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RETIFICADORES TRIFÁSICOS PWM Prof. Ivo Barbi UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA INSTITUTO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA RETIFICADORES TRIFÁSICOS AUTOR: IVO BARBI (Versão 2009) INTRODUÇÃO Este texto apresenta um grupo de retificadores trifásicos com elevador fator de potência, que foram encontrado na literatura especializada ou gerados pelo autor. Estes conversores destinam-se a serem usados no projeto de retificadores trifásicos que compõem o estágio de entrada de sistemas no-breaks, fontes de alimentação para telecomunicações e sistemas para o acionamento de motores elétricos. São apresentadas e discutidas 21 topologias. CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DOS RETIFICADORES UNIDIRECIONAIS 1- Tensão de saída regulada; 2- Fator de deslocamento unitário; 3- Baixa distorção da corrente de entrada; 4- Filtros de entrada baratos e de pequeno volume; 5- Alta confiabilidade (sem risco de curto de braço); 6- Elevado rendimento; 7- Baixo custo; 8- Ausência de indutores e transformadores de baixa freqüência; 9- Sem isolamento galvânico; 10- Estratégias simples de modulação, controle e comutação; 11- Três fios na entrada (ausência do neutro); 12- Filtro de saída puramente capacitivo S4 S6 S1 S3 S5 D2 D4 D6 S2 D1 D3 D5 + - V2+ - V1 + - V3 + - Vo Lo Fig. 1 – Bidirectional Buck PWM Rectifier (BUCK 01) Reference: T. Kataoka, K Mizumashi, and S. Miyaira, “A Pulse Width Controlled ac-to-dc Converter to improve power factor and waveforms of AC line currente”, IEEE Trans. Ind. Appl., vol. IA-15, pp. 670-675, 1979. Este circuito não atende às especificações pelas seguintes razões: a) Caro e complexo; b) Contém indutor de baixa frequência; c) Requer filtro de entrada(não incluído na figura) volumoso e de alto custo. Lo + - Vo D6 D2D1 D3 D5D4 + - V3+ - V2+ - V1 S1 S2 S3 D1a D1b D2b D2a D3a D3b Fig. 2 – Unidirectional Buck PWM Rectifier (BUCK 02). Reference: L. Malesani and P. Tenti, “Three-Phase AC/DC PWM Converter with sinusoidal AC currents and Minimum Filter Requirement”, IEEE Trans. Ind. Appl., vol. IA-23, no.1, January/February, 1987. Este circuito, apesar de utilizar menor número de chaves que o anterior, não atende às especificações pelas razões apresentadas a seguir: a) Contém indutor de baixa frequência na saída. Portanto o filtro de saída não é puramente capacitivo; b) Requer filtros de entrada de elevado custo e volumosos. Lo D1 D4 D2 D5 D3 D6 + - Vo S1a S1b D1a D1b D2a D2b S2a S2b D3a D3b S3a S3b V1 V2 V3 Fig. 3-Unidirectional Buck PWM Rectifier ( BUCK 03) Reference: Zagari N., Geza Joos, “An on-line operated Near Unity Power Factor PWM Rectifier with Minimum Control Requirements “, (IAS Annual Meeting, 1994 ?) Este circuito também não atende às especificações pelas mesmas razões anteriores, a saber: c) Contém indutor de baixa frequência no filtro de saída; d) Requer filtros volumosos e de alto custo na entrada. + - Vo + - V1 + - V2 + - V3 L1 L2 L3 S1 S2 S3 S4 S5 S6 D1 D2 D3 D4 D5 D6 Fig. 4 – Bidirectional 2-Level Boost PWM Rectifier (BOOST 2-LEVELS 01) Reference: Livros de Eletrônica de Potência Este circuito é clássico e muito popular. No entanto o seu uso nas aplicações citadas não é recomendado pelas razões apresentadas a seguir. a) Trata-se de uma estrutura complexa, com 6 interruptores, exigindo circuitos de comando e controle mais complexos; b) Menos robusto que os circuitos unidirecionais, devido ao risco de curto de braço ( elevada potência, com drivers adequados este risco é muito diminuído). D2 D3 D5 D6D4 D1 + - Vo L1 L3 L2 +- V1 +- V2 +- V3 S1a S1b S2a S2b S3a S3b D1a D1b D2a D2b D3a D3b Fig. 5 – PWM Boost TY Rectifier. (BOOST 2-LEVELS 02) Reference: J. C. Salmon, “Circuit topologies for PWM boost rectifiers operated from 1-phase and 3-phase ac supplies using either single or split dc rail voltage outputs”, APEC 1995, pp. 473-479. +- V1 +- V2 +- V3 L1 L2 L3 S1 S2 S3 S4 S5 S6 D1 D2 D3 D4 D5 D6 + - Vo Do Fig. 6 –Three-Phase Boost PWM Rectifier with a DC Rail Diode. (BOOST 2-LEVELS 03) Reference: H. Jiang, H. Mao, F. C. Lee and D. Borojevic, “Simple High Performance Three-Phase Boost Rectifiers”, Switching Rectifiers for Power Factor Correction, Volume V of VPEC Publication Series. Com a inclusão do diodo, o conversor torna-se unidirecional. A sua robustez é significativamente aumentada. O seu controle torna-se porém complexo. A estratégia de modulação também é diferente do conversor original sem o diodo. S1 + - V1 + - V2 + - V3 L1 L2 L3 S2 S3 D1 D2 D3 D4 D5 D6 + - Vo D1a D1b D1c D1d D2a D2b D2c D2d D3a D3b D3c D3d Fig. 7 – Two –Level Unidirectional PWM Rectifier (INEP-01). (BOOST 2-LEVELS 04) Este conversor foi proposto pelo autor deste curso em 2002. E simples e robusto. Um protótipo de 6 kw foi projetado, construído e testado com sucesso no INEP em 2001. É um conversor muito apropriado para tensão de linha de entrada de 220V. Neste caso é possível o emprego de IGBTs de 600V. + - V3 S1a S1b L1 + - V2 L2 + - V1 L3 S2a S3a S3bS2b + - Vo D1 D2 D3 D4 D5 D6 D1a D1b D4a D4b D2a D2b D5a D5b D3a D3b D6a D6b Fig. 8 – Two-Level Unidirectional PWM Rectifier (INEP-02). (BOOST 2-LEVELS 05) Este conversor também foi proposto no INEP em 2002 e foi analisado e simulado por alunos da disciplina do curso de Correção de Fator de Potência. Este circuito também é um bom candidato para tensão de linha de entrada de 220V, com o emprego de interruptores de 600 V. Uma de suas característica topológicas é a possibilidade do emprego de módulos de IGBTs. L1 L2 L3 + - V1 + - V2 + - V3 S1a S1b S2a S2b S3a S3b D1 D2 D3 D4 D5 D6 D1a D1b D2a D2b D3a D3b + - Vo Fig. 9 – Two-Level Unidirectional PWM Rectifier (INEP-03). (BOOST 2-LEVELS 06) Este conversor também foi proposto no INEP em 2002 e foi analisado e simulado por alunos da disciplina do curso de Correção de Fator de Potência. Este circuito também é um bom candidato para tensão de linha de entrada de 220V, com o emprego de interruptores de 600 V. Uma de suas característica topológicas é a possibilidade do emprego de módulos de IGBTs. + - Vo D2 D3 V1 V2 V3 L2 L3 D5 D6 S1a S1b S2b S3b D1b D1a S3a D1 D4 L1 D2b D2a D3a D3b S2a Fig. 10 –PWM Boost T∆ Rectifier. (BOOST 2-LEVELS 07) Reference: J. C. Salmon, “Circuit topologies for PWM boost rectifiers operated from 1-phase and 3-phase ac supplies using either single or split dc rail voltage outputs”, APEC 1995, pp. 473-479.Este circuito não foi estudado em detalhes pela equipe do INEP. Sabe-se da literatura que o controle e a modulação são mais complexos que os demais conversores apresentados. + - Vo S1 S2 S3 S6S5S4 +- V2 +- V1 +- V3 D4 D1 L1 L2 D5 D2 L3 D6 D3 Ds1 Ds2 Ds3 Ds4 Ds5 Ds6 Fig. 11 – PWM Boost TH Rectifier. (BOOST 2-LEVELS 08) Reference: J. C. Salmon, “Circuit topologies for PWM boost rectifiers operated from 1-phase and 3-phase ac supplies using either single or split dc rail voltage outputs”, APEC 1995, pp. 473-479. Este conversor também foi proposto no INEP em 2002 e foi analisado e simulado por alunos da disciplina do curso de Correção de Fator de Potência. Este circuito também é um bom candidato para tensão de linha de entrada de 220V, com o emprego de interruptores de 600 V. Uma de suas característica topológicas é a possibilidade do emprego de módulos de IGBTs. L1 L2 L3 L4 L5 L6 D5 D11 Z1 Z3Z2 D17 + - V1 D18D6 D12 D15 D16 D9 D10 D4 D3 D13 D14 D7 D8 D1 D2 + - V4+ - V3+ - V2 Fig. 12 – Boost PWM Two-Level Rectifier. (BOOST 2-LEVELS 09) Reference: G. Spiazzi, and F. C. Lee, “Implementation of single-phase boost power factor correction circuits in three-phase applications”, Switching Rectifiers for Power Factor Correction, Volume V, VPEC Publication Series. Este circuito foi originalmente apresentado pelos autores desenhado de outra forma, o que não permitia identificar as reais características e potencialidades. Trata-se de um circuito também adequado para tensões de linha de 220 V. S1a S1b S2a S3a S3bS2b + - V3 L1 + - V2 L2 + - V1 L3 + - Vo/2 + - Vo/2 S1 S2 S3 S4 S6 D1 D2 D3 D4 D5 D6 D1a D1b D1c D1d D2a D2b D2c D2d S5 D3a D3b D3c D3d Fig. 13 – Bidirectional Three-Level PWM Rectifier. (BOOST 3-LEVELS 01) Reference: A. Nabae, I. Takahashi, and H. Akagi, “A new neutral-point- clamped PWM inverter”, IEEE Trans. Ind. Appl., vol 17, no. 5, pp.518- 523, Sept/Octo, 1981. Este circuito submete os interruptores a metade da tensão de barramento. Trata-se de um circuito reversível, de grande complexidade, cujo emprego só seria justificável em situações muito particulares, com acionamentos de média tensão e alta potência, com necessidade de reversibilidade do fluxo de potência. + - V3 S1a S1b L1 + - V2 L2 + - V1 L3 S2a S3a S3bS2b + - Vo/2 D1 D2 D3 D4 D5 D6 + -Vo/2 D1a D1b D1c D1d D2a D2b D2c D2d D3a D3b D3c D3d Fig. 14 –Unidirectional Three-Phase PWM Rectifier. (BOOST 3-LEVELS 02) Este circuito foi gerado no INEP, também em 2000. Trata-se de um conversor de 3 níveis, que submete os interruptores à metade da tensão de barramento. Portanto é adequado para tensões de entrada de até 530V de linha, com o emprego de interruptores de 600V. O controle e a estratégia de modulação são menos complexos que a estrutura anterior. Um protótipo de 27kW, com emprego de Mosfets de 600V, operando com 70 kHz foi projeto, construído e testado com sucesso no INEP. L1 L2 L3 + - V1 + - V2 + - V3 S1a S1b S2a S2b S3a S3b + - Vo/2 + - Vo/2 D1 D2 D3 D4 D5 D6 D1a D1b D2a D2b D3a D3b Fig. 15 –Unidirectional Three-level PWM Rectifier. (BOOST 3-LEVELS 03) Reference: Y. Zhao, Y. Li , and T. A. Lipo, “Force Commutated Three Level Boost Type Rectifier”, IEEE Trans. Ind. Appl., vol. 31, no. 1, January/February 1995. Este circuito é também um bom candidato para as aplicações mencionadas. Não foi estudado no INEP. S1 + - V1 + - V2 + - V3 L1 L2 L3 D1 D2 D3 D4 D5 D6 + - Vo/2 + - Vo/2 S2 S3 D1b D1d D2b D2d D2c D2a D1c D1a D3b D3d D3c D3a Fig. 16- Unidirectional Three-Level PWM Boost Rectifier. (BOOST 3-LEVELS 04) Reference: J. W. Kolar, and F. C. Zach, “A novel three-phase three- switch three-level unity power factor PWM rectifier”, Proceedings of the 28th Power Conversion Conference, Nüremberg, Germany, June 28-30, 1994, pp. 125-138. Este é também um circuito apropriado para as aplicações mencionadas, do tipo três níveis, com redução da tensão nos interruptores. Este conversor é patenteado na Europa e nos Estados Unidos. D2 D3 D5 D6D4 D1 + - Vo/2 + - Vo/2 S1a S1b D1a D1b S2a S2b D2a D2b S3a S3b D3a D3b L1 L3 L2 V1 V2 V3 Fig. 17- Unidirectional Three-Level PWM Rectifier (BOOST 3-LEVELS 05) Reference: J. W. Kolar, and F. C. Zach, “A novel three-phase three- switch three-level unity power factor PWM rectifier”, Proceedings of the 28th Power Conversion Conference, Nüremberg, Germany, June 28-30, 1994, pp. 125-138. Este conversor é adequado para tensão de linha de entrada de 530V, com chaves de 600V. O INEP projetou um protótipo de 6kW e o testou com sucesso em seus laboratórios. Ë necessário que se esclareça que o conversor em questão foi patenteado na Europa e nos Estados Unidos pelos autores. D13 D14 D7 D8 D1 D2 + - V4+ - V3+ - V2 + - V1 + - V5 D10 D9 D11L3 L4 D12 D16 D15 D17L5 D18 L6 D5 D6 D3 L1 D4 L2 Z4 Z5 Z1 Z3Z2 Z6 Fig- 18 –Unidirectional Three-Level PWM Boost Rectifier. (BOOST 3-LEVELS 06) Este é um outro circuito original ainda não estudado, to tipo três nivëis. É portanto adequado para tensões de linha mais elevadas, a exemplo dos demais conversores de 3 níveis. L2 D1 D3 L1 D5 L4 D2 D4 D6 L3 +- V2 +- V1 +- V3 Z7 D11D10 C4 C2 D13 R1 D8 D9D7 D12 S1 S3 S3 Fig. 23 – Unidirectional Hybrid PWM Rectifier, with Boost converter and Three- Level Three-Phase rectifier. (HYBRID 01) Trata-se de um circuito original, criado no INEP, ainda não estudado formalmente. Alguns resultados de simulação porém revelam que ele pode atender às especificações apresentas no início deste documento. L2 D1 D3 L1 C1 D5 L4 D13 R1 C2 D2 D4 D6 Z6Z4Z2 Z7 D10 D11 D12 D7 D8 D9 L3 +- V2 +- V1 +- V3 Z1 Z3 Z5 Fig. 24 – Unidirectional Hybrid PWM Rectifier, with boost converter and active filter. (HYBRID 02) Este circuito também foi criado no INEP e ainda não estudado formalmente. INSTITUTO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Departamento de Engenharia Elétrica Centro Tecnológico UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA MODELAGEM E CONTROLE DO RETIFICADOR TRIFÁSICO PWM BI- DIRECIONAL POR TENSÃO IMPOSTA Acadêmicos: Carlos Henrique Illa Font Flábio Alberto Bardemaker Batista Ricardo Luiz Alves Disciplina: EEL6560 – T. A. em Eletrônica de Potência: RetificadoresTrifásicos PWM com Eleva- do Fator de Potência Professor: Ivo Barbi OUTUBRO/2003 Caixa Postal 5119 – CEP 88040-970 – Florianópolis – SC Tel. : (0xx48) 331-9204 – Fax: (0xx48) 234-5422 – Internet: www.inep.ufsc.br 1 ÍNDICE 1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 2 2 – EQUACIONAMENTO PARA O CONTROLE POR TENSÃO IMPOSTA ..................................................................... 3 3 – ESTRATÉGIA DE CONTROLE........................................................................................................................ 8 4 – CONEXÃO ENTRE O CONTROLE POR TENSÃO IMPOSTA E O CONTROLE UTILIZANDO A TRANSFORMAÇÃO DE PARK ...................................................................................................................................................................... 9 5 – EXEMPLO DE PROJETO............................................................................................................................. 12 6 – RESULTADOS DE SIMULAÇÃO NUMÉRICA.................................................................................................... 13 7 – CONCLUSÕES.......................................................................................................................................... 20 8 – BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................................... 21 ANEXO 1 – PLANILHA DE CÁLCULO PARA O CONTROLE POR TENSÃO IMPOSTA ................................................... 22 ANEXO 2 – PLANILHA DE CALCULO PARA O CONTROLE UTILIZANDO A TRANSFORMAÇÃO DE PARK SEM SENSORES DE CORRENTE.................................................................................................................................................... 29 ANEXO 3 – ARQUIVOS DE SIMULAÇÃO ............................................................................................................. 35 2 1 – INTRODUÇÃO As primeiras instalações elétricas surgiram em 1882 na cidade de Nova York, onde Thomas Alva Edison provou a viabilidade da exploração comercial da energia elétrica. A transmissão de energia em corrente contínua, defendida por Edison, apresen- tava o problema das elevadas quedas de tensão nas linhas de transmissão e logo foi substituída pela transmissão em corrente alternada. Nikola Tesla é considerado o res- ponsável pela adoção na América de Norte do sistema elétrico trifásico de 60Hz, torna- do-se mais tarde o sistema adotado até hoje em quase todos os paises do mundo. Entretanto, para inúmeras aplicações, principalmente para a alimentação de e- quipamentos eletrônicos, é necessária uma energia sob a forma de corrente contínua. Desta necessidade surgiram os conversores CA-CC, mais conhecidos como retificado- res. Em aplicações com potências superiores a alguns quilowats são utilizados retifi- cadores trifásicos para garantir o equilíbrio de potência entre as fases. Os primeiros retificadores concebidos utilizavam apenas diodos, o que não permitia nenhum tipo de controle sobre o fluxo de potência ou do valor da tensão de saída. Mais tarde, com os retificadores a tiristores foi possível obter um maior controle sobre este tipo de estrutu- ra. Apesar de manter o equilíbrio de potência entre as fases tanto os retificadores a diodos quanto os a tiristores trazem vários problemas para a rede de energia elétrica, dentre os quais destacam-se: ⇒ Distorção harmônica das correntes de entrada, reduzindo o fator de potência; ⇒ Distorção das tensões de alimentação; ⇒ Aumento das perdas nas redes de distribuição; ⇒ Interferência eletromagnética, prejudicando o funcionamento de outros equipamen- tos. Com o desenvolvimento da eletrônica de potência, que é uma ciência que tem por objetivo proporcionar o uso da energia elétrica de forma mais eficiente através da utilização de elementos semicondutores para a conversão da energia elétrica e controle do fluxo de potência entre fontes de energia e cargas, surgiram os retificadores PWM trifásicos com alto fator de potência. 3 O comando adequado dos interruptores nos retificadores PWM permite a obten- ção de correntes de entrada senoidais e em fase com as tensões de alimentação. Uma técnica de controle dos retificadores PWM trifásicos bastante difundida ba- seia-se na extensão da técnica de controle empregada nos retificadores monofásicos para o caso trifásico, considerando que, para o caso trifásico, pode-se obter três circui- tos monofásicos equivalentes. Porém, isto só é verdade quanto o sistema de alimenta- ção é trifásico com ou sem neutro e equilibrado. Esta técnica exige a utilização de três sensores para as correntes de entrada, três compensadores de corrente e desejando- se o controle da tensão de saída, mais um sensor para a tensão de saída. Outra forma de controle, baseada nos modelos obtidos pelas transformações de Park, vem apresentando resultados de grande interesse. Nesta técnica, utiliza-se dois ou três sensores para as correntes de entrada e apenas dois compensadores de cor- rente. Novamente, desejando-se o controle da tensão de saída deve-se empregar um sensor para a tensão de saída. A implementação deste controle deve ser realizada de forma digital. Neste trabalho apresenta-se uma nova forma de controle para os retificadores trifásicos PWM, inicialmente denominada de controle por tensão imposta. Esta técnica apresenta como principal vantagem a necessidade de amostrar apenas a tensão de saída do retificador, garantindo-se a sua regulação e a correção do fator de potência na entrada, sem a amostra das correntes de entrada. Serão apresentados os principais conceitos para a modelagem do conversor, a estrutura de controle, um exemplo de pro- jeto e os resultados de simulação. 2 – EQUACIONAMENTO PARA O CONTROLE POR TENSÃO IMPOSTA Dentre as topologias de retificadores do tipo PWM dois níveis a mais conhecida na literatura é o conversor CA-CC trifásico bidirecional apresentado na Fig. 1. Utilizan- do seis interruptores comandados esta estrutura apresenta como característica princi- pal a bidirecionalidade no fluxo de potência e, por tratar-se de uma topologia elevadora a tensão de saída deve ser maior do que o valor máximo de pico da tensão de linha. Utilizando uma estratégia de controle adequada é possível obter uma reduzida taxa de distorção harmônica da corrente de entrada. Entretanto, devido à sua configu- ração, exige maior esforço na concepção dos circuitos de comando e controle, exibindo como maior desvantagem a possibilidade de curto-circuito do barramento CC. 4 V1(t) 1 I (t)L R OC O I O VO(t) L L V2(t) V3(t) 2I (t) 3I (t) S1 S2 S3 S4 S5 S6 Fig. 1 – Conversor CA-CC PWM trifásico bidirecional. A Fig. 2 representa o conversor CA-CC bidirecional com algumas simplificações que facilitam sua analise sem perda de generalidade. VS1 VS2 VS3 Xa Ya Xb Yb Xc Yc Sa Sb Sc V1(t) 1 I (t) L L L V2(t) V3(t) 2I (t) 3I (t) VO 2 IO VO 2 Fig. 2 – Circuito simplificado do conversor CA-CC trifásico bidirecional. Segundo [1], o circuito apresentado na Fig. 2 pode ser representado pelo circuito equivalente do conversor CA-CC trifásico bidirecional, apresentado na Fig. 3. V1(t) V2(t) V3(t) VS1(t) VS2(t) VS3(t) 1I (t) 2I (t) 3I (t) L L L Fig. 3 – Circuito equivalente do conversor CA-CC trifásico bidirecional. Considerando o sistema apresentadona Fig. 3 é equilibrado, tanto tensões co- mo correntes, tem-se que: 1 2 3( ) ( ) ( ) 0S S SV t V t V t+ + = (1) 5 Em um sistema equilibrado cada fase pode ser analisada separadamente, equi- valente a três sistemas monofásicos. Sendo assim, as seguintes equações são encon- tradas: 1 1 1 2 2 3 3 3 ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) S S S dI tV t L V t dt dI tV t L V t dt dI tV t L V t dt ⎧ = ⋅ +⎪⎪⎪ = ⋅ +⎨⎪⎪ = ⋅ +⎪⎩ 2 (2) Então, cada circuito monofásico pode ser analisado da seguinte forma: V1(t) VS1(t) 1I (t) L Fig. 4 –Circuito equivalente monofásico para uma das fases. Onde: 1 1 1 1 ( ) ( ) ( ) ( ) P S S P V t V sen t V t V sen t ω ω = ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ − ∆ (3) A equação (3) pode ser representada pelo diagrama fasorial da Fig. 5, cuja aná- lise permite extrair algumas equações: 11 ( )cos( ) S PP L V senI X φ ⋅ ∆⋅ = (4) 1 11 1 1 1 cos( )( ) cos( ) ( ) P S PP L P S P P L V VV X I sen V I sen X φ φ − ⋅ ∆= ⋅ ⋅ + ⋅ ∆ ⇒ ⋅ = (5) ∆φ 1PLX .I .sen( )φ .cos( )S1PV ∆ φ 1PI S1PV 1P V 1PLX .I .cos( )=φ .sen( )S1PV ∆ 6 Fig. 5 – Diagrama fasorial. Multiplicando ambas as expressões (4) e (5) por 1 2 PV : 1 11 11 ( )cos( ) 2 2 P S PP P L V V senV IP X φ ⋅ ⋅ ∆⋅= ⋅ = ⋅ (6) 2 1 1 11 1 1 cos( )( ) 2 2 P P S PP P L V V VV IQ sen X φ − ⋅ ⋅ ∆⋅= ⋅ = ⋅ (7) Com o objetivo de obter a correção do fator de potência deseja-se que a potên- cia reativa seja nula, desta forma, fazendo Q=0 em (7) obtém-se: 1 1 cos( )P S PV V= ⋅ ∆ (8) A expressão (9) resulta da combinação de (6) e (8). 1 2 1 2tan( ) L P P X V ⋅ ⋅∆ = (9) Com base no circuito apresentado na Fig. 2, pode-se observar que quando o interruptor Sa está na posição Xa tem-se VS1 = Vo/2 e, quando Sa esta na posição Ya, tem-se VS1 = -Vo/2. Estendendo esse raciocínio para os demais interruptores chega-se a (10). 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 0 ( ) 2 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 0 ( ) 2 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 0 ( ) 2 O A S O A S O B S O B S O C S O C S V D t S X V t V D t S Y V t V D t S X V t V D t S Y V t V D t S X V t V D t S Y V t = ⇒ → ⇒ = + = ⇒ → ⇒ = − = ⇒ → ⇒ = + = ⇒ → ⇒ = − = ⇒ → ⇒ = + = ⇒ → ⇒ = − ⎧⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎨⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎪⎩ (10) Em conformidade com as definições apresentadas em (10), é possível descrever as tensões VS1, VS2 e VS3 em função da razão cíclica conforme apresentado em (11). 7 ( ) ( ) ( ) 1 1 1 2 2 2 3 3 3 1 ( ) 2 ( ) 1 ( ) 2 2 1 ( ) 2 ( ) 1 ( ) 2 2 1 ( ) 2 ( ) 1 ( ) 2 2 O S O O S O O S O V V t D t V D t V V t D t V D t V V t D t V D t = ⋅ ⋅ − = ⋅ − = ⋅ ⋅ − = ⋅ − = ⋅ ⋅ − = ⋅ − ⎧ ⎛ ⎞⎜ ⎟⎪ ⎝ ⎠⎪⎪ ⎛⎨ ⎜⎝ ⎠⎪⎪ ⎛ ⎞⎜ ⎟⎪ ⎝ ⎠⎩ ⎞⎟ (11) Igualando-se (3) e (11): 1 1 1 1 ( ) ( ) ( ) 2S S P O V t V sen t V D tω= ⋅ ⋅ − ∆ = ⋅ −⎛⎜⎝ ⎠ ⎞⎟ (12) do que resulta: 11 1 ( ) ( ) 2 S P O V D t sen t V ω= + ⋅ ⋅ − ∆ (13) Definindo-se o índice de modulação em amplitude como sendo: 1 1 cos( ) S P P O O A V V M V V = = ⋅ ∆ (14) Chega-se a: 1 1 ( ) ( ) 2 A D t M sen tω= + ⋅ ⋅ − ∆ (15) onde: 1 1 2 1 2 tan L P P X V − ⋅ ⋅∆ = ⎛⎜⎝ ⎠ ⎞⎟ (16) Estendendo este resultado para as outras fases: 1 2 3 1 ( ) ( ) 2 1 ( ) ( 120 ) 2 1 ( ) ( 120 ) 2 A A A D t M sen t D t M sen t D t M sen t ω ω ω = + ⋅ ⋅ − ∆ = + ⋅ ⋅ − ∆ − = + ⋅ ⋅ − ∆ + ⎧⎪⎪⎪⎨⎪⎪⎪⎩ D D (17) Considerando a representação cartesiana do vetor D(t) em relação a V1(t) che- ga-se a: 1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 3 3 21 ( ) ( ) cos( ) 2 21 ( ) ( 120 ) cos( 120 ) 2 21 ( ) ( 120 ) cos( 120 ) 2 P L O P O P L O P O P L O P O V P X D t sen t t V V V V P X D t sen t t V V V V P X D t sen t t V V V ω ω ω ω ω ⋅ ⋅= + ⋅ ⋅ − ⋅ ⋅⋅ ⋅ ⋅= + ⋅ ⋅ − − ⋅ ⋅ −⋅ ⋅ ⋅= + ⋅ ⋅ + − ⋅ ⋅ +⋅ ⎧⎪⎪⎪⎪⎨⎪⎪⎪⎪⎩ D D D ω D (18) 8 3 – ESTRATÉGIA DE CONTROLE De posse das equações obtidas em (17), torna-se possível realizar uma estraté- gia de controle para o retificador trifásico PWM, enfatizando-se, novamente, a necessi- dade de somente amostrar-se a tensão de saída. Desta forma, o controle da tensão de saída e a correção do fator de potência podem ser obtidos impondo-se as tensões VS1, VS2 e VS3. Isto é conseguido, definindo as razões cíclicas D1(t), D2(t) e D3(t) que são função de MA e ∆. O índice de modulação MA pode se obtido através de (14) e o ângulo de deslo- camento ∆ através de (16). O diagrama da Fig. 6 representa esta estratégia de controle. Observa-se ainda na Fig. 6 que a tensão de saída deve gerar uma referência de potência, ou seja, deve buscar uma função de transferência do tipo ov (t) p(t) . Esta função de transferência foi obtida via identificação por simulação numérica. 9 V1(t) V2(t) V3(t) V (P)Oref I1(t) I2(t) I3(t) L L L Conversor CA-CC Trifásico RO CO IO VO(t) VO(t) Modulação PWM ∆ Controlador de Tensão 1 1 2 1 1 2tan cos( ) L P P A O P X V VM V − ⎛ ⎞⋅ ⋅∆ = ⎜ ⎟⎝ ⎠ = ⋅ ∆ AM VO XL VP P 1 2 3 1( ) ( ) 2 1( ) ( 120 ) 2 1( ) ( 120 ) 2 A A A D t M sen t D t M sen t D t M sen t ω ω ω = + ⋅ ⋅ − ∆ = + ⋅ ⋅ − ∆ − = + ⋅ ⋅ − ∆ + D D D (t) 1 D (t) 2 D (t) 3 Fig. 6 – Diagrama de blocos do sistema de controle com tensão imposta. 4 – CONEXÃO ENTRE O CONTROLE POR TENSÃO IMPOSTA E O CONTROLE UTILIZANDO A TRANS- FORMAÇÃO DE PARK Observando-se as razões cíclicas obtidas na expressão (18) constata-se que estas apresentam o mesmo formato daquelas obtidas utilizando-se o controle do retifi- cador trifásico PWM pela transformação de Park [2]. Assim, pretende-se, nesta seção, 10 utilizar os resultados de modelagem deste retificador através da transformação de Park para o controle por tensão imposta. Desta forma, o sistema de controle proposto é representado pelo diagrama da Fig. 7. V1(t) V2(t) V3(t) I1(t) I2(t) I3(t) L L L Conversor CA-CC Trifásico RO CO IO VO(t) D (t) q D (t)d Transformação Inversa de Park V Oref Controlador de Tensão D (t) 1 D (t) 2 D (t) 3 Modulação PWM Fig. 7 - Conversor CA-CC PWM trifásico bidirecional. A partir das expressões (19) [1], considerando a potência reativa igual a zero e como conseqüência Iq igual a zero têm-se as equações simplificadas (20). ( )3 ( ) ( ) 2 ( ) 0 ( ) d P q q d O q dI tV L L I t V D t dt dI t L L I t V D t dt ω ω ⋅ = ⋅ − ⋅ ⋅ + ⋅ = ⋅ + ⋅ ⋅ + ⋅ ( ) O d (19) ( )3 ( ) 2 0 ( ) ( ) d P O d O q dI tV L V D t dt L I t V D tω ⋅ = ⋅ + ⋅ = ⋅ ⋅ + ⋅ d (20) Estas expressões permitem definir a corrente Id, apresentada em (21), como função de Dd e a razão cíclica Dq, mostrada em (22), a partir de Id. Em outras palavras, pode-se gerar a razão cíclica Dq a partir da razão cíclica Dd. ( ) 1 3 ( ) 2 d P O d dI t V V D t dt L ⎛ ⎞= ⋅ ⋅ − ⋅⎜⎜⎝ ⎠⎟⎟ (21) ( ) ( )q O LD t I t V d ω− ⋅= ⋅ (22) A utilização das expressões (21) e (22) é mostrada na Fig. 8 para definição do sistema de controle por tensão imposta decorrente das transformações de Park. 11 d (s)d d (s)q C(s) V (s)O Ka V Oref Planta V0 3 2 VP1 SL LωdI RL V0 - Fig. 8 – Controle por tensão imposta a partir da transformada de Park. O controlador C(s) pode ser determinado utilizando-se os resultados de modela- gem através da transformação de Park obtidos em [1], dados pelas expressões (23) e (24). 2 21 ( ) 33 ( ) 2 1 p OO P d O O L P sV Rv s V i s V C R s ⋅⎛ ⎞ O − ⋅ ⋅⎜ ⎟⋅ ⎜= ⋅ ⋅ ⎟+ ⋅ ⋅⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠ (23) ( ) ( ) d d i s V d s s L = − O⋅ (24) Com estas expressões determina-se a função de transferência para o projeto do compensador C(s). 2 21 ( ) 33 ( ) 2 1 p OO P d O L P sV Rv s V d s s L C R s ⋅⎛ ⎞ O − ⋅ ⋅⎜ ⎟⋅ ⎜= − ⋅ ⋅ ⎟⋅ + ⋅ ⋅⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠ (25) Partindo-se das relações obtidas em [1], reescritas em (26) e (27), pode-se obter um modelo simplificado para a função de transferência ov (t) p(t) , que foi identificada no con- trole por tensão imposta, apresentado anteriormente. Os resultados aqui apresentados mostram que, na verdade, o controle por tensão imposta pode ser obtido diretamente da modelagem pela transformada de Park, segundo as considerações descritas acima. ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) O OO O dV t V tI t Id t Dd t Iq t Dq t C dt R = ⋅ + ⋅ = ⋅ + (26) 3( ) ( ) ( ) 2d P P t V Id t V Id t= ⋅ = ⋅ ⋅ (27) 12 Fazendo-se Iq=0 em (26), isolando-se Id em (27) e substituindo em (26) nova- mente e utilizando a simplificação da equação (28), chega-se ao modelo apresentado na equação (29). 3 2 P d VD Vo = ⋅ (28) ( ) 1 ( ) 1 O O O O O v s R p s V R C s ⎛ ⎞= ⋅⎜ ⎟⋅ ⋅ +⎝ ⎠ (29) Este modelo apresenta um a planta de primeira ordem com característica muito próxima daquela planta obtida por identificação. Estes resultados serão apresentados nos resultados de simulação numérica. 5 – EXEMPLO DE PROJETO Um exemplo de projeto foi realizado segundo as especificações apresentadas na Tabela 1. Tabela 1 – Especificações de projeto. Simbologia Especificação Descrição VAC (V) 220 Tensão Eficaz da Rede de Alimentação f (Hz) 60 Freqüência da Rede de A- limentação Vo (V) 900 Tensão de Saída fs (kHz) 40 Freqüência de Comutação Po (kW) 10 Potência de Saída η 0,95 Rendimento ∆Vo 5% Ondulação da Tensão de Saída ∆IL 3% Ondulação da Corrente de Entrada Nos Anexos 1 e 2 encontram-se as planilhas de cálculo utilizadas para o projeto, enfocando-se com maior intensidade o projeto dos controladores. 13 Os compensadores foram projetados utilizando posicionamento de pólos e ze- ros. Para teste da estabilidade utilizou-se o Critério da Margem de Fase. Um aspecto interessante que deve-se destacar no projeto dos compensadores é a escolha da fre- qüência de cruzamento do sistema em laço aberto, pois observou-se que o sistema em malha fechada apresentava as características desejadas somente se a freqüência de cruzamento do sistema de laço aberto fosse menor que a freqüência da rede, ou seja, menor que 60Hz. Na verdade utilizou-se como freqüência de cruzamento aproximada- mente 30Hz. Como conseqüência, obteve-se respostas dinâmicas lentas para a tensão de saída e conseqüentemente para as correntes de entrada. 6 – RESULTADOS DE SIMULAÇÃO NUMÉRICA Realizaram-se três simulações numéricas. As duas primeiras simulações tratam do retificador trifásico PWM bidirecional operando com controle por tensão imposta e a terceira corresponde ao controle utilizando a transformação de Park sem sensores das correntes de entrada. Na primeira simulação o retificador opera em malha aberta. Esta simulação foi utilizada para a identificação da planta tensão de saída por potência. Na Fig. 9 apre- sentam-se as formas de onda das corrente de entrada. Time 250ms 260ms 270ms 280ms 290ms 300ms - I(V2) - I(V3) - I(V4) -20A 0A 20A -30A 30A Fig. 9 – Correntes de entrada. 14 As formas de onda da tensão e da corrente na fase 1 encontram-se na Fig. 10. Tensão e corrente apresentam-se praticamente em fase, a menos de uma defasagem de aproximadamente 2o, como apresenta, em detalhe, a Fig. 11. Time 250ms 260ms 270ms 280ms 290ms 300ms -I(V2)*10 V(V2:+)- V(V2:-) -400 0 400 Fig. 10 – Tensão e corrente de entrada na fase 1. Time 291.500ms 291.600ms 291.700ms291.401ms 291.800ms -I(V2)*10 V(V2:+)- V(V2:-) -50 -25 0 25 50 Fig. 11 – Detalhe da defasagem entre a tensão e a corrente na fase 1. A Fig. 12 apresenta a forma de onda da tensão de saída. No instante de tempo t=300ms aplica-se uma perturbação de 20% da potência de entrada, fazendo com que a tensão de saída atinja um novo ponto de equilíbrio maior que o anterior. 15 Time 0s 300ms 600ms 900ms V(C1:1)- V(C1:2) 0V 0.25KV 0.50KV 0.75KV 1.00KV Fig. 12 – Tensão de saída. A função de transferência identificada é apresentada na equação (30) e seu res- pectivos diagramas de Bode na Fig. 13. ( ) 1450 ( ) 0,083 1 ⎛= ⋅⎜ ⎞⎟⋅ +⎝ ⎠ Ov s p s s (30) Gmod f( ) f 1 10 100 1 103 1 104 1 105 40 30 20 10 0 10 20 30 40 50 60 Gfase f( ) f 1 10 100 1 103 1 104 1 105 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Fig. 13 – Diagramas de Bode. 16 Na segunda simulação realizada, o retificador opera em malha fechada. As for- mas de onda das correntes de entrada antes e depois da perturbação de carga são apresentadas nas Fig. 14 e Fig. 15 respectivamente. As correntes apresentadas na Fig. 15 não atingiram o regime permanente, por isso ainda apresentam componentes mé- dias. Time 200ms 210ms 220ms 230ms 240ms 250ms - I(V2) - I(V3) - I(V4) -20A 0A 20A -30A 30A Fig. 14 – Correntes de entrada antes da perturbação de carga. Time 800ms 810ms 820ms 830ms 840ms 850ms - I(V2) - I(V3) - I(V4) -20A -10A 0A 10A 20A Fig. 15 – Correntes de entrada depois da perturbação de carga. Na Fig. 16 apresentam-se a forma de onda da tensão e da corrente na fase 1. Novamente, a defasagem que aparece entre tensão e corrente é devida a componente 17 média que aparece na corrente de entrada por esta não se encontrar em regime per- manente. Time 850ms 860ms 870ms 880ms 890ms 900ms - I(V2)*10 V(V2:+)- V(V2:-) -400 -200 0 200 400 Fig. 16 – Tensão e corrente na fase 1. A forma de onda da tensão de saída é apresentada na Fig. 17. No instante de tempo t=250ms aplica-se um degrau negativo de carga de 50%. Observa-se a regula- ção da tensão de saída. Time 0s 200ms 400ms 600ms 800ms 900ms V(C1:1)- V(C1:2) 0.8KV 0.9KV 1.0KV Fig. 17 – Tensão de saída. 18 Finalmente, a terceira simulação numérica trata do retificador operando com controle utilizando a transformada de Park sem a utilização de sensores para as cor- rentes de entrada. As formas de onda das correntes de entrada são mostradas na Fig. 18. No ins- tante de tempo t=50ms aplica-se um degrau de carga de 50%. Time 0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms -I(V1) -I(V2) -I(V3) -40A 0A 40A Fig. 18 – Correntes de entrada. Apresenta-se na Fig. 19 as formas de onda da tensão e da corrente na fase 1. Observa-se a correção do fator de potência. Time 0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms 120ms -I(V1)*10 V(V1:+,V1:-) -400 0 400 Fig. 19 – Tensão e corrente na fase 1. 19 Na Fig. 20 tem-se a forma de onda da tensão de saída. Observa-se a regulação desta tensão após a perturbação de carga no instante de tempo t=50ms. Time 0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms V(S1:3,D4:2)0V 150V 300V 450V 600V 750V 900V Fig. 20 – Tensão de saída. As razões cíclicas de eixo direto e de eixo em quadratura são apresentadas na Fig. 21. Time 0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms 120ms V(Dd) V(Dq) -500mV 0V 500mV Fig. 21 – Razões cíclicas de eixo direto e de eixo em quadratura. 20 As formas de onda das razões cíclicas de fase são apresentadas na Fig. 22. Time 0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms V(U3:I1) V(U3:I2) V(U3:I3) 0V 0.5V 1.0V Fig. 22 – Razões cíclicas de fase. 7 – CONCLUSÕES Neste relatório apresentou-se uma maneira de controle para os retificadores tri- fásicos PWM visando a correção do fator de potência e a regulação da tensão de saí- da, utilizando-se somente o sensoriamento da tensão de saída, sem empregar-se, por- tanto, sensores para as correntes de entrada. A primeira maneira de controle apresentada, denominada de controle por tensão imposta, tem sua origem baseada nas equações que descrevem o fluxo de potência entre duas barras e uma linha de transmissão, reportando-se aos Sistemas de Potên- cia. O emprego aos retificadores trifásicos PWM se dá a partir do momento em que se modela o retificador por duas fontes de tensão e uma indutância e assim controla-se o fluxo de potência entre as fontes de tensão. Na segunda maneira de controle, parte-se dos modelos obtidos pela transforma- ção de Park aplicados ao retificador. A partir de algumas considerações, mostra-se que a razão cíclica de eixo em quadratura pode ser obtida a partir da razão cíclica de eixo direta, de forma desacoplada. Assim, a partir da amostra da tensão de saída obtém-se a razão cíclica de eixo direto e conseqüentemente a razão cíclica de eixo em quadratu- ra. Nesta técnica, a modelagem se apresenta de forma bastante rigorosa, traduzindo de forma mais clara o comportamento do retificador. 21 As simulações apresentadas procuraram evidenciar somente o princípio de ope- ração do retificador com este tipo de controle. Sendo assim, comportamentos transitó- rios e técnicas de projeto ainda devem ser investigados e perfeitamente descritos. Fa- tores tais como variações paramétricas dos componentes do retificador e metodologias de projeto para os compensadores utilizados, também deverão ficar mais consolidas em uma futura fase de implementação prática. Por fim, a implementação através de processadores digitais de sinais parece ser o caminho que leve aos melhores resultados, pois as operações exigidas pelos algorit- mos de controle atualmente podem ser realizadas de forma mais otimizada por estes componentes. 8 – BIBLIOGRAFIA [1] BORGONOVO, Deivis. Modelagem e Controle de Retificadores Trifásicos Empre- gando a Transformação de Park. Dissertação de Mestrado. INEP/UFSC. Flori- anópolis, 2001. [2] ILLA FONT, C. H.; LINDEKE, D.; DA SILVA, D. P. et al. Retificador CA-CC Trifásico Bidirecional. Relatório Interno da Disciplina Correção do Fator de Potência para Fontes de Alimentação – 3o Trimestre de 2001. INEP/UFSC. Florianópolis, 2001. [3] ILLA FONT, C. H.; NASCIMENTO, C. B.; PEREIRA, E. I. et al. Análise e Desenvol- vimento da Metodologia de Controle de um Retificador PWM Trifásico Bidirecio- nal Baseada na Imposição das Tensões de Linha. Relatório Interno da Disciplina T. A. em Eletrônica de Potência: Retificadores Trifásicos PWM com Elevado Fa- tor de Potência – 2o Trimestre de 2003. INEP/UFSC. Florianópolis, 2003. [4] ILLA FONT, C. H.; NASCIMENTO, C. B.; PEREIRA, E. I. et al. Retificador Trifásico PWM com Elevado Fator de Potência utilizando Transformação de Park: Abor- dagem por Variáveis de Fase. Relatório Interno da Disciplina T. A. em Eletrônica de Potência: Retificadores Trifásicos PWM com Elevado Fator de Potência – 2o Trimestre de 2003. INEP/UFSC. Florianópolis, 2003. 22 ANEXO 1 – PLANILHA DE CÁLCULO PARA O CONTROLE POR TENSÃO IMPOSTA Retificador Trifásico Bidirecional com Controle por Tensão Imposta Disciplina: EEL6560 - T. A. em Eletrônica de Potência: Retificadores Trifásicos PWM com Alto Fator de Potência Professor: Ivo Barbi, Dr. Ing. Trimestre: 2003 - 2 Doutorando: Carlos Henrique Illa Font Flábio Alberto Bardemaker Batista Ricardo Luiz Alves Florianópolis - Outubro / 2003 1) Especificações: Tensão Eficaz de Fase na Fonte de Alimentação: Vief_fase 220 V Frequencia da Rede: fr 60 Hz Tensão de Saída: Vo 900 V Potência de Saída: Po 10 kW Frequencia de Comutaçao: fs 40 kHz Ondulação Percentual da Corrente de Entrada: ∆Ii % 3 % Ondulação Percentual da Tensão de Saída: ∆Vo % 5 % 2) Cálculos Preliminares: Corrente de Pico de Entrada: Ii pk_fase 2 Po. 2 Vief_fase. 3. Ii pk_fase 21.427 A= Corrente Eficaz de Entrada: Ii ef_fase Po 3 Vief_fase. Ii ef_fase 15.152 A= 3) Cálculo da Indutância: Ondulação da Corrente: ∆Ii ∆Ii % Ii pk_fase. ∆Ii 0.643 A= 23 Indutância: L 2 Vief_fase. 1.5 2 Vief_fase. 2. Vo ∆Ii fs. L 5.826 mH= L 5.2 mH 4) Cálculo da Capacitância: Ondulação da Tensão: ∆Vo ∆Vo % Vo. ∆Vo 45 V= Capacitância: Co Po 2 π. fr. Vo. ∆Vo. Co 654.959 µF= Co 600 µF 5) Cálculo da Resistência de Carga: Resistência de Carga: Ro Vo 2 Po Ro 81 Ω= 6) Cálculo das Variáveis de Controle: Reatância Indutiva: X L 2 π. fr. L. X L 1.96 Ω= Ângulo de Defasagem: ∆ atan Po X L . 3 Vief_fase 2. ∆ 0.134= ∆ g ∆ 180π . ∆ g 7.689= cos ∆( ) 0.991= sin ∆( ) 0.134= Tensão Vab de Pico: Vab pk 2 Vief_fase. cos ∆( ) Vab pk 313.95 V= 24 Índice de Modulaçao: IM Vab pk 0.5 Vo. IM 0.698= Tensão de Pico da Onda Triangular: Vt pk 5 V Tensão de Pico da Onda de Referência: Vc pk IM Vt pk . Vc pk 3.488 V= Comportamento das Variáveis de Controle frente a Variações de Potência: P 0 kW 1 kW, 10 kW.. δ P( ) atan P X L . 3 Vief_fase 2. δ g P( ) δ P( ) 180π . M P( ) 2 2. Vief_fase. Vo 1 cos δ P( )( ) . δ g P( ) P0 2000 4000 6000 8000 1 10 4 8 6 4 2 0 25 M P( ) P0 2000 4000 6000 8000 1 10 4 0.69 0.692 0.694 0.696 0.698 7) Estudo da Malha de Tensão: Identificação da Função de Transferência: tr 250 10 3 s. ∆P 4000 W 3333.33W 3333.33W ∆P 0.2= ∆V 975 V 885 V ∆V 90 V= τ tr 3 τ 0.083 s= k g ∆V ∆P k g 449.997 V= f 1 Hz 5 Hz, 1 105 Hz... s f( ) j 2. π. f. Função de Transferência da Planta: G f( ) k g τ s f( ). 1 1 V . Gmod f( ) 20 log G f( )( ). Gfase f( ) 180π arg G f( )( ) . 26 Diagramas de Bode: Gmod f( ) f1 10 100 1 10 3 1 104 1 105 40 30 20 10 0 10 20 30 40 50 60 Gfase f( ) f1 10 100 1 10 3 1 104 1 105 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Tensão de Referência: VRef 5 V Ganho do Sensor de Tensão: k v VRef Vo k v 5.556 10 3= Frequência de Cruzamento: fc fs 1350 fc 29.63 Hz= fz1 1 2 π. τ. fz1 1.91 Hz=Frequência dos Zeros do Compensadorde PID: fz2 fc 20 fz2 1.481 Hz= 27 fp1 0 Frequência dos Pólos do Compensadorde PID: fp2 fc 10 fp2 2.963 Hz= Função de Transferência do Compensador PID sem o Ganho: Gcsk f( ) s f( ) 2 π. fz1.( ) s f( ) 2 π. fz2.( ). s f( ) s f( ) 2 π. fp2.( ). Cálculo do Ganho do Compensador: kc 1 G fc( ) Gcsk fc( ). k v. kc 6.229= Função de Transferência do Compensador PID: Gc f( ) kc s f( ) 2 π. fz1.( ) s f( ) 2 π. fz2.( ). s f( ) s f( ) 2 π. fp2.( ). . Gcmod f( ) 20 log Gc f( )( ). Gcfase f( ) 180π arg Gc f( )( ) . Função de Transferência de Laço Aberto: FTLA f( ) G f( ) Gc f( ) . k v.FTLAmod f( ) 20 log FTLA f( )( ). FTLAfase f( ) 180π arg FTLA f( )( ) . 20 log FTLA fc( )( ). 1.929 10 15= dB 180 π arg FTLA fc( )( ) . 87.152= graus MF 180 180π arg FTLA fc( )( ) . MF 92.848=Margem de Fase: 28 Diagramas de Bode: Gmod f( ) Gcmod f( ) FTLAmod f( ) f1 10 100 1 10 3 1 104 1 105 40 30 20 10 0 10 20 30 40 50 60 Gfase f( ) Gcfase f( ) FTLAfase f( ) f1 10 100 1 10 3 1 104 1 105 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Componentes do Compensador PID: Rp 10 kΩ Rf kc Rp. Rf 62.288 kΩ= Ri fp2 fz2 1 Rp. Ri 10 kΩ= Ci 1 2 π. Ri. fz2. Ci 10.743 µF= Cf 1 2 π. fz1. Rf. Cf 1.338 µF= 29 ANEXO 2 – PLANILHA DE CALCULO PARA O CONTROLE UTILIZANDO A TRANSFORMAÇÃO DE PARK SEM SENSORES DE CORRENTE Retificador Trifásico Bidirecional com Controle Urilizando a Transformação de Park sem Sensores de Corrente Disciplina: EEL6560 - T. A. em Eletrônica de Potência: Retificadores Trifásicos PWM com Alto Fator de Potência Professor: Ivo Barbi, Dr. Ing. Trimestre: 2003 - 2 Doutorando: Carlos Henrique Illa Font Flábio Alberto Bardemaker Batista Ricardo Luiz Alves Florianópolis - Outubro / 2003 1) Especificações: Tensão Eficaz de Fase na Fonte de Alimentação: Vief_fase 220 V Frequencia da Rede: fr 60 Hz Tensão de Saída: Vo 900 V Potência de Saída: Po 10 kW Frequencia de Comutaçao: fs 40 kHz Ondulação Percentual da Corrente de Entrada: ∆Ii % 3 % Ondulação Percentual da Tensão de Saída: ∆Vo % 5 % Rendimento: η 0.95 2) Cálculos Preliminares: Corrente de Pico de Entrada: Ii pk_fase 2 Po. 2 Vief_fase. 3. Ii pk_fase 21.427 A= Corrente Eficaz de Entrada: Ii ef_fase Po 3 Vief_fase. Ii ef_fase 15.152 A= 3) Cálculo da Indutância: Ondulação da Corrente: ∆Ii ∆Ii % Ii pk_fase. ∆Ii 0.643 A= 30 Indutância: L 2 Vief_fase. 1.5 2 Vief_fase. 2. Vo ∆Ii fs. L 5.826 mH= L 5.2 mH Reatância Indutiva: X L 2 π. fr. L. X L 1.96 Ω= 4) Cálculo da Capacitância: Ondulação da Tensão: ∆Vo ∆Vo % Vo. ∆Vo 45 V= Capacitância: Co Po 2 π. fr. Vo. ∆Vo. Co 654.959 µF= Co 600 µF 5) Cálculo da Resistência de Carga: Resistência de Carga: Ro Vo 2 Po Ro 81 Ω= 6) Cálculo da Resistência Equivalente de Linha: Perdas Totais: Pperdas 1 ηη Po . Pperdas 526.316 W= Perdas por Fase: Pfase Pperdas 3 Pfase 175.439 W= Resistência Equivalente: Ri Pfase Ii ef_fase 2 Ri 0.764 Ω= 7) Cálculo das Componentes de Eixo Direto e de Quadratura: Corrente de Eixo Direto: Id Po η. 3 Vief_fase. Id 24.931 A= Corrente de Eixo de Quadratura: Iq 0 A 31 Razão Cíclica de Eixo Direto: Dd 3 Vief_fase. Vo Ri Id. Vo Dd 0.402= Razão Cíclica de Eixo de Quadratura: Dq X L Vo Id. Dq 0.054= 8) Estudo da Malha de Tensão: f 1 Hz 5 Hz, 1 105 Hz... s f( ) j 2. π. f. Função de Transferência da Planta: G f( ) 3 Ro. Vief_fase. L s f( ). Ri 1 s f( ) L Po . 3 Vief_fase 2. . 1 s f( ) Co. Ro. . 1 V . Gmod f( ) 20 log G f( )( ). Gfase f( ) 180π arg G f( )( ) . Diagramas de Bode: Gmod f( ) f1 10 100 1 10 3 1 104 1 105 30 20 10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 32 Gfase f( ) f1 10 100 1 10 3 1 104 1 105 180 140 100 60 20 20 60 100 140 180 Tensão de Referência: V Ref 0.4023V Ganho do Sensor de Tensão: k v VRef Vo k v 4.47 10 4= Tensão de Pico da Onda Triangular: Vt pk 1.0 V Ganho do Modulador PWM: k PWM 1 V. Vt pk k PWM 1= Frequência de Cruzamento: fc fs 1350 fc 29.63 Hz= fz1 Ri 2 π. L. fz1 23.39 Hz=Frequência dos Zeros do Compensadorde PID: fz2 1 2 π. Ro. Co. fz2 3.275 Hz= fp1 0 Frequência dos Pólos do Compensadorde PID: fp2 10 fc. fp2 296.296 Hz= Função de Transferência do Compensador PID sem o Ganho: Gcsk f( ) s f( ) 2 π. fz1.( ) s f( ) 2 π. fz2.( ). s f( ) s f( ) 2 π. fp2.( ). Cálculo do Ganho do Compensador: kc 1 G fc( ) Gcsk fc( ). k v. k PWM. kc 6.366= 33 Função de Transferência do Compensador PID: Gc f( ) kc s f( ) 2 π. fz1.( ) s f( ) 2 π. fz2.( ). s f( ) s f( ) 2 π. fp2.( ). . Gcmod f( ) 20 log Gc f( )( ). Gcfase f( ) 180π arg Gc f( )( ) . Função de Transferência de Laço Aberto: FTLA f( ) G f( ) Gc f( ) . k v. k PWM. FTLAmod f( ) 20 log FTLA f( )( ). FTLAfase f( ) 180π arg FTLA f( )( ) . 20 log FTLA fc( )( ). 1.929 10 15= dB 180 π arg FTLA fc( )( ) . 99.525= graus MF 180 180π arg FTLA fc( )( ) . MF 80.475=Margem de Fase: Diagramas de Bode: Gmod f( ) Gcmod f( ) FTLAmod f( ) f1 10 100 1 10 3 1 104 1 105 40 30 20 10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 34 Gfase f( ) Gcfase f( ) FTLAfase f( ) f1 10 100 1 10 3 1 104 1 105 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Componentes do Compensador PID: Rp 10 kΩ Rf kc Rp. Rf 63.661 kΩ= Ri fp2 fz2 1 Rp. Ri 894.779 kΩ= Ci 1 2 π. Ri. fz2. Ci 54.315 nF= Cf 1 2 π. fz1. Rf. Cf 106.885 nF= 35 ANEXO 3 – ARQUIVOS DE SIMULAÇÃO 1) Simulação com controle por tensão imposta operando em malha aberta. R8 1m 0 E13 V(%IN+)*sin(V(%IN-)) EVALUE OUT+ OUT- IN+ IN- V11 PER = 16.667m PW = 0 TD = 0 TF = 1n TR = 16.66m V1 = 0 V2 = 6.28 V5 15V v2 E8 V(%IN+, %IN-) ETABLE OUT+ OUT- IN+ IN- Vg3 V1 2.093V L3 5.2mH Vg1 V13 PER = 16.667m PW = 0 TD = 0 TF = 1n TR = 16.66m V1 = 0 V2 = 6.28 Dbreak D11 Dbreak D10 Vgc2 V12 PER = 16.667m PW = 0 TD = 0 TF = 1n TR = 16.66m V1 = 0 V2 = 6.28 R3 1k + - + - Sbreak S2 0 V3 0 V- R1 10meg Delta 0 v3 0 Vg2 Dbreak D2 R7 1m 1.4142 Dbreak D3 + - + - Sbreak S6 V+ Vg1 U6 LM311 7 2 3 1 8 4 6 5 OUT + - G V+ V- B/SB V- Dbreak D12 Delta Vg2 V+ E12 V(%IN+)/V(%IN-) ETABLE OUT+ OUT- IN+ IN- 0 0 0 + - + - Sbreak S1 V8 V9 V2 450 Vo COS V+ 0 v3 Vgc2 V- Vgc1 0 1.96 XL 0 0 R2 1k Vgc3 E7 V(%IN+, %IN-) ETABLE OUT+ OUT- IN+ IN- Dbreak D9 0 5 Dbreak D8 U4 LM311 7 2 3 1 8 4 6 5 OUT + - G V+ V- B/SB Delta R4 1k Dbreak D7 -4000 P2 SQRT 1.000 V7 Vgc3 0 + - + - Sbreak S4 R5 81 48400 Vi2 0 Dbreak D1 E11 V(%IN+)/V(%IN-) EVALUE OUT+ OUT- IN+ IN- 0 + - + - Sbreak S5 Dbreak D6 -3333.33 P1 0 Dbreak D5 0 V4 0 0 0 L1 5.2mH 0 0 Vg3 E14 V(%IN+)*sin(V(%IN-)) EVALUE OUT+ OUT- IN+ IN- v2 L2 5.2mH E9 V(%IN+, %IN-)ETABLE OUT+ OUT- IN+ IN- E15 V(%IN+)*sin(V(%IN-)) EVALUE OUT+ OUT- IN+ IN- V+ V6 15V Dbreak D4 U8 300m 1 2 0 ARCTAN V- U7 300m 1 2 V+ 0 R6 1m V14 4.1866V 0 Vgc1 V+ 0 Delta + - + - Sbreak S3 0 0 U5 LM311 7 2 3 1 8 4 6 5 OUT + - G V+ V- B/SB C1 600u E10 V(%IN+)/V(%IN-) EVALUE OUT+ OUT- IN+ IN- 0 V+ * source SIMULACAO X_S1 VG1 0 N00178 N00157 SCHE- MATIC1_S1 X_S2 VGC1 0 N00164 N00171 SCHE- MATIC1_S2 X_S3 VG2 0 N00178 N00234 SCHE- MATIC1_S3 V_P2 N80449 0 DC -4000 X_S4 VG3 0 N00178 N00256 SCHE- MATIC1_S4 X_S5 VGC2 0 N00307 N00314 SCHEMA- TIC1_S5X_S6 VGC3 0 N00333 N00337 SCHEMA- TIC1_S6 V_Vo N56286 0 DC 450 D_D1 N00157 N00164 Dbreak D_D2 N00171 N00196 Dbreak D_D3 N00314 N00196 Dbreak D_D4 N00234 N00307 Dbreak V_CONST4 N54789 0 DC 1.000 D_D5 N00256 N00333 Dbreak D_D6 N00337 N00196 Dbreak V_V12 V2 0 +PULSE 0 6.28 0 16.66m 1n 0 16.667m D_D7 N00164 N00178 Dbreak D_D8 N00307 N00178 Dbreak D_D9 N00333 N00178 Dbreak D_D10 N00196 N00333 Dbreak D_D11 N00196 N00307 Dbreak D_D12 N00196 N00164 Dbreak V_V13 V3 0 +PULSE 0 6.28 0 16.66m 1n 0 16.667m E_GAIN1 N57602 0 VALUE {5 * V(N61722)} E_E12 N56591 0 TABLE { V(N54789)/V(N56286) } + ( (-15,-15) (15,15) ) E_COS1 N55503 0 VALUE {COS(V(DELTA))} V_V1 N710701 0 2.093V R_R1 N00196 0 10meg V_V11 N61789 0 +PULSE 0 6.28 0 16.66m 1n 0 16.667m X_U8 N80363 N80408 Sw_tOpen PA- RAMS: tOpen=300m ttran=1u Rclosed=0.01 + Ropen=1Meg V_V14 N71213 0 4.1866V E_MULT1 N54996 0 VALUE {V(N54358)*V(N80408)} E_SQRT1 N69100 0 VALUE {S- QRT(V(N54458))} E_E13 N57530 0 VALUE { V(N57602)*sin(V(N61421)) } V_V2 N00542 N00515 +SIN 0 311 60 0 0 0.0 C_C1 N00178 N00196 600u IC=900 V_V3 N14203 N00515 +SIN 0 311 60 0 0 -120 V_V4 N00579 N00515 +SIN 0 311 60 0 0 120 36 V_XL N54358 0 DC 1.96 E_SUM1 N61421 0 VALUE {V(DELTA)+V(N61789)} V_V7 N02093 0 DC 0 AC 0 +PULSE -5 5 0 12.5u 12.5u 1n 25u V_V8 N02083 0 DC 0 AC 0 +PULSE -5 5 0 12.5u 12.5u 1n 25u V_V9 N02077 0 DC 0 AC 0 +PULSE -5 5 0 12.5u 12.5u 1n 25u V_Vi2 N54458 0 DC 48400 R_R5 N00196 N00178 81 E_ATAN1 DELTA 0 VALUE {A- TAN(V(N55369))} E_E14 N57441 0 VALUE { V(N57602)*sin(V(N66299)) } V_P1 N80363 0 DC -3333.33 V_V5 V+ 0 15V V_V6 0 V- 15V X_U4 N57530 N02093 V+ V- VG1 0 LM311 X_U5 N57441 N02083 V+ V- VG2 0 LM311 X_U6 N57324 N02077 V+ V- VG3 0 LM311 E_MULT3 N56573 0 VALUE {V(N56076)*V(N69119)} E_MULT4 N61722 0 VALUE {V(N56573)*V(N56591)} X_U7 N80408 N80449 Sw_tClose PA- RAMS: tClose=300m ttran=1u Rclosed=0.01 + Ropen=1Meg E_GAIN2 N69119 0 VALUE {1.4142 * V(N69100)} L_L1 N00542 N78338 5.2mH IC=21.42 R_R6 N78338 N00164 1m L_L2 N14203 N78399 5.2mH IC=-10.71 L_L3 N00579 N78432 5.2mH IC=-10.71 E_E15 N57324 0 VALUE { V(N57602)*sin(V(N57916)) } E_E7 VGC1 0 TABLE { V(VG1, 0) } + ( (0,15) (15,0) ) E_E8 VGC2 0 TABLE { V(VG2, 0) } + ( (0,15) (15,0) ) E_E9 VGC3 0 TABLE { V(VG3, 0) } + ( (0,15) (15,0) ) E_E10 N55011 0 VALUE { V(N54789)/V(N54458) } R_R2 VG1 V+ 1k R_R3 VG2 V+ 1k R_R4 VG3 V+ 1k E_SUM4 N71102 0 VALUE {V(N71213)+V(V2)} R_R7 N78399 N00307 1m E_MULT2 N55369 0 VALUE {V(N55011)*V(N54996)} E_SUM5 N71084 0 VALUE {V(N710701)+V(V3)} E_E11 N56076 0 VALUE { V(N54789)/V(N55503) } R_R8 N78432 N00333 1m E_SUM3 N57916 0 VALUE {V(DELTA)+V(N71084)} E_SUM2 N66299 0 VALUE {V(DELTA)+V(N71102)} .subckt SCHEMATIC1_S1 1 2 3 4 S_S1 3 4 1 2 Sbreak RS_S1 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S1 .subckt SCHEMATIC1_S2 1 2 3 4 S_S2 3 4 1 2 Sbreak RS_S2 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S2 .subckt SCHEMATIC1_S3 1 2 3 4 S_S3 3 4 1 2 Sbreak RS_S3 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S3 .subckt SCHEMATIC1_S4 1 2 3 4 S_S4 3 4 1 2 Sbreak RS_S4 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S4 .subckt SCHEMATIC1_S5 1 2 3 4 S_S5 3 4 1 2 Sbreak RS_S5 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S5 .subckt SCHEMATIC1_S6 1 2 3 4 S_S6 3 4 1 2 Sbreak RS_S6 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S6 37 2) Simulação com controle por tensão imposta operando em malha fechada. 0 v3 V+ E14 V(%IN+)*sin(V(%IN-)) EVALUE OUT+ OUT- IN+ IN- Vgc1 V+ 5 Dbreak D2 + - + - Sbreak S4 V+ SQRT 0 L1 5.2mH 0 0 -666.66 Vg2 0 V14 4.1866V v2 0 - + + - E1 ENOMGAIN = 5.556m 0 C2 1.34u 0V- Delta + - + - Sbreak S3 V- Vg3 E9 V(%IN+, %IN-)ETABLE OUT+ OUT- IN+ IN- 0 V- Dbreak D9 E13 V(%IN+)*sin(V(%IN-)) EVALUE OUT+ OUT- IN+ IN- 0 R7 10k 0 0 1.4142 V11 PER = 16.667m PW = 0 TD = 0 TF = 1n TR = 16.66m V1 = 0 V2 = 6.28 0 V2 V4 V6 15V Vg1 V- 0 Dbreak D1 1.000 R12 162 V+ Voa V- 450 Vo2 V1 2.093V U6 LM311 7 2 3 1 8 4 6 5 OUT + - G V+ V- B/SB V5 15V Dbreak D6 Dbreak D8 Vgc2 + - + - Sbreak S1 48400 Vi2 R9 1m Delta 0 Vg1 E7 V(%IN+, %IN-) ETABLE OUT+ OUT- IN+ IN- + - + - Sbreak S6 Vg3 ARCTAN U7 LF411 3 2 7 4 6 1 5+ - V+ V- OUT B1 B2 V9 0 U9 250ms 1 2 V13 PER = 16.667m PW = 0 TD = 0 TF = 1n TR = 16.66m V1 = 0 V2 = 6.28 V+ 0 V8 v3 Voa C1 600u 0 0 V3 0 R3 1k Vgc3 V+ L3 5.2mH Vgc2 0 U4 LM311 7 2 3 1 8 4 6 5 OUT + - G V+ V- B/SB Voc Dbreak D12 R10 1m + - + - Sbreak S2 L2 5.2mH Dbreak D5 E8 V(%IN+, %IN-)ETABLE OUT+ OUT- IN+ IN- Dbreak D4 V10 5V E10 V(%IN+)/V(%IN-) EVALUE OUT+ OUT- IN+ IN- Dbreak D10 E11 V(%IN+)/V(%IN-) EVALUE OUT+ OUT- IN+ IN- 1.96 X1 R8 1m 0 Vg2 0 0 V12 PER = 16.667m PW = 0 TD = 0 TF = 1n TR = 16.66m V1 = 0 V2 = 6.28 V7 Delta R4 1k 0 E15 V(%IN+)*sin(V(%IN-)) EVALUE OUT+ OUT- IN+ IN- 0 0 Delta Dbreak D3 Vgc1 0 v2 R6 63k 0 U5 LM311 7 2 3 1 8 4 6 5 OUT + - G V+ V- B/SB 0 R1 10meg R2 1k Dbreak D11 R5 162 0 Dbreak D7 Voc + - + - Sbreak S5 COS V+ 0 V+ Vgc3 R13 10k C3 10.7u E12 V(%IN+)/V(%IN-) ETABLE OUT+ OUT- IN+ IN- * source SIMULACAO X_S1 VG1 0 N00178 N00157 SCHEMA- TIC1_S1 X_S2 VGC1 0 N00164 N00171 SCHEMA- TIC1_S2 X_S3 VG2 0 N00178 N00234 SCHEMA- TIC1_S3 X_S4 VG3 0 N00178 N00256 SCHEMA- TIC1_S4 X_S5 VGC2 0 N00307 N00314 SCHEMA- TIC1_S5 X_S6 VGC3 0 N00333 N00337 SCHEMA- TIC1_S6 D_D1 N00157 N00164 Dbreak D_D2 N00171 N00196 Dbreak D_D3 N00314 N00196 Dbreak D_D4 N00234 N00307 Dbreak C_C3 N95801 N82332 10.7u V_CONST4 N54789 0 DC 1.000 X_U9 N91375 N00178 Sw_tOpen PA- RAMS: tOpen=250ms ttran=1u Rclosed=0.01 + Ropen=1Meg D_D5 N00256 N00333 Dbreak D_D6 N00337 N00196 Dbreak V_V12 V2 0 +PULSE 0 6.28 0 16.66m 1n 0 16.667m D_D7 N00164 N00178 Dbreak D_D8 N00307 N00178 Dbreak D_D9 N00333 N00178 Dbreak D_D10 N00196 N00333 Dbreak D_D11 N00196 N00307 Dbreak D_D12 N00196 N00164 Dbreak V_V13 V3 0 +PULSE 0 6.28 0 16.66m 1n 0 16.667m E_GAIN1 N57602 0 VALUE {5 * V(N61722)} E_E12 N56591 0 TABLE { V(N54789)/V(N95301) } + ( (-15,-15) (15,15) ) E_COS1 N55503 0 VALUE {COS(V(DELTA))} V_V1 N710701 0 2.093V R_R1 N00196 0 10meg V_V11 N61789 0 +PULSE 0 6.28 0 16.66m 1n 0 16.667m V_Vo2 N95301 0 DC 450 R_R8N86222 N00164 1m V_V14 N71213 0 4.1866V E_MULT1 N54996 0 VALUE {V(N54358)*V(N54341)} E_SQRT1 N69100 0 VALUE {S- QRT(V(N54458))} E_E13 N57530 0 VALUE { V(N57602)*sin(V(N61421)) } R_R13 N95801 VOA 10k V_V2 N00542 N00515 +SIN 0 311 60 0 0 0.0 C_C1 N00178 N00196 600u IC=900 V_V3 N14203 N00515 +SIN 0 311 60 0 0 -120 V_V4 N00579 N00515 +SIN 0 311 60 0 0 120 V_X1 N54358 0 DC 1.96 E_SUM1 N61421 0 VALUE {V(DELTA)+V(N61789)} C_C2 N95093 VOC 1.34u V_V7 N02093 0 DC 0 AC 0 +PULSE -5 5 0 12.5u 12.5u 1n 25u 38 V_V8 N02083 0 DC 0 AC 0 +PULSE -5 5 0 12.5u 12.5u 1n 25u V_V9 N02077 0 DC 0 AC 0 +PULSE -5 5 0 12.5u 12.5u 1n 25u X_U7 N81180 N82332 V+ V- VOC LF411 V_Vi2 N54458 0 DC 48400 R_R5 N00196 N00178 162 E_ATAN1 DELTA 0 VALUE {A- TAN(V(N55369))} E_E14 N57441 0 VALUE { V(N57602)*sin(V(N66299)) } V_V5 V+ 0 15V V_V6 0 V- 15V R_R9 N86328 N00307 1m X_U4 N57530 N02093 V+ V- VG1 0 LM311 X_U5 N57441 N02083 V+ V- VG2 0 LM311 X_U6 N57324 N02077 V+ V- VG3 0 LM311 E_MULT3 N56573 0 VALUE {V(N56076)*V(N69119)} E_MULT4 N61722 0 VALUE {V(N56573)*V(N56591)} V_V10 N81180 0 5V E_GAIN2 N69119 0 VALUE {1.4142 * V(N69100)} L_L1 N00542 N86222 5.2mH IC=0 L_L2 N14203 N86328 5.2mH IC=-21.42 R_R10 N86401 N00333 1m L_L3 N00579 N86401 5.2mH IC=21.42 E_E15 N57324 0 VALUE { V(N57602)*sin(V(N57916)) } E_E7 VGC1 0 TABLE { V(VG1, 0) } + ( (0,15) (15,0) ) E_E8 VGC2 0 TABLE { V(VG2, 0) } + ( (0,15) (15,0) ) E_E9 VGC3 0 TABLE { V(VG3, 0) } + ( (0,15) (15,0) ) R_R6 N82332 N95093 63k E_E10 N55011 0 VALUE { V(N54789)/V(N54458) } R_R2 VG1 V+ 1k R_R3 VG2 V+ 1k R_R12 N00196 N91375 162 R_R4 VG3 V+ 1k R_R7 N95801 N82332 10k E_E1 VOA 0 N00178 N00196 5.556m E_SUM4 N71102 0 VALUE {V(N71213)+V(V2)} E_MULT2 N55369 0 VALUE {V(N55011)*V(N54996)} E_SUM5 N71084 0 VALUE {V(N710701)+V(V3)} E_E11 N56076 0 VALUE { V(N54789)/V(N55503) } E_SUM3 N57916 0 VALUE {V(DELTA)+V(N71084)} E_GAIN4 N54341 0 VALUE {-666.66 * V(VOC)} E_SUM2 N66299 0 VALUE {V(DELTA)+V(N71102)} .subckt SCHEMATIC1_S1 1 2 3 4 S_S1 3 4 1 2 Sbreak RS_S1 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S1 .subckt SCHEMATIC1_S2 1 2 3 4 S_S2 3 4 1 2 Sbreak RS_S2 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S2 .subckt SCHEMATIC1_S3 1 2 3 4 S_S3 3 4 1 2 Sbreak RS_S3 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S3 .subckt SCHEMATIC1_S4 1 2 3 4 S_S4 3 4 1 2 Sbreak RS_S4 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S4 .subckt SCHEMATIC1_S5 1 2 3 4 S_S5 3 4 1 2 Sbreak RS_S5 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S5 .subckt SCHEMATIC1_S6 1 2 3 4 S_S6 3 4 1 2 Sbreak RS_S6 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S6 39 3) Simulação com controle utilizando a transformação de Park sem sensores de corrente. 0 Vg2 V- + - + - Sbreak S2 I1 1 0.0052*s 0.000447 Dbreak D6 V+ V- + - H3 H U5 LM311 7 2 3 1 8 4 6 5 OUT + - G V+ V- B/SB 0 0 Vt Voa 0 Dbreak D4 L1 5.2mH 1 2 + - + - Sbreak S4 U1 50ms 1 2 L3 5.2mH 1 2 R8 10k R1 1m Dbreak D11 V+ E2 V(%IN+, %IN-) ETABLE OUT+ OUT- IN+ IN- -0.764 0 0 C1 600u Vt Dq Vgc2 0 Dbreak D8 L2 5.2mH 1 2 0 Vgc2 Iq U7 Tdq0Direta 0 1 2 3 4 5 I0 I1 I2 I3 ID IQ V- + - + - Sbreak S5 0 Vg3 C2 54n U2 LF411 3 2 7 4 6 1 5 + - V+ V- OUT B1 B2 I1 + - H1 H 0 0 R12 5.2k Dbreak D2 + - + - Sbreak S1 Dbreak D10 I2 0 Voa I2 - + + - E1 E GAIN = 0.000447 V+ V2 FREQ = 60 VAMPL = 311 VOFF = 0 PHASE = -30 R5 162 Voa R3 1m R10 5.2k V- Vt Dd V5 15Vdc Vg1 Dbreak D5 0.8666 Vg3 R9 63.6k Dbreak D9 R2 1m 0 U4 LM311 7 2 3 1 8 4 6 5 OUT + - G V+ V- B/SB V+ V4 15Vdc V6 0.4023V I3I0 V1 FREQ = 60 VAMPL = 311 VOFF = 0 PHASE = 90 0 -1.96 Vg1 V- V+ -2237.1364 Vgc1 Dd R7 895k 0 Dbreak D12 V+ 1/V(%IN) V+ Vgc3 E3 V(%IN+, %IN-) ETABLE OUT+ OUT- IN+ IN- R11 5.2k V7 TD = 0 TF = 12.5u PW = 1n PER = 25u V1 = 0 TR = 12.5u V2 = 1 R6 10meg Dbreak D1 380 Dbreak D3 0 0 Vgc3 0 R4 162 U6 LM311 7 2 3 1 8 4 6 5 OUT + - G V+ V- B/SB 0 0 I3 0 0 + - + - Sbreak S6 C3 107n Vt Voa V+ U3 Tdq0DiretaInv 0 1 2 3 4 5 I0 I1 I2 I3 ID IQ Vgc1 Id E4 V(%IN+, %IN-) ETABLE OUT+ OUT- IN+ IN- + - H2 H Vg2 0 + - + - Sbreak S3 Dbreak D7 V3 FREQ = 60 VAMPL = 311 VOFF = 0 PHASE = 210 * source SIMULACAO X_S3 VG3 0 N02348 N02150 SCHEMA- TIC1_S3 V_V1 N00461 N00215 +SIN 0 311 60 0 0 90 L_L2 N00812 N01173 5.2mH IC=-10.71 R_R7 N05325 N05352 895k R_R5 N02218 N02958 162 E_GAIN1 N06947 0 VALUE {-2237.1364 * V(VOA)} D_D7 N01831 N02348 Dbreak E_LAPLACE1 N07363 0 LAPLACE {V(N07306)} {(1)/(0.0052*s)} L_L3 N00772 N01200 5.2mH IC=-10.71 R_R8 N40699 N05325 10k X_U6 N10693 VT V+ V- VG3 0 LM311 X_S4 VGC1 0 N01831 N01926 SCHEMA- TIC1_S4 D_D8 N01994 N02348 Dbreak V_V2 N00605 N00215 +SIN 0 311 60 0 0 -30 E_GAIN2 N07286 0 VALUE {-0.764 * V(N07363)} X_U7 I0 I1 I2 I3 ID IQ Tdq0Direta PA- RAMS: F=60 D_D9 N02089 N02348 Dbreak X_S5 VGC2 0 N01994 N01960 SCHEMA- TIC1_S5 V_V3 N00649 N00215 +SIN 0 311 60 0 0 210 E_E2 VGC1 0 TABLE { V(VG1, 0) } + ( (0,15) (15,0) ) D_D10 N02218 N01831 Dbreak E_E1 VOA 0 N02348 N02218 0.000447 X_S6 VGC3 0 N02089 N02184 SCHEMA- TIC1_S6 R_R9 N50820 DD 63.6k X_U3 N08417 N10574 N10628 N10693 DD DQ Tdq0DiretaInv PARAMS: F=60 C_C1 N02348 N02218 600u IC=900 D_D11 N02218 N01994 Dbreak E_E3 VGC2 0 TABLE { V(VG2, 0) } + ( (0,15) (15,0) ) R_R10 VG1 V+ 5.2k R_R1 N01146 N01831 1m E_GAIN3 N07491 0 VALUE {-1.96 * V(N07363)} D_D1 N01892 N01831 Dbreak D_D12 N02218 N02089 Dbreak E_SUM1 N07140 0 VALUE {V(N07233)+V(N07206)} R_R6 N02218 0 10meg E_GAIN4 N07614 0 VALUE {0.000447 * V(N07650)} X_H1 N00461 N00846 I1 0 SCHEMATIC1_H1 R_R4 N02218 N02348 162 R_R11 VG2 V+ 5.2k E_SUM2 N07306 0 VALUE {V(N07286)+V(N07140)} R_R2 N01173 N01994 1m 40 D_D2 N02028 N01994 Dbreak E_E4 VGC3 0 TABLE { V(VG3, 0) } + ( (0,15) (15,0) ) V_V4 V+ 0 15Vdc V_V7 VT 0 +PULSE 0 1 0 12.5u 12.5u 1n 25u C_C2 N05325 N05352 54n R_R12 VG3 V+ 5.2k X_H2 N00605 N00812 I2 0 SCHEMATIC1_H2 R_R3 N01200 N02089 1m E_ABM1 N07650 0 VALUE { 1/V(VOA) } D_D3 N02150 N02089 Dbreak V_V5 0 V- 15Vdc X_U4 N10574 VT V+ V- VG1 0 LM311 X_S1 VG1 0 N02348N01892 SCHEMA- TIC1_S1 D_D4 N01926 N02218 Dbreak C_C3 N05352 N50820 107n X_H3 N00649 N00772 I3 0 SCHEMATIC1_H3 V_V6 N40699 0 0.4023V X_U2 VOA N05352 V+ V- DD LF411 X_U1 N02958 N02348 Sw_tOpen PA- RAMS: tOpen=50ms ttran=1u Rclosed=0.01 + Ropen=1Meg V_CONST2 N08417 0 DC 0.8666 D_D5 N01960 N02218 Dbreak X_S2 VG2 0 N02348 N02028 SCHEMA- TIC1_S2 E_MULT2 DQ 0 VALUE {V(N07614)*V(N07491)} L_L1 N00846 N01146 5.2mH IC=21.42 X_U5 N10628 VT V+ V- VG2 0 LM311 D_D6 N02184 N02218 Dbreak V_CONST1 N07233 0 DC 380 E_MULT1 N07206 0 VALUE {V(DD)*V(N06947)} .subckt SCHEMATIC1_S3 1 2 3 4 S_S3 3 4 1 2 Sbreak RS_S3 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S3 .subckt SCHEMATIC1_S4 1 2 3 4 S_S4 3 4 1 2 Sbreak RS_S4 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S4 .subckt SCHEMATIC1_S5 1 2 3 4 S_S5 3 4 1 2 Sbreak RS_S5 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S5 .subckt SCHEMATIC1_S6 1 2 3 4 S_S6 3 4 1 2 Sbreak RS_S6 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S6 .subckt SCHEMATIC1_H1 1 2 3 4 H_H1 3 4 VH_H1 1 VH_H1 1 2 0V .ends SCHEMATIC1_H1 .subckt SCHEMATIC1_H2 1 2 3 4 H_H2 3 4 VH_H2 1 VH_H2 1 2 0V .ends SCHEMATIC1_H2 .subckt SCHEMATIC1_S1 1 2 3 4 S_S1 3 4 1 2 Sbreak RS_S1 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S1 .subckt SCHEMATIC1_H3 1 2 3 4 H_H3 3 4 VH_H3 1 VH_H3 1 2 0V .ends SCHEMATIC1_H3 .subckt SCHEMATIC1_S2 1 2 3 4 S_S2 3 4 1 2 Sbreak RS_S2 1 2 1G .ends SCHEMATIC1_S2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA INSTITUTO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA ANÁLISE E CONTROLE DO RETIFICADOR TRIFÁSICO BOOST PWM EM BASE 0αβ Autores: Prof. Ivo Barbi, Dr. Ing Joabel Moia, MSc Eng Silvia Helena Pini, MSc Eng Florianópolis, 20 de agosto de 2010 SUMÁRIO 1. Introdução .............................................................................................................................. 1 2. Retificador Boost Trifásico Bidirecional ................................................................................. 2 2.1. Cálculo da Razão Cíclica .............................................................................................. 4 2.2. Cálculo do Indutor de Entrada ....................................................................................... 4 2.3. Cálculo do Capacitor de Saída ...................................................................................... 9 3. Modelagem do Retificador em Base 0 ............................................................................ 11 4. Estratégia de Controle ......................................................................................................... 13 4.1. Controle de Corrente ................................................................................................... 13 4.1.1. Modelo por Valores Médios Instantâneos ........................................................... 14 4.1.2. Compensador de Corrente .................................................................................. 15 4.2. Controle de Tensão ..................................................................................................... 17 4.2.1. Modelo por Valores Médios ................................................................................. 17 4.2.2. Compensador de Tensão .................................................................................... 20 5. Exemplo de Projeto ............................................................................................................. 21 6. Simulações .......................................................................................................................... 39 6.1. Operação como Retificador ......................................................................................... 39 6.2. Operação com Bidirecionalidade de Fluxo de Potência ............................................. 43 6.3. Operação como Balanceador de Carga ...................................................................... 45 6.4. Operação como Compensador de Reativos ............................................................... 46 6.5. Operação como Filtro Ativo ......................................................................................... 48 7. Conclusão ............................................................................................................................ 50 1 1. INTRODUÇÃO Nos últimos anos, tem-se notado um crescimento no consumo de energia elétrica nos mais diversos segmentos do mercado mundial, em sua grande maioria pelo grande aumento de cargas eletrônicas, ou cargas não-lineares, como televisores, computadores, equipamentos domésticos e industriais em geral, fontes de alimentação para centrais telefônicas, reatores eletrônicos para iluminação, dentre outros. Geralmente, os componentes eletrônicos presentes nestes equipamentos exigem tensão contínua para seu funcionamento, de forma que a alimentação dos mesmos é realizada mediante um processo de conversão da tensão alternada disponível na rede de distribuição, em tensão contínua, através de retificação. A utilização de retificadores trifásicos faz-se necessária quando há o processamento de potência elevada, com o intuito de garantir o balanceamento das potências entre as fases. Nos retificadores tradicionais, a diodos ou tiristores, percebe-se a elevada taxa de distorção harmônica (THD) das correntes de entrada, resultando em um baixo fator de potência do sistema retificador, o que causa alguns problemas para o sistema elétrico. Para resolver este problema, surgiram os retificadores PWM trifásicos, os quais apresentam algumas vantagens quando comparados com os retificadores a diodos, como: a diminuição de peso e volume, por operaram em alta freqüência; o controle da tensão de saída; e, principalmente, das correntes de entrada, resultando em correntes com formato praticamente senoidais e em fase com a tensão da rede, o que representa um elevado fator de potência da estrutura. Nos Retificadores PWM, controla-se ativamente as correntes de entrada, através de semicondutores de potência comandados (interruptores). Geralmente baseado no principio operacional do conversor Boost, no qual através da imposição da tensão sobre os indutores de entrada, controla-se a corrente de linha. O foco deste relatório é apresentar o funcionamento do retificador Boost Trifásico PWM bidirecional sem neutro, assim como a definição dos indutores de entrada e capacitores de saída. Ainda, a modelagem do conversor, para o controle adequado das correntes de entrada e da tensão de saída, é detalhada. A modelagem será realizada em variáveis 0αβ, pois transforma o sistema trifásico, com as três fases dependentes, em dois sistemas independentes, um de variável α e outro β, podendo assim serem tratados separadamente e aplicados no controle do retificador. Será apresentado o projeto dos compensadores da corrente de entrada e da tensão de barramento CC. Ainda, um projeto completo de um retificador Boost PWM trifásico bidirecional será descrito, com o cálculo dos indutores de entrada, capacitor de saída, malha de corrente e tensão, baseado nas análises realizadas. O funcionamento do conversor será comprovado a partir das principais formas de onda obtidas por simulação, validando o estudo realizado. Por fim, será mostrado que o conversor Boost PWM trifásico bidirecional pode funcionar, através de um controle adequado, como retificador, inversor, compensador de potência reativa, compensador de carga desbalanceada e filtro ativo para
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