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Microbiologia e parasitologia

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CURSO DE TECNICO DE ENFERMAGEM
Caroline Franco Ferreira
Felipe Teodoro Gonçalves
Iris de Cassia Henrique
Isabela Pricila Ferreira de Souza
Mylena Pereira Sanches
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA
Poços de Caldas,
Junho, 2018
Caroline Franco Ferreira
Felipe Teodoro Gonçalves
Iris de Cassia Henrique
Isabela Pricila Ferreira de Souza
Mylena Pereira Sanches
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA
Projeto apresentado à disciplina Diagnóstico Empresarial - Prof. Caren no 1º semestre de 2018 do curso de Técnico de Enfermagem. 
Poços de Caldas
Junho, 2018
SISTEMA MICROORGANISMOS OU MICRÓBIOS 
Reino Monera
Monera é o reino biológico, que inclui todos os organismos vivos que possuem uma organização celular procariótica, como bactérias, cianobactérias e arqueobactérias.
Microrganismos patogênicos: Tuberculose
Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch.
Forma de contágio / transmissão: Apesar de também atingir vários orgãos do corpo, a doença só é transmitida por quem tiver infectado com o bacilo nos pulmões. A disseminação acontece pelo ar. O espirro de uma pessoa infectada joga no ar cerca de dois milhões de bacilos. Pela tosse, cerca de 3,5 mil partículas liberadas. Os bacilos de tuberculose jogadas no ar permanecem em suspensão durante horas. Quem respira em um ambiente por onde passou um tuberculoso pode se infectar.
Sinais e sintomas: 
Tosse crônica (o grande marcador da doença é a tosse durante mais de 21 dias)
Febre
Suor noturno (que chega a molhar o lençol)
Dor no tórax
Perda de peso lenta e progressiva
Quem tem tuberculose não sente fome, fica anoréxico ( sem apetite) e com adinamia ( sem disposição pra nada)
Prevenção / profilaxia: A prevenção usual é a vacina BCG,aplicada nos primeiros 30 dias de vida e capaz de proteger contra as formas mais graves da doença. Se houver a contaminação, o tratamento consiste basicamente na combinação de três medicamentos: rifampicina, isoniazida e pirazinamida.
Microrganismos patogênicos: Hanseníase
Agente etiológico: É causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen.
Forma de contágio / transmissão: Pode ser transmitida por contato físico, mas é normalmente propagada pelas vias aéreas, após contato frequente com a pessoa doente. Ou seja, não basta uma conversa ou um encontro eventual para pegar a doença, é mesmo necessário convívio íntimo e prolongado com os doentes. Para termos uma ideia, uma pessoa é considerada suspeita de possuir Hanseníase após um contato mínimo de 5 anos com o indivíduo doente. Isso geralmente acontece quando o doente faz parte da família e mora na mesma casa.
Sinais e sintomas: Manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés.
Prevenção / profilaxia: Inclui medicação específica além de reabilitação física e psicossocial nos casos mais graves.
Microrganismos patogênicos: Sífilis
Agente etiológico: Causado pela bactéria Treponema pallidum
Forma de contágio / transmissão: Pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais desprotegidas (sem preservativos), através de transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro em razão do controle do sangue doado), e durante a gestação e o parto ( mãe infectada para o bebê)
Sinais e sintomas: Manifesta-se inicialmente como uma pquena ferida nos orgãos sexuais (cancro duro) e ínguas ( caroços) nas virilhas, que surgem entre a segunda ou a terceira semana após a relação sexual desprotegida com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Após certo tempo a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando a pessoa a falsa impressão de estar curada.
Prevenção / profilaxia: Como não há perspectiva de desenvolvimento de vacina, em curto prazo, a prevenção recai sobre a educação em saúde: uso regular de preservativos, diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e parceiros, e realização do teste diagnóstico por mulheres com intenção de engravidar.
Reino Protista
É um dos reinos dos seres vivos, caracterizado por organismos eucariontes, autótrofos ou heterótrofos e unicelulares ou pluricelulares.
Os protistas compreendem os protozoários e as algas. Existem ainda os mixomicetas, organismos semelhantes aos fungos, são classificados como protistas.
Dentre os seres vivos do Reino protista, segue abaixo alguns exemplos que são patogênicos ao homem.
Microrganismos patogênicos: Doença de Chagas
Agente etiológico: Tripanossoma cruzi, o maior agente causador dos problemas cardíacos em pacientes das areas rurais endêmicas. Inseto denominado de triatomídeo, popularmente conhecido como barbeiro.
Forma de contágio / transmissão: Através da picada do barbeiro (inseto), após a picada o inseto eliminar as fezes sobre a mesma e penetram sobre a pele do seu hospedeiro de forma ativa, este já no interior das células se multiplicam rapidamente até promover a ruptura da célula e migra ao sistema circulatório, assim multiplicando rapidamente.
Sinais e sintomas: 
Após a picada surge um nódulo eritematoso conhecido como chagona, aparece dias após a picada;
Edema nas pálpebras, conjutivite provocada pelo estado febril do hospedeiro conhecido como Sirial de romana;
Pode ocorrer dilatação do esôfago e dilatação de alça do intestino grosso;
Hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e do baço)
Cefaléia (dor de cabeça)
Distúrbios neurológicos 
Hipertensão Arterial
Cardiopatias tardias importantes.
Prevenção / profilaxia: Combate ao vetor com uso de inseticidas nas residências, uso de alvenaria nas construções das áreas endêmicas e o uso de mosquiteiro no leito, a educação sanitária, sorologia dos doadores de sangue e a notificação compulsória da doença.
Microrganismos patogênicos: Malária
Agente etiológico: É transmitida ao homem através da picada da fêmea do mosquito Anopheles infectado pelo protozoário Plasmodium, apresentado este quatro espécies distintas e nocivas aos seres humanos, o Plasmodium vivax, Plasmodium malarial e o Plasmodium falciparum que ainda pode-se apresentar em uma forma rara conhecida por Plasmodium ovale.
Forma de contágio / transmissão: Através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, estando esta infectada.
Sinais e sintomas: 
Calafrios
Dor de cabeça
Dor muscular
Esplenomegalia ( aumento do baço)
Anemia por ruptura das hemácias
Hepatomegalia (aumento do fígado) esta mais frequente na infecção
Picos febris que variam entre 40 a 42 graus, com variações de intervalos.
Prevenção / profilaxia: É basicamente o combate ao vetor, o uso de telas protetoras em portas e janelas e a variação.
Microrganismos patogênicos: Amebíase
Agente etiológico: Causada por amebas, sendo a mais nociva ao ser humano a Entamoeba histolystica que provoca uma infecção no intestino grosso do ser humano.
Forma de contágio / transmissão: Através da ingestão do cisto do parasita, por meio de alimentação contaminada por ingestão de água não tratada adequadamente, após a ingestão do parasita este sofre alteração em sua estrutura na porção do intestino grosso, onde os cistos liberam as formas conhecidas como ameba metacística.
Sinais e sintomas: 
Diarréia interminente, com odor fétido e presença de sangue e muco
Dores abdominais
Perda de peso
Alteração de temperatura corporal
Vômitos
Mal estar
Dor de cabeça
Flatulência
Prevenção / profilaxia: A forma de prevenção dá-se por meio da educação sanitária e a higiene adequada das mãos e alimentos e a ingestão de água tratada adequadamente.
Reino Funge
Os fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; como parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos,em que ambos se beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam. 
Desenvolvem-se em ambientes úmidos, com matéria orgânica e pouca luminosidade. Os fungos multicelulares são formados por longas células em forma de filamentos (hifas), estas, por sua vez, se entrelaçam formando uma massa contínua com muitos núcleos (micélio). 
Microrganismos patogênicos: Tinea Pedia (Pé de Atleta)
Agente etiológico: Trichophyton rubrum, T. mentagrophytes pu Epidermophyton floccosum
Forma de contágio / transmissão: Uso de meias úmidas ou calçados apertados, compartilhar esteiras, tapetes, roupas de cama, roupas ou sapatos com alguém que tenha a infecção fúngica. Andar descalço em áreas onde a infecção pode se espalhar, como: vestiários, saunas, piscinas, banheiras e chuveiros comuns. Pode ser transmitido pelo contato com superfícies contaminadas e pessoas infectadas.
Sinais e sintomas: Irritação na pele escamosa que geralmente provoca coceira, ardor e queimação, podendo ficar com a pele úmida e em carne viva entre os dedos. 
Prevenção / profilaxia: Controlar a umidade dos pés, usar calçados arejados, evitar andar descalço em balneários e piscinas, evitar partilhar vestuários, toalhas ou outros objetos de uso pessoal.
Microrganismos patogênicos: Candidíase
Agente etiológico: Candida albicans e Candida tropicalis
Forma de contágio / transmissão: Relação sexual sem preservativo, roupa íntima apertada e de material sintético, ficar muito tempo com sunga ou biquíni molhado no corpo.
Sinais e sintomas: Vermelhidão, inflamação, coceira intensa, irritação na pele, dores durante a relação sexual, odor corporal, anormalidade no paladar, dificuldade em engolir.
Prevenção / profilaxia: Fazer sempre o uso de preservativos, evitar roupas apertadas, não compartilhar calcinhas, cuecas e roupas em geral com outras pessoas.
Microrganismos patogênicos: Pitiríase versicolor (Tinea versicolor)
Agente etiológico: Malassezia furfur
Forma de contágio / transmissão: Ter a pele oleosa, alterações hormonais que podem ocorrer pelo uso de anticoncepcionais, sistema imunológico baixo, condições climáticas quente e úmidas. Não há risco de transmissão, pois a mesma não é contagiosa.
Sinais e sintomas: Manchas na pele em diferentes cores (brancas, rosadas ou marrons). As pessoas podem ter na pele erupções, perda de cor, escurecimento da pele, ou vermelhidão, porém requer um diagnóstico médico.
Prevenção / profilaxia: Fazer o uso de sabonetes antifúngicos e esfoliantes podem ser uma boa saída para reduzir o número de pessoas afetadas, não ficar exposto ao sol, também pode ser uma boa forma de evitar a pitiríase versicolor. 
Vírus
O vírus é um agente biológico microscópico que se reproduz dentro de células de hospedeiros viventes.
Microrganismos patogênicos: AIDS
Agente etiológico: HIV-1 e HIV-2, retrovírus com genoma RNA, da família Lentivridae.
Forma de contágio / transmissão: Pode ser transmitido pelo sangue (via parenteral e vertical), esperma, secreção vaginal (via sexual) e leite materno (via vertical). O indivíduo infectado pode transmitir o HIV durante todas as fases da infecção, risco esse proporcional à magnitude da viremia, principalmente na infecção aguda e doença avançada.
Sinais e sintomas: Algumas semanas depois da infecção pelo HIV, podem ocorrer sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dor de garganta e fadiga. A doença costuma ser assintomática até evoluir para AIDS. Os sintomas da AIDS incluem perda de peso, febre ou sudorese noturna, fadiga e infecções recorrentes.
Prevenção / profilaxia: É uma forma de prevenção da infecção pelo HIV usando os medicamentos que fazem parte do coquetel utilizado no tratamento da AIDS ( Zidovudina+Lamivudina), para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente através de exposição ocupacional.
Microrganismos patogênicos: Meningites Virais
Agente etiológico: Enterovírus ( Echovírus e Coxsackievírus) arbovírus ( com destaque para o vírus da febre do Nilo Ocidental).
Forma de contágio / transmissão: Variam de acordo com o agente infeccioso.
Sinais e sintomas: Dor de garganta, tosse, rinorreia, ou outros sintomas respiratórios podem ocorrer.
Prevenção / profilaxia: Indica-se o tratamento de suporte, com a adequada avaliação monitoramento clínico. Existem drogas antivirais específicas.
Microrganismos patogênicos: Hepatite B
Agente etiológico: Vírus da Hepatite B (HBV)
Forma de contágio / transmissão: É altamente infectivo e facilmente transmitido pela via sexual, por transfusões de sangue, procedimentos médicos e odontológicos e hemodiálise sem a adequada normas de biossegurança.
Sinais e sintomas: Variam e incluem amarelamento dos olhos, dor abdominal, e urina escura. Algumas pessoas especialmente crianças não apresentam sintomas. Nos casos crônicos pode ocorrer insuficiência hepática, câncer ou o surgimento de feridas.
Prevenção / profilaxia: Evitar o contato com sangue infectado ou de quem se desconheça o estado de saúde, não partilhar objetos cortantes e perfurantes, nem instrumentos usados para a preparação de drogas injetáveis, e usar sempre preservativo nas relações sexuais são as principais formas de prevenir o contágio. A realização de tatuagens, a colocação de ‘piercings’ e de tratamentos com acupuntura só deve ser feita se os instrumentos utilizados estiverem adequadamente esterilizados. A vacina exclusiva para hepatite B é ministrada em dose única em bebês ao nascer. No entanto, a imunização contra hepatite B continua sendo feita por meio da vacina pentavalente ao 2, 4 e 6 meses de vida.
SISTEMA PARASITOLOGIA 
Parasitose: Ascaridíase
Agente etiológico / parasita: Verme / Ascaris lumbricoides.
Conceito: É uma verminose causada por um parasita. É a verminose intestinal humana mais disseminada no mundo.
Hospedeiro: Intermediário
Forma de contágio / transmissão: Ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, água ou alimentos contaminados com fezes humanas.
Ciclo de vida: 
1- A ingestão de água ou alimento (frutas e verduras) contaminados pode introduzir ovos de lombriga no tubo digestório humano.
2- No intestino delgado, cada ovo se rompe e libera uma larva.
3- Cada larva penetra no revestimento intestinal e cai na corrente sanguínea, atingindo fígado, coração e pulmões, onde sofre algumas mudanças de cutícula e aumenta de tamanho.
4- Permanece nos alvéolos pulmonares podendo causar sintomas semelhantes ao de pneumonia.
5- Ao abandonar os alvéolos passam para os brônquios, traqueia, laringe (onde provocam tosse com o movimento que executam) e faringe.
6- Em seguida, são deglutidas e atingem o intestino delgado, onde crescem e se transformam em vermes adultos.
7- Após o acasalamento, a fêmea inicia a liberação dos ovos. Cerca de 15.000 por dia. Todo esse ciclo que começou com a ingestão de ovos, até a formação de adultos, dura cerca de 2 meses.
8-Os ovos são eliminados com as fezes. Dentro de cada ovo, dotado de casca protetora, ocorre o desenvolvimento de um embrião que, após algum tempo, origina uma larva.
9- Ovos contidos nas fezes contaminam a água de consumo e os alimentos utilizados pelo homem.
Sinais e sintomas: Pode causar dor de barriga, diarreia, náuseas, falta de apetite ou nenhum sintoma. Quando há grande número de vermes pode haver quadro de obstrução intestinal. A larva pode contaminar as vias respiratórias, fazendo o indivíduo apresentar tosse, catarro com sangue ou crise de asma. Se uma larva obstruir o colédoco pode haver icterícia obstrutiva.
Prevenção / profilaxia: Através de medidas de saneamento básico: é necessário, também, fazer o tratamento de todos os portadores da doença. A ascaridíase está mais presente em países de clima tropical e subtropical. As más condições de higiene e a utilização das fezes como adubo contribuem para a prevalência dessa verminose nos países do terceiro mundo.
Parasitose:Toxoplasmose
Agente etiológico / parasita: Protozoário / Toxoplasma gondii
Conceito: É uma parasitose cosmopolita, cujo reservatório natural é o gato. O homem é acidentalmente infectado, e a prevalência de toxoplasmose varia conforme a região do mundo.
Hospedeiro: Intermediario
Forma de contágio / transmissão: De quatro formas:
- Por ingestão de cistos presentes em dejetos de animais contaminados, particularmente gatos, que podem estar presentes em qualquer solo onde o animal transita. Mais comum no nosso meio.
- Por ingestão de carne de animais infectados (carne crua ou mal-passada), mais comum na Ásia.
- Por transmissão intra-uterina da gestante contaminada para o feto (vertical).
- Uma quarta forma de transmissão pode ocorrer através de órgãos contaminados que, ao serem transplantados em pessoas que terão que utilizar medicações que diminuem a imunidade (para combater a rejeição ao órgão recebido), causam a doença.
Ciclo de vida: 
 - Fase Sexuada no epitélio intestinal de gatos não imunes: No gato, que é o hospedeiro definitivo: inicia quando um gato ou outro felídeo ingere oocistos, cistos ou trofozoítos, que se desenvolverão no epitélio intestinal do gato.   Por esquizogonia os esporozoítos ou trofozoítos darão origem a esquizontes e merozoítos.   Estes últimos formam o macro e o microgameta, respectivamente.   Unem-se os dois e surge o ovo ou zigoto que por processo complexo forma o oocisto.   Rompe a célula parasitada e são eliminados com as fezes do gato.   No meio externo, o oocisto amadurece e forma 2 esporocistos com 4 esporozoítos.
- Fase Assexuada nos tecidos de vários hospedeiros (inclusive gatos):  Ocorre num hospedeiro suscetível (homem, cão e aves).   Este hospedeiro intermediário, ingerindo ou entrando em contato com trofozoítos, ficará infectado.   Cada trofozoíto entrará numa célula e se reproduzirá intensamente, até o rompimento da mesma.   Há liberação de trofozoítos e disseminação para outros tecidos através do sangue  e linfa até que a imunidade apareça, diminuindo o número de parasitos e surgindo os cistos que caracterizam a fase crônica e permanecem em latência até a reagudização da doença.
Sinais e sintomas: A infecção nos humanos é assintomática em 80 a 90 % dos casos, isto é, não causa sintomas, e pode passar despercebida naqueles pacientes cuja imunidade é normal. Porém, quando esta pessoa tornar-se imunodeprimida os sintomas e a doença toxoplasmose pode se manifestar. Os sintomas podem ser: Dor muscular (mialgia), dor articular, cefaleia, alterações ganglionares, hipertermia, lesões oculares, miocardite, pneumonia, aborto no primeiro trimestre da gestação, entre outros. 
Prevenção / profilaxia: Como a principal forma de contaminação é via oral, de uma forma geral a prevenção deve ser feita: pela não ingestão de carnes cruas ou mal-cozidas, comer apenas vegetais e frutas bem lavadas em água corrente, evitar contato com fezes de gato, as gestantes, além de evitar o contato com gatos, devem submeter-se a adequado acompanhamento médico (pré-natal). 
Parasitose: Giardíase
Agente etiológico / parasita: Protozoário Flagelado / Giardia lamblia
Conceito: Infecção por protozoários que atinge, principalmente, a porção superior do intestino delgado. 
Hospedeiro: Definitivo
Forma de contágio / transmissão: Fecal-oral. Direta, pela contaminação das mãos e consequente ingestão de cistos existentes em dejetos de pessoa infectada; ou indireta, por meio da ingestão de água ou alimento contaminado.
Ciclo de vida: 
A ingestão é feita por água ou alimentos contaminados;
O trofozoíto sai do cisto para se replicar e se alimentar;
Ele se reproduz por fissão binária;
São poucas as pessoas infectadas que possuem sintomas (cerca de 1/3);
As duas formas podem ser encontradas nas fezes (cistos e trofozoítos);
Quando estão fora do corpo, somente os cistos sobrevivem;
O cisto pode ser encontrado em alimentos, água e nas fezes, podendo até sobreviver por semanas ou meses.
Sinais e sintomas: Em alguns casos não apresenta sintomas, mas as pessoas podem ter: 
Dores locais: no abdômen
No aparelho gastrointestinal: diarreia, arroto, gordura nas fezes, inchaço, indigestão, náusea, vômito, flatulência ou quantidades excessivas de gases
No corpo: desnutrição, fadiga, mal-estar ou perda de apetite
Também é comum: cólicas, fezes com odor fétido, incapacidade de se desenvolver ou perda de peso
Prevenção / profilaxia: A melhor forma de garantir uma boa saúde é se prevenir das doenças. Algumas medidas preventivas são:
Manter as mãos sempre higienizadas faz com que grande parte das infecções seja evitada.
Também é fundamental lavá-las com água e sabonete sempre depois de trocar uma criança ou após ir ao banheiro e antes de lavar os alimentos.
Ao viajar para locais que não haja saneamento básico, é preferível utilizar água engarrafada para realizar atividades básicas como escovar os dentes e tomar água.
É importante também evitar comer alimentos que não sejam industrializados, pois eles podem ter sido lavados com água contaminada. O mesmo vale para o gelo.
Por mais que a água venha de rio, riacho, lago, poços ou nascentes, é importante filtrá-la ou fervê-la para eliminar qualquer chance de contaminação. Para a fervura, é necessário deixar no mínimo 10 minutos no fogo de cerca de 70°C. Ao nadar ou entrar em piscinas, lagos ou riachos, evite engolir água.
Ao realizar o sexo anal, é necessário estar totalmente protegido para garantir a prevenção da doença que, apesar de quase não haver riscos de saúde, os sintomas podem ser incômodos.
Parasitose: Teníase
Agente etiológico / parasita: Vermes Adultos / Taenia solium ou Taenia saginata
Conceito: A teníase, conhecida popularmente como solitária, é uma verminose provocada pelos parasitos Taenia solium ou Taenia saginata, que são vermes platelmintos da classe cestoda.
Hospedeiro: Definitivo
Forma de contágio / transmissão: A Teníase é adquirida pela ingesta de carne de boi ou de porco mal cozida, que contem as larvas. Quando o homem acidentalmente ingere os ovos de T. solium, adquire a Cisticercose. 
Ciclo de vida: O ciclo de vida da teníase começa quando um ser humano infectado evacua em um local sem saneamento básico e libera para o meio ambiente ovos ou proglotes grávidas misturados às fezes. Uma vez no solo, esse ovos de tênia podem sobreviver durante dias a meses, dependendo das condições climáticas. Vacas, no caso da T. saginata, e porcos, no caso da T. solium, tornam-se infectados pela ingestão de vegetação contaminada com ovos ou proglotes grávidas. No intestino desses  animais, o embrião liberta-se do ovo, invade a parede intestinal e consegue atingir a circulação sanguínea, onde o embrião viaja até vários órgãos e desenvolvem para a forma de cisticerco, e pode sobreviver na musculatura de bovinos e suínos por muitos anos. Os seres humanos se infectam através da ingestão de carne crua ou mal cozida que contenham cisticercos. Após ser ingerido, ao chegar ao intestino humano, o parasito consegue completar seu ciclo de vida, tornando-se um verme adulto dentro de 2 meses.
Sinais e sintomas: A teníase pode não provocar sintomas, entretanto, quando surgem, os mais comuns são: diarreia frequente ou prisão de ventre, enjoo, dor abdominal, dor de cabeça, falta ou aumento do apetite, irritabilidade, cansaço e insônia. Além disso, nas crianças, pode causar retardo no crescimento e no desenvolvimento.
Prevenção / profilaxia: Para prevenir a teníase, deve-se adotar alguns cuidados como: não ingerir carne crua ou mal cozida, beber água mineral, filtrada ou fervida, lavar as mãos, principalmente após o banheiro e antes das refeições, lavar os alimentos com água filtrada.
Além destas medidas, é importante dar água limpa aos animais e não adubar a terra com fezes humanas.
Parasitose: Febre Maculosa
Agente etiológico / parasita: Bactéria Rickettsia rickettsii / Carrapato do gênero Amblyomma  (Parasita Intracelular)
Conceito: A febre maculosa é uma doença que surge quando uma pessoa é picadapor um carrapato contaminado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Doença infecciosa febril aguda, de gravidade variável, podendo cursar desde formas leves e atípicas ate formas graves com elevada taxa de letalidade. 
Hospedeiro: Definitivo
Forma de contágio / transmissão: A Febre Maculosa Brasileira e, geralmente, adquirida pela picada de carrapato infectado e a transmissão ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por, no mínimo, de 4 a 6 horas. A doença não se transmite de pessoa a pessoa. A transmissão também pode ocorrer se o carrapato for removido da pele de forma inadequada. Ao ser esmagado, por exemplo, grandes quantidades da bactérias entram em contato com a pele lesionada devido ao extravasamento de conteúdo gástrico do carrapato, que é rico em Rickettsia rickettsii. Essa forma de transmissão pode ocorrer também quando uma pessoa tentar retirar de forma errada carrapatos de outros animais, como cavalos, bois ou cães, e acaba se contaminando.
Ciclo de vida: O ciclo de vida do carrapato é composto por quatro estágios: ovo, larva, ninfa e adulto. As fêmeas alimentam-se sempre de sangue, enquanto os machos raramente o fazem.
O cruzamento entre o macho e a fêmea ocorre na superfície da pele do hospedeiro. A fêmea necessita se alimentar de sangue para uma boa maturação dos ovos. A fêmea ingurgitada cai no solo e põe entre 3.000 a 5.000 ovos em locais altos.
Sinais e sintomas: O primeiros sinais e sintomas da infecção são a febre alta, dor de cabeça e mal-estar. Poucos dias depois, lesões de pele, chamadas de máculas, podem aparecer nos membros e no tronco, daí o nome da doença ser febre maculosa.
Prevenção / profilaxia: Passe repelente contra insetos; use o medicamento Ivermectina (somente com orientação médica); use roupas protetoras compridas ao exploras florestas, parque ou qualquer área onde houver bastante árvores; faça uma triagem geral no seu corpo ao chegar de uma caminhada ou cortar gramas e arbustos; entre outros.
Parasitose: Miíase
Agente etiológico / parasita:
Miíase Primaria: Larva Dermatobia hominis ou raramente pela Callitroga americana
Miíase Secundária: Larvas Callitroga macelaria e espécies do gênero Lucília
Causadas por diversos tipos de moscas
Conceito: Zoodermatose caracterizada por uma infecção parasitária causada pela infestação de larvas de várias espécies de moscas, que invadem o tecido cutâneo ou os orifícios naturais do organismo de animais vertebrados de sangue quente, incluindo os seres humanos.Classificam-se em primárias e secundárias. A miíase pode ser consequência da deposição de larvas de determinadas moscas em ferimentos na pele, cavidades naturais (como nariz e orelhas) ou as larvas são ingeridas por meio de alimentos ou bebidas contaminados.
Hospedeiro: Definitivo
Forma de contágio / transmissão: Não é transmitida de pessoa para pessoa. Quando a miíase é cutânea, seu tratamento é feito com a aplicação de soluções ativas contra os parasitas e que ao mesmo tempo, não comprometa a saúde do hospedeiro. O objetivo da aplicação deste, é que as larvas morram, ou sejam expulsas da ferida. Em seguida pode ser feita a aplicação de antissépticos ou antibióticos tópicos, além de proteger a ferida aberta contra uma nova deposição de ovos de moscas. Quando for o caso de miíase cavitária, o tratamento vai depender da cavidade parasitada.
Ciclo de vida: O ciclo de vida de uma mosca dura cerca de 30 dias, onde passam por uma grande metamorfose, do ovo à forma adulta, quando voam por aí com a finalidade de se alimentar. Em cada fase reprodutora, uma mosca pode botar cerca de 150 ovos.
Sinais e sintomas: 
Sintomas da miíase primária: formação de uma lesão nodular avermelhada e com um orifício central, por onde sai pus de cor amarelada ou com resquícios de sangue. Esse nódulo pode ocorrer em qualquer parte do corpo e costuma apresentar coceira e ferroadas no local.
Sintomas da miíase secundária: ocorre em feridas abertas ou nas cavidades do corpo. Quando a mosca deposita seus ovos nesses locais, e esses eclodem, as larvas começam a se alimentar rapidamente do tecido cutâneo, esteja ele sadio ou não. Normalmente conseguem penetrar o tecido em que estão, o que acaba formando grandes cavidades no organismo. As larvas se apresentam em uma grande quantidade de uma vez só.
Prevenção / profilaxia: A higiene pessoal é fundamental. Mas, além disso, há outras maneiras de se prevenir da miíase, tais como: caso viaje para locais que há frequência da doença, procure manter grande parte de seu corpo coberto, evitando picadas de mosquitos. Além disso, utilize sempre repelente. Se você mora em locais com grandes ocorrências de miíase, proteja-se usando telas nas janelas e mosquiteiros. Em áreas tropicais, passe todas as roupas que você deixar secando no varal. Cubra feridas abertas.
Parasitose: Leishmaniose Tegumentar Americana
Agente etiológico / parasita: Protozoários: Leishmania Viannia braziliensis, Leishmania Leishmania amazonensis e Leishmania Viannia guyanensis.
Conceito: entende-se um conjunto de enfermidades causadas por várias espécies de protozoários digenéticos da ordem Kinetoplastida, da família Trypanosomatidae, do gênero Leishmania, que acometem a pele e/ou mucosas.
Hospedeiro: Definitivo
Forma de contágio / transmissão: Ocorre pela picada de insetos flebotomínios (mosquitos) do gênero Lutzomya, com período de incubação médio de 2 a 3 meses, mas podendo ir de 2 semanas a 2 anos. Não existe transmissão homem a homem.
Ciclo de vida: O mosquito palha fémea, da familia dos flebotomíneos, é o vetor transmissor do protozoário Leishmania chagasi para os hospedeiros, dentre eles destacam-se os cães e o homem. Através da picada, são inoculados parasitas na forma Promastigota os quais invadem os macrófagos. No ambiente intracelular, o parasita assume a forma amastigota (sem flagelo) e inicia uma replicação binária (assexuada). Quando as células rompem, são liberados promastigotas os quais podem jnfectar novos macrófagos ou inocular um mosquito palha, fechando o ciclo. No interior do mosquito palha, o Leishmania também realiza reprodução assexuada, alternando entre amastigota e promastigota.
Sinais e sintomas: A forma clássica são pápulas, que evoluem para úlceras e/ou placas verrucosas. A forma mucosa se caracteriza por infiltrados e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Nas formas mais graves pode apresentar dificuldade de engolir, alteração da voz, insuficiência respiratória por edema de glote, pneumonia por aspiração e morte.
Prevenção / profilaxia: Diagnóstico precoce, tratamento adequado dos casos humanos e redução do contato homem-vetor (mosquito); uso de repelentes, mosquiteiros, telas finas em portas e janelas.
Parasitose: Tricomoníase
Agente etiológico / parasita: Protozoário / Trichomonas vaginalis
Conceito: A tricomoníase, também conhecida por “tricomoniose” ou “tricomonose”, é uma infecção genital causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que é um parasita unicelular que infecta apenas o ser humano e costuma viver na vagina ou na uretra, contudo, pode também ser encontrado em outras partes do sistema geniturinário.
Hospedeiro: Definitivo
Forma de contágio / transmissão: É transmitida através das relações sexuais ou contato íntimo com secreções de uma pessoa contaminada, ou seja, é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST).
Ciclo de vida: A multiplicação, como em todos os tricomonadídeos, se dá por divisão binária longitudinal, e a divisão nuclear é do tipo criptopleuromitótica, sendo o cariótipo constituído por seis cromossomos. Contrariando o que ocorre na maioria dos protozoários, não há formação de cistos. O parasito tem como habitat a vagina, bem como a uretra e a próstata do homem. É transmitido durante o ato sexual e através de fômites, já que o protozoário pode sobreviver durante horas em uma gota de secreção vaginal ou na água. O trofozoíto alimenta-se de açúcares em anaerobiose e produz ácidos que irritam a mucosa vaginal. Os sintomasaparecem entre três e nove dias após o contato com o parasito.
Sinais e sintomas: Na mulher, os sintomas mais comuns da doença é a presença de edema na vagina, manchas avermelhadas na vulva, leucorréia (corrimento branco-amarelado), prurido intenso, cervicite e dor ao urinar. Já nos homens a infecção geralmente é assintomática, aparecendo às vezes uretrite com corrimento purulento, ligeira dor durante a micção e inflamação na próstata. Infecções crônicas podem permanecer latentes durante anos transformando o homem em um vetor. Em casos mais graves, tanto para homens como para mulheres o Trichomonas impede o ato sexual. Além disto, pode diminuir a vitalidade dos espermatozóides, reduzindo a chance de concepção durante esses períodos.
Prevenção / profilaxia: Deve-se melhorar as condições higiênicas, usar preservativos no ato sexual e evitar usar roupas que não sejam de uso próprio. Qualquer corrimento anormal que apareça é importante consultar um médico que fará os exames necessários para diagnosticar a doença.
Parasitose: Esquistossomose
Agente etiológico / parasita: Verme / Schistosoma mansoni
Conceito: A Esquistossomose Mansônica é uma doença infecciosa parasitária, causada por um trematódeo (Schistosoma mansoni) que vive na corrente sangüínea do hospedeiro definitivo, cuja evolução clínica pode variar desde formas assintomáticas até as extremamente graves. A magnitude de sua prevalência e a severidade das formas clínicas complicadas conferem à esquistossomose uma grande transcendência.
Hospedeiro: Definitivo
Forma de contágio / transmissão: No Brasil, as três espécies, por ordem de importância, envolvidas na transmissão da doença são: Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila. Os ovos do S. mansoni são eliminados pelas fezes do hospedeiro infectado (homem). Na água, estes eclodem, liberando larvas ciliadas denominadas miracídios, que infectam o hospedeiro intermediário (caramujo). Após quatro a seis semanas, abandonam o caramujo, na forma de cercárias que ficam livres nas águas naturais. O contato humano com águas que contêm cercárias, devido a atividades domésticas tais como lavagem de roupas e louças, de lazer, banhos em rios e lagoas; e de atividades profissionais, cultivo de arroz irrigado, alho, juta, etc., é a maneira pela qual o indivíduo adquire a esquistossomose.
Ciclo de vida: Os ovos são depositados na água, na qual liberam os miracídios que invadirão o tecido de algum caracol. Esses miracídios liberam esporocistos que irão se multiplicar em gerações sucessivas dos caracóis. Deles, vão nascer as cercárias (esquitossomo) e, como nadarão livres na água, o ser humanos que tiver contato com esta água será contaminado, pois elas se disseminarão através do sangue, atingindo o fígado. O esquitossomo adulto se emparelha e migra para o plexo venoso mesentérico do intestino (ovos são expulsos pelas fezes) ou então no plexo venoso da bexiga (ovos são expulsos pela urina).
Sinais e sintomas: Os sintomas incluem irritação na pele, coceira, febre, calafrios, tosse, dor de cabeça, dor de barriga, dores nas articulações e dores musculares.
Em alguns casos não apresenta sintomas, mas as pessoas podem ter:
Dores locais: nas articulações, no abdômen ou nos músculos
Dores circunstanciais: durante a micção ou durante a relação sexual
No aparelho gastrointestinal: diarreia, inchaço, líquido no abdômen ou sangue nas fezes
No corpo: calafrios, fadiga, febre ou mal-estar
No desenvolvimento: crescimento lento ou dificuldade de aprendizagem
No trato urinário: micção frequente ou sangue na urina
Também é comum: coceira, dor de cabeça, falta de apetite, infertilidade, irritação na pele, perda de peso, sangramento vaginal ou tosse
Prevenção / profilaxia: há estratégias de controle da doença, que se baseiam em:
Identificar e tratar os portadores.
Saneamento básico (esgoto e tratamento das águas), bem como o combate do molusco hospedeiro intermediário.
Promover informações de educação em saúde.
Controle dos caramujos: os quais são os hospedeiros intermediários da doença.
Para nos prevenirmos, as medidas a serem tomadas são:
Evacuar em banheiro com rede de esgoto.
Não evacuar próximo a rios, lagos ou represas.
Proteger pés e pernas com botas de borracha com solado antiderrapante.
Evitar entrar em contato com água que contenha cercárias
Parasitose: Filariose
Agente etiológico / parasita: Verme / Wuchereria Bancrofti
 
Conceito: Popularmente conhecida como elefantíase, é uma doença parasitária que se caracteriza pelo alojamento de parasitas no sistema linfático, gerando um inchaço extremo dos membros. É causada por vermes conhecidos como filárias, que são transmitidos através da picada de mosquitos. 
Hospedeiro: Definitivo
Forma de contágio / transmissão: Filariose não é uma doença que se transmite de um ser humano ao outro. O método de transmissão da filariose é a picada de insetos conhecidos como hospedeiros intermediários ou vetores, que podem transmitir a larva da filariose para o corpo humano. No Brasil, os vetores mais conhecidos e de alta proliferação são as espécies Culex(pernilongo), Chrysomya (mosca varejeira) e algumas espécies de Anopheles.
Ciclo de vida: Ao picar um hospedeiro portador das microfilárias, o vetor ingere as larvas. Quando entram no organismo do mosquito, as larvas se direcionam para a parede de seu estômago e depois invadem seu tórax. Quando se estabelecem nos músculos torácicos, as filárias passam por transformações morfológicas até se tornarem insustentáveis para o mosquito. Então, elas saem do tórax e perfuram os lábios do vetor, atraídas pelo calor da pele humana sendo picada. Uma vez que o vetor cria a lesão na pele humana e a filária entra pelo orifício, finaliza-se o processo de implementação do parasita. Ao entrar no corpo humano, os vermes penetram nos vasos linfáticos e migram para os locais de permanência definitiva. Leva cerca de um ano até as filárias virarem adultas e se reproduzirem.
Sinais e sintomas: Logo no início, a filariose pode ser uma doença silenciosa (assintomática). Porém, depois da morte do primeiro verme adulto, os sintomas comumente relatados são: febre, dor de cabeça, calafrio, náusea, sensibilidade dolorosa e vermelhidão ao longo do vaso linfático, lesões genitais, inchaço do membro, fotofobia, linfadenite, microfilaremia (microfilárias no sangue).
Prevenção / profilaxia: O primeiro passo para a prevenção é o tratamento das pessoas infectadas. Assim, são eliminadas as microfilárias presentes no organismo e que poderiam ser transmitidas para os insetos. O indivíduo pode se curar totalmente da doença, mas se torna mais suscetível à ela. Para evitar o episódio de se repetir, é necessário se prevenir. Algumas dicas são: eliminar o vetor, evitar locais endêmicos, entre outros.

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