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1a Aula 3.1. Accountability

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 ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
 - VISÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL - 
 
 
Autor: Prof. Dr. Cezimar Silva 
 
UNIDADE - I 
 
 
 1.3. ACCOUNTABILITY 
1.3.1 Introdução 
1.3.2. Origem 
1.3.3. Importancia 
1.3.4. Operacionalização 
1.3.4 Tipos de Accountability 
1.3.5. 
 
 
 3 
 Accountability: 
 
 
 
 
1.3.1 Introdução 
 
 
 
 A necessidade de entender a constante relação entre Sociedade, Estado e 
Governo leva inúmeros pesquisadores a entrelaçar estudos nas mais diferentes 
áreas a fim de compreender esse triângulo complexo, que desperta o interesse das 
mais diversas ciências como a Filosofia, Ciência Política, Sociologia, o próprio 
Direito, dentre muitas outras a fim de legitimar a ação do Estado frente ao indivíduo. 
Por certo que o objetivo não é dissecar as inúmeras vertentes existentes em torno 
dos institutos de exercício democrático admitidos pelo ordenamento jurídico 
brasileiro, vez que a pesquisa se limitará a análise da accountability vertical e a 
necessidade do controle popular em conjunto com a noção de princípio 
democrático, boa governança e informatização. No entanto, não há como adentrar 
na accountability propriamente dita sem percorrer a noção de administração 
pública, de democracia e de transparência, aplicadas ao cenário nacional. Assim, 
inicialmente será traçada a relação entre a Administração Pública e a Democracia, 
passando pelas correntes de evolução democrática. Na sequência, introduzir-se-á o 
direito à boa governança para então discorrer sobre accountability e 
governabilidade, diferenciando brevemente os mecanismos horizontais dos 
verticais, com ênfase para esta última modalidade de controle. 
 
 
 
 
 
 
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 ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
 - VISÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL - 
 
 
Autor: Prof. Dr. Cezimar Silva 
1.3.2 . Origem 
 
 
Accountability 
 O que é Accountability 
 Accountability – termo inglês que no português não existe uma definição 
própria. 
Na prática significa RESPONSABILIDADE. 
É a capacidade de se responsabilizar por alguma coisa que se faz. 
 Responsabilidade envolve Fatores: 
 Interno e Externo 
 
 CONCEITO DE ACCOUNTABILITY 
 Accountability – termo inglês que nos remete a OBRIGAÇÃO de membros de 
um órgão administrativo ou representativo de PRESTAÇÃO DE CONTAS a 
instâncias controladoras ou a seus representados. 
 Outro termo usado numa possível versão portuguesa é 
RESPONSABILIZAÇÃO. 
Podemos resumir como – A Obrigação de Prestar Contas com Responsabilidade. 
 
 
 RESPONSABILIDADE. 
 Profissionais que assumem responsabilidade são bem valorizados nas 
empresas, isto porque?. 
 
A RESPONSABILIDADE. Por algo que se faz e se faz bem. E para se fazer as 
coisas bem feitas é preciso: 
 Ter tranquilidade e Serenidade de avaliar bem as coisas feitas; 
 Entender as causas de um Problema 
 Atuar em cima destas causas. 
 
 
 NA ESFERA GOVERNAMENTAL. 
 A necessidade de Prestar contas é inerente ao setor público. 
 Quanto mais importante é a função publica, maior é a obrigação de explicar: 
 O que esta se fazendo? 
 como? 
 porque se faz? 
 quanto se gasta 
 Tudo isso representa “Accountability”. 
1.3.3 Importancia do Accountability 
 
As organizações sociais, nas últimas décadas, têm se deparado com diversas normas e 
exigências, tanto por parte do governo como da própria sociedade, para apresentarem seus 
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 ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
 - VISÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL - 
 
 
Autor: Prof. Dr. Cezimar Silva 
resultados, registros, relatórios financeiros e de gestão, auditorias e diversos outros procedimentos 
que permitam uma maior accountability. Mas, estes esforços de regulação produzem melhorias nos 
resultados do setor, aumentando a satisfação dos doadores e produzindo benefícios líquidos para o 
público? Ou são processos reguladores, como Hopkins (1997, p. 214) descreve, “irracionais, 
repressivos, desnecessários e sufocadores”? 
 O Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) aponta que, apesar da 
complexidade, dificuldade e do grande esforço requerido pelas organizações sociais para colocar 
em prática a accountability, ela “acarreta uma série de vantagens: aprimora o desempenho e a 
aprendizagem das organizações e aumenta a confiança do público e a capacidade das organizações 
de mobilizar recursos para sustentar o cumprimento de sua missão” (GIFE, 2009, p.11). 
A divulgação de informações das OS‟s auxilia os potenciais doadores (pelo menos, aqueles 
que tomam a iniciativa de buscar informações) a adquirirem o conhecimento necessário para 
determinar se a sua doação irá para a finalidade desejada (IRVIN, 2005). Esse tipo de divulgação 
de informações de âmbito nacional se expandiu rapidamente em formatos de fácil acesso; as 
iniciativas do Estado, para reunir e divulgar informações sobre as organizações sociais e suas 
práticas de angariação de fundos, cada vez mais aparecem duplicados (BRESSER-PEREIRA, 
2008). 
Keating & Frumkin (2003) estudam os custos e benefícios do controle governamental para 
com as OS‟s e apontam que o retorno para a sociedade a partir de esforço em nível estatal como 
regulador, poderia ser negativo se os custos burocráticos e de conformidade para a população com 
as organizações sociais excedem os benefícios aos doadores e receptores da missão OS‟s 
relacionadas. Antes de formas mais elaboradas de supervisão das organizações sociais, é 
importante avaliar o custo e a eficácia da regulamentação atual do Estado. 
A atual estrutura do Estado como agente regulador enfrentada pelas organizações sem fins 
lucrativos pode ter algum efeito como fator impeditivo de corrupção, contudo, é visto por muitos 
como ineficiente. Moore (2001, p.115) reclama: "Se não tivéssemos o registro do Estado para o 
Estado pelo modelo atual de relatórios das organizações sociais, ninguém iria criá-lo como um 
meio eficaz de promoção da accountability nas OS‟s e supervisão do governo das atividades de 
caridade". 
As organizações sociais, como apontam Bagnoli e Megali (2011), devem atuar com a 
presença de diversos stakeholders, sustentadas, principalmente, sobre os rendimentos auferidos e 
executar negócios que se realizam com uma finalidade social, através de sua operação, por 
exemplo, a integração de pessoas desfavorecidas, através do trabalho; prestação de serviços sociais 
à comunidade e meio ambiente; comércio ético, etc. Portanto, quando se refere a uma OS como 
uma empresa que atende à comunidade em vez daquela que atende para os acionistas (PEARCE, 
2003), o controle das ações e do desempenho gerencial torna-se essencial para uma visão de 
accountability, em geral, no sentido de responsabilidadee do dever de publicidade das ações e 
resultados (GRAY, 2001). 
Esses processos de accountability são oriundos de um cenário recente na sociedade que é 
composto de modificações na estruturação e consolidação democrática da participação social, 
conforme aponta Tenório (2011, p. 61) 
Na sociedade complexa e recém-amadurecida democraticamente, a participação social deixa 
de ser um privilégio para transformar-se em uma ação importante e de certa maneira necessária. 
Esse cenário contribui para o estabelecimento de condições que propiciam o envolvimento da 
sociedade no sentido de partilhar com o Estado a tarefa de formular e executar políticas públicas. 
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 ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
 - VISÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL - 
 
 
Autor: Prof. Dr. Cezimar Silva 
As organizações sociais são entidades que possuem missões voltadas para diversos atores. 
Por isso, Moore (2000), e Ebrahim (2005), sugerem que, teoricamente, elas devem ser 
transparentes para com várias partes interessadas (governo, empresas, sociedade, etc.) e, 
geralmente, não está claro quem deve ser moralmente e/ou legalmente considerado como o 
principal. Neste sentido, diferentemente das empresas com fins lucrativos em que os acionistas são 
os principais interessados, nas organizações sociais isso é diferente, os doadores ou financiadores 
não são os principais interessados, e seu alinhamento com os objetivos organizacionais não garante 
a realização dos objetivos da organização, nem o apoio e consequentemente a satisfação das outras 
partes interessadas. Na verdade, a sobrevivência em longo prazo de uma OS é baseada em sua 
capacidade de maximizar o valor social criado, tal como definido na missão organizacional e como 
percebido pelos diversos atores envolvidos, sejam os influenciados ou os influenciadores das OS‟s. 
 
 
1.3.4 A Operacionalidade da Accountability 
 
 
A accountability de uma organização social descreve o sistema pelo qual as ações da 
organização são dirigidas e controladas. Para as OS‟s, o processo de accountability descreve a 
relação entre os gestores da organização, a sociedade e o governo, com os gestores das 
organizações sociais fornecendo mecanismos de transparência para o controle por parte da 
sociedade e do governo (GLAESER, 2003). Para este autor, o processo de accountability 
proporciona clareza e um relacionamento saudável entre a sociedade, o governo e as organizações 
sociais. Assim, o processo de prestação de contas, isto é, os meios pelos quais os indivíduos dentro 
de uma organização social são responsáveis por suas ações, está no centro de uma relação que possui 
esse tipo de accountability descrito anteriormente (CORNWALL et al., 2000). Ser transparente envolve 
os processos de responsabilidade e sua execução. 
Cornwall et al. (2000) afirmam que a accountability tem uma dimensão externa e uma interna, 
porque é sobre ser transparente para outras pessoas de modo a assumir a responsabilidade pela própria 
conduta. De outro modo, a dimensão interna está relacionada com as ações tomadas pela organização 
no intuito de tornar seus processos mais transparentes, enquanto a dimensão externa diz respeito a como 
essa organização se faz transparente perante a sociedade, isto é, como fazer com que essa dimensão 
interna possa ser visualizada pelas pessoas de fora da organização. 
Quanto à dimensão interna, pode-se dizer que os administradores de uma organização social, 
para Matacena (2007), são responsáveis pela mesma, não apenas perante a sociedade e o governo, mas 
também perante os membros dela própria, podendo até mesmo ser substituídos pelo conselho da 
entidade (que pode ser legitimado pelo estatuto social e instaurado por eleições com a participação de 
todos os membros da OS). Além disso, as ações de uma OS são limitadas pelas leis e regulamentos das 
jurisdições em que é constituída e em que atua, e as ações de seu conselho vis-à-vis os administradores 
e os seus integrantes estão sujeitas às leis e regulamentos da jurisdição em que se integra 
(MATACENA, 2007). 
Quanto à dimensão externa – e esta será a mais discutida por esse estudo – enquanto Najam 
(1996), concentra sua atenção nas partes interessadas, a quem as OS‟s devem ser transparentes, tanto 
Avina (1993), e, em seguida, Brown e Moore (2001), salientam os diferentes tipos de restrições e os 
diferentes sistemas de responsabilização que se segue a partir destes. Avina (1993), indica que a 
transparência das OS‟s envolve preocupações de accountability funcional e a accountability estratégica, 
em que a primeira é relacionada ao uso de recursos e seu impacto e a segunda centra-se sobre os 
impactos que a atividade organizacional tem na sociedade e em outras organizações. 
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 - VISÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL - 
 
 
Autor: Prof. Dr. Cezimar Silva 
Utilizando a relação estratégica entre o valor social das OS‟s e desempenho financeiro e 
sobrevivência organizacional proposta por Moore (2000), e Brown e Moore (2001), sugere-se uma nova 
abordagem para a prestação de contas das OS‟s. No modelo estratégico de Moore (2000), o sucesso no 
setor sem fins lucrativos, depende de uma estratégia tripla simultânea entre as ligações de criação de 
valor social, apoio sustentável, por parte dos doadores e fundadores e da sobrevivência organizacional. 
 Moore (2000), aponta que os funcionários de uma organização social são responsáveis perante 
seus gestores e devem prestar contas, periodicamente, a eles. As ações de um funcionário também 
estão sujeitas às regras do Direito, tal como interpretadas por um poder judiciário, que é independente. 
Além disso, uma organização social, como mostra Pearce (2003), geralmente é responsável perante os 
seus doadores. E, assim como uma empresa, está sujeita às leis e regulamentos das jurisdições em que 
está organizada e em que opera. Além disso, os membros e os doadores podem deixar de contribuir com 
uma OS, caso ela não possua mecanismos eficientes de accountability. 
 Rusconi & Signori (2007), apontam que criação de valor nas OS‟s se refere ao valor social a ser 
produzido por elas em termos de realização de missão. O apoio sustentável poderia ser alcançado por 
organizações sem fins lucrativos se os doadores e fundadores julgá-las economicamente e moralmente 
valiosas e, finalmente, a sobrevivência organizacional focaliza a atenção sobre a existência de 
capacidade suficiente de know-how dentro da organização. Usando essa abordagem, Brown e Moore 
(2001), propuseram um modelo de prestação de contas múltiplas que visa ligar e balancear, 
simultaneamente, todas as dimensões citadas, pois cada dimensão requer diferentes tipos de 
accountability. 
Levando em consideração o pressuposto de Nicholls (2009), que organizações sociais devem 
ser responsáveis perante várias entidades e que a responsabilidade é de natureza relacional, Ebrahim 
(2005), e Christensen e Ebrahim (2006), salientam os problemas encontrados quando não ocorre um 
balanceamento da importância dada a cada um dos stakeholders das OS‟s no momento da 
accountability. A fim de resolver este desafio e evitar a miopia na prestação de contas, Ebrahim (2005), 
sugere que a accountability das OS‟s deve basear-se na missão ética da organização, portanto,podendo 
ter diferenças entre as diversas OS‟s. Desde que a missão tenha uma dimensão ética, que enfatiza as 
motivações internas dos atores, ela salva organizações sociais do risco de privilegiar a relação de 
responsabilidade com um tipo de parte interessada, principalmente com os financiadores, por causa de 
seu maior poder (EBRAHIM, 2003). 
Além disso, organizações sociais devem evitar os riscos da adoção de processos de 
accountability com base em regras operacionais de caráter estritamente financeiro, porque isso poderia 
causar a desconfiguração do seu objetivo (KRAMER, 1981) e inconsistência na medição da eficácia 
organizacional (EBRAHIM, 2005). Isso ocorre porque, de acordo com Tenório (2007), a gestão social é 
diferente da gestão de organizações com fins lucrativos e não pode seguir as mesmas regras 
operacionais desta, pois, enquanto a primeira possui racionalidade substantiva, finalidade social, 
relações não mercantis e não econômicas, a segunda é baseada na racionalidade instrumental, onde a 
finalidade é o lucro baseada nas relações de mercado e competição. 
Matacena (2007), desenvolveu outro modelo de prestação de contas de um determinado 
conjunto de organizações sem fins lucrativos, que Borzaga e Defourny (2001), denominam de empresas 
sociais. Este quadro foi então criado e empiricamente testado por Bagnoli e Megali (2011). Com base 
nesse modelo, este artigo sugere um processo de prestação de contas de três níveis, que considera a 
dimensão efetividade social (a capacidade de atingir metas sociais), institucional (respeito das normas 
legais e auto impostas) e os econômicos e financeiros, para avaliar a medição de desempenho e o tempo 
para executar a sustentabilidade da atividade. 
Sano e Abrucio (2008, p. 73), apontam que “essa transparência possibilita, em tese, maior 
ativação da cidadania e dos controles. Porém, o sucesso da responsabilização depende muito de „como‟ 
e „se‟ as instituições de accountability acionarão seus instrumentos de controle e fiscalização”. 
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 - VISÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL - 
 
 
Autor: Prof. Dr. Cezimar Silva 
A accountability sobre o cumprimento da legitimidade institucional é normalmente relatada 
através: a) do controle da coerência institucional (controle abrangente da correspondência entre as 
atividades realizadas, os resultados alcançados e as metas estabelecidas em uma declaração de missão, 
no estatuto da entidade, e nas metas estabelecidas pelo Conselho); e b) da conformidade com as leis 
nacionais e internacionais. Estes campos de medição e controle são, obviamente, amplamente 
interdependentes (BAGNOLI & MEGALI, 2011). 
A accountability, que é focada em resultados, corresponde a uma avaliação da eficácia social. 
Em outros termos, esta dimensão de accountability verifica a capacidade da OS em responder à 
finalidade social para qual foi criada e gerida. Trata-se de análises quantitativas e qualitativas que, além 
de avaliação física (entradas e saídas), tem como objetivo identificar e avaliar os benefícios para os 
destinatários das saídas, juntamente com o impacto sobre o bem-estar geral. A implementação desses 
tipos de medições também estabelece uma base ótima de informação para a construção de fórmulas 
para a comunicação social (GRAY, 1997). 
Embora as OS‟s sejam estabelecidas para outros fins que não o lucro, como apontam Bagnoli & 
Megali (2011), estas organizações não devem desconsiderar os resultados financeiros como 
importantes, mas sim se concentrar nas atividades realizadas e, portanto, sobre os bens e/ou serviços 
gerados. No entanto, é importante para medir a eficiência e rentabilidade, verificar o empreendedorismo 
como um componente básico de controle da avaliação da eficácia global (RITCHIE & KOLODINSKY, 
2003). 
Por um lado, esse controle será realizado por meio de um sistema de contabilidade financeira 
(devidamente configurado) e, sobretudo, a preparação de uma declaração financeira, destinada a 
fornecer as informações necessárias relativas à eficiência e rentabilidade. Por outro lado, requer a 
instituição de um sistema adequado de contabilidade de custos dentro da organização para traduzir a 
cadeia de suprimentos em valores financeiros por meio de gravação e análise dos custos associados com 
os produtos/atividades realizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.3.5 Tipos de Accountabiity 
 
 
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 - VISÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL - 
 
 
Autor: Prof. Dr. Cezimar Silva 
 ACCOUNTABILITY: 
 HORIZONTAL e 
 VERTICAL: 
 
 ELEMENTOS E DISTINÇÕES 
 
 Accountability é um termo proveniente da língua inglesa, conceito chave no 
estudo da pública e na prática do serviço público, não existindo tradução exata para a 
língua portuguesa. 
 Não obstante a dificuldade de conceituação etimológica da palavra em 
português, o significado deste verbete estrangeiro remete à ideia de obrigação, que os 
integrantes dos órgãos representativos possuem de prestar contas a fim de proporcionar 
o controle das suas respectivas gestões, por isso, é considerado um aspecto central da 
governança, tanto na esfera pública quanto privada. 
 Contudo, como pondera Anna Maria Campos, o que falta aos brasileiros não 
é a tradução da palavra ou do termo accountability, mas “o próprio conceito, razão pela 
qual não dispomos da palavra em nosso vocabulário” 
 (CAMPOS, 1990, p. 4). Nessa indefinição etimológica, accountability 
começou a ser entendida como questão de democracia, em que “quanto mais avançado 
o estado democrático, maior o interesse pela accountability. 
 
 E a accountability governamental tende a acompanhar o avanço de valores 
democráticos, tais como igualdade, dignidade humana, participação, representatividade” 
(CAMPOS, 1990, p. 4). Accountability, em suma e tomando por base um conceito 
aproximado, pode ser entendida como a transparência dos governantes na prestação de 
contas e, também, na responsabilização destes mesmos governantes pelos seus atos. 
 (PINHO; RAUPP, 2011). A accountability emerge da relação entre o Estado 
e a sociedade, propiciada pelo desenvolvimento democrático e, partindo desta emersão 
governante-governado que a accountability pode ser entendida como um processo de 
controle, que se estende ao longo do tempo (eleição e mandato) e no qual devem 
participar, de um modo ou de outro, os cidadãos organizados politicamente” 
 
 (LOUREIRO; ABRUCIO, 2002, p.59). Soma-se ao conceito acima a 
necessidade de regras nas quais a accountability possa ser exercida através de práticas 
ampliadas de negociação entre os atores, visando tornar “públicas e legítimas as 
decisões tomadas” (PINHO; RAUPP, 2011,). Não há dúvida que a ideia central de 
accountability refere-se à fiscalização e ao controle dos agentes públicos. No entanto, as 
divergências começam a surgir ao tentar delimitar os objetos, meios e sujeitos de 
exercício deste controle e sobre quais os mecanismos de controle devem ser incluídos na 
abrangência de accountability. Ainda, há a divisão de accountability em horizontal e 
vertical, classificação imprescindível para delimitar os atores principais investidos de 
poder de controle.A accountabilily vertical difere da horizontal no sentido em que, nesta 
última, o controle é exercido pelos próprios poderes Legislativo, Executivo e Judiciário 
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 - VISÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL - 
 
 
Autor: Prof. Dr. Cezimar Silva 
através do sistema denominado check and balances, entendido como freios e 
contrapesos. 
 
 O controle horizontal se perfaz através da mútua fiscalização entre os 
poderes ou entre estes e os respectivos órgãos públicos. Exemplo clássico do controle 
horizontal é aquele exercido pelos Tribunais de Contas, em que estes órgãos possuem 
poderes para realizar ações de fiscalização e, se for o caso, impor sanções aos 
transgressores. Percebe-se, pois, que na accountability horizontal a relação instaurada 
percorre os próprios poderes estatais, sem, contudo, haver a participação direta do 
cidadão. Em contrapartida, a accountability vertical igualmente remete à ideia de controle, 
mas, desta vez, o controle emerge do povo, ou seja, o próprio cidadão controla os 
políticos e as ações governamentais. 
 
 Tal questionamento é revestido de especial importância ao analisar os 
meios institucionalizados e não institucionalizados do exercício democrático. Isto porque 
para alguns autores como Guillermo O’ Donnel (1988), Fernando Abrucio e Maria Rita 
Loureiro (2002) a noção de responsabilização originada a partir da accountability 
abrangeria tão somente os meios de controle institucionalizados, desconsiderando, por 
conseguinte, alguns agentes como a imprensa e a sociedade civil. 
 
 O controle institucionalizado é exercitado por meio de instrumentos 
reconhecidos e validados pela ordem jurídica vigente, como o plebiscito, o referendo e a 
iniciativa popular além do voto. Ambos são formas de controle cuja participação popular é 
imprescindível. No entanto, a noção de controle atrelada a tais instrumentos restringe a 
participação de importantes atores, cuja contribuição pode ser essencial na efetivação do 
comando de fiscalização e responsabilização dos governantes. Isto porque os 
mecanismos institucionalizados de participação popular existentes no cenário nacional 
mostram-se enfraquecidos, seja pela dificuldade em utilizá-los, como a ação popular que 
possui quórum de assinaturas do eleitorado distribuídas entre no mínimo cinco Estados 
da Federação ou até mesmo pelo desuso demonstrado ao longo da história brasileira, 
como o referendo e o plebiscito, pouco utilizados. Assim sendo, a ampliação do controle 
e, consequentemente, dos instrumentos que o efetivam possibilitará maior participação 
popular e, com isso, mais efetividade à ideia de democracia materializada por meio da 
accountability vertical. 
 
 
ACCOUNTABILITY VERTICAL E OS MEIOS DE CONTROLE: NECESSIDADE DE 
INFORMATIZAÇÃO 
 
 
 Estudar accountability envolve a análise de diferentes meios de controle e 
consequente responsabilização, dividindo-se em duas vertentes principais já descritas 
acima: horizontal que aborda a ideia de divisão de poderes, equilíbrio e controle entre 
eles e a vertical cujo instrumento principal é a eleição, acrescido dos demais meios 
institucionalizados (plebiscito, referente e iniciativa popular), a qual se enquadra melhor 
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no objetivo pretendido, pois envolve o controle exercido pelo cidadão das ações 
desempenhadas pelos seus representantes eleitos. 
 
 O controle vertical pode ocorrer em momentos distintos, se concretizando 
por meio da democracia participativa. No Brasil, a participação popular ocorre por meio 
do voto, da iniciativa popular, do referendo e do plebiscito. Estas são as formas típicas de 
participação popular, sendo que o voto é a mais conhecida e possivelmente a mais 
mobilizadora. No entanto, as eleições ocorrem periodicamente e, portanto, o voto 
propriamente não pode ser considerado instrumento principal de exercício da 
accountability vertical, pelo que se impõe a criação de novas condições como forma de 
proporcionar o controle vertical, com vistas a conceder maior transparência às ações dos 
representantes e fortalecer o vínculo de confiança entre o Estado e a sociedade civil, 
tornando a relação representante-representado mais ampla e democrática. Igualmente 
ocorre com a ação popular, o referendo a iniciativa popular, instrumentos que conotam 
pouca força social em razão da carência de uso na história brasileira. 
 
 Se considerado o estágio democrático recente no Brasil, por certo a 
participação popular na construção da democracia brasileira encontra sua verdadeira 
evolução (senão seu próprio surgimento) a partir da promulgação da Constituição da 
República de 1988, diferente de outros países, em que a democracia direta como, por 
exemplo, na Suíça, em que a participação do cidadão envolve muito mais que votar em 
candidatos, representando o meio efetivo de tomadas de decisões. Tanto é que dois dos 
instrumentos de democracia direta dos tempos modernos, o referendo e a iniciativa 
popular, encontram guarida primeiramente na Suíça, sendo disseminado ao longo da 
história em outros países, alcançando o Brasil. 
 
 A noção de accountability está intimamente ligada à noção de cidadania 
organizada, o que explica a carência do conceito e do exercício do controle vertical no 
Brasil. Para tornar-se capaz de exercer controle sobre o Estado, é imprescindível a 
organização social para a defesa dos interesses públicos e privados da coletividade, pois, 
“a extensão, qualidade e força dos controles são consequência do fortalecimento da 
malha institucional da sociedade civil” 
 
 CAMPOS, (1990, p. 6). Com a organização dos diferentes interesses, a 
possibilidade de controle e cobrança do governo pelo cidadão daquilo que tem direito 
torna-se mais ampla, uma vez que o desenvolvimento da consciência desta possibilidade 
de controle e cobrança governamental popular é a “primeira pré-condição para uma 
democracia verdadeiramente participativa e, portanto, para a accountability do serviço 
público” 
 
 CAMPOS, (1990, p. 6). Não obstante, é certo que o amadurecimento da 
democracia participativa é um processo longo, que se desdobra a desenrolar da história. 
Ocorre que, ao analisar o cenário político atual, bem como, inúmeros protestos populares 
sobre diversos assuntos, em especial políticos, dos quais, destacam-se pela recente 
abordagem nos meios midiáticos em geral, como o caso das manifestações contrárias à 
nomeação do deputado federal Marco Feliciano como presidente da Comissão de 
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Direitos Humanos da Câmara dos Deputados Federal e os protestos virtuais contra a 
nomeação do atual senador eleito Renan Calheiros como presidente do Senado Federal. 
 
 Tais manifestações são indícios de que o pensamento político dos cidadãos 
brasileiros vem sendo modificado e, de alguma forma, o significado da palavra 
accountability está ganhando espaço social também no contexto nacional.Não são raras 
às vezes em que se escutam críticas ao eleitorado, aos cidadãos que compõem a 
República Federativa do Brasil, em especial pela falta de interesse destes no cenário 
político, social e até econômico do país. 
 
 Deixando de lado essa ótica, eis que não se coaduna com os objetivos 
pretendidos, insta consignar que não deve ser analisado apenas o aspecto cidadão e sua 
inércia em exercer os meios de controle, mas, em especial, a regulamentação e 
interpretação dada à participação democrática, pois, ineficaz a tentativa de exercício da 
accountability vertical, se o preceito democrático não for interpretado de forma ampla, em 
contrapartida à desburocratização dos meios institucionais de controle. Se a democracia 
se caracteriza pela vontade soberana do povo, nada mais justo que esta vontade 
prevaleça quando expressar o anseio da maioria, razão que impõe a consideração dos 
meios de controle, ainda que desprovidos de positivação e consequente 
institucionalização, como os protestos emanados da sociedade civil e as manifestações 
traduzidas pela imprensa. Ademais, a vontade do povo deve ser entendida como o 
próprio interesse público que vincula toda a Administração ao seu estrito cumprimento. 
Mas nem sempre a democracia prevalece e uns dos exemplos mais recentes foram os 
dois casos emblemáticos citados acima, envolvendo representante do Poder Legislativo 
brasileiro. O primeiro, em que mais de um milhão e meio de pessoas assinaram 
virtualmente uma petição pública dirigida ao Congresso Nacional em que postulam a 
renúncia do Senador Renan Calheiros da presidência do Senado Federal, devido às 
diversas denúncias de corrupção envolvendo mencionado ator político. 
 
 O segundo caso, referiu-se à problemática envolvendo o líder religioso 
Marco Feliciano para presidir a comissão de direitos humanos da Câmara dos Deputados 
Federais. Os manifestos populares foram notórios em ambos os casos; houve cobertura 
da imprensa e divulgação nos mais diferentes meios midiáticos, com participação de 
pessoas de destaque nacional e/ou popular, remetendo ilusoriamente à ideia de que a 
“voz” do povo seria de alguma forma, ouvida. No entanto, a “voz” que deveria ser 
soberana vai se exaurindo ao longo dos dias, de forma intencional, até que as Instituições 
políticas conseguem calar por completo a tentativa de accountability vertical exercida 
pelos cidadãos brasileiros. 
 
 Esta é apenas uma demonstração dentre inúmeras existentes em que o 
clamor popular emerge diretamen9(te do seio social, mas, com o passar do tempo, vai se 
enfraquecendo e com isso o objetivo de controle também. É notório que há falha social 
no que se refere à permissão do exaurimento da accountability, mas não é apenas o 
cidadão que pode suportar o ônus dessa frustração de controle, até porque a ideia central 
da accountability é o dever de prestação de contas do agente público e de boa 
governança, ambos os deveres constitucionais atribuídos ao administrador público como 
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forma de dar aplicabilidade à cidadania e com vista a propiciar o exercício efetivo da 
democracia participativa. O direito à boa administração entre os princípios gerais do 
direito administrativo é mais que uma obrigação do administrador, pois é um direito cívico 
do administrado “a boa administração, portanto, não é uma finalidade disponível, que 
possa ser eventualmente atingida pelo Poder Público: é um dever constitucional de quem 
quer que se proponha a gerir, de livre e espontânea vontade, interesses públicos” 
 
 NETO MOREIRA, (2009, p. 119). Assim, segundo o autor, a boa 
administração corresponde a um direito cívico do administrado implícito na cidadania. 
Tamanha importância reveste o direito à boa administração que pode ser enquadrado 
como direito fundamental, veja-se: Trata - se do direito fundamental à administração 
pública eficiente e eficaz, proporcional cumpridora de seus deveres, com transparência, 
motivação, imparcialidade e respeito à moralidade, à participação social e à plena 
responsabilidade por suas condutas omissivas e comissivas. A tal direito corresponde o 
dever de a administração pública observar, nas relações administrativas, a cogência da 
totalidade dos princípios constitucionais que a regem. 
 
 FREITAS, (2009, p. 22) Portanto, o direito à boa governança é também 
efetivador da democracia e cidadania, ambas as garantias previstas no texto 
constitucional. Não bastando a forma de governo adotada pelo país, denominada de 
República, tomando como referência res publica, ou seja, coisa comum em que devem se 
sobrepor os interesses comuns, a atuação do agente público deve perquirir este fim e tão 
somente. A busca pelo Estado republicano traduz o ideal da busca pelo interesse público. 
Assim, a necessidade de facilitação dos meios institucionais de controle em atenção ao 
princípio da boa governança é imprescindível, inclusive no que se refere à necessidade 
de informatização de tais meios, já que a internet vem sendo difundida entre as mais 
variadas classes sociais existentes, possibilitando ao longo do tempo o controle mais 
amplo pela população dos atos dos representantes, os quais se subordinam ao dever de 
boa governança. As diferentes formas de comunicação existentes e as tecnologias de 
informação, em especial a internet e a rede mundial de computadores, criaram condições 
para o surgimento da sociedade do conhecimento, possibilitando ao cidadão interações 
inéditas com empresas e governos (BRAGA et al, 2008, p). 
 
 A diminuição de barreira no que tange ao acesso à informação pelo 
cidadão, como, por exemplo, através do governo eletrônico (e-gov) associado aos 
avanços midiáticos em gerais, possibilita o controle dos cidadãos sob os diferentes 
ângulos, mas, mais que isso, torna iminente a necessidade da divagação da noção de 
accountability vertical e ampliação dos institutos, que possibilitam a responsabilização 
como forma de controle dos atos dos representantes não só na hora do voto, mas 
também durante o tempo em que exercer o mandato eletivo em nome dos representados. 
Acima, foram citados brevemente episódios envolvendo dois candidatos eleitos5 , que 
tiveram suas candidaturas impugnadas por uma gama de cidadãos, mesmo que em 
momento posterior à eleição. 
 
 Não obstante, a informatização vem proporcionando condições favoráveis 
para divulgação da accountability vertical e o exercício pelas pessoas em gerais, 
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relativizando a ideia de que controle efetivo é o judicial, razão pela qual a necessidade de 
modernização dos meios de controle e a oitiva popular manifestada de forma 
informatizada se fazem necessária. 
 
 Vale mencionar que a ideia de responsabilização transcende o dever de 
prestação de contas, devendo incorporar a criação de condições que possibilitem o 
controle das ações governamentais e verdadeira participação democrática nas busca 
deste ideal. Não se defende a inserção de todo e qualquer meio de participação como 
apto a gerar consequência na seara administrativa ou mesmo jurídica, mas a 
informatização de meios que propiciem o acesso facilitado do povo a quem os representa 
e de oitiva dos cidadãos quando mobilizadosespecialmente em âmbito nacional, como 
ocorreu. Na sociedade moderna a informatização se faz necessária em diferentes esferas 
e no âmbito democrático também, pois, como a facilitação aos meios virtuais e 
propagação da internet o acesso da população e a ela também se tornou viável, desde 
que sejam criadas condições para tanto. Então por qual motivo não informatizar novos 
instrumentos de controle, através da inserção de petições públicas, por exemplo, em que 
as pessoas possam opinar através da inserção dos dados civis e número do título de 
eleitor? Simples práticas podem ampliar a participação democrática e construir novos 
rumos para a democracia participativa, desde que haja mobilização entre governantes e 
governados neste mesmo sentido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NA ESFERA GOVERNAMENTAL. 
 O accountability apresenta tres grandes vertentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Horizontal Accountability 
Vertical 
Social 
Vertical 
 Controle que a população exerce sobre os politicos e os 
governos. 
Esta relacionada com a capacidade da populaçao de votar se 
manifestar de forma livre 
VVoottoo ee AAççããoo PPooppuullaarr 
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“Accountability” 
 NAS RELAÇÕES EMPRESARIAIS EM GERAL. 
 João Cordeiro(2015), oferece a seguinte definição: 
 “É uma virtude moral, que a tradução que mais se aproxima, seria: 
pensar e agir como donos e apresentar resultados excepcionais” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Controle exercido pela sociedade civil, muitas vezes 
representada por ONGs, Sindicatos, Associações e Meios de 
comunicação 
MMeeccaanniissmmoo ddee CCoonnttrroollee nnããoo--EElleeiittoorraall 
 IIssttoo,, ppoorrqquuee:: 
 CCoommoo vviirrttuuddee ccoomm sseennttiiddoo ddee ffaazzeerr oo bbeemm ppaarraa ooss oouuttrrooss,, sseemmpprree 
vvaaii ffaazzeerr ccoomm qquuee aass ppeessssooaass ffaaççaamm oo sseeuu ““MMEELLHHOORR””.. 
 ““EEnnffiimm.. PPrreessttaarr ccoonnttaa aaggiinnddoo ccoorrrreettaammeennttee”” 
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Autor: Prof. Dr. Cezimar Silva 
 Accountability - e um processo que altera a percepção das pessoas ao 
tomar conhecimento. 
 E o C P R das organizações 
 Em ingles e utilizado para representar 
 C ardio 
 P ulmonar 
 R essuscitação 
 
 
“Accountability” 
 Utilizamos esse acronimo para indicar um fator muito importante, 
necessario e indispensavel nas empresas para que alcance seus objetivos e 
que persistam no tempo. 
 
 Que se chama em ingles de Accountability 
 
 C P R  Metodologia para fortalecer as 
 organizações 
 
 
 
“Accountability” 
 O que e 
 Accountability – Forma de trabalho de uma empresa, ou seja, e aquela 
disposição, cultura, maneira de trabalhar na organização pelo qual os lideres 
ou grupos de pessoas tem uma mentalidade de responsabilidade de 
cumprimento 
E não estao sujeito a que nada lhe dem seguimento. 
 
 
“Accountability” 
 Quais os Fatores 
 Accountability – São tres os fatores: 
 
 C ompromisso 
 tanto as pessoas quanto aos individuos devem assumir 
responsabilidade pelos seus atos por aquilo que vao fazer por ser seus donos 
desde o principio, antes de que aconteça. 
 
 P roatividade 
 uma vez que faço meus comprimissos e das minhas obrigações 
atuo intensamente 
 R esponsabilidade 
 me faço assim mesmo 
 
 “Accountability” 
 
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Autor: Prof. Dr. Cezimar Silva 
 Isto é, algo ou alguma situação que pode ser mensurada, passível de ser 
calculada. 
 
 Como responsabilidade com ética e que remete à obrigação de membros de 
um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias 
controladoras ou a seus representados. 
 
 
“Accountability” 
 
 Nakagawa (1995,p.18). 
 “só se quita com a prestação de contas, dos resultados alcançados e 
mensurados pela contabilidade” 
 
 Nakagawa (1987,p.13). 
 “(...) a obrigação de se reportar, os resultados obtidos (...) 
 
 
“Accountability” 
 Funções da Controladoria 
 Accountability 
 A Lei 10.406, de janeiro de 2002 – Codigo Civil, descreve papel do 
gerente conforme os Artigos: 
Art. 1011, O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o 
cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de 
seus próprios negócios. Ver tópico (2903 documentos) 
 § 1o Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os 
condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime 
falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, 
contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações 
de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação. Ver tópico 
(1015 documentos) 
 § 2o Aplicam-se à atividade dos administradores, no que couber, as disposições 
concernentes ao mandato. Ver tópico (38 documentos) 
 
Art 1016, Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os 
terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções. Ver tópico (8168 documentos) 
 
Art 1020 Os administradores são obrigados a prestar aos sócios contas justificadas de 
sua administração, e apresentar-lhes o inventário anualmente, bem como o balanço 
patrimonial e o de resultado econômico. Ver tópico (988 documentos) 
 
Art. 1182, que trata do registro contábil das empresas. - Sem prejuízo do 
disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente 
habilitado, salvo se nenhum houver na localidade. Ver tópico (226 documentos)

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