Buscar

Resumo de Execução e Cumprimento de Sentença

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1° BIMESTRE
EXECUÇÃO E CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Execução Definitiva
Ocorre quando a decisão definitiva pelo juiz transitou em julgado, portando não cabendo mais recurso contra o provimento jurisdicional. Ocorre também nas exceções de títulos extrajudiciais, cujo rol está descrito no artigo 784 do CPC.
Execução Provisória
Ocorre quando a decisão proferida ainda não foi atingida pela coisa julgada, porém, o recurso contra esta decisão é dotado de efeito suspensivo, podendo ser executada provisoriamente, desde que o credor ofereça caução (garantia).
Título Executivo Judicial – Art. 515
Os títulos executivos judiciais são os provenientes de processos e autorizam seu cumprimento forçado, tornando-se, assim, objetos do cumprimento da sentença.
Estão dispostos no art. 515 do CPC, vamos conhecê-los!
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os
artigos previstos neste Título:
I – as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II – a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III – a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V – o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI – a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII – a sentença arbitral;
VIII – a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX – a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
 	Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias, conforme determina o § 1º do art. 515 do CPC:
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
Note que nesses casos não se fala em intimação para o pagamento, mas sim
em citação. Isso porque, nesses casos, o título executivo é judicial. No entanto, não são provenientes de uma sentença proferida dentro do mesmo processo. Por isso, é necessária a citação do executado.
Então, a execução de título executivo judicial efetiva-se por meio do procedimento de cumprimento de sentença. Portanto, o procedimento de cumprimento de sentença é a execução da sentença!
Preste atenção, pois, dependendo da natureza da obrigação (pagar, entregar coisa, fazer ou não fazer), o procedimento executivo será diferenciado. Mas, sem
dúvida, o mais comum é aquele relativo às obrigações pecuniárias.
No entanto, ao lado desse procedimento para efetivar uma obrigação pecuniária, o CPC/2015 apresenta 2 (dois) outros procedimentos executivos, que, diante das suas peculiaridades, são chamados de “especiais”. O primeiro é aquele que tem como objeto o pagamento de prestações de natureza alimentícia e o segundo é a
execução de título executivo judicial, tendo como executada a Fazenda Pública.
Título Executivo Extrajudicial – Art. 784
O CPC os enumera no art. 784 do CPC. Mas há numerosos outros, previstos em leis especiais.
 	São aqueles documentos que, pela forma com que são constituídos e pelas garantias de que se revestem, gozam, segundo o legislador, de um grau de certeza tal que permite a instauração da execução, sem prévia fase cognitiva.
A execução fundada em título extrajudicial implica sempre um novo processo, no qual o executado poderá defender-se por embargos; neles, a amplitude de defesas alegáveis é muito maior do que nas execuções judiciais, em que houve um prévio processo de conhecimento, no qual o devedor já teve oportunidade de manifestar-se e defender-se.
Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
§ 1o A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.
§ 2o Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados.
§ 3o O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação.
Princípios do Processo de Execução
1. Título Executivo: Nulla Executio Sine Título
Não há execução sem título que a embase, uma vez que na execução, além da permissão para a invasão do patrimônio do executado por meio de atos de constrição judicial, o executado é colocado numa situação processual desvantajosa em relação ao exequente. O título executivo é condição necessária e suficiente para a realização do processo de execução.
A execução das prestações pecuniárias baseia-se em título judicial, isto é, não há como executar um sujeito de direito sem pretexto concreto e sedimentado – traduzido no título executivo – capaz de assegurar a existência de um crédito cediço a ser recebido pela pessoa do exequente.
Assim, esse princípio processual vem a conferir maior segurança jurídica ao executado, caso contrário, uma mera alegação fria e vazia de que o sujeito fosse devedor poderia levar a uma situação em que ele se tornasse réu em um processo de execução, situação desagradável que poderia culminar com a constrição judicial de seus bens. Dessa forma, exige-se que o título assegure ao menos uma probabilidade de existência de crédito.
2. Patrimonialidade
Na execução, o direito não mais é discutível e o devedor responderá por suas dívidas, fazendo uso de seus bens presentes e futuros, adquiridos até o início e no decorrer da execução, respectivamente.
Exceção: Devedor de Alimentos. Este paga com sua liberdade.
3. Responsabilidade do Devedor
 	O exeqüente será responsável pelos atos que praticar, devendo restituir ao estado anterior e reparar eventuais danos percebidos pelo executado. Se for execução provisória, responderá objetivamente. 
No que tange à execução definitiva, eventual responsabilidade será subjetiva. (Ele é responsável pela divída e por tudo que for oriundo dela. Como por exemplo, juros, honorários, e outras custas).
4. Exato Adimplemento
É uma consequência da responsabilidade. Pois só pode ser cobrado do devedor, o valor exato da dívida que ele tem. Podendo ser cobrado apenas, os juros, honorários, e outras custas oriundas da dívida.5. Disponibilidade
 	Quanto à disponibilidade da execução, leciona o art. 775, NCPC: é permitido ao exequente desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva a qualquer momento – ainda que pendentes de julgamento os embargos à execução – não sendo necessária a concordância do executado, presumindo a lei sua aceitação, vez que não há possibilidade de tutela em seu favor.
6. Tipicidade
 	Visa o presente princípio em fixar uma certa previsibilidade ao executado que tiver contra si uma tutela jurisdicional executiva. 
 	A tipicidade significa que todos os atos executivos estão prévia e pormenorizadamente descritos na lei processual, daí a necessidade de escolha dos atos adequados conforme a previsão normativa.
7. Utilidade
O princípio da utilidade vem como uma razão de ser do processo de execução, isto quer dizer, o processo de execução deve ter uma utilidade que traga benefícios ao exequente, fulminando com a satisfação do seu direito. 
 	Destarte, o processo de execução não tem seu escopo como um ato que vá prejudicar o devedor, mas sim na satisfação do direito do credor. Baseado neste princípio, o magistrado não deve submeter o exequendo às astreintes quando a obrigação é materialmente impossível.
 	Sendo assim, quando se entender que não há meios de satisfazer o direito do credor, não haverá razão na admissão da execução e na aplicação de meios executivos. Prevê o art. 836 do Novo Código de Processo Civil que “não se levará a efeito a penhora quando evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.”.
8. Menor Onerosidade
 	Este princípio processual vem como garantia de que o executado não sofra mais gravames do que o necessário para a satisfação do direito do exequente. Sempre que for possível a satisfação do direito do exequente por outros meios que sejam menos dolorosos ao executado estes devem ser adotados. A menor onerosidade vem como uma barragem a onda daqueles sujeitos que creem ser a execução um instrumento de vingança.
O art. 805 do Novo Código de Processo Civil prevê que “quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.”, positivando, assim, o princípio da menor onerosidade no código processualista.
9. Contraditório
Ensina Fredie Didier Jr. (2014) que:
“A função jurisdicional realiza-se processualmente, isso significa dizer que o método de exercício do poder jurisdicional pressupõe a participação efetiva e adequada dos sujeitos interessados ao longo do procedimento. Este direito à participação efetiva é o direito ao contraditório”. 
No entanto, o contraditório na execução será mais limitado, não se discute mais a existência da relação jurídica e não há contestação do pedido executório, podendo exercer o direito de defesa no tocante ao valor do débito, cobrança, forma de pagamento, dentre outros.
2° BIMESTRE
 DAS PARTES NA EXECUÇÃO
1 - LEGITIMIDADE ATIVA
O CPC, no art. 778, enumera quem são os legitimados ativos para promover a execução:
1.1 Credor
A quem a lei confere título executivo. Esse é o legitimado ativo por excelência. É preciso que ele figure como tal no título executivo. A legitimidade é ordinária, pois ele estará em juízo em nome próprio, postulando direito próprio.
1.2 Sucessor: “mortis causa"
O art. 778, 11, do CPC inclúi, entre os legitimados, "o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo". A legitimidade será ordinária, porque, com o falecimento do credor, o direito passou aos sucessores. Enquanto não tiver havido o trânsito em julgado da sentença homologatória de partilha, a legitimidade será do espólio, representado pelo inventariante; após, o credor será sucedido pelos herdeiros. Se o falecimento ocorrer no curso da execução, a sucessão processual far-se-á na forma do art. 110 do CPC, ou, se necessário, por habilitação, na forma dos arts. 687 e ss.
1.3 O cessionário
Além do sucessor mortis causa, também estarão legitimados os cessionários, quando o direito resultante do título executivo lhes foi transferido por ato entre vivos (art. 778, III). A legitimidade é ordinária, porque, com a cessão, ele tornou-se titular do direito, consubstanciado no título executivo. Se ela ocorrer antes do ajuizamento da execução, cumprirá ao cessionário instruir a inicial com o título e com o documento comprobatório da cessão; e, se ocorrer depois, bastará ao cessionário, comprovando sua condição, requerer a substituição do exequente originário por ele, sem necessidade do consentimento do credor.
1.4 O Ministério Público
O art. 778, I, do CPC autoriza o Ministério Público a promover a execução, nos casos prescritos em lei. A legitimidade será sempre extraordinária, porque ele não postula interesse próprio, mas, em nome próprio, interesse alheio.
O Ministério Público pode ser autor de ações condenatórias, como autoriza o art. 177 do CPC.
Entre outras hipóteses, podem ser citadas:
• aquelas em que ele postula indenização civil em favor da vítima de crime ou - seus herdeiros, que não tenham condições econômicas para fazê-lo (art.. 68, do CPP). A legitimidade para esse tipo de ação passou a ser, em regra, da Defensoria Pública, mas onde ela não tiver sido criada, ele poderá promovê-la, postulando os direitos da vítima ou seus herdeiros até a fase executiva;
• as ações de reparação de danos decorrentes de lesão ao meio ambiente, previstas no art. 14, § 1°, da Lei n. 6.938/81; liil as ações que versem sobre interesses difusos ou coletivos, na forma do art. 82 do Código do Consumidor; liil as ações populares, em que caberá ao Ministério Público promover a execução "caso decorridos sessenta dias da publicação da sentença condenatória, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução" (art. 16 da Lei n. 4.717/65); a execução de condenações impostas pela Lei de Improbidade Administrativa, conforme art. 17 da Lei n. 8.429/92; a execução de título extrajudicial consistente no termo de ajustamento de conduta, firmado por ele com o causador do dano.
Há casos em que o Ministério Público, conquanto não proponha a execução, tem de atuar como fiscal da ordem jurídica. Por exemplo, se na execução estiverem presentes as hipóteses do art. 178 do CPC, como interesse de incapazes, ou público.
1.5 O sub-rogado
A sub-rogação a que se refere a lei processual é, segundo Clóvis Beviláqua, a transferência dos direitos do credor para aquele que solveu a obrigação ou emprestou o necessário para solvê-la.
Essa definição deixa claro que a sub-rogação presta-se apenas para conceder legitimidade ativa àquele que paga; não há sub-rogação no polo passivo da execução. A legitimidade é ordinária porque aquele que paga, por sub-rogação torna-se o novo credor, assumindo a qualidade jurídica do seu antecessor.
1.6 Fiador sub-rogado
Um caso específico de sub-rogação é o do fiador, previsto no art. 831, caput, primeira parte do CC: "O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos direitos do credor". Por isso, o art. 794, § 2°, autoriza o fiador que paga a executar o afiançado nos autos do mesmo processo.
1.7 O ofendido, ainda que não figure no título executivo
Entre os títulos executivos judiciais está a sentença penal condenatória transitado em Julgado, proferida por ação ajuizada pelo Ministério Público (salvo nos casos de ação penal privada) em face do ofensor. A vítima não participa do processo crime, e não figura na sentença penal condenatória.
No entanto, o CPC permite que ela promova a execução civil da indenização pelos danos que sofreu, após prévia liquidação, em regra de procedimento comum. Outro exemplo é a da execução promovida pelo ofendido, de sentença proferida em ação coletiva pelos legitimados indicados na Lei da Ação Civil Pública. O ofendido não participa da ação coletiva, mas pode, oportunamente, promover a liquidação e execução dos danos que sofreu.
1.8 Advogado
O art. 23 daLei n. 8.906/94 estabelece: "Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbênci:1, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário. seja expedido em seu favor".
O advogado tem legitimidade para, em nome próprio, executar os honorários advocatícios de sucumbência, fixados pelo juiz. Mas pode preferir que eles sejam incluídos no débito principal, e executados em conjunto, em nome da parte vitoriosa.
Há duas possibilidades:
que tanto o principal como os honorários do advogado sejam executados em nome da parte: o exequente será legitimado ordinário para a execução do principal, mas extraordinário, para a dos honorários do seu advogado;
 que o principal seja executado em nome da parte, e os honorários pelo advogado, em nome próprio. Tanto a parte quanto o seu advogado serão legitimados ordinários, 'para a execução daquilo que lhes cabe.
2 - LEGITIMIDADE PASSIVA
Os legitimados passivos vêm enumerados no art. 779 do CPC.
2.1 O devedor
reconhecido como tal no título executivo. Esse é o legitimado passivo primário, desde que figure como tal no título executivo. Se a execução é fundada em título judicial, é legitimado passivo aquele a quem foi imposta a condenação; se em titulo extrajudicial, o que figura no título como devedor.
2.2 Responsável tributário
Foi incluído no rol dos legitimados passivos à execução, no art. 779, VI, do CPC. Cumpre à legislação tributária definir quem são os responsáveis, as pessoas que responderão pelo pagamento do débito, caso o devedor principal não o faça.
2.3 Avalista
É aquele que presta garantia do pagamento de título de crédito, caso o devedor principal não pague. O aval deve constar do título, geralmente com a assinatura do devedor no anverso, acompanhada de expressão que identifique o ato praticado.
Dada a autonomia do aval, a execução poderá ser dirigida tão somente contra o avalista, não sendo necessária a inclusão do avalizado. Nada impede, porém. que se o inclua, caso em que haverá um litisconsórcio passivo na execução. Se o avalista pagar a dívida, sub-rogar-se-á no crédito, e poderá reaver o que pagou, nos mesmos autos, voltando-se contra o avalizado.
2.4 Empregador
O patrão responde objetivamente pelos danos causados pelo empregado, no exercício de suas atividades. A vítima de danos pode ajuizar ação de ressarcimento contra o empregado, o empregador ou contra ambos, em litisconsórcio facultativo. Mas se ajuizá-la só contra o empregado, a sentença só condenará a este. Só será possível executá-lo, não o empregador. Para que este seja executado, é necessário que tenha sido demandado também, e que a sentença o tenha incluído na condenação.
3 - COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR O CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
3.1 Título Executivo Judiciais
As regras fundamentais de competência para o cumprimento de sentença estão dadas no art. 516:
I - se processará nos tribunais, nas causas de sua competência originária; II- no juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; III - no juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira.
As duas primeiras hipóteses são de competência funcional, pois a execução civil está sempre atrelada a um processo de conhecimento que a antecedeu. Sendo absoluta não pode ser modificada pelas partes, nem modificada por foro de eleição.
No entanto, na hipótese do inciso Il, a competência sofre importante flexibilização. O parágrafo único do art. 516 dispõe que: "Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à execução ou pelo juízo onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem··. Tudo para tornar mais rápido o cumprimento da sentença, evitando, por exemplo, a expedição de precatórias e a prática de atos e diligências em outras comarcas.
Teria essa norma transformado a competência, na hipótese do inciso II, em relativa. Em caso afirmativo, as partes poderiam escolher qualquer foro para o processamento da ação. Aqui não. A ação só pode correr em um dos juízos concorrentes previamente estabelecidos por lei, escolhidos não por contrato ou eleição, mas por opção do credor. Se for proposta em outro juízo, que não um deles, ele, de ofício dar-se-á por incompetente.
O credor que optar por um dos juíz concorrentes deverá requerer o cumprimento da sentença no juízo escolhido, que solicitará ao de origem a remessa dos autos. O juízo escolhido receberá a petição desacompanhada dos autos do processo, cumprindo-lhe verificar se é mesmo competente para o cumprimento da sentença.
Em caso afirmativo, fará a solicitação ao juízo de origem, que os remeterá. Ao final, os autos serão arquivados no juízo onde ocorreu a execução.
Se o juízo onde correu o processo de conhecimento não quiser remeter os autos, por entender que o solicitante não é competente, deverá suscitar conflito positivo de competência. Para as execuções de alimentos provenientes de direito de família (não de ato ilícito), além dos foros concorrentes já mencionados, o credor poderá optar pelo foro de seu próprio domicílio, ainda que a sentença tenha sido proferida em outro foro. É o que dispõe o art. 528, § 9°, do CPC.
Na hipótese do inciso III, do art. 516, a competência não é funcional, porque não há nenhum prévio processo de conhecimento. No caso de sentença penal condenatória cumprirá verificar qual é o juízo competente, de acordo com as regras gerais de competência dos arts. 46 e ss. do CPC. A competência será absoluta ou relativa, conforme a regra aplicável ao caso concreto. Por exemplo: quando se trata de execução de sentença penal condenatória por acidente de trânsito, a vítima poderá propô-la no foro do seu domicílio ou no do local do acidente, conforme art. 53. V, do CPC.
Na execução de sentença arbitral, a competência será a do foro em que se realizou a arbitragem. Se o título for sentença estrangeira, homologada pelo STJ, a execução será processada perante a Justiça Federal de primeira instância, na forma do art. 109, X, da CF. A seção judiciária competente será apurada de acordo com as normas de competência da CF e do CPC.
3.2 Competência para a execução de título extrajudicial
A competência para o processo de execução de título extrajudicial é relativa e deve ser apurada de acordo com as regras gerais, estabelecidas no art. 781 do CPC.
É preciso verificar:
l) Se há foro de eleição, pois, tratando-se de competência relativa, as partes podem fixá-lo, o que deverá constar do título. É possível, por exemplo, que, em contrato de locação - título extrajudicial -conste o foro escolhido pelas partes para cobrança ou execução dos alugueres.
2) Se não houver eleição, deverá prevalecer a regra geral de competência do foro do domicílio do executado ou o de situação dos bens sujeitos à execução.
3.3 Dos Requisitos necessários para a execução
3.3.1 Do inadimplemento do devedor
Enquanto não caracterizado o inadimplemento, a execução não é necessária, porquanto há a possibilidade de que, na data aprazada, ocorra a satisfação voluntária do débito. Haverá inadimplemento quando o devedor não cumpre a obrigação no tempo, local e forma convencionados. O Código Civil estabelece o modo de cumprimento das obrigações, cabendo ao devedor respeitá-lo. O art. 788 do CPC estabelece que “o credor não poderá iniciar a execução, ou nela prosseguir, se o devedor cumprir a obrigação, mas poderá recusar o recebimento da prestação se ela não corresponder ao direito ou à obrigação estabelecidos no título executivo, caso em que poderá requerer ao juiz a execução forçada, ressalvado ao devedor o direito de embargá-la”.
3.3.2 O lugar
As obrigações devem ser cumpridas no lugar convencionado. Na falta, prevalece o art. 327 do CC:
“Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionaremdiversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias”.
A regra é que a obrigação seja cumprida no domicílio do devedor, cabendo ao credor procurá-lo para receber. Essas obrigações são chamadas quesíveis (querable). Mas as partes podem convencionar, ou a lei determinar, ou, ainda, resultar da sua natureza ou das circunstâncias que a obrigação deva ser satisfeita no domicílio do credor, caso em que será chamada de portável (portable).
 3.3.3 Prova do pagamento
Compete sempre ao devedor, já que não se pode exigir do credor prova negativa. Faz-se com a apresentação de recibo ou da devolução do título correspondente à obrigação.
3.3.4 Obrigações líquidas
Só se pode falar em inadimplemento de uma obrigação líquida; do contrário, o pagamento é inviável. As obrigações contidas em título executivo extrajudicial têm de ser sempre líquidas, pois não se admite prévia liquidação. Esta só é possível em caso de sentença ilíquida, para apuração do quantum debeatur.
3.3.5 Obrigação condicional ou a termo
Termo é o evento futuro e certo, e condição é o futuro e incerto, do qual depende a eficácia da obrigação.
O art. 514 do CPC regula as obrigações sujeitas a termo ou condição: “Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo, o cumprimento da sentença dependerá de demonstração de que se realizou a condição ou de que ocorreu o termo”.
 3.3.7 Obrigações bilaterais
Contratos bilaterais são aqueles que impõem obrigações recíprocas para ambos os contratantes. A de um encontra a sua justificativa na do outro, como, por exemplo, nos contratos de compra e venda e locação.
O art. 476 do CC estabelece que, havendo contratos bilaterais de prestações simultâneas, nenhum dos contratantes pode ingressar em juízo para exigir do outro a prestação prometida, sem que primeiro tenha cumprida a sua.
4. REQUISITOS DO TÍTULO EXECUTIVO 
Diz-se que o título executivo há de ser líquido, certo e exigível. Mas não é propriamente o título que tem de ter essas qualidades, mas a obrigação que ele representa, como estabelece o art. 783 do CPC: "A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível". O art. 803, I, estabelece que "é nula a execução se o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível". Não se trata propriamente de nulidade, como indica o dispositivo, mas de carência de execução, já que faltará ao credor interesse de agir, quando a obrigação não tiver essas características.
4.1 Certeza
É a certeza em abstrato que deflui da existência do título representativo da dívida, não a certeza em concreto, já que o devedor pode, no curso da execução ou dos embargos, demonstrar que a dívida não existe ou já se extinguiu. Mas é preciso que o título aponte, em abstrato, a existência do débito e esteja formalmente em ordem, preenchendo todos os requisitos e indicando o credor e o devedor.
O conteúdo da obrigação pode não ser identificado de plano, mas deve ser identificável, pelo que consta do título, como ocorre nas obrigações alternativas ou de entrega de coisa incerta. É preciso que dele deflua o an debeatur.
4.2 Liquidez
A liquidez diz respeito ao quantum debeatur, à quantidade de bens que constitui o objeto da obrigação do devedor.
Há que se fazer a distinção entre títulos extrajudiciais e judiciais, pois os primeiros hão de ser sempre líquidos, ao passo que os segundos podem depender de prévia liquidação, que precederá a fase de cumprimento da sentença. Só existe liquidação de títulos judiciais.
Para que haja liquidez, é preciso que o quantum debeatur possa ser apurado pela leitura do título ou por cálculos aritméticos baseados no que dele consta. É preciso que já existam todos os elementos necessários para a apuração do valor.
Não perde a liquidez a obrigação se houve pagamento parcial ou se é preciso acrescentar encargos, como juros, correção monetária e multa, fixada no título, pois basta uma simples subtração ou adição para que se apure o montante.
Não será líquida a obrigação se o quantum depender de fatores externos ao título. Por exemplo: se o devedor obriga-se a entregar uma parcela do faturamento da empresa em determinado ano, já que isso depende de prova.
4.3 Exigibilidade
As obrigações a termo ou sob condição só se tornam exigíveis depois que estes se verificarem. Faltará interesse ao credor se o título ainda não estiver vencido, ou se a condição suspensiva não tiver se verificado.
5 - RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
Por responsabilidade patrimonial entende-se a sujeição do patrimônio de alguém ao cumprimento de urna obrigação. O responsável é aquele que poderá ter a sua esfera patrimonial invadida para que seja assegurada a satisfação do credor.
5.1 Bens sujeitos a execução
O art. 789 do CPC traz a regra geral da responsabilidade patrimonial: "O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei".
Esse dispositivo atribui a responsabilidade, de forma geral, ao devedor, assegurando que todos os seus bens respondam pelo cumprimento das obrigações inadimplidas. O devedor é o responsável primário. Mas a lei atribui responsabilidade patrimonial a outras pessoas, além dele, o que será examinado em item próprio.
Art. 835.  A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado;
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV - veículos de via terrestre;
V - bens imóveis;
VI - bens móveis em geral;
VII - semoventes;
VIII - navios e aeronaves;
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
X - percentual do faturamento de empresa devedora;
XI - pedras e metais preciosos;
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia;
XIII - outros direitos.
§ 1o É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto.
§ 2o Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento.
§ 3o Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá sobre a coisa dada em garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também será intimado da penhora.
5.2 Bens não sujeitos à execução
Somente são sujeitos à execução os bens que podem ser penhorados, isto é, aqueles corpóreos ou incorpóreos, que tenham valor econômico, e que a lei não tenha tornado impenhoráveis.
O CPC dedica o art. 833 ao exame dos bens que são impenhoráveis. São eles: I - os bens inalienáveis e os declarados. por ato voluntário, não sujeitos à execução (os frutos e rendimentos desses bens poderão ser penhorados, à falta de outros bens); 
II - os móveis, pertences e utilidades domésticas, que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns, correspondentes a um médio padrão de vida;
 III - os vestuários, bem como os pertence de uso pessoal do executado, salvo os de elevado valor; 
IV- os vencimentos, subsídios, soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos do trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2° deste artigo; 
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
 VI -o seguro de vida; 
VII- os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
VIII- a pequena propriedaderural, assim definida e lei, desde que trabalhada pela família;
 IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social 
X- a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 salários mínimos. 
Nesta última hipótese, tem prevalecido o entendimento de que, se houver várias cadernetas de poupança, o limite a ser considerado é o que resulta da soma de todas elas. Se houver várias cadernetas de poupança, cujo total ultrapasse 40 salários mínimos, essa quantia será considerada impenhorável, mas não o que excedê-la, considerada a soma total dos valores depositados. 
6 - LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
Para que se instaure a execução de um título executivo, seja ele judicial ou extrajudicial, é preciso que este contenha uma obrigação revestida de: certeza, exigibilidade e liquidez. Isso é o que dispõe o art. 783 do CPC/2015:
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.
O que é liquidez? Significa quantificar, com precisão, aquela obrigação, ou seja, é saber o valor daquela obrigação. Portanto, a ausência de liquidez da obrigação constante de um título retira sua eficácia executiva, ou seja, impossibilita que o seu credor se utilize da execução para obter o seu crédito.
Tratando-se de título executivo judicial, como em regra, o pedido deve ser certo, e a sentença, por consequência, conterá o comando de cumprir com uma obrigação já devidamente quantificada.
No entanto, existem situações em que, diante das peculiaridades do caso concreto, o juiz, na sua decisão, não consegue quantificar o valor da obrigação. A regra, portanto, é que o juiz proferirá sentença líquida! Só estando autorizado a proferir sentença ilíquida nas hipóteses previstas no art. 491 do CPC/2015:
Art. 491. Na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde logo a extensão da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando:
I – não for possível determinar, de modo definitivo, o montante devido; II – a apuração do valor devido depender da produção de prova de realização demorada ou excessivamente dispendiosa, assim reconhecida na sentença. § 1º Nos casos previstos neste artigo, seguir-se-á a apuração do valor devido por liquidação.
Nesses casos, como o credor não poderá proceder diretamente à execução, ante a iliquidez da obrigação, é necessária a realização de um procedimento para, tão somente, fixar o quantum debeatur da sentença ilíquida.
Preste atenção! A liquidação de sentença é o procedimento necessário para tornar-se uma obrigação já fixada em decisão judicial líquida, permitindo, assim, sua satisfação por meio da execução.
Assim, quando a sentença for ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor (art. 509 do CPC):
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se- -á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor.
Da leitura do art. 509 do CPC/2015 percebe-se que tanto o credor como o devedor podem requerer a liquidação da sentença.
Você pode estar se perguntando, mas qual o interesse do devedor em requerer a liquidação? A resposta é simples. Muitas vezes, o devedor quer cumprir a obrigação à qual foi condenado (pagando e extinguindo o processo), mas se a sentença é ilíquida não poderá exercer esse direito, eis que não sabe o valor do seu débito.
Logo, o devedor também tem legitimidade para promover a liquidação da sentença. A liquidação da sentença pode se dar por meio de 2 (dois) procedimentos distintos:
a) por arbitramento;
b) procedimento comum.
É isso que dispõe o art. 509 do CPC/2015:
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se- -á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor: I – por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação; II – pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.
É preciso ter em mente que, não importando a espécie de liquidação a ser adotada, nesta é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou. É o que diz o § 4º do mesmo artigo.
§ 4º Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.
Na liquidação, o objeto da cognição está limitado à identificação do quantum debeatur. Não se discute mais a existência ou não do direito.
Fique atento(a)! Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença, não sendo necessária uma liquidação de sentença (§ 2º). Nesse caso, deverá apresentar o requerimento inicial, incluindo o demonstrativo de cálculos. Para realização desses cálculos, o Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos interessados programa de atualização financeira (§ 3°).
§ 2º Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença. § 3º O Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos interessados programa de atualização financeira.
Na liquidação por arbitramento, todos os elementos necessários para se chegar ao valor já constam dos autos, faltando apenas a produção de uma perícia contábil. Já na liquidação pelo procedimento comum para a apuração do valor devido é imprescindível a alegação e prova de um fato novo. Este deve ser entendido como fato superveniente à sentença.
Na primeira situação, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.
Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.
Na segunda, o juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 511. Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observando- se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste Código.
Cuidado! Pode ocorrer que na mesma sentença contenha uma parte líquida e outra ilíquida, nesses casos, o autor pode simultaneamente proceder com a fragmentação da decisão, executando a parte líquida e liquidando a parte ilíquida em autos separados (§ 1º).
§ 1º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
6.1 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA GENÉRICA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Há um terceiro tipo de liquidação: a da sentença genérica proferida em ação civil pública, ajuizada para a defesa de interesses individuais homogêneos.
	Proposta ação civil pública, como não se sabe quem são as vítimas, quantas são e qual é a extensão dos danos, o juiz, em caso de procedência, proferirá sentença genérica, que condenará o réu a pagamento de indenização a todas as pessoas que comprovarem enquadrar-se na condição de vítimas d ato ou fato discutido. A sentença não só é ilíquida; ela nem sequer nomeia as pessoas a serem indenizadas, limitando-se a genericamente condenar o réu a pagar a todos aqueles que comprovem se vítimas do evento.
 	Por exemplo: um dos legitimados extraordinários propõe ação de reparação de danos causados por determinado produto farmacêutico que, postoà venda no mercado de consumo, era nocivo à saúde. O juiz, se acolher o pedido, condenará genericamente o réu a ressarcir todas as vítimas que usaram o medicamento.
Na fase de liquidação, que haverá de ser sempre individual, a vítima precisará demonstrar não apenas a extensão dos danos, mas, antes de tudo, que eles são provenientes daquele produto nocivo. A liquidação não servirá apenas para apurar o quanto se deve à vítima, mas para permitir que esta comprove a sua condição.
Dadas essas peculiaridades, esse tipo de liquidação difere das tradicionais — por arbitramento e pelo procedimento comum — do CPC, pois, ao contrário delas, pode ser julgada improcedente, caso não se comprove que o liquidante foi vítima do acidente e sofreu danos. Na liquidação comum, a condição de vítima há de ter sido provada na fase condenatória, ao passo que nesta, há de ser demonstrada na liquidação.
 	Ela formará um processo autônomo (não apenas uma fase), ajuizado pelas vítimas individuais, e para o qual o réu deve ser citado.
A decisão final não será meramente declaratória, como nas outras formas de liquidação, mas constitutiva, pois só a partir dela cada vítima obterá título executivo.
7 – EXECUÇÃO ESPECIFICA
A execução específica é aquela que objetiva fazer com o que devedor cumpra exatamente aquilo que foi convencionado, sem conversão em perdas e danos. Só faz sentido nas obrigações de fazer, não fazer ou entregar coisa. 
O art. 497 do CPC trata das primeiras: “na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente”. 
As de entrega de coisa vêm tratadas no art. 498: “na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação”.
7.1. Providências Que Assegurem Resultado Prático Equivalente
O art. 497, caput, do CPC dá ao juiz poderes de determinar, nas ações que tenham por objeto, o cumprimento de obrigações de fazer ou não fazer, providências que assegurem a obtenção da tutela pelo resultado prático equivalente ao do adimplemento.
Há casos em que não há como compelir o devedor a cumprir a obrigação na forma convencionada, mas é possível determinar outra medida, que alcance resultado prático equivalente.
Por exemplo: a ré, fabricante de veículos, comprometeu-se a entregar ao autor um carro. Quando da sentença, ele não é mais fabricado. Em vez de determinar a conversão em perdas e danos, o juiz pode condenar a ré a entregar um veículo equivalente, mesmo que isso não tenha sido pedido na petição inicial.
O autor formula um pedido específico. Não sendo possível atendê-lo, o juiz verificará, antes da conversão em perdas e danos, se não há alguma providência que possa alcançar resultado equivalente. Em caso afirmativo, ele a concederá, ainda que não coincida com o pedido inicial, impossível de satisfazer.
 7.3. Conversão em perdas e danos
A conversão em perdas e danos fica reservada para duas hipóteses, enumeradas no art. 499 do CPC:
a) quando se tornar impossível a execução específica (por exemplo, quando o bem a ser restituído perdeu-se, ou quando a obrigação de fazer é infungível e o devedor recusa-se, apesar dos meios de coerção, a cumpri-la) e não há providência que assegure resultado prático equivalente;
 b) quando o credor requerer a conversão, porque o devedor não cumpre especificamente a obrigação. Só é dado ao credor requerê-la se houver efetiva recusa do devedor. O credor não pode preferir a conversão se o devedor estiver disposto a cumprir a obrigação específica. Da mesma forma que o credor não é obrigado a aceitar prestação diferente da que foi avençada, o devedor não pode ser compelido, para desonerar-se, a cumpri-la diferentemente do contratado. 
7. 4. Mecanismos para compelir o devedor a cumprir a obrigação
O art. 536, § 1º, do CPC enumera alguns meios de que o juiz pode valer-se para alcançar o cumprimento específico da obrigação ou resultado prático equivalente: “Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial”. Esses poderes o juiz pode empregar tanto no cumprimento das obrigações de fazer ou não fazer como no de entregar coisa.
Além disso, o descumprimento fará com que o devedor incorra nas sanções do art. 77, § 2º, imputadas aos que perpetram atos atentatórios à dignidade da justiça.
Podem ainda ser aplicáveis, se presentes as hipóteses do art. 774, caput, as penas por ato atentatório à dignidade da justiça, previstas no parágrafo único do mesmo dispositivo legal.
Dentre os mecanismos mencionados, interessa-nos a multa, pela importância de que se reveste e pelas questões que suscita.
 7.4.1. A multa
É mecanismo de coerção para pressionar a vontade do devedor renitente que, temeroso dos prejuízos que possam advir ao seu patrimônio, acabará por cumprir aquilo a que vinha resistindo. 
O juiz fixará um prazo para o cumprimento da obrigação e poderá estabelecer multa periódica (em regra, diária) para a hipótese de inadimplemento. Ela incidirá a cada dia de atraso, pressionando o devedor até que satisfaça a obrigação.
A finalidade da multa é coercitiva, não repressiva ou punitiva. Ela não constitui sanção ou pena.
7.4.2. Fixação da multa
Nos cumprimentos de sentença, a multa é fixada pelo juiz, que deve considerar qual o valor razoável para compelir o devedor a cumprir a obrigação. Não pode ser irrisório, sob pena de não pressionar a vontade do devedor; nem tão elevado, que o credor acabe preferindo que a obrigação não seja cumprida e que o devedor permaneça inerte.
 Caberá ao juiz avaliar o caso concreto para decidir o montante razoável. Tem ele ampla liberdade de modificar o valor da multa, de ofício ou a requerimento das partes, quando verificar que ela se tornou insuficiente.
7.4.3 Momento para a fixação
O juiz só fixará a multa depois de impor ao réu o cumprimento da obrigação de fazer, não fazer ou entregar coisa. Isso pode ocorrer logo no início do processo, se ele deferir tutela provisória, impondo ao réu alguma dessas obrigações e concedendo-lhe prazo para cumpri-la, ou então, na sentença condenatória.
Mesmo que ele não o faça na sentença, poderá determiná-la posteriormente, na fase de execução, e de ofício.
Na execução de título extrajudicial, o juiz a fixará quando despachar a inicial. Se não fizer, poderá fixá-la posteriormente, a qualquer momento no curso da execução, quando se fizer necessária, ciente ou excessiva. Pode ainda alterar-lhe a periodicidade.
7.4.4 Valor da multa
Muito se discutiu se o valor da multa estaria limitado pelo da obrigação principal. A lei civil estabelece que as cláusulas penais não podem ultrapassar o valor da obrigação. Mas a multa não é cláusula penal, e a lei não impõe limites. Porém, não se pode admitir que ela ultrapasse os limites do razoável, e se isso acontecer, o juiz deve reduzi-la a um montante tal que não constitua fonte de enriquecimento indevido para o credor. 
Verificando o juiz que ela já correu por tempo suficiente, deve dar por encerrada a incidência, reduzindo-a ao razoável. Cumpre ao credor, então, requerer outros meios de coerção ou a conversão em perdas e danos.
8 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
8.1 Cumprimento de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa contra devedor solvente
O procedimento vem regulado nos arts. 523 e ss., mas naquilo que não for incompatível, aplicam-se as regras do Livro II da Parte Especial do CPC, como, por exemplo, as relativas à penhora e avaliação.
8.2 Procedimento do cumprimento de sentença
Na modalidade definitiva, o exequente deve requerer o cumprimento com demonstrativo discriminado e atualizado do crédito1, devendo a petição conter todos os elementosdiscriminados nos incisos do art. 524 do CPC. 
Logo após o executado será intimado para pagar o débito no prazo de 15 dias, acrescido de custas, se houver. Caso esse pagamento não se realize de forma voluntária,
o débito será acrescido de multa de 10% (dez por cento), bem como de honorários de advogado de dez por cento. Se ocorrer o pagamento de maneira parcial, a multa só irá incidir sobre o valor restante.
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far- -se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. § 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento. § 2º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os honorários previstos no § 1º incidirão sobre o restante.
E se não ocorrer o pagamento?
Será expedido desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação, forçando, assim, que o exequente receba a quantia devida. Isso é o que dispõe o § 3º do art. 523 do CPC/2015:
§ 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação.
Lembre-se! Como vimos acima, 15 (quinze) dias após transcorrido o prazo para o pagamento voluntário, sem que o mesmo ocorra, inicia-se nova contagem de prazo (também de 15 (quinze) dias), para que o executado apresente sua impugnação nos autos, o que pode ocorrer independentemente de penhora ou nova intimação.
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia- se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
Na impugnação, o executado pode alegar qualquer matéria de defesa?
Não! O art. 525 do CPC discrimina, em seu parágrafo primeiro, o que pode ser alegado na impugnação. Essas alegações também são as possíveis para o cumprimento provisório:
§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
I – falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; II – ilegitimidade de parte; III – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; IV – penhora incorreta ou avaliação errônea; V – excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; VI – incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; VII – qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
O mesmo artigo possui outros 14 parágrafos que merecem atenção, pois o assunto
“impugnação” é constantemente cobrado em provas, então, vamos observar alguns pontos importantes:
1. As hipóteses de impedimento e suspeição já vistas em aula anterior podem ser alegadas nessa impugnação.
2. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para sua manifestação.
3. Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, deverá declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. Na hipótese de o executado não apontar o valor correto ou não apresentar o demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada se o excesso de execução for o seu único fundamento, ou, se houver outro, a impugnação será processada, mas o juiz não examinará a alegação de excesso. 
4. A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos executivos, inclusive os de expropriação, podendo o juiz, a requerimento do executado e desde que garantido o juízo com penhora, caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos forem relevantes e se o prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação. A concessão desse efeito suspensivo não impede a efetivação dos atos de substituição, de reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos bens.
5. Quando o efeito suspensivo atribuído à impugnação disser respeito apenas a parte do objeto da execução, esta prosseguirá quanto à parte restante.
6. A concessão de efeito suspensivo à impugnação deduzida por um dos executados não suspenderá a execução contra os que não impugnaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao impugnante.
7. Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exequente requerer o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando, nos próprios autos, caução suficiente e idônea a ser arbitrada pelo juiz.
8. As questões relativas a fato superveniente ao término do prazo para apresentação da impugnação, assim como aquelas relativas à validade e à adequação da penhora, da avaliação e dos atos executivos subsequentes, podem ser arguidas por simples petição, tendo o executado, em qualquer dos casos, o prazo de 15 (quinze) dias para formular esta arguição, contado da comprovada ciência do fato ou da intimação do ato.
9. Quanto à inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação (inciso III do § 1º), considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal, em controle de constitucionadade concentrado ou difuso. Nesse caso, os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal poderão ser modulados no tempo, em atenção à segurança jurídica. É importante observar que essa decisão deve ser anterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda. Se a decisão for proferida após, caberá ação rescisória, cujo prazo será contado do trânsito em julgado da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal.
Encerradas as observações quanto à impugnação, cabe analisarmos o art. 526 do CPC/2015:
Art. 526. É lícito ao réu, antes de ser intimado para o cumprimento da sentença, comparecer em juízo e oferecer em pagamento o valor que entender devido, apresentando memória discriminada do cálculo.
Nessa hipótese, o autor será ouvido no prazo de 5 (cinco) dias, podendo impugnar o valor depositado, sem prejuízo do levantamento do depósito, a título de parcela incontroversa.
Concluindo o juiz pela insuficiência do depósito, sobre a diferença incidirão multa de dez por cento e honorários advocatícios, também fixados em dez por cento. Assim, a execução irá continuar com penhora e atos subsequentes.
No entanto, se o autor não se opuser ao valor depositado, o juiz declarará satisfeita a obrigação e extinguirá o processo.
§ 1º O autor será ouvido no prazo de 5 (cinco) dias, podendo impugnar o valor depositado, sem prejuízo do levantamento do depósito a título de parcela incontroversa.
§ 2º Concluindo o juiz pela insuficiência do depósito, sobre a diferença incidirão multa de dez por cento e honorários advocatícios, também fixados em dez por cento, seguindo- se a execução com penhora e atos subsequentes.
§ 3º Se o autor não se opuser, o juiz declarará satisfeita a obrigação e extinguirá o processo.
Agora, vamos tentar esquematizar, de maneira sucinta, a ordem dos atos processuais do procedimento da fase de cumprimento de sentença.
O procedimento da fase de cumprimento de sentença obedece à seguinte ordem de atos processuais:
1. trânsito em julgado da sentença que impõe obrigação pecuniária;
2. remessa à vara de origem, caso tenha transitado em julgado em algum juízo hierarquicamente superior;
3. intimação do exequente para que inicie a fase executiva (art. 513, § 1º, do CPC);
4. apresentação de petição, instaurando a fase de cumprimento de sentença,devendo cumprir os requisitos previstos no art. 524 do CPC;
5. intimação do executado para cumprir a obrigação em quinze dias (art. 523 do CPC);
6. expirado o prazo de quinze dias para que o devedor cumpra espontaneamente a obrigação, e tendo o devedor a cumprido, extingue-se o processo, na forma do art. 924, II, do CPC. Ao contrário, caso não tenha havido cumprimento espontâneo, inicia-se, independentemente de nova intimação, o prazo para o executado apresentar sua defesa, chamada impugnação (art. 525 do CPC);
7. caso não haja pagamento, será possível o oferecimento da defesa do executado, chamada impugnação, no prazo de quinze dias a contar do final do prazo de quinze dias para pagamento espontâneo (art. 525 do CPC);
8. processamento da impugnação, sem suspensão automática da execução (art. 525, § 6º, do CPC);
9. penhora e avaliação;
10. caso a decisão na impugnação seja pelo prosseguimento da execução, procede-se ao pagamento.

Continue navegando