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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIA FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS E MEIO AMBIENTE PERFURAÇÃO E DESMONTE DE ROCHAS: PLANO DE FOGO Carolina Formentini Araujo Souza Clefson de Souza Pereira Ester de Oliveira Silva Jonas Varão dos Santos Lucas Freire Sampaio Gouveia Raiany Rodrigues Rosa MARABÁ 2018 Carolina Formentini Araujo Souza Clefson de Souza Pereira Ester de Oliveira Silva Jonas Varão dos Santos Lucas Freire Sampaio Gouveia Raiany Rodrigues Rosa PERFURAÇÃO E DESMONTE DE ROCHAS: PLANO DE FOGO Trabalho apresentado no Curso de Engenharia de Minas e Meio Ambiente, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, como requisito de avaliação parcial da disciplina de Perfuração e Desmonte de Rochas. Docente: Karina Felicia Fischer Lima MARABÁ 2018 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Distribuição das cargas ........................................................................................ 31 FIGURA 2 - Localização dos retardos (laranja), distribuição das cargas e tipo de ligação ..... 32 FIGURA 3 – Configuração de cargas....................................................................................... 33 FIGURA 4 - Localização dos retardos (laranja), distribuição das cargas e tipo de ligação ..... 35 FIGURA 5 - Distribuição da carga ........................................................................................... 35 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 – Fatores de Correção para o afastamento ........................................................... 10 QUADRO 2 - Efeitos da relação Hb/A na Fragmentação do Material Rochoso ..................... 11 QUADRO 3 - Determinação de Afastamento e Espaçamento ................................................. 11 QUADRO 4 - Determinação da Subperfuração ....................................................................... 13 QUADRO 5 - Determinação do Tampão ................................................................................. 13 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - Resultados obtidos para o explosivo ANFO ...................................................... 27 TABELA 2 – Resultados obtidos para explosivo ANFO Pesado ............................................ 28 TABELA 3 - Resultados da malha otimizada para ANFO Pesado .......................................... 29 TABELA 4 – Resultados obtidos para explosivo ANFO e ANFO Pesado .............................. 30 TABELA 5 - Parâmetros do Plano de Fogo ............................................................................. 34 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8 2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 9 2.1 PARÂMETROS DO PLANO DE FOGO ............................................................... 9 2.1.1 Afastamento .................................................................................................... 9 2.1.2 Espaçamento ................................................................................................. 11 2.1.3 Subperfuração ............................................................................................... 12 2.1.4 Profundidade do Furo .................................................................................... 13 2.1.5 Tampão .......................................................................................................... 13 2.1.6 Volume de Rocha por Furo ........................................................................... 14 2.1.7 Perfuração Específica .................................................................................... 14 2.1.8 Razão Linear de Carregamento ..................................................................... 14 2.1.9 Altura da Carga de Fundo ............................................................................. 14 2.1.10 Altura da Carga de Coluna .......................................................................... 15 2.1.11 Carga Total .................................................................................................. 15 2.1.12 Razão de Carregamento Volumétrico ......................................................... 15 2.1.13 Número de Furos ......................................................................................... 15 2.1.14 Diâmetro de Furo ........................................................................................ 16 2.2 EXPLOSIVOS ....................................................................................................... 16 2.2.1 ANFO ............................................................................................................ 17 2.2.2 ANFO Pesado ............................................................................................... 17 2.3 ACESSÓRIOS DE DETONAÇÃO ....................................................................... 18 2.3.1 Estopim ......................................................................................................... 18 2.3.2 Espoleta ......................................................................................................... 19 2.3.3 Cordel ............................................................................................................ 19 2.3.4 Retardo .......................................................................................................... 20 2.3.5 Booster .......................................................................................................... 20 2.3.6 Iniciado Com Tubo De Choque (Brinel) ....................................................... 20 3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 21 3.1 PRIMEIRA QUESTÃO ......................................................................................... 21 3.2 SEGUNDA QUESTÃO ......................................................................................... 24 3.3 TERCEIRA QUESTÃO ........................................................................................ 25 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................. 27 4.1 PRIMEIRA QUESTÃO ......................................................................................... 27 4.2 SEGUNDA QUESTÃO ......................................................................................... 30 4.3 TERCEIRA QUESTÃO ........................................................................................ 33 5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 37 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 38 APÊNDICE A – Croqui da Questão II ........................................................................ 39 APÊNDICE B – Croqui da Questão III ...................................................................... 40 APÊNDICE C – Ficha Técnica da Questão II ............................................................ 41 APÊNDICE D – Ficha Técnica da Questão II ............................................................ 42 APÊNDICE E – Ficha Técnica da Questão III ........................................................... 43 ANEXO A – Questões Propostas .................................................................................. 44 8 1 INTRODUÇÃO A mineração é um setor indispensável para o desenvolvimento mundial, para tanto, é necessário a lavra de bens minerais que passam por inúmeras etapas até conseguir o produto com todas as especificações requeridaspelo consumidor. Dentre essas etapas tem-se a perfuração e desmonte de rochas. As rochas que formam as jazidas minerais podem ser competentes e friáveis e, para escavá-las são usadas técnicas convencionais através das etapas subsequentes: perfuração do maciço conforme uma disposição geométrica predeterminada, determinação das cargas de explosivos, introdução dos explosivos nos furos, detonação desse explosivo de acordo com a sequência prevista e remoção do material desmontado. Todos os parâmetros necessários à detonação são apresentados no “plano de fogo”. (CATALANI, 2007). A evolução da mineração a céu aberto e dos equipamentos de perfuração fizeram do desmonte em bancadas o método mais conhecido de extração de rocha. (JIMENO, 2004). Para garantir a eficiência desse desmonte, primeiramente, é realizado o plano de fogo determinado a partir de equações e métodos desenvolvidos ao longo dos anos. Essas equações e métodos analisam propriedades da rocha, do explosivo, da bancada, entre outros. Porém, devido a enorme heterogeneidade das rochas, o plano de fogo deve ser embasado em contínuos ajustes por tentativas e análises, até que seja alcançada a fragmentação, controles estruturais e ambientais que se deseja. Por conseguinte, o presente relatório utilizará equações e métodos disponíveis na literatura para determinar os parâmetros do plano de fogo em três distintas situações (Anexo A). Na primeira, foi realizado ainda um estudo do custo/benefício entre dois tipos de explosivos. Nas demais situações, foi exposto o dimensionamento de seus respectivos planos de fogo, a partir da análise dos parâmetros; propriedades da rocha; nível de produção; forma da pilha e dimensões da área a ser desmontada, para a escolha dos explosivos mais eficientes, suas quantidades e os acessórios iniciadores do desmonte, com o intuito de se conseguir os melhores resultados. 9 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 PARÂMETROS DO PLANO DE FOGO O plano de fogo deve ser elaborado para atender as necessidades das posteriores etapas, ou seja, a fragmentação deve atender as especificações de granulometria para garantir a eficiência do carregamento, transporte e beneficiamento, além de garantir menores custos com perfuração e explosivos e, adequadas condições ambientais. Para a elaboração do plano de fogo faz-se necessário a determinação de variáveis geométricas, como, diâmetro de perfuração, afastamento, espaçamento, subperfuração etc. Assim, para estimar tais parâmetros foram utilizadas as equações e relações que serão apresentadas a seguir. 2.1.1 Afastamento O afastamento é a menor distância entre a primeira linha de furo e a face livre da bancada. Esta variável depende do diâmetro de perfuração, das propriedades da rocha e dos explosivos, da altura da bancada, grau de fragmentação e desacoplamento do material desejado. Existem na literatura diversas fórmulas para calcular o afastamento, mas todas elas apresentam valores entre 25 e 40 vezes o diâmetro de perfuração. (JIMENO, 2004). Quando essa distância é muito pequena a fragmentação poderá ser excessiva; os gases da detonação escapam e expandem a uma velocidade muito alta até a face livre, impulsionando o lançamento de rocha e provocando o aumento de ruídos. Por outro lado, quando essa distância é excessiva haverá grande emissão de gases contribuindo para um ultralançamento de fragmentos rochosos, parte da energia se transforma em ondas sísmicas aumentando a intensidade das vibrações no terreno, além de provocar uma fragmentação grosseira gerando problemas no pé da bancada. (JIMENO, 2004). Para tanto, utilizou-se as equações e relações que serão apresentadas a seguir. Segundo Konya (1983), o valor do afastamento (A) pode ser determinado a partir da Equação 1: 10 𝐴 = 8𝑥10ିଷ𝑥 𝑑 ට ோௌ ఘೝ య (Equação 1) Em que: 𝑑 = Diâmetro do explosivo (mm); RBS= Energia Relativa por Volume; 𝜌 = Densidade da rocha (g/cm³). Ainda segundo Konya (1983) aplicam-se fatores de correções para melhor adequar o afastamento à realidade da malha e do maciço rochoso, levando-se em consideração o número de linhas, tipos de depósitos e as estruturas geológicas, como tem-se no Quadro 1. Fatores de Correção Número de Linhas (Kr) Tipos de Depósitos (Kd) Estruturas Geológicas (Ks) Uma ou duas linhas 1.0 Estratificado no corte 1.18 Altamente fraturada e juntas frequentes 1.3 Mais de três linhas 0.9 Estratificado na face 0.95 Camadas bem cimentadas com juntas estreita 1.10 Outros tipos de depósitos 1.00 Rocha Intacta e maciça 0.95 Quadro 1 – Fatores de Correção para o afastamento Fonte: Adaptado de KONYA, 1983. O Quadro 2 mostra um dos fatores que interferem na qualidade da fragmentação que é a razão entre a altura da bancada (𝐻) e o afastamento (A), seus valores variam de 1 à 4, visto que quanto mais próximo essa razão estiver do 4 (a partir desse valor não haverá aumento em benefícios), melhor será a fragmentação. Essa relação pode ser utilizada para encontrar o afastamento quando não há disponíveis informações suficientes a respeito da rocha a ser desmontada, dos explosivos, da perfuração, entre outro. 11 𝑯𝒃/A Fragmentação Onda aérea Ultralançamento Vibração Comentários 1 Ruim Severa Severa Severa Quebra para trás. Não detonar. Recalcular o plano de fogo. 2 Regular Regular Regular Regular Recalcular, se possível. 3 Boa Boa Bom Boa Bom controle e boa fragmentação. 4 Excelente Excelente Excelente Excelente Não há aumento em benefícios para 𝐻/A>4. Quadro 2 – Efeitos da relação 𝑯𝒃/A na Fragmentação do Material Rochoso Fonte: Adaptado de KONYA, 1983. Já segundo Jimeno (2004) para detonação em bancadas de grande diâmetro, no afastamento, a priori, deve-se analisar o tipo de explosivo e a resistência da rocha a fim de estimá-lo a partir do diâmetro da perfuração (D), conforme mostra o Quadro 3. TIPO DE EXPLOSIVO PARÂMETROS RESISTÊNCIA DA ROCHA (MPa) Branda <70 Média-Dura 70-180 Muito Dura >180 ANFO AFASTAMENTO (A) ESPAÇAMENTO (E) 28 D 33 D 23 D 27 D 21 D 24 D HIDROGÉIS E EMULSÕES AFASTAMENTO (A) ESPAÇAMENTO (E) 38 D 45 D 32 D 37 D 30 D 34 D Quadro 3 – Determinação de Afastamento e Espaçamento Fonte: Adaptado de JIMENO, 2004. 2.1.2 Espaçamento O espaçamento é a distância entre dois furos de uma mesma linha. Esse parâmetro depende do afastamento, da altura da bancada, propriedades da rocha, tipo de explosivo, entre outras. Para valores muito pequenos, há um excesso de fragmentação e rupturas superficiais na rocha remanescente, grandes blocos a frente da linha de furo e problemas de repés. Já para valores excessivos, a fragmentação é inadequada, acompanhado por problemas de repés e frentes muito irregulares. (KONYA, 1983). Para Konya (1983) esse valor é calculado considerando a relação 𝐻/A e o modo de iniciação – instantaneamente ou com a utilização de retardo. Utilizando bancadas baixa (𝐻/A<4) e furos detonados com retardo, o espaçamento (E) foi determinado a partir de: 𝐸 = (ு್ା) ଼ (Equação 2) 12 De acordo com Jimeno (2004) o espaçamento, assim como o afastamento, é determinado com base no tipo de explosivos e na resistência da rocha. Considerando, portanto, bancadas com grandes diâmetros, este foi determinado a partir do Quadro 3. Segundo Atlas Powder Company (1987) outra forma de calcular o afastamento e o espaçamento é através da expansão de uma malha preexistente para mudança de explosivo na detonação. Desta forma, tem-se uma equação relacionando afastamento, espaçamento e RBS. Conforme mostraa Equação 3: 𝑀𝑛 = 𝐴𝑥𝐸𝑥𝑅𝐵𝑆 (Equação 3) Em que Mn é a área da nova malha encontrada, a partir dessa área pode-se estimar o valor do afastamento e espaçamento, obedecendo a relação proposta por Hustrulid (1999): ா = 1 − 1,5 (Equação 4) 2.1.3 Subperfuração A subperfuração (S) é o comprimento a qual será perfurado abaixo do nível proposto da bancada, para assegurar o rompimento na altura do banco. A subperfuração só não será necessária quando houver rochas mais friáveis ou uma junta localizada ao nível do piso. (KONYA, 1983). Caso a subperfuração seja pequena não se produzirá um corte no nível planejado, resultando no aparecimento de repés com um considerável aumento nos custos de carga. Por outro lado, se esse comprimento for excessivo, propiciará um aumento nos custos com perfuração, aumento de vibrações e fragmentação excessiva na parte alta do banco inferior. (JIMENO, 2004). Conforme Konya (1983) a subperfuração depende unicamente do afastamento, deste modo tem-se a Equação 5 com a qual foi determinado o parâmetro em questão: 𝑆 = 0,3𝐴 (Equação 5) Segundo Jimeno (2004) a subperfuração é determinada a partir do diâmetro de perfuração, como mostrado no Quadro 4. 13 VARIÁVEL DIÂMETRO DA PERFURAÇÃO (mm) 180 - 250 250 - 450 SUBPERFURAÇÃO (S) 7 – 8 D 5 – 6 D Quadro 4 – Determinação da Subperfuração Fonte: Adaptado de JIMENO, 1987. 2.1.4 Profundidade do Furo A profundidade do furo (𝐻) é o comprimento total a ser perfurado, este será maior do que a altura da bancada, devido a inclinação e/ou subperfuração. Segundo Jimeno (2004), a Equação 6 é utilizada para determinar tal parâmetro: 𝐻 = 𝐻 + S (Equação 6) 2.1.5 Tampão Tampão (T) é o comprimento da parte superior do furo que não é carregada com explosivos, e sim, com material inerte a fim de confinar os gases produzidos na detonação para permitir que o processo de fragmentação ocorra por completo. Se o tampão é pequeno acarretará num escape prematuro dos gases na atmosfera, gerando problemas de ondas aéreas. Caso o tampão seja excessivo haverá grande quantidade de blocos vindos da parte alta da bancada e um nível alto de vibração. (JIMENO, 2004). Para Jimeno (2004) o comprimento ótimo para o tampão deve ser de 20 a 60 vezes o diâmetro de perfuração e sempre que houver possibilidade deve-se manter um comprimento superior à 25 vezes o diâmetro de perfuração. A altura do tampão é determinada levando em consideração a resistência da rocha e, a equação desse parâmetro está em função do diâmetro de perfuração (D). Para o cálculo foi utilizado o Quadro 5 mostrado a seguir. VARIÁVEL RESISTÊNCIA DA ROCHA (MPa) Branda < 70 Média – Dura 70-180 Muito Dura >180 TAMPÃO 40 D 32 D 25 D Quadro 5 – Determinação da Tampão Fonte: Adaptado de JIMENO, 2004. 14 A altura do tampão, de acordo com KONYA (1983), pode ser calculada em função do afastamento, conforme a Equação 7: 𝑇 = 0,7𝐴 (Equação 7) 2.1.6 Volume de Rocha por Furo O Volume de Rocha por Furo (V) representa o volume de rocha que deve ser desmontado em cada furo. Segundo Jimeno (2004) a Equação 8 é usada para o cálculo: 𝑉 = 𝐻 𝑥 𝐴 𝑥 𝐸 (Equação 8) 2.1.7 Perfuração Específica De acordo com Silva (2009), a Perfuração Específica (PE) é a relação entre a quantidade de metros perfurados em cada furo e o volume de rocha por furo (V), ou seja: 𝑃𝐸 = ு (Equação 9) 2.1.8 Razão Linear de Carregamento De acordo com Silva (2009), a Razão Linear de Carregamento (RL) é a quantidade de explosivos necessários para o desmonte de um metro de rocha. Encontrado a partir de: 𝑅𝐿 = గௗ మ ସ 𝜌 (Equação 10) 2.1.9 Altura da Carga de Fundo A carga de fundo é uma carga reforçada colocada no fundo do furo onde a rocha é mais presa. Alguns autores sugerem que a altura da carga de fundo (𝐻) é um valor entre 30 e 40% a altura da carga de explosivos (𝐻). (SILVA, 2009). Assim, tem- se: 𝐻 = 0,3 𝑥 𝐻 = 0,3 𝑥 (𝐻 − 𝑇) (Equação 11) 15 2.1.10 Altura da Carga de Coluna A carga de coluna é a carga acima da carga de fundo, como a rocha dessa região não é tão presa, esta não precisa ser tão concentrada quanto a carga de fundo. Segundo Silva (2009), a Altura da Carga de Coluna (𝐻) foi determinada da seguinte forma: 𝐻 = 𝐻 − 𝐻 (Equação 12) 2.1.11 Carga Total A Carga Total (CT) é a massa de explosivos necessária para desmontar cada furo. De acordo com Silva (2009) é calculada conforme a equação abaixo: 𝐶𝑇 = 𝑅𝐿 𝑥 𝐻 (Equação 13) 2.1.12 Razão de Carregamento Volumétrica A Razão de Carregamento (RC) é a quantidade de explosivos necessárias para detonar 1 m³ de rocha. Segundo Jimeno (2009) é calculado da forma a seguir: 𝑅𝐶 = ் (Equação 14) 2.1.13 Número de Furos Número de Furos (NF) é a quantidade de furos realizados em um determinado período. Tem-se, que: 𝑀𝑓 = 𝑉 𝑥 𝜌 (Equação 15) 𝑁𝐹 = ெ ெ (Equação 16) Em que: Mf = Toneladas de explosivos por furo (t/furo) MD = Massa a desmontar (t) 16 2.1.14 Diâmetro do Furo O diâmetro do furo (D) depende das características do maciço rochoso, grau de fragmentação requerido, altura do banco, configuração das cargas e outras. Caso esse diâmetro seja pequeno os custos com perfuração, escorva e iniciadores serão altos e as operações levarão maiores tempos e mão de obra, mas reduz os custos com explosivo. Se os diâmetros são grandes os espaçamentos são grandes e formam blocos, além de gerar material com granulometrias inadequadas. (JIMENO, 2004). O Gráfico 1 mostra uma relação entre o diâmetro do furo e a altura da bancada, para que se possa estimar o diâmetro a partir da altura da bancada e vice-versa. Gráfico 1 – Diâmetro do furo vs. Altura da bancada Fonte: JIMENO, 2004. Após a determinação e análise de tais parâmetros, pode-se agora dimensionar o fogo, ou seja, determinar as características da malha, os tipos de explosivos, acessórios de detonação, tipo de amarração, se utilizar retardo: definir os tempos, espaçamento de carga, material do tampão etc. 2.2 EXPLOSIVOS Os explosivos, desde os anos 40, vêm apresentando um acentuado desenvolvimento, objetivando alcançar a otimização na fragmentação da rocha, segurança em seu manuseio, maiores resistências à água, menor custo por unidade de rocha desmontada. Estes podem ser definidos como substâncias ou misturas, em 17 qualquer estado físico, que ao serem submetidos por um agente térmico ou mecânico suficientemente energético (calor, atrito, impacto etc) transformam-se em gases, em intervalo muito curto de tempo, liberando consideráveis quantidades de energia. (SILVA, 2009). Os explosivos disponíveis industrialmente podem ser classificados, de acordo com a velocidade das ondas de choque, em dois grandes grupos: Explosivos detonantes ou altos explosivos e explosivos deflagrantes ou baixos explosivos. Os primeiros apresentam velocidades entre 2.000 e 7.000 m/s e os deflagrantes apresentam velocidades menores do que 2.000 m/s. (JIMENO, 2004). Os altos explosivos apresentam uma subclasse de explosivos que são os agentes detonantes, estes são materiais que misturam um combustível e um oxidante, eles são menos sensíveis a iniciação e por isso podem ser armazenados e transportados, de forma a gerar menos riscos do que os sensíveis. (KONYA, 1983). Os explosivos categorizados nesta subclasse que serão utilizados para o desmonte nas três situações estudadas, mais precisamente, utilizaram-se: ANFO e ANFO Pesado. 2.2.1 ANFO O ANFO é composto por nitrato de amônio (94,5%) e óleo diesel(5,5%), a sigla vem do inglês e significa Ammonium Nitrate e Fuel Oil. Esse explosivo granular tem como vantagens: ocupa inteiramente o volume do furo, grande insensibilidade ao choque, menores produções de gases tóxicos e redução no preço global dos explosivos. As principais desvantagens são: falta de resistência à água, baixa densidade e apresenta a necessidade de um iniciador especial. (SILVA, 2009). 2.2.2 ANFO Pesado O ANFO apresenta interstícios que podem ser ocupados por explosivos líquidos como a emulsão que atua como uma matriz energética, utilizados para aumentar a densidade do ANFO e para aumentar a sensibilidade da emulsão. Pode ser adicionado também até 15% de Alumínio, que junto com uma porcentagem de 50% de emulsão, faz com que o ANFO pesado tenha até 90% a mais de energia se comparado a um mesmo volume de ANFO. (JIMENO, 2004). 18 O ANFO Pesado é a blendagem de emulsão com o ANFO ou o Nitrato de Amônio. Desta forma as características tanto da emulsão quanto do ANFO são modificadas, então o novo explosivo passa a ter densidade na faixa de 1,00 a 1,33 g/cm³ e a resistência à água será moderada. Para essa blindagem o ANFO Pesado passa a ser mais resistente à água. (SILVA, 2009). 2.3 ACESSÓRIOS DE DETONAÇÃO Juntamente com a evolução dos explosivos os acessórios de iniciação, desde os anos 40, vêm desenvolvendo-se tecnologicamente, na busca de alcançar os seguintes objetivos: Iniciadores muito mais insensíveis e por isso, mais seguros; controle do tempo de iniciação para a melhor fragmentação; redução de níveis de vibração, ondas aéreas e lançamentos produzidos pela detonação; maiores rapidez e flexibilidade das operações de arranque. (JIMENO, 2004). O sistema de iniciação dos detonadores chamados ordinários por meio de marcha lenta, que implica em um alto risco de acidentes e falta de controle de tempo de saída gerando rendimento negativo na detonação, deram lugar a sistemas mais seguro e confiável. (JIMENO, 2004). Os explosivos industriais apresentam estabilidade química que os tornam manuseáveis, com condições de segurança. Para que ocorra a detonação, será necessária uma determinada energia de ativação, oriundos de calor; chispas; atrito; impacto etc, capaz de promover as reações internas para sua transformação em gases. Uma vez iniciada esta reação, ela se propaga através de toda a massa do explosivo. Os acessórios de detonação são utilizados para provocar os fenômenos iniciais de forma segura e eficaz. (SILVA, 2009). O presente tópico descreverá para cada grupo as características dos acessórios de iniciação que foram utilizados para o dimensionamento do plano de fogo realizado. 2.3.1 Estopim O estopim é responsável por conduzir chama com velocidade uniforme a um tempo de queima constante de 140s por metro, para a detonação de uma espoleta simples. Esse acessório é constituído de um núcleo de pólvora negra, envolta de 19 materiais têxteis que, também são envolvidos por material plástico, visando a proteção e impermeabilidade. Para iniciá-lo é necessário fósforos e isqueiro. (SILVA, 2009). 2.3.2 Espoleta A espoleta é um tubo de alumínio ou cobre que apresenta uma extremidade aberta e outra fechada, no seu interior possui uma carga detonante constituída por duas cargas: carga de ignição, cujo explosivo é a azida de chumbo, e uma carga básica de PETN – Tetranitrato de pentaeritritol. A azida de chumbo é um explosivo fulmitante que é iniciado com a faísca do estopim e, faz detonar a carga de PETN. A cápsula de cobre só é usada para casos particulares, porque a presença de umidade contendo gás carbônico pode transformar a azida de chumbo em azida de cobre, que é muito mais sensível e, portanto, mais perigosa. (SILVA, 2009). 2.3.3 Cordel O cordel detonante é um acessório utilizado para iniciar cargas explosivas simultaneamente ou com retardos. Apresenta velocidade de detonação de aproximadamente 7000 m/s. Esse acessório é constituído por um tubo plástico com um núcleo de explosivo de alta velocidade – nitropenta (𝐶ହ𝐻଼𝑁ସ𝑂ଵଶ) – e de diferentes materiais para aumentar o confinamento e a resistência mecânica. Apesar da alta velocidade de detonação, o cordel é seguro ao manuseio e impermeável. A sua iniciação é através da espoleta simples ou instantânea, fixadas ao lado do cordel com fitas e com a parte ativa voltada para a direção de detonação. (SILVA, 2009). Segundo Silva (2009), as vantagens do cordel detonante em relação às espoletas elétricas, são: Não são afetados por correntes elétricas; Permite o carregamento das minas em regime descontínuo, com o uso de espaçadores; É muito seguro, pois, não detona por atrito, calor, choques naturais ou faíscas; Detona todos os cartuchos em contato. 20 2.3.4 Retardo O retardo é um tubo metálico, revestido de plástico, é fixado ao cordel e iniciado em um de seus extremos por ele, ao passar por ele, a detonação sofre uma queda de velocidade, enquanto queima o misto do retardo. Ao fim dessa queima, ele detona o cordel em sua extremidade. Os retardos denominados “ossos de cachorro” são fabricados com os seguintes tempos: 5ms, 10ms, 20ms, 30ms, 50ms, 75ms, 100ms, 200ms e 300ms. (SILVA, 2009). 2.3.5 Booster Os boosters são modernos explosivos desenvolvidos a base de PETN e TNT, cujas características são de uma alta pressão de detonação, que os converte em um excelente iniciador de cargas explosivas pouco sensíveis. Os boosters podem ser iniciados por meio de cordéis detonantes e espoletas proporcionando uma alta velocidade de detonação para maximizar o rendimento do explosivo. Apresentam alta pressão para maximizar o rendimento, facilidade de operação, excelente resistência a água, alta densidade etc. (ORICA, 2018). 2.3.6 Iniciado com Tubo De Choque (Brinel) Os tubos de choque são sistemas de transmissão de sinal elétrico instantâneo. O sistema detona dentro de um tubo plástico que contém uma pequena capa de material reativo no interior. Esse material reativo propaga uma onda de choque sem ruídos a uma velocidade de 2000 m/s aproximadamente. O sistema elimina todos os riscos elétricos, com exceção da possibilidade de iniciação através de um raio. Podem ser iniciados com um cordel detonante ou estopim elétrico. (KONYA, 1983). 21 3 METODOLOGIA 3.1 PRIMEIRA QUESTÃO Para a resolução da primeira questão, foram utilizadas as relações dos autores Konya, Jimeno, Hustrulid e Silva, expressas no tópico 2 deste trabalho. O cálculo dos parâmetros do plano de fogo utilizando o explosivo ANFO e ANFO pesado seguiu a seguinte metodologia: Afastamento Para este parâmetro foi utilizada a relação de Konya (Equação 1), visto que a mesma já engloba a Energia Relativa por Volume (RBS) do explosivo, tornando a posterior comparação com o explosivo ANFO pesado mais acessível. Após a utilização da fórmula, o resultado deve ser ajustado de acordo com os fatores apresentados no Quadro 1, multiplicando-o pelos fatores determinados. De acordo com a litologia e propriedades da rocha descritas na questão, adotou-se os valores 0,9, 1,0 e 0,95 para os fatores Kr, Kd e Ks, respectivamente. Espaçamento O espaçamento foi calculado utilizando a Equação 2, de Konya (1983), considerando os parâmetros indicados como bancada baixa e iniciação com retardo. Subperfuração A Equação 5 de Konya (1983) foi utilizada para obtenção da subperfuração a ser adotada no plano de fogo. Altura do Furo Utilizou-se a Equação 6 para determinação deste parâmetro. Tampão Utilizou-se a Equação 7 para determinação da altura do tampão. 22 Volume de Rocha por Furo O volume de rocha foi calculado de acordo coma Equação 8. Razão Linear de Carga A razão linear de carga foi calculada através da Equação 10. Altura da Carga de Explosivos Calculada a partir da adaptação da Equação 11. Obtendo-se: 𝐻𝑐 = 𝐻𝑓 − 𝑇 (Equação 16) Altura da Carga de Fundo Calculada de acordo com a Equação 11. Altura da Carga de Coluna Calculada de acordo com a Equação 12. Carga Total de Explosivo Determinado a partir da Equação 13. Razão de Carregamento Calculada de acordo com a Equação 14. Número de Furos Obtido a partir da releitura da Equação 15, através divisão do volume total a ser desmontado pelo volume de rocha por furo: 𝑁𝐹 = 𝑉𝑡/𝑉 (Equação 17) Metros Perfurados A quantidade de metros perfurados foi determinada de acordo com a relação apresentada por Silva (2009): 𝑀𝑃 = 𝑁𝐹 𝑥 𝐻𝑓 (Equação 18) 23 Total de Explosivo A quantidade total de explosivo pode ser estimada pela relação apresentada por Silva (2009): 𝑇𝐸 = 𝑁𝐹 𝑥 𝐶𝐸 (Equação 19) Custo com Explosivo O custo com explosivo é calculado multiplicando o valor do explosivo/kg pela quantidade total utilizada: 𝐶𝐶𝐸 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝐸𝑥𝑝𝑙𝑜𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑥 𝑇𝐸 (Equação 20) Custo com Perfuração O custo com perfuração é calculada através do produto entre o valor da perfuração/m e a quantidade de metros perfurados: 𝐶𝑃 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑢𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑥 𝑀𝑃 (Equação 21) Custo Total Soma dos custos com explosivo e perfuração 𝐶𝑇 = 𝐶𝐶𝐸 + 𝐶𝑃 (Equação 22) Para a otimização da malha para utilização do ANFO Pesado, foram utilizadas as seguintes relações: Para o cálculo do novo afastamento e espaçamento foram utilizadas as Equações 3 e 4. Para o novo Tampão utilizou-se a relação apresentada no Quadro 5 para rocha de alta resistência: 𝑇 = 25𝐷 Onde: T = Tampão (m) D = Diâmetro do furo (mm) Os demais parâmetros foram calculados seguindo as fórmulas utilizadas nos cálculos iniciais. 24 3.2 SEGUNDA QUESTÃO Para a resolução da segunda questão (ANEXO A), foram utilizadas as relações dos autores Konya, Jimeno, Hustrulid e Silva, expressas no tópico 2 deste trabalho. Primeiramente, determinou-se o diâmetro de perfuração com base no Gráfico 1 e na altura da bancada dada na questão. O volume de rocha foi determinado a partir nos pontos fornecidos, obtendo-se um valor de 18.000 m3. Assim, parte-se para a definição dos parâmetros. O afastamento foi determinado de acordo com as relações de Konya (1983), como exposto no Quadro 2, onde adotou-se que ு್ = 2. Ainda de acordo com Konya (1983), o espaçamento para rocha compacta foi calculado utilizando a Equação 2. Para a litologia friável foi feita a expansão da malha utilizando a Equação 4 de acordo com Hustrulid (1999). Para o cálculo dos parâmetros a seguir, foram determinados valores para cada litologia, utilizando as mesmas relações. O tampão foi determinado a partir da relação entre tampão e diâmetro, de acordo com a resistência da rocha, como exposto no Quadro 5 de Jimeno (2004). Já para a subperfuração, o cálculo foi realizado de acordo com Konya (1983) conforme a Equação 5. O volume de rocha por furo foi calculado a partir da Equação 8, a profundidade do furo de acordo com a Equação 6, ambos de Jimeno (2004). O volume de rocha por furo foi calculado a partir da Equação 8, a profundidade do furo de acordo com a Equação 6, ambos de Jimeno (2004). Para o cálculo dos demais parâmetros, utilizaram-se as relações estabelecidas por Silva (2009). A razão linear de carregamento de acordo com a Equação 10, a altura da carga do explosivo foi determinada de acordo com a Equação 11, onde Hc=Hf-T. Para o cálculo da carga de explosivo e razão de carga, utilizou-se as Equações 13 e 14 respectivamente. Por fim, o número de furos foi determinado de acordo com as Equações 15 e 16 e o total de explosivos a partir da Equação 19. 25 3.3 TERCEIRA QUESTÃO Para fazer dimensionamento do plano de fogo da terceira questão (Anexo A) foi considerado basicamente as equações e quadros sugeridos por Jimeno (2004). A primeira variável a ser definida foi o diâmetro de perfuração, este foi escolhido com base no Gráfico 1, e levando em consideração as informações dadas pela questão, tais como: pilha alta, caracterizando assim um ritmo acelerado de produção; característica da litologia e o volume de 36.000 m3 a ser desmontado. Assim, puderam- se definir as demais variáveis. Onde o Afastamento (A) foi calculado de acordo com o Quadro 3, utilizando-se a seguinte equação: 𝐴 = 32𝑥𝐷 Em que D é o diâmetro de perfuração. O Espaçamento (E) também foi determinado a partir do Quadro 3, a partir da a equação: 𝐸 = 37𝑥𝐷 Para a Subperfuração (S) foi utilizado o quadro 4, na qual usou-se a seguinte equação: 𝑆 = 8𝑥𝐷 A Profundidade do furo foi calculada pela soma da altura da bancada e da subperfuração, conforme a Equação 6. Já para o tampão foi usado a relação de Konya (1983), de acordo com a Equação 7, por se mostrar mais condizente com a presente situação. Como não foi feita diferenciação entre carga de fundo e a carga de coluna, neste caso, a altura da carga de explosivo é definida simplesmente a partir da subtração entre a profundidade do furo e a do tampão. A partir dessas informações foi calculada a razão linear de carregamento e a quantidade em quilogramas, ou seja, a carga total. Em que a quantidade em quilogramas de cada carga é a multiplicação da sua altura pela sua razão linear de carregamento. Essa razão é obtida pela relação mostrada na Equação 10. O volume de rocha por furo é obtido pelo produto entre o espaçamento, afastamento e a altura da bancada. 26 A quantidade de furos foi obtida através da disposição dos furos na malha considerando o afastamento e o espaçamento de forma a acomodá-los em uma área de 50 x 45 metros, então é necessário apenas multiplicar o número de furos pela carga de explosivo em cada furo para descobrir a massa total de explosivo. 27 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 PRIMEIRA QUESTÃO Seguindo a metodologia descrita, foram obtidos todos os parâmetros do plano de fogo para o explosivo ANFO. Os resultados são apresentados na Tabela 1: ANFO A 5,16 m E 6,39 m S 1,55 m T 3,61 m V 494,59 m³ RL 36,58 kg/m Hf 16,55 m HC 12,94 m HCF 3,88 m HCC 9,06 m CE 473,25 kg RC 292,62 g/t NF 3092 f MP 51159,46 m TE 1463103,18 kg CCE R$ 5.852.412,74 CP R$ 1.278.986,49 CT R$ 7.131.399,23 C/m3 R$ 4,66 C/t R$ 1,43 Tabela 1 - Resultados obtidos para o explosivo ANFO Fonte: Elaborada pelo Autor. Os resultados para o primeiro plano de fogo serviram como parâmetro de avaliação da possível alteração do explosivo utilizado, sendo a segunda parte presente na questão. Após os resultados obtidos para o ANFO normal, calcularam-se os mesmos parâmetros alterando o explosivo para ANFO pesado, utilizando as mesmas formulações do primeiro plano de fogo. Os resultados para ANFO pesado estão apresentados na Tabela 2 a seguir: 28 ANFO PESADO A 6,31 m E 7,40 m S 1,89 m T 4,42 m V 700,41 m³ RL 57,13 kg/m Hf 16,89 m HC 12,48 m HCF 3,74 m HCC 8,73 m CE 712,80 kg RC 311,22 g/t NF 2183,00 f MP 36877,42 m TE 1556049,53 kg CCE R$ 7.780.247,63 CP R$ 921.935,48 CT R$ 8.702.183,10 C/m3 R$ 5,69 C/t R$ 1,74 Tabela 2 - Resultados obtidos para explosivo ANFO Pesado Fonte: Elaborada pelo Autor. Segundo os dados obtidos, através dessa formulação o ANFO apresentaria uma economia de R$ 1.570.783,87. Entretanto, levando em consideração a potência doANFO pesado em relação à Energia Relativa por Volume (RBS), optou-se pela otimização da malha a fim de se conseguir uma economia com a utilização do ANFO pesado. Dessa forma, obteve-se novo afastamento e espaçamento através da expansão da malha e nova altura de tampão utilizando outra relação empírica, ambos descritos na metodologia. Os resultados obtidos são apresentados na Tabela 3: ANFO PESADO A 7,5 m E 8 m S 2,25 m T 6,03 m V 900 m³ RL 57,13 kg/m (Continua) 29 Hf 17,25 m HC 11,22 m HCF 3,37 m HCC 7,85 m CE 640,90 kg RC 217,77 g/t NF 1699,00 f MP 29307,75 m TE 1088889,401 kg CCE R$ 5.444.447,01 CP R$ 732.693,75 CT R$ 6.177.140,76 C/m3 R$ 4,04 C/t R$ 1,24 Tabela 3 - Resultados da malha otimizada para ANFO pesado Fonte: Elaborada pelo Autor. Através da expansão da malha, obteve-se a nova área de influência do afastamento e espaçamento, totalizando 60 m². Os novos valores de afastamento e espaçamento foram estabelecidos não somente para adequação à nova malha, mas através de embasamento nas obras dos autores utilizados. Segundo Jimeno (2004), “geralmente em mineração de metais é mantida uma relação Hb/A <2”, dessa forma estabeleceu-se o novo afastamento levando em consideração o Quadro 2 onde a relação Hb/A=2 e a relação espaçamento/afastamento de Hustrulid (1999), onde 𝐸𝐴 varia de 1 a 1,5. Alterando-se apenas os valores de espaçamento e afastamento e utilizando as demais fórmulas para obtenção dos outros parâmetros, obter-se-ia uma economia de R$ 571.253,92. Entretanto, visando alcançar o melhor custo/benefício com o explosivo mais potente, reavaliou-se também o parâmetro de altura do tampão. Para o novo tampão, observou-se a afirmação de Jimeno (2004) que estabelece que “sempre que possível, deve-se manter um tamanho de tampão acima de 25D para evitar os problemas de onda aérea, projeções, cortes e backbreak” e de Silva (2009) que diz que em “T < A o risco de ultralançamento da superfície mais alta aumenta e T >A produzirá mais matacões, entretanto o lançamento será menor ou eliminado”. Assim, optou-se por utilizar a relação de 30 Jimeno (2004) que nos dá a altura de tampão mais próxima do afastamento, minimizando os problemas ambientais. Após os ajustes na malha, obteve-se uma economia de R$ 954.258,47, viabilizando a utilização do mesmo nessas novas características de malha. 4.2 SEGUNDA QUESTÃO De acordo com a metodologia descrita, foram obtidos todos os parâmetros do plano de fogo. O valor do diâmetro obtido foi de 25,4cm. Foram utilizados dois explosivos, sendo o ANFO para a litologia friável e o ANFO Pesado para a litologia compacta. Os resultados apresentados na Tabela 4 são para os parâmetros obtidos para o ANFO Pesado e ANFO. ANFO PESADO ANFO A 6,00 6,00 m E 7,13 7,80 m S 1,80 1,80 m T 6,35 10,16 m V 641,25 702,00 m³ RL 63,34 40,54 kg/m Hf 16,80 16,80 m HC 10,45 6,64 m CE 661,89 269,16 kg RC 1,03 0,38 kg/m³ NF 15 12 furos TE 25138,34 kg Tabela 4 - Resultados obtidos para o explosivo ANFO Pesado Fonte: Elaborada pelo Autor. Como supracitado, foi realizada a expansão da malha para a litologia friável, uma vez que a mesma é mais fácil de ser fragmentada. Neste caso, aumentou-se o valor do espaçamento como descrito na metodologia e utilizou como explosivo o ANFO, que possui uma menor velocidade de detonação em relação aos outros explosivos. As escolhas desses explosivos foram feitas, porque segundo Jimeno (2004) nas minerações a céu aberto com grandes diâmetros – 229 a 415 mm – estendeu-se o 31 uso de cargas contínuas de ANFO à granel. E ainda que a partir de 100 mm de diâmetro de carga não há problema em usar o ANFO com carga contínua, mas para rochas duras é preferível o uso de cargas escalonadas. Deste modo, na presença da litologia friável optou-se por usar o ANFO, com cargas contínuas e à granel, por ser um explosivo de baixa densidade (0,8g/cm³) e baixa velocidade de detonação. Para a litologia compacta optou-se por trocar o explosivo por ANFO Pesado com carga contínua e também à granel, devido este possuir maior densidade (1,25 g/cm³), além de ter 83% a mais de energia se comparado com o mesmo volume de ANFO. A disposição de carga no furo é mostrada na Figura 1. Figura 1 – Distribuição de carga Fonte: Elaborada pelo Autor. Com base nos dados dos Quadros 9 e 10, foi criada a malha retangular com amarração em “V”, conforme a Figura 2 e o Apêndice A. Segundo Jimeno (2004), malhas retangulares reduz a energia em 23% em relação à estagiada, mas os resultados desse tipo de malha para rochas brandas são bons. 32 Figura 2 – Localização dos retardos (laranja), distribuição das cargas e tipo de ligação Fonte: Elaborada pelo Autor. Devido ao fato de que mudar a configuração das cargas para um mesmo plano de fogo seria muito trabalhoso para o operador, sem falar na dificuldade em se fazer uma boa amarração dos furos, optou-se por permanecer com a malha retangular para a litologia compacta também, já que o menor espaçamento e a utilização de um explosivo mais resistente, resultaria em bons resultados. A amarração em “V” foi feita para que se tenha uma pilha alta, já que para grandes ritmos de produção como diz a Questão 2 (ANEXO A) tem-se a necessidade de pilhas maiores. Foi decidido amarrar os furos usando 315m de cordel, com iniciação por estopim/espoleta, duas unidades desse conjunto para que um fique de reserva caso haja falhas. Para o estopim optou-se por um comprimento de 3m, pois de acordo com Ricardo e Catalani (2007) o estopim comum detona à 145s/m, o que possibilita ao blaster um tempo de 7,25 min para evacuar da área. A espoleta usada foi a nº8, que segundo Orica (2018) é suficiente para iniciar o cordel. O cordel é do tipo NP 6 que segundo Jimeno (1983) é destinado à conexão entre os furos. Utilizou-se ainda 22 retardos presos ao cordel com fita isolante, estes do tipo “osso de cachorro”, com tempo entre linhas de 50 ms. Segundo Jimeno (1983) o uso de retardo diminui as vibrações produzidas, aumenta a efetividade dos mecanismos de ruptura, além de um maior controle sobre a fragmentação, sobrexcavação, repés e lançamentos. 33 A iniciação no fundo do furo se dá através do tubo de choque (iniciador não-elétrico), o tipo utilizado foi o Brinel possuindo retardo de 300ms. O tubo de choque inicia o booster – reforçador que inicia a detonação de explosivos com baixa sensibilidade e aumenta o nível de energia da detonação – usou-se um booster de 900g para cada furo da litologia compacta preenchida com ANFO Pesado e um booster de 450g para cada furo da litologia friável preenchida com ANFO, totalizando 15 booster de 900 e 12 de 450. O tampão utilizado foi brita com um volume estimado de 8,69m³, a Figura 3 mostra esse parâmetro. Figura 3 – Configuração de Cargas Fonte: Elaborada pelo Autor. 4.3 TERCEIRA QUESTÃO Através da metodologia citada foi obtido a seguinte Tabela, no qual é apresentado os resultados para cada parâmetro do plano de fogo. Dados Diâmetro de Perfuração 𝑫𝒆 22,86 cm Densidade do explosivo 𝝆𝒆 1,25 g/cm³ ou t/m³ Altura da bancada Hb 16 m Ângulo do furo α 0 Graus Diâmetro do explosivo 𝒅𝒆 22,86 cm Quantidade de rocha Qd 36.000 m³ 34 Tipo de explosivo da coluna Explosivos potentes Resistência da rocha Dura 120-180MPa Resultados Afastamento A 7,32 m Espaçamento E 8,46 m Sobperfuração S 1,83 m Profundidade do furo Hf 17,83 m Tampão T 5,12 m Altura do explosivo Hcf 12,71 m Carga de explosivo por furo CT 651,98 kg RazãoLinear de Carregamento RL 51,30 Kg/m Volume de rocha por furo V 989,97 m³ Razão de carregamento RC 0,66 kg/m³ Cálculo do número de furos necessários NF 36,36 furos Cálculo do total de explosivos Te 23709,01 kg Tabela 5 – Parâmetros do Plano de Fogo Fonte: Elaborado pelo autor. Com base nos dados da Tabela 5, foi criada a malha retangular com amarração em “v” – como mostra a Figura 3 e melhor detalhado no Apêndice B, para garantir a pilha alta como requerida, foi decidido usar cordel com iniciação por espoleta simples nas ligações externas e, brinel na coluna com tempo de 300 ms no fundo do furo. Para o estopim que inicia a espoleta na superfície utilizou-se um comprimento de 3m, possibilitando ao blaster 7,25 min para evacuar. Utilizou-se dois estopim/espoleta, deixando um de reserva. 35 Figura 4 – Localização dos retardos, distribuição das cargas e tipo de ligação Fonte: Elaborada pelo Autor. Decidiu-se também, pela utilização de 36 booster de 900g para iniciação do ANFO Pesado (presente em toda coluna de explosivo), um para cada furo, agindo como um reforço na base, onde a rocha está sobre maior confinamento. Foi utilizado brita como tampão a um volume de aproximadamente 7,37 m³, conforme mostra a Figura 4, e somente retardos entre linhas de 42 ms. Figura 4 – Distribuição de carga Fonte: Elaborada pelo Autor. BRITA ANFO Pesado Booster 900g 36 Os acessórios utilizados para a Questão 3 são os mesmos utilizados na Questão 2, com diferenças apenas nas quantidades, melhores explicações sobre suas escolha pode-se encontrar no subtópico 3.2. As quantidades utilizadas são: Iniciador: 684m de tubo de choque (iniciador não elétrico) com retardo de 500ms; Reforçador: 36 boosters de 900g; Amarração: 455m de cordel; Iniciador do cordel: 2 estopins+espoleta; Retardo entre linhas: 22*42ms; 37 5 CONCLUSÃO É percebido, portanto, a importância do dimensionamento do plano de fogo (o Apêndice C mostra o resultado final do Plano de Fogo proposto), assim como em seus acessórios a serem utilizados, visto que cada situação deve ser estudada de maneira prévia, a fim de que suas características possam ser corretamente analisadas para a melhor tomada de decisões, onde uma análise precipitada pode vir a trazer resultados totalmente opostos aos esperados, prejudicando assim todas as etapas subsequentes. Torna-se necessário também ter noção que desmonte de rochas não se trata de uma ciência precisa, já que o maciço não se apresenta integralmente homogêneo, assim trata-se de um método de tentativas e erros, onde não se consegue estabelecer regras práticas que valerão para todos os casos possíveis, dependendo desse modo sobretudo de uma sensibilidade por parte do autor para fazer as correções necessárias possíveis para as devidas situações. Dessa maneira é de suma importância se aliar o estudo local das condições com o conhecimento técnico prévio adquirido ao longo do tempo, para somente assim conseguir se alcançar os objetivos estabelecidos, partindo desde uma correta escolha dos explosivos e acessórios até o cálculo dos melhores tempos de retardo para se obter a fragmentação necessária. 38 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATLAS POWDER COMPANY. Explosives and Rock Blasting. Dallas: Atlas Powder Company Field Technical Operations, 1987. HUSTRULID, W. A. Blasting Principles for Open Pit Mine: General Design Conceptes. Rotterdam: Balkema, 1999. JIMENO, L. J. et al. Manual de perforacion y voladura de rocas, 2.ed., Madri, Espanha, Instituto Tecnológico Geominero de España, 2004. KONYA, C. J. Surface Mining Environmental Monitoring and Reclamation Handbook, 1983. ORICA - MINING SERVICES. Pentex™ PowerPlus™ 900 (PP900) Booster. Disponível em: <http://www.oricaminingservices.com/download/file_id_12293/>. Acesso em: 22 fev. 2018. RICARDO, H. S.; CATALANI, G. Manual Prático de Escavação: Terraplenagem e Escavação de Rocha. 3 ed. São Paulo: PINI, 2007. SILVA, V. C. Apostila do Curso de Desmonte e Transporte de Rocha, Departamento de Engenharia de Minas da Escola de Minas da UFOP, 2009. x x x xx x xx x x x x x xx x x x x xx x 12 2 23 3 34 33 4 44 4 45 5 5 5 5 56 6 6 67 7 50 50 50 100 100 100 100 100 150 150 150 150150 150 200 200 200 200200 200 250 250 250250300 300 50 2 Tempo de Espera MS Período de Retardo Croqui - Questão II x x x x x 1 1 2 22 2 42 42 4242 3 3 3 33 3 84 84 84 84 84 84 4 4 4 4 4 4 126 168 210 252 294 126 126 126 126 126 5 5 5 5 5 5 168 168 168 168 168 6 66 6 6 6 210 210 210 210 210 7 7 7 7 252 252252 294 8 8 x x x x x x x x x x x x x x x xx x 42 2 Tempo de Espera MS Período de Retardo Croqui - Questão III Cliente Tipo de detonação Responsável técnico ANFO Pesado mm 22,86 m 7,32 m 8,46 m 1,83 m 17,83 m 12,71 mm Altura da carga de coluna m 7,85 kg m 3,37 m³ 989,97 kg/m³ 0,66 Iniciador tubo de choque Quantidade 684 m m 5,12 Reforçador 900 g Tipo de retardo osso de cachorro Material do tampão brita Ligações externas cordel Retardo entre linhas 42 ms kg/m 51,30 Ligações da coluna brinel Retardo de fundo 300 ms m³ 36.000,00 Metros para amarração externa 455 m Número de retardos 21 unidade 36,00 Iniciador do cordel estopim+espoleta Quantidade 2 m 641,88 Comprimento estopim 3 m Tempo para iniciar espoleta 7,25 min kg 23.709,01 A PÊ N D IC E C - Ficha T écnica Q uestão III 8 horas Carajás Jr. DETONAÇÃO DE PRODUÇÃO GRUPO II - TURMA DE ENGENHARIA DE MINAS 2014 INFORMAÇÕES DA JAZIDA DADOS DO DESMONTE Horário MINE 14 - PERFURAÇÃO E DESMONTE DE ROCHAS LTDA Plano de Fogo INFORMAÇÕES GERAIS Local Data MARABÁ - PARÁ 03 DE MARÇO DE 2018 Tipo de rocha rocha calcopirítica Diâmetro do furo Densidade do material t/m³ 4,1 a 4,3 Afastamento Altura da bancada m 16 Espaçamento SubperfuraçãoINFORMAÇÕES DO EXPLOSIVO Altura do tampão Diâmetro do explosivo 22,86 Altura da carga de fundo Volume de rocha desmontada por furo Metros perfurados em cada furo Altura da carga de explosivo Tipo de explosivo (densidade em g/cm³) [ ] ANFO (0,8) [ x ] ANFO Pesado (1,25) Total de explosivos Razão linear de carregamento Carga de explosivo por furo 651,98 Massa desmontada ACESSÓRIOS DO DESMONTE RBS do explosivo 183 Número de furos Metros totais perfurados Razão de carga [ ] Emulsão (1,15) [ ] Outro ( ) Cliente Tipo de detonação Responsável técnico DADOS DO DESMONTE unidade Zona friável Zona compacta mm 254,00 254,00 m 6,00 6,00 m 7,80 7,13 m 1,80 1,80 m 16,80 16,80 mm m 6,64 10,45 kg/m Altura da carga de coluna m 4,65 7,32 m 1,99 3,14 m³ 585,00 641,25 kg/m³ 0,56 1,03 m 10,16 6,35 mm Material do tampão brita brita kg/m kg/m 40,54 63,34 m³ 9.000,00 9.000,00 unidade 15 12,00 Iniciador tubo de choque Tipo de iniciador osso de cachorro m 470,40 201,60 Retardo do iniciador 300 ms Iniciador do cordel estopim+espoleta kg 7.265,38 18.579,27 Reforçador do ANFO 450 g Quantidade 12 unidades Tipo de malha retangular retangular Reforçador do ANFO Pesado 900 g Quantidade 15 unidades Amarração cordel e brinel cordel e brinel Velocidade de detonação do estopim 145s/m Tipo de cordel NP 6 Linha de detonação externa m Retardo entre linhas 50 ms Retardo entre furos 20 ms Linha de detonação interna m A PÊ N D IC E C - Ficha Técnica Q uestão II [ ] ANFO (0,8)[ x ] ANFO Pesado (1,25) INFORMAÇÕES GERAIS [ ] Emulsão (1,15) [ ] Outro ( ) Diâmetro do furo Afastamento Espaçamento Subperfuração Metros perfurados em cada furo Razão de carga INFORMAÇÕES DO EXPLOSIVO NA ZONA COMPACTA Altura da carga de explosivo Altura da carga de fundo Volume desmontado por furo Local Data Horário 8 horas DETONAÇÃO DE PRODUÇÃO GRUPO II - TURMA DE ENGENHARIA DE MINAS 2014 Carajás Jr. INFORMAÇÕES DA JAZIDA Tipo de explosivo (densidade em g/cm³) [ ] Emulsão (1,15) [ ] Outro ( ) [ x ] ANFO (0,8) [ ] ANFO Pesado (1,25) Diâmetro do explosivo MINE 14 - PERFURAÇÃO E DESMONTE DE ROCHAS LTDA Plano de Fogo MARABÁ - PARÁ 03 DE MARÇO DE 2018 RBS do explosivo 100 Carga de explosivo 254 326,70 INFORMAÇÕES DO EXPLOSIVO NA ZONA FRIÁVEL Altura da bancada compacta e friável 15m Tipo de rocha 315 453,6 ACESSÓRIOS DO DESMONTE Razão linear de carregamento Altura do tampão Total de explosivos Número de furos Massa desmontada Metros totais perfurados Carga de explosivo 661,89 RBS do explosivo 183 Diâmetro do explosivo 254 Tipo de explosivo (densidade em g/cm³) Cliente Tipo de detonação Responsável técnico ANFO ANFO Pesado mm 241,30 241,30 m 5,16 7,50 m 6,39 8,00 m 1,55 2,25 m 16,55 17,25 m 12,94 11,22 mm Altura da carga de coluna m 9,06 7,85 kg/m m 3,88 3,37 m³ 494,59 900,00 kg/m³ 292,62 47,47 m 3,61 6,03 Material do tampão brita brita mm kg/m 36,58 57,13 kg/m m³ 1.529.052,00 1.529.052,00 unidade 3.092 1.698,95 m 51.159,46 29.306,83 kg 1.463.103,18 1.088.855,22 R$ 1.278.986,50 732.670,75 R$ 5.852.412,74 5.444.276,10 R$ 7.131.399,23 6.176.946,85 A PÊN D IC E C - Ficha Técnica Q uestão I Razão linear de carregamento Altura do tampão Razão de carga Custo total com perfuração Número de furos Massa desmontada Metros totais perfurados Custo total do desmonte Custo total com explosivo Total de explosivos Carga de explosivo 640,90 RBS do explosivo 183 Diâmetro do furo Afastamento Espaçamento Subperfuração Metros perfurados em cada furo Altura da carga de explosivo Altura da carga de fundo Volume de rocha desmontada por furo DADOS DO DESMONTE Local Data Horário 8 horas DETONAÇÃO DE PRODUÇÃO GRUPO II - TURMA DE ENGENHARIA DE MINAS 2014 Carajás Jr. INFORMAÇÕES DA JAZIDA RBS do explosivo 100 Carga de explosivo 241,3 473,20 [ ] Emulsão (1,15) [ ] Outro ( ) INFORMAÇÕES DO EXPLOSIVO Diâmetro do explosivo Tipo de explosivo (densidade em g/cm³) [ x ] ANFO (0,8) [ ] ANFO Pesado (1,25) Altura da bancada alta resistência 3,27 15 t/m³ m Tipo de rocha Densidade do material INFORMAÇÕES DO EXPLOSIVO [ ] Emulsão (1,15) [ ] Outro ( ) Diâmetro do explosivo 241,3 Tipo de explosivo (densidade em g/cm³) [ ] ANFO (0,8) [ x ] ANFO Pesado (1,25) INFORMAÇÕES GERAIS MINE 14 - PERFURAÇÃO E DESMONTE DE ROCHAS LTDA Plano de Fogo MARABÁ - PARÁ 03 DE MARÇO DE 2018 44 ANEXO A – Questões Propostas 1. Em uma jazida metálica, as detonações são realizadas a partir da perfuração de furos verticais com diâmetro de 9ଵ ଶൗ ". Utilizando o ANFO a granel como explosivo com densidade de 0,8 g/cm3, calcule os parâmetros do plano de fogo, sabendo que a altura do banco é 15 metros e a rocha é de alta resistência. Considerando a possibilidade de alterar o explosivo para ANFO Pesado em toda a extensão do furo, avalie os ganhos da troca considerando o RBS do explosivo (Energia por unidade de volume de um explosivo comparado ao ANFO). Dados necessários: - Densidade do material desmontado: 3,27 t/m3 (no corte) - Densidade do ANFO Pesado: 1,25 g/cm3 - RBSANFO PESADO: 1,83 - Massa a desmontar / ano: 5 milhões de toneladas - Custo de perfuração: R$25,00/m - Custo do ANFO: R$4,00/Kg - Custo do ANFO Pesado: R$5,00/kg 2. Considere que numa mina com elevado ritmo de produção, pretende-se desmontar determinado volume de rocha em bancadas de 15 metros de altura. Os seguintes pontos definem o volume a ser desmontado: (0,0,0), (60,0,0), (0,0,15), (60,0,15), (0,20,0), (60,20,0), (0,20,15), (60,20,15). Deste volume, a região delimitada pelos pontos (30,0,0), (60,0,0), (30,0,15), (60,0,15), (30,20,0), (60,20,0), (30,20,15) e (60,20,15) apresenta uma litologia compacta, enquanto o restante do volume apresenta uma litologia friável. Dimensione o plano de fogo. 3. Deseja-se desmontar um volume de 36.000 m³ numa rocha calcopirítica, com bancada de 16 metros de altura. Espera-se uma pilha alta. Dimensione o plano de fogo. dsfs.pdf trabalho todo23fsdf.pdf Croqui Questão 2.pdf Croqui Questão 3.pdf $R844IB9 $RQPM97Y $RT7MN0T dsfs
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