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TI Verde Green Computing Sílvio Cazella diz: " A computação verde seria mais uma expressão aplicada a uma preocupação das empresas referente ao meio ambiente e à sustentabilidade da própria empresa, tendo um caráter mais econômico. Computação verde não é só aquela ideia que alguns têm de tentar minimizar somente o impacto do aquecimento global. Esse conceito tem uma conotação de como trabalhar o que produzimos na computação em questão de dispositivos, hardwares, de modo que eles consigam ser reaproveitados, remanejados e reciclados facilmente. É uma preocupação bem ampla com esse tipo de material para que, dentro do possível, seja o menos tóxico quanto ao material utilizado para a construção de dispositivos, como o hardware. " A Computação Verde, ou TI Verde, surgiu em 1992, pouco tempo depois da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos lançar a Energy Star, um programa voluntário de rotulagem que se destina a promover e reconhecer a eficiência energética em equipamentos tecnológicos. Simultaneamente, a organização sueca TCO Development lançou o programa de certificação TCO para promover baixar emissões elétricas e magnéticas de monitores CRT, sendo posteriormente expandido para incluir critérios sobre o consumo de energia, ergonomia e uso de materiais perigosos na construção. Ti Verde e o Brasil Empresas do mundo todo já se convenceram de que ser sustentável não é mais questão de opção ou bom mocismo. Ser responsável pelo impacto produzido por suas operações no meio ambiente e trabalhar para minimizá-lo tornou-se obrigação cobrada pelos consumidores e, monetariamente, reconhecida pela sociedade. Desde 2002, empresas listadas no índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), o principal índice do setor, tiveram valorização superior ao Dow Jones tradicional. Esse reconhecimento já chegou ao Brasil. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) lançou o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) em dezembro de 2005. Gigantes como Aracruz, Cemig e Banco Itaú criaram verdadeiros sistemas de gestão para marcar território no mapa da gestão verde. “O bom momento pelo qual passa a economia brasileira vem atraindo atenção de todos os países e mercados, e o Brasil passa a ter um papel de maior relevância na economia mundial. Consequentemente, seu peso e a responsabilidade pela redução dos gases de efeito estufa aumentam também”, comenta Roberto Gutierrez, Consulting Director da IDC Brasil. “O país vai atrair inúmeros investimentos nos próximos anos, e uma porção substancial deles deverá ser relacionada a iniciativas sustentáveis, acelerando o uso de tecnologias que irão propiciar a otimização do uso de energia”, diz Gutierrez.¹ Estudo conduzido pela IBM revela que a maioria das médias empresas brasileiras está tomando iniciativas para reduzir o impacto ambiental do uso da tecnologia. Os dados revelam que mais de 70% dessas companhias realizam ou planejam ter projetos de sustentabilidade ambiental. O Brasil é um dos países que mais contam com iniciativas de virtualização de servidores, tecnologia presente em mais de 65% das empresas. No resto do mundo, aproximadamente dois terços das corporações pretendem utilizar a virtualização nos próximos 12 meses. TI Verde e as Empresas Atualmente, existem alguns pontos em que se concentram as ações de TI Verde quando se trata do mundo corporativo: este foco, normalmente, é em função do resultado que se espera com o emprego das medidas e ações "verdes". Um conjunto de práticas nos três níveis torna-se interessante para empresas, pois a aplicação de ações de TI Verde traz a redução de custos com energia elétrica como também as iniciativas de responsabilidade sócio-ambiental da instituição. Assim podem-se agrupar as ações em virtude destes resultados: Redução do consumo de energia e das emissões de carbono • Atualização de sistema operacional e hardware: O desenvolvimento de projetos de atualização do parque de estações de trabalho pelas empresas tanto em termos de hardware como software são, hoje, os principais pontos de atuação que visam tanto a redução do consumo energético quanto a redução das emissões de carbono; • Virtualização de Servidores: utilização de software que "emula" uma máquina virtual como um servidor físico, criando assim, um ambiente isolado e independente da máquina "real". Deste modo, uma máquina física, dentro de sua capacidade de desempenho pode "hospedar" diversas máquinas virtuais independentes. (fonte: Microsoft®, Virtualization). • A utilização otimizada dos equipamentos físicos fornece a manutenção da ocupação física na empresa somada à expansão do desempenho, reduzindo assim as "pegadas ecológicas" que poderiam ser causadas pela aquisição de novos equipamentos como o aumento do espaço necessário e a energia correspondente para a sua refrigeração. Em termos de descarte de equipamentos, a virtualização auxilia na redução da contaminação ambiental ao substituir os equipamentos físicos com máquinas lógicas. (fonte: LYNCH, 2009) • Os Sistemas de Gestão Empresarial, conhecidos como ERP (Enterprise Resource Planning), são sistemas de informação que integram todos os dados de uma empresa, possibilitando a automação de todas as informações do negócio. As implantações de sistemas ERP reduzem custos, aperfeiçoam o fluxo de informação e o processo de gerenciamento. Assim, com a redução dos riscos e oferecendo recursos que reduzem desperdícios na indústria, têm-se resultados diretamente ligados à sustentabilidade. • A Microsoft® lançou um produto nesta linha que tem por idéia mensurar o impacto ambiental que as atividades de uma empresa causam, focando em especial o consumo de energia. Com estas informações, a empresa pode atuar nos pontos específicos e conseqüentemente reduzir tanto o consumo de energia como a emissão de gases de efeito estufa (fonte: ZMOGINSKI, 2009). Ti Verde e a Sociedade Algumas ações simples e outras que exigem um pouco mais de conhecimento técnico podem ser adotadas pela sociedade a fim de colaborar com a sustentabilidade do planeta. Exemplos como a aquisição de produtos desenvolvidos com materiais sustentáveis ou que sejam produzidos dentro de padrões classificáveis como “verdes” são atitudes que todos devem ter no momento da aquisição de um novo produto. A sociedade e o e-lixo O e-lixo (ou lixo eletrônico) é um termo designado para qualquer equipamento eletrônico que perdeu a sua vida útil e, consequentemente, foi descartado; podemos citar como exemplos um desktop, monitor, celular, dentre outros. Outra possível semântica para o e-lixo é para todos os equipamentos eletrônicos que não atingem o seu propósito original, ou seja, um produto que não consegue mais satisfazer as necessidades de seu dono. É importante ressaltar também que o significado de lixo eletrônico não deve ser confundido com o envio de publicidade via e-mail denominado spam. (fonte: VILELA, 2008) Os produtos eletrônicos possuem em sua estrutura metais e compostos químicos como mercúrio, chumbo, cádmio, dentre outros que podem afetar diversas formas de vida - inclusive o ser humano - podendo causar dentre diversos males, anemia, câncer, problemas nos rins, pulmões e afetar o sistema nervoso e reprodutivo, podendo levar ao óbito. Para tal, existe uma série de práticas que podem ser realizadas para o tratamento correto do e-lixo como o descarte correto em institutos e organizações que podem tratá-lo sem que cause impactos significativos ao meio ambiente (vide Apêndice com a relação de algumas entidades que utilizam os computadores usados ou comercializam sua sucata com empresas recicladoras), doá-lo quando em bom estado e com possibilidades de uso a quem precise dos mesmos, e reduzir o consumismo supérfluode tendências. Em uma tentativa de promover a conservação de energia, a Agência de Proteção Ambiental - Environmental Protection Agency (em inglês) iniciou o programa Energy Star em 1992. O que começou como uma maneira de combater o desperdício de energia de computadores abrange atualmente mais de 50 categorias de produtos. Obviamente, o programa evoluiu, mas o propósito continua o mesmo: conservar energia por meio das inovações da tecnologia. O Energy Star foi projetado como um programa voluntário para promover inovações de economia de energia, fornecendo aos consumidores informações objetivas sobre os produtos. Nem todos têm tempo ou recursos para investigar quanta energia um ventilador de teto ou uma máquina de lavar louça economiza em comparação a outros produtos. O selo Energy Star indica que o produto consome menos energia do que outros produtos da mesma categoria. Provavelmente, você já viu esse selo em aparelhos ou em equipamentos de aquecimento e refrigeração, mas também é possível encontrar o selo em materiais para telhado, produtos comerciais e de qualidade interna do ar. A EPA também ampliou a utilização do selo Energy Star para prédios comerciais e estruturas industriais. De acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos, “somente no último ano, os norte-americanos, com a ajuda do Energy Star, economizaram energia suficiente para abastecer 10 milhões de casas e evitar emissões de gás de 12 milhões de carros, o que corresponde, no total, a 6 bilhões de dólares”. O preço da conversão para produtos Energy Star pode ser alto no início. Para fazer uma geladeira consumir menos energia, por exemplo, os fabricantes devem gastar dinheiro em pesquisas e desenvolver inovações de energia. O Energy Star incentiva os fabricantes a encontrarem maneiras mais baratas de fabricar esses produtos, mas o custo da inovação é, muitas vezes, transmitido ao comprador. Porém, você pode recuperar o custo com o tempo, por meio de contas mais baixas de serviços públicos, e o governo federal dos EUA também oferece descontos e abatimentos de impostos para incentivar os consumidores a trocarem produtos comuns por produtos que tenham o selo Energy Star. Mas do que exatamente se trata o Energy Star e o que significa para os produtos que utilizamos? Neste artigo, analisaremos como a Energy Star começou e para onde se direciona. Descobriremos quanta energia um produto deve economizar para ter o selo Energy Star. Por fim, descobriremos exatamente quanto dinheiro você pode economizar em descontos e abatimentos de impostos com a utilização dos produtos Energy Star.
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