Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA POLITÉCNICA DA USP PECE – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EAD – ENSINO E APRENDIZADO À DISTÂNCIA eST-202 / STR-202 HIGIENE DO TRABALHO – PARTE B ALUNO SÃO PAULO, 2014 EPUSP/PECE DIRETOR DA EPUSP JOSÉ ROBERTO CASTILHO PIQUEIRA COORDENADOR GERAL DO PECE LUCAS ANTÔNIO MOSCATO CCD – COORDENADOR DO CURSO À DISTÂNCIA / LACASEMIN SÉRGIO MÉDICI DE ESTON VICE - COORDENADOR DO CURSO À DISTÂNCIA / LACASEMIN WILSON SHIGUEMASA IRAMINA PP – PROFESSORES PRESENCIAIS IRLON ÂNGELO DA CUNHA JOAQUIM G. PEREIRA JOSÉ POSSEBON MÁRIO LUIZ FANTAZZINI SÉRGIO COLACIOPPO CPD – CONVERSORES PRESENCIAL PARA DISTÂNCIA DANIEL UENO DE CASTRO PRADO GARCIA DANIELLE VALERIE YAMAUTI FLÁVIA DE LIMA FERNANDES RODRIGO BRESSIANINI FILMAGEM E EDIÇÃO FELIPE THADEU BONUCCI KARLA CARVALHO MATEUS DELAI RODRIGUES LIMA IMAD – INSTRUTORES MULTIMÍDIA À DISTÂNCIA DIEGO DIEGUES FRANCISCA FELIPE BAFFI DE CARVALHO MATEUS DELAI RODRIGUES LIMA PEDRO MARGUTTI DE ALMEIDA CIMEAD – CONSULTORIA EM INFORMÁTICA, MULTIMÍDIA E EAD CARLOS CÉSAR TANAKA JORGE MÉDICI DE ESTON SHINTARO FURUMOTO GESTÃO TÉCNICA / LACASEMIN MARIA RENATA MACHADO STELLIN GESTÃO ADMINISTRATIVA NEUSA GRASSI DE FRANCESCO VICENTE TUCCI FILHO “Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, sem a prévia autorização de todos aqueles que possuem os direitos autorais sobre este documento.” SUMÁRIO ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. i SUMÁRIO CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS ................................................. 1 1.1. CONCEITUAÇÃO .................................................................................................. 2 1.2. CLASSIFICAÇÃO E CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................ 2 1.3. TESTES ................................................................................................................. 5 CAPÍTULO 2. AVALIAÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO .............................................................................................................................. 6 2.1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7 2.2. GRANDEZAS, UNIDADES E EMBASAMENTO TEÓRICO INICIAL ...................... 7 2.2.1. SOM ................................................................................................................ 7 2.2.2. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA – DECIBEL .................................................. 8 2.2.3. GRANDEZAS E DEFINIÇÕES ASSOCIADAS AO SOM/ RUÍDO ...................11 2.2.4. "COMBINANDO" VALORES EM DECIBEL ...................................................11 2.2.5. AUDIBILIDADE / SENSAÇÃO SONORA .......................................................13 2.2.6. RESPOSTAS DINÂMICAS .............................................................................14 2.2.7. VALOR EFICAZ (RMS) ..................................................................................14 2.2.8. DETERMINAÇÃO DE NÍVEL DE RUÍDO DE FONTE EM PRESENÇA DE RUÍDO DE FUNDO. .................................................................................................15 2.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO .................................16 2.3.1. ASPECTOS TÉCNICO-LEGAIS .....................................................................16 2.3.2. DOSE DE RUÍDO. ..........................................................................................17 2.3.3. NÍVEL MÉDIO (LAVG) ...................................................................................20 2.3.4. DOSIMETRIA DE RUÍDO ...............................................................................20 2.4. EXERCÍCIOS ........................................................................................................21 2.5. NORMA BRASILEIRA NBR 10151 – CONTEXTO E APLICAÇÃO .......................26 2.5.1. EFEITOS ........................................................................................................26 2.5.2. ASPECTOS LEGAIS ......................................................................................27 2.5.3. PRINCIPAIS ASPECTOS DA NBR 10151(3) ...................................................30 2.5.3.1. Procedimentos de medição ....................................................................30 2.5.3.2 Correções para ruídos com características especiais ..............................31 2.5.3.3. Avaliação do ruído ...................................................................................31 2.5.3.4. Determinação do nível de c’ritério de avaliação – NCA ...........................32 2.5.3.5. Conteúdo necessário para o relatório de ensaio ......................................32 2.6. ATENUAÇÃO DE PROTETORES AURICULARES ..............................................33 2.6.1. O MÉTODO DO RC/NRR ...............................................................................33 2.6.2. O MÉTODO DO RC/NRR - QUAL O DBC A USAR? .....................................34 2.6.3. CORREÇÕES PARA O USO REAL DOS PROTETORES .............................35 2.6.4. USO DO DBA AO INVÉS DO DBC ................................................................35 2.6.5. O NRRSF .......................................................................................................36 2.6.6. CÁLCULO DE ATENUAÇÃO AO RUÍDO .......................................................36 2.6.6.1. Cálculo do tempo real de uso do Protetor Auricular .................................36 2.7. ESCLARECIMENTOS E DÚVIDAS SOBRE O AGENTE RUÍDO ..........................41 2.7.1. PARA COMEÇO DE CONVERSA ..................................................................41 2.7.1.1. O que é som? ..........................................................................................41 2.7.1.2. O que é ruído? ........................................................................................41 2.7.1.3. Qual a origem do dB? ..............................................................................41 2.7.1.4. E o dBA? .................................................................................................42 2.7.1.5. Por que não posso somar níveis em dB? ................................................42 2.7.2. MEDINDO O NÍVEL DE PRESSÃO SONORA ...............................................42 2.7.2.1. Como é possível medir ultrassom? ..........................................................42 2.7.2.2. É válido realizar média aritmética de vários valores em dB? ...................43 2.7.2.3. Quais os cuidados ao medir níveis de ruído muito altos? ........................43 2.7.2.4. Como fazer medições com chuva? ..........................................................43 SUMÁRIO ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. ii 2.7.3. CALIBRAÇÃO E AFERIÇÃO ..........................................................................43 2.7.3.1. Com que frequência devo calibrar meu medidor de ruído? ......................43 2.7.3.2. Como verificar se o calibrador está ok? ...................................................44 2.7.3.3. Posso intercambiar calibradores de ruído entre diferentes aparelhos? ....44 2.7.3.4. Por que os calibradores têm frequência de 1.000Hz? .............................44 2.7.3.5. Por que os calibradores têm diferentes níveis de calibração? .................44 2.7.4. FAZENDOA DOSIMETRIA ............................................................................45 2.7.4.1. Devo tirar o dosímetro do trabalhador na hora do almoço? .....................45 2.7.4.2. Como ajustar um dosímetro recém adquirido? ........................................45 2.7.5. ATENUAÇÃO DE PROTETORES ..................................................................45 2.7.5.1. Posso usar um microfone miniatura dentro do protetor auricular para medir a atenuação real do ruído? .........................................................................45 2.7.5.2. Posso usar uma cabine audiométrica e calcular a atenuação de um protetor de inserção, fazendo o teste com e sem o EPI? .....................................46 2.7.6. DÚVIDAS INICIAIS ........................................................................................46 2.7.6.1. Qual a diferença entre Lavg e Leq? .........................................................46 2.7.6.2. Posso usar sem medo o nível de ruído extrapolado para 8 horas fornecido pelo dosímetro? ...................................................................................................46 2.7.6.3. Afinal, qual é melhor, q=3 ou q=5? ..........................................................47 2.7.6.4. Posso transformar uma leitura em dBC para dBA? .................................47 2.7.7. ALGUMAS CURIOSIDADES ..........................................................................47 2.7.7.1. Por que os sons e ruídos de baixa frequência se ouvem em toda a parte? .............................................................................................................................47 2.7.7.2. Quanto eu ganho em redução do ruído me afastando da fonte? .............48 2.7.7.3. Como seria uma boa parede para isolar ruído? .......................................48 2.8. TESTES ................................................................................................................49 2.9. EXERCÍCIOS ........................................................................................................51 CAPÍTULO 3. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ÀS VIBRAÇÕES MECÂNICAS ...............52 3.1. PRÉ-REQUISITOS ...............................................................................................53 3.2. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ÀS VIBRAÇÕES – OCORRÊNCIAS .....................53 3.3. CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES TRANSMITIDAS ........................................53 3.4. CRITÉRIO LEGAL ................................................................................................53 3.5. MODELO MECÂNICO SIMPLIFICADO DO CORPO HUMANO (RESSONÂNCIAS) ....................................................................................................................................54 3.6. SELEÇÃO DE PARÂMETROS .............................................................................55 3.7. VIBRAÇÕES LOCALIZADAS – EFEITOS DA EXPOSIÇÃO .................................56 3.8. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO À VIBRAÇÃO TRANSMITIDA ÀS MÃOS .............56 3.9. ISO 5349: 1986 - PRINCIPAIS ASPECTOS ..........................................................57 3.9.1. MÉTODO DE MEDIÇÃO: ...............................................................................57 3.9.2. CARACTERIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO À VIBRAÇÃO: ...................................58 3.10. MONTAGEM DO SISTEMA DE MEDIÇÃO, TIPOS E CARACTERÍSTICAS DE ACELERÔMETROS. ...................................................................................................67 3.11. UTILIZAÇÃO DE ADAPTADORES .....................................................................68 3.11.1. RESTRIÇÕES E CUIDADOS .......................................................................68 3.11.2. MEDIÇÃO TRIAXIAL (ISO 5349-2:2001).....................................................71 3.11.2.1. CASO 1 – Vibração nos eixos são semelhantes ....................................71 3.11.2.2. CASO 2 – Vibração predominante em determinado eixo, quando os eixos não dominantes possuírem cada um, valor inferior a 30% em relação ao eixo dominante .....................................................................................................71 3.12. VIBRAÇÕES DE CORPO INTEIRO ....................................................................74 3.12.1. ISO 2631/1:1985 - ASPECTOS GERAIS .....................................................74 3.12.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS LIMITES DA ACGIH ..................................80 3.12.3. EXEMPLOS, APLICAÇÃO DOS LIMITES, DISCUSSÃO .............................82 SUMÁRIO ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. iii 3.13. NORMA INTERNACIONAL ISO 2631-1: 1997 ...................................................83 3.13.1. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ISO 2631-1: 1997 ..........................................84 3.13.2. PONDERAÇÃO EM FREQUÊNCIA E AVALIAÇÃO DA VIBRAÇÃO RELATIVOS À SAÚDE ............................................................................................86 3.13.3. ISO 2631-1:1997 - GUIA PARA OS EFEITOS DA VIBRAÇÃO À SAÚDE (CARÁTER INFORMATIVO). ...................................................................................86 3.14. VIBRAÇÕES - PROGRAMA DE CONTROLE DE RISCOS (PCRV) ...................90 3.14.1. PCRV DENTRO DA ESTRUTURA DO PPRA ..............................................90 3.14.2. ANTECIPAÇÃO............................................................................................91 3.14.3. RECONHECIMENTO ...................................................................................91 3.15. TESTES ..............................................................................................................92 3.16. EXERCÍCIOS ......................................................................................................94 CAPÍTULO 4. ILUMINAÇÃO ......................................................................................... 105 4.1. A CIÊNCIA DA ILUMINAÇÃO ............................................................................. 106 4.1.1. A NATUREZA FÍSICA DA LUZ ..................................................................... 106 4.1.2. GERAÇÃO, PROPAGAÇÃO E PERCEPÇÃO DA LUZ ................................ 108 4.1.3. INCANDESCÊNCIA E LUMINESCÊNCIA .................................................... 108 4.1.4. REFLEXÃO, TRANSMISSÃO E ABSORÇÃO .............................................. 110 4.1.5. REFLEXÃO LUMINOSA ............................................................................... 110 4.1.6. TRANSMISSÃO LUMINOSA ........................................................................ 110 4.1.6.1. Transparência e Translucidez................................................................ 110 4.1.6.2. Difusão .................................................................................................. 111 4.1.6.3. Transmissão Seletiva ............................................................................ 113 4.1.6.4. Espalhamento Retroativo ...................................................................... 113 4.1.6.5. Transmitância e Transmissividade ........................................................ 113 4.1.7. REFRAÇÃO ................................................................................................. 114 4.1.8. ABSORÇÃO ................................................................................................. 118 4.1.9. CURVA ESPECTRAL DE EFICIÊNCIA LUMINOSA .................................... 118 4.1.9.1. Cores ..................................................................................................... 119 4.1.9.2. Brilho ..................................................................................................... 119 4.1.10. GRANDEZASE UNIDADES FOTOMÉTRICAS ......................................... 122 4.1.11. FLUXO RADIANTE .................................................................................... 124 4.1.12. FLUXO LUMINOSO ................................................................................... 124 4.1.13. EFICÁCIA LUMINOSA ............................................................................... 124 4.1.14. EFICIÊNCIA GLOBAL DE UMA LÂMPADA ............................................... 125 4.1.15. INTENSIDADE LUMINOSA DE FONTE PONTUAL ................................... 126 4.1.15.1. Ângulo sólido ....................................................................................... 126 4.1.15.2. Intensidade luminosa ........................................................................... 126 4.1.16. ILUMINÂNCIA DE UMA SUPERFÍCIE ....................................................... 128 4.1.16.1. Iluminância média ................................................................................ 128 4.1.16.2. Iluminância num ponto ......................................................................... 129 4.1.16.3. Medição da iluminância ....................................................................... 131 4.1.17. LUMINÂNCIA E PERCEPÇÃO DE BRILHO ............................................... 131 4.1.17.1. Variação apenas da intensidade luminosa ........................................... 133 4.1.17.2. Variação apenas da área ..................................................................... 133 4.1.17.3. Variação apenas da distância de observação ...................................... 133 4.1.17.4. Variação apenas da direção de observação ........................................ 133 4.1.18. REFLETÂNCIA........................................................................................... 134 4.1.19. MÉTODO PONTO A PONTO PARA CÁLCULO DA ILUMINÂNCIA ........... 135 4.1.20. SÍNTESE DAS GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS ........................................ 137 4.2. A NATUREZA DO PROBLEMA .......................................................................... 138 4.2.1. GERENCIAMENTO MODERNO, ILUMINAÇÃO, SEGURANÇA E PRODUTIVIDADE .................................................................................................. 138 SUMÁRIO ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. iv 4.2.2. ILUMINAÇÃO E PRODUTIVIDADE ............................................................. 139 4.2.2.1. Pesquisas de laboratório ....................................................................... 139 4.2.2.2. Pesquisas em minas subterrâneas ........................................................ 139 4.2.3. ILUMINAÇÃO E ACIDENTES ...................................................................... 139 4.2.3.1. Dados gerais da indústria ...................................................................... 139 4.2.3.2. Dados da mineração ............................................................................. 139 4.2.4. ILUMINAÇÃO E SAÚDE OCUPACIONAL .................................................... 140 4.2.4.1. Consequências de uma Iluminação Inadequada ................................... 141 4.2.4.2. Riscos Associados ................................................................................ 141 4.3. EXEMPLOS OCUPACIONAIS ............................................................................ 142 4.4. NORMAS TÉCNICAS E LIMITES DE TOLERÂNCIA .......................................... 145 4.4.1. TERMOS TÉCNICOS DE ILUMINAÇÃO ...................................................... 145 4.4.2. ILUMINAÇÃO DE AMBIENTES DE TRABALHO INTERNOS ...................... 146 4.4.2.1. Iluminância na área de tarefa e no entorno imediato ............................. 148 4.4.2.2. Controle de ofuscamento ....................................................................... 150 4.4.2.3. Reprodução de cor mínima ................................................................... 152 4.4.2.4. Avaliação em Áreas Externas ................................................................ 153 4.4.2.5. Limites de tolerância .............................................................................. 153 4.6. AÇÕES CORRETIVAS ....................................................................................... 156 4.7. CASOS REAIS .................................................................................................... 157 4.8. TÓPICOS AVANÇADOS – PROJETO DE ILUMINAÇÃO EM SUBSOLO ........... 158 4.8.1. OBJETIVOS DE UM PROJETO MINEIRO DE ILUMINAÇÃO ...................... 158 4.8.1.1. Aumento da visibilidade dos riscos ........................................................ 159 4.8.1.2. Aumento da resposta visual ao campo periférico................................... 159 4.8.1.3. Mobilidade ............................................................................................. 160 4.8.1.4. Refletância e contraste .......................................................................... 160 4.8.1.5. Riscos elétricos ..................................................................................... 160 4.8.1.6. Ofuscamento ......................................................................................... 160 4.8.2. PROJETO PELO MÉTODO PONTO A PONTO ........................................... 161 4.9. TESTES .............................................................................................................. 163 CAPÍTULO 5. PRESSÕES ............................................................................................ 166 5.1. PRESSÕES ANORMAIS .................................................................................... 167 5.2. EFEITOS DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA NO ORGANISMO ............................. 167 5.2.1. BAROTRAUMA ............................................................................................ 168 5.2.2. EMBOLIA TRAUMÁTICA PELO AR ............................................................. 168 5.2.3. EMBRIAGUÊS DAS PROFUNDIDADES ..................................................... 168 5.3. MEDIDAS DE CONTROLE ................................................................................. 169 5.3.1. COMPRESSÃO ........................................................................................... 169 5.3.2. DESCOMPRESSÃO .................................................................................... 171 5.3.3. CÂMARA DE COMPRESSÃO. ..................................................................... 171 5.4 RESUMO DAS MEDIDAS DE CONTROLE PARA TRABALHO SOB AR COMPRIMIDO EM TUBULÕES PNEUMÁTICOS E TÚNEIS PRESSURIZADOS 176 5.4.1. RELATIVAS AO AMBIENTE ...................................................................... 176 5.4.2. RELATIVAS AO PESSOAL: ....................................................................... 176 5.5 CORRELAÇÃO ENTRE A ALTITUDE, A PRESSÃO ATMOSFÉRICA E A PRESSÃO PARCIAL DO OXIGÊNIO ......................................................................... 176 5.6 EFEITOS DA ALTITUDE NO ORGANISMO: ....................................................... 177 5.6.1. A CURTO PRAZO: ....................................................................................... 177 5.6.2. A MÉDIO PRAZO ......................................................................................... 177 5.6.3. A LONGO PRAZO ........................................................................................ 177 5.8 MEDICINA HIPERBÁRICA E OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA (O2HB) ........ 179 5.9 TESTES ............................................................................................................... 182 CAPÍTULO 6. RADIAÇÕES IONIZANTES ....................................................................184 SUMÁRIO ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. v 6.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 185 6.1.1. O ÁTOMO .................................................................................................... 185 6.1.2. IONIZAÇÃO E EXCITAÇÃO ......................................................................... 186 6.1.3. RADIAÇÃO IONIZANTE ............................................................................... 186 6.1.4. A RADIOATIVIDADE .................................................................................... 187 6.1.5. FONTES DE RADIAÇÃO IONIZANTE ......................................................... 188 6.2. CLASSIFICAÇÃO DAS RADIAÇÕES IONIZANTES ........................................... 189 6.2.1. RADIAÇÕES DIRETAMENTE IONIZANTES ................................................ 189 6.2.1.1. Partículas Alfa ....................................................................................... 189 6.2.1.2. Partículas Beta ...................................................................................... 191 6.2.2. RADIAÇÕES INDIRETAMENTE IONIZANTES ............................................ 192 6.2.2.1. Raios Gama .......................................................................................... 192 6.2.2.2. Raios X .................................................................................................. 196 6.3. GRANDEZAS E UNIDADES ............................................................................... 197 6.3.1. ATIVIDADE .................................................................................................. 197 6.3.2. MEIA-VIDA FÍSICA ...................................................................................... 198 6.3.3. DOSE DE EXPOSIÇÃO ............................................................................... 199 6.3.4. DOSE ABSORVIDA ..................................................................................... 199 6.3.5. DOSE EQUIVALENTE OU DOSE DE EFEITO ............................................ 200 6.4. DETECTORES DE RADIAÇÃO IONIZANTE ...................................................... 201 6.4.1. CÂMARA DE IONIZAÇÃO ........................................................................... 201 6.4.2. DETECTOR GEIGER MÜLLER ................................................................... 201 6.4.3. DETECTOR DE CINTILAÇÃO ..................................................................... 201 6.4.4. CANETA DOSIMÉTRICA ............................................................................. 202 6.4.5. FILME DOSIMÉTRICO................................................................................. 202 6.4.6. DOSÍMETRO TERMOLUMINESCENTE ...................................................... 202 6.5. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO IONIZANTE ........................................ 203 6.5.1. AÇÃO DIRETA E INDIRETA DA RADIAÇÃO ............................................... 204 6.5.2. RADIOSSENSIBILIDADE ............................................................................. 204 6.5.3. SÍNDROME AGUDA DAS RADIAÇÕES ...................................................... 205 6.5.4. OUTROS EFEITOS AGUDOS ..................................................................... 206 6.5.5. EFEITOS TARDIOS ..................................................................................... 206 6.5.6. ACIDENTES COM FONTES RADIOATIVAS ............................................... 207 6.6. LIMITES PARA EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO IONIZANTE ................................... 209 6.6.1. DIRETRIZES BÁSICAS DE RADIOPROTEÇÃO – CNEN NE 3.01 .............. 209 6.7. CONTROLE DA EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO IONIZANTE .................................. 211 6.7.1. RADIAÇÃO EXTERNA ................................................................................. 211 6.7.1.1. Tempo: .................................................................................................. 211 6.7.1.2. Distância: .............................................................................................. 211 6.7.1.3. Blindagem: ............................................................................................ 217 6.7.2. RADIAÇÃO INTERNA .................................................................................. 220 6.8. CONTAMINAÇÃO RADIOATIVA ........................................................................ 221 6.9. DESCONTAMINAÇÃO........................................................................................ 223 6.10. TESTES ............................................................................................................ 225 6.11. EXERCÍCIOS .................................................................................................... 227 CAPÍTULO 7. RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES ........................................................... 229 7.1. A CIÊNCIA DA RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE .................................................... 230 7.1.1. RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA ....................................................................... 230 7.1.2. RADIAÇÃO VISÍVEL .................................................................................... 231 7.1.3. LASER ......................................................................................................... 231 7.1.4. RADIAÇÃO INFRAVERMELHA ................................................................... 231 7.1.5. MICROONDAS ............................................................................................ 232 7.1.6. ONDAS DE RÁDIO ...................................................................................... 232 SUMÁRIO ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. vi 7.1.7. ONDAS DE FREQUÊNCIA EXTRA BAIXA (ELF) ........................................ 232 7.1.8 RADIAÇÃO SOLAR ...................................................................................... 233 7.2. A NATUREZA DO PROBLEMA .......................................................................... 235 7.2.1. RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA ....................................................................... 235 7.2.2. RADIAÇÃO VISÍVEL .................................................................................... 235 7.2.3. LASER ......................................................................................................... 236 7.2.4. TERMINAIS DE VÍDEO ................................................................................ 237 7.2.5. RADIAÇÃO INFRAVERMELHA ................................................................... 237 7.2.6. MICROONDAS ............................................................................................ 237 7.2.7. ONDAS DE RADIO ...................................................................................... 238 7.2.8. RADIAÇÃO DE FREQUÊNCIA EXTRA BAIXA (ELF) .................................. 238 7.3. EXEMPLOS REAIS ............................................................................................. 239 7.3.1. O PROBLEMA DOS CAMPOS MAGNÉTICOS ............................................ 239 7.3.2. CAMPOS MAGNÉTICOS E LEUCEMIA ...................................................... 239 7.4. LIMITES ADMISSÍVEIS ...................................................................................... 241 7.4.1. RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA ....................................................................... 241 7.4.2. RADIAÇÃO VISÍVEL .................................................................................... 241 7.4.3. RADIAÇÃO INFRAVERMELHA................................................................... 241 7.4.4. MICROONDAS E ONDAS DE RÁDIO .......................................................... 241 7.4.5. RADIAÇÃO DE FREQUÊNCIA MUITO BAIXA (ELF) ................................... 242 7.5. METODOLOGIA DE MEDIÇÃO .......................................................................... 242 7.5.1. RADIÔMETROS........................................................................................... 242 7.5.2. FOTÔMETROS ............................................................................................ 242 7.5.3. MÉTODOS MISTOS .................................................................................... 243 7.6. AÇÕES CORRETIVAS ....................................................................................... 243 7.6.1. RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA ....................................................................... 243 7.6.2. RADIAÇÃO VISÍVEL .................................................................................... 244 7.6.2.1. Terminais de Vídeo ............................................................................... 244 7.6.2.2. Lasers ................................................................................................... 244 7.6.3. RADIAÇÃO INFRAVERMELHA ................................................................... 245 7.6.4. MICROONDAS ............................................................................................ 245 7.6.5. RADIOFREQUÊNCIAS ................................................................................ 245 7.6.6. FREQUÊNCIAS EXTREMAMENTE BAIXAS ............................................... 245 7.7. CASOS REAIS .................................................................................................... 245 7.7.1. LÂMPADAS DE VAPOR DANIFICADAS ...................................................... 245 7.8. TESTES .............................................................................................................. 247 CAPÌTULO 8. AVALIAÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO AO CALOR................... 249 8.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 250 8.2. MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ........................................................... 250 8.3. REAÇÕES DO ORGANISMO AO CALOR .......................................................... 251 8.4. CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE ENFERMIDADES - OMS/75 ............... 253 8.4.1. GOLPE DE CALOR (HIPERTERMIA OU CHOQUE TÉRMICO) .................. 253 8.4.2. SÍNCOPE PELO CALOR (EXAUSTÃO PELO CALOR) ............................... 254 8.4.3. PROSTRAÇÃO TÉRMICA POR DESIDRATAÇÃO ...................................... 254 8.4.4. PROSTRAÇÃO TÉRMICA PELO DECRÉSCIMO DO TEOR SALINO ......... 255 8.4.5. CÃIBRAS DE CALOR .................................................................................. 255 8.4.6. ENFERMIDADES DAS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS................................ 255 8.4.7. EDEMA PELO CALOR ................................................................................. 255 8.4.8. OUTROS EFEITOS À SAÚDE ..................................................................... 255 8.5. ACLIMATIZAÇÃO ............................................................................................... 256 8.6. CONFORTO TÉRMICO ...................................................................................... 257 8.6.1 VELOCIDADE DO AR ................................................................................... 257 8.6.2. UMIDADE RELATIVA DO AR ...................................................................... 258 SUMÁRIO ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. vii 8.7. ÍNDICES DE AVALIAÇÃO TÉRMICA .................................................................. 259 8.7.1. TEMPERATURA EFETIVA (TE) ................................................................... 260 8.7.2 ÍNDICE DE SOBRECARGA TÉRMICA (IST) DE BELDING E HATCH .......... 262 8.7.3. ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO - TERMÔMETRO DE GLOBO (IBUTG) ........... 265 8.8. NORMA REGULAMENTADORA Nº.15 - ANEXO Nº. 3 ...................................... 266 8.9. REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE COM DESCANSO EM OUTRO LOCAL. ...................................................................................................................... 266 8.10. TEMPERATURA DE GLOBO ÚMIDO (TGU) .................................................... 269 8.11. LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA O TRABALHO EM AMBIENTES QUENTES .................................................................................................................................. 270 8.12. A EXPOSIÇÃO AOS AMBIENTES FRIOS ........................................................ 270 8.13. MEDIDAS DE CONTROLE (SOBRECARGA TÉRMICA) .................................. 275 8.13.1. MEDIDAS RELATIVAS AO AMBIENTE ..................................................... 275 8.13.2. MEDIDAS RELATIVAS AO TRABALHADOR ............................................. 275 8.14. TESTES ............................................................................................................ 280 8.15. EXERCÍCIOS .................................................................................................... 283 CAPÍTULO 9. FRIO ....................................................................................................... 292 9.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 293 9.1.1. TEMPERATURA DO NÚCLEO DO CORPO ................................................ 293 9.1.2. TAXA DE RESFRIAMENTO PELO VENTO ................................................. 293 9.2. FISIOPATOLOGIA DO FRIO .............................................................................. 294 9.3. EFEITOS BIOLÓGICOS DA EXPOSIÇÃO AO FRIO .......................................... 296 9.3.1. LESÕES NÃO-CONGELANTES .................................................................. 296 9.3.1.1. Hipotermia ............................................................................................. 296 9.3.1.2. Geladura ou Queimadura do Frio .......................................................... 297 9.3.1.3. Síndrome de Imersão (“Pés de Imersão” ou “Pés de Trincheira”) .......... 297 9.3.2. LESÕES CONGELANTES ........................................................................... 298 9.3.2.1. Congelamento (“Frostbite”) .................................................................... 298 9.4. AVALIAÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO AO FRIO..................................... 298 9.5. TESTES .............................................................................................................. 302 9.6. EXERCÍCIOS ...................................................................................................... 304 CAPÍTULO 10. INTRODUÇÃO À HIGIENE E TOXICOLOGIA OCUPACIONAL .......... 306 10.1. PRINCÍPIOS GERAIS ....................................................................................... 307 10.2. O RELACIONAMENTO HIGIENE - TOXICOLOGIA - MEDICINA ..................... 309 10.3. O HIGIENISTA OCUPACIONAL ....................................................................... 310 10.4. A HIGIENE E TOXICOLOGIA OCUPACIONAL E A SAÚDE PÚBLICA ............. 312 10.5. A ATUAÇÃO DO HIGIENISTA OCUPACIONAL ............................................... 313 10.5.1. ANTECIPAÇÃO OU PREVISÃO DE RISCOS ............................................ 313 10.5.2. RECONHECIMENTO DE RISCOS ............................................................. 313 10.5.3. AVALIAÇÃO DE RISCOS ..........................................................................314 10.5.4. CONTROLE DE RISCOS ........................................................................... 314 10.6. TESTES ............................................................................................................ 316 CAPÍTULO 11. LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A AGENTES QUÍMICOS 318 11.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 319 11.2. AS DENOMINAÇÕES ....................................................................................... 320 11.2.1. LIMITES DE TOLERÂNCIA ........................................................................ 320 11.2.2. NÍVEIS ACEITÁVEIS DE EXPOSIÇÃO ...................................................... 321 11.2.3. LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ............................................... 321 11.2.4. NÍVEIS DE EXPOSIÇÃO PERMITIDOS ..................................................... 321 11.2.5. CONCENTRAÇÕES MÁXIMAS ACEITÁVEIS ........................................... 321 11.2.6. NÍVEIS DE EXPOSIÇÃO RECOMENDADOS ............................................ 321 SUMÁRIO ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. viii 11.2.7. GUIA DE NÍVEIS DE EXPOSIÇÃO AMBIENTAL EM LOCAIS DE TRABALHO ............................................................................................................ 321 11.2.8. VALORES LIMITES LIMIARES .................................................................. 321 11.2.9. VALOR DE REFERÊNCIA TECNOLÓGICO .............................................. 322 11.3. CRITÉRIOS PARA ESTABELECER PADRÕES ............................................... 324 11.3.1. PROIBITIVO ............................................................................................... 324 11.3.2. PERMISSOR .............................................................................................. 324 11.3.3. RESTRITIVO .............................................................................................. 324 11.3.4. ESPECULATIVO ........................................................................................ 324 11.3.5. PROGNOSTICADOR ................................................................................. 325 11.4. INTERAÇÕES ENTRE SUBSTÂNCIAS. ........................................................... 325 11.4.1. INTERAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, ADITIVA E AMBIENTAL ......................... 326 11.4.2. INTERAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, SINERGÉTICA E AMBIENTAL ............... 326 11.4.3. INTERAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, ANTAGÔNICA E AMBIENTAL ................ 327 11.4.4. INTERAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, ADITIVA NO ORGANISMO .................... 327 11.4.5. INTERAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, SINERGÉTICA NO ORGANISMO .......... 327 11.4.6. INTERAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, ANTAGÔNICA NO ORGANISMO ........... 327 11.4.7. INTERAÇÃO BIOLÓGICA E ADITIVA ........................................................ 327 11.4.8. INTERAÇÃO BIOLÓGICA, SINERGÉTICA OU ANTAGÔNICA ................. 328 11.5. RELAÇÕES DOSE-EFEITO E DOSE-RESPOSTA ........................................... 328 11.5.1. DIMENSÕES DA DOSE ............................................................................. 328 11.5.2. DIMENSÕES DO EFEITO .......................................................................... 329 11.5.3. RELAÇÃO DOSE-EFEITO ......................................................................... 330 11.5.4. RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA ................................................................... 331 11.6. CONCENTRAÇÃO MÉDIA E CONCENTRAÇÃO MÁXIMA (TETO).................. 333 11.7. LIMITES DE EXPOSIÇÃO SEGUNDO A ACGIH .............................................. 335 11.7.1. LIMITE DE EXPOSIÇÃO DE CURTO PERÍODO ....................................... 337 11.8. OUTROS ÍNDICES ........................................................................................... 339 11.8.1. LIMIAR OLFATIVO ..................................................................................... 339 11.8.2. IDLH ........................................................................................................... 340 11.8.3. NÍVEL DE AÇÃO ........................................................................................ 341 11.8.4. RISCO RELATIVO ..................................................................................... 342 11.8.5. LIMITES PARA EXPOSIÇÃO SIMULTÂNEA A SUBSTÂNCIAS COM MESMO EFEITO. ................................................................................................... 343 11.9. LIMITES SEGUNDO A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ......................................... 344 11.9.1. O ANEXO 11 DA NR-15 ............................................................................. 345 11.9.2. O ANEXO 12 DA NR-15 ............................................................................. 348 11.9.3. O ANEXO 13 DA NR-15 ............................................................................. 348 11.10. LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL PARA MULHERES .................... 349 11.11. LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL E HÁBITO DE FUMAR ............... 351 11.12. A DETERMINAÇÃO DE UM LIMITE E ADAPTAÇÃO PARA SITUAÇÕES NÃO USUAIS. .................................................................................................................... 352 11.13. A EXTRAPOLAÇÃO DE VALORES PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA ..... 353 11.14. TESTES .......................................................................................................... 355 CAPÍTULO 12. RECONHECIMENTO DOS FATORES INTERVENIENTES NA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ...................................................................................... 358 12.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 359 12.2. OBJETIVOS DE UMA AVALIAÇÃO. ................................................................. 360 12.3. ALGUNS CONCEITOS ..................................................................................... 361 12.3.1. AMOSTRAGEM ......................................................................................... 361 12.3.2. COLETA DE AMOSTRAS .......................................................................... 361 12.3.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL......................................... 361 12.3.4. MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL ................................................................ 362 SUMÁRIO ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. ix 12.3.5. MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICA ................................................................. 362 12.4. IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE E RECONHECIMENTO DO RISCO. ............... 362 12.5. CONHECIMENTO DOS LOCAIS DE TRABALHO E ATIVIDADES A SEREM AVALIADAS. .............................................................................................................. 363 12.5.1. ÁREA ......................................................................................................... 363 12.5.2. NÚMERO DE EXPOSTOS ......................................................................... 363 12.5.2.1. Funções, tarefas ou atividades ............................................................ 363 12.5.2.2. Turnos, turmas e horários de trabalho ................................................. 363 12.5.2.3. Movimentação de materiais e de pessoal ............................................ 364 12.5.3. FREQUÊNCIA E DURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO .......................................... 364 12.5.4. RITMO DE TRABALHO E PRODUÇÃO ..................................................... 364 12.5.5. VENTILAÇÃO E CONDIÇÕES CLIMÁTICAS .............................................364 12.5.6. FATORES INTERVENIENTES NA COLETA DE AMOSTRAS ................... 365 12.6. TESTES ............................................................................................................ 366 CAPÍTULO 13. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ................................. 368 13.1. DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE AMOSTRAGEM....................................... 369 13.1.1. MÉTODO EMPREGADO. .......................................................................... 369 13.1.2. EQUIPAMENTOS PARA COLETA. ............................................................ 369 13.1.3. PESSOAL NECESSÁRIO PARA REALIZAR E ACOMPANHAR AS COLETAS DE AMOSTRAS ................................................................................... 370 13.1.4. AMOSTRAS PESSOAIS E EM PONTOS FIXOS. ...................................... 370 13.1.5. AVALIAÇÕES DE FUNCIONÁRIOS E DE FUNÇÕES ............................... 371 13.1.6. GRUPOS HOMOGÊNEOS DE RISCO (GHR) ........................................... 371 13.1.7. NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS A SEREM AMOSTRADOS EM CADA GHR ............................................................................................................................... 371 13.1.8. NÚMERO DE AMOSTRAS A SEREM COLETADAS EM CADA FUNCIONÁRIO E TEMPO DE COLETA DE CADA AMOSTRA ............................. 372 13.1.9. DIAS E HORÁRIOS DAS COLETAS DE AMOSTRAS ............................... 375 13.1.10. CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE DE AMOSTRAS .............................. 375 13.2. COLETA DE AMOSTRAS ................................................................................. 375 13.2.1. COLETA DE UM VOLUME DA ATMOSFERA ............................................ 376 13.2.2. COLETA COM ANÁLISE INSTANTÂNEA .................................................. 377 13.2.2.1. Papéis reativos .................................................................................... 377 13.2.2.2. Tubos indicadores ............................................................................... 377 13.2.2.3. Instrumentos de leitura direta .............................................................. 377 13.2.3. COLETA DO CONTAMINANTE ................................................................. 377 13.3. ANÁLISE DO MATERIAL COLETADO ............................................................. 378 13.4. CÁLCULOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA ESTIMATIVA DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ................................................................................... 378 13.4.1. MÉDIA PONDERADA PELO TEMPO (MPT) .............................................. 379 CONCENTRAÇÃO .................................................................................................... 380 13.4.2. ESTIMATIVA DE MÉDIAS PARA UM GHR ................................................ 380 13.4.3. COMPARAÇÃO COM OS LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ..... 382 13.4.3.1. Cálculo dos Índices de Exposição ....................................................... 382 13.4.3.2. Comparação dos valores e médias obtidas em uma avaliação ............ 383 13.4.4. ESTIMATIVA DA PROBABILIDADE DE ULTRAPASSAR O LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ............................................................................... 383 13.4.4.1. Estimativa segundo o NIOSH .............................................................. 384 METAL ....................................................................................................................... 385 13.4.4.2. Estimativa segundo o INRS. ................................................................ 386 13.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 388 13.6. TESTES ............................................................................................................ 389 ANEXO A ...................................................................................................................... 392 SUMÁRIO ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. x PRINCIPAIS ASPECTOS DA NBR 10152:1987 – NÍVEIS DE RUÍDO PARA CONFORTO ACÚSTICO ........................................................................................... 392 ANEXO B ...................................................................................................................... 396 NORMA I.S.O 5349 (1986) ...................................................................................... 396 ANEXO C ...................................................................................................................... 400 PRESSÕES ANORMAIS - PORTARIA Nº 5 DE 09-02-83 ........................................ 400 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 401 Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 1 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS Prof. MÁRIO LUIZ FANTAZZINI OBJETIVOS DO ESTUDO Conceituar e apresentar a classificação dos agentes físicos e do espectro eletromagnético. Ao final deste módulo o aluno deverá estar apto a: Identificar, na classificação geral dos agentes físicos, o domínio de cada agente físico na faixa espectral de sua família; Reconhecer fontes potenciais dos agentes físicos do capítulo; Aplicar os limites de exposição correspondentes; Aplicar a legislação ocupacional pertinente; Enunciar as principais características de cada agente; e Enunciar as medidas gerais de controle relativas a cada agente. Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 2 1.1. CONCEITUAÇÃO Em última análise, todos os agentes físicos representam formas de energia, dispersas no ambiente por sua geração inerente associada a sistemas ou equipamentos, ou ainda por desvios ou vazamentos dos mesmos (controláveis ou não), que venham a interagir com o homem em seu trabalho. O organismo está exposto a ondas de natureza mecânica (ruído, ultrassom e infrassom), forças ou esforços (vibrações mecânicas), interações elétricas, magnéticas e eletromagnéticas (ionizantes e não ionizantes), partículas subatômicas (ionizantes), interações térmicas diretas (calor e frio), variações de pressão. A ACGIH estende a consideração de agentes físicos aos esforços repetitivos e levantamento de pesos. Já no campo da ergonomia, esta grande família não tem fim, pois pesquisadores continuam evidenciando partículas formadoras de partículas subatômicas (embora provavelmente sem risco de exposição ocupacional). 1.2. CLASSIFICAÇÃO E CONSIDERAÇÕES INICIAIS A classificação tradicional dos agentes físicos é: Ruído (ondas de pressão, mecânicas); Interações Térmicas; Calor; Frio; Vibrações; Pressões Anormais; Radiações Eletromagnéticas; Ionizantes; Radiação ou partículas alfa, beta; Radiação gama; Raios X; Nêutrons; Não Ionizantes; Radiofrequência e Microondas; Radiação Infravermelha; Radiação Visível (LUZ); Radiação Ultravioleta; LASER e MASER; Devemos agregar ainda, complementando as famílias: Infrassom, Ultrassom (ondas de pressão, mecânicas); Campos magnéticos estáticos; Campos elétricos estáticos; Uma classificação sucinta do espectro eletromagnético é dada na figura 1.1., como aparece no livreto de limitesde exposição da ACGIH (v. referências). Todos os agentes serão detalhados nos assuntos subsequentes, mas uma exceção deve ser feita quanto às pressões anormais, pois não são em verdade do ofício da higiene ocupacional. Essas exposições ocorrem em ambientes hipo e hiperbáricos (sendo mais frequentes e graves os do último caso). Os ambientes hiperbáricos são Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 3 aqueles representados por trabalhos em tubulões ou caixões pneumáticos, ou ainda no mergulho subaquático. Pressões da ordem dos 4 kgf/cm2 (primeiros casos) até dezenas de kgf/cm2 (no mergulho profundo) submetem o organismo a riscos de doenças específicas e acidentes descompressivos (com risco de fatalidades). Todavia, não são do ofício da higiene no sentido que não existe o processo de reconhecimento, avaliação e controle do agente na forma tradicional. As variações de pressão são impostas pelo processo, e o controle dos tempos e gradientes de pressão (compressivamente e descompressivamente falando) são a chave do controle, além da grande supervisão médica necessária. São portanto, medidas de controle operacional, administrativo e médico que predominam, e a ação sobre o agente é bastante relativizada. São em verdade um caso à parte nos agentes físicos. Vale ainda comentar que em muitos “membros” das famílias das radiações existe conhecimento ainda por se consolidar, e áreas polêmicas quanto a efeitos nocivos como as linhas transmissão de alta tensão, os telefones celulares e suas antenas radio-base. Também há zonas de penumbra nos casos das reais potencialidades carcinogênicas dessas radiações não ionizantes. Finalmente, vale lembrar que muitos dos membros dessas famílias não apresentam qualquer estímulo sensorial por ocasião da exposição, o que torna seu reconhecimento difícil, aliado ao fato de muitos equipamentos industriais não apresentarem informações “explícitas” sobre sua possível emissão. Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 4 Figura 1.1. O Espectro Eletromagnético e os TLVs relacionados Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 5 1.3. TESTES 1. Qual dessas é uma Radiação Eletromagnética Ionizante? a) Radiação Infravermelha. b) Radiação Ultravioleta. c) Radiação gama. d) Laser. e) Microondas. 2. Qual a afirmação incorreta com relação às pressões anormais? a) não fazem parte do ofício da higiene ocupacional. b) a chave do controle são os tempos e o gradiente de pressão. c) as variações de pressão são impostas pelo processo. d) um exemplo de ambiente hiperbárico é o mergulho aquático. e) são mais graves em ambientes hipobáricos. Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 6 CAPÍTULO 2. AVALIAÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO Prof. MÁRIO LUIZ FANTAZZINI OBJETIVOS DO ESTUDO Proporcionar um conhecimento teórico sobre a avaliação e controle da exposição ocupacional ao ruído, além de apresentar os aspectos legais da poluição sonora gerada pelo homem no ambiente. Ao final deste módulo, o aluno deverá estar apto a identificar: Os aspectos gerais relacionados à exposição ao ruído, seus efeitos e inserção no contexto atual; Os principais dispositivos legais onde a norma NBR 10151:2000 está inserida, sua abrangência, conteúdo básico e parâmetros utilizados; Os requisitos básicos sobre instrumental utilizado na medição do ruído, visando o conforto acústico; O conteúdo básico e aplicação da NBR 10152; A caracterização das exposições ocupacionais e seu relacionamento técnico – legal. Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 7 2.1. INTRODUÇÃO O ruído é um dos principais agentes físicos presentes nos ambientes de trabalho, em diversos tipos de instalações ou atividades profissionais. Por sua enorme ocorrência e visto que os efeitos à saúde dos indivíduos expostos são consideráveis, é um dos maiores focos de atenção dos higienistas e profissionais voltados para a segurança e saúde do trabalhador. 2.2. GRANDEZAS, UNIDADES E EMBASAMENTO TEÓRICO INICIAL 2.2.1. SOM Por definição, o som é uma variação da pressão atmosférica capaz de sensibilizar nossos ouvidos. Figura 2.1. Representação da variação da pressão atmosférica Esta variação de pressão pode ser representada sob a forma de ondas senoidais, com as seguintes grandezas associadas: Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 8 P A d Figura 2.2. Grandezas das ondas senoidais 2.2.2. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA – DECIBEL Como os sons podem abarcar uma gama muito grande de variação de pressão sonora (faixa dinâmica), que vai de 20 Pa até 200 Pa (Pa = Pascal), seria pouco prática a construção de instrumentos para a indicação direta da pressão sonora. Quando a grandeza varia muito na faixa de valores usuais, usa-se um artifício. Para contornar este problema, utiliza-se uma escala logarítmica de relação de grandezas, o decibel (dB). O decibel não é uma unidade em si, e sim uma relação adimensional definida pela seguinte equação: L = 20.log oP P Sendo: L = nível de pressão sonora (dB) Po = pressão sonora de referência, por convenção, 20 Pa P= Pressão sonora encontrada no ambiente (Pa) d = distância A= amplitude da onda comprimento da onda Período =Tempo de um ciclo Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 9 Para pensar: Quantos dB seriam indicados para uma pressão sonora de 20 Pa? (limiar aproximado da audição). Quantos seriam lidos para uma pressão sonora de 200 Pa? (limiar de audição acompanhada de dor). Notar: Ao se utilizar o dB fala-se "nível de pressão sonora". Rigorosamente falando, dever-se-ia sempre indicar o valor de referência (20 Pa). Por exemplo, 90 dB re 20 Pa. Isto não é realmente feito, pois a referência é universal no caso das avaliações de ruído. Outros "dB" - O uso do dB se estende a toda grandeza que varia muito, como potências elétricas e eletromagnéticas. Mesmo na acústica, há referências diferentes, por exemplo, no caso da audiometria. A seguir é apresentada uma ilustração comparativa entre situações práticas de ruído e os níveis em dB. Capítulo 2. Avaliação e Controle da ExposiçãoOcupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 10 Figura 2.3. Situações práticas de ruído e os níveis em dB. Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 11 2.2.3. GRANDEZAS E DEFINIÇÕES ASSOCIADAS AO SOM/ RUÍDO Amplitude (A) – é o valor máximo, considerado a partir de um ponto de equilíbrio, atingido pela pressão sonora. A intensidade da pressão sonora é a determinante do “volume” que se ouve; Comprimento de Onda () – é a distância percorrida para que a oscilação repita a situação imediatamente anterior em amplitude e fase, ou seja, repita o ciclo; Período (T) – é o tempo gasto para se completar um ciclo de oscilação. Invertendo-se este parâmetro (1/T), se obtém a frequência (f); Frequência (f) – é o número de vezes que a oscilação é repetida numa unidade de tempo. É dada em Hertz (Hz) ou ciclos por segundos (CPS). As frequências baixas são representadas por sons graves, enquanto que as frequências altas são representadas por sons agudos; Tom Puro: é o som que possui apenas uma frequência. Por exemplo: Diapasão, gerador de áudio; Ruído: É um conjunto de tons não coordenados. As frequências componentes não guardam relação harmônica entre si. São sons “não gratos” que nos causam incômodo, desconforto. Um espectro de ruído industrial pode conter praticamente todas as frequências audíveis. 2.2.4. "COMBINANDO" VALORES EM DECIBEL Como o decibel não é linear, não pode ser somado ou subtraído algebricamente. Para se somar dois níveis de ruído em dB, o caminho natural seria transformar cada um em Pascal, através da fórmula já representada, então somar-se-iam algebricamente e, ao final, o resultado seria transformado de Pascal para dB. Este método não é prático, apesar de correto. A fórmula genérica para a combinação de "n" níveis em dB é: Ln= 10 log ( n 1i 10 Li 10 ) Para uma maior agilidade na combinação de níveis em dB, utiliza-se a tabela 2.1. Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 12 Tabela 2.1. Diferença entre níveis e a quantidade a ser adicionada ao maior nível. Diferença entre níveis (dB) Quantidade a ser adicionada ao maior nível (dB) 0,0 3,0 0,2 2,9 0,4 2,8 0,6 2,7 0,8 2,6 1,0 2,5 1,5 2,3 2,0 2,1 2,5 2,0 3,0 1,8 3,5 1,6 4,0 1,5 4,5 1,3 5,0 1,2 5,5 1,1 6,0 1,0 6,5 0,9 7,0 0,8 7,5 0,7 8,0 0,6 9,0 0,5 10,0 0,4 11,0 0,3 13,0 0,2 15,0 0,1 Nota: para diferenças superiores a 15, considerar um acréscimo igual a zero, ou seja, prevalece apenas o maior nível. Quadro 2.1. Combinação de níveis em dB Combine: 95 & 95= 98 dB 95 & 90= 96,2 dB 95 & 85= 95,4 dB 95 & 75= 95 dB Aspectos Práticos: Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 13 Cada 3 dB a mais ou a menos no nível significam o dobro ou a metade da potência sonora; Fontes mais de 10 dB abaixo de outras (num certo ponto de medição) são praticamente desprezíveis; A fonte mais intensa é a que "manda" no ruído total em um certo ponto. 2.2.5. AUDIBILIDADE / SENSAÇÃO SONORA Tendo em vista que o parâmetro estudado é a pressão sonora, que é uma variação de pressão no meio de propagação, deve ser observado que variações de pressão como a da pressão atmosférica são muito lentas para serem detectadas pelo ouvido humano. Porém, se essas variações se processam mais rapidamente – no mínimo 20 vezes por segundo (20 Hz) – elas podem ser ouvidas. O ouvido humano responde a uma larga faixa de frequências (faixa audível), que vai de 16-20 Hz a 16-20 kHz. Fora desta faixa o ouvido humano é insensível ao som correspondente. Estudos demonstram que o ouvido humano não responde linearmente às diversas frequências, ou seja, para certas faixas de frequências ele é mais ou menos sensível. Um dos estudos mais importantes que revelaram tal não-linearidade foi a experiência realizada por Fletcher e Munson nos anos 30, que resultaram nas curvas isoaudíveis. Para compensar essa peculiaridade do ouvido humano, foram introduzidos nos medidores de nível sonoro filtros eletrônicos com a finalidade de aproximar a resposta do instrumento à resposta do ouvido humano. São chamadas “Curvas de Ponderação ou de Compensação” (A,B,C). Vide ilustração a seguir. Frequência do som (Hz) Figura 2.4. Curvas de Ponderação ou de Compensação V a lo r a s e r c o m p e n s a d o (d B ) Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 14 Destas curvas, a curva “A” é a que melhor correlaciona Nível Sonoro com Probabilidade de Dano Auditivo. Portanto é a comumente utilizada em avaliação de ruído industrial. Observar: o dB "compensado" funciona como uma avaliação "subjetiva" ou do risco ao homem; o dB (linear) é uma avaliação objetiva do ruído no ambiente e é importante para se conhecer uma fonte de ruído. 2.2.6. RESPOSTAS DINÂMICAS Os medidores de ruído dispõem de padrões para as velocidades de respostas, de acordo com o tipo de ruído a ser medido e os objetivos da avaliação. A diferença entre tais respostas está no tempo de integração do sinal, ou constante de tempo. “Slow” – resposta lenta – avaliação ocupacional de ruídos contínuos ou intermitentes, avaliação de fontes não estáveis; “Fast” – resposta rápida – avaliação ocupacional legal de ruído de impacto (com ponderação dB (C)), calibração; “Impulse” – resposta de impulso – para avaliação ocupacional legal de ruído de impacto (com ponderação linear). 2.2.7. VALOR EFICAZ (RMS) Na representação gráfica em onda senoidal, os valores máximos e mínimos atingidos pela mesma são os valores de pico. Tomando-se toda a amplitude (positiva e negativa) da onda, temos o valor pico a pico. No caso da avaliação de ruído, o que interessa é o valor eficaz desta onda, uma vez que o valor médio entre semiciclo positivo e negativo seria zero. O valor eficaz é uma média quadrática (“root mean square” – RMS). Figura 2.5. Representação dos valores de pico e do valor eficaz. Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 15 Para uma senóide, o valor RMS é 0,707 do valor de pico. O valor de pico, 1,414 vezes o RMS (raiz de 2). Em dB, o valor de pico está 3 dB acima do valor RMS. Estas relações só valem para sons senoidais (tons puros). Para um ruído qualquer, a relação deve ser medida (não pode ser prevista). Notar ainda: Os aparelhos de medição convencional sempre estão medindo o valor RMS corrente. Este valor pode apresentar máximos (dependendo da fonte de ruído) e mínimos. Esse máximos não devem ser chamados de "picos", pois ovalor de pico é uma designação específica, o maior valor da pressão sonora ocorrido no intervalo de medição (há medidores especiais para isso). 2.2.8. DETERMINAÇÃO DE NÍVEL DE RUÍDO DE FONTE EM PRESENÇA DE RUÍDO DE FUNDO. Ruído de Fundo: é o ruído de todas as fontes secundárias, ou seja, quando estamos estudando o ruído de uma determinada fonte num ambiente, o ruído emitido pelas demais é considerado ruído de fundo. A maneira natural de se realizar tal determinação seria desativar as demais fontes, ou seja, eliminar todo o ruído de fundo e fazer a medição apenas da fonte de interesse. Contudo, tal procedimento nem sempre é simples ou viável, na prática. Sendo assim, pode ser utilizado o conceito da "subtração" de dB, através da qual se determina o nível da fonte a partir do conhecimento do “decréscimo” global advindo da desativação da fonte de interesse. São utilizadas as terminologias e o gráfico abaixo: Ls+n= ruído total (fonte e fundo) Exemplo: Ls+n=60 dB e Ln=53 dB Ln= ruído de fundo Ls+n-Ln=7 dB - L=1 dB Ls= ruído da fonte Ls=Ls+n-L = 60-1 = 59dB Ls = Ls+n - L Figura 2.6. Decréscimo global advindo da desativação da fonte de interesse. Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 16 Aspectos práticos: Se desligada a fonte, o ruído total se altera pouco, ela é pouco importante; Se desligada a fonte, o ruído total cai muito, a fonte é quem "manda" no ruído total (naquele ponto de medição). 2.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO 2.3.1. ASPECTOS TÉCNICO-LEGAIS De acordo com a Legislação Brasileira, através da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho - NR 15, Anexo 1, os Limites de Tolerância para exposição a ruído contínuo ou intermitente são representados por níveis máximos permitidos, segundo o tempo diário de exposição, ou, alternativamente, por tempos máximos de exposição diária em função dos níveis de ruído existentes. Estes níveis serão medidos em dB(A), resposta lenta. A Tabela 2 da NR 15 da supracitada Portaria é reproduzida a seguir: Tabela 2.2. NR 15 - Limites de Tolerância para Ruído contínuo ou Intermitente. Nível de Ruído dB (A) Máxima Exposição Diária Permissível 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 08 minutos 115 * 07 minutos * As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente. Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 17 2.3.2. DOSE DE RUÍDO. Os limites de tolerância fixam tempos máximos de exposição para determinados níveis de ruído. Porém, sabe-se que praticamente não existem tarefas profissionais nas quais o indivíduo é exposto a um único e perfeitamente constante nível de ruído durante a jornada. O que ocorre são exposições por tempos variados a níveis de ruído variados. Para quantificar tais exposições utiliza-se o conceito da DOSE, resultando em uma ponderação para cada diferentes situações acústicas, de acordo com o tempo de exposição e o tempo máximo permitido, de forma cumulativa na jornada. Calcula-se a dose de ruído da seguinte maneira: D = Te1 / Tp1 + Te2/Tp2 + ..... Tei / Tpi + ...... + Ten /Tpn Onde: D= dose de ruído Tei= tempo de exposição a um determinado nível (i) Tpi= tempo de exposição permitido pela legislação para o mesmo nível (i) Com o cálculo da dose, é possível determinar a exposição do indivíduo em toda a jornada de trabalho, de forma cumulativa. Se o valor da dose for menor ou igual à unidade (1), ou 100%, a exposição é admissível. Se o valor da dose for maior que 1 ou 100%, a exposição ultrapassou o limite, não sendo admissível. Exposições inaceitáveis denotam risco potencial de surdez ocupacional e exigem medidas de controle. Aspectos práticos. A dose de ruído diária é o verdadeiro limite de tolerância (técnico e legal); A dose diária não pode ultrapassar a unidade ou 100%, seja qual for o tamanho da jornada; A dose de ruído é proporcional ao tempo: sob as mesmas condições de exposição, o dobro do tempo significa o dobro da dose, etc. ; Quanto mais alto o nível de um certo ruído e quanto maior o tempo de exposição a esse nível, maior sua importância na dose diária; Devemos reduzir os tempos de exposição aos níveis mais elevados, para assegurar boas reduções nas doses diárias; Toda exposição desnecessária ao ruído deve ser evitada. Deve ser ressaltado que em casos de avaliação de doses em tempos inferiores aos da jornada, o valor da dose pode ser obtido através de extrapolação linear simples (regra de três), como no exemplo: Tempo de avaliação = 6h 30 min; dose obtida = 87 % p/ jornada de 8 horas: 6,5 87 8,0 DJ DJ = 6,5 87x8 = 107% Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 18 Todavia, essa extrapolação pressupõe que a amostra feita foi representativa. Quadro 2.2. Numa determinada indústria, a exposição o operador de campo A é a seguinte: Nível de ruído junto à zona auditiva tempo de exposição diária 85 dB(A) 6 horas 90 dB(A) 2 horas A exposição ultrapassa o limite de tolerância? Demonstre Resposta: D = 6/8 + 2/4 = 1,25 1,25 > 1 LIMITE EXCEDIDO Nota 2.1. Na mesma empresa, o operador B possui o seguinte perfil de exposição: Nível de ruído junto à zona auditiva tempo de exposição diária 85 dB(A) 4 horas 95 dB(A) 1 hora 68 dB(A) 1 hora 90 dB(A) 2 horas A exposição ultrapassa o limite de tolerância? Resposta: D= 4/8 + ½ + 2/4 = 1,5 OU 150% EXCEDE NOTA: SÓ ENTRAM NA DOSE VALORES IGUAIS OU SUPERIORES A 80 dBa. Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído ___________________________________________________________________________________ eST– 202 - Higiene do Trabalho – Parte B / PECE, 2o ciclo de 2014. 19 Nota 2.2. a) O mecânico de manutenção possui o seguinte perfil de exposição: Nível de ruído junto à zona auditiva Tempo de exposição diária 100 dB(A) 1 hora 95 dB(A) 0,5 horas 85 dB(A) 6 horas 75 dB(A) 0,5 horas Qual sua dose de ruído ? Resposta: D=
Compartilhar