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Trabalho Educação e Processos não Escolares

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
CURSO DE PEDAGOGIA – EAD
ATIVIDADE AVALIATIVA
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E PROCESSOS NÃO ESCOLARES
Profª Drª Ercília Maria Angeli Teixeira de Paula
 Profª Drª Aparecida Meire Calegari Falco
 Aluna: Gisleine Cristiane Zampolo
 RA:87512
MARINGÁ
 2018
Aluna: Gisleine Cristiane Zampolo
RA: 87512
Atividade Avaliativa
No quinto capítulo intitulado “Conceitos e princípios para a formação do educador social” de Cléia Renata Teixeira Souza e Verônica Regina Muller, quem é o educador social no Brasil e como é a sua atuação? (valor 3,0)
R: Sabemos que o atendimento à criança e ao adolescente na atualidade oferece como prática educativa fora da escola, basicamente, atividades lúdico-esportivas e em menor medida artística, apresentando um caráter fortemente assistencialista. Os adultos que promovem as atividades educativas são em grande parte, voluntários, alguns contratados com ensino médio e superior. Não se percebe em documentos nem na fala trivial de trabalhadores das secretárias de educação, nem da assistência social, nem das entidades, o uso da terminologia educação social. Por outra parte, existe um profissional concursado, denominado Educador Social, que lhe foi exigido formação em ensino superior, obtendo nas atribuições em edital a função gestora de instituições públicas e setores do serviço social, mas em nenhum momento atribuições voltadas diretamente ao atendimento ao público da educação social, seja ele adulto, criança, adolescente, jovem ou idoso. Na realidade da atuação do educador Social no âmbito público, hoje se encontra em sua maioria em difusão; esta sem sido a realidade em diversos lugares, como podemos constatar em Silva, Neto e Moura (2009 p.12-13). Educador Social serve no Brasil, anto para identificar o trabalhador de nível médio e técnico como para designar com formação de nível superior em desvio de função. Oficineiros, artesãos, artistas, arte-educadores e minitorres em geral, são agregadas a uma mesma categoria descritiva que inclui sociólogos, cientistas sociais, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, advogados, historiadores, geógrafos, matemáticos, químicos contratados por organizações não governamentais ou pelo poder público para exercer funções diferentes da sua área de formação [...]
É necessário, portanto, que o educador social seja hábil, conhecedor de estratégias que possam interferir no desejo da menina e do menino que se encontram sem esperanças, sem vontade, sem atitude positiva para um movimento a favor da vida a favor de si mesmo. O educador precisa ter fé inabalável nas crianças e adolescentes, na sua reação e capacidade de reverter uma situação.
Apontadas as discussões sobre educação e educação social, explique a relação entre o conceito de Educação Social e o de Educação argumentando a partir da seguinte frase: “Toda educação é social”. (valor 3,5)
R: Educação é exercida para a utilização dos recursos técnicos e tecnológicos e dos instrumentos e ferramentas de uma determinada comunidade, dá-se o nome de Educação Tecnológica, outra prática seria a da Educação Científica, que se dedica ao compartilhamento de informações relacionado à ciência (no que tange a seus conteúdos e processos) com indivíduos que não são tradicionalmente considerados como parte da comunidade científica. Os indivíduos alvo podem ser crianças, estudantes universitários, ou adultos dentro do público em geral. A educação sofre mudanças das mais simples às mais radicais, de acordo com o grupo ao qual ela se aplica se ajusta a forma considerada padrão na sociedade. Mas acontece também no dia a dia, na informalidade, no cotidiano do cidadão, nesse caso sendo ela informal. A educação social principalmente a partir da década de 90, com o Estatuto da Criança e Adolescente, passa a ser uma forma de ofertar ao sujeito uma formação diferenciada da escola, é uma alternativa educativa que pode promover o entendimento social, político e cultural de uma realidade que é ligada, mas diferente da realidade escolar. Não queremos com isso dizer que a escola não seja importante, nem queremos dizer que a educação social seja uma compensação da escola. Cada uma se justifica por si mesma, ou seja, os seres humanos precisam de formação para construir um mundo que desejam, sendo que o tempo e a característica escolar não são suficientes para a formação do sujeito educando deste processo. Cada vez mais há necessidade de uma educação que leve em consideração a realidade vivenciada por este sujeito, tanto como idealização, como também constatação da realidade concreta. A educação social é um caminho que junto com outros, pode compor um cenário mais viável para a inclusão de pessoas e categorias consideradas excluídas na atual conformação da sociedade. Por meio da educação, mas não só por ela, se pode contribuir para que haja garantia de direitos e justiça social, nós suleamos com referencial freireano, pois entendemos que este, apesar de tratar em toda sua obra da Educação Popular, nos trouxe no decorrer dos tempos o conceito do ato educativo como ato político, da educação para todos, considerando seus saberes prévios e suas condições socioeconômicas e culturais.
Após a leitura do capítulo 07 “Infância, história e epistemologia: contribuições de Paulo Freire para a infância das classes populares”, identifique as contribuições da teoria do educador Paulo Freire para pensar a infância das crianças das classes populares. (valor 3,5)
R: Ao falarmos em Educação Brasileira é indispensável lembrar-se do grande pensador e educador brasileiro Paulo Freire. Freire vivenciou um período histórico muito crítico, no qual a opressão social se apresentava de forma contundente, e são com base em suas vivências e experiências que ele desenvolve todas as suas contribuições para a educação, numa perspectiva de mudança daquela realidade. Entender o pensamento freireano e suas contribuições para a educação é ater-se aos acontecimentos históricos vividos naquele período e compreender que a opressão pode se apresentar de diferentes formas. Paulo Freire, demonstrou seu compromisso de educador frente as várias situações vividas, pensou na vida, a existência e a educação como um conjunto, um elo, pelo qual conseguiria transformar a realidade opressora da época. Nesse sentido, verificou se que em seus escritos, denunciou a exclusão social as diferentes formas de opressão, demonstra sua indignação com as injustiças, questionou as políticas educacionais e a própria pedagogia, expressou de várias formas seu encantamento com a vida e com a liberdade e seu desencantamento com a opressão e injustiça. Cabe indagar se infância das classes populares existiu, está desaparecendo, ou ainda que representação ela tenha, já que consideramos classe oprimida, pois é destituída de sua humanidade. O pensamento de Paulo Freire a sua teoria do conhecimento deve ser entendida no contexto em que surgiu o Nordeste Brasileiro, onde no inicio da década de 1960, metade de seus 30 milhões de abitantes viviam na cultura do silencio, como ele dizia, isto é analfabetos. Era preciso dar-lhes palavras para que transmitissem para a participação na construção de um Brasil que fosse dono de seu próprio destino e que superasse o colonialismo. Pelo método de alfabetização de adultos, fundamentado num processo educacional no qual a educação partiria da realidade do educando, Paulo Freire ficou conhecido mundialmente. Para trabalhar o método de alfabetização era preciso antes compreender o contexto social e ensinar a partir de palavras que o educando conhecia no seu cotidiano. Paulo Freire entendia o alto índice de analfabetismo que caracterizava as regiões ruras miseráveis não apenas como parte de uma síndrome de pobreza e atraso, mas também como uma condição em que as elites se beneficiaram mantendo o povoem um estado de ignorância e desta forma podiam exercer seu domínio sobre ele. A criança é como alguém que está sendo oportunizado assinalar, em uma postura freiriana, que os homens, quando comprometidos dentro do mundo em um processo histórico de mudança, entendem-se inclusos. Por isso, não aceitam uma realidade determinada, entendem que para ser, tem que estar sendo (FREIRE, 2002). Falar de educação bancária sem citar Paulo Freire e suas concepções sobre esse assunto é ignorar seu legado que muito contribuiu e ainda contribui para uma reflexão sobre a ação docente. A ação que qualifica a atuação do professor como detentor de conhecimentos que são transferidos para as crianças, as que se mantem inertes a esses conhecimentos, deixa de existir a partir do falar e do ouvir, do ensinar e do aprender. Em uma concepção freireana, a educação libertadora transpõe a simples transferência e vai além de uma educação bancária que cerceia a criança do direito de falar e ser ouvido, de ser entendida, de se colocar na condição de ser pensante dotado de saberes que se bem aproveitados se tornam significativos no processo de aquisição e ampliação do conhecimento de si e dos outros. Pode se dizer que o professor da educação infantil deixa de ser o transmissor de conhecimentos numa relação vertical, para assumir a interação e o diálogo com as crianças valorizando a sua realidade social e cultural.
REFERÊNCIA
PAULA, Ercília Maria Angeli Teixeira de; CALEGARI-FALCO, Aparecida Meire(Org). Educação e Processos não Escolares. Maringá: EDUEM, 2012.

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