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Apostila Sistemas de Classificação

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Sistemas de Classificação
Um sistema de classificação é uma maneira particular de delimitar e organizar grupos taxonômicos.
Normalmente costuma-se dividir a história dos sistemas de classificação em um certo número de períodos ,cada um deles distinguido por uma base filosófica ou um princípio comum ,e freqüentemente separados uns dos outros por eventos notáveis que mudaram o pensamento cientifico da época e influenciaram conseqüentemente o desenvolvimento da taxonomia ,como os trabalhos de LINNAEUS (1753),DARWIN (1859), a redescoberta da genética Mendeliana (1900)e o surgimento da taxonomia numérica (1957).
Embora estes, e alguns outros, seja marcos realmente notável, nenhum deles assinalou efetivamente o final do período de um período e o início de outro, porque o desenvolvimento taxonômico foi, no total, relativamente gradual, e a moderna taxonomia surgiu de diversas origens que não puderam ser tratadas em uma seqüência linear, já que em cada época dominada por um determinado pensamento particular, sempre ocorreram outras linhas de pensamento ou escolas paralelas.
Por conveniência, as fases do desenvolvimento da história da taxonomia serão apresentadas em períodos distintos, mas é preciso ter em mente as considerações mencionadas.
1. Fase pré-científica
O início do conhecimento das plantas
O interesse vital do homem pelas plantas como fonte de alimento remota ás origens da sociedade humana. Desde esta época o homem adquiriu, por experiência, uma familiaridade com as plantas de seu meio ambiente que eram boas para comer ou úteis de alguma outra maneira. Este tipo de conhecimento é considerado pré-científico já que não havia, nas linguagens primitivas destes povos, nenhuma palavra para definir o conceito planta, os registros que estas sociedades primitivas deixaram para a posteridade são apenas pinturas ou gravações representando, nem sempre com muita fidelidade, plantas nativas de importância nutricional ou medicinal.
Evidências do que poderia ser considerado como um indício de conhecimento pré-sistemático (ou pré-científico) das plantas surgiram apenas no período posterior ao descobrimento e a prática da agricultura, em torno de 10.000 A.C., e também pelo interesse crescente pelas propriedades medicinais, reais ou supostas, que conseqüentemente levaram á necessidade de reconhecer e registrar as plantas medicinais em questão .Tratados sobre plantas medicinais foram preparados pelos chineses,egípcios,assírios e astecas, renomados por seu conhecimento destas plantas,e que construíram a base dos estudos medicinais.Estes tratados foram compilados em sânscrito (antiga língua clássica da Índia, a mais velha da família Indo-Europa) ,e, devido ao pouco conhecimento que se tem desta língua,as informações contidas nestes tratados permanecem pouco conhecidas até hoje.
Origem da Botânica como ciência 
2. Fase pré-exploratória (Valentine & Love)
Envolvendo coleção e subseqüente classificação de pequeno nº de espécimes de herbário
Classificação pré - Darwinianas 
2.1 - Sistemas Artificiais
O verdadeiro estudo científico das plantas, no sentido em que o termo é aceito hoje em dia, começou, em parte, como conseqüência do grande movimento intelectual que nasceu no 6º século A.C. na Ásia menor e se espalhou pela Grécia, culminando em Atenas com os ensinamentos de Aristóteles.
Os primeiros sistemas de classificação eram, pelo menos em parte, artificiais, isto é, eles eram baseados em algumas poucas características (hábito e importância para o homem) escolhidas com a finalidade de classificar ou identificar, geralmente sem se preocupar com afinidades.
2.1.1Sistemas baseados no Hábito 
Antigos 300 A.C. até cerca de 1.500D.C
THEOPHRASTUS (400-285 A. C.) - Aluno de Aristóteles é considerado o “pai da Botânica”. Seu trabalho reflete a filosofia e os métodos de Aristóteles, e especialmente da divisão Lógica (divisão em classes, não no sentido como conhecemos hoje. Sua divisão foi em classes de tamanho) e as regras da Dicotomia (ou do meio excluído - um determinado objeto é A ou não é A). Ele foi o primeiro a delinear uma classificação para as plantas (480 A.C.) de uma forma lógica, baseada principalmente no hábito, usando os caracteres (classes de tamanho) mais óbvios da macromorfologia (árvores, arbustos, subarbustos e ervas). THEOPHARASTUS foi um bom morfologista, reconhecendo diferenças entre a posição súpera ou ínfera do ovário, entre a s pétalas fundidas e livres, tipos de frutos, e inflorescências determinadas e indeterminadas. Entretanto ele não usou estas características para estabelecer relações entre as plantas, e seu sistema foi totalmente artificial. Diversos nomes usados por THEOPHARASTUS em DE HISTORIA PLANTARUM foram mais tarde adotadas por LINNAEUS no GENERA PLANTARUM e são ainda hoje usados. 
DIOSCORIDES (1º século A.C.) - Também grego foi médico do exercito romano e, portanto interessado nas propriedades medicinais das plantas (pode ser considerado como o primeiro herbalista). Reconheceu cerca de 600 espécies e alguns grupos mais ou menos semelhantes às famílias naturais (algumas Labiatae e Umbelliferae). Ocupou posição histórica importante na Botânica apenas porque seu livro DE MATERIA MEDICA, embora escrito de forma menos ordenada do que de Theophrastus, tornou-se a principal obra de referência e conhecimento botânico durante mais de um milênio, no período conhecido como a “Era das Trevas” na Europa.( ± 200 a 1483 D.C.).
ALBERTUS MAGNUS (1193-1230) - Aceitou a classificação de Theophrastus, e foi o primeiro a reconhecer, com base na estrutura do lenho, as diferenças entre mono e dicotiledôneas.
2.1.2 - Os Herbalistas- 1.500 até cerca de 1580
Com o declínio das civilizações Grega e Romana, pouco progresso significativo foi feito na área da Botânica, e novos livros eram muito raros e mesmo assim amplamente baseados naqueles dos antigos gregos. Uma vez que a medicina medieval necessitava utilizar a obra dos primeiros herbalistas, várias ilustrações de Discórides foram copiadas e recopiadas pelos botânicos herbalistas medievais até tornarem quase totalmente diferentes das plantas originais, e assim tais ilustrações perderam a utilidade para identificações, mas o conhecimento das plantas medicinais foi levado adiante pela tradição (período das trevas). Durante a idade média, foi o interesse pelo uso de plantas medicinais que manteve a Botânica viva, e nesta época Herbalismo era virtualmente sinônimo de Botânica, e as plantas eram estudadas apenas em relação ao seu valor para o homem, particularmente como remédio e alimento. Com o Renascimento, muitos herbalistas do século XVI tiveram a colaboração de artistas que voltaram a desenhar plantas vivas. Assim muitos herbários como o de BRUNFELS (1530), L.FUCHS (1542), P.MATTIOLI (1544), W.TURNER (1551), entre outros, tornaram-se muito populares, mesmo quando seus autores copiavam o texto de Dióscorides, por apresentarem excelentes ilustrações. A invenção da imprensa na Europa permitiu que novos livros fossem produzidos em grande escala.
Em relação à classificação, os herbalistas fizeram muito pouco . A motivação destes botânicos era totalmente médica e comercial; os sistemas por si não eram o objetivo principal. Havia um “respeito místico” pelos escritos dos antigos. As poucas classificações propostas eram baseadas totalmente no hábito, como a de THEOPHRASTUS e MATTHIAS DE L'OBEL, que fez um sistema também baseado na forma de crescimento, considerando as plantas bulbosas ou rizomatosas, com folhas estreitas (monocotiledôneas) formas mais simples do que aquelas com hábito herbáceo, arbustivo ou arbóreo (dicotiledôneas), consideradas mais perfeitas.
Os primeiros Taxonomistas
Período de transição-1580 até cerca de 1760
2.1.2 - Sistemas Mecânicos
Uso de uma ou poucas características selecionadas para agrupar os taxa
Em torno do século XVII, as plantas começaram a ser o foco das atenções de muitos cientistas mais por seu interesse intrínseco do que por seu valor medicinal ou nutritivo. O objetivo principaldeste período era a recuperação de informação - o próprio sistema começou a ser considerado importante. Os botânicos começaram gradualmente a abandonar a doutrina tradicional dos antigos e a desenvolver novos sistemas de classificação, nova terminologia nas descrições e um sistema de nomenclatura que iria se tornar parte permanente da Taxonomia. Características hierárquicas começaram a ser aperfeiçoadas e um maior número de grupos naturais foi reconhecido. Quase todos os sistemas de classificação pré-Darwinianos se caracterizaram pela utilização de critérios morfológicos definidos, como frutos e sementes, ou estames e pistilos, escolhidos a priori por estarem relacionados com funções consideradas importantes, como nutrição ou reprodução. A escolha a prioridade de características visando a classificação era a regra na época (classificações artificiais).
As obras de diversos botânicos desta época marcaram um passo importante em direção à classificação das plantas.
A. CAESALPINO (1519-1603) - Italiano considerado como o 1º taxonomista, publicou um sistema de classificação baseado em características de flores e sementes. Sua conclusão mais importante foi que as flores e frutos eram mais confiáveis na classificação das plantas. do que o hábito ( ±baseada no raciocínio ).Reconheceu alguns grupos naturais leguminosas,crucífera,umbelíferas,boragináceas e compostas.
J. BAUHIN (1650) e G. BAUHIN (1623) - Botânicos suíços que produziram uma obra (PINAX=Registro) onde eles não apenas listaram as cerca de 6.000 espécies conhecidas por eles, mas também seus sinônimos, colocando razoavelmente em ordem o caos que existia na nomenclatura da época. Não deram importância a caracteres florais e de frutos na delimitação de grandes grupos, baseando-se principalmente na textura e forma como L’OBEL. G. BAUHIN foi notável por ter reconhecido a diferença entre gênero e espécie, e por ter usado algumas vezes uma nomenclatura binária, composta do nome genérico seguido por um epíteto específico. Assim, o PINAX (1623) antecipou os trabalhos de LINNAEUS.
J. RAY (1627-1705) - Naturalista inglês inaugurou uma nova era da taxonomia, utilizando em seu sistema um grande numero de caracteres da flor e das partes vegetativas, por acreditar, como acreditamos hoje, que todas as partes da planta, devem ser usadas na taxonomia. Enfatizou a importância do número de cotilédones. Disse “A natureza se recusa a ser forçada dentro das limitações de um sistema preciso”. Sua classificação teve como objetivo a praticidade (antecedendo de Jussieu). J. Ray não adotou a nomenclatura binomial iniciada por BAUHIN, suas espécies eram caracterizadas por polinômios.
J.P. de TOURNEFORT (1694-1716) - Produziu uma classificação extremamente artificial, e muito inferior á J. RAY, mas mesmo assim amplamente adotada na França até cerca de 1780, quando foi substituída pela classificação de Jussieu, porque a França nunca aceitou completamente o sistema de LINNAEUS. A importância atribuída a TOURNEFORT reside na sua explicita formulação do conceito moderno de gênero. Forneceu diversas descrições genéricas e reconheceu 698 gêneros e 10.146 espécies. Deu ênfase muito grande a caracteres vegetativos na delimitação dos gêneros.
Sistema Sexual de LINNAEUS
CARL LINNÉ, usualmente latinizado como Carolus Linnaeus (1707-1778) - Sueco que acreditava ter como missão registrar as obras do criador. Por volta do século XVIII, um grande número de plantas, já havia sido descoberto e descrito (muitas dela mais de uma vez), e as dificuldades de identificação começaram a se tornar agudas, e foi está a situação encontrada por LINNAEUS.
Já se escreveu mais sobre LINNAEUS do que sobre qualquer outro biólogo, exceto Charles Darwin, o que pode servir de medida sobre o impacto que estes dois cientistas causaram na Biologia. LINNAEUS foi fundador da Taxonomia moderna, tanto de plantas quanto de animais, e o sistema de nomenclatura utilizado hoje é essencialmente dele.
A existência da sexualidade nas plantas já havia sido provada experimentalmente por CAMERARIUS (1694), e isto causou uma grande impressão a LINNAEUS, fazendo com que sua atenção em estames e pistilos. Foi sua relativa constância em número que permitiu que ele construísse um sistema de classificação basicamente aritmético, conhecido como “Sistema Sexual”, formulado a partir das relações numéricas entre as partes florais. O sistema sexual foi se grande utilidade na classificação, mas foi deliberada e admitidamente artificial, e a simplicidade deste sistema foi a principal razão de seu sucesso uma vez que qualquer pessoa com um mínimo de treino poderia colocar uma planta em sua classe ou ordem. Entretanto o valor do sistema termina aí (poucos caracteres usados e escolhidos a priori).
Para a Taxonomia vegetal, as duas obras mais importantes são GENERA PLANTARUM (1737) e SPECIES PLANTARUM (1753). Em ambas LINNAEUS classifica as plantas de acordo com seu sistema sexual, já publicado anteriormente em SYSTEMA NATURAE (1735). Nesta classificação, as plantas foram colocadas em 24 classes (a categoria Classis corresponde mais ou menos atualmente ao que chamamos de Ordem) baseadas no número, união e comprimento dos estames. Cada classe era subordinada em Ordo (sua categoria Ordo corresponde a Família no sentido moderno), com base no número de estiletes, a unisexualidade também foi considerada. No GENERA PLANTARUM, LINNAEUS descreveu todos os gêneros estabelecidos ou aceitos por ele (cerca de 1.000), utilizando muitos nomes genéricos já descritos por BAUHIN e TOURNEFORT, levando adiante o trabalho destes autores em dar proeminência á categoria Gênero.
O SPECIES PLANTARUM não fornece descrições genéricas, mas sob cada gênero enumera, dá nome e descreve brevemente as várias espécies (cerca de 6.000). Referências a literaturas anteriores importantes que também reconhece a espécie são mencionadas,assim como sinônimos, habitats e locais de origem.
A descrição de cada espécie era uma frase composta por no máximo doze palavras, começando com o nome genérico; muitas dessas frases não eram novas, mas retiradas de outras obras de Lineu ou de outros autores. Estas frases são conhecidas como polinômios. Em edição ao polinômio cada espécie recebia, na margem esquerda da página, um nome trivial constituído por uma única palavra, o epíteto específico, que acrescentado ao nome genérico, formava o nome binário conhecido como binômio. Este binômio era considerado por LINEU como um nome mais prático para o uso constante, mas não como o nome real da espécie, que para ele era o polinômio diagnóstico.
Embora Lineu não tenha inventado a nomenclatura binomial (G. BAUHIN), foi o primeiro a usá-la consistentemente no reino vegetal. Por isso, o SPECIES PLANTARUM (1753) é considerado como marco inicial da nomenclatura botânica moderna pelo ICBN.
A preocupação básica de Lineu foi com a categoria taxonômica gênero, que ele adotou como unidade mais prática de classificação. Além da classificação, ele iniciou o uso de uma terminologia latina precisa, dando significados botânicos especiais a palavras que antes tinham uma conotação clássica diferente. O prestígio de Lineu foi tão grande que tanto seu sistema quanto terminologia dominou os trabalhos taxonômicos até o século XIX. (ou um pouco antes, ao ser substituído por Jussieu). Lineu, consciente da artificialidade de seu sistema sexual, chegou a apresentar os rudimentos de um sistema natural baseado em maior número de semelhanças, em apêndice da 6ª edição do GENERA PLANTARUM (1764), onde ele listou 58 “ordens naturais”. (Estas “ordens naturais” correspondem ao que hoje chamamos de Famílias). Ele foi influenciado nisto pelo método empírico da ciência natural, isto é, ele desenvolveu seu sistema natural baseado em anos de experiência de observações, mais do que em uma base a priori.
3. Fase Sistemática (Valentine & Love)
Estudos extensivos de herbário e campo, envolvendo coleções de material de cada táxon
3.1 - Sistemas Naturais 1760 até cerca de 1880
Base Filosófica: procuraram agruparplantas aparentemente relacionadas (plantas que parecem semelhantes).
Critérios usados: tantos caracteres quanto possível (notar a mudança de atitude em relação aos sistemas mecânicos). Abandono gradual da escolha a priori caractere. O Resultado foi um sistema mais natural com poder de predição.
Embora “ordens naturais” ou famílias já tivessem sido esboçadas por LINAEUS, o estabelecimento das famílias modernas foi feito principalmente por botânicos franceses e suíços, que nunca seguiram o sistema de LINNAEUS, como M.ADANSON, A.L.de JUSSIEU e a família De CANDOLLE. Neste período que antecedeu a Darwin, a principal preocupação foi a elaboração de sistemas naturais. Houve um abandono gradual da escolha “a priori” de características, porque os resultados taxonômicos obtidos eram obviamente artificiais. Os sistemas naturais são baseados nas correlações existentes entre numerosas características da macromorfologia externa das plantas. Como experiência, mostrou que os grupos obtidos pela correlação de determinada características consideradas, também mostravam semelhanças em relação a outras características não consideradas, as classificações naturais tem um razoável poder de predição.
M. ADANSON (1727-1806) - Rejeitou as classificações artificiais. Defendeu a idéia de que na classificação deve-se usar a maior quantidade possível de caracteres, sem colocar maior ênfase em uns do que em outros (escolha a priori). Este tipo de procedimento é chamado de abordagem empírica (baseado na experiência). Descreveu grupos mais ou menos equivalentes ás modernas ordens e famílias (as últimas já sugeridas por J.RAY). Não aceitou a nomenclatura de Lineu e propôs outra não aceita pelos botânicos da época. É considerado o “Avô da Taxonomia numérica”.
ANTOINE LAURENT DE JUSSIEU (1789-1836) - Foi aluno de seu tio, Bernard de Jussieu, cujo sistema adotou e expandiu. Primeiro sistema completo considerado como natural. Diferenciou, descreveu e nomeou 100 “ordens naturais” correspondendo a maioria das principais famílias que hoje estão estabelecidas. No GENERA PLANTARUM (1789), dividiu as plantas em acotiledôneas (criptogramas e algumas mono pouco conhecidas), Monocotiledôneas (Mono - estames hipóginos, períginos e epíginos) e Dicotiledôneas (dico e gimno- Apetalae, Monopetalae, Polypetalae ). De JUSSIEU atribuiu peso aos caracteres na seguinte ordem: embrião, partes sexuais (fruto=perianto), caracteres vegetativos. Embora abrigasse ainda grupos muito artificiais, a classificação de JUSSIEU é considerada como precursor imediato dos sistemas modernos.
AUGUSTIN PYRAME DE CANDOLLE (1778-1841) - Expandiu e elaborou o sistema de JUSSIEU. Introduziu o termo taxonomia (teoria da classificação das plantas). Sua obra monumental Produmus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis (1819-1873) tinha intenção de classificação e descrever todas as espécies de plantas. Os primeiros sete volumes por escritos por DE CANDOLLE e outros dez por Alphonse De Candolle, com ajuda de especialistas. O Produmus cobre 58.000 espécies de 161 famílias de dicotiledôneas, incluindo as gimno, na época, colocadas próximo á disco com inflorescências em amento. As mono não foram tratadas constantes e usou ponderação (determinação de peso) a priori. Arranjou o sistema em uma seqüência linear, baseado na redução e fusão de partes florais, começando com as polipétalas (Ranunculaceae → gamopétalas→ grupos apétalos nas dicotiledôneas colocando as coníferas depois das Amentíferas). A disposição das famílias em uma seqüência linear era, entretanto, bastante diferente daquela de Jussieu, que colocou as famílias apétalas antes das petalíferas, tanto nas mono quanto nas dico. Este sistema dominou a taxonomia vegetal até 1860, apesar do fato de mais de 12 sistemas terem sido propostos durante o período de1825-1845. O sistema parece evolucionário mas era pré-Darwiniano e acredita-se que De Candolle não aceitou os conceitos de LAMARCK em relação à modificação ao longo do tempo. Substituiu o sistema de Lineu em torno de 1840. DE CANDOLLE expôs em 1813 os princípios que deveriam sustentar os sistemas de classificação natural, os quais eram essencialmente aqueles seguidos por Jussieu, Lamarck e o zoólogo Cuvier. Ele usou 2 métodos para determinar a importância taxonômica de um carácter:
a) Considerando princípios a priori par quais são os caracteres mais essenciais ,que tem maior influência no resto do organismo .
b) observando que caracteres são mais constantes em um grupo uma vez que necessariamente estes devem ser os mais essenciais para o grupo. Devido a falta de conhecimento fisiológico, as funções dos órgãos não puderam ser corretamente estabelecidas. Além disto, logo tornou-se aparente que o resultado sistemático da atribuição de peso a priori a característica se mostrava freqüentemente artificial. Uma vez que a constância de características só podia ser observada depois que grupos naturais tivessem sido construídos, os resultados de raciocínios a priori eram usualmente os mesmos que aqueles obtidos pelo agrupamento de plantas por suas semelhanças, e eram, portanto, superficiais. A prática e o enfoque a priori, com sua ênfase na função, foram gradualmente abandonados a favor de métodos empíricos. O sistema De Candolle é transicional entre os sistemas quase aristotelianos de Caesalpinus e Linneaus e um puramente empírico.
GEORGE BETHAM (1800-1884) e SIR JOSEPH DALTON HOOKER (1817-1911) - O último dos principais sistemas naturais de classificação, apresentando em três volumes sob o título GENERA PLANTARUM (1862-1883), praticamente seguindo o sistema De Candolle. Trata apenas das plantas com sementes, começando com as Ranunculaceae e famílias afins como as Magnoliaceae, tratando sucessivamente as dico, gimno e mono. As dico eram divididas em três grandes grupos: Polypetaceae (pétalas livres), Gamopetalae e Monochlamydeae (sem pétalas). O sistema BETHAM e HOOKER não é filogenético e embora seja pós–Darwiniano na data é pré–Darwiniano na concepção. Entretanto ele é certamente bastante natural no seu conteúdo e delimitação de grupos, particularmente em relação às famílias – uma herança de Jussieu. (A disposição das famílias em uma seqüência linear era entretanto bastante diferente daquela de Jussieu –apétalas antes das petalíferas, nas mono e nas dico). Seu arranjo está de acordo com a fusão e redução progressiva das partes florais que caracterizam o sistema De Candolle ,mas os agrupamentos acima do nível de família diferem consideravelmente do Produmus.
A preparação do 1° volume GENERA PLANTARUM coincidiu com a publicação da Origem das espécies (1859) de Darwin. Hooker, amigo de Darwin, tornou-se um defensor entusiasmado da seleção natural e queria reorganizar seu sistema, mas foi impedido por Betham que não aceitou de imediato a teoria da evolução. Muitos dos grandes herbários como K, P e BM ainda estão arranjados de acordo com este sistema. Durante este período, houve muito pouco progresso em relação á classificação das criptógamas. De Candolle em 1813 separou as pteridófitas como grupos à parte. Em 1843, BRONGNIART dividiu as plantas em dois grupos principais Criptogramas e Fanerógamas. Em 1864, A. Braun reconheceu três grupos: Bryophyta (algas, fungos e briófitas), Cormophyta (pteridófitas) e Antophyta (espermatófitas). Progresso só ocorreu com o sistema de Eichler, entretanto, em cada um dos principais grupos de plantas inferiores foi surgindo uma maior compreensão dos graus de diversidade, principalmente pelo estudo de estruturas microscópicas e ciclos de vida.
4. Fase Biossistemática
Durante a qual, detalhados estudos genéticos e citológicos são feitos (Valentine & Love)
Classificação pós Darwinianas relacionadas com a evolução dos grupos 
4.1 - Sistemas Filogenéticos-1880 até o presente 
O pensamento tipológico (uso de tantas características quanto possível mais interpretação filogenética evolutiva), associado à crença na criação Especial, e o desconhecimento da variação (pelo menos para a finalidade taxonômica) caracterizou o períodopré-Darwiniano.
Não confundir o conceito de tipo dos primeiros taxonomistas, por isto mesmo chamados tipologistas, com o método de tipos, que é um procedimento legal usado na aplicação correta de nomes. Os tipologistas negam a variação, ou pelo menos, sua importância. A variação era aceita por alguns tipologistas, mas era usualmente considerada acidental ou sem importância, como o efeito do clima ou habitat sobre o plano básico das espécies criadas por Deus: uma perfeição da natureza .As deficiências dos herbários do séc.XVII são amplamente atribuídas a este conceito tipológico estreito – nenhum espécime era considerado como representando adequadamente a espécie.
Arquétipo: modelo de seres criados, padrões, modelo, protótipo. 
O curso do pensamento biológico foi mudado pela publicação da “Origem das espécies” (1859) de Darwin. Ele influenciou a taxonomia pelo enunciado de dois princípios importantes:
1) As espécies não são criações imutáveis, mas evoluíram uma das outras ao longo da história da vida.
2) Espécies não são representadas por tipos, mas por populações variáveis (o conceito de população da taxonomia moderna).
Seria de se esperar que a aceitação destes 2 conceitos revolucionários tivessem causado profundas mudanças na classificação, mas isto não ocorreu de imediato. Lentamente, entretanto consolidou-se a idéia de que a classificação deveria refletir estes conceitos.
O objetivo, portanto dos sistemas de classificação que surgiram neste período passou a ser a produção de sistemas filogenéticos, isto é, sistemas capazes de responder perguntas sobre a origem das plantas em questão, sua maneira de evolução, problemas em relação a monofiletismo (táxon surgido pela diversificação de 1 só ancestral) e polifiletismo (surgido de mais de 1 ancestral) e a identificação de característica primitivas e avançadas. Estes sistemas proliferaram de maneira espantosa, não havendo, entretanto, unanimidade em relação a questões filogenéticas. A razão para isto é a falta de dados. Os botânicos não sabem ainda o suficiente sobre plantas vasculares do passado (exceto talvez pteridófitas e gimnospermas) para serem capazes de distinguir com segurança caracteres indicativos de condições primitivas ou avançadas. As características primitivas usadas nos sistemas contemporâneos, e presumidamente filogenéticos de classificação das angiospermas, freqüentemente não são baseadas em evidências paleobotânicas ilustrativas de condições ancestrais, e na maioria, sua primitividade, pode ainda ser uma questão de opinião pessoal ou de julgamento baseado em evidências circunstanciais. Na ausência de uma história fóssil completa das angiospermas, sua história evolutiva (como elas progridem gradualmente de formas simples a tipos mais complexos de organismos) pode apenas ser inferida a partir de dados existentes em membros vivos do grupo. A PALEOBOTÂNICA DEVE SER O FUNDAMENTO DA FILOGENIA. Muitas características consideradas primitiva sem listas publicada por diversos autores (ver Radford-Bessey Dicta 1915, p 563; Thorne 1958; Smith 1967; Sporne 1954, 1954, 1971) são consideradas primitivas porque ocorrem em membros de taxa primitivos e os taxa são primitivos porque apresentam características consideradas primitivas. Sporne (1948) definiu o termo caracter primitivo como aquele existente nos ancestrais. Um caracter avançado, por outro lado é aquele existente em um táxon atual e não existente em seu ancestral, isto é, ele substituiu um caracter ancestral durante a evolução. É difícil, pelo menos entre as angiospermas, quebrar este tipo de raciocínio circular porque as evidências paleobotânicas são inadequadas. Os sistemas de classificação pós Darwinianos ou filogenéticos podem ser enquadrados em dois grupos principais, com base na suposta natureza da flor primitiva das angiospermas. As duas escolas de pensamento desenvolveram condições amplamente diferentes no que se refere á flor primitiva e cresceram lado a lado por um período considerável. 
Convergência evolutiva - a presença de características semelhantes em dois ou mais grupos sem um ancestral imediato comum e, presumivelmente, surgiram como respostas às pressões evolutivas semelhantes. Ex.: espécies com autopolinização (não precisam atrair insetos), de gêneros ou famílias cujas espécies com fecundação cruzada são totalmente diferentes podem assemelhar-se, pelo menos superficialmente, pela redução no número de pétalas, estames, ausência de odor, perda de nectário, etc.
			x					
		y			z
			
			p	q
O grupo x y é polifilético e a semelhança entre x e y é devida á convergência.
 
Paralelismo – a presença de caraterísticas semelhantes em dois ou mais taxa que tem um ancestral comum, mas no qual essas características estão ausentes.
	x	y		z	
	q	
		
	p
A semelhança entre x e y é causada por paralelismo (ancestral comum p).
 x y - grupo polifilético;
x y z - grupo monofilético;
A escola Engleriana
O primeiro destes conceitos em relação á provável flor primitiva foi proposto por um taxonomista alemão, Alexander Braun (1859), que influenciou seu sucessor A.W.Eichler (1875-1878, 1883) assistente de Martius e foi posteriormente mais elaborado por Adolf Engler (1886) e Engler & Karl Prantl (1887-1915 - Die Naturlichen Pflanzenfamilien).
De acordo com este conceito, que geralmente é conhecido como o conceito Engleriano ou das Amentíferas, flores com apenas estames e carpelos constituem a base da organização do sistema. Tais flores, nuas e unissexuais, geralmente nascidas em amentos e polinizadas pelo vento, são as mais primitivas entre as angiospermas e provavelmente derivaram de ancestrais gimnospérmicos com estróbilos unissexuais. Segundo esta teoria, flores bissexuais são derivadas de um conjunto de flores masculinas e femininas nascidas na mesma inflorescência e simulando uma flor (pseudanto), enquanto o perianto protetor teria evoluído mais tarde.
No sistema de Engler, as angiospermas são classificadas em duas classes: Monocotiledôneas e Dicotiledôneas. As mono foram consideradas mais primitivas e aparecem primeiro (11ordens e 45 famílias) começando com as Pandanales, que são unissexuais e apétalas. As dico são separadas em dois grupos, Archichlamideae (polypetalae + Monochlamideae = Methachlamideae - uniu apétalas com polipétalas) e Sympetalae (gamopétalas), começando com as amentíferas. Engler e Prantl sugerem que as mono e as dico surgiram independentemente de gimnospermas hipotéticas (de diferentes gimnospermas) e que as Methachlamideae surgiram das Archichlamideae considerando como o primeiro sistema filogenético, derivado do de De Candolle.
No Syllabus e Pflanzenfamilien, Engler cobriu todo o reino vegetal e este foi provavelmente um dos motivos da grande aceitação do seu sistema que dominou o mundo taxonômico na virada do séc.XX, sendo usado ainda hoje, principalmente em alguns herbários como B e L.
Melchior (1964) na 12ª edição do Syllabus fez duas modificações importantes, tratando as dico como mais primitivas que as mono e aumentando o nº de ordens e disposição das famílias nas ordens.
Wettstein (1930-1935) - Botânico austríaco propôs um sistema baseado no de Engler, derivando as angiospermas de gimnospermas semelhantes as atuais Gnetales. Usou na construção de seu sistema um nº de dados muito maior que qualquer botânico anterior. Divergiu de Engler ao considerar também, como Melchior, as dico mais primitivas que as mono, e ao sugerir que as ultimas deveriam ter surgido de um estoque de Ranales. Entre as dico, Casuarinales foi considerada a ordem mais primitiva das Amentifereae, diante da semelhança entre as flores de Casuarina e Efedra. Não existem evidências fósseis que mostrem que as Ephedrales ou Gnetales tenham existido antes do Cenozóico, mas as Angiospermas já eram abundantes no Mesozóico.
A escola Ranaliana
O conceito Engleriano de flor primitiva foi fortemente criticado por Arber & Parkin (1907). De acordo com estes autores:
1) O conceito pressupõe que o perianto surgiu de produção de uma estrutura novaapartir do começo;
2) A flor primitiva de Engler era acompanhada por inflorescência altamente evoluída e complexa;
3) A teoria é filogeneticamente estéril e não coloca as angiospermas alinhadas com as plantas fósseis;
O segundo conceito de flor primitiva, conhecido como o conceito das Ranales (cuja base teórica foi inspirada nas idéias de Arber & Parkin), foi expresso por Charles Bessey (1845-1915 Phylogenetic Taxonomy of Flowering Plants-Annal of the Missouri Botanical Garden) e depois modificado por Hutchinson (1926). Eles consideraram que a flor das angiospermas surgiu de uma gimnosperma com estróbilo bissexual (ancestral tipo - Bennettiales), carregando megasporófilos acima e microsporófilos abaixo. Os esporófilos inferiores se modificaram em sépalas e pétalas por esterilização progressiva, e os superiores se desenvolveram em estames e carpelos. Esta flor seria semelhante a uma flor de Magnolia.
O sistema de Bessey é semelhante ao de Engler em relação aos grupos inferiores, mas difere em relação às pteridófitas e gimnospermas, que foram arranjadas em numerosas divisões, e às dicotiledôneas, que foram arranjadas de modo totalmente diferente, começando com o conjunto Magnoliaceae-Ranunculaceae. Neste último aspecto, o sistema de Bessey lembra o de De Candolle e Bethan & Hooker. Entretanto, Bessey e Harlier (1868-1932-sistema independente e semelhante ao de Bessey) foram os primeiros a elaborar sistemas filogenéticos começando com Ranunculaceae – Magnoliaceae, e, portanto a considerá-las como as dico mais primitivas. 
A contribuição de Bessey reside mais provavelmente em seu conjunto de “dicta phylogeneticas” do que propriamente no seu sistema. Estas dicta forneceram, com modificações, as bases teóricas para a maioria dos sistemas contemporâneos de classificação das Angiospermas.
Bessey, como Eichler e Engler, precederam as dico pelas mono, embora atualmente o reverso seja o mais comum.
H.HALLIER (1905) produziu independentemente um esquema para as angio semelhante ao de Bessey em muitos aspectos, especialmente por começar as Dico com as Ranunculaceae /Magnoliaceae, mas diferiu ao colocar o Mono depois das Dico.
Desde a época dos primeiros taxonomistas filogenéticos, um grande número de classificações tem sido proposto, sempre diferindo apenas em pequeno grau das anteriores e usualmente apresentando bons e maus aspectos.
Com relação às angio, quase todos eles são aproximadamente relacionadas a um dos dois esquemas mencionados, isto é, o sistema Eichler-Engler ou sistema Harlier-Bessey, o último por sua vez derivado dos sistemas de De Candolle –Betham & Hooker. Autores responsáveis por sistemas baseados em Eichler-Engler incluem C. Skottsberg (1940) E. Warming (1895); R. VonWettstein (1911); A. B. Rendle (1930); A.A.Pulle (1938) e C. Skottsberg (1940), enquanto sistemas baseados em Harllier-Bessey incluem Hutchinson (1926-1934); A.L.Takhtajan (1943); C.R. de Sôo (1953); L.Benson (1957); A.Cronquist (1957); R.F.Thorne (1968).
As modificações apresentadas nestes sistemas foram feitas por causa de novos conhecimentos que sugeriram um padrão evolutivo diferente dos anteriormente propostos. As mudanças são principalmente em dois tipos:
1) Rearranjos no agrupamento das famílias em ordens ou mudanças na seqüência das famílias, surgidos a partir de novas idéias ou evidências de padrões filogenéticos;
2) Separação de famílias ou ordens quando as evidências parecem sugerir que o táxon não é monofilético.
Destes sistemas, os de Cronquist (última versão 1968), Takttajan (última versão 1973) e Dahlgren (1980) atraíram muita atenção nos últimos anos. Em todos eles, as dicotiledôneas precedem as mono, e as Magnoliaceae (ou grupo próximo) começam as dico. O sistema de Hutchinson difere dos demais por propor uma divisão das dico em 2 grandes grupos: Lignosae, característica e primitivamente lenhosas, e as Herbaceae, característica e primitivamente herbáceas. Segue basicamente a tradição de Betham - Bessey, que considera as angios monofiléticas, possivelmente de um ancestral relacionado com as Cycadeoideas. No sistema, as Lignosae precedem as Herbaceae e assim as Magnoliaceae começam as dico, enquanto as Herbáceas Ranunculaceae só aparecem bem depois. Deve ser enfatizado que este sistema não é uma reversão ás formas de classificação pré-Linneanas, baseadas apenas no hábito. Existem muitas espécies herbáceas nas Lignosae e vice-versa. Entretanto em sua insistência, durante cerca de 50 anos que as dico divergiram, em um estágio inicial de sua evolução, em dois grupos principais, um lenhoso e outro herbáceo, Hutchison produziu um sistema que separa pares de famílias como Verbanaceae e Lamiaceae, consideradas por virtualmente todos os outros taxonomistas como proximamente relacionadas. Hutchinson considerou a semelhança entre as famílias como resultado de evolução convergente.
R. DAHLGREN - Apresentou uma nova classificação da angio que é considerada filogenética, mas que foi construída de acordo com muitas características fenéticas. Os métodos usados na construção diferem principalmente em dois pontos dos sistemas anteriores:
1) É aceito como pouco provável que muitos grupos modernos vivos de angiospermas sejam ancestrais de outros grupos vivos. Assim as Magnoliaceae não são consideradas como um grupo ancestral, mas como um grupo que teve uma alta proporção de características ancestrais.
2) Os caracteres usados foram retirados de diversas áreas de biologia, em particular características anatômicas de desenvolvimento e químicas. No resultado final, semelhança maior com Harllier-Bessey do que Eichler-Engler. Dahlgren apresentou um cladograma no qual as ordens vivas naturais atuais estão todas colocadas no plano superior do diagrama e os ramos ancestrais são ancestrais são todos representados por taxas desconhecidos. A proximidade das ordens é definida por seu grau de semelhança foi apresentado por Thorne. 
ARMENL. TAKHTAJAN (1954, 1969, 1973) Apresentou um sistema inspirado no de Harllier-Bessey. Em seu sistema, cuja versão de 1980, ele considerou a ordem Magnoliales sensu lato como um grupo arcaico e primitivo, o qual teria dado origem a todos os demais ramos das angiospermas.
Ele derivou as mono e as Nymphaeales de um hipotético ancestral comum dicotiledôneo, sem vasos e com pólen monocolpado. A divisão Magnoliophyta (Angiospermas) foi considerada de origem monofilética, provavelmente derivada de ancestrais semelhantes às Benettiales ou de um estoque ancestral a elas.As Magnoliopsida(dico) foram julgadas mais primitivas que as Liliopsida (mono). A principal objeção ao sistema de TAKHTAJAN é a derivação de um estoque ancestral de Nymphaeales.
Stebbins (1974) é de opinião que as semelhanças entre estes dois grupos são provavelmente devidas á evolução convergente e que os ancestrais de ambos são completamente obscuros na história geológica (ver Crowson pg.109).
O sistema foi amplamente aceito, principalmente por causa de seus princípios evolutivos claramente definidos, e deve ser enfatizado que foi o sistema de Takhtajan que assentou as bases para a maioria das classificações posteriores.
ARTHUR CRONQUIST (1968), do New York Botanical Garden, apresentou um sistema conceitualmente semelhante aos de Bessey e Takhtajan. Como já havia feito Takhtajan, a tradicional nomenclatura dos 2 principais grupos de Angiospermas-dicotiledoneae e monocotiledoneae- foi substituída por uma nova terminologia, Magnoliatae e Liliatae, respectivamente .Estas classes foram divididas em 10 subclasses, 6 de Magnoliatae (diferente de Takhtajan que apresentou 7)e 4 de Liliate. Depois do congresso de 1969, ambos adotaram a terminologia “opsida”, como estipula o código para classes.
A subclasse Magnolidae, que consiste basicamente das famílias que compunham a tradicional Ranales, é considerada como complexo básico do qual todas as outras angiospermas derivaram (ver Nair p.117). O tratamento de Cronquist é sintético, usando além dos caracteres morfológicos, dados modernos de diferentes campos da ciência,como anatomia, embriologia, quimiotaxonomia, palinologia, citologia etc. Por isso, parece ser bastante natural e satisfatório e tem sido amplamente seguido. Grupos considerados polifiléticos foram separados e colocados junto a taxa aos quais eles parecem ser fileticamente relacionados (ver Trat. Amaryllidaceae), e muitos grupos pequenos ou anômalos foram retidos nas famílias maiores ás quais eles parecem mais proximamente relacionados.
Segundo Stace (1980) os conceitos de Henning sobre “sistemática filogenética” tiveram, até aquela época, pouco importância sobre a taxonomia botânica, mas recentemente estes conceitos também têm sido adotados por botânicos. Henning fez uma distinção entre grupos monofiléticos, parafiléticos e estipulou que os taxa, em um sistema verdadeiramente filogenético, só poderiam ser monofiléticos. Ele chamou os caracteres primitivos de plesiomórficos e os derivados de apomórficos. A partir da definição de monofiletismo, segue-se que a simplesiomorfia (a posse de caracteres plesiomórficos em comum) não indica necessariamente a monofilia, uma vez que ela é igualmente indicativa da parafilia. A sinapomorfia (posse de caracteres apomórficos em comum) é um indicador muito mais provável da monofilia, mas a menos que uma grande quantidade de caracteres seja considerada, ela poderia, devido ao paralelismo ou convergência, também indicar polifilia (o resultado de uma falsa sinapomorfia). Embora estas definições precisas pareçam úteis, a dificuldade em discernir entre caracteres primitivos e derivados continua.
5. Fase Enciclopédica (Davis & Heywood, 1963)
Onde dados de muitas disciplinas são reunidos para produzir uma classificação com poder de predição.
	Os modernos sistemas fenéticos
Com o grande esforço que foi colocado na produção de classificação filogenéticas nos últimos 100 anos, e com o surgimento, durante este período, de diversas áreas de pesquisa como a micromorfologia, genética, citologia, bioquímica e outros tópicos geralmente reunidos sob o título geral de biologia celular, cujos dados foram utilizados pelos taxonomistas,e também com crescente conhecimento sobre plantas fósseis, seria de se esperar que grandes mudanças tivessem sido ocorridos nos sistemas de classificação (Stace, 1980). Em geral, isto não é verdade, seja nos níveis inferiores da hierarquia táxon, seja nos níveis superiores. Isto se deve em parte ao fato de não sermos capazes de esclarecer, com um certo grau de segurança ou detalhe, os sistemas de classificação baseados em critérios puramente fenéticos concordam amplamente com aqueles feitos com base na filogenia .
Existe de fato, uma crença geral de que um sistema fenético perfeito seria também um perfeito sistema filogenético. Parece muito pouco provável que os dois sistemas sejam extremamente diferentes (todos os membros das Poaceae, por exemplo, são filogeneticamente relacionados), mas nós não sabemos até que ponto os processos evolutivos de convergência e paralelismo distorceram os padrões filogenéticos como mostrado pelo fenótipo atual.
A similaridade geral entre os sistemas fenéticos e os declaradamente filogenéticos pode também ser atribuída ao fato de que, na expressão dos dados filogenéticos, foram usadas exatamente as mesmas categorias taxonômicas hierárquicas e os mesmos nomes usados para expressar os dados fenéticos. Talvez isto tenha imposto restrições muito severas para permitir mudanças radicais. Qualquer que sejam as causas, as diferenças entre as classificações de Betham & Hooker e a de Cronquist (quanto às angiospermas) são mais detalhadas do que na forma geral. Esta concordância talvez não seja tão surpreendente se se assumir que, em geral, a evolução avançou ao longo de linhas de maior especialização e complexidade, e que as classificações fenéticas começaram na maioria com o mais simples e caminharam em direção ao mais complexo. Ocasiões em que, à luz de dados filogenéticos, grandes mudanças na classificação de plantas superiores foram feitas, envolveram quase sempre taxa cuja simplicidade de estrutura passou a considerada como reduzida (especializada ou avançada) em vez de primitiva, como por exemplo, a perda de pétalas, redução no número de estames ou carpelos. A compreensão de que a meta final de uma classificação filogenética de plantas ainda não foi atingida, e que provavelmente não será num futuro próximo (Stace, 1980), levou muitos taxonomistas a acreditar que deveríamos acima de tudo procurar produzir uma classificação fenética utilizável com segurança. Nos últimos anos, os argumentos mais fortes para esta linha de classificação vieram de Heywood e Raven. Isso coincidiu com a introdução independentemente de métodos e conceitos da taxonomia numérica (taximetria) aplicados por Sneath e Sokal a bactérias e abelhas, respectivamente.
Como resultado desta coincidência, desta coincidência, a taxonomia numérica tornou-se mais ou menos sinônimo de classificação fenética. Entretanto deve-se salientar que não é um novo sistema de classificação, nem mesmo um novo conjunto de princípios dando suporte a um sistema, mas é um novo método de organização de dados, e de obter deles uma classificação (se isto for desejado). Existem outras maneiras além das taxométricas de produzir uma classificação fenética moderna e outros objetivos e seus usos da moderna taxonomia numérica, além da produção de classificações fenéticas. Alguns autores estão convencidos de que a taxonomia numérica apresenta vantagens em relação á taxonomia convencional e as apresentam vantagens alegadas são:
1-Quanto maior a quantidade de informação sobre os taxa classificados e quanto maior o n° de caracteres sobre os quais eles são baseados, melhor será a classificação (melhor, no contexto, significa maior poder de predição).
2-A priori todos os cacteres têm igual peso na circunscrição de taxa naturais.
3-O total de semelhanças entre 2 entidades é uma função de suas semelhanças individuais em cada uma das diversas características através das quais elas estão sendo comparadas.
4-Taxa distintos podem ser reconhecidos porque as correlações de caracteres diferem nos grupos de organismos em estudo.
5-Inferências filogenéticas podem ser feitas a partir da estrutura taxonômica de um grupo e da correlação de características, uma vez estabelecidas certas hipóteses, suposições, sobre estes padrões e mecanismos evolutivos.
6-A taxonomia é vista e praticada como uma ciência empírica (em oposição a uma ciência interpretativa ou dedutiva)
7-As classificações são baseadas em similaridades fenéticas.
Muitos destes processos são (exceto cinco) semelhantes aos objetivos e métodos se Adanson e são, por isso, conhecidos como princípios Neo-Adansonianos. Embora seja útil lembrar que estas idéias não são novas, é importante salientar que elas são vistas hoje num contexto acadêmico bastante diferente do daquela época (portanto talvez seja melhor não considerar Adanson como avô da taxonomia numérica).
Os sistemas são representados graficamente por dendogramas, que podem ser chamados de cladogramas ou arvores filogenéticas etc. Para enfatizar sua suposta base filogenética dendogramas baseados apenas em dados fenéticos são conhecidos como fenogramas. Em um cladograma o eixo vertical representa o tempo ou avanço evolutivo, enquanto em um fenograma ele representa o grau de similaridade fenética.
Os três sistemas de classificação em uso atualmente:
Fenética: grego “phainein”. No sistema de classificação fenética, os organismos são agrupados com base em sua similaridade total. Tantas características quanto possível são consideradas e a todas elas é dada igual importância. Está classificação incorpora o máximo possível de informações sobre os organismos (inclusive dados provenientes da citogenética, anatomia e microanatomia, fitoquímica), mas não leva em conta sua história evolutiva. Embora procedendo deliberadamente de um modo estritamente operacional, a maioria dos feneticistas acredita que os descendentes de um ancestral comum serão mais semelhantes unsaos outros do que a qualquer outra espécie ou táxon e eles acreditam portanto que sua classificação realmente reflete uma descendência comum, embora tal hipótese teórica não seja parte de sua metodologia.
Método:
1-descrever detalhadamente todos os organismos em estudo
2-registrar todas as características, que podem ser apresentadas em uma tabela (para simplificar, no exemplo, as características são registradas apenas como presente (+) ou ausente (-).
3-calcular as similaridades entre os organismos, isto é feito pela comparação de pares de organismos, um par de cada vez. Neste exemplo simples, isto envolve apenas a contagem de características iguais existentes nos dois organismos analisados .
Quando as características são apresentadas na forma de medidas ou descrições qualitativas, por exemplo, estes cálculos se tornam muito mais complicados. Existem diferentes métodos desenvolvidos para analisar dados nestas situações. Estes métodos constituem os princípios elaborados pela Taxonomia numérica, para analisar grande quantidade de dados, os computadores são necessários nestas análises. A taxonomia numérica não é um novo sistema de classificação, nem mesmo um novo conjunto de princípios dando suporte a um sistema, mas é um novo método de organização de dados e de obter deles uma classificação se isto for desejado (método aplicado por Sneath P H A & Sokal à bactérias e abelhas respectiva mente –Principles of Numerical Taxonomy).
4-A tabela de similaridade fornece uma base para agrupar os organismos. A tabela pode ser redesenhada como um diagrama ramificado, com organismos ligados em vários níveis de similaridades.
5-O diagrama então é dividido e os grupos recebem nomes. Não existem regras fixas para fazer isso e pessoas diferentes podem usar diferentes níveis de similaridades como base para definir grupos tais como espécies ou gêneros. Embora o enfoque fenético ainda tenha muitos seguidores, muitos taxonomistas preocupados com as falhas deste método preferiram seguir uma das duas outras escolas.
Este enfoque multivariado levou ao descobrimento de muitas características taxonômicas importantes. Conforme já dito, no sistema fenético, os caracteres são todos tratados como tendo igual importância taxonômica. É possível que de fato, que alguns caracteres tenham maior importância que outros e devam, portanto ser pesados positivamente embora esta idéia seja fortemente refutada pelos feneticistas. De qualquer modo, esta passagem (ponderação), se considerada necessária, deve ser feita à posteriori (a luz da experiência) e não a priori (de acordo com deduções básicas).
�RESUMO
1. Fase pré-científica
- Início do conhecimento das plantas
Importância nutricional ou medicinal; tratados sobre plantas medicinais pelos chineses assírios, egípcios, e astecas.
2. Fase pré-exploratória (Valentine & Love) 
Sistemas artificiais
Origem da Botânica como ciência 
Coleção e subseqüente classificação de pequenos números de espécimes de herbário.
Sistemas artificiais ou mecânicos (uso de uma ou poucas características, escolhidas a priori), sem se preocupar com afinidades.
Antigos - 300 A.C. até 1.500 D.C.
THEOPHARASTUS -“pai da Botânica”. Aluno de Aristóteles. Sistema baseado no hábito. (pétalas fundidas ou livres, tipos de frutos, inflorescência determinadas, reconheceu posição súpero ou ínfero do ovário).
DIOSCORIDES - Era das Trevas. Seu livro “DE MATERIA MEDICA” (600spp. e grupos) .200 a 1483 D.C.
ALBERTUS MAGNUS - Primeiro a reconhecer diferença entre Mono e dicotiledôneas. 
Os herbalistas - 1500 até 1760
Interesse médico e comercial
Período de Transição-1580 até 1760
Os primeiros taxonomistas-interesse intrínseco pelas plantas, escolha a priori era a regra.
A. CAESALPINO (1519-1603) - Italiano, primeiro taxonomista; flores e frutos confiáveis para identificação, reconheceu alguns grupos naturais como leguminosas, crucíferas, umbelíferas, borangiáceas, compostas.
Jean BAUHIN (1650) e Gaspar BAUHIN (1623) - “Pinax”. G.BAUHIN reconheceu diferenças entre gênero e espécies, usou às vezes nomenclatura binária.
John RAY (1627-1705) - Naturalista inglês, muitos caracteres para identificação usou polinômios.
Joseph P. de TOURNEFORT (1694-1716) - Sistema artificial mais aceito na França. Formulou o conceito moderno de gênero.
CARL LINNÉ ou Carolus Linnaeus (1707-1778) - Sistema sexual. Relações numéricas entre as partes florais (estames e pistilos). Species Plantarum (1753) foi o marco inicial da nomenclatura botânica moderna.
3. Fase Sistemática (Valentine & Love) – 
Sistemas Naturais - 1760 até cerca de 1880 (baseados nas correlações existentes entre muitas características macromorfológicas).
Pensamento tipológico 
Crença na Criação especial
Desconhecimento da variação
Classificações pré Darwinianas 
Uso de muitos caracteres
Abandono da escolha apriorística (abordagem empírica)
Preocupação em agrupar plantas aparentemente relacionadas 
Poder de predição
Michel ADANSON (1727-1806) - abordagem empírica, baseada na experiência, usar o máximo de caracteres possíveis, sem escolha a priori.
ANTOINE LAURENT DE JUSSIEU (1789-1836) -precursor dos sistemas modernos. Acotiledôneas (criptógamas), Mono e Dicotiledôneas.
DE CANDOLLE - sistema baseado em redução e fusão aparentemente evolutivo, mas pré Darwiniano. Produmus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis, 58.000 espécies de 161 famílias. Introduziu o termo taxonomia. Substituiu o Sistema Sexual em 1840.
GEORGE BETHAM (1800-1884) e SIR JOSEPH DALTON HOOKER (1817-1911) – Semelhante à DE CANDOLLE Naturalis Regni Vegetabilis (58.000 spp. e 161 famílias). Arranjo em fusão e evolução. Não filogenético apesar de ser Pós Darwiniano (pós na data e pré na concepção). Publicação do Genera Plantarum coincidiu com Origem das espécies. BETHAM não aceitou de imediato a Teoria da Evolução e HOOKER era amigo de Darwin e defensor da seleção natural.
4. Fase Biossistemática (Valentine & Love)-
Sistemas Filogenéticos-1880 até o presente
Uso de tantas características quanto possível mais interpretação filogenética. Origem das mono, evolução, caracteres primitivos e avançados e polifiletismo.
Detalhados estudos genéticos e citológicos.
Classificação pós Darwiniana, relacionadas com a evolução dos grupos.
Origem das espécies:
1)as espécies não são criações imutáveis e sim evoluíram uma das outras.
2)não são representadas por tipos e sim por populações.
Dois grupos principais, de acordo com suposta natureza da flor primitiva.
1-A. Braun-Eichler-Engler-Prantl - flor nua e unissexual, em amentos, polinização pelo vento. Derivadas de ancestrais gimnospermas com estróbilos unissexuais, flores hermafroditas derivadas de conjuntos de flores femininas e masculinas nas mesmas inflorescências. Escola Engleriana.
OBS: Arber e Parkin – fizeram críticas ao sistema Engleriano
2-Bessey-Hallier-Hutchinson-Takhtajan-Cronquist-Thorne - flor primitiva surgiu de estróbilo hermafrodito (megasporófilo acima, microsporófilo abaixo).
Escola Ranaliana - DAHLGREN- sistema considerado filogenético mais na linha de Bessey, construído, entretanto com base fenética. Acha provável que os grupos modernos-apenas retêm alta proporção de caracteres ancestrais (Dico monofiléticas. Todos começam com as dico e depois mono e Magnoliaceae ou grupos próximos começam com as dico).
Hutchinson - dico se dividiam inicialmente em dois grupos: lenhosas e herbáceas, isso trouxe a separação de pares de famílias consideradas relacionadas por todos os outros taxonomistas como Verbenaceae e Lamiaceae.
5. Fase Enciclopédica (Davis e Heywood)-atual
Dados de muitas disciplinas são reunidos para produzir uma classificação com bom poder de predição.
Sistemas de classificação fenética: organismos agrupados com base em sua similaridade total, não levam em conta sua história evolutiva. Método: descrever detalhadamente, registrar os caracteres em tabelas, calcular similaridades, tabela redesenhada em diagrama, diagrama divididos em grupos(gêneros, spp.etc.)
Sistemas de classificação cladística: cada grupo é definido por caracteres compartilhados por todos os membros do grupo e distinguem o grupo dos outros. Podem ou não considerar a história evolutiva. 
Sistemas de classificação ortodoxa (evolutiva clássica): os organismos são agrupados com bases nas características que aprecem refletir sua ancestralidade comum. O diagrama ramificado e classificação escrita refletem sua suposta história evolutiva.
Críticas ao sistema Engleriano por Arber e Parkin: o conceito pressupõe que o perianto surgiu de novo, flor primitiva acompanhada por inflorescência altamente evoluída e complexa teoria filogenética estéril, não alinha angiospermas com plantas fósseis.
Método:
características compartilhadas, identificadas e usadas para separar os grupos
construção de um cladograma
interpretação do cladograma (os cladistas consideram o cladograma um sumário das distribuições de características entre os organismos.).

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