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Meio ambiente e políticas públicas +2018+ +Aula+3

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MAPP AULA 3: OS RECURSOS NATURAIS SOB A ÓTICA ECONÔMICA E OS REGIMES DE APROPRIAÇÃO
Neusa Serra e Sandra Momm
*
ÉTICA E ECONOMIA
ORIGENS DA ECONOMIA: ÉTICA E ENGENHARIA (AMARTYA SEN)
ÉTICA:
“COMO DEVEMOS VIVER?”
“COMO ALCANÇAR O BEM COMUM?”
“A VIDA EMPENHADA NO GANHO É UMA VIDA IMPOSTA, E EVIDENTEMENTE A RIQUEZA NÃO É O BEM QUE BUSCAMOS, SENDO ELA APENAS ÚTIL E NO INTERESSE DE OUTRA COISA” (ARISTÓTELES).
ENGENHARIA:
QUESTÕES LOGÍSTICAS
AUSÊNCIA DE CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
UTILIDADE E RACIONALIDADE
*
Os recursos naturais sob a ótica econômica do mainstrain
Funções (econômicas) do meio ambiente natural:
Consumo (ar, lazer)
Insumos para a produção (matérias-primas, energia)
Recepção de resíduos (consumo e produção)
*
Households
Firms
Output
Market
Fator
Market
Expenditures
Demand for goods and services
Revenues
Supply of goods and services
Costs
Demand for resources
Income
Supply of resources
*
ECONOMIA AMBIENTAL - ABORDAGEM NEOCLASSICA
Os recursos naturais são escassos e têm usos alternativos. 
Problema econômico: como escolher entre diferentes possibilidades de uso?
Privilegiamento da ótica privada e da viabilidade econômica
*
 Abordagem neoclássica 
Baseada nas externalidades – efeitos da atividade de um agente econômico sobre o bem-estar ou o lucro de outro agente, sem compensação via mecanismos de mercado.
Cálculo das externalidades:
pelo valor imputado da produção sacrificada
pelo valor imputado do ambiente preservado
*
Externalidades – Um exemplo numérico
 
 
Fonte: Guenna, R, 2000
 
*
Principais críticas à abordagem neoclássica
Natureza multidimensional (aspectos físicos, monetários, sociais e culturais) e multidisciplinar da questão ambiental
Complexidade e incerteza - conhecimento científico parcial
Irreversibilidade
Conflitos de interesse (privados e sociais, reguladores e poluidores)
*
O tratamento dado aos Recursos Naturais pelo mainstrain: inputs
Quando pessoas usam bens e serviços da natureza estes se transformam em recursos. 
As partes da natureza que são valoradas como recursos são relativas para cada cultura e para cada período do tempo. 
As pessoas interagem com a natureza por meio da tecnologia, pelo trabalho e em especial pelas instituições – que definem as regras e as convenções para dirigir seus comportamentos (HANNA; JENTOFF, 1996).
*
Funções dos RN (econômicas e não)
Função de produção: quando são usados como bens de consumo final ou intermediário; por exemplo, minérios, água para consumo humano ou irrigação; 
Função de suporte: quando criam condições para a vida e para as atividades produtivas; por exemplo, a água, ar e o solo como habitat natural, o solo na atividade agrícola e a água como meio de transporte; 
Função de regulação: quando limpam, acomodam, filtram, neutralizam ou absorvem resíduos ou ruídos: água para diluição, afastamento e depuração de resíduos; 
Função de informação: quando servem de indicadores sobre “estados ambientais". 
*
Ecossistemas provêm bens e serviços. As populações humanas obtêm diferentes combinações de serviços dos vários tipos de ecossistemas representados aqui, cuja capacidade provedora depende de complexas interações biológicas, químicas e físicas afetadas pelas atividades humanas. http://www.maweb.org/en/index.aspx
*
Regimes de propriedade
Conforme Ostrom (1990), Bromley (1992) e Fenny et al. (1990) (apud BERKES, In: VIEIRA, BERKES, SEIXAS, 2005), os recursos de uso comum podem ser geridos sob um dos quatro regimes básicos de apropriação de recursos: 
*
Livre acesso Open access: ausência de direitos de propriedade. O acesso é livre e aberto a todos; 
Propriedade privada Private property: refere-se à situação na qual um indivíduo ou corporação tem o direito de excluir todos e de regulamentar o uso do recurso; 
Propriedade estatal State property: ou state governance significa que os direitos sobre o recurso são controlados pelo governo; 
Propriedade Comunal ou Comunitária Communal property ou Common property : o recurso é controlado por uma comunidade definida de usuários, que pode excluir outros usuários e regulamentar o uso; http://www.youtube.com/watch?v=xk5XQBsDNRI > ver caso dos faxinais no Brasil(Paraná) 
Esses quatro regimes são tipos ideais. Na prática, os recursos tendem a ser controlados mediante combinações desses regimes, e existem variações em cada combinação
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REGIMES DE PROPRIEDADE: TERRITÓRIO 
No debate dos regimes de propriedade e dos direitos sobre o meio ambiente destaca-se a relação do direito de propriedade da terra e o acesso aos recursos naturais. 
O conceito de propriedade privada da terra, ou do solo, surgiu com o Direito Romano há 2000 anos atrás, e foi amplamente difundido no mundo ocidental, substituindo tradicionais regimes coletivos de posse de terra. Nesse ínterim, o conceito de propriedade privada demonstrou que não incorpora por si só a conservação dos recursos naturais e a sustentabilidade. 
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REGIMES DE PROPRIEDADE: TERRITÓRIO 
Consequentemente, o conceito necessita de providências adicionais de controle ambiental. Os direitos de propriedade devem ser vistos como base para instrumentos complementares de gestão de recursos, considerando o interesse público e a sustentabilidade. Para os planejadores a necessidade de controle da propriedade privada do solo, principalmente no nível local, não é nova. O que é novo é o entendimento dos territórios como base dos ecossistemas (OESTEREICH, 2000). 
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REGIMES DE PROPRIEDADE: TERRITÓRIO 
Existem também os espaços de uso comum, como aqueles apropriados coletivamente (florestas, campos, lagos, lagunas, rios, áreas contíguas às praias). 
No caso brasileiro, do ponto de vista jurídico-formal, são frequentemente terras devolutas sobre as quais as comunidades não têm documentação de propriedade. 
*
REGIMES DE PROPRIEDADE: TERRITÓRIO
Em muitos casos, vários destes espaços foram transformados em terras públicas com o estabelecimento de áreas naturais protegidas e de proteção ambiental, como manguezais, restingas, dunas. Esses espaços encontram-se, na maioria das vezes, sob pressão da expansão urbana, da grande propriedade rural, e também das áreas protegidas de uso restrito (DIEGUES; MOREIRA, 2001). 
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Referências
HANNA, Susan; JENTOFT, Svein. Human use of the natural environment: an overview of social and economic dimensions. In: HANNA, Susan S.; FOLKE, Carl; MÄLER, Karl-Göran. Rights to nature: ecological, economic, cultural, and political principles of institutions for the environment. Washington: Island Press, 1996. p. 35-55. 
•LANNA, Antonio E. A inserção da gestão das águas na gestão ambiental. In: MUÑOZ, R. Hector (Org). Interfaces da gestão de recursos hídricos, desafios da lei de água de 1997. 2.ed. Brasília: Secretaria de Recursos Hídricos, p.75-109, 2000. 
•FEENY, David, et al. A tragédia dos comuns: vinte e dois anos depois. In: DIEGUES, Antonio Carlos; MOREIRA, André de Castro (orgs). Espaços e recursos naturais de uso comum. São Paulo: NUPAUB, USP, 2001. p. 17 – 42. 
•GOLDMAN, Michael. Inventando os comuns: teorias e práticas dos profissionais em bens comuns. In: DIEGUES, Antonio Carlos; MOREIRA, André de Castro (orgs). Espaços e recursos naturais de uso comum. São Paulo: NUPAUB, USP, 2001. p. 43 – 78. 
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Referências
•BERKES, F. Sistemas sociais, sistemas ecológicos e direitos de apropriação de recursos naturais. In VIEIRA, P. F.; BERKES, F.; SEIXAS, C. S. Gestão Integrada e Participativa de Recursos Naturais. Conceitos, métodos e experiências. Florianópolis: APED, 2005. 
•OESTEREICH, Jurgen. Land and property rights: some remarks on basic concepts and general perspectives. Habitat International 24 (2000) 221-230. 
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