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Empreendedorismo Módulo 8.2 Lúcia Ap. da Silva Vanessa Anelli Borges Luciana Rodrigues Ribeirão Preto 2016 S um ár io Editorial Presidente do SEB (Sistema Educacional Brasileiro S.A) Chaim Zaher Vice-Presidente do SEB Adriana Baptiston Cefali Zaher Diretoria Executiva do SEB Nilson Curti Rafael Gomes Perri Reitora do Centro Universitário UniSEB Karina Bizerra Pró-reitor de Educação a Distância Jeferson Ferreira Fagundes Coordenação Pedagógica de Educação a Distância Gladis S. Linhares Toniazzo Karen Fernanda Bortoloti Ornella Pacífico Vanessa Ortolan Riscifina Coordenação do Curso de Ciências Contábeis Andréia Marques Maciel Produção Editorial Karen Fernanda Bortoloti © UniSEB Interativo Todos os direitos desta edição reservados à UniSEB Interativo. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrônico, e mecânico, fotográfico e gravação ou qualquer outro, sem a permissão expressa da UniSEB Interativo. A violação dos direitos autorais é punível como crime (Códi- go Penal art. 184 e §§; Lei 6.895/80), com busca, apreensão e indenizações diversas (Lei 9.610/98 – Lei dos Direitos Autorais – arts. 122, 123, 124 e 126) S um ár io Apresentação Uniseb Interativo ................................. 15 Apresentação do módulo ................................................... 17 Empreendedorismo ............................................................. 19 Unidade 1: Origem e evolução do empreendedorismo .................. 21 Objetivos da sua aprendizagem .............................................................. 21 Você se lembra? .......................................................................................... 21 1.1 O estudo do empreendedorismo .............................................................. 22 1.2 O porquê do empreendedorismo ................................................................ 24 1.3 O espírito empreendedor nas organizações ................................................... 28 1.4 A transição da era da manufatura para a era do empreendedorismo ............... 30 1.5 O empreendedorismo no Brasil ......................................................................... 32 Reflexão ..................................................................................................................... 36 Exercícios de fixação ................................................................................................... 37 Leituras recomendadas .................................................................................................. 38 Referências bibliográficas ............................................................................................. 38 Na próxima unidade ....................................................................................................... 39 Unidade 2: O empreendedorismo e o empreendedor................................................ 41 Objetivos da sua aprendizagem ..................................................................................... 41 Você se lembra? ............................................................................................................ 41 2.1 Definição de empreendedorismo .......................................................................... 41 2.2 Definição de empreendedor................................................................................ 44 2.3 Características do comportamento empreendedor ........................................... 48 2.4 Mitos sobre os empreendedores .................................................................... 56 Reflexão ........................................................................................................... 58 Exercícios de fixação .................................................................................... 58 Leituras recomendadas ............................................................................. 59 Referências bibliográficas ..................................................................... 59 Na próxima unidade .......................................................................... 61 Unidade 3: Focalizando o novo negócio ................................... 63 Objetivos da sua aprendizagem ............................................... 63 Você se lembra? .................................................................. 63 3.1 As empresas e suas classificações ............................................................................ 64 3.1.1 As empresas .......................................................................................................... 64 3.1.2 A classificação das empresas ................................................................................ 65 3.1.3 Importância da pequena empresa na economia brasileira ..................................... 67 3.2 Os tipos de empresas ................................................................................................ 68 3.2.1 Empresas industriais ............................................................................................. 68 3.2.2 Empresas comerciais ............................................................................................. 69 3.2.3 Empresas prestadoras de serviços ......................................................................... 69 3.3 Os papéis do empreendedor na empresa .................................................................. 70 3.3.1 Tomar decisões ...................................................................................................... 71 3.3.2 Trabalhar com pessoas .......................................................................................... 72 3.3.3 Lidar com informações ......................................................................................... 72 3.4 Como escolher o negócio adequado ........................................................................ 73 3.5 As fontes de financiamento ...................................................................................... 75 3.5.1 Tipos de fontes de financiamento ......................................................................... 77 3.5.2 Acesso às fontes de financiamento ....................................................................... 79 3.6 As potencialidades e os riscos dos negócios ............................................................ 80 Reflexão .......................................................................................................................... 82 Exercícios de fixação ...................................................................................................... 83 Leituras recomendadas .................................................................................................... 84 Referências bibliográficas ............................................................................................... 84 Na próxima unidade ........................................................................................................ 85 Unidade 4: Gestão da pequena e da média empresa ................................................. 87 Objetivos da sua aprendizagem ...................................................................................... 87 Você se lembra? .............................................................................................................. 87 4.1 Especificidades da pequena e da média empresa ..................................................... 89 4.2 O planejamento na pequena e na média empresa .................................................... 90 4.3 Erros fatais na gestão da pequena e da média empresa ........................................... 93 4.3.1 Na concepção do negócio: .................................................................................... 93 4.3.2 Na modelagem: .....................................................................................................93 4.3.3 No início: .............................................................................................................. 93 4.3.4 Nos estágios evolutivos: ....................................................................................... 94 4.4 Tipos de associações empresariais ........................................................................... 95 4.5 As redes de empresas ............................................................................................... 98 4.5.1 O contexto da integração entre empresas .............................................................. 98 4.5.2 As redes de empresas ............................................................................................ 99 4.5.3 Requisitos essenciais para o nascimento e o desenvolvimento de redes de empresas ........................................................................................................................ 100 4.6 Arranjos produtivos locais – APL .......................................................................... 101 4.6.1 Estratégias de atuação em APLs – Arranjos produtivos locais ........................... 101 Reflexão ........................................................................................................................ 104 Exercícios de fixação .................................................................................................... 105 Leituras recomendadas .................................................................................................. 106 Referências bibliográficas ............................................................................................. 106 Na próxima unidade ...................................................................................................... 107 Unidade 5: O processo empreendedor ...................................................................... 109 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 109 Você se lembra? ............................................................................................................ 109 5.1 A importância do conhecimento do processo empreendedor ................................. 110 5.2 Fatores que levam uma pessoa a se tornar empreendedora ....................................111 5.3 Inovação e empreendedorismo .............................................................................. 112 5.4 As fases do processo empreendedor ...................................................................... 114 5.4.1 Fase 1 – Como identificar e avaliar uma oportunidade: diferença entre ideia e oportunidade de negócio ............................................................................................... 115 5.4.2 Fase 2 – Desenvolver o plano de negócios ......................................................... 124 5.4.3 Fase 3 – Determinar os recursos necessários: a busca por financiamento .......... 126 5.4.4 Fase 4: Planejamento e implantação do negócio ................................................ 127 Reflexão ........................................................................................................................ 128 Exercícios de fixação .................................................................................................... 128 Leituras recomendadas .................................................................................................. 129 Referências bibliográficas ............................................................................................. 129 Na próxima unidade ...................................................................................................... 131 Unidade 6: O plano de negócios: considerações gerais ............................................ 133 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 133 Você se lembra? ............................................................................................................ 133 6.1 Definição do plano de negócios ............................................................................. 135 6.2 Por que o empreendedor faz um plano de negócios? ............................................. 137 6.3 Usuários do plano de negócios .............................................................................. 140 6.4 Como elaborar o plano de negócios ....................................................................... 142 Reflexão ........................................................................................................................ 149 Exercícios de fixação .................................................................................................... 150 Leituras recomendadas .................................................................................................. 151 Referências bibliográficas ............................................................................................. 151 Na próxima unidade ...................................................................................................... 151 Unidade 7: Componentes do plano de negócios: da capa à definição dos produtos e serviços ......................................................................................................................... 153 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 153 Você se lembra? ............................................................................................................ 153 7.1 Capa ....................................................................................................................... 154 7.2 Sumário .................................................................................................................. 154 7.3 Sumário executivo ................................................................................................. 154 7.3.1 Objetivo do plano de negócio ............................................................................. 157 7.3.2 A empresa e a oportunidade de negócio .............................................................. 157 7.3.3 Produtos/serviços, mercado e estratégia de abordagem do mercado .................. 158 7.3.4 Breve planejamento estratégico e os fatores críticos de sucesso ........................ 158 7.3.5 Breve análise financeira ...................................................................................... 161 7.4 Análise estratégica ................................................................................................. 162 7.5 A descrição da empresa .......................................................................................... 163 7.6 Produtos e serviços ................................................................................................ 167 Reflexão ........................................................................................................................ 169 Exercícios de fixação .................................................................................................... 170 Leituras recomendadas .................................................................................................. 171 Referências bibliográficas ............................................................................................. 171 Na próxima unidade ...................................................................................................... 172 Unidade 8: Componentes do plano de negócios; do plano operacional a anexos 173 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 173 Você se lembra? ............................................................................................................ 173 8.1 Plano operacional ...................................................................................................174 8.2 Plano de recursos humanos .................................................................................... 178 8.3 Análise de mercado ................................................................................................ 179 8.4 Estratégia de marketing .......................................................................................... 179 8.5 Plano financeiro ..................................................................................................... 187 8.6 Anexos.................................................................................................................... 192 8.7 Como validar seu plano de negócio ....................................................................... 192 Reflexão ........................................................................................................................ 192 Exercícios de fixação .................................................................................................... 193 Leituras recomendadas .................................................................................................. 194 Referências bibliográficas ............................................................................................. 194 Na próxima unidade ...................................................................................................... 195 Unidade 9: Assessorias aos empreendedores ............................................................ 197 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 197 Você se lembra? ............................................................................................................ 197 9.1 O papel das incubadoras e dos parques tecnológicos ............................................ 199 9.1.1 As incubadoras de empresas ............................................................................... 199 9.1.2 Os parques tecnológicos ..................................................................................... 203 9.2 Sebrae ..................................................................................................................... 204 9.3 Assessoria jurídica e contábil ................................................................................. 205 9.4 Universidades e institutos de pesquisa ................................................................... 205 9.5 Instituto Empreendedor Endeavor ......................................................................... 206 9.6 Casos de sucesso .................................................................................................... 207 9.6.1 Caso 1 – Amazon ................................................................................................ 207 9.6.2 Caso 2 – Instituto Beleza Natural ....................................................................... 210 9.6.3 Caso 3 – Morena Rosa ........................................................................................ 211 Reflexão sobre o tema ................................................................................................... 213 Exercícios de fixação .................................................................................................... 213 Leituras recomendadas .................................................................................................. 214 Referências bibliográficas ............................................................................................. 215 Gerenciamento de Riscos .............................................................................. 219 Unidade 1: Risco: Definições e Histórico .................................................................. 221 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 221 Você se lembra? ........................................................................................................... 221 1.1 Definições de risco ................................................................................................. 222 1.2 Relação entre risco e retorno .................................................................................. 223 1.2.1 Relação entre risco e retorno .............................................................................. 227 1.3 Riscos negativos e riscos positivos ........................................................................ 229 1.3.1 Análise externa e interna da empresa. ................................................................. 230 1.3.2 Análise externa da empresa ................................................................................. 231 1.3.3 Análise interna da empresa. ................................................................................ 237 1.4 A importância e a evolução das técnicas de Gerenciamento de Riscos ................. 239 Atividades ..................................................................................................................... 240 Reflexão ........................................................................................................................ 240 Leituras recomendadas .................................................................................................. 240 Referências .................................................................................................................... 241 Na próxima unidade ...................................................................................................... 242 Unidade 2: Técnicas de Identificação e Análise de Riscos e Perigos ...................... 243 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 243 Você se lembra? ............................................................................................................ 243 2.1 Introdução ao gerenciamento de projetos .............................................................. 244 2.2 Definição de risco em um projeto .......................................................................... 247 2.2.1 Influências organizacionais ................................................................................. 249 2.2.2 Gerenciamento de riscos ..................................................................................... 250 2.3 Técnicas de identificação do risco com diagramas ................................................ 254 2.3.1 Diagramade Cauda e Efeito ................................................................................ 254 2.3.2 Diagrama do sistema ou fluxograma .................................................................. 256 2.4 Análise de Swot ...................................................................................................... 257 2.4.1 Vantagens e precauções no uso dos cenários ...................................................... 259 2.4.2 Fatores críticos de sucesso na empresa ............................................................... 260 2.4.3 Vantagem competitiva ......................................................................................... 261 2.4.4 Formulação de estratégias: análise SWOT ......................................................... 262 2.4.5 Matriz BCG ......................................................................................................... 263 Atividades ..................................................................................................................... 265 Reflexão ........................................................................................................................ 265 Leitura recomendada ..................................................................................................... 266 Referências .................................................................................................................... 266Na próxima unidade ...................................................................................................... 269 Unidade 3: Gestão de Riscos Segundo a ISO 31.000................................................ 271 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 271 Você se lembra? ............................................................................................................ 271 3.1 Definição de riscos e gestão ................................................................................... 272 3.1.1 Princípios pela ISO 31.000 ................................................................................. 273 3.2 Concepção e implantação da estrutura para gerenciar riscos ................................. 274 3.3 Monitoramento e análise crítica da estrutura ......................................................... 276 3.4 Processo de avaliação de riscos ............................................................................. 278 3.5 Tratamento de riscos .............................................................................................. 279 Atividades ..................................................................................................................... 280 Reflexão ........................................................................................................................ 280 Leitura recomendada ..................................................................................................... 280 Referências bibliográficas ............................................................................................. 281 Na próxima unidade ...................................................................................................... 281 Unidade 4: Analisando Estratégias e Planos de Ação para Lidar com os Riscos .. 283 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 283 Você se lembra? ............................................................................................................ 283 4.1 Introdução à Administração Estratégica ................................................................ 284 4.1.1 Estratégicas empresariais e os riscos .................................................................. 285 4.1.2 Utilização das estratégias pelas empresas ........................................................... 287 4.2 Estratégia e o Guia PMBOK® ............................................................................... 288 4.2.1 PMI ..................................................................................................................... 288 4.2.2 PMBOK .............................................................................................................. 290 4.2.3 PMP e o CAPM ................................................................................................... 291 4.2.4 Características do ciclo de vida do projeto ......................................................... 296 4.3 Ferramenta da Qualidade - Gravidade, Urgência e Tendência (Matriz GUT) ....... 301 4.4 A importância do gerenciamento de riscos para a sobrevivência das empresas .... 301 4.4.1 Importância do Controle Interno ......................................................................... 302 4.4.2 Objetivos do controle interno .............................................................................. 303 4.4.3 Salvaguarda dos Interesses da Empresa .............................................................. 304 4.4.4 Precisão e Confiabilidade dos Informes e Relatórios Contábeis, Financeiros e Operacionais ................................................................................................................. 305 4.4.5 Aderência às Políticas Existentes ........................................................................ 306 4.4.6 Controle interno e sistema de processamento eletrônico de dados ..................... 306 4.4.7 Responsabilidade pela Determinação do Controle Interno ................................ 307 Atividades ..................................................................................................................... 308 Reflexão ........................................................................................................................ 308 Leitura recomendada ..................................................................................................... 309 Referências .................................................................................................................... 309 Na próxima unidade ...................................................................................................... 313 Unidade 5: Tomada de Decisões................................................................................. 315 Objetivos ....................................................................................................................... 315 Você se lembra? ............................................................................................................ 315 5.1 Teoria da Utilidade ................................................................................................. 319 5.2 Teoria da Decisão ................................................................................................... 320 5.2.1 Características das decisões administrativas ....................................................... 321 5.2.2 Etapas do processo de tomada de decisão ........................................................... 322 5.2.3 Identificação e diagnóstico do problema ............................................................ 323 5.2.4 Geração de soluções alternativas ........................................................................ 323 5.2.5 Avaliação das alternativas ................................................................................... 324 5.2.6 Escolha ................................................................................................................ 324 5.2.7 Implementação da decisão .................................................................................. 325 5.2.8 Avaliação da decisão ........................................................................................... 325 5.2.9 Barreiras à tomada de decisão eficaz .................................................................. 326 5.2.10 Vieses psicológicos ........................................................................................... 327 5.2.11 Pressões de tempo ............................................................................................. 327 5.2.12 Realidades sociais ............................................................................................. 327 5.3 Processo de Tomada de Decisão ............................................................................ 327 5.4 Obstáculos a uma decisão de qualidade ................................................................. 330 5.5 Árvores de Decisão e Simulação de Monte Carlo ................................................. 331 5.5.1 Árvores de decisão .............................................................................................. 331 5.5.2 Tabela de pagamentos ......................................................................................... 332 5.5.3 Programas de utilizam a árvore de decisão ......................................................... 337 5.5.4 Simulação de Monte Carlo .................................................................................. 340 5.5.5 Outras considerações sobre simulação ................................................................ 351 Atividades ..................................................................................................................... 351 Reflexão ........................................................................................................................351 Leituras recomendadas .................................................................................................. 352 Referências bibliográficas ............................................................................................ 352 Libras ................................................................................................................ 357 Unidade 1: Caminhos históricos da educação de surdos ......................................... 359 Processo Ensino-aprendizagem .................................................................................... 361 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 361 Você se Lembra? ........................................................................................................... 361 1.1 Antiguidade ............................................................................................................ 362 1.2 Idade Media ........................................................................................................... 364 1.3 Idade Moderna Até o Século XXI .......................................................................... 364 1.4 Início da Educação de Surdos No Brasil ................................................................ 370 Atividades ..................................................................................................................... 371 Reflexão ........................................................................................................................ 372 Leituras Recomendadas ................................................................................................ 373 Referências .................................................................................................................... 373 Na próxima unidade ..................................................................................................... 373 Unidade 2: Questões Clínicas da Surdez e as Nomenclaturas ............................... 375 Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................ 375 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 375 Você se lembra? ............................................................................................................ 375 2.1 Características Clínicas da Surdez ......................................................................... 376 2.2 Nomenclaturas e surdez: qual a importância em diferenciar surdos e deficientes auditivos ....................................................................................................................... 381 Atividades ..................................................................................................................... 384 Reflexão ........................................................................................................................ 385 Leituras Recomendadas ................................................................................................ 386 Referências .................................................................................................................... 386 Na Próxima Unidade .................................................................................................... 387 Unidade 3: Comunicação,Línguas Orais e de Sinais ............................................... 389 Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................ 389 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 389 Você se lembra? ............................................................................................................ 389 3.1 Comunicação .......................................................................................................... 390 3.2 Comunicação Oral ................................................................................................. 392 3.3 Língua de sinais ..................................................................................................... 393 3.4 Diferenças Entre Línguas Orais E De Sinais ......................................................... 396 Atividades ..................................................................................................................... 397 Reflexão ........................................................................................................................ 398 Leituras Recomendadas ................................................................................................ 398 Referências .................................................................................................................... 398 Na próxima unidade ..................................................................................................... 399 Unidade 4: Filosofias de Comunicação: da Fala à Língua Brasileira de Sinais .... 401 Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................ 402 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 402 Você se lembra? ............................................................................................................ 402 4.1 Oralismo ................................................................................................................. 403 4.2 Comunicação Total ................................................................................................ 404 4.3 Bilinguismo: L1 e L2 ............................................................................................ 407 Atividades ..................................................................................................................... 411 Reflexão ........................................................................................................................ 411 Leituras Recomendadas ................................................................................................ 411 Referências .................................................................................................................... 412 Na Próxima Unidade .................................................................................................... 412 Unidade 5: Atendimentos educacionais especializados (AEE) para surdos e deficientes auditivos .................................................................................................... 413 Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................ 413 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 413 Você se lembra? ............................................................................................................ 413 5.1 Os atendimentos educacionais especializados (AEE) para surdos ontem e hoje ... 414 5.1.1 A escola de surdos ............................................................................................... 419 5.2 O ensino de língua portuguesa para surdos ............................................................ 421 5.3 Os Intérpretes de Libras e a Inclusão de Surdos .................................................... 425 Atividades ..................................................................................................................... 426 Reflexào ........................................................................................................................ 427 Leituras recomendadas .................................................................................................. 427 Referencias ....................................................................................................................428 Na próxima unidade ..................................................................................................... 428 Unidade 6: Iniciando o conhecimento e o aprendizado da língua de sinais .......... 429 Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................ 429 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 429 Você se lembra? ............................................................................................................ 429 6.1 Definições importantes para o aprendizado da libras ............................................ 430 6.2 O que devemos observar para iniciar o aprendizado ............................................. 431 6.3 Composição da língua de sinais ............................................................................. 437 6.4 Por onde começar a aprender libras ....................................................................... 443 Atividades ..................................................................................................................... 452 Reflexão ........................................................................................................................ 453 Leituras recomendadas .................................................................................................. 454 Referências .................................................................................................................... 454 Na próxima unidade ..................................................................................................... 455 Unidade 7: Tecnologias e Acessibilidade para a Inclusão........................................ 457 Processo de ensinoaprendizagem .................................................................................. 457 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 457 Você se lembra? ............................................................................................................ 457 7.1 Software de dicionário de libras ............................................................................ 458 7.2 O msn para o surdo ................................................................................................ 458 7.3 Telefone para surdos (TS) ...................................................................................... 459 7.4 Telefone celular para surdos .................................................................................. 459 7.5 Legenda em televisão (closed-caption) .................................................................. 460 7.6 Projeto tlibras – tradutor português x libras (língua brasileira de sinais) .............. 461 7.7 Ouvido biônico – implante coclear ........................................................................ 462 7.8 Acessibilidade na inclusão ..................................................................................... 464 Atividades ..................................................................................................................... 465 Reflexão ........................................................................................................................ 465 Leituras Recomendadas ................................................................................................ 466 Referências .................................................................................................................... 466 Na Próxima Unidade ..................................................................................................... 466 Unidade 8: A legislação e a pessoa com surdez ......................................................... 467 Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................ 467 Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 467 Você se lembra? ............................................................................................................ 467 8.1 As primeiras citações legais ................................................................................... 468 8.2 Leis internacionais e a inclusão ............................................................................. 468 8.3 A legislação educacional no Brasil e a surdez ....................................................... 471 Atividades ..................................................................................................................... 475 Reflexão ........................................................................................................................ 475 Leituras Recomendadas ................................................................................................ 475 Referências .................................................................................................................... 476 A pr es en ta çã o A pr es en ta çã o O UniSEB Interativo Prezado(a) acadêmico(a) Bem-vindo(a) ao Centro Universitário UniSEB Interativo. Temos o prazer de recebê-lo(a) no novo segmento desta instituição de ensino que já possui mais de 40 anos de experiência em educação. O Centro Universitário UniSEB Interativo tem se des- tacado pelo uso de alta tecnologia nos cursos oferecidos, além de possuir corpo docente formado por professores experientes e titulados. O curso, ora oferecido, foi elaborado dentro das Diretrizes Curriculares do MEC, de acordo com padrões de ensino superior da mais alta qualidade e com pesquisa de mercado. Assim, apresentamos neste material o trabalho desenvolvido pe- los professores que, por meio da tecnologia da informação e comunica- ção, proporciona ensino inovador e sempre atualizado. Este livro, o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e a teleaula integram a base que visa transmitir os conhecimentos necessários à sua formação, além de auxiliá-lo(a) nos estudos e incentivá-lo(a), com as indi- cações bibliográficas de cada unidade, a fim de aprofundar cada vez mais o seu saber. Procure ler os textos antes de cada aula para poder acompanhá-la melhor e, assim, interagir com o professor nas aulas ao vivo. Não deixe para estudar no final de cada módulo somente com o objetivo de passar pelas avaliações; procure ler este material, realizar outras leituras e pesquisas sobre os temas abordados e estar sempre atualizado, afi- nal, num mundo globalizado e em constante transformação, é pre- ciso estar sempre informado. Procure dedicar-se ao curso que você escolheu, aproveitan- do-se do momento que é fundamental para sua formação pesso- al e profissional. Leia, pesquise, acompanhe as aulas, realize as atividades on-line, desta maneira você estará se forman- do de maneira responsável, autônoma e, certamente, fará diferença no mundo contemporâneo. Sucesso! A pr es en ta çã o Apresentação O Módulo 8.2 Neste material são apresentadas as disci- plinas de Empreendedorismo, Gerenciamen- to de Riscos e de Libras. O conteúdo abordado em Empreendedorismo será de grande importância para sua formação enquanto profissional da área contábil. A disciplina abordará con- ceitos e práticas relacionados a origem e a evolução do em- preendedorismo, à formação do empreendedor e a diversos assuntos importantes relacionados ao tema. A disciplina de Gerenciamento de Riscos propõe a identificação e o estudo dos riscos negativos e positivos aos quais as empresas estão expostas no mercado atual. A proposta da disciplina de Libras é estudar a definição e a classifi- cação da surdez. Além disso, serão analisadas as abordagens educacio- nais na educação do surdo, as LIBRAS e a educação bilíngue. As mudanças ocorridasno país, tanto no contexto social, quanto econô- mico, estão gerando uma nova realidade que demanda por um profissio- nal com uma visão além do tradicional. Assim, o módulo 8.2, objetiva-se promover uma nova visão do mundo e uma mudança cultural que preza pelo desenvolvimento por meio da pre- paração dos universitários para as transformações que estão acontecendo na sociedade e no ambiente de trabalho. Bons estudos! Empreendedorismo Um dia, nalgum lugar, uma eternidade após, eu relembraria tudo isso num suspiro: Dois caminhos divergiam numa floresta de outono, e eu, escolhi o menos percorrido, e isto fez toda a diferença! Robert Frot O empreendedorismo é uma das grandes áreas de es- tudo do gestor de hoje. As características e os comportamentos que definem um empreendedor são aspectos essenciais para a criação, a implanta- ção e o gerenciamento de negócios de sucesso. Tudo leva a crer que o desenvolvimento econômico seja fun- ção do grau de empreendedorismo de uma comunidade. As condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento precisam de empreendedo- res que as aproveitem e que, através de sua liderança, de sua capacida- de e de seu perfil, disparem e coordenem o processo de desenvolvimen- to, cujas raízes estão, sobretudo, em valores culturais e na forma de ver o mundo. O empreendedor cria e aloca valores para indivíduos e para a sociedade, ou seja, é fator de inovação tecnológica e crescimento econô- mico (DOLABELA, 1999). Muitos jovens ainda ingressam nos cursos superiores acreditando que a obtenção de um diploma é um passaporte seguro para conseguir um bom emprego e fazer uma carreira no mercado de trabalho. No entanto, sabemos que os jovens dos dias atuais devem também ser en- sinados a ter competências próprias para criar as suas oportunidades no mercado, tanto com a criação e abertura de novos negócios como no atendimento das mais importantes necessidades das empresas já atuantes neste mercado altamente competitivo e de mudanças constantes. A pr es en ta çã o U ni da de 1 20 Empreendedorismo Pr oi bi da a r ep ro du çã o – © U ni S EB I nt er at iv o O mercado de trabalho não comporta todos os novos ingressantes. As carreiras estão mais dinâmicas, progridem para cima, mas também para todos os lados e direções, o que torna necessário, a cada dia mais, que os profissionais tenham uma visão do todo organizacional, o que exige uma postura ativa e objetiva deles. E também as carreiras hoje começam e ter- minam mais cedo, o que significa que a vida útil de uma pessoa em uma organização passa a ser diretamente proporcional à sua capacidade de continuar agregando valor aos negócios da organização. Isso implica ca- pacidade de desenvolver e assumir novos projetos, criação e implantação adequada de novos negócios para as organizações, ou mesmo a criação e o desenvolvimento de negócios e organizações inteiramente novos. Esta apostila foi desenvolvida com o intuito de proporcionar a vocês, alunos, os conceitos e as experiências didáticas necessárias ao co- nhecimento do contexto do empreendedorismo, e está dividida em nove unidades, conforme se seguem. • Origem e evolução do empreendedorismo • O empreendedorismo e o empreendedor • Focalizando o novo negócio • Gestão das pequenas e médias empresas • O processo empreendedor • Plano de negócios: considerações gerais • Componentes do plano de negócios: da capa à definição de produtos e serviços • Componentes do plano de negócios: do plano operacional aos anexos • Assessorias aos empreendedores Convido-os agora ao início do estudo do empreendedorismo. U ni da de 1 Origem e evolução do empreendedorismo Nesta primeira unidade serão abordados aspectos referentes ao estudo do empreen- dedorismo e que justificam a relevância desta disciplina para os universitários. A importância do espírito empreendedor nas organizações, a transição da era da manufatura para a era do empreendedorismo, bem como o panorama do empreendedorismo no Brasil também serão apresentados. Objetivos da sua aprendizagem Proporcionar a compreensão da importância do estudo do empreendedorismo e do espírito empreendedor nas empresas. Apre- sentar um breve relato da transição da era da manufatura para a era do empreendedorismo e os aspectos referentes ao empreendedorismo no Brasil. Você se lembra? Você se lembra de alguma empresa que encerrou suas atividades antes de completar seis anos de vida? Você sabia que aproximadamente 70% das empresas brasileiras que encerram suas atividades nos primeiros anos de vida, em sua grande maioria, têm como causa a falta de planeja- mento e a má gestão? O estudo do empreendedorismo vem trazer grandes contribui- ções para mudar esse panorama. 22 Empreendedorismo Pr oi bi da a r ep ro du çã o – © U ni S EB I nt er at iv o 1.1 O estudo do empreendedorismo Há muitas décadas fazer um curso superior e em seguida conseguir um emprego para colocar em prática tudo o que se aprendeu na faculdade, e viver uma “certa” estabilidade em uma empresa segura era o objetivo de muitos jovens e o pensamento que prevalecia na sociedade. Dois fatores que contribuíam para esse pensamento eram os valores da sociedade e do sistema educacional que contaminavam os estudantes com a “síndrome do emprega- do” – termo utilizado para dar significado a tudo que não é empreendedor. Com a mudança socioeconômica e com o surgimento de novos pa- drões nas relações de trabalho, a lógica do emprego seguro cria uma nova realidade que implica tanto no comportamento dos jovens universitários quanto no papel das instituições de Ensino Superior. Mesmo, garantindo que ao terminar um curso superior irão procurar um emprego, se possível em uma grande organização, muitos estudantes têm o sonho de ter o seu próprio negócio, pois acreditam que não estarão realizados profissional- mente sendo funcionários de alguma empresa. Nesse contexto, as instituições de Ensino Superior passam a se preparar para esta nova realidade, mudando os objetivos de seus cursos, adequando suas grades para que consigam formar empreendedores. Dessa forma, o ensino do empreendedorismo passa a fazer parte das ementas de diversos cursos universitários, dentre eles, o de Ciências Contábeis. Por meio do ensino dessa nova disciplina, pretende-se promover uma nova visão do mundo na sociedade e gerar uma mudança cultural mais efetiva que acompanhe a nova realidade socioeconômica do país, criando assim, uma cultura empreendedora. O empreendedor, sendo aque- le que percebe uma realidade e cria meios para persegui-la, é fundamental para o desenvolvimento dessa “nova” sociedade. O desenvolvimento de uma cultura empreendedora e o aumento dos profissionais com esse perfil torna-se possível com o estudo do empreendedorismo. Obviamente, o estudo do empreendedorismo é de grande impor- tância para criação de novas empresas que impulsionem o crescimento e o desenvolvimento da economia do país. Para Lundstöm & Stevenson (2002), os programas de estudo de empreendedorismo atendem pelo me- nos às necessidades de fortalecimento da cultura empreendedora e a pre- paração dos jovens para as transformações no mercado de trabalho. Para Timmons (1994), o empreendedorismo é uma revolução silen- ciosa, que será para o século XXI mais do que a Revolução Industrial foi 23 Origem e evolução do empreendedorismo - Unidade 1 EA D -1 5- C C 8 .2 – P ro ib id a a re pr od uç ão – © U ni S EB I nt er at iv o para o século XX. A mentalidade empreendedora é capaz de transformar a consciência dos negócios e o perfil de um país. Em todosos países a cultura empreendedora está em crescimento, levando em consideração os aspectos fundamentais para o desenvolvimento da sociedade. “O fortale- cimento das pequenas e médias empresas, o estudo do empreendedorismo e a criação de uma mentalidade empreendedora é essencial para o fortale- cimento de qualquer país” (MENDES, 2009, p. 29). De acordo com o SEBRAE (2007), o primeiro curso de empreen- dedorismo no Brasil, surgiu em 1981 na Escola de Administração de Em- presas da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. No ano de 1992, com o apoio do Sebrae em São Paulo, a FEA iniciou um programa de formação de empreendedores voltado a profissionais da comunidade interessados em começar o próprio negócio. Assim, várias universidades passaram a incen- tivar o estudo do empreendedorismo nos cursos de graduação e instituições criaram programas para apoiar o desenvolvimento do empreendedorismo. Dolabela (1999a; 1999b) destaca vários motivos que justificam a disseminação da cultura empreendedora por meio do sistema de ensino estabelecido: – Aumentar a percepção quanto à importância das pequenas e mé- dias empresas para o desenvolvimento econômico. – Fortalecer os fatores intrinsecamente ligados ao empreendedoris- mo, como a ética e a cidadania. – Preparar os jovens para atuarem como intraempreendedores. – Diminuir o índice de mortalidade entre as empresas nascentes. – Incentivar a autorrealização. – Aproximar as instituições de ensino, os sistemas de suporte e as empre- sas, que ainda estão muito distantes entre si no Brasil. A partir do momento em que estamos fazendo um curso superior e somos universitários, é importante considerar e se preparar para atuar no novo ambiente empresarial marcado por Origem e evolução do empreendedorismo - Unidade 1 Conexão: Para saber mais sobre a importância do empreendedo- rismo acesse o site do professor Dornelas e leia vários artigos. Disponível em: <http://www. josedornelas.com.br/ >. 24 Empreendedorismo Pr oi bi da a r ep ro du çã o – © U ni S EB I nt er at iv o turbulências, desafios e complexidades. Nesse ambiente, exigem-se gestores profissionalizados, ou seja, a era do amadorismo acabou, é necessário que se desenvolvam novas habilidades e visões não exigidas anteriormente. Essas habilidades irão ajudar o futuro gestor a explorar as novas oportunidades que estão surgindo e que serão aproveitadas por pessoas empreendedoras. 1.2 O porquê do empreendedorismo O empreendedorismo ganha importância devido a três principais aspectos: a geração de empregos, a inovação e a criação de riqueza. As pequenas e médias empresas são grandes geradoras de novos empregos e de renda para a população em geral. São importantes fontes absorvedoras de mão de obra, sendo consideradas um dos pilares de sustentação da economia nacional devido ao seu grande número e também à sua abran- gência e capilaridade. Segundo Gracioso (1995), no mundo desenvolvido em geral, há a compreensão de que as empresas de pequeno porte constituem a base da economia de mercado e do estado. A participação dessas empresas tem se situado sempre ao redor de 90% do total dos estabelecimentos existentes nos diversos países do mundo. De acordo com o Dieese/Sebrae (2008), as micro, pequena e média empresas são responsáveis por cerca de 55% da massa de remuneração dos empregados. No Anuário do Trabalho nas Micro e Pequenas Empresas de 2008, conforme quadro 1, nota-se que especialmente no setor de comércio e construções essa participação cresce para 77% e 76% respectivamente. No setor de serviços e indústria cerca de 59% e 41% da massa de remune- ração estão concentrados nas grandes empresas. Por esses números, pode- se inferir sobre a importância do empreendedorismo para o país. Evolução da distribuição da massa de remuneração dos empregados, por porte do estabelecimento, segundo setor de atividade – Brasil 2002-2006 (em %) Setor Porte 2002 2003 2004 2005 2006 Comércio Micro 28,7 29,0 31,8 31,3 31,1 Pequena 38,2 38,3 35,8 35,4 35,3 Média 11,7 11,6 11,3 11,2 11,0 Grande 21,5 21,0 21,2 22,1 22,7 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 25 Origem e evolução do empreendedorismo - Unidade 1 EA D -1 5- C C 8 .2 – P ro ib id a a re pr od uç ão – © U ni S EB I nt er at iv o Evolução da distribuição da massa de remuneração dos empregados, por porte do estabelecimento, segundo setor de atividade – Brasil 2002-2006 (em %) Setor Porte 2002 2003 2004 2005 2006 Serviços Micro 11,4 11,7 11,6 11,4 11,2 Pequena 21,6 21,9 21,6 21,5 20,8 Média 10,0 10,0 9,7 9,6 9,3 Grande 57,0 56,4 57,1 57,5 58,7 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Indústria Micro 11,1 11,0 10,4 10,5 10,5 Pequena 20,0 19,8 19,1 19,1 18,9 Média 31,3 31,2 30,4 29,9 29,7 Grande 37,6 38,0 40,0 40,4 40,9 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Construção Micro 21,5 21,2 20,2 18,1 17,3 Pequena 30,4 30,5 29,7 27,6 27,7 Média 30,6 30,0 30,7 30,2 31,2 Grande 17,5 18,3 19,4 24,1 23,9 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Total Micro 11,9 12,0 14,9 14,8 14,6 Pequena 21,6 21,7 23,5 23,4 23,0 Média 18,6 18,7 17,4 17,1 17,0 Grande 47,9 47,6 44,1 44,6 45,4 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Dieese / Sebrae (2008) Quadro 1 – Evolução da distribuição da massa de remuneração, por porte do estabeleci- mento e por setor de atividade A respeito da inova- ção, as novas empresas têm uma importância acentuada na eco- nomia, não somente pelas patentes regis- tradas, mas pelo desafio que vem constituir para as empresas já estabelecidas. Sendo respon- sáveis por grande proporção dos O que é inovação? Inovar é introduzir algo novo em qualquer atividade humana. A inovação é fundamental para o desenvolvimento hu- mano e a melhoria da qualidade de vida. No mundo empresarial, inovar significa introduzir algo novo ou modificar substancialmente algo existente na empresa. 26 Empreendedorismo Pr oi bi da a r ep ro du çã o – © U ni S EB I nt er at iv o postos de trabalho, numa fase de transformações econômicas, os novos empreendimentos criam valor e riqueza local, contribuindo para o PIB. Se, por um lado, a abertura de novas empresas é um fator importante para a economia de um país, por outro, o tempo de vida destas empresas é um fator relevante, a partir do momento que há um grande índice delas que encerram suas atividades nos primeiros anos de vida. O estudo do em- preendedorismo vem contribuir para o aumento do ciclo de vida das em- presas, mas de acordo com a figura 1, percebe-se que, mesmo com todos os programas de apoio ao empreendedorismo no Brasil (os quais vocês conhecerão nas próximas unidades), ainda é alto o número de empresas que encerram suas atividades nos primeiros seis anos de vida. 0% 25% 50% 75% 100% Empr. com 1 ano (fund. em 2005) Empr. com 2 anos (fund. em 2004) Empr. com 3 anos (fund. em 2003) Empr. com 4 anos (fund. em 2002) Empr. com 5 anos (fund. em 2001) Empr. com 6 anos (fund. em 2000) 73% 62% 54% 50% 38% 36% 27% 38% 46% 50% 62% 64% empresas encerradas empresas em atividade Sebrae-SP Figura 1 – Taxa de mortalidade das empresas no estado de São Paulo (rastreamento out/06 a mar/07) Ainda de acordo com o Sebrae-SP este número vem apresentando melhoria, porém não muito significativa, especialmente em empresas com seis anos de vida. Se observarmos os números apresentados na figura 2, que demonstra a taxa de mortalidade das empresas comparada com pes- quisas anteriores, nota-se que, no primeiro ano de vida, o índice de mor- talidade teve queda de 35% para 27% durante os cinco anos estudados, já as empresas com doisanos de vida tiveram uma taxa de mortalidade de 38% no ano de 2006/7, as empresas com três anos, comparando-se o ano de 1998/99 com 2006/7, tiveram queda de 56% para 46% e as empresas com quatro anos também apresentaram queda na taxa de mortalidade. Ao 27 Origem e evolução do empreendedorismo - Unidade 1 EA D -1 5- C C 8 .2 – P ro ib id a a re pr od uç ão – © U ni S EB I nt er at iv o se analisar as empresas com cinco ou seis anos de vida, nota-se que elas apresentam ainda alta taxa de mortalidade. De acordo com o Sebrae, o principal motivo que leva uma empresa a encerrar suas atividades é a falta de planejamento e de conhecimento de aspectos sobre gestão por parte de seus fundadores. Nesse contexto, pode-se comprovar a importância de se investir na formação do empreendedor para que ele possa desenvolver uma melhor gestão dos negócios. 35 % 32 % 31 % 29 % 27 % 46 % 44 % 37 % 4 2% 38 % 56 % 56 % 49 % 53 % 46 % 63 % 53 % 56 % 50 % 71 % 60 % 56 % 6 2% 6 4% 0% 25% 50% 75% 100% empr. com 1 ano empr. com 1 ano empr. com 3 anos empr. com 4 anos empr. com 5 anos empr. com 6 anos estudo 1998/99 estudo 2000/01 estudo 2002/03 estudo 2004/05 estudo 2006/07 Sebrae-SP Figura 2 – Taxa de mortalidade das empresas no estado de SP – Comparações com as pesquisas anteriores O Sebrae, a partir da análise de itens que são primordiais para o su- cesso do empreendimento, desenvolveu uma análise do estágio de evolução desses itens e faz suas recomendações, conforme apresentadas no quadro 2. Itens Evolução recente Principais recomendações 1 – Comportamento empreendedor Positiva Características empreendedoras (conhecimentos, habilidades e atitudes) precisam ser aprimoradas. 2 – Planejamento prévio Positiva Planejamento antes da abertura pode ser me- lhorado (ainda é deficiente para muitos empre- endedores. 3 – Gestão empresarial Não melhorou As deficiências na gestão do negócio. após a abertura, continuam presentes e precisam ser solucionadas (ex.: aperfeiçoamento de produtos, fluxo de caixa, propaganda e divulgação, gestão de custos e busca de apoio/auxílio). 28 Empreendedorismo Pr oi bi da a r ep ro du çã o – © U ni S EB I nt er at iv o Itens Evolução recente Principais recomendações 4 – Políticas de apoio Positiva Políticas de apoio podem ser aperfeiçoadas (peso dos impostos, burocracia, crédito para a produção e política de compras governamentais). 5 – Conjuntura econômica Positiva Crescimento da economia, estabilidade de preços e recuperação da renda precisam ser mantidos. 6 – Problemas “pessoais” Não melhorou Problemas de saúde, particulares, com sócio, de sucessão e criminalidade continuam prejudican- do os negócios. Sebrae-SP Quadro 2 – Principais causas da mortalidade das empresas paulistas 2006-2007 (resumo) Nota-se que o comportamento do empreendedor, o desenvolvi- mento de um planejamento prévio, as políticas de apoio e a conjuntura econômica tiveram uma evolução positiva. Porém a gestão empresarial e os problemas pessoais dos sócios ainda não melhoraram, impactando diretamente no tempo de vida das empresas. De acordo com o GEM (2009), as condições que afetam o empre- endedorismo são: apoio financeiro, políticas governamentais, programas governamentais, educação e capacitação, pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura comercial e profissional. 1.3 O espírito empreendedor nas organizações De acordo com Mendes (2009), o espírito empreendedor não é ex- clusividade dos Estados Unidos e está presente em todos os países, em maior ou menor intensidade, de acordo com a carga de esforços direciona- da para o seu fortalecimento. A difusão do conceito de empreendedorismo nas organizações objetiva desenvolver nos colaboradores um comportamento empreende- dor, onde passa a agir criando novas oportunidades de negócios para a empresa, acelerando o processo de inovação tanto em processos quanto em produtos, enfim, desempenhando suas atividades como um agente de mudanças. O intraempreendedor, como é chamado o empreendedor dentro das organizações, é a pessoa que busca inovações, que age como se fosse dono da empresa e busca satisfação no sucesso do projeto no qual está in- serido. Compartilha talentos em comuns como: autoconfiança, autonomia, 29 Origem e evolução do empreendedorismo - Unidade 1 EA D -1 5- C C 8 .2 – P ro ib id a a re pr od uç ão – © U ni S EB I nt er at iv o iniciativa, criatividade, capacidade de correr riscos calculados e contribui decisivamente para o desenvolvimento das empresas. O potencial empre- endedor é formado a partir de um conjunto de características que variam de empreendedor para empreendedor. São poucos os privilegiados que incorporam o espírito empreen- dedor por completo, pois, segundo Mendes (2009), não depende apenas de boa vontade ou interesse, mas sim de um conjunto de fatores que, somados, estimulam a criação e a permanência no empreendimento. Para o desenvolvimento dessas características nas pessoas, deve haver uma valorização do funcionário por parte da organização, a qual deve dar a ele liberdade para criar e autonomia na tomada de decisão em sua função. O intraempreendedores precisam sentir confiança por parte da empresa e ter abertura para implementar suas ideias e consequentemente contribuir para o desenvolvimento da organização. Se observarmos o estilo de liderança adotado em muitas organiza- ções, vamos perceber que muitos dos gestores ainda são centralizadores, evitando assim delegar funções, o que gera um bloqueio à criatividade e à inovação, pois perdem a oportunidade de usufruir dos talentos que têm em sua empresa. Por outro lado, existem milhares de empreendedores ao redor do mundo que, por meio de sua trajetória profissional e pessoal, demons- tram de fato o espírito empreendedor. Segundo Mendes (2009), no Brasil, somos induzidos a admirar modelos e exemplos estrangeiros, porém, estamos rodeados de pessoas simples que acreditam numa ideia e levam o sonho adiante. Não importa se os frutos sejam colhidos em dois ou dez anos, o que importa é que a ideia foi colocada em prática e transformada em uma sucessão de eventos positivos a favor da economia e do bem-estar do ser humano. Um exemplo de sucesso é Miguel Krigsner, um dos fun- dadores do Boticário, cuja breve trajetória será descrita a seguir. O exemplo de Miguel Krigsner (O Boticário) Miguel Krigsner, um dos fundadores da maior indústria de per- fumes e cosméticos genuinamente brasileira, O Boticário, reconhecida internacionalmente pela inovação e qualidade de seus produtos, nunca abriu mão do desejo de ser farmacêutico, embora o pai desejasse vê-lo formado em medicina. Essa é uma das características do espírito em- preendedor: a convicção. 30 Empreendedorismo Pr oi bi da a r ep ro du çã o – © U ni S EB I nt er at iv o Um ano depois de formado, Miguel iniciou seu pequeno grande negócio na Rua Saldanha Marinho – Centro Histórico de Curitiba –, uma farmácia de manipulação de fórmulas, cuja ideia surgira ao fazer uma viagem a Porto Alegre, percebendo as tendências de expansão das farmácias de manipulação, segundo declarou posteriormente: “Achei esse ramo de atividade muito interessante, porque não era monótono. Permitia um alto nível de criatividade, não era nem farmácia, nem indústria, ficava no meio. E nasceu O Boticário, em março de 1977, resultado da sociedade entre dois farmacêuticos e dois médicos derma- tologistas.” Em 2007, O Boticário completou 30 anos de existência, uma ver-dadeira potência em seu setor, detentora da maior rede de franquias do setor em todo o mundo, gerando em torno de 12 mil empregos diretos e indiretos. Atualmente, a linha de produtos de O Boticário conta com aproximadamente 600 itens que são comercializados em 2.500 pontos de venda no Brasil e em 60 pontos no exterior. O faturamento da in- dústria supera a casa de USD300 milhões e o da rede gira em torno de US$1 bilhão. Os números de O Boticário realmente impressionam e são re- sultado de uma ideia relativamente simples aliada a uma percepção aguçada, considerando a posição geográfica da indústria, distante dos grandes centros industriais que movimentam a economia do país, o que demonstra a acessibilidade do verdadeiro espírito empreendedor para todo ser humano determinado a prosperar. Mendes (2009, p. 17) 1.4 A transição da era da manufatura para a era do empreendedorismo Segundo Mendes (2009), no início do século XIX nos Estados Uni- dos, a produção capitalista orientada para o lucro, que utilizava mão de obra assalariada, era insignificante fora das principais cidades. Grande parte da população vivia em áreas rurais e mais de 80% da força de traba- lho estava empregada na agricultura. No Brasil, a situação ocorreu de ma- neira similar, embora o sistema de colonização tenha conotação diferente. A diferença entre esses países foi a velocidade imprimida pelo sistema 31 Origem e evolução do empreendedorismo - Unidade 1 EA D -1 5- C C 8 .2 – P ro ib id a a re pr od uç ão – © U ni S EB I nt er at iv o econômico e político a partir da independência de cada um deles, sendo os Estados Unidos mais eficientes nesse sentido. A Revolução Industrial acelerou o comportamento e a forma de as pessoas negociarem. Anteriormente, podia-se dizer que todos os trabalha- dores eram empreendedores, com exceção daqueles que viviam no regime de escravidão e os que herdavam suas profissões de geração em geração. A partir do momento que os lucros passaram a depender da eficiência no uso do tempo da força de trabalho, o sistema de trabalho assalariado esti- mulou a criação da administração moderna, confinando os trabalhadores em escritórios e unidades de produção. Em países desenvolvidos, inclusive no Brasil, os imigrantes tiveram a oportunidade de colocar o espírito empreendedor em prática por não po- derem retornar aos países de origem destruídos por guerras ou governado por regimes tirânicos. A necessidade de se adaptar a um local com cultura, idioma diferente e ambiente desconhecido possibilitou a esses imigrantes o desenvolvimento de características específicas que poderiam não ser descobertas em situações convenientes. A partir da década de 1950, países como Estados Unidos, Taiwan e Alemanha se conscientizaram da importância do empreendedorismo e direcionaram esforços para o fortalecimento do pequeno e do médio em- preendedor. Segundo Mendes (2009), o futuro do Brasil e do mundo está no fortalecimento da mentalidade empreendedora, não havendo espaço para a grande massa visível de desempregados em busca de ocupação no mercado formal de trabalho. A globalização, a partir da década de 1980, aumentou a compe- titividade e transformou a maneira com que as empresas se relacionam entre países. Assim, as empresas se modernizaram e se tornaram mais competitivas para uma adaptação ao novo ambiente composto por oportu- nidades e ameaças geradas pela força de mercado e pelas novas realidades tecnológicas. Houve uma mudança na forma de se trabalhar, a busca por eficiência e eficácia tomou conta das organizações, e o empreendedoris- mo passou a ser associado ao desenvolvimento do país e à melhoria de qualidade de vida das pessoas. Segundo Dornelas (2003), houve uma mudança do velho modelo econômico – da era da manufatura que era dirigida pelos modelos clássi- cos, com os recursos escassos, os materiais raros, a força de trabalho era o músculo, retornos pequenos, economia de escala, barreiras de entrada e sobrevivência dos maiores; para o novo modelo econômico – a era da 32 Empreendedorismo Pr oi bi da a r ep ro du çã o – © U ni S EB I nt er at iv o inovação empreendedora dirigida por novos modelos de negócio, em que os recursos escassos são a imaginação e o conhecimento, com retornos maiores, baixas barreiras de entrada, ativos intelectuais, poder do conhe- cimento e sobrevivência dos mais rápidos. O que é o processo de globalização? O processo de globalização refere-se à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interligam o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, geram a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, po- rém, com isso, obtém-se como consequência o aumento da competitividade. 1.5 O empreendedorismo no Brasil Segundo Dornelas (2005), o movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empre- sas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Antes disso não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. Os ambientes político e econômico do país não eram propícios e o empreendedor praticamente não encontrava informa- ções para auxiliá-lo na jornada empreendedora. O histórico da entidade Softex pode ser confundido com o histó- rico do empreendedorismo no Brasil na década de 1990. A entidade foi criada com o intuito de levar as empresas de software do país ao merca- do externo, por meio de várias ações que proporcionavam ao empresá- rio de informática a capacitação em gestão e tecnologia (DORNELAS, 2005). Ainda segundo esse autor, foi com os progra- mas criados no âmbito da Softex em todo o país, em incubadoras de empresas, universidades, cursos de graduação em Ciências da Computa- ção e Informática, que o tema empreendedoris- mo começou a despertar na sociedade brasilei- ra. Até então, palavras, como plano de negócios (bussiness plan), eram praticamente desconheci- das e até ridicularizadas pelos pequenos empresários. Conexão: Para saber mais sobre a Softex, acesse: <www.softex.br> 33 Origem e evolução do empreendedorismo - Unidade 1 EA D -1 5- C C 8 .2 – P ro ib id a a re pr od uç ão – © U ni S EB I nt er at iv o Em recente pesquisa realizada pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor), órgão pesquisador que mede o grau de empreendedorismo no mundo, constatou-se que o Brasil é o décimo terceiro país que mais em- preendeu em 2009, sendo que 15,32% da população brasileira entre 18 e 64 anos são considerados empreendedores, pois, abriram algum tipo de negócio. O ranking dos países empreendedores e a porcentagem da popu- lação considerada empreendedora podem ser observados na figura 3. Conheça os países que mais empreenderam em 2009* DESEJO DE SER DONO 33,6%Uganda 26,8%Guatemala 24%Iêmem 22,7%Jamaica 22,4%Colômbia 20,9%Peru 18,8%China Venezuela 18,7% 17,5% 17,4% 16,7% 15,8% 15,32% 15% Rep. Dominicana Tonga Argélia Equador Brasil Líbano Chile 14,9% *Percentual da população, entre 18 e 64 anos de idade, que abriu algum tipo de negócio Fonte: Global Entrepreneurship Monitor no Brasil Figura 3 – Percentual da população entre 18 e 64 anos que abriu algum tipo de negócio. Conexão: Para saber mais sobre o empreendedorismo no Brasil, acesse:
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