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Ação de Divórcio Litigioso c/c Guarda e Alimentos

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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE DIREITO DA VARA DA FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE PARANAVAÍ – PARANÁ.
 
ANA DA SILVA SOUZA, brasileira, casada, professora, portadora do RG 10.879.045-00 SSP/PR e do CPF 123.456.888-090, titular do e-mail anasilva@gmail.com, residente e domiciliada na Rua Rosa Verde, número 123, Jardim Ouro Branco, cidade de Paranavaí, Paraná, CEP 98760-000, por seu advogado que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Francisco Martins, número 980, Centro, Paranavaí, Paraná, CEP 98760-000, onde recebe intimações (e-mail: ms), vem perante Vossa Excelência propor AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO, observando-se o procedimento comum, com as alterações previstas nos artigos 693 a 699 do Código de Processo Civil, em face de MÁRIO DE SOUZA, brasileiro, casado, advogado, titular do e-mail mariosouza@outlook.com, portador do RG 12.564.820-3 SSP/ PR e do CPF 988.788.688-08, residente e domiciliado na Rua Rosa Verde, número 123, Jardim Ouro Branco, cidade de Paranavaí, Paraná, CEP 98760-000, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:
DO QUADRO FÁTICO
Os cônjuges, ora litigantes, encontram-se casados desde o dia 30 de dezembro de 2012, sob o regime de comunhão parcial de bens, conforme comprova pela certidão de casamento anexa.
Do enlace matrimonial nasceu o menor Edmundo Da Silva Souza em 10.02.2015.
O casal encontra-se separado de fato, não tendo a autora interesse em reconciliação, pois o réu tem agido de forma hostil, tornando o convívio entre o casal conflituoso. Preocupa mais a autora, porquanto todas as brigas serem, em regra, presenciada pelo filho menor e, mais, por toda a vizinhança.
Os conflitos eram motivados pela desídia do réu com a família, deixando a autora e o filho sozinhos e desamparados por várias noites, enquanto dedicava-se a outras mulheres, sendo flagrado recentemente com uma menor de idade em um motel da cidade (recortes de notícias e vídeo do flagrante em anexo)
O fato gerou grande abalo na autora e no filho que sofreu com o bullying cometido na escola, ocasionando uma brusca mudança em seu comportamento o que levou a autora a trocá-lo de instituição (declaração da diretoria da escola do menor em anexo), pois o flagrante foi noticiado em vários jornais e por mais de uma vez.
As necessidades do filho do casal são muitas e notórias, englobando, entre outras, despesas com moradia (luz, água, telefone etc.), alimentação, vestuário, educação, assistência médica e odontológica e lazer.
O réu exerce atividade de advogado, auferindo boa renda mensal no valor de R$20.000,00 (vinte mil reais).
DO DIREITO
II.1 DO DIVÓRCIO
Preceitua o Código Civil em seu artigo 1.571, inciso IV, c/c o §2º que a sociedade conjugal termina com o divórcio.[1: Art. 1.571. A sociedade conjugal termina: I - pela morte de um dos cônjuges; II - pela nulidade ou anulação do casamento; III - pela separação judicial; IV - pelo divórcio. § 1o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente. § 2o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial.]
De acordo com a nova redação dada pelo artigo 226, §6º, da Constituição Federal é perfeitamente possível a decretação do divórcio direto sem a necessidade de anterior separação de fato ou jurídica.
Dispõe o art. 226, § 6º, da Constituição Federal de 1988, que o casamento será dissolvido pelo divórcio, tendo a emenda constitucional nº. 66 de 2010, extinguido o requisito temporal para a sua concessão.
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010).
Desta feita, diante da impossibilidade de se realizar o divórcio consensual ante ao fato do réu não aceitar uma separação amigável, não resta a autora alternativa senão recorrer ao poder judiciário para que lhe conceda o direito ora perseguido.
Assim, requer a parte autora, seja decretado o divórcio, a fim de lhe assegurar independência pessoal, posto que, não sendo a mulher propriedade do marido - fato que impunha até a Lei do Divórcio -, não mais tem o varão disponibilidade sobre a mulher, seus bens e o nome que passará a usar. 
II.2 DA LIBERDADE
Entende-se o casamento como um contrato, que por sua vez traz a vontade como requisito primordial. É necessário haver de ambas as partes o desejo de permanecerem em matrimônio; não sendo unilateral tal desejo ao ponto de ferir os direitos da outra parte.
Fachin (2003, p. 169) preceitua que “a liberdade de casar convive com o espelho invertido da mesma liberdade, a de não permanecer casado.[2: FACHIN, Luiz Edson. Direito de Família: Elementos Críticos à Luz do Novo Código Civil Brasileiro. ]
Farias (2012, p. 347) também trata do assunto defendendo que [3: FARIAS, Cristiano Chaves de. A nova ação de divórcio e o seu objeto cognitivo. 2012.]
É certo e incontroverso que todo projeto afetivo, inclusive o casamento, tende, naturalmente, à permanência. (...) É preciso observar, de qualquer maneira, que muito mais relevante do que a manutenção de um casamento com sacrifício da felicidade dos cônjuges (e, no final das contas, com a própria violação da própria dignidade deles), é o respeito às liberdades e garantias individuais.
Deste modo, findos os projetos e anseios comuns – que servem como base de sustentação do casamento – exsurge a dissolução do matrimônio como consequência natural, consubstanciando um direito exercitável pela simples vontade do indivíduo.
Veja-se que a proteção devida à dignidade humana (artigo 1o, III, CF) encerra verdadeiro direito fundamental, genérico, do homem, consubstanciando uma cláusula geral de proteção da personalidade ou teoria geral de personalidade.
Nessa mesma esteira, a Declaração dos Direitos do Homem (artigo 12) e a Convenção da Europa (artigo 8) outorgam direitos fundamentais ao homem, conferindo proteção à vida privada e familiar.
Ora, como a cláusula geral de proteção da personalidade humana promove a dignidade do homem, não há dúvidas de que se é direito da pessoa humana constituir núcleo familiar, também é direito seu não manter a entidade formada, sob pena de comprometer-lhe a existência digna. 
Assim sendo, a vontade, mesmo que unilateral e o fim do casamento é suficiente para considerá-lo extinto.
Ainda que não fosse de se considerar a vontade, os motivos que ensejam a presente pretensão seriam suficientes para tanto.
II.3 DA GUARDA 
Reza a legislação civil:
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008).
(...)
§ 2o Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014).
I - afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
II - saúde e segurança; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
III - educação. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
Postula-se, nesta, a guarda em favor da mãe (ora autora) e justifica-se.
Nos casos em que envolva menores, prevalece os interesses destes, a predominância da diretriz legal lançada pelo Estatuto Da Criança e do Adolescente – ECA.
A decisão quanto à guarda deve pautar-se não sobre a temática dos direitos do pai ou da mãe. Ao revés, o direito da criança deve ser apreciado sob o enfoque da estrutura familiar que lhe será propiciada.
Como constatado preliminarmente, existem fatos que destacam que o réu desrespeitou a autora e o próprio filho. Este sofre igualmente como a mãe, merecendo tratamento judicial pertinente.
Portanto, o presente pedido de guarda deve ser analisado sob o manto do Princípio da garantia prioritária do menor, erigido à ótica dos direitosfundamentais previstos na Constituição Federal, tais como o direito à vida, à educação, à saúde, à dignidade da pessoa humana e à convivência familiar, competindo aos pais e a sociedade torna-los efetivos.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
	De outro norte, absoluta e prioritariamente a criança e o adolescente têm direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, competindo aos pais primordialmente assegurar-lhes tais condições, sendo vedada qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (artigo 227 da Constituição Federal).
Assim, qualquer que seja o objeto da lide, envolvendo um menor, cabe ao Estado zelar pelos seus interesses, pois se trata de ser humano em constituição, sem condições de se autoproteger.
No mesmo sentido preconiza o ECA
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável: 
(...)
VIII – perda da guarda; 
	
Por conseguinte, a guarda do menor deve ser observada pela égide de circunstância que demonstrem e possibilitem o desenvolvimento saudável do filho, não apenas sob o aspecto material, mas também afetivo e social.
Alguns aspectos a serem ponderados são as condições emocionais e psicológicas de cada um dos pais para cuidar e zelar pelos interesses dos filhos. No caso ora tratado, há indícios de que o réu não cumpriu com seus deveres perante o filho, prejudicando sobremaneira a figura paterna e o convívio familiar.
Do conjunto de elementos deverá ser formado o juízo acerca da parte que demonstra melhores condições para exercer a guarda, atendendo, ao máximo, os interesses do menor em enfoque.
E a gravidade desta sanção (perda da guarda), há de prevalecer quando presente o mau exercício do poder - dever que os pais têm para com os filhos.
Desta forma, segundo os relatos e documentos acostados, como provas provisórias, a guarda do menor deve ser preservada unilateralmente à mãe, ora autora. 
Como pedido sucessivo, pleiteia-se seja delimitada a guarda compartilhada (CC, artigo 1584, II).
Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008).
(...)
II - decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
Justifica-se pelo fato de que “os fundamentos da guarda compartilhada são de ordem constitucional e psicológica, visando basicamente garantir o interesse do menor” (BAPTISTA, p.35) .[4: BAPTISTA, Silvio Neves. Guarda Compartilhada. Editora Edições Bagaço: 2011. pg. 35.]
De outro modo, requer que seja definido os dias de visitas do pai a seguinte forma,
Finais de semana: aos domingos de forma alternada, sendo que, ao ficar com o pai deverá ser apanhado às 8h00min e devolvido às 18h00min no local em que a autora indicar;
Aniversário: Período da tarde, das 13h00 às 18h00 com o pai e a noite com a mãe;
Dia dos pais: O menor ficará com o pai das 08h00min às 18h00min;
Dia das mães: Caso essa data caia no dia em que for determinado ao pai, o mesmo abdicará em prol do menor permanecer com a mãe durante todo o dia;
Natal e Ano Novo: O menor poderá ficar com o pai das 08h00 às 14h00min;
II.4 DOS ALIMENTOS 
Após analisadas as circunstâncias que cercam a presente demanda, importa adentrar num tema de grande relevância, a responsabilidade pelos alimentos.
A lei estabelece sabiamente os parâmetros a serem seguidos para que a prestação alimentícia seja firmada, devendo atender ao binômio necessidade/possibilidade.
Nas palavras da doutrinadora Maria Berenice Dias:[5: DIAS, Maria Berenice. Manual de direito de famílias. 4ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 451.]
A fundamentação do dever de alimentos encontra-se no princípio da solidariedade, ou seja, a fonte da obrigação alimentar são os laços de parentalidade que ligam as pessoas que constituem uma família, independentemente de seu tipo: casamento, união estável, famílias monoparentais, homoafetivas, parentalidade socioafetivas, entre outras. 
Ou seja, o direito ao alimento busca preservar o bem maior da vida e assegurar a existência do indivíduo que depende desse auxílio para sobreviver.
Portanto, considerando que o réu mantém um emprego que possa garantir sua subsistência e a do filho, é de bom alvitre que os alimentos provisórios sejam determinados no patamar de 30% do seu salário base (30% de R$20.000,00 = R$6.000,00).
II.5 DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
Excelência é de extrema importância que os alimentos sejam concedidos de sorte a atender às necessidades do filho em sua integridade, compreendendo os recursos para cobrir despesas de educação, moradia, alimentação especiais, assistência médica, hospitalar e psicológica.
Assim, mister que, ao despachar a inicial, sejam definidos alimentos ao menor.
Dispõe os artigos 4º e 13º, parágrafo 2º da Lei no 5.478/1968:
Art. 4º Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
Art. 13º O disposto nesta lei aplica-se igualmente, no que couber, às ações ordinárias de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão de sentenças proferidas em pedidos de alimentos e respectivas execuções.
(...)
§ 2º. Em qualquer caso, os alimentos fixados retroagem à data da citação.
O menor não pode ser privado de tudo que dispunha antes da separação dos pais, sendo que os rendimentos da autora, que trabalha como professora em rede municipal, são insuficientes para custear sozinha todas as atividades asseguradas e desenvolvidas pelo filho.
Diante disso, mostra-se necessária a fixação de tal previsão legal para que desde logo o menor não tenha que enfrentar mais abalos do que já enfrentou durante todo esse tempo.
A concessão dos alimentos provisórios visa a garantir a observância ao binômio: possibilidade do alimentante e necessidade do alimentado, conforme latente a jurisprudência:
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA - ALIMENTOS PROVISÓRIOS FIXADOS – BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Na fixação de pensão alimentícia, deve ser observado o binômio necessidade e capacidade, de modo que não se fixe um valor aquém das necessidades do alimentando nem além da capacidade do alimentante. 2. Entende-se que ônus do sustento dos filhos compete a ambos os genitores, devendo a mantença dos filhos ser dividida de forma que cada um contribua na medida da própria disponibilidade financeira. (TJMG - Agravo de Instrumento-Cv 1.0105.15.022790-5/001, Relator (a): Des.(a) Hilda Teixeira da Costa, 2ª CÂMARA CÍVEL, julgamentoem 02/02/2016, publicação da sumula em 15/02/2016).
Visando a necessidade do mesmo, como já exposto, e a possibilidade da réu, requer-se:
O percentual de 30% (trinta por cento) do salário do réu, a ser depositado até o dia 05 de todo mês, na conta corrente da autora (Conta C. nº. 16144-8, Ag. 181, Banco Bradesco S.A).
II.6 DA ALTERAÇÃO DO NOME
Nos termos do artigo 1578, parágrafo 2º do Código Civil, a autora, desde já manifesta o desejo de voltar a usar o nome de solteira, ou seja, ANA DA SILVA.
II.7 DA PARTILHA DE BENS
Ao contraírem núpcias, as partes elegeram o regime de comunhão parcial de bens, conforme preceitua o art. 1.658 do Código de Processo Civil.
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.
Definido o regime de comunhão, o art. 1.660 do Código Civil, assim dispõe sobre os bens a serem partilhados:
I – os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges.
Todavia, todo o patrimônio constituído ficou em poder do requerido, impossibilitando, por ora, a partilha de bens.
Nada obstante, a ausência de partilha de bens não pode impedir o divórcio, conforme preceituam a Súmula 197 do Superior Tribunal de Justiça e o artigo 1.581 do Código Civil.[6: O divórcio direto pode ser concedido sem que haja prévia partilha dos bens.][7: Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens]
Deste modo, a partilha de bens deve ser postergada para juízo sucessivo da execução ou em Ação própria de partilha de bens, oportunidade em que a instrução probatória possibilitará a regular divisão dos bens entre os ex - consortes.
DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto requer a Vossa Excelência:
A citação do requerido para, caso queira, apresentar resposta dentro do prazo legal;
Seja a presente ação julgada totalmente procedente, para:
b.1 Declarar a extinção do vínculo conjugal entre autora e réu, mediante divórcio, determinando-se a expedição do competente ofício para averbação junto ao Cartório de Registro Civil onde fora firmado o matrimônio;
b.2 Conceder os alimentos provisórios no montante estabelecido nessa ação;
b.3 A guarda unilateral do menor a Autora ou, sucessivamente, a guarda compartilhada nos moldes apresentados;
Pede-se, mais, a procedência dos pedidos para estabelecer:
Por definitivo, os alimentos pleiteados nessa ação;
Instar a manifestação do Ministério Público;
Expedir, ainda, o competente mandado de averbação para que a requerente retome o nome de solteira, qual seja, ANA DA SILVA;
A condenação do requerido nas custas processuais e honorários advocatícios.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova documental, testemunhal e depoimento pessoal do requerido.
Dá-se a causa o valor de R$72.000,00 (Setenta e dois mil reais).
Nestes termos,
pede deferimento.
Paranavaí, Paraná, 25 de junho de 2018.
ADVOGADO
OAB/PR

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