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3ª AULA PRINCÍPIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

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2ª AULA - PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO CAMBIÁRIO Professora: Luciana Castro 
 
São as normas basilares de toda a disciplina (fundamental importância) 
 
1) PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE 
Cartularidade = latim “cartula” = papel pequeno são lançadas as declarações constitutivas do crédito 
 
O crédito somente poderá ser exigida com a declaração do documento sem cartula não há obrigação não há exigibilidade do crédito 
(quantia) (título) com cartula o devedor tem que pagar há exigibilidade do 
 à aquela que a apresenta crédito 
 A POSSE DO TÍTULO É A CONDIÇÃO MÍNIMA PARA O EXERCÍCIO DO DIREITO NELE MENCIONADO 
 
 Transferência do crédito necessária Transferência do documento 
 Características: 
 a obrigação deve ser apresentada por um - mobilidade necessária para circular 
 documento cartular – papel – em que se - deve ser independente 
 especifica a obrigação - não pode estar escrita no meio de um contrato 
 - o credor deve provar que está em posse do título para exigir o direito 
 nele contido 
 - é essencial a presença do documento em aspecto físico para o exercício 
 do direito (sua negocialidade) 
 - o exercício dos direitos expressos no título pressupõe a sua posse 
 (art. 893, CC)1 
 - quem paga o título tem o direito de exigir que o mesmo lhe seja 
 entregue 
 - a execução judicial do título deve ser pautada no original 
 exceção: (valor elevado ou risco de perda) cópia autenticada 
 - não é absoluto 
• Art. 889, §3º, CC – admite a possibilidade de título de crédito eletrônico2 
 Ex: títulos de agronegócios – Lei 11.076/04 
 Duplicata virtual (ou eletrônica) 
 
 Títulos eletrônicos que não tem corporificação Assim, o princípio da cartularidade adquiriu 
 no papel tem que conter: data de emissão, indicação específica novos contornos, valendo para títulos em papel 
 dos direitos que confere e assinatura do emitente (criptografia), títulos eletrônicos 
 manifestação de vontade traduzida por um programa de computador 
 
 
1
 Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. 
2
 Art. 889. § 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos 
mínimos previstos neste artigo. 
2) PRINCÍPIO DA LITERALIDADE 
“Só tem eficácia para o direito cambiário aquilo que está literalmente escrito no título de crédito.” 
 
Seu conteúdo determinados nos teor do define natureza 
Seus limites precisos termos do título documento conteúdo direito assegura a certeza 
 modalidade 
 
 Finalidade da literalidade 
 Pode ser exigida correção monetária e juros a partir do vencimento 
 LUG – art. 48, §2º3 vale o que está escrito no título confiança 
 Lei 7.357/85 – art. 52, II4 não vale o que foi falado, só o escrito 
 
 pessoas – valor – data de vencimento 
� ENDOSSO tem que ser no título 
� AVAL 
� QUITAÇÃO 
 
• NÃO SE PODE EXIGIR MAIS DO QUE O QUE ESTÁ ESCRITO NO TÍTULO 
• AVALISTA EM DOCUMENTO APARTADO NÃO É DEVEDOR DO TÍTULO - não existe contrato de aval 
• DEVEDOR QUE VERBALMENTE ASSUMIU A OBRIGAÇÃO, MAS NÃO A FIRMOU NO TÍTULO , NÃO PODERÁ SER DEMANDADO 
• APENAS O CREDOR CUJO NOME DECORRA NO TEOR LITERAL DO TÍTULO É QUE PODERÁ EXIGIR O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO 
• QUITAÇÃO DADA EM DOCUMENTO APARTADO NÃO PODE SER OPOSTA AO POSSUIDOR DE BOA-FÉ QUE TENHA ADQUIRIDO O TÍTULO POR MEIO DE CIRCULAÇÃO - não 
existe recibo de quitação a parte 
 
 
 
LITERALIDADE INDIRETA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
 Art. 48. O portador pode reclamar daquele contra quem exerce o seu direito de ação: 
2º) os juros à taxa de 6% (seis por cento) desde a data do vencimento; 
 
4
 Art . 52 portador pode exigir do demandado: II - os juros legais desde o dia da apresentação; 
Decorre de uma remissão do título ou do próprio regime jurídico a que ele se sujeita. Sendo assim, encargos não previstos expressamente no 
título, como os juros de mora, são exigíveis uma vez que decorrem da Lei ou, também, quando o título fizer menção a outro documento, 
como um contrato, por exemplo. Neste ultimo caso, o devedor terá ciência de que aquela obrigação também tem seus limites definidos em 
outro documento, não podendo invocar seu desconhecimento. 
3) PRINCÍPIO DA AUTONOMIA todo possuidor exerce o direito como se fosse um direito originário, diferente daquele direito do possuidor anterior 
 
 cada obrigação que deriva do título de crédito é autônoma, não podendo uma das partes invocar em seu favor questões 
 ligadas a obrigações anteriores 
 
OBRIGAÇÕES REPRESENTADAS MESMO TÍTULO DE CRÉDITO 
 
 RELAÇÕES JURÍDICO Autônomas 
 CAMBIAIS entre si 
 Independentes 
 
 
Ex: endosso de cheque com assinatura falsa – art. 7º, LUG5 
 mercadoria com defeito 
 prestação de serviços insatisfatória 
 
 
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA Abstração o título de crédito se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem 
 (2 subprincípios) Inoponibilidade das exceções garantia de pagamento do título. Ex: vício redibitório em produto – 3º executa, o devedor e ele 
 pessoais aos terceiros de boa-fé - Art. 915 CC6 só pode apresentar exceção pessoal ao credor primitivo. 
 
- É uma garantia de negociabilidade do título a pessoa que recebe o mesmo não precisa questionar a origem do crédito. 
 
- Possuidor de má-fé é aquele que recebe o título sabendo que a relação entre coobrigados anteriores está maculada por algum vício jurídico. Art. 916, CC7 
 
• ESSE PRINCÍPIO É UMA GARANTIA AO PAGAMENTO DO TÍTULO. 
• QUALQUER PESSOA QUE ASSINA O TÍTULO, EM REGRA SE TORNA DEVEDORA DESSE TÍTULO. ESSA OBRIGAÇÃO NÃO É AFETADA PELA NULIDADE DA OBRIGAÇÃO DE 
OUTRO DEVEDOR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5
 Art. 7º. Se a letra contém assinaturas de pessoas incapazes de se obrigarem por letras, assinaturas falsas, assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que por qualquer outra razão não 
poderiam obrigar as pessoas que assinaram a letra, ou em nome das quais ela foi assinada, as obrigações dos outros signatários nem por isso deixam de ser válidas. 
6
 Art. 915. O devedor, além das exceções fundadas nas relações pessoais que tiver com o portador, só poderá opor a este as exceções relativas à forma do título e ao seu conteúdo literal, à 
falsidade da própria assinatura, a defeito de capacidade ou de representação no momento da subscrição, e à falta de requisito necessário ao exercício da ação. 
7
 Art. 916. As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé. 
o vício em uma das 
obrigações não 
compromete as demais 
ATENÇÃO: Título de crédito existe para proteger o credor. 
4) PRINCÍPIO DA ABSTRAÇÃO não importa a origem do título, ele existe completamente desvinculado da relação inicial 
 EX: Dívida de jogo 
 
 GARANTIA DA CIRCULAÇÃODO TÍTULO o adquirente não precisa conferir o que ocorreu nesse negócio jurídico. 
 
• Tem relação direta com a relação fundamental 
Títulos abstratos podem ser criados em decorrência de qualquer modalidade de negócio jurídico 
 (relação fundamental). Ex: cheque, nota promissória. 
 
Títulos causais a relação fundamental só pode ser da modalidade expressamente estabelecida em lei. 
 Ex: duplicata – só quando a lei permite. 
 
Obs: Este princípio não se aplica aos chamados títulos causais, nos quais há referência na declaração cartular à relação fundamental, que pode ser oposta inclusive a 
terceiros que não são partes da relação fundamental, em razão da possibilidade de ciência dos vícios atinentes do negócio. 
 
 
 
5) PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA o título vale por si só, não precisando ser completado por outros documentos 
 
• Ligação direta princípio da literalidade (o conteúdo do direito é definido pelo título) 
Ex: num processo de execução, o título de crédito basta, não sendo preciso a apresentação de contratos, notas fiscais, etc. 
 
 
• Serve para facilitar 
circulação do título de crédito 
simplificar 
 
• Diz respeito à ideia de completude do título (título vale por si só) 
 
• Não é essencial aos títulos de crédito em geral – A lei afasta a independência de alguns títulos. 
 Ex: Cédulas de crédito bancário que deve ser acompanhada pelos extratos bancários (Lei nº 10.931/04, art. 28, §2º, II) 
 
 
• Exceções pela vontade das partes – quando inserida no título (literalidade) a referência de existência de outro documento. 
(a dependência pode 
 ser criada) por determinação legal – ex: cédula de crédito rural. 
 
quando decorre da própria essência do título – ex: ações que são vinculadas e completadas pelo estatuto da sociedade.

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