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Universidade Federal do Espírito Santo Departamento de Química e Física / CCENS – UFES CAMPUS ALEGRE Laboratório 1 da Física PROFESSOR: ROBERTO COLOSTETE JUNIOR NOME: Ingrid Matiéli Lima MATRÍCULA: 2017102297 NOME: Mauricio Dos S. Eulalia Junior MATRÍCULA: 2017102396 NOME: Thalles L Chamasquini MATRÍCULA: 2017102296 Relatório: Lançamento horizontal e conservação de energia TURMA: EA3 DATA DO EXPERIMENTO: 16/05/2018 DATA DA ENTREGA: 23/05/2018 Objetivo Utilizar uma “Rampa de lançamento” inclinada para analisar o movimento do centro de massa de uma esfera que descreve um movimento parabólico ao longo da rampa. Analisar os movimentos horizontal e vertical, calcular a sua aceleração e construir gráficos de velocidade em função do tempo, de logaritmo de X por Y e de posição vertical em função de posição vertical. Teoria O lançamento oblíquo (ou lançamento horizontal) ocorre quando um objeto inicia seu movimento formando um determinado ângulo com a horizontal. Nesse tipo de lançamento, o objeto executa dois movimentos simultâneos, ao mesmo tempo em que executa um movimento na vertical, subindo e descendo, também se desloca horizontalmente. A análise do lançamento oblíquo deve ser feita levando em consideração o movimento executado na vertical (eixo y) e o movimento na horizontal (eixo x). Quanto ao movimento no eixo y, a preocupação será a determinação da altura máxima atingida pelo corpo, por conta da atuação da gravidade neste eixo o movimento será uniformemente variado. As análises do movimento no eixo x irão determinar o alcance horizontal do lançamento, isto é, a distância entre os pontos de partida e chegada. Horizontalmente, o movimento será retilíneo e uniforme. O alcance horizontal é determinado pela função horária da posição para o movimento retilíneo uniforme (MRU). A velocidade do objeto forma um ângulo θ com a horizontal, sendo assim, as análises feitas tanto na horizontal quanto na vertical devem utilizar os devidos componentes do vetor velocidade em cada eixo. Eixo y: Vy = V.sen θ Eixo x: Vx = V.cos θ No estudo do lançamento vertical, vemos que o tempo gasto para que um objeto atinja a altura máxima vertical é dado por: Nessa equação, V é a velocidade do objeto e g é a aceleração da gravidade. Para o caso do lançamento oblíquo, a velocidade considerada na vertical será a componente Vy. O tempo destacado acima refere-se à subida do objeto, logo, o tempo total do movimento será o dobro. A equação do alcance poderá ser reescrita desta maneira: Para a determinação final do alcance horizontal temos: A altura máxima será determinada a partir da Equação de Torricelli, equação do movimento uniformemente variado independente do tempo. Para o lançamento oblíquo, teremos: Na altura máxima, a velocidade do móvel será nula. O sinal negativo na equação acima justifica-se pelo fato do movimento ser ascendente, contrário ao sentido da gravidade. A energia mecânica de um corpo é igual a soma das energias potenciais e cinética dele. Então: Para o caso de energia potencial gravitacional convertida em energia cinética, ou vice-versa: Procedimento Para esse experimento utilizaremos como material: Conjunto de MDF para Lançamento Horizontal; Esfera; Papel Carbono e A4; Régua; Balança; Paquímetro. Posicionaremos o papel A4 em baixo do papel carbono ajustada a descida da rampa de MDF. Em seguida soltaremos a esfera de um determinado ponto da rampa. Ela obterá uma velocidade e quando tocar o solo a sua distância será obtida através das marcas que ela deixará na folha A4 quando cair em cima do papel carbono. Faremos várias repetições. Resultado A esfera foi lançada de alturas diferentes por 5 vezes. Foi medida a distância do momento do lançamento até o momento que a esfera toca o solo. Os dados obtidos foram anotados na tabela 1 em metros. Tabela 1 Altura X1 X2 X3 X4 X5 Xm ∆Xm 20 cm 0,096 0,099 0,100 0,102 0,104 0,100 0,0024 15 cm 0,086 0,088 0,089 0,090 0,091 0,089 0,0014 10 cm 0,058 0,060 0,061 0,062 0,064 0,061 0,0014 5 cm 0,029 0,031 0,032 0,033 0,034 0,032 0,004 Foi medida a altura da bancada de MDF em que a esfera perde o contato. A altura obtida e sua respectiva incerteza está representada a baixo. ( 0,03 ± 0,0005 ) m A parti do ponto de lançamento, determinamos o tempo de voo da esfera para cada ensaio. Os valores estão representados na tabela 2. Tabela 2 Altura t1 s t2 s t3 s t4 s t5 s tm s ∆tm s 20 cm 0,14 0,14 0,14 0,14 0,15 0,14 0,01 15 cm 0,13 0,13 0,13 0,13 0,14 0,13 0,01 10 cm 0,11 0,11 0,11 0,11 0,12 0,11 0,01 5 cm 0,08 0,08 0,08 0,08 0,09 0,08 0,01 Com a distância e o tempo, determinamos a velocidade da esfera para cada altura. A velocidade foi representada na tabela 3. Tabela 3 Altura V1 m/s V2 m/s V3 m/s V4 m/s V5 m/s VLançamento ∆VLançamento 20 cm 0,69 0,71 0,71 0,73 0,70 0,71 0,05 15 cm 0,53 6,7 6,5 7,9 6,9 0,5 10 cm 3,1 4,4 4,8 4,8 4,9 4,4 0,5 5 cm 2,2 1,9 2,2 2,1 2,1 2,1 0,5 A esfera foi pesada por 5 vezes, e o seu raio medido pela mesa quantidade de vezes. Os valores estão representados na tabela 4, junto com suas incertezas. Tabela 4 Massa (g) M1 M 2 M 3 M 4 M 5 M Esfera ∆MEsfera 66,0 66,0 66,0 66,0 66,0 66,0 0,7 Raio (cm) R1 R2 R3 R4 R5 R Esfera ∆REsfera 1,15 1,15 1,15 1,15 1,15 1,15 0,75 Considerando a aceleração da gravidade 9,79 m/s utilizamos o Teorema Trabalho – Energia para determinar a velocidade com que a esfera perde o contato com a base do conjunto de MDF, para as quatros alturas referidas acima. Os cálculos e os valores da velocidade encontrados foram representados a baixo. Conclusão A energia potencial da esfera depende da altura a partir da qual essa esfera é largada; aquela energia é transformada em energia cinética, considerando-se o sistema fechado, de acordo com o princípio de conservação da energia mecânica. Assim sendo, quanto maior a energia potencial maior a energia cinética. A velocidade do centro de massa da esfera é diretamente proporcional à energia cinética, uma vez que a última é obtida a partir da relação entre a primeira e a massa do corpo em questão. Destarte, é possível afirmar que a altura inicial de largada da esfera influencia no alcance horizontal já que este é obtido através do produto da velocidade do centro de massa pelo tempo. Analisando-se os resultados obtidos no experimento e comparando-os com os cálculos feitos para obtenção dos alcances teóricos com rolamento e sem rolamento chegou-se a conclusão de que o modelo teórico de lançamento oblíquo que mais se aproxima do lançamento experimental é aquele que considera o movimento de rotação do corpo esférico.
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