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Projeto de Pesquisa Homofobia

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OBJETIVOS 
GERAIS
Analisar as consequências advindas com as agressões físicas e psicológicas em relação à população LGBT e como são tratados os crimes contra a mesma na atual legislação brasileira.
ESPECÍFICOS 
	Identificar as consequências para a saúde física e mental da população LGBT após agressão; 
Analisar o amparo disponível na legislação para a população LGBT vítima de agressão;
Apontar a necessidade de leis igualitárias como utensílio para prevenção de hostilidade contra a população LGBT.
REFERENCIAL TEÓRICO
A homofobia, como prática discriminatória, trata-se da violência física e/ou mental acometida contra indivíduos variantes do padrão heteronormativo (ASSINELI-LUZ, Araci; CUNHA, Josafá Moreira da, 2011). Possui origem no sexismo que permeia a própria sociedade, que fixa protótipos comportamentais que corresponderiam às ações e papéis respectivos a cada um dos sexos. (SOUZA, Jackeline Maria de; SILVA, Joilson Pereira da, 2011).
A homofobia se expressa através da reprovação pessoas que não se ajustam às expectativas sociais relativas aos papéis de gênero. Pode ser praticada em forma de piadas e brincadeiras ou chegar até atos de violência que geram consequências físicas e mentais para a população atingida. Segundo Felipe Resende (2011),
Assim como existe uma homofobia geral, existem formas específicas de hostilidade contra as diversas orientações sexuais e expressões de gênero. No caso da lesbofobia, trata-se de uma forma de discriminação dupla, que articula a intolerância da orientação sexual à subordinação de gênero. É produzido, de um lado, um efeito social de invisibilidade e negação de uma voz própria. É por isso que as feministas são frequentemente acusadas de violentar a “natureza mansa” da feminilidade. Ao mesmo tempo, é exercida uma violência específica, associada à lesbianidade. A transfobia representa uma das expressões mais violentas e nocivas da hostilidade por preconceito sexual. Enquanto os homens e as mulheres homossexuais têm a possibilidade de manter sua orientação em segredo – o que é frequentemente vivido como uma condenação ao silêncio – no caso das travestis (e, em certa medida, dos e das transexuais), acontece o inverso: pela sua expressão de gênero, elas estão permanentemente expostas a agressões.
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL/1988 estabelece o princípio da não discriminação, independentemente do motivo. Contudo, Rita C.C.Rodrigues (2012) atenta para a falta de levantamentos sobre os crimes cometidos contra LGBTs e de sentenças judiciais contra os crimes envolvidos e para a controvérsia entre leis que assegurem o direito aos homoafetivos e os legisladores do Congresso Nacional, num conflito que vai de interesses religiosos à imposição de seus princípios. Em detrimento disso, vários representantes de cargos políticos declararam defesa dos direitos dos homoafetivos e de igualdade entre todos. Faz ainda uma série de indagações sobre a questão homoafetiva: se os representantes do povo brasileiro deixarão que essa questão se iguale a paradigma da escravidão, quando o Brasil foi o ultimo país a aboli-lo e sobre quantos mais precisarão ser assassinados para que o assunto seja levado a sério.
É fundamental que os profissionais do Direito disponham de informações claras e atualizadas sobre todas as formas de crimes cometidos contra a população LGBT e compreendam a necessidade de se abolir completamente as restrições consuetudinárias aos homossexuais, garantindo exercício pleno da cidadania. 
Considerando que os Direitos Humanos são universais e inalienáveis, devendo proteger todas as minorias sociais injustamente discriminadas, urge que a Ordem dos Advogados do Brasil se torne baluarte da defesa da cidadania plena dos homossexuais [...].  (Mott, Luis 2006).

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