Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fundamentos de Desenho Técnico Aula 04 Escalas, Linhas e Vistas Ortográficas Principais Prof. Ricardo Pereira Gonçalves pereira.rlk@gmail.com Escola de Engenharia – UFF Departamento de Desenho Técnico – TDT Sumário Escalas Linhas Convenções de traçados e linhas Estudos sobre o cruzamento de linhas (NBR 8403); Representações projetivas e convencionais de vistas ortográficas principais – Tipos de vistas ortográficas (NBR 10067) Exercício E3 – Vistas ortográficas principais A representação gráfica de peças ou objetos de desenho técnico pode ocorrer de diferentes formas em uma folha de papel. Dependendo das medidas reais dessas peças ou objetos, porém, é complicado realizar essa representação em tamanho natural. Para resolver esse problema, pode-se representar o mesmo prédio em escala apropriada, de forma que o mesmo caiba em uma folha de papel. Na escolha da escala o objetivo do projeto deve ser levado em consideração, além do tamanho da folha. Por exemplo, um micro computador para ser executado, tem que ser cotado, então a escala do desenho deve ampliar a peça. Um estudo para projeto de edificação, não precisa mostrar detalhes, apenas volumetria, definição do número de aptos, de quantos qtos, enfim, viabilidade do investimento, neste caso a escala pode ser bem reduzida. De acordo com MONTENEGRO (1978), escala “é a relação entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto”. Escalas – NBR 8196 Escalas Numéricas Escalas – Instrumento Escalímetro Instrumento de desenho técnico utilizado para desenhar objetos em escala ou facilitar a leitura das medidas de desenhos representados em escala Instrumento dividido em três faces, cada qual com duas escalas distintas Formatos: planos ou triangulares É possível extrair um grande número de outras escalas a partir dos múltiplos ou submúltiplos de suas 6 (seis) escalas Escalas – Instrumento Escalímetro O escalímetro convencional (engenharia e arquitetura): 1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100; 1:125 Cada unidade marcada nas escalas do escalímetro corresponde a 1 (um) metro A medida obtida corresponde ao tamanho de 1 (um) metro na escala adotada Escalas – Instrumento Escalímetro Linhas – NBR 8403 Introdução Desenho Técnico Básico é composto por “traço e fundo”, i. e., é o produto do desenho de linhas sobre um fundo homogêneo representando arestas e linhas de contorno aparentes Temos a possibilidade de variar a largura, o traço e a cor das linhas como, por exemplo, no caso de reforma de uma edificação Classificação Linhas Largas – arestas ou linhas de contorno aparente reais Linhas Estreitas – representações convencionais tais como: eixos, hachuras, linhas de cota e outros Aspectos Principais Relação entre as linhas largas e estreitas não deve ser inferior a razão 2 As larguras variam de acordo com o tipo de desenho, escala, densidade e distância do leitor ao desenho devendo, pelo estabelecido acima, manter uma razão 2 entre si Dimensões possíveis 0,13 – 0,18 – 0,25 – 0,35 – 0,50 – 0,70 – 1,00 – 1,40 e 2,00mm Para um mesmo desenho devemos manter as mesmas larguras nas diversas vistas. Troca-se a largura na hipótese de trocar a escala do desenho O espaçamento mínimo entre linhas da hachura deve ser de aproximadamente o dobro da linha mais larga Linhas – NBR 8403 Linhas – NBR 8403 Linhas – NBR 8403 Linhas – NBR 8403 Linhas – NBR 8403 Linhas – NBR 8403 Linhas – NBR 8403 Ordem de Prioridade 1. Arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A) 2. Arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha E ou F) 3. Superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas extremidades e na mudança de direção, tipo de linha H) 4. Linhas de centro (traço e ponto estreita, tipo de linha G) 5. Linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos, tipo de linha K) 6. Linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita, tipo de linha B) Linhas – NBR 8403 Definição Linhas de hachuras são utilizadas para representar a superfície cortada resultante da interseção entre o plano secante com a peça Desenho de hachuras Traços inclinados à 45° (30º ou 60º, também permitidos) igualmente espaçadas e em relação às linhas principais do contorno ou eixos de simetria Linhas de Hachura – NBR 12298 Linhas de Hachura – NBR 12298 Representação adequada de hachuras Linhas de Hachura – NBR 12298 As hachuras representam o tipo de material Linhas – Cruzamento e Posição Relativa Descrição Linhas – Cruzamento e Posição Relativa Exemplo Elementos fundamentais dos sistemas de projeção Centro de Projeção Objeto Plano de Projeção Linhas Projetantes (raios visuais) Sistemas Projetivos Raios visuais incidem de forma cônica no plano de projeção Centro de projeção impróprio Linhas projetantes paralelas e ortogonais ao plano de projeção Centro de projeção próprio Projeção Cilíndrica (ou Paralela)Projeção Cônica (ou Central) Linhas projetantes paralelas e oblíquas ao plano de projeções Classificação Sistemas Projetivos Linhas projetantes paralelas e ortogonais ao plano de projeção Centro de projeção em um ponto impróprio Sistemas Projetivos Projeção Cilíndrica Ortogonal – Conceito Projeção Cilíndrica Ortogonal – Classificação Projeções Ortográficas Vistas ortográficas principais e auxiliares Vistas seccionais Projeções cotadas Perspectivas Axonométricas Perspectiva isométrica Perspectiva dimétrica Perspectiva trimétrica Sistemas Projetivos Conceito Representação de um objeto tridimensional em um plano bidimensional através da projeção cilíndrica ortogonal de suas faces posicionadas paralelamente a planos de projeção convenientemente escolhidos Baseia-se no Sistema Mongeano de Projeção Classificação Vistas ortográficas principais Vistas ortográficas auxiliares (primárias e secundárias) Vistas Ortográficas Sistema Mongeano de Projeção Linguagem de representação gráfica padronizada para ser utilizada e compreendida mundialmente, fundamentada em geometria plana e espacial Consiste na definição de um método para projeções de objetos em planos perpendiculares de projeção Vistas Ortográficas Aplicação e utilização em diversas áreas do conhecimento técnico como as engenharias civil, mecânica, naval, de produção, a arquitetura, entre outras) Vistas Ortográficas Princípio fundamental Aplicação das técnicas de projeção do Sistema Mongeano sobre as faces de um objeto e gerar suas respectivas vistas Vistas ortográficas principais Apenas 2 diedros podem ser utilizados para projeção: 1º e 3º diedros NBR 10067: Norma brasileira que fixa as formas de representação aplicada em desenho técnico Vistas Ortográficas Principais Representação no 1º diedro Representação no 1º diedro – Exemplo Vistas Ortográficas Principais Vistas Ortográficas Principais Representação no 1º diedro – Exemplo Vistas Ortográficas Principais Representação no 3º diedro Vistas Ortográficas Principais Representação no 3º diedro – Exemplo Representação no 3º diedro – Exemplo Vista Posterior Vistas Ortográficas Principais 1. Observar o diedro e a escala a utilizar 2. Gerar resolução primária, em desenho esquemático a parte, observando a) Escolha adequada da vista de frente, ou seja, a vista mais representativa b) Definição do número de vistas necessáriaspara a perfeita identificação do objeto projetado, evitando-se nesta seleção: vistas em excesso, repetição de detalhes e linhas de contorno invisível desnecessárias c) Da mesma forma que a vista frontal, a vista lateral escolhida deverá ser a mais representativa das duas opções d) Determinação das dimensões envolventes de cada vista, ou seja, a altura, a largura e a profundidade do objeto a ser projetado e) O espaçamento entre vistas deverá ser convenientemente analisado, dependendo do número de vistas a ser projetado f) Definição da área necessária para o projeto ortográfico 3. Centralizar o desenho no papel Vistas Ortográficas Roteiro para Projeto 4. Construção do desenho com linhas preliminares (intensidade fraca) 5. Apagar as linhas de excesso, ou seja, as linhas desnecessárias 6. Arremate final do projeto, com linhas definitivas, observando a) Intensidade do traço, cruzamento e posição relativa das linhas e tratamentos convencionais b) Arremate das curvas do desenho c) Arremate das retas do desenho 7. Definir no projeto o diedro projetivo adotado, ou na legenda 8. Definir na legenda a escala e unidade adotadas Vistas Ortográficas Roteiro para Projeto largura total al tu ra to ta l Vistas Ortográficas Principais Centralização 1º passo: Definir as dimensões (largura x altura) da projeção Vistas Ortográficas Principais Centralização 2º passo: Fazer um retângulo de envoltória (linha bem fina!) largura total al tu ra to ta l 3º passo: Encontrar os parâmetros d e h, com auxílio do escalímetro Vistas Ortográficas Principais Centralização d h 4º passo: Calcular as distâncias dmédio (= d/2) e hmédio (= h/2) dmédio Vistas Ortográficas Principais Centralização h m éd io Atenção! Dobramento de Cópia – NBR 13142 Vistas Ortográficas Principais Exercício de Treinamento Vistas Ortográficas Principais Exercício de Treinamento – Solução Exercício E03 – Enunciado Projetar as vistas principais necessárias. Adotar 3º diedro e escala 1:100 Bibliografia ANÔNIMO, 1999, NBR 8196: Desenho Técnico – Emprego de Escalas. Rio de Janeiro, ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. _______, 1984, NBR 8403: Aplicação de Linhas em Desenho – Tipos de Linhas – Largura das Linhas. Rio de Janeiro, ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. _______, 1995, NBR 10067: Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico. Rio de Janeiro, ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. _______, 1995, NBR 12298: Representação de Área de Corte por Meio de Hachuras em Desenho Técnico. Rio de Janeiro, ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. GIESECKE, F. E.; MICHEL, A. et al., 2002, Comunicação Gráfica Moderna. 2ª ed., Porto Alegre, Bookman. RANGEL, A. P., 1981, Projeções Cotadas – Desenho Projetivo. 4ª ed., Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos S. A.
Compartilhar