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Pele e anexos + Sistema digestório simples e composto + Glândulas exócrinas

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HISTOLOGIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS II – PROVA I 
 
PELE E ANEXOS 
PELE → EPIDERME + DERME 
A epiderme é constituída de tecido epitelial e é a camada mais externa da pele, não é 
vascularizada e tem origem ectodérmica (assim como os anexos), enquanto a derme é 
constituída de tecido conjuntivo e está abaixo da epiderme, a mesma é vascularizada e tem 
origem mesodérmica. Estas duas camadas estão firmemente aderidas o que vai resultar na pele, 
varia de 0,5 à 4mm de espessura, dependendo da espessura da epiderme, distinguem-se a pele 
fina e espessa, a espessa é encontrada na palma das mãos, na planta dos pés e em algumas 
articulações, o restante do corpo é protegido pela pele fina. 
A pele está sobre o tecido subcutâneo mais conhecido como hipoderme, este não faz parte da 
pele, apenas serve como união com os órgãos subjacentes, a hipoderme é um tecido conjuntivo 
frouxo que pode conter células adiposas. Feixes de fibras colágenas, vão da derme ao tecido 
subcutâneo, devido ao subcutâneo e as fibras colágenas a pele tem uma considerável amplitude 
de movimento. 
Devido a camada queratinizada da epiderme, a pele protege o organismo contra desidratação e 
atrito. Por meio de suas terminações nervosas sensoriais, recebe constantemente informações 
sobre o ambiente e as envia para o sistema nervoso central. Graças a seus vasos sanguíneos, 
glândulas e tecido adiposo, colabora com a termorregulação do corpo. A melanina que é um 
pigmento produzido e acumulado na pele, tem função protetora contra os raios ultravioleta. 
 
 
Funções: 
 Proteção contra agentes externos; 
 Regulação de temperatura; 
 Produção de vitamina D, anti-raquítica; 
 Recepção de estímulos, através das suas terminações nervosas; 
 Absorção de substâncias; 
 Detecção de doenças devido a sua coloração. 
A junção entre a epiderme e a derme é irregular. A derme tem projeções, as papilas dérmicas, 
que se encaixam nas reentrâncias da epiderme, as cristas epidérmicas aumentando a coesão 
entre essas duas camadas. 
Pelos, unhas e glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias são estruturas anexas da pele. 
EPIDERME: 
 Composta por tecido epitelial pavimentoso estratificado queratinizado; 
 As células mais abundantes nesse epitélio são os queratinócitos, mas apresenta mais 
três tipos de células, os melanócitos, as células de Langerhans e as de Merkel; 
 Derivado do ectoderma; 
 É mais superficial e fina que a derme; 
A espessura e a estrutura de epiderme variam com o local; 
 Apresenta cinco camadas distintas (basal, espinhosa, granulosa, lúcida, córnea); 
- Camada BASAL: 
 Mais profunda e germinativa; 
 Fileira única de células cuboides ou cilíndricas; 
 Melanócitos, células de Langerhans e Merkel dispersas entre os queratinócitos; 
 Intensa atividade mitótica 
 Ligada a derme; 
É constituída por células cilíndricas ou cuboides, basófilas que repousam sobre a membrana 
basal, rica em células-tronco, é também chamada de germinativa. Apresenta intensa atividade 
mitótica, sendo responsável, junto com a camada seguinte (camada espinhosa), pela constante 
renovação da epiderme. As células da camada basal contêm filamentos intermediários de 
queratina, que se tornam mais numerosos à medida que a célula avança para a superfície. 
- Camada ESPINHOSA: 
 Vária camadas de células poliédricas irregulares; 
 Células ligadas por desmossomos (resistência a atrito); 
 Projeção dos melanócitos; 
 Células de Langerhans; 
É formada por células cuboides ou ligeiramente achatadas, de núcleo central, citoplasma com 
curtas expansões que contêm feixes de filamentos de queratina (tonofilamentos). Essas 
expansões citoplasmáticas se aproximam e se mantêm unidas com as das células adjacentes por 
meio de desmossomos, o que confere a cada célula um aspecto espinhoso. A mitose ocorre em 
menor número na camada espinhosa. 
- Camada GRANULOSA 
 Células no início da degeneração; 
 Proteína querato-hialina; 
 Grânulos lamelares, que liberam secreção rica em lipídios capazes de repelir água; 
 A células são poligonais achatadas; 
Tem apenas 3 a 5 fileiras de células poligonais achatadas, núcleo central e citoplasma carregado 
de grânulos basófilos, chamados grânulos de querato-hialina, que não são envolvidos por 
membrana. Outra característica das células da camada granulosa, são os grânulos lamelares, 
que contêm discos lamelares formados por bicamadas lipídicas e são envoltos por membrana. 
Esses grânulos se fundem com a membrana plasmática e expulsam seu conteúdo para o espaço 
intercelular da camada granulosa, onde o material lipídico se deposita, contribuindo para a 
formação de uma barreira contra a penetração de substâncias e para tornar a pele impermeável 
à água, impedindo a desidratação do organismo. 
- Camada LÚCIDA: 
 Presentes nas extremidades dos dedos, palma das mãos e sola dos pés; 
 Filamentos intermediários densamente agrupados; 
 Só observada em determinados cortes de pele espessa; 
 Delgada como uma linha; 
Mais evidente na pele espessa, é constituída por uma delgada camada de células achatadas, 
eosinófilas e translúcidas, cujos núcleos e organelas citoplasmáticas foram digeridos por 
enzimas dos lisossomos e desapareceram. O citoplasma apresenta numerosos filamentos de 
queratina, compactados e envolvidos por material elétron-denso. Ainda se podem ver 
desmossomos entre as células. 
- Camada CÓRNEA: 
 Células achatadas e mortas; 
 Filamentos intermediários formando querato-hialina e grânulos lamelares; 
 É a mais superficial; 
 As células morreram e viraram escamas córneas; 
É constituída por células achatadas, mortas e sem núcleo. O citoplasma dessas células 
apresenta-se repleto de queratina. Na camada córnea os tonofilamentos se aglutinam junto com 
uma matriz formada pelos grânulos de querato-hialina. Nessa etapa da diferenciação, os 
queratinócitos estão transformados em placas sem vida e descamam continuamente. 
A descrição da epiderme citada corresponde à epiderme na sua maior complexidade, que é 
encontrada na pele espessa. Na pele fina, a epiderme é mais simples, faltando frequentemente 
as camadas granulosa e lúcida e apresentando uma camada córnea muito reduzida. 
CÉLULAS: 
 Queratinócitos: produzem queratina; 
 Melanócitos: originados da crista neural, produzem melanina (armazenadas em 
glândulas); 
 Células de Langerhans: originadas de precursoras mieloides da medula óssea, capturam 
antígenos, processam e apresentam aos linfócitos T hipersensibilidade cutânea; 
 Células de Merkel: mecanoreceptores ligados a fibras nervosas aferentes, maior 
quantidade na palma da mão e planta do pé. 
 
 
DERME: 
Derme superficial: frouxa (papilar) com vasos sanguíneos menores. 
Derme profunda: densa (reticular) com vasos sanguíneos maiores. 
Células mais comuns: fibroblastos e macrófagos. 
A derme é constituída por duas camadas, de limites pouco distintos: a papilar, superficial, e a 
reticular, mais profunda. A camada papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo 
que forma as papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que 
se inserem por um lado na membrana basal e pelo outro penetram profundamente a derme. 
Essas fibrilas contribuem para prender a derme à epiderme. Os pequenos vasos sanguíneos 
observados nessa camada são responsáveis pela nutrição e oxigenação da epiderme. 
A camada reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. Ambas as camadas 
contêm muitas fibras do sistema elástico, responsáveis, em parte, pela elasticidade da pele. 
Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também são encontradas na derme as 
seguintes estruturas, derivadas da epiderme: folículos pilosos, glândulas sebácease glândulas 
sudoríparas. 
HIPODERME: 
Possuí tecido adiposo; 
Tem função de nutrir a pele; 
É formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a derme aos órgãos 
subjacentes. É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas quais se 
apoia. Dependendo da região e do grau de nutrição do organismo, a hipoderme pode ter uma 
camada variável de tecido adiposo que, quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo. O 
panículo adiposo modela o corpo, é uma reserva de energia e proporciona proteção contra o 
frio (a gordura é bom isolante térmico). 
 
ANEXOS: 
VASOS E RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE 
PELOS 
Os pelos são estruturas delgadas e queratinizadas, que se desenvolvem a partir de uma 
invaginação de epiderme. Cada pelo se origina de uma invaginação da epiderme, o folículo 
piloso, que, no pelo em fase de crescimento, apresenta-se com uma dilatação terminal, o bulbo 
piloso, em cujo centro se observa uma papila dérmica. As células que recobrem a papila dérmica 
formam a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo. 
 
 
UNHAS 
As unhas são placas de células queratinizadas localizadas na superfície dorsal das falanges 
terminais dos dedos. A porção proximal da unha é chamada de raiz da unha, o epitélio da dobra 
de pele que cobre a raiz da unha consiste nas camadas usuais da epiderme. A camada córnea 
desse epitélio forma a cutícula da unha. A unha é constituída essencialmente por escamas 
córneas compactas, fortemente aderidas umas às outras. 
 
GLÂNDULAS DA PELE 
 SEBÁCEAS: situam-se na derme e os seus duetos, revestidos por epitélio estratificado, 
geralmente desembocam nos folículos pilosos. Em algumas regiões (lábio, mamilos, glande e 
pequenos lábios da vagina), porém, os duetos abrem-se diretamente na superfície da pele. As 
glândulas sebáceas são acinosas. e geralmente vários ácinos desembocam em um ducto curto. 
As glândulas sebáceas são um exemplo de glândula holócrina, pois a formação da secreção 
resulta na morte das células. A secreção sebácea é uma mistura complexa de lipídios que contém 
triglicerídeos, ácidos graxos livres, colesterol e ésteres de colesterol. 
 SUDORÍPARAS: são muito numerosas e encontradas em toda a pele, excetuando-se 
certas regiões, como a glande. Essas glândulas são tubulosas simples enoveladas, cujos duetos 
se abrem na superfície da pele. Os duetos não se ramificam e têm menor diâmetro do que a 
porção secretora, que se encontra na derme. As células secretoras são piramidais e entre elas e 
a membrana basal estão localizadas as células mioepiteliais, que ajudam a expulsar o produto 
de secreção. As glândulas sudoríparas podem ser merócrinas ou apócrinas, as glândulas 
apócrinas são inervadas por fibras adrenérgicas, enquanto as merócrinas o são por fibras 
colinérgicas. As glândulas de Moll da margem das pálpebras e as de cerume do ouvido são 
glândulas sudoríparas modificadas. 
 
 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO SIMPLES 
O sistema digestivo consiste no trato digestivo (cavidade oral, esôfago, estômago, intestinos 
delgado e grosso) e suas glândulas associadas (glândulas salivares, fígado e pâncreas). Sua 
função é obter as moléculas necessárias para a manutenção, o crescimento e as demais 
necessidades energéticas do organismo a partir dos alimentos ingeridos. 
Os órgãos do trato digestivo possuem as seguintes camadas: mucosa, submucosa, muscular e 
serosa. 
A mucosa é que entra em contato com a comida. 
O epitélio da boca até o esôfago é estratificado pavimentoso queratinizado*. 
O epitélio do estômago químico ao reto é cilíndrico simples. 
O epitélio do ânus é estratificado pavimentoso. 
Mucosa → Submucosa → Muscular → Adventícia 
Organogênese* 
Estrutura geral: 
 Mucosa – epitélio, tecido conjuntivo, lâmina própria da mucosa, muscular da mucosa. 
 Submucosa – tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, neurônios, gânglios parassimpáticos. 
Adventícia – tecido conjuntivo frouxo, simples pavimentoso, contém vasos. 
CAVIDADE ORAL: 
A cavidade oral é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado, queratinizado ou não, 
dependendo da região. A camada queratinizada protege a mucosa oral de agressões mecânicas 
durante a mastigação e pode ser observada na gengiva e no palato duro, o epitélio pavimentoso 
não queratinizado reveste o palato mole, lábios, bochechas e o assoalho da boca. 
 
 
LÍNGUA: 
A língua é uma massa de músculo estriado esquelético revestida por uma camada mucosa cuja 
estrutura varia de acordo com a região. As fibras musculares se entrecruzam em três planos; 
estão agrupadas em feixes, geralmente separados por tecido conjuntivo. A camada mucosa está 
fortemente aderida à musculatura, porque o tecido conjuntivo da lâmina própria penetra os 
espaços entre os feixes musculares. A superfície dorsal é irregular, recoberta por uma grande 
quantidade papilas. Posteriormente a essa região, a superfície da língua apresenta saliências 
compostas principalmente por dois tipos de agregados linfoides: pequenos grupos de nódulos e 
tonsilas linguais, nas quais os nódulos linfoides se agregam ao redor de invaginações da camada 
mucosa denominadas criptas. 
PAPILAS 
Papilas são elevações do epitélio oral e lâmina própria que assumem diversas formas e funções. 
Existem quatro tipos: filiformes, fungiformes, foliadas e circunvaladas. 
As papilas filiformes têm um formato cônico alongado, são numerosas e estão sobre toda a 
superfície dorsal da língua; têm a função mecânica de fricção. Seu epitélio de revestimento, que 
não contém botões gustativos, é queratinizado. 
As papilas fungiformes assemelham-se a cogumelos, tendo uma base estreita e uma porção 
superior mais superficial dilatada e lisa. Essas papilas, que contêm poucos botões gustativos na 
sua superfície superior, estão irregularmente distribuídas entre as papilas filiformes. 
As papilas foliadas são pouco desenvolvidas em humanos, porém encontradas em macacos e 
coelhos. Elas consistem em duas ou mais rugas paralelas separadas por sulcos na superfície 
dorsolateral da língua, contendo muitos botões gustativos. 
As papilas circunvaladas (ou valadas ou caliciformes) são 7 a 12 estruturas circulares grandes, 
cujas superfícies achatadas se estendem acima das outras papilas. 
 
FARINGE: 
A faringe é revestida por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado na região 
contínua ao esôfago e por epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado contendo células 
caliciformes nas regiões próximas à cavidade nasal. A faringe contém as tonsilas. A mucosa da 
faringe também possui muitas glândulas salivares menores de secreção mucosa em sua lâmina 
própria, composta de tecido conjuntivo. Os músculos constritores e longitudinais da faringe 
estão localizados mais externamente a esta camada. 
ESÔFAGO: 
O esôfago contém as mesmas camadas que o resto do trato digestivo. A mucosa esofágica é 
revestida por um epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Na lâmina própria da 
região próxima do estômago existem grupos de glândulas, as glândulas esofágicas da cárdia, 
que secretam muco. Na submucosa também existem grupos de glândulas secretoras de muco, 
as glândulas esofágicas, cuja secreção facilita o transporte de alimento e protege a mucosa. Na 
porção proximal do esôfago a camada muscular consiste exclusivamente em fibras estriadas 
esqueléticas (esfíncter superior, importante para a deglutição); na porção média, há uma 
mistura de musculatura estriada esquelética e lisa; na porção distal, há células musculares lisas 
(não se define um esfíncter anatômico, apenas funcional). Somente a porção do esôfago que 
está na cavidade peritoneal é recoberta por uma membrana serosa. O restante é envolvido por 
umacamada de tecido conjuntivo, a adventícia, que se mistura com o tecido conjuntivo 
circundante. 
 
Junção esôfago e estômago 
 
ESTÔMAGO: 
O estômago é responsável pela digestão parcial dos alimentos e secreção de enzimas e 
hormônios. Trata-se de um segmento dilatado do trato digestivo, cuja função principal é 
transformar o bolo alimentar em uma massa viscosa (quimo) por meio da atividade muscular e 
química. No estômago são identificadas quatro regiões: cárdia, fundo, corpo e piloro (ou antro). 
As regiões do fundo e corpo apresentam estrutura microscópica idêntica e, portanto, apenas 
três regiões são consideradas histologicamente. O estômago possui tecido cilíndrico simples. 
Todo o epitélio gástrico está em contato com o tecido conjuntivo frouxo (lâmina própria), que 
contém células musculares lisas e células linfoides. 
 Mucosa: A mucosa gástrica é formada por epitélio glandular, cuja unidade secretora é 
tubular e ramificada e desemboca na superfície, em uma área denominada fosseta gástrica. 
 Submucosa: é composta por tecido conjuntivo moderadamente denso que contém 
vasos sanguíneos e linfáticos; além das células em geral encontradas no tecido conjuntivo, está 
infiltrada por células linfoides e macrófagos. As camadas musculares são compostas por fibras 
musculares lisas orientadas em três direções principais. A camada externa é longitudinal, a 
média é circular e a interna é oblíqua. 
 
 
 
 
INTESTINO DELGADO: 
Tem epitélio cilíndrico simples, tem função absortiva, borda em escova e células caliciformes 
presentes no muco. Tem vilosidade, o que obrigatoriamente se faz um local muito vascularizado, 
sendo então, um sistema porta. 
- Células absortivas são células colunares altas, cada uma com um núcleo oval em sua porção 
basal. No ápice de cada célula, a membrana plasmática se projeta para o lúmen 
(microvilosidade), criando a borda em escova. 
- Células caliciformes estão distribuídas entre as células absortivas. Essas células produzem 
glicoproteínas ácidas do tipo mucina que são hidratadas e formam ligações cruzadas entre si 
para originar o muco, cuja função principal é proteger e lubrificar o revestimento do intestino. 
- Células de Paneth, localizadas na porção basal das criptas intestinais, são células exócrinas com 
grandes grânulos de secreção eosinofílicos em seu citoplasma apical. Esses grânulos contêm 
lisozima e defensina, enzimas que podem permeabilizar e digerir a parede de bactérias. Em 
virtude de sua atividade antibacteriana, a lisozima também exerce controle sobre a microbiota 
intestinal. 
- Células-tronco estão localizadas no terço basal da cripta, entre as células de Paneth. 
INTESTINO GROSSO: 
Tem epitélio cilíndrico, é absortivo e tem bordas em escova. As criptas intestinais são longas e 
caracterizadas por abundância de células caliciformes e um pequeno número de células 
enteroendócrinas. As células absortivas são colunares e contêm microvilosidades curtas e 
irregulares. A lâmina própria é rica em células linfoides e em nódulos que frequentemente se 
estendem até a submucosa. A camada muscular é constituída pelas camadas circular e 
longitudinal. No entanto, esta camada é diferente daquela observada no intestino delgado 
porque fibras da camada longitudinal externa se unem para formar três bandas longitudinais 
espessas denominadas tênias do cólon. Nas porções livres do colo, a camada serosa é 
caracterizada por protuberâncias pequenas pedunculadas formadas por tecido adiposo - os 
apêndices epiploicos. 
ÂNUS: 
Cerca de 2 cm acima da abertura anal a mucosa intestinal é substituída por epitélio pavimentoso 
estratificado. Nesta região, a lâmina própria contém um plexo de veias grandes que células 
migram para a zona de diferenciação, onde sofrem maturação estrutural e enzimática, provendo 
uma população celular funcional para cada região. 
 
Junção do reto com o ânus 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO COMPOSTO 
RUMINANTES: língua áspera com grande mobilidade, extensa e importante na apreensão do 
alimento e na deglutição. 
Epitélio – 
Estratificado pavimentoso queratinizado 
 Conjuntivo 
 Músculo estriado esquelético com fibras em várias direções 
Divisão dos compartimentos – 
 Rúmen (câmara de fermentação); Retículo; Omaso → Todos de digestão mecânica 
 Abomaso → Estômago químico 
Câmaras de digestão mecânica tem epitélio estratificado pavimentoso queratinizado enquanto 
o estômago químico tem epitélio cilíndrico simples. 
RÚMEN 
Mucosa formada por papilas grandes e pequenas (não são classificadas como primárias e 
secundárias) desprovidas de músculo. Tem epitélio estratificado pavimentoso levemente 
queratinizado. 
RETÍCULO 
Tem epitélio estratificado pavimentoso queratinizado e exerce ação mecânica na ingesta, 
reduzindo a massa a partículas finas. Músculo liso e possui papilas que podem ser primárias ou 
secundárias, estas, diferente das papilas do rúmen, tem reentrâncias. 
Mucosa – Revestimento epitelial 
 Lâmina própria 
 Muscular da mucosa (o músculo se encontra dentro da papila) 
Submucosa (separa a muscular da mucosa da camada muscular) 
Camada muscular 
OMASO 
Organizado em pregas longitudinais, tem ação mecânica e possui epitélio estratificado 
pavimentoso queratinizado, capilares subepiteliais e papilas primárias e secundárias, as mesmas 
são muito mais longas que as dos outros compartimentos e o músculo da mucosa que se 
encontra na papila do omaso se conecta com a camada muscular da mucosa, a lâmina é pequena 
e colada no revestimento epitelial. 
ABOMASO 
Histologicamente similar ao estômago, glandular, é o estômago químico e possui epitélio 
cilíndrico simples. 
AVES 
Cavidade oral – Bico: estrutura cornificada que serve para apanhar alimento. 
Língua – Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado (muito queratinizado); Glândulas 
mucosas; Osso entoglosso (na língua ajuda na alimentação); Cartilagem hialina. 
Orofaringe 
Papo/inglúvio – é uma dilatação do esôfago, epitélio estratificado pavimentoso queratinizado; 
Glândulas (algumas são específicas e produzem leite de papo proveniente da prolactina); local 
de umidificação da ingesta. 
Esôfago – grande variação de tamanho; epitélio estratificado pavimentoso; glândulas mucosas. 
Pró-ventrículo (particularidade) – é o estômago glandular e tem epitélio cilíndrico simples, 
possui dobras ou pregas na mucosa e apresenta papilas, tecido muscular fino tendo duas 
camadas longitudinais e uma camada circular. 
Ventrículo/moela – é o estômago muscular (mecânico), tem tecido epitelial cilíndrico simples, 
tem uma grossa camada muscular, mas nas aves carnívoras e nas frutíferas essa camada é mais 
fina. 
Glândulas tubulares simples produzem a cutícula que é feita de queratina e fica na moela. 
obs: nas aves o estômago químico vem antes do mecânico, então, depois do esôfago o epitélio 
muda de estratificado pavimentoso para cilíndrico simples e assim permanece no estômago 
mecânico, que vem depois do estômago químico. 
 
GLÂNDULAS EXÓCRINAS 
As glândulas exócrinas são responsáveis pela produção de substâncias ou secreções e as enviam 
para um sistema de canais ou ductos excretores, os quais podem ser internos ou externos, isto 
é, secretam substâncias para o interior de uma cavidade ou para a superfície do corpo. As 
mesmas têm origem epitelial (fruto de uma invaginação do epitélio) e apresentam tecido 
conjuntivo em volta. 
Estas secreções ou substâncias não são lançadas na corrente sanguínea, mas sim em alguns 
órgãos ou para o exterior do corpo, a partir de ductos, há classificações distintas quanto a sua 
forma, ducto, porção secretora, secreção e substâncias secretadas, onde para cada 
características, a glândula recebe um determinadonome. 
CLASSIFICAÇÃO: 
- Quanto a forma da glândula 
Glândula tubular (comprida, formando um tubo - glândula do epitélio do estômago, 
intestino, glândula sudorípara); 
 Glândula alveolar/acinosa (forma de saco; alvéolo - glândulas sebáceas); 
 Espiral: glândula tubular enovelada (comprida, formando um tubo torcido); 
 Mista: glândula túbulo-alveolar (constituída por parte tubular e parte alveolar – 
glândulas mamárias); 
 
Glândula tubular Glândula alveolar 
 
 
 
Glândula tubular enovelada Glândula tubulo-alveolar 
 
 
- Quanto ao ducto 
 Simples – apresenta apenas um ducto; 
 Composto – apresenta mais de um ducto; 
Ducto: Estrutura que liga a glândula à superfície. É através dos ductos que as substâncias caem 
numa superfície ou cavidade 
 
 
- Quanto a porção secretora 
 Simples – apresenta apenas uma porção secretora; 
 Ramificado – apresenta mais de uma porção secretora; 
OBS: Ducto tem como primeira letra o “D”, e secretora o “S”, então os ductos são classificados 
como simples ou composto. Letra “C” é perto da letra “D” e a porção secretora é classificada 
como simples ou ramificada - “S” é perto do “R”. 
 
Um ducto pode ser simples com porção secretora simples ou ramificada. Um ducto composto 
tem porção secretora simples ou ramificada. 
Uma glândula que é comprida no corte histológico é tubulosa; se ela apresenta “bolas”, ela é 
acinosa/alveolar. 
- Quanto a secreção 
 Holócrina – é liberada a célula junto com a secreção produzida; ex: glândula sebácea; 
 Merócrina – é liberada apenas a secreção produzida; ex: glândula sudorípara; 
 Apócrina – é liberada parte da célula (parte apical do citoplasma) junto com a secreção 
produzida; ex: glândula mamária; 
 
 
- Quanto a substância secretada 
Mucosa – são as glândulas alveolares/acinosas; secreção de muco; célula mais 
esbranquiçada; núcleo mais basal, bem achatado, aspecto mais homogêneo e se cora 
fracamente; 
Serosa – são as glândulas tubulares; menos densa e com mais proteínas, como no caso 
das enzimas digestivas; aspecto heterogêneo e se cora mais que a mucosa; 
Seromucosa – são as glândulas tubuloalveolar (mistas); o ducto passa entre uma célula 
e outra; 
 
 
 
 
 
 
 
CÉLULAS 
Mioepiteliais: estas possuem músculo e são encontradas em volta das células secretoras, vão 
contrair para mover a substância. 
Caliciformes: são glândulas exócrinas unicelulares produtoras de muco. 
De Brunner: é uma glândula tubulosa composta, e ela desce na camada de tecido conjuntivo até 
a submucosa do duodeno (produz muco para facilitar o trânsito intestinal, assim como as células 
caliciformes). 
GLÂNDULAS 
Acinosa composta, está presente em glândulas envolvidas com a digestão, como a parótida e o 
próprio pâncreas. A parte secretora do núcleo pode apresentar células do tipo piramidais, com 
núcleos achatados ou mais esférico, com muita secreção, que pode ser mucosa ou secretora. 
Uma glândula túbulo acinosa é um exemplo claro de uma glândula submandibular e sublingual. 
No útero a glândula é tubulosa simples, sendo que na fase inicial é só tubuloso retilíneo e, na 
parte final, na fase secretora ficam mais tortuosos 
A glândula sudorípara é tubular enovelada e merócrina. Sua secreção é liberada por exocitose 
e em volta dela existem células epiteliais (nos lábios e na glande não tem glândula sudorípara). 
A transpiração varia com a quantidade de glândulas, de gordura e com a ingestão de líquido. O 
canal secretor dessa glândula é estratificado cúbico e ela possui abertura na pele. 
A glândula sebácea é acinosa simples (um só ducto) ramificada (mais de uma porção secretora) 
e holócrina (sai toda a célula junto com a secreção). Não está presente na sola do pé e está 
sempre perto de pelo (exceção: glândula lacrimal, que pode ter um pouco de glândula sebácea 
sem pelo). Existem muitas glândulas sebáceas em folículo piloso e os ductos são curtos e largos 
(quem tem cabelo mais crespo tende a ter glândula sebácea que produzem menos secreção, 
como o fio é crespo, a oleosidade fica mais retida no couro cabeludo do que no fio, então a 
produção da glândula sebácea vai se limitando, ficando regulada). 
A glândula mamária é um tipo de glândula sudorípara, mas que se modificou tanto em sua 
anatomia quanto em sua função. Ela é túbulo acinosa e é apócrina (libera um pouco de 
citoplasma). A glândula mamária tem um parênquima (parte produtora - tecido secretor) feita 
de epitélio secretor e ele é sustentado pelo estroma de tecido conjuntivo. E, essa sustentação 
vai variar com a forma, tamanho, localização, de acordo com o animal (tem glândula mamária 
que fica na região inguinal, axilar, distribuída ao longo de cadeia mamária entre as patas). A 
quantidade de glândula mamária e divisão anatômica variam com os animais (nos ruminantes, 
existe um septo de tecido conjuntivo que separa as glândulas mamárias em quartos, onde em 
cada quarto tem um teto, por onde sai o leite, e é sustentado por uma cápsula de tecido 
fibroelástico; se a fêmea nunca amamentou, essa cápsula é mais firme, e caso tenha 
amamentado, essa cápsula tem que ser mais forte pra sustentar, fator de seleção para a melhor 
fêmea de leite. Através da cápsula fibroelástica se melhora essa inserção da glândula mamária). 
Como ela se forma: tem um broto, a epiderme vai se desenvolvendo, ela é ramificada e tem um 
túbulo alveolar. A saída do leite, ao apertar a glândula mamária vai variar de acordo com a 
espécie (em vacas sai um jato – uma única saída, em gatas sai em gotas – diversas saídas, devido 
aos canalículos). O Parênquima corresponde a uma camada de células secretoras que formam 
os alvéolos mamárias, onde os pequenos ductos vão se unir formando ductos maiores. Ao longo 
de toda a glândula, existe a célula mioepitelial, por onde vai agir a ocitocina (por isso algumas 
vacas “escondem” o leite se não veem o bezerro). Durante a gestação, aumentou a glândula 
mamária; no terço final da gestação, a progesterona transformou a glândula mamária em um 
tecido capaz de produzir leite. Ao nascer, a prolactina faz com que a glândula mamária produza 
o leite (que já se tornou capaz de ser produzido) e, ao ver o filhote, a ocitocina faz com que 
tenha a contração das células mioepiteliais, para que haja a ejeção do leite. Se a fêmea não 
estiver em um ambiente tranquilo e não ver seu filhote, não tem a liberação de ocitocina. 
As glândulas odoríferas presente nos animais silvestres e doméstico. Os feromônios são muito 
importantes na comunicação química entre os animais. Animais silvestres quando urinam na 
árvore para marcação de território. Glândulas perianais liberam substâncias voláteis e os pelo 
táteis dos gatos possuem muitas glândulas odoríferas para marcação de território. A urina do 
bode e o fato dele esfregar o queixo nos locais também agem como marcação de território. Odor 
do gambá que permite a fêmea ciclar, além das arranhaduras de gatos e onças. Glândula tem 
aspecto hepatóide (lembra o hepatócito do fígado).

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