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Lei nº 8.666 
 
 
 
Conceito: 
-é o procedimento administrativo que se destina a selecionar a proposta mais vantajosa 
para a Administração 
-art. 37, XXI, da CF 
ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure 
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam 
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da 
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as 
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas 
públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
Abrangência das normas gerais (MJF): 
a) requisitos mínimos necessários e indispensáveis à validade da contratação 
administrativa; 
b) hipóteses de obrigatoriedade e de não obrigatoriedade de licitação; 
c) requisitos de participação em licitação; 
d) modalidades de licitação; 
e) tipos de licitação; 
f) regime jurídico da contratação administrativa. 
Objetivos 
_garantir a observância do princípio constitucional da isonomia; 
_selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração; 
_promoção do desenvolvimento nacional sustentável. 
Obrigatoriedade de licitar 
-todos os poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas 
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 1.º 
da LLC). 
Obrigatoriedade de licitar 
Os conselhos de classe devem licitar? 
Regra: sim – A Lei 9.649 pretendeu em seu art. 58 eliminar o cunho autárquico 
dessas entidades. Entretanto, o dispositivo foi declarado inconstitucional pelo 
STF na ADI nº 1.717. 
Exceção: OAB – ADI 3026 – O STF entendeu que não integra a Administração 
Pública e afastou a sua submissão ao regime correspondente. 
Obrigatoriedade de licitar 
Consórcio deve licitar? 
O art. 7º, § 1º, do Decreto nº 6.017/07 determina a obrigatoriedade da observância das 
normas licitatórias para os consórcios públicos, ainda que sejam constituídos com 
personalidade de direito privado. 
Obrigatoriedade de licitar 
-as sociedades de economia mista e as empresas públicas que desempenhem 
atividade econômica terão suas contratações e licitações regidas por estatuto próprio, 
com submissão aos princípios da Administração Pública (arts. 22, XXVII e 173, 
parágrafo 1º, III, CF) 
-as sociedades de economia mista e as empresas públicas: 
I – prestadoras de serviços públicos: devem licitar; 
II – exploradoras da atividade econômica: devem licitar para as atividades de meio; não 
precisam licitar para as atividades fins. 
Petrobras: STF, por meio de liminares, vem admitindo o procedimento simplificado de 
licitação nos termos da Lei nº 9.478/97 e do Decreto 2.745/98 (MS 25888); 
TCU é contra (Acórdão nº 422/2008 Plenário) 
Terceiro Setor e Licitação: 
TCU (Acórdãos 146/2007, 38/2008 e 88/2008) exige a observância de regulamentos 
próprios, devidamente publicados, os quais devem se pautar em princípios gerais do 
processo licitatório, do Direito Administrativo (art. 37, caput, da CR) e da Administração 
Pública, em especial legalidade, moralidade, impessoalidade, isonomia e publicidade. 
Objeto da Licitação 
Contratação de obras, serviços, compras, alienações e locações. 
Princípios da licitação 
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação 
ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 
 (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) 
1) Princípio da vinculação ao instrumento convocatório: 
-o instrumento convocatório (edital ou carta-convite) é a “lei interna” das licitações 
-a Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se 
acha estritamente vinculada (art. 41, caput). 
O Poder Discricionário da Administração esgota-se com a elaboração do Edital de 
Licitação. A partir daí, nos termos do vocábulo constante da própria Lei, a 
Administração Pública vincula-se "estritamente" a ele. (REsp 421.946 de 07-02-06 e 
STF RMS-AgR 24555 de 21-02-06) 
2) Princípio do julgamento objetivo: 
-no julgamento das propostas não é permitido o uso de critérios subjetivos ou que não 
tenham sido previstos no edital (arts. 44 e 45, caput). 
- TCU Acórdão 549/2006: a ausência de critérios pré-definidos para a seleção da 
proposta mais vantajosa viola mandamentos básicos da impessoalidade, isonomia e do 
julgamento objetivo estampados no art. 37, caput e inciso XXI da CF/88 e art. 3º da Lei 
8.666/93 
Tipos de Licitação: menor preço; melhor técnica; técnica e preço; e, maior lance ou 
oferta (art. 45, §1º, Lei 8.666/93). 
Menor preço: não impede que se determine requisitos de qualidade técnica mínima; 
Melhor técnica e técnica e preço: contratação de serviços em que a atividade seja 
predominantemente intelectual; 
Melhor técnica: A Administração contratará pelo menor preço, considerando os 
licitantes cujas técnicas foram aceitas. 
3) Adjudicação compulsória ao vencedor: 
impede em regra que a Administração, concluído o procedimento licitatório, atribua seu 
objeto a outrem que não o legítimo vencedor. 
Orientação tradicional: O vencedor não tem direito adquirido a ser contratado. Seu 
direito é de não ser preterido. 
4) Sigilo das propostas: 
Art. 3, § 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os 
atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva 
abertura. 
Regra: Licitação 
Pressupostos da Licitação (CABM): 
1º) Lógico: pluralidade de objetos e de ofertantes; 
2º) Jurídico: Licitação não é um fim em si mesmo, é um meio para se chegar a um 
resultado: constituição de certa relação jurídica; 
3º) Fático: existência de interessados em disputá-la. 
Regra: Licitação 
Exceções: 
1ª) Inexigibilidade de licitação (inviabilidade de competição); 
2ª) Dispensa de licitação (competição viável): 
a) Licitação Dispensável; 
b) Licitação Dispensada. 
Inexigibilidade de licitação: inviabilidade de competição -art. 25 da LLC (rol 
exemplificativo); 
É inviável a competição diante da: 
I – Ausência de pluralidade de soluções; 
II – Serviços não alienáveis objetivamente; 
III – Profissional do setor artístico. 
Art. 25 da LLC: “é inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em 
especial: 
I – para aquisição de materiais/equipamentos/ gêneros fornecidos por 
produtor/empresa/ representante comercial exclusivo; 
II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no artigo 13, de natureza 
singular, com profissionais/empresas de notória especialização, vedada a 
inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; 
III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, consagrado pela crítica 
especializada ou pela opinião pública” 
Art. 25, I, da LLC - fornecedor exclusivo: 
“A indicação de marca na licitação deve ser precedida da apresentação de justificativas 
técnicas que demonstrem, de forma clara e inafastável, que a alternativaadotada é a 
mais vantajosa e a única que atende às necessidades da Administração” (TCU 
Acórdão 636/2006). 
Art. 25 da LLC: 
§ 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito 
no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, 
experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros 
requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é 
essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do 
contrato. 
Art. 25, II, da LLC – natureza singular: 
Não significa ausência de pluralidade de sujeitos em condições de desempenhar o 
objeto, pois singular é a natureza do serviço, não o número de pessoas capacitadas 
para executá-lo. 
MJF: “A natureza singular caracteriza-se como uma situação anômala, incomum, 
impossível de ser enfrentada satisfatoriamente por todo e qualquer 'profissional 
especializado'”. 
Licitação dispensável: 
-licitação dispensável (discricionariedade do Administrador) 
-art. 24 da LLC (rol taxativo) 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
I - para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 15.000,00. 
 OBS: para obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedades de 
economia mista e empresas públicas, bem como por autarquia ou fundação 
qualificadas como agências executivas, os limites serão o dobro (R$ 30.000,00) 
Art. 24, II - para outros serviços e compras de valor até R$ 8.000,00. 
OBS: para obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedades de 
economia mista e empresas públicas, bem como por autarquia ou fundação 
qualificadas como agências executivas, os limites serão o dobro (R$ 16.000,00) 
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública; 
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior(é a chamada “licitação 
deserta”) e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a 
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas; 
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em 
conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da 
licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, 
inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; 
Emergência fabricada e posição do TCU: 
A situação adversa, dada como de emergência ou de calamidade pública, não tenha se 
originado, total ou parcialmente, da falta de planejamento, da desídia administrativa ou 
da má gestão dos recursos disponíveis, ou seja, que ela não possa, em alguma 
medida, ser atribuída à culpa ou dolo do(s) agente(s) público(s) que tinha(m) o dever 
de agir para prevenir a ocorrência de tal situação (TCU Decisão 347/1994) . 
XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos 
urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, 
efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas 
físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais 
recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, 
ambientais e de saúde pública. (Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007). 
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que 
envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, 
mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do 
órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007). 
XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos 
estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 
de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, 
inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção 
tecnológica. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012) 
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a 
implementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para 
consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa 
renda atingidas pela seca ou falta regular de água. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 
2013) 
Licitação dispensada: 
-licitação já dispensada 
-utilizada para alienações (art. 17, I e II), da Lei 8.666/93 
Art. 17, I, trata da alienação de bens imóveis: 
Requisitos: existência de interesse público e de autorização legislativa quando 
pertencerem à Administração Direta e entidades autárquicas e fundacionais. Avaliação 
prévia e, em regra, licitação na modalidade concorrência, para os bens pertencentes às 
entidades supracitadas, bem como para as empresas públicas e sociedades de 
economia mista. 
Será dispensada a licitação nas hipóteses das alíneas do inciso I do art. 17. 
Art. 17, II, trata da alienação de bens móveis: 
� Requisitos: comprovação de interesse público, de avaliação prévia e de licitação. 
Para os bens móveis avaliados até R$ 650.000,00, a licitação poderá ser 
realizada na modalidade leilão. 
� Será dispensada a licitação nas hipóteses das alíneas do inciso II do art. 17. 
Modalidades de licitação 
_Concorrência; 
_Tomada de preços; 
_Convite; 
_Concurso; 
_Leilão; 
_Pregão; 
_Consulta. 
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo 
anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor 
estimado da contratação: 
I - para obras e serviços de engenharia: 
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); 
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); 
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); 
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo 
anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor 
estimado da contratação: 
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: 
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); 
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais); 
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais). 
- nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços 
e, em qualquer caso, a concorrência (art. 23, § 4.º) 
 
Lei nº 8.666 
 
 
 
Modalidades de licitação 
_Concorrência; 
_Tomada de preços; 
_Convite; 
_Concurso; 
_Leilão; 
_Pregão; 
_Consulta. 
1) Concorrência: 
- é a modalidade mais complexa de licitação 
-realizada entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, 
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para 
execução de seu objeto (art. 22, § 1.º) 
-utilização da concorrência (MSZP): 
• obras e serviços de engenharia de mais de 1 milhão e 500 mil reais (v. art 120 da 
LLC); 
• compras e serviços que não sejam de engenharia de mais de 650 mil reais (v. art. 
120, da LLC); 
• compra e alienação de bens imóveis, qualquer que seja seu valor, ressalvado o 
disposto no artigo 19, que admite concorrência ou leilão para alienação de bens 
adquiridos em procedimentos judiciais ou mediante dação em pagamento (art. 23, § 
3.º); 
• concessões de direito real de uso (art. 23, § 3.º); 
• licitações internacionais, com a ressalva para a tomada de preços e para o convite 
(art. 23, § 3.º); 
• alienação de bens móveis cujo valor seja superior ao previsto no artigo 23, II, “b” = 
R$650.000,00 (art. 17, § 6.º); 
• registro de preços (art. 15, § 3.º, I), ressalvada a hipótese de uso do pregão (arts. 11 e 
12, Lei 10.520/02) 
Concessões Florestais (Lei 11.284/06); 
Concessão de Serviço Público (Lei 8.987/95); 
Parceria Público-Privada (Lei 11.079/2004). 
2) Tomadade preços: 
-modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que 
atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior 
à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação (art. 22, § 
2.º) 
-para licitações de médio vulto (art. 23, I, “b”, e II, “b”) 
3) Convite: 
- modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente a seu objeto, 
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade 
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e 
o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que 
manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das 
propostas (art. 22, § 3.º). 
- é a mais simples das modalidades licitatórias, utilizada em contratações de pequeno 
valor 
- não se exige publicação do instrumento convocatório (a carta-convite) na imprensa 
oficial, basta que ele seja afixado “em local apropriado” 
-a comissão de licitação pode ser substituída por servidor formalmente designado pela 
autoridade competente (art. 51, § 1.º) 
-caso haja na praça mais de três possíveis interessados, a cada novo convite, realizado 
para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um 
interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações (art. 
22, § 6.º) 
Lei n. 8.666/93 – Art. 22, § 7º: 
 Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for 
impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, 
essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de 
repetição do convite. 
Súmula 248 TCU: 
Não se obtendo o número legal mínimo de três propostas aptas à seleção, na licitação 
sob a modalidade Convite, impõe-se a repetição do ato, com a convocação de outros 
possíveis interessados, ressalvadas as hipóteses previstas no parágrafo 7º, do art. 22, 
da Lei nº 8.666/1993. 
5) Concurso: 
- é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho 
técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou remuneração aos 
vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com 
antecedência mínima de 45 dias (art. 22, § 4.º) 
-julgamento por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e 
reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não (art. 51, § 
5.º) 
-não podem ser utilizados os tipos de licitação (art. 45, §1º) 
4) Leilão: 
- modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis 
inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou 
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no artigo 19 da Lei de 
Licitações, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação (art. 
22, § 5.º). 
-o leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela 
Administração, procedendo-se na forma da legislação pertinente, e deve ter seu edital 
amplamente divulgado, principalmente no Município em que se realizará (art. 53). 
6) Pregão: 
- modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja 
o valor estimado da contratação 
-Bens e serviços comuns: são aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade 
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no 
mercado (art. 1.º, parágrafo único, Lei 10.520/02). 
• Inversão de fases 
– a fase da habilitação troca de lugar com a fase da classificação/julgamento das 
propostas 
• Etapa de lances: 
– depois de oferecer sua proposta, o autor da oferta de valor mais baixo e os das 
ofertas com preços até 10% superiores àquela passam para os lances 
-não havendo pelo menos três ofertas, os autores das melhores propostas (ainda que 
acima dos citados 10%), até o máximo de três, quaisquer que sejam os preços 
oferecidos, passam para a etapa de lances (art. 4,º, VIII e IX, Lei 10.520/02). 
-os licitantes que chegarem à etapa de lances poderão dar novos lances verbais e 
sucessivos, até a proclamação do vencedor 
-critério de julgamento: menor preço. 
Decreto n.º 5.450/05: 
Art. 4o Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a 
modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica. 
§ 1o O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada 
inviabilidade, a ser justificada pela autoridade competente 
Art. 6o A licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, não se aplica às 
contratações de obras de engenharia, bem como às locações imobiliárias e alienações 
em geral. 
Lei 10.520/2002 
Art. 5º É vedada a exigência de: 
I - garantia de proposta; 
II - aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participação no certame; e 
III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, 
que não serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de 
utilização de recursos de tecnologia da informação, quando for o caso. 
7) Consulta: 
Modalidade de licitação exclusiva das agências reguladoras, para a aquisição de bens 
e serviços não comuns, excetuados obras e serviços de engenharia civil, na qual as 
propostas serão julgadas por um juri, de acordo com critérios fixados na convocação 
que devem viabilizar a ponderação entre o custo e o benefício de cada proposta. 
Trata-se de modalidade que surgiu na Lei Geral de Telecomunicações (Lei n. 
94.72/97); A Lei n. 9.986/00 estendeu para as demais Agências Reguladoras 
(Constitucional - ADI 1668) 
Envolve ao menos 5 pessoas, físicas ou jurídicas, de elevada qualificação que 
apresentarão propostas para o fornecimento de bens e serviços não comuns. 
O Jurí será composto de pelo menos 3 pessoas de elevado padrão profissional e 
moral, servidores ou não da agência reguladora. 
FASES DA LICITAÇÃO 
1. Fase interna: 
-fase em que a Administração Pública está tomando as providências internas, prévias à 
divulgação do instrumento convocatório 
-começa com a abertura do processo administrativo devidamente autuado, protocolado 
e numerado, contendo a autorização respectiva e a indicação sucinta de seu objeto e 
do recurso próprio para a despesa (art. 38, caput, da LLC). 
2. Fase externa: 
-começa com a divulgação do instrumento convocatório 
2.1. EDITAL 
-ato que divulga a abertura da licitação, fixa as condições de participação, define o 
objeto e as condições básicas do contrato e convida todos os interessados para que 
apresentem suas propostas (MSZP) 
2.2. HABILITAÇÃO 
- momento em que se verifica a aptidão do licitante para contratar com a Administração 
-documentação exigida: relativa à habilitação jurídica, à qualificação técnica, à 
qualificação econômico-financeira, à regularidade fiscal/trabalhista e ao cumprimento 
do disposto no artigo 7.º, XXXIII, da Constituição Federal (art. 27) 
2.2. Habilitação (cont.): 
Art. 48, § 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem 
desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis 
para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das 
causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo 
para três dias úteis. 
2.2. Habilitação (cont.): 
-se apenas um licitante for habilitado, a licitação continuará (desde que os outros 
licitantes excluídos não tenham apresentado recurso contra a inabilitação, que possui 
efeito suspensivo). 
2.3.CLASSIFICAÇÃO (tb chamada de “JULGAMENTO”): 
-fase em que a Administração abre os envelopes com as propostas, julgando-as e 
classificando-as pela ordem de preferência, segundo critérios objetivos definidos noedital 
-julgamento segundo critérios objetivos definidos no edital ou convite (art. 44, caput). 
-julgamento de acordo com o tipo de licitação: 
a) menor preço; 
b) melhor técnica; 
c) técnica e preço; 
d) maior lance ou oferta 
O julgamento das propostas, assim como a habilitação dos licitantes, será efetivado por 
uma comissão (permanente ou especial) composta de, no mínimo, três membros, 
sendo pelo menos dois deles servidores permanentes dos quadros da Administração 
(servidores estáveis), no termos do caput do art. 51 da Lei n. 8.666/93. 
2.4. HOMOLOGAÇÃO: 
-aprovação do procedimento após exame, pela autoridade competente, dos atos do 
procedimento licitatório. 
-a autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar 
a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente 
devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo 
anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer 
escrito e devidamente fundamentado (art. 49, caput). 
-A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de 
indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 da LLC 
-A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no 
parágrafo único do art. 59 da LLC 
Art. 59, Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de 
indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for 
declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja 
imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa. 
2.5. ADJUDICAÇÃO: 
- ato declaratório, vinculado, por meio do qual a autoridade competente (a mesma que 
homologa) atribui ao licitante vencedor o objeto da licitação 
“...oriente a comissão de Licitação quanto aos limites de sua competência, reservando 
o ato de adjudicação para a autoridade de hierarquia superior da Unidade, bem como 
observe a seqüência legal e competência para a efetivação dos atos, de modo que a 
adjudicação do objeto, a ser efetuada pela autoridade competente, somente ocorra 
após a homologação do procedimento licitatório, conforme previsto na Lei de 
Licitações;” (TCU Acórdão 816) – STJ Resp 579043) 
“ADMINISTRATIVO – LICITAÇÃO – REVOGAÇÃO APÓS ADJUDICAÇÃO. 
1. No procedimento licitatório, a homologação é o ato declaratório pelo qual a 
Administração diz que o melhor concorrente foi o indicado em primeiro lugar, 
constituindo-se a adjudicação na certeza de que será contratado aquele indicado na 
homologação. 
2. Após a adjudicação, o compromisso da Administração pode ser rompido pela 
ocorrência de fatos supervenientes, anulando o certame se descobertas ilicitudes ou 
revogando-o por razões de conveniência e oportunidade.” (STJ MS 12.047) 
FASES EXTERNAS DO PREGÃO 
Inversão de Fases: 
_Publicação do Edital; 
_Julgamento das Propostas; 
_Habilitação; 
_Adjudicação; 
_Homologação 
 
Lei nº 8.666 
 
 
 
Objetivos da Licitação 
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação 
ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 
 (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) 
MEs e EPPs 
Lei Complementar n.º 123/06: 
Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das 
microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de 
assinatura do contrato. 
MEs e EPPs 
Art. 43. As microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasião da participação 
em certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito 
de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta apresente alguma restrição. 
MEs e EPPs 
§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será 
assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento 
em que o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogáveis por igual 
período, a critério da Administração Pública, para a regularização da documentação, 
pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou 
positivas com efeito de certidão negativa 
MEs e EPPs 
§ 2o A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1o deste artigo, 
implicará decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no 
art. 81 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo facultado à Administração 
convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a assinatura do 
contrato, ou revogar a licitação. 
MEs e EPPs 
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de 
contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte. 
§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas 
pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por 
cento) superiores à proposta mais bem classificada. 
§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste 
artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço 
MEs e EPPs 
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o 
empate, proceder-se-á da seguinte forma: 
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá 
apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, 
situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado; 
II - não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, na 
forma do inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes que 
porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei 
Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito; 
MEs e EPPs 
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o 
empate, proceder-se-á da seguinte forma: 
III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e 
empresas de pequeno porte que se encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1o e 
2o do art. 44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre elas para que se 
identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta. 
MEs e EPPs 
Princípios da impessoalidade e da igualdade: 
Exceção: 
ME e EPP (TCU Acórdão 1.231/2008 – Tratamento diferenciado da LC 123 não infringe 
a CR que admite expressamente o cabimento de preferências em favor de ME e EPP – 
arts. 170, IX e 179). 
Registro de preços 
-Art. 15, da LLC, Art. 11 da Lei 10.520/02 e Decreto n.º 7892/2013: 
- Sistema de Registro de Preços: é um sistema de contratação, visando o registro 
formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para 
contratações futuras e eventuais. 
- -A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de 
concorrência ou de pregão. 
“5. Sistema de registro de preços, conforme definido no art. 1º, parágrafo único, inciso I, 
do Decreto nº 3.931/2001, é conjunto de procedimentos para registro formal de preços 
relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações futuras. As 
licitações, quando efetuadas por esse sistema, observam uma sistemática diferenciada. 
Podem ser realizadas por meio de concorrência ou pregão e buscam, como em 
qualquer procedimento licitatório, selecionar a proposta mais vantajosa, observado o 
princípio da isonomia, com o diferencial de que é para eventual e futura contrataçãopor 
parte da Administração.” (TCU – Acórdão 531) 
Decreto 7892: Art. 3º O Sistema de Registro de Preços poderá ser adotado nas 
seguintes hipóteses: 
I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de 
contratações frequentes; 
II - quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas 
ou contratação de serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de 
tarefa; 
III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para 
atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; ou 
IV - quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o quantitativo 
a ser demandado pela Administração. 
Art. 15, § 4o A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as 
contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros 
meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário 
do registro preferência em igualdade de condições. 
Embora o sistema de registro de preços seja comumente utilizado para as compras, a 
legislação citada que regulamenta a matéria não faz ressalvas quanto a sua utilização 
para a contratação de serviços. 
Assim, não há dúvidas de que é possível sim a contratação de serviços por meio de 
sistema de registro de preços. 
Algum questionamento poderia ser levantado na contratação de serviço contínuo, uma 
vez que seu contrato pode ser prorrogado por até sessenta meses (art. 57, II da Lei 
8.666/93), enquanto a ata de registro de preços possui duração limitada a apenas 12 
meses. 
Neste ponto, esclarecemos que o prazo de vigência da ata não se confunde com o 
prazo de vigência dos contratos que dela se originarem. Isto porque os contratos, uma 
vez celebrados, são independentes da ata de registro de preços e estão submetidos ao 
regime jurídico dos contratos administrativos previsto na Lei 8.666/93, aplicando-se, 
pois, o seu art. 57, que trata da duração dos contratos. 
Quanto à possibilidade de prorrogação da Ata de Registro de Preços, anotamos que a 
Lei 8.666/93 prevê que sua validade não poderá ser superior a um ano, e o Decreto 
7892/2013 admite também a sua prorrogação, quando a proposta continuar se 
mostrando mais vantajosa, satisfeitos os demais requisitos desta norma. 
Ressalte-se que o entendimento do Tribunal de Contas da União segue na mesma 
linha, pois em Acórdão recente decidiu que a duração das Atas de Registro de Preços 
deve se restringir a 12 (doze) meses, incluídas aí as possíveis prorrogações. 
Esse também é o posicionamento da AGU na Orientação Normativa 19/2009. 
Decreto 7892:Art. 12. O prazo de validade da ata de registro de preços não será 
superior a doze meses, incluídas eventuais prorrogações, conforme o inciso III do § 3º 
do art. 15 da Lei nº 8.666, de 1993. 
§ 1º É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de 
preços, inclusive o acréscimo de que trata o § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993. 
§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será 
definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº 
8.666, de 1993. 
§ 3º Os contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços poderão ser 
alterados, observado o disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993. 
§ 4º O contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá ser assinado no 
prazo de validade da ata de registro de preços. 
Finalmente, quanto ao questionamento sobre a necessidade de indicação de dotação 
orçamentária para a realização do sistema de registro de preços, a Advocacia-Geral da 
União em sua Orientação Normativa 20/2009 entendeu ser prescindível e exigível 
apenas antes da assinatura do contrato. 
 
Lei nº 8.666 
 
 
 
Conceito: 
“Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou 
entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades 
para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a 
denominação utilizada” (art. 2.º, parágrafo único, da Lei de Licitações) 
A expressão órgão foi utilizada para indicar a validade jurídica de contratações pelas 
repartições administrativas dotadas de autonomia administrativa, ainda que sem 
personalidade jurídica própria. No entanto, todos os efeitos jurídicos da contratação 
acabam refletindo sobre a pessoa jurídica a que estiver vinculado o órgão. Ex. Contrato 
avençado pelo Ministério da Defesa vincula a União. 
Três teorias: 
a) não existem contratos administrativos (ausência de igualdade entre as partes, 
autonomia de vontade e força obrigatória das convenções) ; 
b) todo contrato da Administração é contrato administrativo; 
c) há contratos administrativos e contratos de direito privado da Administração. 
1. Contratos da Administração (gênero): 
a) Contratos Administrativos: 
-ajustes celebrados pela Administração Pública, nessa qualidade, com objetivos de 
interesse público, segundo regime jurídico de direito público, derrogatório e exorbitante 
do direito comum (MSZP) 
b) Contratos de Direito Privado da Administração: 
-ajustes em que a Administração não se vale dos seus privilégios, submetendo-se a 
normas de direito privado. Nunca será absoluta a aplicação desse regime, pois sempre 
haverá derrogação pelas normas de direito público (condições e formalidades 
estipuladas pelo Direito Administrativo). 
Art. 62, §3.º, da Lei n.º 8.666/93: 
Ҥ 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no 
que couber: 
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja 
locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de 
direito privado” 
Regime jurídico: 
“Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas 
cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os 
princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado”. 
Características 
1) Presença do Poder Público agindo com suas prerrogativas 
2) Obediência à forma prescrita em lei 
-é obrigatória a forma do instrumento de contrato nos casos de concorrência e de 
tomada de preços, bem como nas dispensas/inexigibilidades cujos preços estejam 
compreendidos nos limites dessas duas modalidades de licitação (art. 62, caput, da 
LLC) 
Art. 62, §4.º, da Lei 8.666/93: 
“§ 4o É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste 
artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de 
compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem 
obrigações futuras, inclusive assistência técnica 
“no § 4º desse mesmo artigo, é prevista a possibilidade de dispensa do instrumento 
contratual, independentemente do seu valor, nos casos de compra para entrega 
imediata e integral dos bens e serviços adquiridos, da qual não resulte obrigações 
futuras, sendo permitido que o contrato seja substituído por carta-contrato, nota de 
empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução do serviço, 
instrumentos bem mais singelos que um contrato. O objetivo desse permissivo é 
desburocratizar o procedimento de compra naquelas hipóteses em que esteja 
evidenciado que o contrato será de pouca serventia para a Administração Pública 
devido à ausência de riscos na aquisição em questão.” (Acórdão 367/2003 Plenário 
TCU) 
- contratos verbais são permitidos para pequenas compras de pronto pagamento 
(compras de valor não superior a 5% do limite estabelecido no artigo 23, II, “a”, da LLC 
= R$4.000,00), feitas em regime de adiantamento - art. 60, §único da LLC. 
3) Natureza intuitu personae: 
-pois o contrato é firmado em razão das condições pessoais do contratado,verificadas 
na licitação 
-é causa de rescisão do contrato a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a 
associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem 
como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato (art. 78, VI) 
Lei n. 8.666: Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das 
responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou 
fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração. 
4) Natureza de contrato de adesão: 
-o particular simplesmente adere ao contrato, sem poder intervir em seu conteúdo (que 
é determinado pela lei e pela Administração) 
5) Presença de cláusulas exorbitantes: 
-são aquelas que não são encontradas, normalmente, nos contratos de direito privado 
(pois seriam nulas como contrárias à ordem pública), introduzidas pela Administração 
em virtude de preocupações de interesse público, estranhas às pessoas de direito 
privado quando contratam entre si (JCJr) 
(a) Poder de alterar unilateralmente o contrato (art. 58, I, e 65 da LLC) 
(b) Poder de rescisão unilateral do contrato (art. 79, I, e 78) 
(c) Fiscalização da execução do contrato (art. 67) 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas 
justificativas, nos seguintes casos: 
I - unilateralmente pela Administração: 
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor 
adequação técnica aos seus objetivos; 
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo 
ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; 
Art. 65, § 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, 
os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% 
(vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de 
reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para 
os seus acréscimos. 
TCU Decisão 215/1999 
O Tribunal Pleno, diante das razões expostas pelo Relator, DECIDE: 
a) tanto as alterações contratuais quantitativas - que modificam a dimensão do objeto - 
quanto as unilaterais qualitativas - que mantêm intangível o objeto, em natureza e em 
dimensão, estão sujeitas aos limites preestabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei 
nº 8.666/93, em face do respeito aos direitos do contratado, prescrito no art. 58, I, da 
mesma Lei, do princípio da proporcionalidade e da necessidade de esses limites serem 
obrigatoriamente fixados em lei; 
TCU Decisão 215/1999 
O Tribunal Pleno, diante das razões expostas pelo Relator, DECIDE: 
b) nas hipóteses de alterações contratuais consensuais, qualitativas e 
excepcionalíssimas de contratos de obras e serviços, é facultado à Administração 
ultrapassar os limites aludidos no item anterior, observados os princípios da finalidade, 
da razoabilidade e da proporcionalidade, além dos direitos patrimoniais do contratante 
privado. 
Alteração unilateral 
Art. 65:§ 2o Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos 
no parágrafo anterior, salvo: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) 
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes 
4. Mesmo nos contratos administrativos, ao poder de alteração unilateral do Poder 
Público contrapõe-se o direito que tem o particular de ver mantido o equilíbrio 
econômico-financeiro do contrato, considerando-se o encargo assumido e a 
contraprestação pecuniária garantida pela administração. (STJ - REsp 666.878/RJ de 
12-06-07) 
Cláusulas exorbitantes 
(d) Aplicação de penalidades em razão da inexecução total ou parcial do ajuste (art. 87 
e 86) 
(e) Exigência de garantia para os contratos (art. 56) 
(f) Ocupação provisória (art. 58, V, e 80) 
Penas art. 87 
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida 
a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções: 
I - advertência; 
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato; 
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com 
a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos; 
Penas art. 87 
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública 
enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida 
a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será 
concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos 
resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior. 
Suspensão temporária e declaração de inidoneidade – abrangência dos efeitos: 
1ª Corrente – efeito restritivo: as duas sanções têm efeitos limitados ao ente que 
aplicou a punição (Carlos Ari Sundfeld). Fundamentos: 
I-silêncio da lei leva à interpretação restritiva em matéria sancionatória; 
II-autonomia dos entes federativos; 
III-ofensa princípio da competitividade. 
2ª Corrente – efeito restritivo (suspensão) e extensivo (declaração inidoneidade): MSZP 
fundamenta nas definições do art. 6º, incisos XI e XII, da Lei n. 8.666/93 (Administração 
Pública tem conceito mais amplo do que Administração). 
3ª Corrente – extensivo: tanto para a suspensão, como para a declaração de 
inidoneidade, o contratado penalizado não poderá contratar com nehum ente da 
federação (JSCF). 
Fundamentos: 
I-não há diferença entre Administração e Administração Pública (atecnicismo 
legislador); 
II-objetivo dessa interpretação é evitar que demais entidades contratem com empresas 
inadimplentes. 
É irrelevante a distinção entre os termos Administração Pública e Administração, por 
isso que ambas as figuras (suspensão temporária de participar em licitação (inc. III) e 
declaração de inidoneidade (inc. IV) acarretam ao licitante a não-participação em 
licitações e contratações futuras. 
- A Administração Pública é una, sendo descentralizadas as suas funções, para melhor 
atender ao bem comum. A limitação dos efeitos da “suspensão de participação de 
licitação” não pode ficar restrita a um órgão do poder público, pois os efeitos do desvio 
de conduta que inabilita o sujeito para contratar com a Administração se estendem a 
qualquer órgão da Administração Pública. (Nesse sentido REsp 174.247) 
ADMINISTRATIVO - LICITAÇÃO - INIDONEIDADE DECRETADA PELA 
CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO - ATO IMPUGNADO VIA MANDADO DE 
SEGURANÇA. 
 4. Inidoneidade que, como sanção, só produz efeito para o futuro (efeito ex nunc), sem 
interferir nos contratos já existentes e em andamento. (STJ MS 13.101) 
Cláusulas exorbitantes 
(g) Restrições à possibilidade de alegar a exceção do contrato não cumprido (exceptio 
non adimpleti contractus): 
-exceção à regra: a possibilidade de o particular contratado optar pela rescisão do 
contrato ou pela suspensão do cumprimento de suas obrigações no caso de atraso 
superior a 90 dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, 
serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em 
caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra (art. 78, 
XV) 
Prazo contrato administrativo 
- adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários (art. 57, caput), com 
exceções: 
* projetos ligados ao Plano Plurianual (art. 57, I) 
* prestação de serviços a serem executados de forma contínua (cuja duração pode ser 
prorrogada por iguais e sucessivos períodos, limitada a 60 meses + 12 meses §4º) 
Prazo contrato administrativo 
• aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática (cuja 
duração pode se estender por até 48 meses após o início da vigência do 
contrato) 
• V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX,XXVIII e XXXI do art. 24, cujos 
contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja 
interesse da administração. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) 
É vedada a contratação prazo indeterminado (art. 57, §3º ) 
-são da responsabilidade do contratado os encargos trabalhistas, previdenciários, 
fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato (art. 71) 
-a inadimplência do contratado com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e 
comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu 
pagamento (art. 71, § 1.º) 
-nas obrigações previdenciárias resultantes da execução do contrato a Administração 
Pública responderá solidariamente com o contratado, nos termos do artigo 31 da Lei 
8.212/91 (art. 71, § 2.º) 
Enunciado/Súmula 331 do TST (redação original): 
-o inadimplemento das obrigações trabalhistas, pelo empregador, implica a 
responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, 
inclusive quanto aos órgãos da Administração Pública, desde que hajam participado da 
relação processual e constem também do título executivo judicial 
STF na ADC nº 16 entendeu pela Constitucionalidade do art. 71 da Lei 8666, ou seja, o 
inadimplemento do contratado não transfere para a Administração a responsabilidade 
das dívidas trabalhistas, salvo se esta falhar na fiscalização. 
Enunciado/Súmula 331 do TST (redação atual, após decisão STF ADC 16): 
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem 
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta 
culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, 
especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da 
prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de 
mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa 
regularmente contratada. 
Equilíbrio econômico- financeiro 
-É a relação de igualdade formada entre as obrigações do contratante e a 
compensação econômica correspondente 
Se a Administração tem a prerrogativa de alterar unilateralmente, nos termos da lei, o 
contrato administrativo, o contratado tem o direito à manutenção do equilíbrio 
econômico-financeiro. 
“Art. 65, II, “d”: para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre 
os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração 
da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou 
previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da 
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do 
príncipe, configurando área econômica extraordinária e extracontratual”. 
Art. 65: 
§ 5o Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a 
superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação 
da proposta, de comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão 
destes para mais ou para menos, conforme o caso. 
*Fato do príncipe: 
- medida de ordem geral do Poder Público, não relacionada com o contrato, mas 
que nele reflete, alterando a sua equação econômico-financeira 
- *Fato da Administração: 
- conduta ou comportamento da Administração que, como parte contratual, torne 
impossível a execução do contrato ou provoque seu desequilíbrio econômico-
financeiro. 
* Teoria da imprevisão (ou álea econômica extraordinária): 
-acontecimento externo ao contrato, alheio à vontade das partes, imprevisível e 
inevitável, que provoca grande desequilíbrio no ajuste, onerando excessivamente a sua 
execução para o contratado 
Requisitos (MSZP): 
a) fato imprevisível, ou previsível, porém de conseqüências incalculáveis; 
b) estranho à vontade das partes; 
c) inevitáveis; 
d) causadores de desequilíbrio muito grande no contrato. 
*Fatos imprevistos (ou "interferências imprevistas"): 
-ocorrências materiais que não tinham sido cogitadas pelas partes quando da 
celebração do contrato, mas que surpreendentemente surgem em sua execução, 
dificultando ou onerando extraordinariamente o prosseguimento e a conclusão dos 
trabalhos 
* Força maior e caso fortuito 
Revisão 
Na revisão a equação econômico-financeira é afetada por eventos posteriores e 
imprevisíveis que alteram substancialmente o conteúdo ou a extensão das prestações 
impostas ao contratante. Não tem relação com questões inflacionárias. 
Revisão 
“1 - É assente nos contratos administrativos a possibilidade de sua revisão à luz da 
cláusula rebus sic stantibus hoje consagrada na Lei das Licitações, verbis: "art. 65.(...)” 
(REsp 612.123) 
Reajuste 
No reajuste existe a recomposição preestabelecida do poder aquisitivo da moeda por 
meio da aplicação de índice de preços fixado contratualmente. Exige o decurso mínimo 
de 12 meses. Tem relação com questões inflacionárias. 
Reajuste 
“2. A Lei 8.666/93 (art. 65, § 6º) serve de base legal para o reajuste do contrato, a fim 
de manter seu equilíbrio financeiro. 3. Reajuste que deve observar, prioritariamente, os 
parâmetros estabelecidos em tabelas fornecidas pela Administração.” (STJ MS 11.539) 
Repatuação 
Consiste na recomposição do valor contratado aplicável aos contratos de serviços 
contínuos e se vincula à variação de custos do contrato. 
O contratado deverá demonstrar de forma analítica a proporção do desequilíbrio 
econômico-financeiro de acordo com a planilha de custos e a formação dos preços. 
Exige-se previsão contratual e o decurso do interregno de 12 meses. 
Repatuação 
46. Assim, a partir da data em que passou a viger as majorações salariais da categoria 
profissional que deu ensejo à revisão, a contratada passou a deter o direito à 
repactuação de preços. (TCU Acórdão 1.827) 
Extinção do contrato 
1) pela conclusão de seu objeto 
2) pelo término de seu prazo 
3) em razão de força maior ou de caso fortuito (art. 78, XVII) 
4) pela rescisão (unilateral, amigável ou judicial) 
Extinção do contrato 
5) pela anulação (art. 59): 
-descoberta alguma ilegalidade, a Adm. deve declarar a nulidade do contrato, que 
opera retroativamente, impedindo os efeitos jurídicos que o ajuste, ordinariamente, 
deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos 
Extinção do contrato 
5) pela anulação (art. 59): 
-a nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que 
este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos 
regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a 
responsabilidade de quem lhe deu causa 
Regime Diferenciado de Contratação - RDC 
LEI Nº 12.462, DE 4 DE AGOSTO DE 2011. 
Art. 1o É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável 
exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização: 
I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos 
Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO); e 
Regime Diferenciado de Contratação - RDC 
II - da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - 
Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo - Gecopa 
2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar e supervisionar as ações 
previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da 
Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, 
às constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios; 
Regime Diferenciado de Contratação - RDC 
III - de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das 
capitaisdos Estados da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta 
quilômetros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II. 
IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 
(Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012) 
Regime Diferenciado de Contratação - RDC 
V - das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. 
 (Incluído pela Lei nº 12.745, de 2012) 
VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma de 
estabelecimentos penais e unidades de atendimento socioeducativo. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 630, de 2013) 
Regime Diferenciado de Contratação - RDC 
O RDC tem por objetivos: 
I - ampliar a eficiência nas contratações públicas e a competitividade entre os licitantes; 
II - promover a troca de experiências e tecnologias em busca da melhor relação entre 
custos e benefícios para o setor público; 
III - incentivar a inovação tecnológica; e 
IV - assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a seleção da proposta mais 
vantajosa para a administração pública. 
Regime Diferenciado de Contratação - RDC 
Art. 3o As licitações e contratações realizadas em conformidade com o RDC deverão 
observar os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, 
da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do 
desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório e do 
julgamento objetivo. 
Regime Diferenciado de Contratação - RDC 
Art. 4o Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observadas as seguintes 
diretrizes: 
I - padronização do objeto da contratação relativamente às especificações técnicas e 
de desempenho e, quando for o caso, às condições de manutenção, assistência 
técnica e de garantia oferecidas; 
II - padronização de instrumentos convocatórios e minutas de contratos, previamente 
aprovados pelo órgão jurídico competente; 
Regime Diferenciado de Contratação - RDC 
Art. 4º III - busca da maior vantagem para a administração pública, considerando custos 
e benefícios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou ambiental, inclusive 
os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice de 
depreciação econômica e a outros fatores de igual relevância; 
IV - condições de aquisição, de seguros, de garantias e de pagamento compatíveis 
com as condições do setor privado, inclusive mediante pagamento de remuneração 
variável conforme desempenho, na forma do art. 10; (Redação dada pela Medida 
Provisória nº 630, de 2013) 
Regime Diferenciado de Contratação - RDC 
Art. 4º V - utilização, sempre que possível, nas planilhas de custos constantes das 
propostas oferecidas pelos licitantes, de mão de obra, materiais, tecnologias e 
matérias-primas existentes no local da execução, conservação e operação do bem, 
serviço ou obra, desde que não se produzam prejuízos à eficiência na execução do 
respectivo objeto e que seja respeitado o limite do orçamento estimado para a 
contratação; e 
VI - parcelamento do objeto, visando à ampla participação de licitantes, sem perda de 
economia de escala. 
Regime Diferenciado de Contratação - RDC 
Art. 12. O procedimento de licitação de que trata esta Lei observará as seguintes fases, 
nesta ordem: 
I - preparatória; 
II - publicação do instrumento convocatório; 
III - apresentação de propostas ou lances; 
IV - julgamento; 
V - habilitação; 
VI - recursal; e 
VII - encerramento. 
Regime Diferenciado de Contratação - RDC 
Art. 35. As hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação estabelecidas nos arts. 
24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, aplicam-se, no que couber, às 
contratações realizadas com base no RDC. 
Parágrafo único. O processo de contratação por dispensa ou inexigibilidade de licitação 
deverá seguir o procedimento previsto no art. 26 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 
1993.

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