cinza, areia ou atmosfera controlada). � Este tratamento pode ser utilizado em peças mais espessas mais os tempos são mais longos. CT(%) Si(%) Mn(%) S(%) P(%) 2,20 – 2,80 0,90 – 1,60 0,50 máx. 0,20 máx. 0,15 máx. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 33 � O tratamento térmico é constituído de 3 estágios: 1º Estágio: Tratamento isotérmico a 950 ºC, para grafitização da cementita livre. 2º Estágio: Resfriamento lento a partir da temperatura de 950 ºC até 735 ºC, para grafitização da cementita proveniente da austenita. 3º Estágio: Tratamento isotérmico a 735 ºC ocorre a grafitização do carbono proveniente da perlita. � A grafita resultante tem aspecto de contornos rendilhados. Maleável de Núcleo Preto – Maleável Americano T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 34 Maleabilização do Ferro Fundido Branco (Esquerda) Ferro fundido maleável bruto de Fusão, carbonetos e perlita. (Direita) Ferro fundido maleável após tratamento, perlita e nódulos de grafita. 400 x. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 35 Tratamentos Térmicos dos Aços Inoxidáveis � Ostratamentos térmicos dos aços inoxidáveis são apresentados de acordo NBR 6214. � Tratamentos distintos conforme o tipo do aço. Tratamentos dos Aços Ferríticos Tratamentos dos Aços Austeníticos Tratamentos dos Aços Martensíticos T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 36 Tratamento Térmico dos Aços Ferríticos � O único tratamento aplicado aos aços Ferríticos é o recozimento (recristalização). � Melhor condição de resistência corrosão, ductilidade e baixa dureza é no estado recozido. � Estes aços apresentam fragilidade a 475 ºC, sendo a resistência ao impacto a mais afetada. � Portanto evitar resfriamento lento na faixa de 400 a 525 ºC. � Tempo de Permanência de 3 a 5 minutos para cada 2,5 mm de espessura. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 37 Aços Inoxidáveis Ferríticos Aço C(%) Mn(%) Si(%) Cr(%) Ni(%) P(%) S(%) Outros 405 0,08 1,00 0,50 11,5-14,5 --- 0,04 0,03 0,1-0,3 Al 430 0,12 1,00 1,00 16,0-18,0 --- 0,04 0,03 --- 442 0,20 1,00 1,00 18,0-23,0 --- 0,04 0,03 --- 446 0,20 1,50 1,00 23,0-27,0 --- 0,04 0,03 0,25 N 502 0,10 1,00 1,00 4,0-6,0 0,40-0,65 0,04 0,03 --- T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 38 Recozimento dos Aços Ferríticos Aço Temperatura (ºC) Resfriamento Dureza (HRB) 405 650 a 820 Ar ou água 75 430 700 a 790 Ar ou água 85 430 820 a 900 Forno até 600 ºC e resfriar ao ar. 85 442 760 a 830 Ar ou água 90 446 760 a 830 Ar ou água 83 502 720 a 750 Ar ou água 75 Fonte: NBR 6124 T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 39 Tratamento Térmico dos Aços Austeníticos � Os aços Austeníticos convencionais tem como principal tratamento a solubilização. � A solubilização consiste no aquecimento a alta temperatura e resfriamento rápido para manter a estrutura austenítica homogênea. � Tratamento necessário para evitar corrosão intergranular, especialmente em peças fundidas. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 40 Tratamento Térmico dos Aços Austeníticos � A corrosão intergranular nos aços inoxidáveis Austeníticos ocorre pela precipitação de (FeCr)4C que retira Cr da matriz. � Ocorre na faixa de temperatura de 450 a 900 ºC. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 41 Aços Inoxidáveis Austeníticos Aço C(%) Mn(%) Si(%) Cr(%) Ni(%) P(%) S(%) Outros 201 0,15 5,5-7,5 1,00 16,0-18,0 3,5-5,5 0,06 0,03 0,25 N 202 0,15 7,5-10 1,00 17,0-19,0 4,0-6,0 0,06 0,03 0,25 N 301 0,15 2,00 1,00 16,0-18,0 6,0-8,0 0,045 0,03 --- 302 0,15 2,00 2,0-3,0 17,0-19,0 8,0-10,0 0,045 0,03 --- 302B 0,15 2,00 1,00 17,0-19,0 8,0-10,0 0,045 0,03 --- 304 0,08 2,00 1,00 18,0-20,0 8,0-10,5 0,045 0,03 --- 304L 0,03 2,00 1,00 18,0-20,0 8,0-12,0 0,045 0,03 --- 305 0,12 2,00 1,00 17,0-19,0 10,5-13,0 0,045 0,03 --- T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 42 Aços Inoxidáveis Austeníticos Aço C(%) Mn(%) Si(%) Cr(%) Ni(%) P(%) S(%) Outros 309 0,20 2,00 1,00 22,0-24,0 12,0-15,0 0,045 0,03 --- 310 0,25 2,00 1,50 24,0-26,0 19,0-22,0 0,045 0,03 --- 314 0,25 2,00 1,5-3,0 23,0-26,0 19,0-22,0 0,045 0,03 --- 316 0,08 2,00 1,00 16,0-18,0 10,0-14,0 0,045 0,03 2-3 Mo 316L 0,03 2,00 1,00 16,0-18,0 10,0-14,0 0,045 0,03 2-3 Mo 317 0,08 2,00 1,00 18,0-20,0 11,0-15,0 0,045 0,03 3-4 Mo 321 0,08 2,00 1,00 17,0-19,0 9,0-12,0 0,045 0,03 0,4 Ti 347 0,08 2,00 1,00 17,0-19,0 9,0-13,0 0,045 0,03 0,8 Nb T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 43 Solubilização dos Aços Austeníticos � O tempo de permanência a temperatura deve ser de 3 a 5 minutos para cada 2,5 mm de espessura. � O tempo de resfriamento total deve ser inferior a 3 minutos. � A dureza máxima obtida após a solubilização deve ser de 95 HRB. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 44 Solubilização dos Aços Austeníticos Aço Temperatura (ºC) Aço Temperatura (ºC) 201 1010 - 1120 309 1040 - 1120 202 1010 - 1120 310 1040 – 1070 301 1010 - 1120 314 1040 - 1120 302 1010 - 1120 316 1040 - 1120 302B 1010 - 1120 316L 1040 - 1100 304 1010 - 1120 317 1070 - 1120 304L 1010 - 1120 321 950 - 1120 305 1010 - 1120 347 1010 - 1120 Fonte: NBR 6124 T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 45 Tratamento Térmico dos Aços Martensíticos � Os aços Martensíticos tem como principais tratamentos térmicos a têmpera e revenido e os diferentes tipos de recozimento. � O tempo de permanência a temperatura deve ser de 3 a 5 minutos para cada 2,5 mm de espessura. � Deve evitar o revenido entre 370 e 600 ºC devido a sensitização. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 46 Aços Inoxidáveis Martensíticos Aço C(%) Mn(%) Si(%) Cr(%) Ni(%) P(%) S(%) Outros 403 0,15 1,00 0,50 11,5-13,0 --- 0,04 0,03 --- 410 0,15 1,00 1,00 11,5-13,5 --- 0,04 0,03 --- 414 0,15 1,00 1,00 11,5-13,5 1,25-2,5 0,04 0,03 --- 416 0,15 1,25 1,00 12,0-14,0 --- 0,06 0,15 0,60 Mo 420 0,15 min. 1,00 1,00 12,0-14,0 --- 0,04 0,03 --- 431 0,20 1,00 1,00 15,0-17,0 1,25-2,5 0,04 0,03 --- 440A 0,60-0,75 1,00 1,00 16,0-18,0 --- 0,04 0,03 0,75 Mo 440B 0,75-0,95 1,00 1,00 16,0-18,0 --- 0,04 0,03 0,75 Mo 440C 0,95-1,20 1,00 1,00 16,0-18,0 --- 0,04 0,03 0,75 Mo T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 47 Têmpera dos Aços Martensíticos Aço Temperatura (ºC) Meio de Têmpera 403 410 930 a 1010 Ar ou óleo Ar ou óleo 414 930 a 1050 Ar ou óleo 416 930 a 1010 Ar ou óleo 420 980 a 1040 Ar ou óleo 431 980 a 1065 Ar ou óleo 440A 440B 440C 1010 a 1065 Ar ou óleo Fonte: NBR 6124 T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 48 Revenido dos Aços Martensíticos Aço Temperatura (ºC) Resistência a Dureza Mínima Máxima Tração (MPa) (HRC) 403 410 565 610 770 - 980 25 - 31 210 370 1120 - 1540 38 - 47 414 600 650 770 – 980 25 - 31 230 370 1120 - 1540 38 - 49 416 565 610 770 - 980 25 - 31 230 370 1120 - 1540 35 - 45 420 210 370 1570 - 1980 48 - 65 431 565 610 880 - 1050 26 - 34 230 370 1220 - 1540 40 - 47 440A e 440B 140 370 - 49 - 59 440C - 165 - 60 min. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 49 Recozimento Subcrítico dos Aços Martensíticos Aço Temperatura (ºC) Dureza Rockwell 403 410 650 a 760 HRB 86 - 92 414 650 a 730 HRB 99 - HRC 24 416 650 a 760 HRB 86 - 92 420 680 a 760 HRB 94 - 97 431 620 a 700 HRB 99 - HRC 30 440A 680 a 760 HRB 90 - HRC 22 440B 440C 580 a 760 HRB 98 - HRC 23 T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 50 Recozimento Pleno dos Aços Martensíticos Aço Temperatura (ºC) Dureza Rockwell 403 410 830 a 880 HRB 75 - 85 414 - - 416 830 a 880 HRB 75 - 85 420 830 a 880 HRB 86 - 95 431 - - 440A 840 a 900 HRB 94 - 98 440B 840 a 900 HRB 95 - HRC 20 440C 840 a 900 HRB 98 - HRC 25 T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 51 Recozimento Isotérmico dos Aços Martensíticos Aço Aquecimento(ºC) Tratamento (ºC) Tempo (horas) Dureza 403 410 830 - 880 7006 HRB 85 414 - - - - 416 830 - 880 720 2 HRB 85 420 880 700 2 HRB 95 431 - - - - 440A 840 - 900 690 4 HRB 98 440B HRC 20 440C HRC 25 T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 52 Aços Inox Endurecíveis por Precipitação � São aços Semi-Austeníticos que tem nos elementos de liga (Molibdênio e Alumínio e Nióbio) os principais responsáveis pela formação de precipitados, o que aumenta resistência mecânica. T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 53 Aços Inoxidáveis Ferríticos Aço C(%) Mn(%) Si(%) Cr(%) Ni(%) Mo(%) Outros PH 15-7 Mo 0,07 0,70 0,40 15,00 7,00 2,25 1,15 Al AM 350 0,10 0,75 0,35 16,50 4,25 2,75 0,10 N 17-4 PH 0,04 0,40 0,50 16,50 4,25 --- * 17-7 PH 0,07 0,70 0,40 17,70 7,00 --- 1,15 Al * 0,25% Nb e 3,60% Cu T r a t a m e n t o s T é r m i c o s – 1 º / 2 0 1 3 . Mecânica- UTFPR 54 Aços Inoxidáveis Ferríticos Aço Solubilização(ºC) Tempo (minutos) Meio Precipitação (ºC) Resistência (MPa) PH 15-7 Mo 954 10 Ar 510 1545 1 por 0,2 mm 582 1300 AM 350 892 10 Ar 454 1275 1 por 0,2 mm 538 1135 17-4 PH 1040 12 Ar 482 1110 12 por 10 mm Óleo 621 925 17-7 PH 954 10 Ar 510 1440 1 por 0,2 mm 593 1030 Tempo de Precipitação de 1 hora
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