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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR Reconhecida pela portaria – MEC N.º 1580, de 09/11/93 – D.O.U. 10/11/93 Mantenedora: Associação Paranaense de Ensino e Cultura – APEC Unidade Paranavaí WESLEY DE LIMA ALEXANDRE; R.A.: 00184680 DAISY GÓIS; R.A.: 00178523 RAFAELY C. CAMARGO; R.A. 00179031 PROJETO DE SANEAMENTO PARANAVAÍ 2018 2 WESLEY DE LIMA ALEXANDRE; R.A.: 00184680 DAISY GÓIS; R.A.: 00178523 RAFAELY C. CAMARGO; R.A. 00179031 PROJETO DE SANEAMENTO Trabalho apresentado como requisito para a avaliação parcial do 1° bimestre da disciplina de Saneamento, do curso de Engenharia Civil, na Universidade Paranaense – UNIPAR- Unidade de Paranavaí, Paraná. PARANAVAÍ 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5 1.1. OBJETIVOS ................................................................................................................ 5 1.1.1. Objetivo geral ........................................................................................................... 5 1.1.2. Objetivos específicos................................................................................................ 5 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 6 2.1. COMPOSIÇÃO DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............... 6 2.2. NORMAS APLICÁVEIS AO PROJETO ................................................................... 7 3. DESCRIÇÃO DO LOCAL .............................................................................................. 8 3.1. DADOS E CARACTERÍSTICAS DO LOCAL .......................................................... 8 3.2. DEMANDA POPULACIONAL ................................................................................. 8 4. DESCRIÇÃO DO PROJETO ......................................................................................... 9 4.1. MANANCIAL PRETENDIDO ................................................................................... 9 4.2. PERÍODO DE ALCANCE DO PROJETO ................................................................. 9 4.3. REPRESENTAÇÃO .................................................................................................... 9 5. RESULTADOS ............................................................................................................... 10 5.1. CÁLCULO DE VAZÃO ........................................................................................... 10 5.2. DIMENSIONAMENTO DAS GRADES .................................................................. 10 5.2.1. Cálculos de Perda de Cargas .................................................................................. 11 5.2.2. Cálculo do Número de Barras para as Grades........................................................ 12 5.3. DIMENSIONAMENTO DO DESARENADOR ...................................................... 12 5.3.1. Representação do desarenador ............................................................................... 15 5.4. DIMENSIONAMENTO DAS ADUTORAS ............................................................ 15 5.5. DIMENSIONAMENTO DAS BOMBAS ................................................................. 17 5.5.1. Representação da casa de bombas .......................................................................... 18 6. REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 19 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Representação com a definição do Sistema de Captação e Tratamento de Água Figura 2. Representação do Desarenador. Figura 3. Representação da casa de bombas. LISTA DE TABELAS Tabela 1. População de São Pedro do Ivaí em 2010 e 2017 (IBGE, IPARDES). Tabela 2. Perda de Carga Forma C Tabela 3. Perda de Carga Forma E Tabela 4. Dimensionamento das Bombas. 5 1. INTRODUÇÃO Este trabalho visa à elaboração de um Projeto de Saneamento, para dimensionar sistemas elevatórios de água, baseado em estudos demográficos, topográficos e fórmulas matemáticas, principalmente, visa propor a implantação de um sistema de abastecimento de água na cidade de São Pedro do Ivaí - PR. 1.1. OBJETIVOS 1.1.1. Objetivo geral O trabalho tem por objetivo geral dimensionar uma Estação de Tratamento de Água, para o município de São Pedro do Ivaí, no Paraná. Pretende-se contemplar toda a população pela ETA, estimando-se um alcance de projeto de 20 anos. 1.1.2. Objetivos específicos Para atingir o objetivo geral deste trabalho, os seguintes objetivos específicos foram estabelecidos: • Realizar o levantamento populacional da cidade de São Pedro do Ivaí; • Realizar o levantamento bibliográfico referente aos atuais sistemas de tratamento de água; • Realizar o levantamento de dados referentes ao Rio Barbacena; • Realizar os dimensionamentos necessários para a captação e transporte de água até a ETA. 6 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Os recursos hídricos são um bem natural renovável, por causa do ciclo das águas, e seu volume total no planeta permanece praticamente constante ao longo do tempo, porém de todo volume de água da Terra, apenas 2,5% é doce, e menos de um terço dessa água doce está disponível para uso humano. Entretanto, estima-se que o Brasil concentre entre 12% e 16% do volume total de recursos hídricos do mundo. Apesar de ser um número bastante expressivo, os recursos não estão distribuídos de forma homogênea, 72% encontra-se na Amazônia e 6% no Sudeste, além de se encontrarem ameaçados por fatores socioeconômicos variados (BARLOW; CLARKE, 2002). O tratamento da água de abastecimento e a coleta e tratamento do esgoto gerado é essencial para a manutenção de nossos recursos hídricos, de superfície e subterrâneo, cada município tem o dever de se responsabilizar pela gestão adequada de suas águas. 2.1. COMPOSIÇÃO DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA A composição de um sistema de abastecimento de água, segundo Tsutiya, é concebido da seguinte forma: • Manancial: é a fonte de água que pode ser superficial ou subterrâneo, a qual supre o sistema de abastecimento. Que deve fornecer vazão suficiente para suprir a demanda de água no período compreendido pelo projeto, com qualidade dentro dos limites aceitáveis, a fim que ela esteja dentro dos padrões de potabilidade através de tratamentos convencionais. • Captação: é o conjunto de estruturas e dispositivos, construídos ou instalados junto ao manancial, para a tomada de água que irá suprir o sistema de abastecimento. • Estação elevatória: são as obras e equipamentos que se destinam a recalcar a água bruta, ou tratada para a próxima unidade. Nos sistemas de abastecimento, normalmente há inúmeras estações elevatórias. • Adutora: tubulação que conduz a água entre as unidades antes da rede de distribuição. Não se destina a distribuir a água aos consumidores, porém podem existir derivações que são denominadas de sub-adutoras. 7 • Estação de tratamento de água: conjunto de unidades destinadas a tratar a água de forma a adequá-la aos padrões de potabilidade. • Reservatório: é a estrutura do sistema de distribuição de água que tem por definição regularizar as variações entre as vazões de adução e de distribuição e condicionar as pressões narede de distribuição. • Rede de distribuição: etapa do sistema de abastecimento de água formada por tubulações e órgãos acessórios, para distribuir a água potável entre os consumidores, de forma ininterrupta, em quantidade e pressão recomendada. No presente trabalho, a unidade referente à rede de distribuição e reservatório não serão abordados, portanto o projeto irá tratar da escolha do manancial ao projeto de estação de tratamento. 2.2. NORMAS APLICÁVEIS AO PROJETO As normas da ABNT que serão consideradas para o projeto de sistema de abastecimento de água, estão listadas abaixo. • NBR 12.211: Estudos de Concepção de Sistemas Públicos de Abastecimento de Água, promulgada em 1992; • NBR 12.213: Projeto de Captação de Água de Superfície para Abastecimento Público, promulgada em 1992; • NBR 12.214: Projeto de Sistema de Bombeamento de Água para Abastecimento Público, promulgada em 1992; • NBR 12.215: Projeto de Adutora de Água para Abastecimento Público, promulgada em 1991; • NBR 12.216: Projeto de Estação de Tratamento de Água para Abastecimento Público, promulgada em 1992; • NBR 12.217: Projeto de Reservatório de Distribuição de Água para Abastecimento Público, promulgada em 1994; 8 3. DESCRIÇÃO DO LOCAL 3.1. DADOS E CARACTERÍSTICAS DO LOCAL São Pedro do Ivaí do Estado do Paraná, se estende por 322,380 km² e contava com 10 167 habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 31,5 habitantes por km² no território do município. Situado a 440 metros de altitude, São Pedro do Ivaí tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 23° 51' 55'' Sul, Longitude: 51° 51' 23'' Oeste. 3.2. DEMANDA POPULACIONAL Com base na população informada pelo IBGE para o município, referente ao censo de 2010, e a estatística populacional de 2017 feita pelo IPARDES (Tabela 1), pode-se, utilizando-se o método da projeção geométrica (VON SPERLING, 1996), estimar a população do município para o ano de 2024, tempo de alcance da ETA de que se trata o presente trabalho, conforme abaixo: População (2010) 10.167 habitantes População (2017) 10.928 habitantes Tabela 1. População de São Pedro do Ivaí em 2010 e 2017 (IBGE, IPARDES). 𝑷𝒇 = 𝑷𝒊 (𝟏 + 𝒊) 𝒕 (1) 10.928 = 10.167 (1 + 𝑖) 7 𝑖 = 0,9% 𝑃𝑜𝑝2024 = 10.167 (1 + 0,009) 34 = 13.788ℎ𝑎𝑏 9 4. DESCRIÇÃO DO PROJETO Os resultados apresentados no presente trabalho se tratam do dimensionamento das unidades a serem utilizadas no sistema de tratamento de água, sendo elas: gradeamento, desarenador, adutoras e bombeamento. 4.1. MANANCIAL PRETENDIDO Rio Barbacena, Bacia Hidrográfica do Rio Ivaí. 4.2. PERÍODO DE ALCANCE DO PROJETO O presente projeto de Estação de Tratamento de Água, para o município de São Pedro do Ivaí, estima um alcance de 20 anos. 4.3. REPRESENTAÇÃO O projeto abrange os dimensionamentos da Captação de Água até a Estação de Tratamento de Água (ETA). A seguir a representação do projeto: Figura 1. Representação com a definição do Sistema de Captação e Tratamento de Água 10 5. RESULTADOS 5.1. CÁLCULO DE VAZÃO De acordo com VON SPERLING (1996), para pequenas localidades, ou seja, com população ente 10 e 50 mil habitantes, o consumo per capita de água (QPC) situa-se na faixa de 110 a 180 litros diários. Para este estudo será adotado um QPC médio de 134,8 l/hab. dia. Sendo assim, calculamos as vazões. 𝑄𝐴 = ( 1,2 ∗ 13.788 ∗ 134,8 86400 ) ∗ 1,04 = 26,85 𝑙/𝑠 𝑄𝐵 = ( 1,2 ∗ 13.788 ∗ 134,8 86400 ) = 25,8 𝑙/𝑠 𝑄𝐶 = ( 1,2 ∗ 1,5 ∗ 13.788 ∗ 134,8 86400 ) = 38,7 𝑙/𝑠 5.2. DIMENSIONAMENTO DAS GRADES Segundo a NBR 12213 (1989), para o dimensionamento das grades e telas, o espaçamento entre barras paralelas deve estar entre 7,5 cm 15 cm para a grade grosseira, e 2 cm a 4 cm para a grade fina ou média. As telas devem estar de 8 a 16 fios/dm. As grades, ou telas sujeitas a limpeza manual exigem inclinação a jusante de 70º a 80º em relação a horizontal, e passadiço para fácil execução dos serviços de manutenção. Na seção de passagem correspondente ao nível mínimo de água, a área das aberturas da grade deve ser igual ou superior a 1,7 cm² por litro por minuto de modo que a velocidade resultante seja igual ou inferior a 10 cm/s, sendo as perdas de carga avaliadas admitida a obstrução de 50% da seção da passagem. Devido ao Rio Barbacena não estar sujeito a regime torrencial e não possuir incidência de corpos flutuantes de grandes dimensões que possam causar danos às grades, foi considerado apenas as grades médias de 4cm de espaçamento e 0,79cm de espessura. 𝐾 = 𝛽 ( 𝑠 𝑏 ) 1,33 ∗ 𝑠𝑒𝑛(𝛼) (2) ℎ = 𝐾 ( 𝑉2 2𝑔 ) (3) 11 Onde: h : perda de carga (m); K : coeficiente da perda de carga em função dos parâmetros geométrico das grades e telas; v : velocidade média (m/s); g : aceleração da gravidade (m/s²); β : coeficiente em função da forma da barra; s : espessura das barras; b : distância livre entre as barras; α : ângulo da grade em relação à horizontal. Foram escolhidas as formas C (β:1,67) e E (β:0,92) para as grades. A seguir, são apresentados os cálculos de perda de carga nas grades e nas telas, considerando a velocidade média do curso do rio de 2,5m/s, e o dimensionamento das barras. 5.2.1. Cálculos de Perda de Cargas Perda de Carga Forma C Ângulo 30º 𝐾 = 1,67 ∗ ( 0,79 4 ) 1,33 ∗ 𝑠𝑒𝑛(30) = 0,096 ℎ = 0,096 ∗ ( 2,5 2 ∗ 9,81 ) 2 = 0,03𝑚 Ângulo 60º 𝐾 = 1,67 ∗ ( 0,79 4 ) 1,33 ∗ 𝑠𝑒𝑛(60) = 0,16 ℎ = 0,16 ∗ ( 2,5 2 ∗ 9,81 ) 2 = 0,05𝑚 Tabela 2. Perda de Carga Forma C 12 Perda de Carga Forma E Ângulo 30º 𝐾 = 0,92 ∗ ( 0,79 4 ) 1,33 ∗ 𝑠𝑒𝑛(30) = 0,05 ℎ = 0,05 ∗ ( 2,5 2 ∗ 9,81 ) 2 = 0,01𝑚 Ângulo 60º 𝐾 = 0,92 ∗ ( 0,79 4 ) 1,33 ∗ 𝑠𝑒𝑛(60) = 0,09 ℎ = 0,09 ∗ ( 2,5 2 ∗ 9,81 ) 2 = 0,02𝑚 Tabela 3. Perda de Carga Forma E 5.2.2. Cálculo do Número de Barras para as Grades Número de Barras: 𝑙𝐵 = 4 + 0,79 = 4,79𝑐𝑚 𝑛𝐵 = 50 4,79 = 10 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 5.3. DIMENSIONAMENTO DO DESARENADOR Após o gradeamento, será instalado no sistema um desarenador para a remoção de sólidos com diâmetros inferiores aqueles removidos pelas grades, no entanto, superior ao diâmetro dos sólidos dissolvidos contida nos efluentes domésticos. Segundo a NBR 12213 (1989), o desarenador pode ser dimensionado segundo os seguintes critérios: 𝑣𝑠 : 0,021𝑚/𝑠 𝑣ℎ : 0,30 𝑚/𝑠 𝐿 : 1,5. 𝐿’ 13 Onde, 𝑣𝑠 : velocidade de sedimentação, 𝑒𝑚 𝑚/𝑠; 𝑣ℎ : velocidade horizontal, em m/s; 𝐿 ′: 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑎𝑟𝑒𝑛𝑎𝑑𝑜𝑟, 𝑒𝑚 𝑚; 𝐿 : 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑎𝑟𝑒𝑛𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑚 50% 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑙𝑔𝑎, 𝑒𝑚 𝑚. Para os cálculos de dimensionamento do desarenador desse projeto, foram consideradas as velocidades de fluxo (Vf) de 0,6m/s e 0,3m/s e a vazão (Q) de 0,02685m 3/s para determinar a área e poder assim estipular as medidas de base (b) a altura (h). Para tal, usamos a seguinte fórmula: 𝐴 = 𝐴 𝑉𝑓 (4) Considerando a velocidade de fluxo de 0,6 m/s, temos as seguintes dimensões: 𝐴 = 0,02685 0,6 = 0,04475𝑚 ∴ b = 0,5m / h = 0,09m Considerando a velocidade de fluxo mínima de 0,3 m/s, temos as seguintes dimensões: 𝐴 = 0,02685 0,3 = 0,09𝑚 ∴ b = 1,0m / h = 0,09mO tempo de sedimentação do desarenador é dado pela razão ente a altura do desarenador e a velocidade mínima de sedimentação adotada pelo projeto de 0,025m/s. 𝑡 = ℎ 𝑉𝑆 (5) 𝑡 = 0,09 0,025 = 3,6𝑠 14 A largura do desarenador é dado pelo produto entre a velocidade de fluxo mínima de 0,3m/s e o tempo de sedimentação de 3,6s. 𝑙 = 𝑉𝑓 ∗ 𝑡 (6) 𝑙 = 0,3 ∗ 3,6 = 1,08𝑚 A taxa de escoamento superficial do desarenador é dado por: 𝑞 = 𝑄∗86.400 𝑏∗𝑙 (7) 𝑞 = 0,02685 ∗ 86.400 1 ∗ 1,08 = 1.115,30𝑚3/𝑚2𝑑 Vale salientar que a taxa de escoamento superficial (q) recomendada é de 600 m³/m².d a 1.300 m³/m².d (USP, 2011). O volume de sedimentação gerado em dois dias é de: 𝑉𝑑𝑖𝑎 = 0,02685 ∗ 86400 = 2319,84𝑚 3𝑑𝑖𝑎 𝑉2𝑑𝑖𝑎𝑠 = 2319,84 ∗ 2 = 2319,84𝑚 3 O volume de retenção sedimentar é dado da seguinte forma, considerando 0,1ml de material sedimentável por m3. 𝑉𝑟𝑠 = 4.639,68 ∗ 1 ∗ 10 −4 = 0,46𝑚3 A profundidade da caixa é dada pela seguinte expressão: 𝐶 = 2∗𝑉 𝑙∗𝑏 (8) Sendo assim: 𝐶 = 2 ∗ 0,46 1,08 ∗ 1 = 0,85𝑚 15 5.3.1. Representação do desarenador Segue a representação com as dimensões do desarenador: Figura 2. Representação do Desarenador. 5.4. DIMENSIONAMENTO DAS ADUTORAS Adutoras são tubulações dos sistemas de abastecimento de água que transportam a água para todas as unidades que precedem a rede de distribuição. Elas interligam captação, estação de tratamento e reservatórios e não tem por finalidade distribuir a água aos consumidores. Há casos em que seguem ramificações da adutora principal (sub-adutoras), que levam a água a outros pontos do sistema (TSUTIYA, 2006). O dimensionamento de linhas adutoras pode ser realizado através da fórmula de Bresse (6), que se aplica a estações de bombeamento que operam de forma contínua, através da fórmula da ABNT, que se aplica para estações de bombeamento que funcionam algumas horas por dia ou através da elaboração de estudos que possibilitam a comparação econômica entre várias alternativas de diâmetros. 16 𝐷 = 𝐾 ∗ √𝑄 (9) Onde: D: diâmetro econômico (m); K: coeficiente variável, função dos custos de investimento e de operação; Q: vazão contínua de bombeamento (m3.s-1). Dessa forma é necessário encontrar a variável K em função dos custos de investimento e de operação do projeto pela fórmula conveniente (6). Sendo assim, tem-se: 𝐾 = √ 4 𝜋∗𝑉 (10) 𝐾 = √ 4 𝜋 ∗ 0,7 = 1,34 Dessa forma realiza-se os cálculos para determinar o diâmetro de todas as seções do sistema de tratamento, A, B e C. 𝐷𝐴 = 1,34 ∗ √0,02685 = 0,22𝑚 𝐷𝐵 = 1,34 ∗ √0,0250 = 0,22𝑚 𝐷𝐶 = 1,34 ∗ √0,0387 = 0,26𝑚 17 5.5. DIMENSIONAMENTO DAS BOMBAS Conforme os parâmetros de vazão e altura manométrica, serão utilizados as seguintes bombas: Seção Cota Altimétrica (m) Perda de Carga (m) Vazão (m3/h) Bomba Captação 334 - - - QA 325 9 96,6 Bomba Normalizada e Monobloco Série FIT - Rotor fechado MODELO 100- 065-250 F MANC 10 CV QB 399 74 92,9 Bombas Normalizada e Monobloco Série FIT - Rotor fechado MODELO 080- 050-250 F MANC 40 CV QC 424 25 139,4 Bomba Normalizada e Monobloco Série FIT - Rotor fechado MODELO 100- 065-160 F/R MANC 20 CV Tabela 4. Dimensionamento das Bombas. 18 5.5.1. Representação da casa de bombas Segue a representação da casa de máquinas, baseado para o bombeamento até a Estação de Tratamento. Figura 3. Representação da casa de bombas. 19 6. REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 12.211: Estudos de Concepção de Sistemas Públicos de Abastecimento de Água, promulgada em 1992; NBR 12.213: Projeto de Captação de Água de Superfície para Abastecimento Público, promulgada em 1992; NBR 12.214: Projeto de Sistema de Bombeamento de Água para Abastecimento Público, promulgada em 1992; NBR 12.215: Projeto de Adutora de Água para Abastecimento Público, promulgada em 1991; NBR 12.216: Projeto de Estação de Tratamento de Água para Abastecimento Público, promulgada em 1992; NBR 12.217: Projeto de Reservatório de Distribuição de Água para Abastecimento Público, promulgada em 1994; NETO, A.; ALVAREZ, G. A. Manual de Hidráulica. 7ª ed. Revista e complementada. São Paulo: Ed. Edgard Blucher, 1982.
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