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apostila contabilidade comercial

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ANDREIA LEAL 
CONTABILIDADE COMERCIAL
Rio de Janeiro-RJ
2013
	1
	COMERCIO 
 
1.1 CONCEITO DE COMÉRCIO
Basicamente, entende-se por comércio a troca de mercadorias por dinheiro ou de uma mercadoria por outra. A atividade comercial é inerente à natureza e às necessidades humanas, pois todos temos necessidades e, se não existe moeda, trocaríamos bens que temos em execesso por outros que não possímos. A atividade comercial é das mais importantes, pois permite colocar à disposição dos consumidores, em mercados física ou economicamente delimitados, grande variedade de bens e serviços, necessários à satisfação das necessidades humanas. Neste sentido, diz-se, também, que o comerciante é a pessoa física ou juridica que aproxima vendedores e compradores, levando-os a completar uma operação comercial, ou seja, a troca de mercadorias por dinheiro ou por outras mercadorias.
MODULO 1
1 – OPERAÇÕES COM MERCADORIAS
1.1 - INVENTÁRIO PERIÓDICO 
1.1.1 - CONTA MISTA DE MERCADORIAS
1.1.2 - CONTA DE MERCADORIAS COM “FUNÇÃO DESDOBRADA”
1.2 – INVENTÁRIO PERMANENTE
2 - EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1 – OPERAÇÕES COM MERCADORIAS
Mercadorias são bens adquiridos por estabelecimentos comerciais com a finalidade de revenda. Apurar o Resultado com Mercadorias (RCM) corresponde verificar se houve lucro ou prejuízo nas transações de compras e vendas.
Logo,
RCM = Receita de Vendas (V) menos Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
 ou simplificadamente
	RCM = V - CMV
Apurar vendas (V) é muito simples: basta somar todas vendas realizadas no período, através, por exemplo, das notas fiscais de venda. A dificuldade reside em calcular o CMV.
Imagine uma empresa que comercializa apenas um único produto, cujas compras são feitas em vários fornecedores que cobram preços diferentes em função da quantidade comprada e também devido à inflação.
Ao vender a mercadoria, o preço de venda é certo. Mas e quanto ao preço de custo? Como a empresa pode determinar que a mercadoria vendida (que está no seu estoque) veio deste ou daquele fornecedor já que os preços de compra foram diferentes?
Se a empresa vender vários produtos diferentes, é fácil perceber que a situação se complica ainda mais.
No caso de empresas de pequeno porte, geralmente os custos de cada venda não são controlados devido exatamente a essas dificuldades mencionadas. O CMV é calculado apenas no final do período quando é feito um inventário (levantamento físico) das mercadorias em estoque. O inventário, nesse caso, é denominado inventário periódico e a apuração do RCM pode ser feita de duas formas que serão explanadas mais adiante:
Conta Mista de Mercadorias
Conta de Mercadorias com Função Desdobrada
Já empresas maiores e mais organizadas procuram controlar os custos de cada venda, mantendo uma ficha de estoque para cada mercadoria, na qual são anotadas as entradas e seu respectivo preço e as saídas, com seu custo determinado por um dos três métodos seguintes:
PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai);
UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai);
PMP (Preço Médio Ponderado).
Nesse caso, trata-se do inventário permanente.
	
	
	Conta Mista de Mercadorias
	
	Periódico
	
	
	
	Conta de Mercadorias com
	INVENTÁRIO
	
	Função Desdobrada
	
	
	
	
	
	PEPS
	
	Permanente
	UEPS
	
	
	PMP
	
	LB = Lucro Bruto
	
	RCM pode ser
	
	
	
	PB = Prejuízo Bruto
	
1.1 - INVENTÁRIO PERIÓDICO 
Ocorre quando os estoques existentes são avaliados na data de encerramento do exercício, através de contagem física. O estoque, assim avaliado, é denominado Estoque Final (Ef). O preço utilizado para sua avaliação é o de custo ou de mercado, dos dois o menor.
Neste módulo, trabalharemos sempre com o preço de custo. 
- CONTA MISTA DE MERCADORIAS
Existe apenas uma única conta, a de Mercadorias, que registra todos os fatos pertinentes ao RCM: Vendas, Compras, Estoque e CMV. E denominada conta mista, pois mescla em seu interior contas patrimoniais (Estoque) e de resultado (RCM).
Faremos o exercício a seguir, para exemplificar a contabilização da Conta Mista de Mercadorias.
Dado o valor do estoque inicial (Ei) de 19X0 R$ 500,
Contabilize:	Compras a prazo R$ 2.500,00
Vendas a prazo R$ 2.500,00
Sabendo-se que o estoque final de 19X0 é de R$ 1.200,00, apure o resultado com mercadorias na conta mista.
	
Conta Mista como Conta de Resultado (RCM)
LIVRO DIÁRIO - REGISTROS:
1) Transferência do Ei para conta mista de mercadorias
Conta Mista de Mercadorias
a Mercadorias em Estoque (Ei)
2)	Compras a prazo
Conta Mista de Mercadorias
a Fornecedores
3) Vendas a prazo
Duplicatas a Receber
a Conta Mista de Mercadorias
4)	Registro do Ef inventariado em 31-12-X0
 Mercadorias em Estoque (Ef)
a Conta Mista de Mercadorias
Razonetes
	Mercadorias em Estoque
	
	Fornecedores
	
	Conta Mista
	
	Ei 500
	 500 (1)
	
	
	 2.500 (2)
	
	de Mercadorias
	
	Ef (4) 1.200
	
	
	
	
	
	Ei (1) 500
	
	
	
	
	
	
	
	
	C (2) 2.500
	 2.500 (3) V
	
	Duplic. a Receber
	
	
	
	
	 3.000
	 2.500
	
	(3) 2.500
	
	
	
	
	
	 (*) 500
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 1.200 (4) Ef
	
	
	
	
	
	
	
	
	 700 (**)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
(*) Saldo da Conta Mista
(**) RCM – Resultado com Mercadorias
	Note que, se o saldo da conta mista for maior que o estoque final, teríamos apurado um prejuízo na operação com mercadorias.
1.1.2 - CONTA DE MERCADORIAS COM “FUNÇÃO DESDOBRADA”
O lançamento, nessa hipótese, deverá ser efetuado na conta que melhor representar o fato ocorrido, assim poder-se-á ter as seguintes contas:
Mercadorias em Estoque
Compras
Vendas
Resultado com Mercadorias (RCM)
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
Caso haja fatos que modifiquem compras e vendas, haverá também lançamentos nas seguintes contas:
Devolução de Compras
Abatimento sobre Compra
Descontos Incondicionais Obtidos
Devolução de Vendas
Abatimento sobre Vendas
Descontos Incondicionais Concedidos
Durante o período-base, a conta de mercadorias em estoque representará o Estoque Inicial (Ei), pois as mercadorias adquiridas durante o período foram contabilizadas na conta de compras.
No final do período-base,o Ei será encerrado a débito do CMV.
Para apurar o Resultado com Mercadorias (RCM), utilizaremos as seguintes fórmulas, supondo a inexistência de fatos que modifiquem compras e vendas:
	RCM = V - CMV
	
	CMV = Ei + C - Ef
Vamos contabilizar, utilizando no Método Desdobrado, as mesmas operações indicadas na contabilização da Conta Mista:
Compras a prazo
Compras
a Fornecedores		2.500,00
Vendas a prazo
Duplicatas a Receber
a Receita de Vendas		2.500,00
		Apuração do CMV
		CMV = Ei + C – Ef
		CMV = 500 + 2.500 – 1.200
		CMV = 1.800
Transferência do Ei e C para o CMV
CMV
a Diversos
a Mercadorias em Estoque	 500,00
a Compras			2.500,00 3.000,00
Registro do Ef inventariado
Mercadorias em Estoque
a CMV			1.200,00
	Apuração do RCM
	RCM = V – CMV
	RCM = 2.500 – 1800
	RCM = 700
Transferência de Vendas para RCM 
Receita de Vendas
a RCM				2.500,00
Transferência do CMV para o RCM
RCM
a CMV
	Mercadorias em Estoque
	
	Fornecedores
	
	
	
	Ei 500
	 500 (3)
	
	
	 2.500 (1)
	
	CMV
	
	Ef (4) 1.200
	
	
	
	
	
	(Ei + C)(3) 3.000
	 1.200 (4) Ef
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 1.800
	 1.800 (6)
	
	Duplic. a Receber
	
	
	
	
	
	
	
	(2) 2.500
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Receita de Vendas
	
	RCM
	
	
	
	
	(5) 2.500
	 2.500 (2)
	
	(6) 1.800
	 2.500 (5)700
	
	
Compras
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	(1) 2.500
	 2.500 (3)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
1.2 – INVENTÁRIO PERMANENTE
Quando a pessoa jurídica possui controle permanente ou diário de estoques,sendo esse controle efetuado a cada operação de compra e/ou venda.
Para efetuar o controle de estoque utilizaremos Ficha de Controle de Estoque, sendo uma Ficha para cada tipo de produto ou de material.
Processos utilizados no Inventário Permanente:
a)	PEPS - Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair ou FIFO -* First In, First Out
b)	UEPS - Último a Entrar, Primeiro a Sair, ou LIFO —ø Last In, First Out
c)	CPM - Custo Médio Ponderado ou PMP —~ Preço Médio Ponderado
Registro das Operações de Compras
a) Na Ficha de Controle de Estoque
O Registro das compras deverá ser efetuado na coluna de Entrada
b) Na escrituração contábil
Mercadorias em Estoque
a Caixa ou Bancos ou Fornecedores
Registro das Vendas
Quando a empresa efetua uma operação de venda, devemos destacar nessa operação dois preços:
a) Preço de venda (preço pelo qual a mercadoria ou produto foi vendido) este preço não deve ser escriturado na ficha de estoque, apenas na contabilidade da seguinte forma:
Caixa ou Bancos ou Duplicatas a Receber
a Receita de Vendas
b)	Preço de custo (preço pago pela mercadoria vendida)
O preço de custo (obtido por um dos três processo acima) deverá ser registrado na coluna de saídas da ficha de estoque, e na escrituração contábil da seguinte forma:
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
a Mercadorias em Estoque
METODOS
a) PEPS - Primeiro que Entra, Primeiro que Sai
Objetivos: avaliar o estoque final (Ef) pelas aquisições mais recentes (últimas) e o custo das mercadorias vendidas (CMV) pelas aquisições mais antigas (primeiras).
Note que num processo inflacionário,o PEPS preserva o valor do Estoque Final avaliado pelas aquisições mais recentes, mas sub-avalia o valor do CMV (avaliado pelas aquisições mais antigas).
b) UEPS - Último que Entra, Primeiro que Sai
Objetivos: avaliar o estoque final pelas aquisições mais antigas (primeiras) e o custo das mercadorias vendidas pelas aquisições mais recentes (últimas).
Num processo inflacionário, o UEPS sub-avalia o valor do EF (avaliado pelas aquisições mais antigas) e preserva o valor do CMV (avaliado pelas aquisições mais recentes).
 O Método UEPS não é aceito pela Legislação do Imposto de Renda.
c) PMP - Preço Médio Ponderado
Objetivos: avaliar tanto o estoque final (Ef) quanto o custo das mercadorias vendidas (CMV) pela média entre as primeiras e as últimas aquisições.
Num processo inflacionário tanto o Ef quanto o CMV são avaliados pelo preço médio ponderado.
O preço médio ponderado (PMP) é obtido através da divisão do custo total pelas quantidades existentes no estoque.
Exemplo:
Compra 160 unidades x R$ 10,00 cada uma = R$ 1.600,00
Compra 40 unidades x R$ 20,00 cada uma = R$ 800,00
Totais 200 unidades ao preço total de R$ 2.400,00
				 R$ 2.400,00
Preço Médio Ponderado = = R$ 12,00 por unidade
				 200 unidades
CASO PRÁTICO
	
Nr
	
Operação Realizada
	
Qde
	Preços
	
	
	
	Unitário R$
	Total R$
	
	Saldo Inicial (Ei)
	80
	400,00
	32.000,00
	01
	Compra a Prazo
	80
	600,00
	48.000,00
	02
	Venda a Prazo
	40
	1.500,00
	60.000,00
	03
	Venda a Prazo
	80
	2.000,00
	160.000,00
	04
	Compra a Prazo
	120
	700,00
	84.000,00
	05
	Venda a Prazo
	20
	1.500,00
	30.000,00
Pede-se:
a)	Lançamentos na Ficha de Controle de Estoque nos Processos PEPS, UEPS e PMP.
b) Lançamentos contábeis das operações acima nos processos PEPS, UEPS e PMP, inclusive os decorrentes da apuração do resultado com a conta de mercadorias.
c)	Comparação e análise dos 3 processos (PEPS/UEPS/PMP).
LIVRO DIÁRIO - PROCESSO PEPS
Mercadorias em Estoque 
	a Fornecedores					48.000,00
2)	Pelo preço de Venda
Duplicatas a Receber
a Receita de Vendas				60.000,00
2.1. Pelo preço de custo (ver saída na Ficha de Estoque)
CMV
a Mercadorias em Estoque		16.000,00
3) Pelo preço de Venda 
	Duplicatas a Receber
a Receita de Vendas				160.000,00
3.1. Pelo preço de custo (ver saída na Ficha de Estoque)
CMV
a Mercadorias em Estoque		40.000,00
Mercadorias em Estoque 
	a Fornecedores					84.000,00
Pelo preço de Venda 
	Duplicatas a Receber
a Receita de Vendas				30.000,00
5.1	 Pelo preço de Custo (ver saída na Ficha de Estoque)
CMV
a Mercadorias em Estoque		12.000,00
APURAÇÃO DO RESULTADO COM MERCADORIAS (RCM)
Transferência das Receitas de Vendas para RCM 
	Receita de Vendas
a Resultado c/ Mercadorias (RCM)		250.000,00
Transferência do CMV para RCM 
	Resultado c/ Mercadorias (RCM)
a Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)	68.000,00
Razonetes
	Mercadorias em Estoque
	
	Duplic a Receber
	
	Fornecedores
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Receita de Vendas
	
	CMV
	
	Resultado c/ Mercadorias
	
	
	
	
	
	
	RCM
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – SISTEMA PEPS
	
	ENTRADAS
	SAÍDAS
	SALDO
	Data
	Qde
	Pr Unit
	Pr Total
	Qde
	Pr Unit
	Pr Total
	Qde
	Pr Unit
	Pr Total
	
	Estoque Inicial (Ei)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	01
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	02
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	03
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	04
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	05
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Totais
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	CMV – Custo das Mercadorias Vendidas
	
	
	
	
�
LIVRO DIÁRIO - PROCESSO UEPS
Mercadorias em Estoque 
	a Fornecedores					48.000,00
Pelo preço de Venda 
	Duplicatas a Receber
a Receita de Vendas				60.000,00
Pelo preço de custo (ver saída na Ficha de Estoque)
	 CMV
a Mercadorias em Estoque			24.000,00
3)	Pelo preço de Venda
Duplicatas a Receber
a Receita de Vendas				160.000,00
3.1. Pelo preço de custo (ver saída na Ficha de Estoque)
CMV
a Mercadorias em Estoque			40.000,00
4)	Mercadorias em Estoque
a Fornecedores					84.000,00
5)	Pelo preço de Venda
Duplicatas a Receber
a Receita de Vendas				30.000,00
5.1 .	Pelo preço de custo (ver saída na Ficha de Estoque)
CMV
a Mercadorias em Estoque			14.000,00
APURAÇÃO DO RESULTADO COM MERCADORIAS (RCM)
Transferência das Receitas de Vendas para RCM 
	Receita de Vendas
a Resultado C/ Mercadorias (RCM)		250.000,00
Transferência do CMV para RCM 
	Resultado com Mercadorias (RCM)
a Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)		78.000,00
�
Razonetes
	Mercadorias em Estoque
	
	Duplic a Receber
	
	Fornecedores
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Receita de Vendas
	
	CMV
	
	Resultado c/ Mercadorias
	
	
	
	
	
	
	RCM
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – SISTEMA UEPS
	
	ENTRADAS
	SAÍDAS
	SALDO
	Data
	Qde
	Pr Unit
	Pr Total
	Qde
	Pr Unit
	Pr Total
	Qde
	Pr Unit
	Pr Total
	
	Estoque Inicial (Ei)01
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	02
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	03
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	04
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	05
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Totais
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	CMV – Custo das Mercadorias Vendidas
	
	
	
	
LIVRO DIÁRIO - PROCESSO PMP
Mercadorias em Estoque
		a Fornecedores		48.000,00
Pelo preço de Venda
		Duplicatas a Receber
		a Receita de Vendas		60.000,00
		2.1. Pelo preço de custo (ver saída na Ficha de Estoque)
		 CMV
		 a Mercadorias em Estoque		20.000,00
Pelo preço de Venda
		Duplicatas a Receber
		a Receita de Vendas		160.000,00
		3.1. Pelo preço de custo (ver saída na Ficha de Estoque)
		 CMV
		 a Mercadorias em Estoque		40.000,00
	4)	Mercadorias em Estoque
		a Fornecedores		84.000,00
5) Pelo preço de Venda
		Duplicatas a Receber
		a Receita de Vendas		30.000,00
5.1. Pelo preço de Custo (ver saída na Ficha de Estoque)
	CMV
	a Mercadorias em Estoque		13.000,00
APURAÇÃO DO RESULTADO COM MERCADORIAS (RCM)
Transferência das Receitas de Vendas para RCM
		Receita de Vendas
		a Resultado c/ Mercadorias (RCM)		250.000,00
Transferência do CMV para RCM
		Resultado c/ Mercadorias (RCM)
		a Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)		73.000,00
Razonetes
.
	Mercadorias em Estoque
	
	Duplic a Receber
	
	Fornecedores
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Receita de Vendas
	
	CMV
	
	Resultado c/ Mercadorias
	
	
	
	
	
	
	RCM
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – SISTEMA PMP
	
	ENTRADAS
	SAÍDAS
	SALDO
	Data
	Qde
	Pr Unit
	Pr Total
	Qde
	Pr Unit
	Pr Total
	Qde
	Pr Unit
	Pr Total
	
	Estoque Inicial (Ei)
	
	
	
	01
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	02
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	03
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	04
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	05
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Totais
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	CMV – Custo das Mercadorias Vendidas
	
	
	
	
2 - EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1) As Mercadorias disponíveis para venda são representadas por:
a)	Estoque Inicial - Compras;
b)	Estoque Inicial + Compras - Estoque Final;
c)	Estoque Inicial + Compras;
d)	Estoque Inicial + Compras - Vendas;
e)	Estoque Final + Vendas.
2) O custo unitário de aquisição de determinado produto é de R$ 400,00. No final do exercício, após ter vendido a metade das 200 unidades adquiridas, com lucro de 30%, certa empresa comercial registrou, como saldo da conta de estoques do referido produto, o valor de:
(Obs. Desconsidere a existência de saldo inicial)
 a) R$ 80.000,00 credor;
b)	R$ 80.000,00 devedor;
c)	R$ 40.000,00 credor;
d)	R$ 40.000,00 devedor;
e)	R$ 28.000,00 credor.
3) O saldo da conta Mercadorias, utilizada para registro dos estoques, das entradas e das saídas de mercadorias, apresentava-se credor, no valor de R$ 43.000,00.
Sabendo-se que o inventário indica a existência de estoques de R$ 27.000,00, pode-se afirmar que o Resultado com Mercadorias foi de:
a)	R$ 16.000,00 de lucro; 		b) R$ 16.000,00 de prejuízo;
c)	R$ 27.000,00 de lucro;		d) R$ 43.000,00 de prejuízo;
e)	R$ 70.000,00 de lucro.
4) Observe os lançamentos descritos a seguir, referentes à Cia. CAP:
	1)	Custo das Mercadorias Vendidas	100.000,00
		a Diversos
	a Mercadorias em Estoque	20.000,00
	a Compras	80.000,00
Mercadorias em Estoque 
 a Custo das Mercadorias Vendidas				 15.000,00
Receita de Vendas
 a Resultado com Mercadorias				125.000,00
Pode-se afirmar que, no exercício a que se referem estes lançamentos:
a)	a companhia apresentou um resultado positivo com mercadorias equivalente a R$ 25.000,00 e adota o sistema de inventário permanente de estoques;
b)	o Custo das Mercadorias Vendidas apurado pela companhia foi de R$ 115.000,00;
c)	a companhia apresentou um lucro bruto nas operações com mercadorias de R$ 40.000,00 e adota o sistema de inventário periódico para avaliação de seus estoques;
d)	o Estoque Final de mercadorias da companhia, no encerramento do exercício, foi de R$ 20.000,00;
e)	o total de mercadorias disponíveis para venda no período foi equivalente aR$ 95.000,00.
5)	No balancete levantado para apuração do resultado do exercício, registraram-se os seguintes saldos:
	Compras: R$ 1.200,00		Mercadorias: R$ 360,00		Receitas de Vendas: 2.600,00
Sabendo-se que o estoque existente, no momento, alcançava o valor de R$ 480,00, pode-se afirmar que:
a)	o lucro bruto de vendas do período foi de R$ 1.080,00;
b)	no período registrou-se um prejuízo de R$ 1.080,00;
e)	o custo das mercadorias vendidas foi de R$ 1.200,00;
d)	o custo das mercadorias vendidas foi de R$ 1.400,00;
e)	o saldo da conta Mercadorias, no balanço de encerramento do exercício social, é de R$ 480,00.
6)	Em janeiro de 19X3 foram feitas vendas totais de mercadorias de R$ 21.000,00, com custo de R$ 16.000,00. As compras no mesmo período foram de R$ 14.000,00.
Sabendo-se que o estoque de mercadorias em 01-01-X3 era de R$ 8.000,00, pode-se afirmar que, em 31-01-X3, o valor dos estoques de mercadorias e o valor do lucro bruto sobre vendas eram, respectivamente, de:
	a) R$ 21.000,00 e R$ 8.000,00;	b) R$ 5.000,00 e R$ 6.000,00;
	c) R$ 6.000,00 e R$ 5.000,00;	d) R$ 8.000,00 e R$ 21.000,00;
 e) R$ 8.000,00 e R$ 5.000,00.
7)	No encerramento do exercício social da Cia PVSN, a conta Mercadorias - usada para registro de estoques, compras e vendas de mercadorias - apresentava-se com saldo credor de R$ 48.000,00.
Sabendo-se que o Inventário Final foi de R$ 39.000,00, pode-se afirmar que houve nas vendas do período:
	a) prejuízo de R$ 9.000,00;	b) lucro de R$ 9.000,00;
	c) prejuízo de R$ 48.000,00;	d) lucro de R$ 87.000,00;
	e) prejuízo de R$ 87.000,00.
08) Faça os lançamentos pelo sistema de inventário periódico (3 contas), sabendo-se que o valor do estoque inicial é $ 100 e o valor do estoque final é $210.
A —Compra a vista, em cheque, de mercadorias por $ 300
B —Compra a prazo de mercadorias por $ 500
C—Venda à vista de mercadorias por $ 200
D—Venda aprazo de mercadorias por $ 900
A								C
B								D
09) Com os dados da questão anterior, determine o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e o Lucro Bruto (LB) extra contabilmente:
10 Confecções Alessandra Ltda apresentou este movimento de mercadorias: Estoque Inicial $ 1.200; Compras $ 1.500; Devolução de Vendas $ 100; Lucro Bruto $ 400; Devolução de Compras $ 200; Vendas Cr$ 1.600. O valor do estoque final é de:
a)$ 1.500;	b)$ 1.300;
c) $ 1.400; 	d) $ 1.100.
11) A conta “Mercadorias”, no livro Razão, tem a débito $ 100 e a crédito $ 70. Sabendo-se que o valor das mercadorias existentes em estoque é $ 45 e que a empresa adota o sistema de conta única, podemos dizer que:
a) houve lucro bruto de $ 45; 		b)houve lucro bruto de $ 15;
c) houve prejuízo bruto de $ 30; 		d)houve prejuízo bruto de $ 15
12) Os lançamentos abaixo, efetuados na mesma data:
Duplicatas a Receber
	a Receita de Vendas	10.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas
	a Mercadorias em Estoque	5.000,00
referem-se a:
a)	venda de mercadorias de uma empresa que adota o sistema de inventário permanente de estoques, com lucro de 100% sobre o custo da mercadoria vendida;
b)	compra de mercadoriasa prazo de uma empresa que adota o sistema de inventário periódico de estoques e subseqüente venda das mesmas com lucro de 100% sobre o preço de custo;
c)	venda de mercadorias a prazo de uma empresa que adota o sistema de inventário periódico de estoques, não havendo informações suficientes para se determinar a taxa de lucro da operação;
d)	venda de mercadorias a prazo de uma empresa que adota o sistema de inventário periódico de estoques, com lucro de R$ 5.000,00 sobre o custo da mercadoria vendida;
e)	venda de mercadorias de uma empresa que adota o sistema de inventário permanente de estoques, não havendo informações suficientes para se determinar se houve ou não lucro na operação.
13) A Comercial SILPA Ltda. comercializa um único artigo e utiliza o sistema de inventário permanente, média ponderada móvel, para controle do estoque. As operações durante 19X2 foram:
•	01-01 - Inventário inicial de 15 unidades a R$ 60,00 cada
•	07-03 - Compra de 30 unidades a R$ 90,00 cada
•	10-05 - Venda de 9 unidades a R$ 110,00 cada
•	18-08 - Compra de 12 unidades a R$ 120,00 cada
•	05-12 - Venda de 23 unidades a R$ 150,00 cada
Desconsiderando-se o ICMS, pode-se afirmar que o custo das mercadorias vendidas
e o Lucro Bruto para o exercício social de 19X2 foram, respectivamente de:
a) R$ 900,00 e R$ 660,00;	b) R$ 1.650,00 e R$ 660,00;
c) R$ 2.250,00 e R$ 1.650,00;	d) R$ 2.790,00 e R$ 1.650,00;
e)	R$ 4.440,00 e R$ 1.650,00.
14)	Com base nos dados da questão anterior o valor do Estoque Final em 31-1 2-X2, foi de (em R$):
	a)	21.250,00;	b) 2.250,00;	c) 2.070,00;
	d)	4.320,00;	e) 1.650,00.
15)	Foram feitas as seguintes aquisições do produto A.
01-04-X3 - 20 unidades a R$ 15,00 cada uma
15-04-X3 - 25 unidades a R$ 12,00 cada uma
15-05-X3 - 25 unidades a R$ 10,00 cada uma
31 -05-X3 - 30 unidades a R$ 10,00 cada uma
Sabendo-se que:
1.	não existia estoque inicial;
2.	em 20-05-X3, foram vendidas 60 unidades ao preço de R$ 20,00 cada uma;
3.	foi desconsiderado o destaque de ICMS;
4.	os cálculos são feitos com duas casas decimais;
5.	o estoque é avaliado pelo método PEPS;
Pode-se afirmar que o Resultado com Mercadorias (RCM) é de:
	a) R$ 1.200,00;	b) R$ 728,57;	c) R$ 471,43;
	d) R$ 450,00;	e) R$ 400,00.
16)	Foram feitas as seguintes aquisições do produto A:
31-01 -X3 - 30 unidades a R$ 10,00 cada uma
15-02-X3 - 25 unidades a R$ 10,00 cada uma
28-02-X3 - 25 unidades a R$ 12,00 cada uma
15-03-X3 - 20 unidades a R$ 15,00 cada uma
Sabendo-se que:
1. 	não existia estoque inicial;
2.	 em 10-03-X3, foram vendidas 60 unidades ao preço de R$ 20,00 cada uma;
3.	 foi desconsiderado o destaque do ICMS;
Pode-se afirmar que o inventário, após a aquisição do dia 15-03-X3, avaliado pelo custo médio ponderado, é de:
a)	R$ 400,00;
b)	R$ 512,50;
c)	R$ 540,00;
d) R$ 600,00;
e)	R$ 800,00.
17)	Uma empresa que possuía 100 unidades de mercadorias compradas a R$ 2,00 cada uma e compra 150 unidades a R$ 3,00 cada uma, vende 200 unidades a R$ 2,50 cada uma, compra mais 50 unidades a R$ 3,50 cada uma, nessa ordem de datas, terá ao fim do período, um estoque de mercadorias no valor de:
a)	R$ 275,00, se trabalhar com o critério PEPS;
b)	R$ 325,00, se trabalhar com o critério PMP;
c)	R$ 305,00, se trabalhar com o critério UEPS;
d)	R$ 200,00, se trabalhar com o critério UEPS;
 e) R$ 305,00, se trabalhar com o critério PMP.
MODULO 2
1 – OPERAÇÕES COM MERCADORIAS
1.1 – FATOS QUE MODIFICAM COMPRAS
	1.2 – FATOS QUE MODIFICAM AS VENDAS-
2 – IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS
3 - EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
1.1 – FATOS QUE MODIFICAM COMPRAS
	
O custo das mercadorias ou matérias primas adquiridas para revenda ou industrialização compreende:
o preço da aquisição;
o custo do transporte até o estabelecimento do comprador e o respectivo seguro;
os tributos devidos na aquisição ou importação, exceto o ICMS e o IPI quando recuperáveis;
as devoluções de compras;
os descontos incondicionais obtidos e/ou abatimentos sobre compras.
FÓRMULAS
	CMV = Ei + Cl - Ef
	Cl = C + FC – CA – DIO
ou
	CMV = Ei + (C + FC – CA – DIO) – Ef 
Onde: 
	CMV – Custo das Mercadorias Vendidas
	Ei – Estoque inicial
	C – Compras brutas
	FC – Fretes e seguros sobre compras
	CA – Compras anuladas 
	DIO – Descontos ou abatimentos incondicionais obtidos
	Ef – Estoque final
Registro das compras de mercadorias durante o ano
Exemplo:
Compra de mercadorias, conforme Nota Fiscal nr 341, do fornecedor Leandro Reis Ltda., no valor de R$ 10.000, à vista.
Registro no livro Diário:
Compras de Mercadorias
a Caixa
	Nota Fiscal nr 341, de Leandro Reis Ltda	10.000
Desta forma, toda vez que a empresa comprar mercadorias, a conta a ser debitada será Compras de Mercadorias e a conta a ser creditada poderá ser Caixa, Bancos Conta Movimento, Fornecedores ou Duplicatas a Pagar, conforme o caso.
1.1.1 - COMPRAS ANULADAS
Consistem na devolução total ou parcial das mercadorias adquiridas, tendo em vista fatos desconhecidos no momento da compra.
Exemplo:
Nossa devolução de parte da compra de mercadorias do fornecedor Leandro Reis Ltda., conforme nossa Nota Fiscal nr 5.202, no valor de R$ 2.000. O fornecedor nos devolveu a importância em dinheiro.
Registro no livro Diário:
Caixa
a Compras Anuladas 
Nossa devolução de parte das mercadorias adquiridas
do fornecedor Leandro Reis Ltda., conf. n/ NF nr 5.202 		 2.000
- DESCONTOS OU ABATIMENTOS INCONDICIONAIS OBTIDOS
Consistem nos descontos obtidos do fornecedor no momento da compra das mercadorias, os quais vêm destacados na própria Nota Fiscal de compra, desde que não dependam, para sua concessão, de eventos posteriores à emissão da Nota Fiscal.
Exemplo:
Compra de mercadorias, à vista, do fornecedor Riachuelo S/A, conforme Nota Fiscal nr 530, no valor de R$ 4.000. Houve desconto destacado na Nota Fiscal no valor de R$ 400.
Registro no livro Diário:
A contabilização desse tipo de desconto, do ponto de vista técnico, é desnecessária, sendo a compra registrada pelo seu valor líquido. Entretanto, havendo interesse, a contabilização poderá ser feita da seguinte maneira:
Compras de Mercadorias
a Diversos
Nossa compra, conf. NF nr 530 do fornecedor
Girassol S/A, como segue:
a Caixa
	Valor líquido pago	3.600
a Descontos Incondicionais Obtidos
	10% destacados na NF supra			 400 4.000
1.1.3 - FRETES E SEGUROS SOBRE COMPRAS
 
Correspondem à importância paga diretamente ao fornecedor ou a uma empresa transportadora, referente a despesas com seguros e transporte.
Exemplo:
Paga à empresa Transportadora Jardins S/A a importância de R$ 3.000, referente a fretes e seguros, conforme Nota Fiscal de Serviço de Transporte nr 10.777.
Registro no livro Diário:
Pelo sistema que estamos adotando para registro das operações com mercadorias, esse fato poderá ser contabilizado da seguinte maneira:
Fretes e Seguros sobre Compras
a Caixa
Fretes e seguros pagos à Transportadora Roda Presa S/A,
 conf. NF de Serviço de Transporte nr 10.777			3.000
1.2 – FATOS QUE MODIFICAM AS VENDAS-
Registro das vendas de mercadorias durante o ano
Exemplo:
Nossas vendas de mercadorias, à vista, conforme nossas Notas Fiscais nr 2.000 a 2.020, no valor de R$ 15.000.
Registro no livro Diário:
Caixa
a Vendas de Mercadorias
Vendas de mercadorias, conforme nossas
	Notas Fiscais nr 2.000 a 2.020	15.000
Assim, toda vez que ocorrer vendas de mercadorias durante o ano, a conta a ser creditada será sempre Vendas de Mercadorias e a conta a ser debitada poderá ser Caixa, Clientes ou Duplicatas a Receber, conforme o caso.
1.2.1 - VENDAS ANULADAS
É comum as empresas receberem de seus clientes mercadorias emdevolução total ou parcial, por motivos também desconhecidos no momento da venda.
Exemplo:
Recebemos do cliente Marcos Lopes, em devolução, mercadorias no valor de R$ 6.000, referentes à parte de nossa venda através da nossa NF nr 2.000. Foi restituído ao cliente o valor em dinheiro.
Registro no livro Diário:
Vendas Anuladas
a Caixa
Devolução de vendas recebida do cliente Ronaldo de
Oliveira, ref. parte da nossa NF nr 2.000	6.000
1.2.2 - DESCONTOS OU ABATIMENTOS INCONDICIONAIS CONCEDIDOS
Independentemente de qualquer condição posterior à emissão da Nota Fiscal, nossa empresa também poderá oferecer descontos, destacando-os nas Notas Fiscais de venda.
Exemplo:
Venda de mercadorias a Alessandra Chaves, conforme nossa Nota Fiscal nr 2.030, no valor de R$ 8.000, tendo sido concedido desconto incondicional, destacado na própria NF, igual a R$ 800.
Registro no livro Diário:
Havendo interesse em registrar o desconto incondicional concedido, a contabilização do evento poderá ser feita da seguinte maneira:
	Diversos
a Vendas de Mercadorias
Nossa NF nr 2.030, ref. venda a Alessandra Chaves,como segue:
Caixa
	Valor líquido da Nota	 7.200
Descontos Incondicionais Concedidos
	10% destacados na NF supra				 800 8.000
2 – IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS
Os impostos e as contribuições incidentes sobre as compras e sobre as vendas são: ICMS, IPI, ISS, PIS sobre o Faturamento e Cofins.
2.1 - ICMS
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
É um imposto de competência estadual. Incide sobre a circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transportes interestadual e intermunicipal, comunicações e fornecimento de energia elétrica.
Nem todas as mercadorias ou operações estão sujeitas ao ICMS: há casos de isenção e de não-incidência previstos na legislação específica (Regulamento do ICMS de cada Estado brasileiro).
É considerado imposto por dentro, o que significa dizer que seu valor está incluso no valor das mercadorias. Assim, ao adquirir uma determinada mercadoria por R$ 1.000, com ICMS incidente pela alíquota de 18%, significa que o custo da mercadoria corresponde a R$ 820 e o ICMS, a R$ 180. Nesse caso, o total da Nota Fiscal será igual a R$ 1.000.
É um imposto não cumulativo, isto é, o valor incidente em uma operação (compra) será compensado do valor incidente na operação subseqüente (venda). A alíquota (porcentagem) poderá variar em função do tipo da mercadoria, do destino ou origem etc. Existe uma alíquota básica para a maior parte das mercadorias.
	Contabilização do ICMS
A contabilização do ICMS torna-se muito simples a partir do momento em que você passa a conhecer o mecanismo que envolve a sua incidência sobre as operações de compras e de vendas de mercadorias. Veja, então:
A atividade principal de uma empresa comercial se concentra em duas operações: compra e venda.
Quando a empresa compra mercadorias, paga ao fornecedor, juntamente com o custo dessas mercadorias, uma parcela correspondente ao ICMS; quando a empresa vende mercadorias, recebe do cliente, juntamente com o valor da venda, uma parcela correspondente ao ICMS, que terá de ser repassada ao Governo do Estado. Note, no entanto, que antes de repassar ao Governo do Estado a parcela do ICMS recebida do cliente (constante da Nota Fiscal de Venda), a empresa poderá compensar, desse total, o valor do ICMS que pagou ao fornecedor (constante da Nota Fiscal de compra) por ocasião da compra da mercadoria que está sendo vendida. Exemplo:
Vamos supor que a sua empresa tenha adquirido um determinado lote de mercadorias de um fornecedor, pagando R$ 100, com ICMS incluso no valor de R$ 18. Seu fornecedor, ao receber os R$ 100, deverá repassar R$ 18 ao Governo do Estado. Dessa forma, você pagou ao fornecedor R$ 82 pelo lote de mercadorias e R$ 18 de imposto. Suponhamos, agora, que você tenha vendido o mesmo lote de mercadorias a um cliente por R$ 150, com ICMS incluso no valor de R$ 27. Dos R$ 150 que você recebeu (Receita Bruta de Vendas), R$ 123 correspondem à Receita Líquida de Vendas e R$ 27, ao ICMS que você deveria recolher ao Governo do Estado. Deveria recolher pois, sendo o ICMS um imposto não cumulativo, você poderá compensar (abater), desses R$ 27 devidos em função da venda do lote de mercadorias, os R$ 18 que pagou pelo mesmo lote quando o comprou de seu fornecedor. Assim, você recolherá ao governo apenas R$ 9, ou seja, R$ 27 - R$ 18.
Diante do exposto, podemos concluir:
•	O valor do ICMS que você paga ao fornecedor por ocasião da compra representa direito para sua empresa junto ao Governo do Estado;
•	O valor do ICMS que você recebe do seu cliente por ocasião da venda representa obrigação da sua empresa junto ao Governo do Estado.
As operações com ICMS envolvendo direitos e obrigações junto ao Governo do Estado podem ser apuradas mensalmente da seguinte maneira:
•	no final do mês, somam-se os valores do ICMS incidentes em todas as compras efetuadas durante o referido mês (direitos da empresa);
•	da mesma forma, somam-se os valores do ICMS incidentes em todas as vendas efetuadas no mesmo mês (obrigações da empresa), ainda que essas mercadorias vendidas não correspondam àquelas compradas no mesmo mês;
•	se o total do ICMS incidente nas compras for superior ao total do ICMS incidente nas vendas, a diferença representará direito da empresa junto ao governo estadual em relação às operações realizadas naquele mês. Se, por outro lado, o valor do ICMS incidente nas vendas for superior ao valor do ICMS incidente nas compras, a diferença representará obrigação da empresa, devendo ser recolhida ao Estado no mês seguinte.
Agora que você conhece o mecanismo que envolve o funcionamento do ICMS nas operações de compras e de vendas, conheça as duas opções mais utilizadas para a contabilização desse imposto.
Fatos ocorridos em uma empresa comercial durante o mês de outubro:
1.	Compras de mercadorias, à vista, do fornecedor Comercial São Carlos S/A, conf. NF nr 501, no valor de R$ 10.000, com ICMS incidente de R$ 1.800.
2.	Vendas de mercadorias efetuadas durante o mês, à vista, conforme nossas Notas Fiscais nr 20 a 80, no valor de R$ 30.000, com ICMS incidente de R$ 5.400.
Contabilização
Opção 1 - Adoção da conta corrente do ICMS
Consiste em adotar uma só conta para registrar os direitos e as obrigações relativas ao ICMS.
Por essa opção, os direitos relativos ao ICMS originados pelas compras e as obrigações geradas pelas vendas são contabilizados em uma única conta - considerada conta corrente do ICMS - que poderá ter como título Conta Corrente ICMS, ICMS a Recuperar ou ICMS a Compensar, por exemplo.
1)	Diversos
	a Caixa
Compra de mercadorias, conf. NF nr 501
		da Comercial São Carlos S/A:
Compras de Mercadorias
Valor do custo das mercadorias adquiridas		8.200
ICMS a Recuperar
18% sobre a NF supra				1.800	10.000
2) 	Caixa
a Vendas de Mercadorias
	Nossas Notas Fiscais nr 20 a 80	 30.000
2.a)	ICMS sobre Vendas
a ICMS a Recuperar
Imposto incidente sobre as vendas supra			 5.400
Considerando que durante o mês de outubro ocorreram somente essas operações envolvendo ICMS, precisamos apurar, no último dia do mês, o saldo da conta ICMS a Recuperar, para ver se nesse mesmo mês a movimentação de mercadorias gerou direito ou obrigação. Veja:
						ICMS a Recuperar
					 1)	1.800	 5.400	 2.a)
							 3.600	 saldo
O saldo credor apurado indica que as obrigações superaram os direitos no referido mês; logo, essa importância deverá ser recolhida ao Governo do Estado no mês seguinte.
Para regularizar a situação, ainda no último dia de outubro, faremos:
3)		ICMS a Recuperar
	a ICMS a Recolher
Saldo credor apurado na movimentação do mês	3.600Após este lançamento, a conta ICMS a Recuperar fica com saldo igual a zero e a conta ICMS a Recolher, que é do Passivo Circulante, indica a obrigação da empresa.
O mês que a conta ICMS a Recuperar apresentar saldo devedor indicará que, nesse mesmo mês, a movimentação com mercadorias resultou em direito da empresa junto ao Governo do Estado. Como a conta ICMS a Recuperar e do Ativo Circulante, não haverá necessidade de lançamento de ajuste, permanecendo o saldo na própria conta para ser compensado no movimento do mês seguinte.
Opção 2 - Adoção de contas distintas para contabilização do ICMS
Por essa opção, os direitos relativos ao ICMS são contabilizados em uma conta do Ativo Circulante (a mesma utilizada na opção 1), e as obrigações, registradas em uma conta do Passivo Circulante que poderá ser chamada de ICMS a Recolher.
Veja os mesmos fatos já contabilizados pela opção 1 e compare:
Diversos
	 a Caixa
Compra de mercadorias, conf. NF nr 501
		da Comercial São Carlos S/A:
Compras de Mercadorias
	Valor do custo das mercadorias adquiridas	8.200
ICMS a Recuperar
	18% incidente sobre NF supra	1.800	10.000
2)		Caixa
	a Vendas de Mercadorias
Nossas Notas Fiscais nr 20 a 80	30.000
2.a)		ICMS sobre Vendas
a ICMS a Recolher
Imposto incidente sobre as vendas supra			5.400
Observe que na opção 1 utilizamos uma só conta para registrar o ICMS incidente na compra e na venda; na opção 2, usamos contas distintas: uma para registrar o ICMS incidente nas compras (ICMS a Recuperar), e outra para o ICMS incidente nas vendas (ICMS a Recolher). No último dia do mês, para se apurar o saldo do ICMS, efetuaremos obrigatoriamente o seguinte lançamento:
3) 		ICMS a Recolher
a ICMS a Recuperar
	Registro que se processa, pelo menor saldo
entre as duas contas, para apuração do saldo do ICMS		1.800
Veja a posição das contas envolvidas em seus respectivos razonetes:
	ICMS a Recuperar			 ICMS a Recolher
	 1) 	 1.800	 1.800 3)		 3)	 1.800	 5.400 2.a)
		 						 3.600 saldo
Pela opção 2, no último dia do mês será feito obrigatoriamente o lançamento de ajuste, debitando-se sempre a conta ICMS a Recolher e creditando-se a conta ICMS a Recuperar, utilizando o menor saldo existente entre as duas contas envolvidas. Após o lançamento de ajuste, a conta que tinha o menor saldo ficará “zerada”, e a outra refletirá o resultado do ICMS do mês, direito (saldo devedor na conta ICMS a Recuperar) ou obrigação (saldo credor na conta ICMS a Recolher).
ICMS nas Devoluções de Compras e nas Devoluções de Vendas
Considere os seguintes fatos ocorridos em uma empresa comercial durante o mês de fevereiro:
1.	Devolução de parte da compra efetuada junto ao fornecedor JB Ltda., conforme nossa NF nr 130, no valor de R$ 1.000, com ICMS incidente de R$ 180.
2.	Devolução de parte das mercadorias vendidas à vista por R$ 5.000, com ICMS incidente no valor de R$ 900, conforme nossa Nota Fiscal de Entradas nr 150.
Contabilização
Seja qual for a opção adotada para contabilização do ICMS, é importante salientar que, ocorrendo devoluções de compras e de vendas, a contabilização desses eventos será feita invertendo-se os lançamentos originais - como se fossem estornos. Se a empresa, entretanto, adotar o método da Conta Desdobrada com Inventário Periódico, em lugar das contas Compras e Vendas de Mercadorias, o correto será utilizar Compras Anuladas e Vendas Anuladas.
Exemplo
1) 	Caixa
		a Diversos
Nossa devolução de parte da compra efetuada
		junto ao fornecedor JB Ltda., conf. NF nr 150
	a Compras Anuladas
	 Custo das mercadorias devolvidas			820
	a ICMS a Recuperar
	Imposto incidente	180	1.000
2)		Vendas Anuladas
	a Caixa
Mercadorias recebidas em devolução, conf. NF nr 150		5.000
2.a)	ICMS a Recuperar
	a ICMS sobre Vendas
	ICMS incidente sobre devolução supra	900
Observações:
•	Os dois lançamentos supra foram efetuados pela opção 1 apresentada para contabilização do ICMS (uso da conta corrente do ICMS), considerando-se ainda que a empresa adota o método da Conta Desdobrada com Inventário Periódico.
•	Se contabilizássemos pela opção 2, a única alteração seria no lançamento 2-A, em que a conta debitada seria ICMS a Recolher.
NOTA:
As duas opções apresentadas neste item para o registro do ICMS referem-se ao método da Conta Desdobrada com Inventário Periódico, que é o mais exigido nos concursos. As mesmas explicações, contudo, são válidas e podem ser facilmente adaptadas para as empresas que adotam o método da Conta Mista ou da Conta Desdobrada com Inventário Permanente.
Linguagem Contábil x Linguagem Fiscal
•	O ICMS incidente nas compras representa direito da empresa. Na linguagem contábil, esse direito representa débito na conta ICMS a Recuperar; na linguagem fiscal, crédito da empresa junto ao Governo do Estado.
•	 O ICMS incidente nas vendas corresponde à obrigação da empresa. Na linguagem contábil, essa obrigação representa crédito na conta ICMS a Recuperar ou na conta ICMS a Recolher; na linguagem fiscal, débito da empresa para com o Governo do Estado.
•	 Portanto, muito cuidado: débito e crédito na linguagem contábil são exatamente o oposto de débito e crédito na linguagem fiscal.
•	Fique atento quanto à colocação desses termos nas questões dos concursos, pois qualquer descuido poderá levá-lo ao erro.
Outras informações importantes sobre ICMS
 A conta ICMS a Recuperar representa direito da empresa, e sua classificação contábil é feita no Ativo Circulante, ainda que seja utilizada como conta corrente do ICMS.
Nas compras de mercadorias com incidência do ICMS, um só lançamento é suficiente para registrar o custo da compra e o valor do imposto, enquanto nas vendas com incidência do ICMS são necessários dois lançamentos: um para registrar a Receita Bruta de Vendas, a crédito da conta Vendas de Mercadorias, e outro para registrar o valor do ICMS a débito da conta ICMS sobre Vendas (conta redutora da Receita Bruta de Vendas) e a crédito da conta ICMS a Recuperar ou a Recolher, conforme a opção adotada pela empresa.
2.2 - IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados.
É um imposto de competência federal. Por incidir sobre produtos industrializados, é devido pelas empresas industriais e por algumas empresas a elas equiparadas.
Nem todos os produtos industrializados ou operações estão sujeitos ao IPI.
O IPI, ao contrário do ICMS, é considerado Imposto por Fora, o que significa que seu valor é calculado aplicando-se uma alíquota sobre o preço dos produtos; depois, os dois valores são somados. Ao adquirirmos um determinado produto por R$ 600, com IPI incidente de R$ 60, pagaremos a importância de R$ 660, sendo R$ 600 relativos ao custo do produto e R$ 60, ao IPI. Neste caso, o valor total da Nota Fiscal será de R$ 660.
O IPI também é imposto não cumulativo, isto é, o valor do imposto incidente em uma operação de compra será abatido do valor do imposto incidente na operação de venda subseqüente.
A alíquota do IPI não é a mesma para todos os produtos.
Contabilização do IPI
Agora que você já conhece o mecanismo de contabilização do ICMS, não encontrará dificuldade para contabilizar o IPI.
A atividade principal de uma empresa industrial tradicional concentra-se nas seguintes operações: compra, transformação e venda.
A empresa industrial compra materiais, transforma-os em novos produtos e os vende. Assim, o IPI incidente nas compras de materiais cujos valores foram pagos aos fornecedores será compensado do valor do IPI incidente na venda dos produtos fabricados com esses materiais.
Como ocorre com o ICMS, o IPI também é apurado periodicamente, sendo mais comum sua apuração mês a mês.
Veja, a seguir, duas opções que podem ser adotadas para a contabilização das operações envolvendo IPI.
Fatos ocorridos em uma empresa industrial, durante o mês desetembro:
1.	Compra de matéria-prima, à vista, da empresa Industrial Três Marias S/A, conforme NF nr 250, no valor de R$ 2.000, com IPI incidente de R$ 200, perfazendo o total de R$ 2.200.
2.	Vendas de produtos, à vista, durante o mês, conforme Nossas Notas Fiscais nr 150 a 290, no valor de R$ 7.000, com IPI incidente de R$ 700, perfazendo o total de R$ 7.700.
Contabilização
Opção 1 - Adoção da conta corrente do IPI
Consiste em utilizar uma só conta considerada, conta corrente do IPI, para registrar os direitos e as obrigações referentes a esse imposto. Essa conta poderá ser chamada Conta Corrente do IPI ou IPI a Recuperar.
1) 	Diversos
	 a Caixa
NF nr 150 de Três Marias S/A:
Compras de Matérias-Primas
Custo das matérias-primas	2.000
IPI a Recuperar
	IPI incidente na compra supra	200	2.200
2)		Caixa
	a Diversos
Nossas Notas Fiscais nr 150 a 290:
	a Vendas de Produtos
Valor da Receita Bruta de Vendas	7.000
	a lPl a Recuperar
	IPI incidente nas vendas supra	700	7.700
Observe que a única diferença existente entre a contabilização do IPI apresentada e a contabilização do ICMS pela opção 1 é o registro da venda. O ICMS, por integrar o valor das mercadorias, é contabilizado por dentro, integrando a Receita Bruta de Vendas; por isso, são necessários dois lançamentos.
Por outro lado, sendo o IPI um imposto por fora, não integra a Receita Bruta de Vendas, podendo ser contabilizado em um lançamento só, registrando-se a Receita Bruta de Vendas na conta Venda de produtos e o valor do imposto diretamente a crédito da conta IPI a Recuperar.
No último dia do mês, a exemplo do que ocorre com o ICMS, precisa-se apurar o saldo da conta IPI a Recuperar para verificar se, no referido mês, as operações com IPI geraram direito ou obrigação para a empresa. Veja:
						 IPI a Recuperar
					 1) 200	 700	 2)
							 500 saldo
O saldo da conta IPI a Recuperar é credor de R$ 500, o que significa que, no referido mês, a movimentação com IPI gerou obrigação para a empresa, que terá de recolher aos cofres do Governo Federal o respectivo valor no mês seguinte. Neste caso, há a necessidade do seguinte lançamento de ajuste:
3)		lPl a Recuperar
	a IPI a Recolher
	Saldo credor apurado, conf. livro Razão	500
Opção 2 - Adoção de contas distintas para contabilização do IPI
	Veja os mesmos fatos já contabilizados pela opção1:
	Diversos
1)	a Caixa
	 NF nr 150 de Três Marias S/A:
	Compras de Matérias-Primas
	 Custo das matérias-primas	2.000
	lPl a Recuperar
	 IPl incidente	 200	2.200
2)	Caixa
a Diversos
Nossas Notas Fiscais nr 150 a 290:
a Vendas de Produtos
Valor da Receita Bruta	7.000
a lPl a Recolher
	lPl incidente na venda supra	700	7.700
Adotando essa opção, a exemplo do que ocorre com o ICMS, no final do mês, obrigatoriamente, faremos o seguinte lançamento de ajuste:
3)		IPI a Recolher
	a lPI a Recuperar
Transferência que se processa do menor
	saldo entre as duas contas para apuração do IPI		 200
�
Observações:
Após este lançamento de ajuste, a conta IPI a Recuperar, que possuía o menor saldo (200), ficou com saldo igual a zero; a conta IPI a Recolher, que tinha o maior saldo (700), sendo debitada por R$ 200, ficou com saldo credor de R$ 500, refletindo assim a obrigação da empresa para com o Governo Federal.
Pela opção 2, o resultado final é o mesmo obtido pela opção 1, ou seja, a conta IPI a Recuperar ficou com saldo igual a zero e a conta IPI a Recolher, com saldo credor de R$ 500, refletindo, assim, a obrigação da empresa correspondente ao respectivo mês.
Outras informações importantes acerca do ICMS e do IPI
Para que a empresa tenha direito de recuperar o valor do ICMS pago aos fornecedores no momento da compra de mercadorias, é necessário que, ao serem vendidas, essas mercadorias sofram a incidência desse imposto. Caso contrário, o valor do ICMS incidente nas compras integrará o custo de aquisição das referidas mercadorias. Cabe salientar, aqui, que é comum a legislação do ICMS isentar do imposto determinadas operações; por isso, uma empresa poderá comprar mercadorias com incidência do ICMS e revendê-las com isenção.
Para que a empresa possa recuperar o valor do IPI incidente nas compras de materiais, é necessário que os produtos fabricados com esses materiais sofram a incidência do referido imposto por ocasião das vendas. Caso contrário, a exemplo do ICMS, o valor do IPI incidente nas compras integrará o custo dos respectivos materiais. Como ocorre com o ICMS, também é comum a legislação do IPI isentar determinadas operações do imposto; por isso, uma empresa poderá adquirir materiais com incidência do IPI e revendê-los com isenção.
	O ICMS incidente sobre o valor do frete das mercadorias também poderá ser compensado do valor do ICMS incidente nas vendas realizadas no respectivo período.
	O governo tem permitido que as empresas recuperem também parte ou o valor total do ICMS pago pelo consumo de energia elétrica.
	Quando, na compra de uma determinada mercadoria, houver a incidência do ICMS e do IPI e, na venda dessa mesma mercadoria, houver incidência apenas do ICMS, o valor do IPI pago na compra deverá integrar o custo de aquisição da mercadoria, sendo o ICMS contabilizado separadamente.
	Já vimos que o ICMS e o IPI (impostos não cumulativos), dependendo do destino da mercadoria na empresa, poderão ser recuperados ou não. Assim, a empresa poderá adquirir bens para comercializar (mercadorias), aplicar no processo de produção (matérias-primas), consumir ou integrar o Ativo Permanente.
Veja um exemplo envolvendo essas situações e a maneira correta de contabilizar cada uma delas:
Fato ocorrido em uma empresa: compra de mercadorias, à vista, por R$ 1.000, com ICMS incluso no valor de R$ 180 e IPI adicionado no valor de R$ 100, com a Nota Fiscal perfazendo o total de R$ 1.100.
a)	Consideremos que a empresa tenha adquirido essas mercadorias para aplicar no processo de fabricação (matéria-prima). Neste caso, o ICMS e o IPI incidirão na venda do produto fabricado, sendo ambos recuperáveis.
Registro no Diário:
Diversos
a Caixa
Compra de matérias-primas como segue:
Estoque de Matérias-primas (ou Compras)
Valor das matérias-primas	820
ICMS a Recuperar
	Conforme Nota Fiscal	180
lPl a Recuperar
	Conforme Nota Fiscal	100	1.100
b)	Suponhamos, agora, que a empresa tenha adquirido as mercadorias para revender. Neste caso, somente o ICMS incidirá na venda da mercadoria; logo, ele será recuperável, e o IPI integrará o custo de aquisição.
Registro no Diário:
Diversos
a Caixa
Compra de mercadorias, como segue:
Estoque de Mercadorias (ou Compras)
	 Valor das mercadorias, incluso lPl	920
	ICMS a Recuperar
	 Conforme Nota Fiscal	180	1.100
c)	Imaginemos, finalmente, que a empresa tenha adquirido as mercadorias para consumo ou para integrar o Ativo Permanente*. Neste caso, tanto o ICMS quanto o IPI não serão recuperados; logo, ambos integrarão o custo de aquisição.
Registro no Diário:
Móveis e Utensílios (ou Materiais de Consumo)
a Caixa
Compra de materiais	1.100
	* Desde 12/11/96, ficou assegurado às pessoas jurídicas contribuintes do ICMS o direito de se creditarem do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria destinada ao seu uso ou consumo ou ao Ativo Permanente (Caput do art. 20 e Inciso III do art. 33 da Lei Complementar n2 87 de 13/09/96). Portanto, se você estiver se preparando para prestar concurso que envolva a legislação do ICMS ou do IPI ou outra, deverá estudar as respectivas legislações que estiverem em vigor na data do concurso que irá realizar.
2.3 - ISS : Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.
É um imposto de competência municipal.
		Costuma-se calcular o ISS mensalmente, mediante a aplicação de uma alíquota- variável em cada município - sobre o valor dos serviços prestados no referido mês.
Como o ISS também deve ser recolhido sempre no mês seguinte ao da ocorrência do seu fato gerador, no mês da ocorrência esse fato deve ser contabilizado assim:
ISS
a ISS a Recolher
x% sobre o faturamento do mês	R$
Observações:
•	A conta ISS é conta de despesa, redutora da Receita Bruta de Vendas e integrante da fórmula do RCM, juntamente com ICMS, PIS e Cofins.
•	A conta ISS a Recolher pertence ao Passivo Circulante e representa a obrigação da empresa de recolher o referido tributo, à administração municipal, no mês seguinte.
2.4 - Contribuições incidentes sobre as vendas
2.4.1 - PIS sobre Faturamento 
PIS: Programa de Integração Social.
É uma contribuição de competência federal.
A base de cálculo do PIS, segundo a legislação federal, é o faturamento mensal das empresas em geral, assim entendida a receita bruta proveniente da venda de bens nas operações de conta própria, do preço dos serviços prestados e do resultado auferido nas operações de conta alheia, diminuído das vendas de bens ou serviços cancelados, dos descontos incondicionais concedidos e do IPI e ICMS retidos pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. Não podem ser excluídos da receita bruta o ICMS e o ISS incidentes sobre as vendas ou sobre os serviços prestados.
•	A alíquota é de 0,65%.
•	Como o PIS deve ser recolhido ao governo federal sempre no mês seguinte ao da ocorrência de seu fato gerador, no mês da ocorrência desse fato ele deve ser contabilizado assim:
PlS sobre Faturamento
a PlS sobre Faturamento a Recolher
0,65% sobre o faturamento	R$
Observações:
•	A conta PIS sobre Faturamento é despesa da empresa, redutora da Receita Bruta de Vendas, integrante da fórmula do RCM, juntamente com ICMS, ISS e Cofins.
•	A conta PIS sobre Faturamento a Recolher é do Passivo Circulante, que representa a obrigação da empresa em recolher o referido valor ao governo federal no mês seguinte.
2.4.2 - Cofins: Contribuição Social sobre o Faturamento
É uma contribuição de competência federal.
A base de cálculo da Cofins, segundo a legislação federal, é o faturamento mensal das empresas em geral, assim entendida a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza, menos as vendas anuladas, menos os descontos incondicionais concedidos e menos o valor do imposto sobre produtos industrializados, quando integrar a receita bruta de vendas (empresas industriais).
A alíquota é de 2%.
Como a Cofins deve ser recolhida junto ao governo federal sempre no mês seguinte ao da ocorrência de seu fato gerador, no mês da ocorrência desse fato será contabilizada assim:
Co fins
a Cofins a Recolher
	2% sobre o faturamento do mês	R$
Observações:
A conta Cofins é conta de despesa, redutora da receita bruta integrante da fórmula do RCM juntamente com o ICMS, PIS e ISS.
A conta Cofins a Recolher é patrimonial, do Passivo Circulante, e representa obrigação da empresa junto ao Governo Federal, devendo ser recolhida no mês seguinte ao de seu fato gerador.
3 - EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
1) Fatos ocorridos em uma empresa comercial durante o mês de janeiro:
1.	Compra de mercadorias, à vista, conforme NF n9 777, no valor de R$ 20.000, com ICMS incidente de R$ 3.600.
2.	Venda de mercadorias, à vista, conforme NF n2 230, no valor de R$ 50.000, com ICMS incidente de R$ 9.000.
Contabilize os fatos supra no livro Diário e em Razonetes, efetuando o ajuste na Conta Corrente do ICMS, se necessário.
�
1) Diversos 
	a Caixa
Compras	16.400
	ICMS a Recuperar	 3.600 20.000
2) Caixa
a Vendas			50.000
2.a) ICMS sobre Vendas
 a ICMS a Recuperar	9.000
3) ICMS a Recuperar
a ICMS a Recolher	5.400
�
2) Fatos ocorridos em uma empresa industrial durante o mês de março:
Obs.:	a empresa é contribuinte do ICMS e do lPI.
1.	Compras de matérias-primas, conforme NF nr 888, à vista, no valor de R$ 10.000, com ICMS incluso de R$ 1.800 e IPI de R$ 2.000. Total da Nota Fiscal: R$ 12.000.
2.	Vendas de produtos realizadas durante o mês, conforme Notas Fiscais nr 1.301 a 1.500, no valor de R$ 20.000, com ICMS destacado de R$ 4.000 e IPI de R$ 3.000. Total da venda bruta: R$ 23.000.
Pede-se:
a)	contabilizar os fatos em partidas de Diário e nos Razonetes;
b)	apurar o saldo da conta ICMS, sabendo-se que havia saldo devedor, do mês anterior, no valor de R$ 300. Efetuar o lançamento de ajuste, se necessário;
c)	apurar o saldo da conta IPI, sabendo que havia saldo devedor, no mês anterior, de R$ 800. Efetuar o lançamento de ajuste, se necessário.
�
1)	Diversos
	a Caixa 
	Compras			8.200
	ICMS a Recuperar 	1.800
	IPI a Recuperar.		2.000	12.000
2)	Caixa
a Diversos
	a Vendas			20.000
a lPl a Recolher		 3.000 	23.000
2.a)	ICMS sobre Vendas
a ICMS a Recuperar		4.000
3)		ICMS a Recuperar
		a ICMS a Recolher		1.900
4) 	IPI a Recolher
		a IPI a Recuperar		2.800
�
3) Sabendo-se que a conta Mercadorias apresentou saldo credor de R$ 70.000 em 31 de dezembro de x6, e sendo o estoque final, conforme inventário realizado, igual a R$ 20.000, apure o resultado contabilmente.
Observe que esta prática refere-se à Conta Mista de Mercadorias; logo, a apuração será mais simples:
1)	Mercadorias
 a RCM						70.000
2)	Mercadorias
a RCM	
Registro do estoque final			20.000
3)	RCM
	a Lucro sobre Vendas			90.000
4)	O Balancete da Companhia Comercial Riachuelo, em 31-12-X4, antes do encerramento das contas de resultado, apresentou, entre outros, os seguintes saldos:
-	Receita da Revenda de Mercadorias 			20.000,00
-	Vendas Canceladas de Mercadorias 			 1.000,00
-	Abatimentos Incondicionais sobre Vendas de Mercadorias.	 2.000,00
-	ICMS sobre Vendas de Mercadorias 			 3.000,00
-	Outros Impostos sobre Vendas de Mercadorias 		 500,00
-	Custo das Mercadorias Revendidas 			10.500,00
-	Estoque Final de Mercadorias para Revenda 		 1.600,00
-	Variações Monetárias Ativas 			 700,00
-	Receitas Financeiras 				 300,00
-	Saldo Credor da Conta de Correção Monetária do Balanço. 	 1.200,00.
O Lucro Bruto, considerando-se apenas as contas necessárias à sua apuração, importou em:
	a) R$ 5.200,00;	b) R$ 1.400,00;	c) R$ 5.000,00;
	d) R$ 4.000,00;	e) R$ 3.000,00.
5)	A empresa Comercial Só ares Marinho S/A, no exercício corrente, apresentou os seguintes dados, extraídos de sua contabilidade:
Contas:
	Compras Brutas	85.000,00
	Vendas Brutas	177.000,00
	Impostos incidentes sobre vendas	42.000,00
	Devoluções de compras	9.000,00
	Devoluções de vendas	12.000,00
	Abatimentos sobre vendas	5.000,00
	Abatimentos sobre compras	2.000,00
	Estoque inicial de mercadorias	11.000,00
	Estoque final de mercadorias	23.000,00
	Fretes sobre compras	7.500,00
	Seguros sobre compras	3.500,00
	Descontos incondicionais sobre compras	5.000,00
	Descontos incondicionais sobre vendas	13.000,00
O lucro bruto com mercadorias no exercício foi de (em R$):
a) 48.000,00;		b) 30.000,00;		c) 45.000,00;		d) 37.000,00;		e) 13.000,00.
6) Uma empresa efetua vendas com margem de lucro constante de 30% sobre o preço de venda. Conseguiu com essa política obter um lucro bruto de R$ 150.000,00 num determinado exercício. Sabendo-se que:
1)	 não houve cancelamento ou devoluções de venda durante o exercício;
2) 	o ICMS incidente sobre vendas foi calculado mediante aplicação da alíquota de 14%;
3) 	uma parte dos clientes, representando 40% do valor total de suas vendas, pagou as duplicatas de sua responsabilidade antecipadamente, para usufruírem do desconto de 2% concedido nesses casos,
Chega-se à conclusão de que a Receita Líquidade Vendas do exercício foi de (R$):
a) 420.000,00;	 b) 426.000,00;	c) 430.000,00;		d) 496.000,00;	 e) 500.000,00.
7) Dados extraídos do balancete final, em 31-1 2-X1, da empresa SILPA Comércio e Serviços S/A (antes do encerramento das contas de resultado).
Contas:
	Receita da Revenda de Mercadorias	40.000,00
	Receita da Prestação de Serviços	12.000,00
	Vendas Canceladas	3.000,00
	ICMS Sobre Vendas e Serviços	10.000,00
	Demais Impostos Sobre Vendas e Serviços	2.000,00
	Receitas Financeiras	4.000,00
	Encargos Financeiros	6.000,00
	Receita da Venda de Imobilizado	100.000,00
A soma algébrica dos valores, entre os acima relacionados, que devem ser considerados na apuração da Receita Líquida é (R$):
a) 39.000,00;	b) 40.000,00;	c) 40.100,00;		d) 46.100,00;		e) 37.000,00.
8) Operações com mercadorias realizadas pela empresa Comercial Lorentz S/A, no mês de julho de 19X1 (R$).
Compra, em 23-07-X1, de 10 (dez) ventiladores VELOZ para revenda, sendo:
	Mercadoria (ventiladores)	6.000,00
	(+) IPI	300,00
	Valor da Nota Fiscal	6.300,00
	ICMS destacado na nota fiscal:	1.020,00
Despesas Complementares (pagas pela adquirente):
	Frete	420,00
	Seguro	100,00
Venda, em 29-07-X1, dos 10 (dez) ventiladores adquiridos em 23-07-Xl, a saber:
	Valor da Venda	9.000,00
	ICMS destacado na nota fiscal	2.250,00
	Outros Tributos sobre a Venda	220,00
Despesas com a venda de responsabilidade da Comercial Lorentz S/A (da loja para a casa do cliente)
	Frete	180,00
	Seguro	140,00
O Lucro Bruto referente a essas operações, segundo os registros contábeis (corretamente formulados), foi de:
a) 1.250,00;		b) 410,00;		c) 930,00;		d) 730,00;		e) 2.700,00.
9) Determinada empresa adquiriu, em 19X1, mercadorias para revenda no total de R$ 400.000,00. Durante o período a receita de vendas alcançou R$ 700.000,00. Sabendo-se que o estoque final era de R$ 30.000,00, o estoque inicial de R$ 20.000,00 e, no período, registraram-se devoluções de compra de R$ 10.000,00 e de vendas de R$ 25.000,00, pode-se afirmar que o custo de mercadorias vendidas e o valor das mercadorias disponíveis para venda, no período foram de (R$):
	a) 390.000,00 e 420.000,00;	b) 380.000,00 e 410.000,00;	c) 380.000,00 e 390.000,00;	
	d) 310.000,00 e 340.000,00;	e)	295.000,00 e 325.000,00.
Para responder as questões de 10 a 13 observe os dados abaixo:
A Comercial Riachuelo Ltda. apura o seu Resultado Comercial utilizando o Inventário Periódico; os Saldos das Contas do Livro Razão em 01-12-X2, entre outros, acusam os seguintes valores:
Contas:
	Mercadorias em Estoque (Ei)	5.000,00
	Receita de Vendas	126.000,00
	ICMS sobre Vendas	21.420,00
	PIS sobre Receita Bruta	945,00
	Cofins sobre Receita Bruta	630,00
	Devolução de Vendas	2.000,00
	Abatimentos sobre Vendas	1.000,00
	Fretes sobre Compras	500,00
	Compras Brutas	80.000,00
	Devolução de Compras	2.000,00
	Abatimento sobre Compras	500,00
	Seguros sobre Compras	800,00
Operações Realizadas em dezembro de 19X2:
05-12 -	Compra a prazo de mercadorias para revenda no valor de 4.000,00, mais IPI à alíquota de 10%, e ICMS em destaque à alíquota de 15%;
08-12 -	Devolução de compras referentes a mercadorias para revenda relativa à compra do dia 05/12 no valor de 400,00, mais o IPI à alíquota de 10% e ICMS em destaque à alíquota de 15%;
12- 12 -	Venda a Prazo de Mercadorias no valor de 8.000,00, com ICMS em destaque à alíquota de 15%;
23-12 -	Devolução de vendas (relativas ao dia 12-12), no valor de 500,00,com ICMS em destaque à alíquota de 15%.
A saída de mercadorias do estabelecimento é tributável pelo ICMS (empresa não contribuinte do IPI, por se tratar de atividade exclusivamente comercial). Os demais tributos incidentes sobre vendas são:
PIS Receita Bruta		R$ 48,75
Cofins Receita Bruta		R$ 150,00
O Estoque Final Inventariado (contagem física do estoque) acusou em 31-12-X2, a importância de 15.000,00.
10) O Valor Total da Receita Operacional Bruta da Comercial SILPA Ltda. em 31-12-X2, é de:
a) 120.000,00;		b) 80.000,00;		c) 134.000,00;		d) 133.500,00;		e) 104.000,00.
11) 0 valor da Receita Operacional Líquida da Comercial SILPA Ltda. em 31- 12-X2 é de:
a) 109.630,00;		b) 106.961,25; 		c) 107.175,00;		d) 108.130,00; 		e) 106.181,25.
12) 0 valor do Custo das Mercadorias Vendidas da Comercial SILPA Ltda. em 3 1-12-X2 é de:
a) 72.220,00;		b) 67.148,00;		c) 82.148,00;		d) 70.000,00;		e) 60.000,00;.
13)	O Lucro Bruto (Resultado com Mercadorias) da Comercial SILPA Ltda. em 31-12-X2 éde:
a) 35.982,25;		b) 33.961,25;		c) 31.980,00;		d) 30.000,25;		e) 48.130,00.
DEPRECIAÇÃO
 Depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
 Segundo a NBC T 19.5, é obrigatório o reconhecimento da depreciação, amortização e exaustão.
A taxa anual de depreciação de um bem será fixada em da estimativa de sua vida útil ou prazo de utilização.
A quota de depreciação a ser registrada na escrituração contábil da pessoa jurídica, como custo ou despesa operacional, será determinada mediante aplicação da taxa de depreciação sobre o valor do bem em reais.
Observe-se que o limite de depreciação é o valor do próprio bem. Desta forma, deve-se manter um controle individualizado, por bem, do tipo “ficha do imobilizado” ou “planilha de item do imobilizado” para que o valor contabilizado da depreciação, somado ás quotas já registradas anteriormente, não ultrapasse o valor contábil do respectivo bem.
INÍCIO E TÉRMINO DA DEPRECIAÇÃO
A depreciação de um ativo começa quando o item está em condições de operar na forma pretendida pela administração, e cessa quando o ativo é baixado ou transferido do imobilizado.
A depreciação não cessa quando o ativo torna-se obsoleto ou é retirado temporariamente de operação a não ser que o ativo esteja totalmente depreciado.
VIDA ÚTIL, PERÍODO DE USO E VOLUME DE PRODUÇÃO
Os seguintes fatores devem ser considerados ao se estimar a vida útil, período de uso e volume de produção de um ativo: 
a) o uso esperado do ativo, que deve ser avaliado com base na capacidade esperada ou na produção física do ativo; 
b) o desgaste físico esperado, que depende de fatores operacionais, tais como o número de turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparo e manutenção, inclusive enquanto estiver ocioso; 
c) a obsolescência tecnológica resultante de mudanças ou aperfeiçoamentos na produção ou mudanças na demanda no mercado pelo produto ou serviço produzido pelo ativo; e 
d) os limites legais ou semelhantes sobre o uso do ativo, tais como datas de expiração dos respectivos arrendamentos, permissões de exploração ou concessões. 
Observe que a legislação do imposto de renda fixa limites máximos de depreciação para os bens, constantes no anexo 1 da IN SRF 162/1998.
CÁLCULO DAS QUOTAS DE DEPRECIAÇÃO
Dentre os vários métodos de cálculo dos encargos de depreciação, destacam-se: 
a) o método linear que resulta numa despesa constante durante a vida útil, se o valor residual do ativo não mudar;
b) o método dos saldos decrescentes que resulta em despesa decrescente durante a vida útil;
c) o método das unidades produzidas que resulta em despesa baseada na expectativa de produção.
A legislação fiscal (Regulamento do Imposto de Renda – artigo 309) admite a utilização somente do método linear, com exceção a seguir.
O método linear é a aplicação de uma taxa fixa anual sobre o valor do bem a depreciar.
Exemplo: móveis e utensílios – vida útil de 10 anos – taxa = 100% : 10 = 10% ao ano.
Entretanto, no caso dos bens aplicados exclusivamente na exploração de minas, jazidas e florestas, cujo período de exploração total seja inferior ao tempo de vida útil desses bens, poderá ser determinada, opcionalmente, em função do prazo da concessão ou do contrato de exploração ou, ainda, do volume da produção de cada períodode apuração e sua relação com a possança conhecida da mina ou dimensão da floresta explorada (Lei nº 4.506, de 1964, arts. 57, § 14, e 59, § 2º).
O cálculo das quotas de depreciação de bens do ativo imobilizado será efetuado da seguinte forma:
Bens já Existentes no Patrimônio no Exercício Anterior
Para os bens já existentes no Exercício anterior, que não foram baixados no exercício, basta aplicar a taxa anual de depreciação sobre o respectivo valor do bem.
Exemplo:
Valor de Edificações da sede: R$ 105.000,00
Taxa anual de depreciação: 4%
Valor da Depreciação no ano: R$ 105.000,00 x 4% = R$ 4.200,00
Valor da Depreciação mensal: R$ 4.200,00 : 12 meses = R$ 350,00
Bens Acrescidos no Ativo Imobilizado no Período
A quota de depreciação em reais, das aquisições ou dos valores acrescidos aos bens existentes, será calculada da seguinte forma:
a) aplicar a taxa anual de depreciação sobre o valor do custo de aquisição ou acréscimo, obtendo a quota anual em reais;
b) dividir a quota anual em reais por 12, para obter o valor do duodécimo mensal de depreciação, a ser registrado na escrituração a partir do mês de aquisição ou incorporação do acréscimo;
c) no caso de bem incorporado e baixado do Ativo Imobilizado, dentro do ano-calendário, serão apropriados os duodécimos de depreciação proporcionais ao número de meses que o bem permanecer incorporado ao ativo.
Exemplo:
Bem acrescido em 10 de fevereiro, no valor de R$ 21.600,00
Taxa anual de depreciação: 10%
Valor da depreciação anual: R$ 21.600,00 x 10% = R$ 2.160,00
Valor da depreciação mensal: R$ 2.160,00 : 12 = R$ 180,00
Valor da depreciação no ano de aquisição: 11 quotas x R$ 180,00 = R$ 1.980,00
Bens Baixados no Período
a) aplicar a taxa anual de depreciação sobre o valor do custo de aquisição ou acréscimo, obtendo a quota anual em reais;
b) dividir a quota anual em reais por 12, para obter o valor do duodécimo mensal de depreciação, a ser registrado na escrituração a partir do mês de aquisição ou incorporação do acréscimo;
c) no caso de bem baixado do Ativo Imobilizado, dentro do ano-calendário, serão apropriados os duodécimos de depreciação proporcionais ao número de meses que o bem permanecer incorporado ao ativo.
Exemplo:
Bem baixado em 10 de julho, no valor original de R$ 18.000,00
Taxa anual de depreciação: 20%
Valor da depreciação anual: R$ 18.000,00 x 20% = R$ 3.600,00
Valor da depreciação mensal: R$ 3.600,00 : 12 = R$ 300,00
Valor da depreciação no ano até a data da baixa: 7 quotas x R$ 300,00 = R$ 2.100,00
CONTABILIZAÇÃO
O registro contábil do encargo de depreciação será feito a débito de uma conta de custo ou despesa operacional e a crédito da conta redutora do ativo imobilizado intitulada depreciação acumulada. 
Exemplo:
Depreciação de R$ 10.000,00 de máquinas e equipamentos:
D – Depreciações (Custo ou Despesa Operacional – Conta de Resultado)
 C - Depreciação Acumulada - Máquinas e Equipamentos (Ativo Imobilizado) R$10.000,00
Bens que não são depreciáveis
A legislação tributária não admite como despesas dedutíveis às quotas de depreciação dos seguintes bens do ativo imobilizado:
Terrenos (exceto quanto às edificações e benfeitorias); 
Imóveis cedidos para fins residenciais a sócios, diretores, administradores ou empregados; 
Prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na produção dos seus rendimentos ou destinados à revenda; 
Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, tais como obras de arte ou antiguidades; 
Bens que não estiverem funcionando ou em condições de produzir; 
Bens para os quais seja registrada quota de exaustão; 
Bens adquiridos no exterior por empresa instalada em Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
Com algumas exceções, tais como pedreiras e aterros, os terrenos têm vida útil ilimitada e não devem ser depreciados.
Depreciação de Partes de Item do Imobilizado
Cada parte de um item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao total do custo do item deve ser depreciado, amortizado ou exaurido separadamente.
Como exemplo, depreciar separadamente a fuselagem e os motores de um avião.
DEPRECIAÇÃO DE BENS USADOS
A taxa de depreciação de bens usados, para fins de apuração do custo ou despesa operacional das empresas tributadas pelo lucro real, tem parâmetros fixados pela IN 103/84 da SRF, podendo a mesma ser calculada considerando como prazo de vida útil o maior dentre:
1. Metade do prazo de vida útil admissível para o bem adquirido novo;
2. Restante da vida útil do bem, considerada esta em relação á primeira instalação para utilização.
Assim, por exemplo, um caminhão de carga, cuja vida útil é de 4 anos, se adquirido após 3 anos de fabricação, poderá ser depreciado em 2 anos, aplicando-se a taxa de 50% ao ano (ao invés de 25% a.a., que seria a taxa para o caminhão novo).
DEPRECIAÇÃO ACELERADA CONTÁBIL (em função dos turnos)
Em relação aos bens móveis, poderão ser adotados, em função do número de horas diárias de operação, os seguintes coeficientes de depreciação acelerada (Lei 3.470/58, art. 69):
I – um turno de oito horas................................1,0;
II – dois turnos de oito horas............................1,5;
III – três turnos de oito horas............................2,0.
Portanto, a utilização da aceleração da depreciação contábil, quando há mais de um turno diário de operação, poderá permitir uma contabilização maior de encargos dedutíveis na apuração do resultado tributável.
Base: art. 312 do Regulamento do IR/99.
DEPRECIAÇÃO DAS PARTES E PEÇAS DE EQUIPAMENTOS SUBSTITUÍDOS
As contas que registram recursos aplicados para manutenção em almoxarifado de partes e peças, máquinas e equipamentos de reposição, que têm por finalidade manter constante o exercício normal das atividades da pessoa jurídica, devem ser classificadas no ativo imobilizado.
As partes e peças que quando aplicadas em substituição das danificadas resultarem em aumento de vida útil superior a um ano, prevista no ato de aquisição do bem, deverão ser acrescidas ao valor desse bem. Caso contrário, poderão ser computadas como custo ou despesa operacional (RIR/99, art. 301 e §§ 1º e 2º).
Notas:
1) O procedimento acima não é aplicável a certas peças e partes que quando incorporadas às respectivas máquinas ou equipamentos têm vida útil não superior a um ano, intervalo de tempo no qual devem ser substituídas. Assim, os recursos aplicados na sua aquisição, por não chegarem a possuir características de permanência, devem ser classificados fora do ativo permanente (PN CST 02/84).
2) A pessoa jurídica que incorrer em gastos com reparos, conservação ou substituição de partes e peças de bens de seu ativo imobilizado, de que resulte aumento de vida útil superior a um ano, deverá:
a) aplicar o percentual de depreciação correspondente à parte não depreciada do bem sobre os custos de substituição das partes ou peças.
b) apurar a diferença entre o total dos custos de substituição e o valor determinado conforme a letra "a";
c) escriturar o valor de "a" a débito das contas de resultado;
d) escriturar o valor de "b" a débito da conta do ativo imobilizado que registra o bem, o qual terá novo valor contábil depreciável no novo prazo de vida útil previsto (PN CST 22/87, subitem 3.2).
Por novo valor contábil do bem deve ser entendido o saldo residual depreciável consignado na contabilidade, isto é, o valor que estiver registrado na escrituração do contribuinte (corrigido monetariamente até 31.12.1995 nos casos dos bens adquiridos anteriormente a essa data), diminuído da depreciação acumulada e acrescido do valor da reforma.
Não interfere na fixação da nova taxa de depreciação a ser utilizada o eventual saldo da depreciação acelerada incentivada controlada na parte B do LALUR.
3) Os gastos aqui referidos são os que se destinam a recuperar

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