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Resumo introdução ao Estudo do Direito
Características Jurídicas da Norma 
- A caracterização doutrinária da norma jurídica é tarefa das mais árduas, posto que várias normas, de acordo com sua natureza, podem apresentar características distintas. Inobstante tal fato, a doutrina aponta as seguintes e principais características das normas jurídicas: 
 a) BILATERALIDADE - A norma jurídica é bilateral, posto que vincula sempre duas partes, qual seja, aquele que exige a conduta e aquele que presta tal conduta, atribuindo sempre poder a uma parte e dever a outra. Ex. O Estado tem o poder de exigir do contribuinte o imposto; O credor tem o poder de exigir do devedor o pagamento; O Estado tem o poder de exigir do cidadão uma conduta não criminosa, etc... 
 b) GENERALIDADE – A norma jurídica não tem caráter personalíssimo, é preceito de ordem geral dirigida indistintamente a todos os indivíduos que se encontram na mesma situação jurídica. 
 c) ABSTRATIVIDADE - A norma jurídica é abstrata, ou seja regulando as situações de modo geral e hipotético, não podendo regular os casos concretos sob pena de não prever todas as situações sociais possíveis. 
 d) IMPERATIVIDADE – Como principal característica, a norma jurídica é imperativa, ou seja, não é mera declaração de uma conduta, mas impõe-se quanto a seu cumprimento. 
 e) COERCIBILIDADE - Que se traduz na possibilidade de uso da coação para o cumprimento da norma, seja através da intimidação (coação psicológica), seja pela possibilidade do uso da força.
Repristinação art. 2º, § 3º, da LINDB.
É o fenômeno jurídico pelo qual uma lei volta a vigorar após a revogação da lei que a revogou. No entanto, há entendimentos diversos sobre sua validade. Enquanto alguns doutrinadores sustentam que a lei revogada passa automaticamente a vigorar com a abolição da lei que a revogou, outros entendem que tal fenômeno é vedado como em nosso ordenamento, em razão do art. 2º, § 3º, da LINDB. Ou seja, no Brasil, não há repristinação automática, para que a lei anteriormente abolida se restaure, é necessário que o legislador expressamente a revigore.
Lacunas da lei
Uma lacuna da lei é um vazio ou uma incompletude do ordenamento legislativo por inexistência de uma norma jurídica aplicada in concreto, ou seja, inexistência de dispositivo aplicável ao caso concreto ou de um critério para que se saiba qual norma aplicar. Portanto a lacuna se caracteriza quando a lei é omissa ou falha em relação a determinado caso
Art. 4º da LINDB
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Obs: o art 4º disciplina a matéria relativa a integração das lacunas da lei. 
Meios de integração da norma jurídica
 Analogia: figura mais próxima da norma jurídica,
Usos e costumes: fonte subsidiária de integração das normas. É a prática uniforme, constante, pública e geral de determinado ato com a convicção de sua necessidade.
Princípios gerais de Direito: preceitos que se encontram nas ciências dos povos e são universalidades aceitas, ainda que não escritas (visão clássica).
Revogação da lei
Revogação da lei é quando a lei deixa de ser obrigatória e perde a sua efetividade. Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
Leis permanentes – em ração do principio da continuidade a regra é que as leis sejam permanentes, a partir do momento que ela entra em vigor, elas vão vigorar ate o momento que venha outra lei e a revogue.
Leis temporárias – são as leis que já tem um prazo certo para terminar.
Irretroatividade da lei
O que é irretroatividade? É quando uma lei entra em vigor e ela não atinge os fatos pretéritos antes da sua entrada em vigor os fatos que já passaram antes dela entrar em vigor, ela só atingiram os fatos futuros após a sua entrada em vigor. Podemos verificar que no direito brasileiro a irretroatividade é a regra pela analise do art. 6º da LINDB, que diz que a lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
Retroatividade da lei 
Para que a lei seja retroativa ela deve ter escrita no corpo da lei. Ex uma lei que entrou em vigor em 2015, e no corpo dela devera estar escrito (esta lei gerara efeito desde o ano de 2012), assim saberemos que a lei é retroativa. 
Obs: A lei retroativa não pode ofender o ato jurídico perfeito, que é o ato jurídico já realizado de acordo com a norma vigente, o direito adquirido e a coisa julgada que é a decisão judicial que não cabe mais recurso.
Juízo de Valor e juízo de Realidade
Juízo de Valor: Juízos de valor são afirmações emitidas baseadas em crenças, valores, princípios ou percepções de cada indivíduo.
O Juízo de Realidade está vinculado à experiência. Ele surge da elaboração ideal das experiências diretas. Com o juízo da realidade, por meio da avaliação, o homem atribui significado à realidade, como ele a percebe.
Direito Comparado e a Jurisprudência 
O termo Direito Comparado refere-se simultaneamente a uma disciplina jurídica que estuda as diferenças e as semelhanças entre os direitos de diferentes jurisdições (incluindo suas legislações, jurisprudências e doutrinas), e a um método de trabalho ou pesquisa que permite comparar elementos do direito de diferentes jurisdições, com finalidades variadas.
Jurisprudência é o termo jurídico que designa o conjunto das decisões sobre interpretações das leis feitas pelos tribunais de uma determinada jurisdição.
Fontes formais do direito
Fonte formal do direito é o meio pelo qual se exterioriza a norma jurídica. As fontes formais são as leis, os costumes, a jurisprudência e a doutrina.
Vacatio legis
Vacatio legis é o prazo legal que uma lei tem pra entrar em vigor, ou seja, de sua publicação até o início de sua vigência, se não for dito prazo de vacatio expressamente pela lei, esse, será o prazo estabelecido na Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, que é de 45 dias. É dado esse prazo para que os operadores do direito tenham pleno conhecimento da lei vacante
Norma Dispositiva ou Cogente
Norma dispositiva, é aquela que se limita a declarar direitos, autorizar condutas, ou atuar em caso duvidoso, ou omisso, se justificam principalmente pelo interesse prático de resolver dúvidas ou determinar com maior precisão as condições de realização do ato. (Direito subjetivo)
Norma Proibitiva
 Normas Proibitivas: Imperativamente negativamente (Obrigação de não fazer) EX: Não podem ser admitidos como testemunhas: os cegos e surdos quando a ciência do fato depender de prova dos sentidos que lhe faltam. (Art. 228 Inciso III do C.C.)
Norma Permissiva
Norma permissiva: Quando consentem uma ação ou abstenção. EX: Permite pacto antenupcial determinando o regime de bens entre os nubentes. (Art. 1639 do C.C.)
Fases do processo legislativo 
Iniciativa – é a faculdade que se atribui a alguém ou a um órgão para apresentar projetos de lei legislativa.
Votação – é o ato coletivo de Casar do Congresso. É o ato de decisão.
Sanção e veto – são atos de competência exclusiva do presidente da republica.
Publicação – promulga-se e publica-se a lei, que já existe, desde a sanção ou veto rejeitado.
Teoria Tridimensional do Direito – Prof. Miguel Reale
FATO: onde quer que haja um fenômeno jurídico, há, sempre e necessariamente, um fato;
VALOR: presente nos fenômenos jurídicos confere determinada significação a esse fato, inclinando ou determinando a ação dos homens no sentido de atingir ou preservar certa finalidade ou objetivo;
NORMA: representa a relação ou medida que integra um daqueles elementos ao outro, o fato ao valor;
Direito e Moral
Direito como sendo o conjunto de normas que tentam regulamentar e organizar a vida em sociedade, solucionando os conflitos entre os indivíduos.
Moral são normas que orientam as consciências humanas nas suas atitudes.
Direito Natural
O direito natural é a ideia universal de justiça. É o conjunto de normas e direitos
que já nascem incorporados ao homem, como o direito à vida.
Características 
- INDEPENDE DE VIGENCIA 
- IMUTÁVEL 
- ATEMPORAL.
- INFORMAL 
- INDEPENDE DE LOCAL 
- NÃO ESCRITO 
- NÃO HIERARQUICO 
Direito adquirido 
Direito adquirido é o direito já incorporado ao patrimônio pessoal do ser humano, é aquele direito que a pessoa já pode exercer. Art.6º § 2º, LINDB Consideram-se adquiridos os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
Acepções da palavra direito 
Direito como Norma: Trata-se da forma mais comum de aplicação da palavra direito, sendo também conhecida como direito objetivo ou norma agendi. 
Direito como Faculdade: é o poder que tem o homem de exigir garantias para a realização de seus interesses, quando estes se conformam com o interesse social. 
Direito como Justo: Relacionado com o conceito de justiça, possuindo dois sentidos diferentes.
Direito como Ciência: O Direito como ciência é a valoração de um fato (de cunho natural ou social) que, por força de sua interpretação, gera uma norma jurídica.
Direito como Fato Social: Ao realizar o estudo de qualquer coletividade, a sociologia distingue diversas espécies de fenômenos sociais.
Antinomia 
É o conflito existente entre regras e princípios. Por exemplo, pode haver um conflito entre uma lei e outra lei, ou entre uma lei e um principio. Para isso elas precisam ser contraditórias, validas e vigentes.
Antinomia real = a contradição entre as normas é tão grave, que a única solução seria a execução ou a edição de uma das normas
Antinomia aparente = a contradição existente entre as normas oide ser resolvida pelos critérios de interpretação que são: 
Critérios hierárquicos – a lei hierarquicamente superior prevalece sobre a lei hierarquicamente inferior.
Critérios cronológicos – uma lei posterior prevalece sobre uma lei anterior.
Critérios da especialidade – lei especial prevalece sobre lei geral.
Direito Objetivo e Direito Subjetivo 
Direito Objetivo - é o conjunto de normas jurídicas impostas ao homem, com fim de satisfazer aos seus interesses. É o direito enquanto norma.
Direito Subjetivo – é o poder de exigir uma determinada conduta de outrem, conferido pelo poder objetivo, pela norma jurídica.
Sumula e Sumula Vinculante 
Entendida explicitamente como "resumo", "síntese", "sinopse" a súmula é, no contexto jurídico, é uma interpretação jurisprudencial sem efeito de vínculo, visando a auxiliar outros tribunais na interpretação de casos semelhantes aos que ela aborda.
Súmula vinculante é um termo usado no Direito para se referir a um conjunto de decisões de um Tribunal Superior. Essas decisões são relativas a casos que tratam de temas parecidos e que são julgados de maneira semelhante.

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