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Aula 1 Direito Civil Obrigações 2018 I

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Direito Civil (Obrigações)
Professora Patrícia Elias Vieira, Drª.
AULA 1
Estado e plano de saúde condenados por negar amparo e causar morte de recém-nascido
23/02/2018 11:30
1985 visualizações
A 3ª Câmara de Direito Público do TJ manteve sentença que condenou plano de saúde e Estado ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 15 mil, em favor de mãe que perdeu recém-nascido por desídia de ambos, que se recusaram a transferi-lo para hospital de maior porte após registro de complicações pós-parto. O caso ocorreu em município do Vale do Itajaí.
Consta dos autos que a mulher procurou o hospital de sua cidade para realizar o parto da filha. Após o nascimento, detectadas complicações no quadro de saúde do bebê, foi determinada sua transferência para outro estabelecimento com melhores condições de atendimento. A empresa recusou-se ao procedimento sob a alegação de que a gestante havia sido excluída do plano de saúde meses antes por ato do ente público, com base na inadimplência da beneficiária. A criança morreu. A mãe garantiu e comprovou que não sabia de seu desligamento do plano.
Para o desembargador Júlio César Knoll, relator da matéria, razão não assiste aos réus, uma vez que o cancelamento do plano de saúde ocorreu sem prévia notificação da usuária, o que torna o ato ilegal. A câmara destacou ainda o grau elevado do sentimento de perda da demandante à época dos fatos para confirmar a condenação solidária pelos danos morais.
"Ainda que fosse desconsiderada a hipótese de que a demora na transferência da criança para outra cidade, de fato, contribuiu para a causa mortis, não há dúvida de que a situação enfrentada pela autora lhe causou abalo moral. Primeiro, em razão da angústia e do desamparo em dar à luz sua filha e correr contra o tempo para salvar a vida daquela que dependia, em tese, de um plano de saúde que indevidamente foi cancelado", concluiu. A decisão foi unânime (Apelação Cível n. 0500032-20.2011.8.24.0033).
Direito das Obrigações
Conjunto de normas e princípios jurídicos reguladores das relações patrimoniais entre um credor (sujeito ativo) e um devedor (sujeito passivo) a quem incumbe o dever de cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação de dar, fazer ou não fazer. (Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho)
“Tem por objeto relações jurídicas que alguns denominam direitos de crédito e outros chamam direitos pessoais ou obrigacionais.” (Carlos Roberto Gonçalves)
Contextualizando o Direito das Obrigações
Direito e Moral;
Normas de ordem pública(cogentes/imperativas) e normas de ordem privada(supletiva);
Direito Privado (unificado no CC/02 de modo parcial): civil e empresarial;
Direito pessoal patrimonial;
Princípios básicos do CC/02: socialidade, eticidade, operabilidade.
Danceteria condenada por poluição sonora pagará R$ 20 mil em danos morais coletivos
22/02/2018 17:28
1930 visualizações
A 5ª Câmara de Direito Público do TJ confirmou sentença que condenou casa noturna do norte do Estado ao pagamento de R$ 20 mil, a título de indenização por danos morais coletivos, decorrentes de poluição sonora que afligia toda a sua vizinhança. A ação, proposta pelo Ministério Público, teve origem em reclamações de moradores em virtude dos altos volumes de ruído que as atividades do empreendimento provocavam.
 
Segundo se apurou, trata-se de uma danceteria localizada em área central, que funcionava sem a devida adequação acústica, com excessiva poluição sonora que perturbava o sossego na região.  Vizinhos ouvidos não só se sentiam incomodados como também psicológica e fisiologicamente perturbados. A casa, em sua defesa, alegou estar autorizada para funcionar como danceteria e que jamais ultrapassou os limites sonoros estipulados em lei.
 
A câmara, contudo, achou por bem manter a sentença.  "Toda alteração no habitat humano que gere incômodo excessivo, perturbando a higidez e o caráter sadio do meio ambiente, caracteriza descumprimento ao referido dever constitucional. Tratando-se especificamente de poluição sonora, o interesse particular em promover a atividade industrial ou comercial, que termina por ser ruidosa, cede ao interesse da coletividade, à qual é assegurado o sossego e o descanso", pontuou o relator do caso, desembargador Gerson Cherem II.
 
O órgão concluiu que a legislação, neste caso, tende a resguardar a incolumidade ambiental e a higidez daqueles que habitam uma mesma área. {...} O nível tolerado, segundo o Código de Posturas Municipais e a Resolução 55 do Condema, é de 60 decibéis. A sentença revelou que a casa não investia em contenção acústica. A câmara determinou, por fim, que o valor da condenação seja recolhido ao Fundo de Reconstituição de Bens Lesados do Estado de Santa Catarina. A decisão foi unânime (Apelação Cível n. 0039879-08.2010.8.24.0038).
Direito das Obrigações na Atualidade
Disciplina propedêutica (Obrigação/Schuld – Responsabilidade Civil/Haftung). 
233 a 420 do CC, 927 a 954 do CC
TJSC
Município é penalizado por lesões a ciclistas após queda em buraco sem sinalização
31/07/2017 14:44
A 2ª Câmara de Direito Público confirmou condenação de município do norte do Estado ao pagamento de danos materiais, morais e estéticos no valor de R$ 47,1 mil, em favor de um casal que, andando de bicicleta, caiu em buraco não sinalizado, o que resultou em lesões na cabeça, perda de dentes e ferimento nos braços. Os autores, que voltavam do trabalho no momento do acidente, afirmaram que a rua estava em manutenção, mas a placa de sinalização não estava corretamente colocada na pista.
Contrafeito em parte, o Município apelou com pedido de redução do valor dos danos morais (R$ 15 mil para cada autor), estéticos (R$ 8 mil) e materiais. Não se insurgiu, contudo, quanto a sua responsabilidade no ocorrido. O desembargador João Henrique Blasi, relator da matéria, entendeu que a importância indenizatória arbitrada em 1º grau deve ser mantida, diante das lesões sofridas pelos apelados, retratadas por fotos juntadas ao processo.
"Tendo em conta variáveis como culpa do acionado, nível socioeconômico das partes, consequências do ato ilícito (diversas lesões e escoriações que incapacitaram os autores temporariamente para o trabalho, inclusive com perda de elemento dental) [...] e visando a que casos assim sejam cada vez menos ocorrentes, o quantum indenizatório apto a compor, na justa medida, o gravame sofrido, com o sentido compensatório e punitivo que dele se exige, deve ser mantido tal como fixado", concluiu o desembargador. A decisão foi unânime (Apelação Cível n. 0004322-92.2011.8.24.0015).
8
STJ, Informativo 549
DIREITO CIVIL. APLICABILIDADE DA TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE NO CASO DE DESCUMPRIMENTO DE CONTRATO DE COLETA DE CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS.Tem direito a ser indenizada, com base na teoria da perda de uma chance, a criança que, em razão da ausência do preposto da empresa contratada por seus pais para coletar o material no momento do parto, não teve recolhidas as células-tronco embrionárias. No caso, a criança teve frustrada a chance de ter suas células embrionárias colhidas e armazenadas para, se eventualmente fosse preciso, fazer uso delas em tratamento de saúde. Não se está diante de situação de dano hipotético - o que não renderia ensejo a indenização - mas de caso claro de aplicação da teoria da perda de uma chance, desenvolvida na França (la perte d'une chance) e denominada na Inglaterra de loss-of-a-chance. No caso, a responsabilidade é por perda de uma chance por serem as células-tronco, cuja retirada do cordão umbilical deve ocorrer no momento do parto, o grande trunfo da medicina moderna para o tratamento de inúmeras patologias consideradas incuráveis. É possível que o dano final nunca venha a se implementar, bastando que a pessoa recém-nascida seja plenamente saudável, nunca desenvolvendo qualquer doença tratável com a utilização das células-tronco retiradas do seu cordão umbilical. O certo, porém, é que perdeu, definitivamente, a chance de prevenir o tratamento dessas patologias. Essa chanceperdida é, portanto, o objeto da indenização. REsp 1.291.247-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 19/8/2014.
História das Obrigações
Relações sociais coletivas, poder-sujeição (deveres stricto sensu).
Relações obrigacionais entre grupos. Descumprimento leva ao conflito armado, solução que com o tempo foi substituída pelas penas privadas.
Crescimento dos grupos, o indivíduo passa a desenvolver atividades sem submissão da chefia grupal.
Direito Grego: (Aristóteles)
Relações obrigacionais
Voluntária
(acordo entre as partes)
Involuntária
(fato que origina obrigação)
Ato Ilícito cometido às escondidas (furto, adultério)
Ato ilícito cometido com violência (homicídio, roubo)
Direito Romano
Nexum (unir, ligar, prender): poder ao credor de exigir do devedor o cumprimento da prestação. Ante o inadimplemento o devedor responde com o próprio corpo. Tábula III, Lei das XII Tábuas.
Obrigação surge no século IV aC, ano de 326 aC, com a Lex Poetélia Papiria. Se mantem no Corpus iuris Civilis de Justiniano no século VI dC.
Feudalismo
Economia fechada
Liberdade de dispor dos bens é limitada.
Sistematização
Codificações europeias.
Código Civil francês de 1804 (determinou que os bens do devedor são a garantia comum de seus credores).
Conceito de Obrigação Civil
“Relação jurídica transitória, existente entre um sujeito ativo, denominado credor, e outro sujeito passivo, o devedor e cujo objeto consiste em uma prestação situada no âmbito dos direitos pessoais, positiva ou negativa. Havendo o descumprimento ou inadimplemento obrigacional, poderá o credor satisfazer-se no patrimônio do devedor.“ (Flávio Tartuce)
“Processo de colaboração contínua e efetiva entre as partes.” (Clóvis de Couto e Silva)
Casal de idosos será indenizado por saques irregulares que dilapidaram suas economias
21/02/2017 15:05 (TJSC)
A 1ª Câmara Civil do TJ confirmou condenação imposta a uma instituição bancária que permitiu saques indevidos da conta de um casal de idosos, e majorou de R$ 3 mil para R$ 20 mil o valor da indenização por danos morais. O banco, além da indenização, terá de restituir o prejuízo amargado pelos idosos, de cuja conta foram sacados de forma fraudulenta R$ 17,4 mil em novembro de 2010. Tais valores serão devidamente corrigidos.
 
O órgão julgador assim determinou em virtude do forte abalo emocional que o casal experimentou ao descobrir que os incontáveis saques dilapidaram numerário oriundo de uma vida inteira de economia, destinado às adversidades comuns na idade madura. Os julgadores entenderam perfeitamente possível aplicar o Código de Defesa do Consumidor, que prevê, nestes casos, a inversão do ônus da prova, ou seja, é do banco a responsabilidade de provar que os saques não foram executados por terceiros mas sim pelos próprios correntistas. Tarefa em que não logrou êxito.
 
"Se foi o cliente que retirou o dinheiro, compete ao banco estar munido de instrumentos tecnológicos seguros para provar de forma inegável tal ocorrência", destacou o desembargador substituto Gerson Cherem II, relator da apelação.  A câmara ponderou ainda que a utilização ilícita, por terceiro fraudador, do cartão magnético dos autores enquadra-se no conceito de fortuito interno, próprio do risco da atividade bancária.
 
Assim, o banco responde objetivamente pelos danos relativos a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de sua operações. "Quem exerce determinadas atividades, suscetíveis de causar danos a terceiros, terá, como contrapartida dos benefícios que aufere, de suportar os danos eventualmente ocasionados a outrem", finalizou Gerson. A decisão foi unânime (Apelação Cível n. 0001173-22.2013.8.24.0079).
Elementos Constitutivos de Obrigação Civil
 
Devedor/(dever de cumprir sob pena de responsabilidade patrimonial)
Elemento Subjetivo
 Prestação: 
Elemento Objetivo Imediato/ Material/Imediato
Credor/(beneficiário - direito)
Elemento Subjetivo
Vínculo jurídico entre as partes: Elemento Imaterial/ Virtual/Espiritual
TJSC
Seguradora que negou pagamento terá de indenizar empresa por roubo de caminhão
27/07/2017 15:53
1014 visualizações
A 6ª Câmara Civil do TJ confirmou sentença que condenou seguradora ao pagamento de indenização em favor de empresa do ramo de transporte de cargas, que teve um de seus caminhões roubado no interior do Paraná. O veículo chegou a ser recuperado, porém com danos na lataria e remarcação de chassi. Com dificuldades para receber o que lhe era devido, a empresa conseguiu a liberação do caminhão e procedeu a sua venda por preço bem abaixo de mercado para levantar recursos.
Na Justiça, em decisão agora confirmada, ela receberá cerca de R$ 160 mil para cobrir seu prejuízo na alienação do veículo, acrescidos de lucros cessantes pelo período em que ficou sem poder utilizá-lo. Este montante será definido em fase de liquidação de sentença. Para o desembargador Stanley Braga, relator da matéria, os documentos anexados aos autos evidenciaram que, mesmo após a empresa cumprir todas as providências necessárias para receber o valor da indenização, a seguradora não fez sua parte e descumpriu a obrigação contratual. A decisão foi unânime (Apelação Cível n.0004150-16.2013.8.24.0037).
“Dificilmente alguém assume a posição isolada de credor ou devedor em uma relação jurídica.” (Flávio Tartuce)
Relação Jurídica Obrigacional Complexa
(sinalagma obrigacional: proporcionalidade das obrigações)
Efeito gangorra(desequilíbrio obrigacional)
Elemento Subjetivo
Pessoa física (capazes, representados, assistidos ou por tomada de decisão apoiada – Lei 13146, de 6/7/15), jurídica ou despersonalizada.
Elemento Material/Objetivo: (conteúdo)
Objeto Imediato/Direto da Obrigação: prestação.
Objeto Mediato/Indireto da Obrigação: bem jurídico tutelado ou bem da vida posto em circulação (coisa, tarefa, abstenção objeto da prestação debitória:Fernando Noronha).
(Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho)
Obrigação civil é negócio jurídico (art. 104 e 166 do CC)
Deve ser economicamente apreciável e/ou estar associada a valores essenciais relativos à dignidade da pessoa humana (Enunciado 411 das Jornadas de Direito Civil).
Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho
Estudante de Direito confundido com marginal em capa de jornal receberá indenização
21/02/2017 16:12 (TJSC)
572 visualizações
A 5ª Câmara Civil do TJ confirmou sentença da comarca de Joinville que condenou órgão de comunicação ao pagamento de indenização de R$ 20 mil, por danos morais causados a um estudante universitário que teve foto estampada em jornal para ilustrar matéria sobre uma prisão em flagrante da qual não teve qualquer participação.
Em apelação, a empresa jornalística afirmou que apenas reproduziu informações recebidas da Polícia Civil, mas não apresentou qualquer prova dessa argumentação. Ainda que existissem tais documentos, ponderou o desembargador Henry Petry Júnior, relator da matéria, não estaria eliminado o dever do jornal em realizar diligências mínimas para constatar se a foto era do autor do crime, inclusive através das redes sociais.
O fato ocorreu em 2008. O estudante, acadêmico de Direito, relatou que, após a publicação de sua imagem no jornal associada ao fato criminoso, passou a sofrer humilhações e virou motivo de chacota no meio universitário. Informações trazidas aos autos, contudo, indicam que o aluno teve passagens no meio judicial. Em uma ação foi absolvido; noutra, aguarda tramitação.
"Assim, conclui-se que a veiculação de imagem de terceira pessoa sem qualquer envolvimento, em matéria jornalística que relata a prisão de indivíduo por suposta prática de infrações penais, ainda que a pessoa cuja imagem se veiculou seja suspeita de participação em infrações outras, caracteriza violação da função essencial da imprensa de informar, em manifesta imperícia ou, ao menos, negligência, configurando-se o ato ilícito e, por consequência, o dever de indenizar, porquanto exercido o direito de modo manifestamenteexcedente aos limites impostos por seu fim social", concluiu o relator. A decisão foi unânime (Apelação Cível n. 0053058-77.2008.8.24.0038).
Elemento Imaterial
“Causa genética da obrigação em si.” (Gagliano e Pamploma Filho)
Gera a responsabilidade patrimonial do devedor (391, CC, art. 5º, LXVII e §2º da CF, Súmula Vinculante 25 do STF, 591 do CPC/73 e 789 do CPC/15, 1711 a 1722 do CC, Lei 8009/90, 649, CPC e 833 do CPC/15)
Teoria monista ou unitária ou clássica(superada):vínculo jurídico que une a prestação e os elementos subjetivos. O débito e a responsabilidade são indissociáveis. Não há diferença entre o cumprimento voluntário e o forçado.
Teoria dualista ou binária ou eclética (aplicada): Fim do século XIX. Relação de débito (debitum em latim e Schuld em alemão) e a responsabilidade(obrigatio em latim e Haftung em alemão). O débito é o caráter abstrato do vínculo, a dívida. O Haftung é o vínculo de caráter concreto/material (responsabilidade) O Schuld não é coativo é de direito material, mais o Haftung é coativo e de direito processual. Fases distintas. 
Diferenças Conceituais
Dever jurídico: “situação passiva que se caracteriza pela necessidade do devedor observar um certo comportamento, compatível com o interesse do titular do direito subjetivo”. (Francisco Amaral)
Ônus jurídico: “necessidade de observar comportamento para a obtenção ou conservação de vantagem para o próprio sujeito e não para a satisfação de interesses alheios.” (Maria Helena Diniz)
Estado de sujeição/direito potestativo: consiste na situação da pessoa que tem de suportar, sem que nada possa fazer, na sua própria esfera jurídica, o poder jurídico conferido a uma outra pessoa. Ao exercício de um direito potestativo corresponde o estado de sujeição da pessoa, que deverá suportá-lo resignadamente. (Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho).
Fontes das Obrigações 
(conforme Flávio Tartuce)
Fato jurídico do qual ela (a obrigação) se originou. (Roberto Senise Lisboa/Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho)
Lei (fonte primária ou imediata) que deve estar acompanhada da autonomia privada do indivíduo (direito da pessoa regulamentar os próprios interesses) ou fato jurídico; através dos contratos, atos ilícitos e abuso de direito, atos unilaterais, títulos de crédito (para direito das obrigações).
Desafio jurídico:
Marcos estacionou seu automóvel diante de um prédio de apartamentos. Pouco depois, um vaso de plantas caiu da janela de uma das unidades e atingiu o veículo, danificando o para-brisa e parte da lataria. Não foi possível identificar de qual das unidades caiu o objeto. O automóvel era importado, de modo que seu reparo foi custoso e demorou cerca de dez meses. Dois anos e meio depois da saída do automóvel da oficina, Marcos ajuíza ação indenizatória em face do condomínio do edifício. De acordo com o caso acima narrado, responda fundamentadamente às questões a seguir.
 A) Considerando que o vaso de plantas caiu da janela de apenas um dos apartamentos, pode o condomínio alegar fato exclusivo de terceiro para se eximir do dever de indenizar? (Valor: 0,60) 
B) Após a contestação, ao perceber que a pretensão de Marcos está prescrita, pode o juiz conhecer de ofício dessa prescrição se nenhuma das partes tiver se manifestado a respeito? (Valor: 0,65)
XXIV Exame de ORDEM
A) Trata-se de hipótese da chamada causalidade alternativa, em que é possível saber que um ou alguns dos membros de um grupo determinado de pessoas deu causa ao dano, mas não é possível identificar o efetivo causador. No caso específico, não sendo possível identificar, desde logo, o apartamento de onde efetivamente caiu o objeto, o legislador autoriza expressamente a responsabilização de todos os condôminos, nos termos do Art. 938 do Código Civil, ao prever a imputabilidade não apenas do único morador do prédio como também do morador de parte da edificação. 
B) A pretensão encontra-se prescrita, aplicando-se à hipótese o prazo trienal previsto pelo Art. 206, § 3º, inciso V, do Código Civil, contado da data do evento danoso. Trata-se de matéria que pode ser conhecida de ofício pelo julgador (Art. 487, inciso II, do CPC/15). No entanto, após a contestação da lide pelo réu, não se autoriza ao juiz conhecer da prescrição sem antes oportunizar a manifestação das partes, em homenagem ao princípio da não surpresa (Art. 10 ou Art.487, parágrafo único, ambos do CPC/15).

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