Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
www.concurseir0StWidoeaugeiros www.estrateciaconcursos.com.br Canal do YouTube do Ricardo Vale: https://www.facebook.com/nadia.c.santos.16?fref=ts Facebook da Prota. Nadia Carolina: https: //www.facebook.com/profricardova le Facebook do Prof. Ricardo Vale: Para tirar duvidas e ter acesso a dicas e conteudos gratuitos, acesse nossas redes sociais: Cial:>arit<> ••..•.•.•...•..•..•.•.....•....••....•..•..•.•......•..•..•.•..•..••.••.•.•.....••....•.••.•• «;!; Lista de QuestOes 57 QuestOes Comentadas 37 7- At;iio Civil Pllblica: 33 6- Advocacia Privada: 33 5- Defensoria Pllblica: 30 4- Advocacia Pllblica: 27 3- Conselho Nacional do Ministerio Publico (CNMP): .•.•••••.••.••.•••••••. 22 1-Introduc;iio: 2 2- Ministt?rio Pllblico: 2 Func;Oes Essenciais a Justic;a 2 Sumario FUN(;6ES ESSENCIAIS A JUSTI(;A AULA08 DIREITO CONSTITUCIONAL - T eoria e Ques Aula 08 - Prof- Nadia I Prof. Ricar~ www .concurseiresealdoemnseiros 2de66 www.estrate · aconcursos.com.br 1 MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Genet, COELHO, Inocencia Martires. Curso de Direito Constituciona/, 7a edi<;ao. Sao Paulo: Saraiva, 2010, pp. 1039. 2 Nesse sentido: MORAES, Alexandre de. Constitui9ao do Brasil Interpretada e Legis/a9ao Constituciona/, ga edicao. Sao Paulo Editora Atlas: 2010 Segundo a doutrina dominante, o Ministerio Publico nao integra a estrutura de nenhum dos tres Poderes. 2 Trata-se de instituic;ao autonoma e independente, que nao esta subordinada a nenhum dos poderes estatais. A pr6pria Constituicao Federal de 1988, ao tratar do Ministerio Publico, o faz em capftulo separado do Poder Executivo, Legislativo e Judiciario. Para melhor fixar o seu conceito, interessa saber que a palavra rninisterio deriva do latim "manus", que significa rnao. Desde seus prim6rdios, o Ministerio Publico era considerado "a mao do rei", sendo exercido por procuradores que defendiam os interesses do monarca. A partir do seculo XVIII, passou a ser conhecido, tarnbern, como Parquet, palavra em trances que significa assoalho. A explicacao e que seus representantes se sentavam no assoalho da sala de audiencia, para nao serem confundidos com os magistrados. Segundo o art. 127, CF/88, "o Ministerio Piiblico e institui~ao permanente, essencial a fun<;ao jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem juridica, do regime democretico e dos interesses sociais e individuais indisponiveis". 2.1- Conceito e Natureza Juridica: 2- Ministerio Publico: Devido a essa caracterfstica, e necessario que existam entidades que movimentem a ac;ao do Poder Judiciario. Sao as chamadas "Funcoes Essenciais a Justice": o Ministerio Publico, a Advocacia Publics. a Defensoria Publica e tarnbern a Advocacia Privada. Cabe destacar que, ao contrario do que muitos pensam, esses sujeitos nao integram o Poder Judiciario: na verdade, sao entidades estranhas a este, mas cujas funcoes sao imprescindfveis ao exercfcio da func;ao jurisdicional do Estado. O Poder Judiciario nao atua de oficio, por iniciativa pr6pria. Em razao do principio da lnercia, ele so age mediante provocacao externa, o que representa verdadeira lirnitacao a func;ao jurisdicional do Estado.1 1-Introduc;ao: Funcoes Essenciais a Justic;a DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 3de66 www.estrate · aconcursos.com.br 3 SILVA, Jose Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 35a edi<;ao, Ed. Malheiros, Sao Paulo, 2012, pp. 598. 4 MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet, COELHO, Inocencia Martires. Curso de Direito Constituciona/, sa edicao, Sao Paulo: Saraiva, 2010, pp. 1041. O Ministerio Publico do Distrito Federal e Territ6rios (MPDFT), ao contrario do que muitos podem ser levados a pensar, integra o Ministerio Publico da Uniao(MPU). Nao se trata, portanto, de um Ministerio Publico Estadual. Assinale-se que compete exclusivamente a Uniao organizar e manter o Ministerio Publico do DF e Territ6rios (art. 21, XIII, CF/88). FIQUE atento! - - Existe, ainda, o Ministerio Publico Eleitoral (MP Eleitoral), que nao tern estrutura pr6pria, sendo composto de membros do MPE e do MPF. d) 0 Ministerio Publico do Distrito Federal e Territ6rios (MPDFT). c) O Ministerio Publico Militar (MPM); b) O Ministerio Publico do Trabalho (MPT); a) O Ministerio Publico Federal (MPF); O Ministerio Publico da Uniao (MPU) abrange: O Ministerio Publico abrange o Ministerio Publico da Uniao (MPU) e os Ministerios Publicos dos Estados - MPE (art. 128, I e II, CF). 2.2- Organiza<;ao e Estrutura do Ministerio Publico: O Ministerio Publico teve sua cornpetencia significativamente ampliada pela Constituicao Federal de 1988. Segundo Gilmar Mendes, essa instituicao teve seus poderes alargados, voltando-se para a "defesa dos interesses mais elevados da convivencie social e polftica, nao apenas perante o Iudicierto, mas tembem na ordem administrativa. "4 Nao e sem polemics, todavia, que a doutrina posiciona o Ministerio Publico como entidade nao-integrante dos tres Poderes. Para o Prof. Jose Afonso da Silva, por exemplo, o Ministerio Publico e instituicao vinculada ao Poder Executivo.3 Ha, ainda, quern defenda a tese de que o Ministerio Publico seria um "quarto poder". Para fins de concurso publico, a posicao mais segura ea de que trata-se de lnstitulcao autonorna e independente e que nao esta vinculada a nenhum poder. DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www.concurseirMOl\'lidoaaugeiros www.estrate · aconcursos.com.br 5 ACO 924/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/05/2016. Apesar disso, segundo o STF, eventual conflito de atrlbulcoes entre um membro de Ministerio Publico Estadual (MPE) e um membro do Ministerio Publico Federal (MPF) sere resolvido pelo Procurador-Geral da Republica.> Por fim, enfatizamos que nao ha hierarquia entre o Ministerio Publico da Uniao (MPU) e os Ministerios Publicos Estaduais (MPEs). O Procurador-Geral da Republics (PGR) exerce a chefia do Ministerio Publico da Uniao, mas nao a dos Ministerios Publicos Estaduais (MPEs). c) Normas gerais de orqanizacao dos MPEs e MPDFT: lei ordinaria federal. b) Orqanizacao dos MPEs: rnateria de lei complementar estadual. a) Orqanizecao do MPU: materia de lei complementar federal Em resumo, temos: Ha, ainda, a previsao constitucional de uma lei federal sobre normas gerais de orqanizacao do Ministerio Publico dos Estados, Distrito Federal e Territ6rios. Para isso, nao ha a exiqencia de lei complementar, bastando lei ordinaria para tratar do tema. A lei de orqanlzacao do Ministerio Publico da Uniao e da iniciativa concorrente do Presidente da Republica e do Procurador-Geral da Republics. Por simetria, as leis de orqanizacao dos Ministerios Publicos Estaduais sao de iniciativa concorrente do Governador e do Procurador-Geral de Justice. A orqanizaceo do Ministerio Publico da Uniao (MPU) e do Ministerio Publico dos Estados (MPE) e efetuada com base em leis complementares (art. 127, § 5°, CF/88). No primeiro caso (orqanizacao do MPU), uma lei complementar federal versa sobre o tema; no segundo caso (orqanizacao dos MPE' s), cada estado edita lei complementar para organizar seu pr6prio Ministerio Publico. MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO MINISTERIO PUBLICO FEDERAL MINISTERIO PUBLICO MILIT AR DIREITO CONSTITUCIONAL - T eoria e Ques Aula 08 - Profa Nadia I Prof. Ricar www .concurseiresealdoemnseiros 5de66 www.estrate · aconcursos.com.br De acordo com o art. 127, § 1 o, da Constituicao, sao princfpios institucionais do Ministerio Publico a unidade, a indivisibilidade e a independencia funcional.2.3- Principios Institucionais do Ministerio Publico: 4) Conflito de atrlbulcoes entre um membro do Ministerio Publico Estadual (MPE) e um membro do Ministerio Publico Federal (MPF): Na ACO no 1567, o STF decidiu que ele sera solucionado pelo Procurador- Geral da Republica, na condicao de representante nacional do Ministerio Publico. 3) Conflito de atrlbulcoes entre dois membros do Ministerio Publico Federal (MPF): E solucionado pelas Carnaras de Coordenacao e Revisao, que sao 6rgaos do MPF responseveis pela coordenacao, integrac;:ao e revisao do exercfcio funcional na instituicao. Da decisao da Camara de Coordenacao e Revisao que soluciona o conflito de atribuicoes, e cabfvel recurse para o Procurador-Geral da Republics (PGR). 2) Conflito de atrlbulcoes entre membros de ramos distintos do Ministerio Publico da Uniao (MPU): Como exemplo, imagine um conflito de atribuicoes entre um Procurador do Trabalho (membro do MPT) e um Procurador da Republics (membro do MPF). Esse conflito e solucionado pelo Procurador-Geral da Republics (art. 26, VII, da Lei Complementar n° 75/93). 1) Conflito de atrlbulcoes entre membros do Ministerio Publico do mesmo estado: E solucionado pelo Procurador-Geral de Justice (PGJ) daquele estado (art. 10, X, da Lei no no 8.625/93) INDO mais fundo A posicao do STF se baseia na ideia de que o Ministerio Publico e uma instltulcao una e indivisivel e que tern um carater nacional. O Procurador- Geral da Republics. nessa 6tica, seria um representante nacional do Ministerio Publico. Pode-se afirmar, por analogia, que o conflito de atribuicdes entre membros de diferentes Ministerios Publicos Estaduais tarnbern sera solucionado pelo Procurador-Geral da Republica. Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val DIREITO CONSTITUCIONAL - www .concurseiresealdoemnseiros 6de66 www.estrate · aconcursos.com.br 6 In: CANOTILHO, J.J. Gomes; MENDES, Gilmar Ferreira; SARLET, lngo Wolfgang; STRECK, Lenio Luiz. comenterios a constituiceo do Brasil. Ed. Saraiva, Sao Paulo: 2013, pp. 1521. b) 0 principle da indivisibilidade permite que os integrantes do Ministerio Publico possam ser substitufdos uns pelos outros ao longo do processo, desde que sejam da mesma carreira. Por esse prindpio, os membros do Ministerio Publico nao estao vinculados a um processo e, justamente por isso, podem ser substitufdos. Em razao dessa divisao orqaruca, a doutrina considera que a unidade somente se aplica dentro de cada um dos Ministerios Publicos. Enfatizando: nao existe unidade entre o Ministerio Publico da Uniao e os Estaduais; a unidade se de no ambito de cada Ministerio Publico. E claro que, para atender o principle federative, o Ministerio Publico esta organicamente dividido. Ha o Ministerio Publico da Uniao (MPU) e os Ministerios Publicos Estaduais (MPE' s), cada um deles com seu chefe. Essa divisao existe em razfio da reparticao constitucional de competencies entre os entes federativos e nao impede que consideremos a existencia de um MP nacional. a) O prindpio da unidade irnpoe que o Ministerio Publico deve ser considerado um unico 6rgao (uma unica instituicao), sob a direc;ao de uma unica pessoa (um unico Procurador-Geral). 0 Ministerio Publico e uno, composto por um s6 corpo institucional, que visa promover o interesse publico e o bem cornurn." Independencia funcional Prindpios institucionais do MP Unidade DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 7de66 www.estrate · aconcursos.com.br O princfpio do promotor natural esta implicito em nosso ordenamento jurfdico, tendo sido concebido pela doutrina e pela jurisprudencia. Sua concepcao deriva do conhecido princfpio do juiz natural, segundo o qual "ninquem sere processado nem sentenciado seneo pe/a autoridade competente" (art. so, LIII, CF/88). 2.4- Principia do "promotor natural": A independencia funcional limita o principio da indivisibilidade. Explico: a Independencia funcional irnpoe a necessidade de que existam regras preestabelecidas para a substituicao de membros do Ministerio Publico no curso de um processo. Isso busca evitar que algum membro do Ministerio Publico seja arbitrariamente afastado do processo por estar atuando em determinado sentido. Na segunda acepcao, fica claro que os membros do Ministerio Publico se vinculam apenas ao ordenamento juridico e a sua convlccao. Os membros do Ministerio Publico nao estao subordinados a qualquer hierarquia funcional. A hierarquia que existe dentro do Ministerio Publico e meramente administrativa. Nern mesmo o Procurador-Geral da Republics podere ordenar a um membro do Ministerio Publico Federal que atue num ou noutro sentido. Cada membro do Ministerio Publico e livre para agir, dentro dos limites da lei, segundo a sua pr6pria consciencia. Na primeira ecepcao, o Ministerio Publico deve ser compreendido como uma instituicao que nao esta sujeita a qualquer interferencia de outro 6rgao ou Poder da Republics. 0 Ministerio Publico deve buscar a satisfacao do interesse social e do bem comum (e nao o cumprimento de ordens deste ou daquele Poder!). c) 0 principio da lndependencia funcional se manifesta em duas acepcoes: independencia externa ou orqanica (referindo-se ao Ministerio Publico como um todo) e independencia interna (referindo-se a cada membro individualmente). Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val E importante salientar que o princfpio da indivisibilidade esta intimamente relacionado ao principio da unidade, sendo verdadeiro corolario (consequencia) deste. Explico: pelo princfpio da unidade, a atuacao de um membro do Ministerio Publico representa a atuacao da pr6pria instituicao do Ministerio Publico. Como decorrencie 16gica disso, nao ha qualquer consequencia para o processo quando um membro do MP e substitufdo por outro. DIREITO CONSTITUCIONAL - www .concurseiresealdoemnseiros 8de66 www.estrate · aconcursos.com.br 7 HC 103.038/PA. Segunda Turma. Rel. Min. Joaquim Barbosa. Julgamento em 11/10/2011. 8 HC 67.759, Rel. Min. Celso de Mello. Julgamento em 06.08.1992. A Constituicao Federal de 1988 reconhece autonomia funcional, administrativa e orcarnentario-financelra ao Ministerio Publico. Sao garantias institucionais do Ministerio Publico, destinadas a permitir que este 6rgao possa atuar com independencia e sem interferencia de nenhum outro 2.5- Autonomia funcional, administrativa e orcamentarlo-flnancelra: As bases sobre as quais se assentam o principio do promoter natural sao a independencla funcional e a garantia de inamovibilidade dos membros do Ministerio Publico. Nesse sentido, o STF ja reconheceu que "a matriz constitucional desse princfpio assenta-se nas cleusules de independencie funcional e de inamovibilidade dos membros da instituiciio". 8 O posicionamento do STF nem sempre foi nesse sentido. Entre os anos de 2008 e 2011, a Corte nao reconhecia que o prindpio do promoter natural estava irnplicito no nosso ordenamento jurfdico, uma vez que violaria o prindpio da indivisibilidade (prindpio que admite a substituicao de um membro do MP no decorrer do processo). Atualmente, o entendimento do STF e o de que o prindpio do promoter natural esta, sim, implicito no ordenamento juridico e nao viola o principio da indivisibilidade. O membro do Ministerio Publico pode ser substitufdo no decorrer do processo, mas tal substituicao nao podera ser erbitraria. A jurisprudencia do STF ja esta firmada no sentido de reconhecer a existencia do principio do promotor natural. Segundo a Corte, "o postulado do promotor natural consagra uma garantia de ordem juridice, destinada tanto a proteger o membro do Ministerio Publico, na medida em que /he assegura o exercfciop/eno e independente do seu offcio, quanto a tutelar a pr6pria coletividade, a quem se reconhece o direito de ver etuendo, em quaisquer causes, apenas o Promotor cuja intervenceo se justifique a partir de criterios abstratos e predeterminados, estabelecidos em lei." 7 Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val Pelo principio do promotor natural, a designac;ao de um membro do Ministerio Publico para atuar em determinado processo deve obedecer a regras objetivas, segundo crlterlos preestabelecidos. Com isso, busca-se evitar desiqnacoes casufsticas e arbitrarias, impedindo-se, dessa manerra, a figura do "acusador de excecao", DIREITO CONSTITUCIONAL - www .concurseiresealdoemnseiros 9de66 www.estrate · aconcursos.com.br 9 In: CANOTILHO, J.J. Gomes; MENDES, Gilmar Ferreira; SARLET, lngo Wolfgang; STRECK, Lenio Luiz. comenterios a Constitui9ao do Brasil. Ed. Saraiva, Sao Paulo: 2013, pp. 1522- 1523. Se isso acontecer, o Poder Executive devera "cortar" despesas da proposta orcarnentaria do Ministerio Publico para adequa-la a LOO. Em outras palavras, o Poder Executivo procedera aos ajustes necessarios para fins de consolldaceo da proposta orcarnentaria anual. Outra pergunta: e se o Ministerio Publico encaminhar a proposta orcarnentaria em desacordo com os limites estipulados pela LOO? Nesse caso, devido a inercia do Ministerio Publico, o Poder Executivo devera considerar, para fins de consolidacao da proposta orcarnenteria anual, os valores aprovados na lei orcamentaria vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na LOO. E se o Ministerio Publico nao encaminhar ao Poder Executive a proposta orcarnentaria dentro do prazo definido pela LOO? A autonomia orcamentario-financeira, por sua vez, se manifesta pela prerrogativa de que o Ministerio Publico elabore a sua proposta orcamentaria, encaminhando-a ao Poder Executive. Cabe destacar que a proposta orcamentaria do Ministerio Publico devera ser elaborada em conformidade com os limites definidos pela lei de diretrizes orcarnentarias (LOO). Ainda no campo da autonomia administrativa, o Procurador-Geral da Republics e os Procuradores-Gerais de Justice tern iniciativa para proper projeto de lei complementar que estabeleca a orqanlzacao, as atrlbuicoes e o estatuto de cada Ministerio Publico. Oestaque-se que a referida lei complementar e de iniciativa concorrente entre os Procuradores-Gerais e os Chefes do Poder Executive. A autonomia administrativa do Ministerio Publico se materializa na sua competencia para propor ao Poder Legislativo a criaceo e extincao de seus cargos e services auxiliares, provendo-os por concurso publico de provas ou de provas e tftulos, a polftica remunerat6ria e os pianos de carreira. Assim, o Ministerio Publico tern iniciativa privativa para propor projetos de leis sobre essas rnaterias. Nesse sentido, o STF entende que "o Ministerio Piiblico pode def/agrar o processo /egislativo de lei concernente a polftica remunerat6ria e aos pianos de carreira de seus membros e servidores". Poder. Juntas, essas garantias institucionais asseguram o autogoverno do Ministerio Publico. 9 DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 10 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br 1° CUNHA JUNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. 6a edi~ao. Ed. Juspodium, 2012, pp. 1187. IV - promover a ac;ao de inconstitucionalidade ou reoresentecso para fins de intervenceo da Uniao e dos Estados, nos casos previstos nesta Constitutceo; III - promover o tnquerito civil e a a<;ao civil publice, para a proteceo do petrimonio publico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Publicos e dos services de relevencte piiblice aos direitos assegurados nesta Constituiceo, promovendo as medidas necesseries a sua garantia; Art. 129. Sao tuncoes institucionais do Mtnisterio Piiblico: I - promover, privativamente, a a<;ao penal publics, na forma da lei; Vejamos, a seguir, as funcoes institucionais do Ministerio Publico: Segundo Dirley da Cunha Jr., a Constituicso consagra o monop61io institucional das funcoes do Ministerio Publico-? ao dispor, no art. 129, § 20, que "as tunciies do Mtnisterio Publico s6 podem ser exercidas por integrantes da carreira". Os membros do Ministerio Publico deverao residir na comarca da respectiva lotacao, salvo autorizacao do chefe da instituicao. As funcoes institucionais do Ministerio Publico estao relacionadas no art. 129, CF/88. Trata-se de rol nao-exaustivo, uma vez que o art. 129, IX, dispfie que podem ser atribufdas outras funcoes ao Ministerio Publico, desde que sejam compatfveis com sua finalidade institucional. Segundo a doutrina, o Ministerio Publico assume o importante papel de custos societatis ("guardiao da sociedade") e de custos legis ("guardiao da lei"). Para desempenhar essa importante missao, a Constituicao atribui ao Ministerio Publico uma serie de funcoes, 2.6- Func;oes Institucionais do Ministerio Publico: Por fim, durante a execucao orcarnenteria do exercicio, nao podera haver a realizacao de despesas ou a assuncao de obriqacoes que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orcamentarias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de creditos suplementares ou especrars. DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 11 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br "e princfpio basilar da hermeneutics constitucional o dos poderes imp/fcitos, segundo o qua!, quando a Constitulceo Federal concede os fins, da OS meios. Se a etividede-tim - protnocso da a<;ao penal publics - ioi Nas palavras da Ministra Ellen Gracie: Com base nessa teoria, o STF, ao analisar a tematica dos poderes investigat6rios do Ministerio Publico, entendeu que a denuncia poderia ser fundamentada em pec;as de lnforrnacao obtidas pelo pr6prio "Parquet", nao havendo necessidade de previo inquerito policial. Muito se questiona se o poder de investigac;ao criminal e ou nao exclusive da policia. Segundo a teoria dos poderes implicitos, quando a Constituicao outorga cornpetencia explicita a determinado 6rgao estatal, implicitamente atribui, a esse mesmo 6rgao, os meios necessaries para a efetiva e completa realizacao de suas funcoes, O Ministerio Publico tarnbern tern como funcao promover o lnquerito civil e a ac;ao civil publica (art. 129, III), cujo objetivo e a protecao do patrimonio publico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 0 inquerito civil e conduzido pelo Ministerio Publico com vistas a obter elementos que subsidiem a ac;ao civil publics. Destaque-se que a ac;ao civil publics nao e exclusiva do Ministerio Publico, podendo ser apresentada por diversos outros legitimados. O Ministerio Publico e responsavel por promover, privativamente, a ac;ao penal publica (art. 129, I). Todavia, existe tarnbern a ac;ao penal privada subsidiaria da publica, que podera ser ajuizada quando a ac;ao penal publica nao tiver sido intentada dentro do prazo legal. IX exercer outras funqoes que lhe forem conferidas, desde que compatfveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representecso judicial e a consultoria iuridice de entidades oublices. VIII - requisitar di/igencias investigat6rias e a insteureceo de inquerito po/icial, indicados os fundamentos jurfdicos de suas menttestecoes processuais; VII - exercer o contro/e externo de atividade po/icial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VI - expedir notittcecoes nos procedimentos administrativos de sua compeiencie, requisitando intormecoes e documentos para instrui-los, na formada lei complementar respectiva; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populecoes indfgenas; DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 12 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br 11 RE 535.478, Rel. Mi. Ellen Gracie, j. 28.10.2008, DJE de 21.11.2008. Determina a Carta Magna (art. 129, § 30) que o ingresso na carreira do Ministerio Publico far-se-a mediante concurso publico de provas e titulos, assegurada a partlclpaceo da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realizacao, exigindo-se do bacharel em direito, no mfnimo, tres anos de atividade juridica e observando-se, nas norneacoes, a ordem de classificacao. 2.7- Ingresso na carreira: Por fim, ha que se destacar que o Ministerio Publico tern cornpetencia para defender judicialmente os direitos e interesses das populacoes indigenas (art. 129, V). O Ministerio Publico, no desempenho da sua funcao de "custos societatis", e responsavel pelo controle externo da atividade policial. O art. 129, VII, que confere tal cornpetencia ao Ministerio Publico, e norma constitucional de eficacia limitada, dependente de reqularnentacao por lei complementar. O controle externo da atividade policial consiste na fiscalizacso da Polfcia pelo Ministerio Publico. E denominado "externo" porque O Ministerio Publico nao integra a estrutura da Polfcia. Caso nao queira conduzir a investiqacao criminal, o Ministerio Publico pode requisitar diligencias investigat6rias e a lnstauracao de lnquerito policial (art. 129, VIII). 0 lnquerito policial e procedimento administrativo conduzido por Delegado de Polfcia com vistas a subsidiar uma ac;ao penal. Assim, o Ministerio Publico pode requisitar que a Polfcia Civil instaure um inquerito policial. Essa competencia do Ministerio Publico e plenamente aceita pela doutrina e pode ser ilustrada pelos arts. 129, VI, segundo o qual o Ministerio Publico pode "expedir notiticecoes nos procedimentos administrativos de sua compeiencie, requisitendo iniormecoes e documentos para instrui-los, na forma da lei comp/ementar respectiva ". outorgada ao Parquet em foro de privatividade, nao haveria como nao /he oportunizar a co/heita de prova para tento, ja que o CPP autoriza que peces de iniormeciio embasem a denuncie. Assim, reconheco a possibilidade de, em algumas hip6teses, ser reconhecida a /egitimidade da promoceo de atos de investiga<;ao por parte do Mtnisterto Publico, mormente quando se verifique a/gum motivo que se reve/e autorizador de ta/ investiqeceo" .11 DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www.concurseirM0111idoaaugeiros 12 MORAES, Alexandre de. constituiceo do Brasil Interpretada e Legis/a9ao Constituciona/, ga edicao. Sao Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 1623. Sao tres as garantias funcionais dos membros do Ministerio Publico: i} vitaliciedade; ii} inamovibilidade e; iii} irredutibilidade de subsfdio. Segundo Alexandre de Moraes, esse e um objetivo tao importante que o art. 85, II, CF/88 considera crime de responsabilidade do Presidente da Republics a pratica de atos atentatorios ao livre exercicio do Ministerio Publico.12 Alern das garantias institucionais do Ministerio Publico (autonomia funcional, administrativa e orcarnentario-financeira), existem garantias pr6prias dos seus membros, as quais denominamos garantias funcionais. As garantias funcionais nao podem ser consideradas privileqios, mas sim prerrogativas que possuem os membros do Ministerio Publico para lhes preservar a liberdade de conviccao, com o objetivo de resguardar a autonomia da instituicao. 2.8- Garantias Funcionais: Outro ponto que merece um destaque e o seguinte: os 3 anos de atividade jurfdica somente podem ser contados apes a obtencao do titulo de bacharel em Direito. Com base no o art. 129, § 3°, da Constituicao, o STF considerou constitucional resolucao que determina que a inscricao do concurso publico para a carreira do Ministerio Publico so pode ser feita por bacharel em Direito com, no minimo, tres anos de atividade juridica, cuja cornprovacao se de no ato da posse. O Pret6rio Excelso entendeu que essa exiqencia atendeu o objetivo da EC 45/2004, que pretendeu selecionar profissionais experientes para o exerdcio das funcoes do Ministerio Publico (ADI, 3.460/DF, decisao de 31.08.2006). CONCURSO PUBLICO DE PROV AS E TITULOS, COM PARTICIPA<;AO DA OAB INGRESSONA TITULO DE BACHAREL EM DIREITO - CARREIRA DO MP I TRES ANOS DE ATIVIDADEJURIDICA DIREITO CONSTITUCIONAL - T eoria e Ques Aula 08 - Profa Nadia I Prof. Ri www.concurseirMOl\'lidoaaugeiros c) Participar de sociedade comercial, na forma da lei; b) Exercer a advocacia; a) Receber, a qualquer tftulo e sob qualquer pretexto, honoraries, percentagens ou custas processuais; Segundo o art. 128, § so, III, as vedacoes aos membros do Ministerio Publico sao as seguintes: A Constituicao Federal, elem de estabelecer as garantias do Ministerio Publico, tarnbern preve certas vedacoes aos seus membros, com o objetivo de preservar a pr6pria instituicao. A doutrina considera que essas vedacoes sao verdadeiras garantias de imparcialidade. 2.9- Veda~oes aos membros do Ministerio Publico: VIT ALICIEDADE GARANTIAS DOS INAMOVIBILIDADE - MEMBROS DO MP : IRREDUTIBILIDADE DOS SUBSIDIOS A irredutibilidade de subsidio, por sua vez, visa proteger os ganhos dos membros do Ministerio Publico contra inqerencias polfticas. Destaque-se que essa irredutibilidade e nominal ( e nao real), ou seja, nao leva em consideracao a inflaceo. Segundo o art. 130-A, § 20, III, o Conselho Nacional do Ministerio Publico (CNMP) tern cornpetencia para determinar a rernocao de membro do Ministerio Publico. Nesse caso, trata-se de verdadeira sancao administrativa aplicada pelo CNMP, que nao viola a garantia de inamovibilidade. A inamovibilidade e garantia que impede que o membro do Ministerio Publico seja removido de oficio, salvo por motivo de interesse publico, mediante decisao do 6rgao colegiado competente do Ministerio Publico, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa. Assim, a rernocao de um membro do Ministerio Publico devera ocorrer, em regra, por sua pr6pria iniciativa. A vitaliciedade garante que o membro do "Parquet" nao podera perder o cargo senao por sentence judicial transitada em julgado. E adquirida ap6s 2 (dois) anos de exerdcio, uma vez conclufdo o estaqio probat6rio. DIREITO CONSTITUCIONAL - T eoria e Ques Aula 08 - Profa Nadia I Prof. Ri www .concurseiresealdoemnseiros 15 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br 13 Essa possibilidade somente existe para os integrantes do MPU. Os integrantes dos MPE' s e do MPDFT ja estavam, mesmo antes da CF/88, submetidos a vedacao ao exerdcio da advocacia. O quadro-resumo a seguir reune as garantias e vedacoes dos membros do Ministerio Publico: Por ultimo, vale ressaltar o que dispoe o art. 29, § 3°, do ADCT. Segundo esse dispositivo, os membros do Ministerio Publico admitidos antes da prornulqacao da CF/88 poderiam optar pelo regime anterior, no que diz respeito as garantias e vedacoes. Com isso, os integrantes da carreira do MPU13 que nela ingressaram antes da Constituicao Federal e que optaram pelo regime anterior podem exercer a advocacia. Assim, o membro do Ministerio Publico nao podera exercer a advocacia no juizo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos tres anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneracao. Veja: no dia seguinte ao afastamento, o membro do Ministerio Publico ja pode exercer a advocacia; no entanto, para exercer a advocacia junto ao tribunal perante o qual oficiava, precisara aguardar um perfodo de tres anos, ou seja, devera observara "quarentena de safda". E relevante comentarmos acerca da vedacao ao exercicio da advocacia. Quando em exerdcio, os membros do Ministerio Publico estao absolutamente impedidos de exercer a advocacia. No entanto, ap6s terem se afastado do cargo (por aposentadoria ou exoneracao), a CF/88 permite que eles exercarn a advocacia. Porern, deverao observar a chamada "quarentena de saida". f) Receber, a qualquer tftulo ou pretexto, auxflios ou contribuicoes de pessoas ffsicas, entidades publicas ou privadas, ressalvadas as excecoes previstas em lei; e) Exercer atividade politico-partidaria; d) Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra func;ao publica, salvo uma de rnaqisterio; DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www.concurseirM0111idoaaugeiros d) 0 mandate do PGR e de 2 (dois) anos, sendo permitida a reconducao. c) 0 PGR, antes de ser nomeado pelo Presidente, deve ser aprovado pelo Senado Federal (votacao secreta). b) 0 PGR deve ter mais de 35 anos e deve ser integrante do MPU. a) O PGR e nomeado pelo Presidente da Republics. Explicando de maneira esquematizada: O Ministerio Publico da Unifio (MPU) tern por chefe o Procurador-Geral da Republica (PGR), nomeado pelo Presidente da Republica dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, ap6s a aprovacao de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandate de dois anos, permitida a reconducao (art. 128, § 10, CF). 2.10.1- Procurador-Geral da Republica: 2.10- Chefia do Ministerio Publico: DE PESSOAS FISICAS, ENTIDADES PUBLICAS OU PRIV ADAS, RESSAL V ADAS AS EXCE OES PREVIST AS EM LEI EXERCER A TIVIDADE POLITICO-P ARTIDAfUA EXERCER, AINDA QUE EM DISPONIBILIDADE, QUALQUER FUN<;AO PUBLICA, SAL VO UMA DE MAGISTERIO PARTICIPAR DE SOCIEDADE COMERCIAL, NA FORMA DA LEI EXERCER A ADVOCACIA RECEBER, A QUALQUER TITULO E SOB QUALQUER PRETEXTO, HONOR.ARI OS, PERCENT AG ENS OU CUST AS PROCESSUAIS T eoria e Ques Aula 08 - Profa Nadia I Prof. Ri www.concurseirM0111idoaaugeiros § 3° - Os Ministerios Publtcos dos Estados e o do Distrito Federal e Territ6rios iormeriio lista trip/ice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que sere nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma reconducso. Art. 128 . Os Procuradores-Gerais de Justice sao os Chefes dos Ministerios Publicos dos Estados (MPE' s). O Chefe do Ministerio Publico do Distrito Federal e Territ6rios (MPDFT) tarnbern e denominado Procurador-Geral de Justice. Vejamos o que determina a CF/88 sobre o tema: 2.10.2- Procuradores-Gerais de Justice: PERMITIDAS SUCESSIV AS RECONDU\'.OES MANDATODE2 ANOS DENTRE INTEGRANTES DA I CARREIRA -~~ ------/ NOMEADO PELO PR \---ID-A_D_E_>_35_AN __ o_s ~_ APOS APROV A\'.AO PELA PGR CHEFE DO MPU MAIORIA ABSOLUTA DO SEN ADO O Procurador-Geral da Republica (PGR) podera ser destituido por iniciativa do Presidente da Republica, desde que haja autorizacao do Senado Federal, por maioria absoluta. Destaca-se, ainda, que o Presidente da Republics podera escolher qualquer membro do Ministerio Publico da unlao (ou seja, do Ministerio Publico Federal, do Trabalho, Militar ou do Distrito Federal e Territ6rios) para o cargo de PGR. Nesse sentido, entende o STF que o Procurador-Geral pode provir de quaisquer das carreiras do Ministerio Publico da Uniao (MS 21.239, DJ de 23.04.1993). T eoria e Ques Aula 08 - Profa Nadia I Prof. Ri E importante observar que a Constituicao nao limita o nurnero de reconducoes. Contudo, o art. 25 da Lei Complementar n° 75/93 determina que a reconducao devera ser precedida de nova aprovacao do Senado Federal. A reconducao se assemelha, assim, a uma nova nomeacao. www .concurseiresealdoemnseiros 18 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br 14 STF, ADI 452, DJ de 31.10.2002 15 ADI 1.228-MC/AP, DJU de 02.06.1995; ADU 1.506-SE, DJU de 12.11.1999; ADI 1.962-RO, 08.11.2001. 16 ADI 1.783-BA, rel. Min. Sepulveda Pertence, 11.10.2001. Nesse caso, o Procurador-Geral devera cumprir um novo periodo de dois anos. Nesse sentido, decidiu o STF que e inconstitucional, por ofensa ao art. 128, § 3°, da Carta Magna, lei que preveja, no caso de vacancia do cargo de Procurador-Geral de Justice, a elei<;ao e norneacao de novo Procurador-Geral para que complete o periodo restante do mandate do seu antecessor.16 Questao relevante que surge diz respeito a vacancia do cargo de Procurador- Geral no curse do mandate. Devera, nesse caso, o novo Procurador-Geral assumir pelo tempo que falta para completar os dois anos (rnandato-tarnpeo) ou cumprir um novo mandate de dois anos completes? Ja no processo de destitulcao dos Procuradores-Gerais de Justice, havera partlcipacao do Poder Legislativo. Segundo o art. 128, § 40, CF/88, os Procuradores-Gerais nos estados poderao ser destitufdos por deliberacao da maioria absoluta da Assembleia Legislativa. Por sua vez, a destituicao do Procurador-Geral de Justice do Distrito Federal e Territories depende de deliberaceo da maioria absoluta do Senado Federal. No processo de norneacao dos Procuradores-Gerais de Justice, nao ha qualquer participacao do Poder Legislativo. Sera elaborada lista triplice pela pr6pria instituicao (MPE ou MPDFT), a qual sera enviada ao Chefe do Peder Executive, que escolhera um nome para ser nomeado como Procurador- Geral de Justice. Segundo o STF, e inconstitucional lei que exija previa aprovacao do nome do Procurador-Geral de Justice pela maioria absoluta do Legislative local, por force do art. 128, § 3°, da CF/88, que estabelece como unica exiqencia a lista trfplice, na forma da lei.15 Os Procuradores-Gerais de Justice sao nomeados para mandato de 2 (dois) anos, sendo permitida apenas uma reconducao. E diferente do que ocorre para o Procurador-Geral da Republica, que pode ser reconduzido multiples vezes. Nao incidira, nesse caso, o prindpio da simetria.14 Assim como o Procurador-Geral da Republica, os Procuradores-Gerais de Justice tarnbern sao nomeados pelo Chefe do Poder Executivo. 0 Governador nomeia os Chefes dos MPE' s e o Presidente da Republlca nomeia o Chefe do MPDFT. A norneacao do Chefe do MPDFT pelo Presidente da Republica se deve ao fato de que a Uniao e competente para organizar e manter o MPDFT (art. 21, XIII, CF/88). DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 19 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br O Ministerio Publico junto ao Tribunal de Contas da Uniao (TCU) nao integra o MPU; ao contrario, integra a proprla estrutura organica do TCU. Isso porque o rol de 6rgaos que cornpoem o MPU, previsto no art. 128, I, da CF/88 e taxativo. Assim, um membro do Ministerio Publico da Uniao (MPU) nao pode ser designado para exercer suas funcoes junto ao TCU. 0 mesmo vale para os Quando se fala em Cortes de Contas, estamos nos referindo ao Tribunal de Contas da Uniao (TCU) e aos Tribunais de Contas dos Estados (TCEs). Perante esses 6rgaos, atua um Ministerio Publico "especial": o Ministerio Publico junto ao TCU e os Ministerios Publicos junto aos TCEs. 2.11- Ministerio Publico junto as Cortes de Contas: Por fim, o chefe do Ministerio Publico Eleitoral e o pr6prio PGR. Caso nao haja nurnero de candidatos (tres) com mais de 5 anos de carreira, poderao concorrer ao cargo os Procuradores com mais de 2 anos na carreira. A sua exoneracao, antes do terrnino do mandato, sera proposta ao PGR pelo Conselho Superior, mediante deliberacao obtida com base em voto secreto de 2/3 de seus integrantes. Ja os arts. 120 e 121 da LC n° 75/93 estabelecem regra semelhante para a norneaceo do Procurador-Geral da Justic;aMilitar, Chefe do Ministerio Publico da Justice Militar. Ele sere igualmente nomeado pelo PGR, dentre membros da Instituicao, com mais de 35 anos de idade e 5 anos na carreira, integrantes de lista trfplice escolhida mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Coleqio de Procuradores, para um mandato de 2 anos, permitida uma reconduceo, observado o mesmo processo. Caso nao haja nurnero de candidatos (tres) com mais de 5 anos de carreira, poderao concorrer ao cargo os Procuradores com mais de 2 anos na carreira. A exoneraceo do PGT, antes do terrnino do mandato, sera proposta ao PGR pelo Conselho Superior, mediante deliberacao obtida com base em voto secreto de 2/3 de seus integrantes. Segundo a LC no 75/93, o Estatuto do MPU, o Procurador-Geral do Trabalho (PGT) sera o Chefe do Ministerio Publico do Trabalho, nomeado pelo PGR, dentre membros da Instituicao, com mais de 35 anos de idade e 5 anos na carreira, integrantes de lista trlplice escolhida mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Coleqio de Procuradores, para um mandato de 2 anos, permitida uma reconducao, observado o mesmo processo. Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val 2.10.3- Procurador-Geral do Trabalho e Procurador-Geral da Justic;a Militar: DIREITO CONSTITUCIONAL - www .concurseiresealdoemnseiros 20 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br 17 ADI, 789, Rel. Min. Celso de Mello. Julgamento em 26.05.2004. comentarlos: {Procurador de Salvador - 2015) A chefia do MPU cabe ao procurador-geral da Republlca, que sere escolhido pelo presidente da Republics entre os integrantes da carreira, HoRAoE maiores de trinta e cinco anos, a partir de lista trfplice raticar! fornecida pelo Conselho Nacional do Ministerio Publico. "O Ministerio Publico junto ao Tribunal de Contas da Uniao nao dispoe de fisionomia institucional pr6pria e, nao obstante as expressivas garantias de ordem subjetiva concedidas aos seus Procuradores pela pr6pria Constituicso (art. 130), encontra-se consolidado na 'intimidade estrutura/' dessa Corte de Contas, que se eche investida - 'ate mesmo em funqao do poder de autogoverno que /he confere a Carta Polftica (art. 73, caput, in fine)' - da prerrogativa de fazer instaurar o processo /egislativo concernente a sua organizafao, a sua estrutureciio interna, a definifaO do seu quadro de pessoa/ e a crieciio dos cargos respectivos. 56 cabe lei complementar, no sistema de direito positivo brasileiro, quando formalmente reclamada a sua ediqao por norma constitucional exp/fcita. A especificidade do Ministerio Publico que atua perante o TCU, e cuja existencie se projeta num dominio institucional abso/utamente diverso daquele em que se insere o Ministerio Pub/ico da Uniiio, faz com que a regulaqao de sua organizaqao, a discrimineciio de suas etribuicoes e a defini<;ao de seu estatuto sejam passfveis de veiculaqao mediante simples lei ordinerie, eis que a edifao de lei complementar e rec/amada, no que concerne ao Parquet, tao somente para a disciplinafao normativa do Ministerio Publico comum (CF, art. 128, §so)." Para firmar nosso entendimento, transcrevemos trecho de julgado do STF17: A lei que regulamenta a estrutura orqanica dos Ministerio Publico que atua junto ao TCU e de iniciativa do pr6prio TCU, conforme se deduz do art. 73, "caput", da CF/88. Por simetria, e de iniciativa do TCE a lei de orqanizacao do Ministerio Publico que atua junto a Corte de Contas estadual. Os Ministerios Publicos que atuam perante as Cortes de Contas nao possuem as atrlbulcoes do art. 129 da CF/88. Sua atuacao se da exclusivamente na area de cornpetencia dos Tribunais de Contas. Trata-se, conforme ja afirmamos, de um Ministerio Publico "especial". Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val estados: um membro do Ministerio Publico do Estado (MPE) nao pode ser designado para atuar perante o Tribunal de Contas daquele ente federativo. DIREITO CONSTITUCIONAL - www .concurseiresealdoemnseiros 21 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br Os Procuradores-Gerais nos estados poderao ser destitufdos por delibereceo da maioria absoluta da Assembleia Legislativa. Por sua vez, a destituicao do Procurador-Geral de Justice do Distrito Federal e Territories depende de deliberacao da maioria abso/uta do Senado Federal. cornentartosi {TCE-CE - 2015) Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territories nao poderao ser destitufdos por deliberacao do Poder Legislativo respectivo. Pelo principio da indivisibilidade, os membros do Ministerio Pub/ico nao estao vinculados aos processos nos quais atuam, podendo, assim, ser substitufdos uns pelos outros, de acordo com as normas legais. Questao correta. cornentartosi 2015) Dado o prindpio da uma instituicao una, podendo seus vinculam aos processos nos quais uns pelos outros de acordo com as {TRF 1 a Regiao indivisibilidade, o MP e membros, que nao se atuam, ser substitufdos normas legais. E isso mesmo! A norneacao dos Procuradores-Gerais de Justice e feita pelo Governador, a partir de lista trip/ice elaborada pelo Ministerio Publico Estadual. 0 mandato do Procurador-Geral de Justice e de 2 anos, sendo permitida uma unica reconducao. Questao correta. comentartos: {TCE-CE - 2015) Os Ministerios Publicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territories forrnarao lista triplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que sera nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma unica reconducao. O Procurador-Geral da Republics e mesmo o Chefe do Ministerio Publico da Uniao. Ele e nomeado pelo Presidente da Republics dentre integrantes da carreira, nao havendo que se fa/ar em lista trip/ice fornecida pelo CNMP. Questao errada. Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val DIREITO CONSTITUCIONAL - www .concurseiresealdoemnseiros 22 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br O Conselho Nacional do Ministerio Publico (CNMP) foi criado pela EC no 45/2004. Trata-se de 6rgao de controle externo do Ministerio Publico, com 3- Conselho Nacional do Ministerio Publico {CNMP): O Ministerio Publico tern cornpetencia para promover o lnquerito civil e a a9ao civil publica, para a protecao do patrirnonio publico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Ouestao correta. cornentartosi {MPE-SC - 2014) E funceo institucional do Ministerio Publico promover o inquerito civil e a ac;ao civil publica, para a protecao do patrirnonio publico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos O Ministerio Publico exerce o controle externo da atividade policial, na forma de lei complementar. Questao errada. comentarlosr {SE FAZ-BA - 2014) E func;ao institucional do Ministerio Publico exercer o controle interno da atividade policial, na forma da sua lei orqanica. O Procurador-Geral da Republica (PGR) podera ser destituido por iniciativa do Presidente da Republica, desde que haja autoriza9ao do Senado Federal, por maioria absoluta. Questao errada. cornentartosi {TRT 3a Regiao - 2015) A destituicao do Procurador-Geral da Republics. por iniciativa do Senado Federal, devera ser precedida de autorizecao da maioria absoluta da Camara dos Deputados. Questao errada. Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val DIREITO CONSTITUCIONAL - www .concurseiresealdoemnseiros 23 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br 18 Ha auteres que censideram que o CNMP e "6rgae de centrele interne demecratizade", uma vez que a maier parte de seus membres integra o Minlsterio Publico. Preferimes, aqui, aponta-lo come 6rgae de centrele externe per ser essa a posicaoeficial da lnstitulcao. Perceba que, na cornposicao do CNMP, ha representantes do MPU, dos MPE' s, do Poder Judicierio, da Advocacia e da sociedade. Todos eles serao nomeados pelo Presidente da Republica, ap6s aprovacao do Senado Federal. f) Dois cidadaos de notavel saber jurfdico e reputacao ilibada, indicados um pela Camara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. e) 2 (dois) advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; d) 2 (dois) jufzes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justice: c) 3 (tres) membros do Ministerio Publico dos Estados; b) 4 ( quatro) membros do Ministerio Publico da Uniao, assegurada a representaceo de cada uma de suas carreiras; a) 0 Procurador-Geral da Republica, que o preside; Os membros do CNMP sao os seguintes (art. 130-A): E quais sao os membros do CNMP? O texto constitucional nao estabelece idades minima e maxima para a norneacao dos membros do Conselho Nacional do Ministerio Publico (CNMP). O CNMP e composto de 14 (quatorze) membros, os quais sao nomeados pelo Presidente da Republica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. 0 mandato dos membros do CNMP e de 2 (dois) anos, sendo admitida uma reconducao. No exercfcio de sua rnissao institucional, o CNMP tern competencia para efetuar o controle da atuacao administrativa e financeira do Ministerio Publico e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. atuacao em todo o territ6rio nacional.18 Ao contrario do CNJ ( que integra o Poder Judiciario), o CNMP nao integra o Ministerio Publico. DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 24 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br a) Zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministerio Publico, podendo expedir atos regulamentares, no ambito de sua cornpetencia, ou recomendar providencies. O Conselho Nacional do Ministerio Publico (CNMP), conforme ja comentamos, e responsavel por efetuar o controle da atuacao administrativa e financeira do Ministerio Publico e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. Suas cornpetencias estao enumeradas no art. 130-A, § 20, CF/88: d) 0 Presidente do Conselho Federal da OAB oficiara junto ao CNMP. Logo, ele nao podera ser membro do Conselho. Para complementar a etuacao do Corregedor nacional, a CF/88 preve que leis da Uniao e dos Estados criarao ouvidorias do Ministerio Publico. O objetivo e receber reclamacoes e denuncias de qualquer interessado contra membros ou 6rgaos do Ministerio Publico, inclusive contra seus services auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministerio Publico. - requisitar e designar membros do Ministerio Publico, delegando- lhes atribuicoes, e requisitar servidores de 6rgaos do Ministerio Publico. - exercer funcoes executivas do Conselho, de inspecao e correicao geral; - receber reclamacoes e denuncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministerio Publico e dos seus services auxiliares; c) 0 CNMP devera escolher, em votacao secreta, um Corregedor nacional. 0 Corregedor nacional devera ser escolhido entre os membros do Ministerio Publico que integram o Conselho, vedada sua reconducao. As competencies do Corregedor nacional sao as seguintes: b) Os membros do CNMP oriundos do Ministerio Publico (4 do MPU e 3 dos MPE' s) sao indicados pelo respectivo Ministerio Publico, na forma da lei. a) 0 Procurador-Geral da Republics e o Presidente do CNMP. Algumas observacces sao importantes acerca da cornposicao dos membros do CNMP: DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 25 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br 19 MS 27542/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 04.10.2016 Elas dizem que o CNMP pode rever processes disciplinares julgados ha "mais de um ano". Isso esta ERRADO! Ora, se passar muito tempo do julgamento (mais de um ano!), o CNMP nao podera, em nome da seguranc;a jurfdica, rever um processo disciplinar. 0 CN MP somente odera rever rocessos As bancas examinadoras adoram fazer uma pegadinha sobre essa cornpetencia do CNMP! d) Rever, de offcio ou mediante provocacao, os processes disciplinares de membros do Ministerio Publico da Unieo ou dos Estados julgados ha menos de um ano. O MPU e os MPE' s possuem cornpetencia disciplinar e correcional. Mas o CNMP tern cornpetencia para avocar ("chamar para si") processos disciplinares e aplicar sancoes administrativas aos membros do Ministerio Publico. .FIQUE ~atento! c) Receber e conhecer das reclarnacces contra membros ou 6rgaos do Ministerio Publico da Uniao ou dos Estados, inclusive contra seus services auxiliares, sem prejufzo da cornpetencia disciplinar e correicional da instituicao, podendo avocar processes disciplinares em curso, determinar a rernocao, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsidios ou proventos proporcionais ao tempo de service e aplicar outras sancoes administrativas, assegurada ampla defesa. Segundo o STF, o CNMP tambern tern competencia para apreciar ato de vitaliciamento de membro do Ministerio Publico ue e uma es ecie de ato administrativo19. Exemplos de atos administrativos praticados por membro ou 6rgao do Ministerio Publico e que estao sujeitos ao controle do CNMP sao a assinatura de um contrato administrative, a realizacao de uma licitacao ou mesmo a concessao de ferias a servidores. ffl @: FIQUE ~ ..... --atento ! b) Zelar pela observancia do art. 37 e apreciar, de offcio ou mediante provocaceo, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou 6rgaos do Ministerio Publico da Uniao e dos Estados, podendo desconstituf-los, reve-Ios ou fixar prazo para que se adotem as providencias necessaries ao exato cumprimento da lei, sem prejufzo da cornpetencia dos Tribunais de Contas. Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val DIREITO CONSTITUCIONAL - www .concurseiresealdoemnseiros 26 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br E com etencia do CNMP rever os rocessos disci linares de comentariosr {MPE-MG - 2014) Ao Conselho Nacional do Ministerio Publico compete rever, de oficio ou mediante provocacao, os processos disciplinares de membros do Ministerio Publico da Uniao ou dos Estados julgados ha menos de um ano. E isso mesmo. 0 Procurador-Geral da Republics e o Presidente do CNMP. 0 Presidente do Conselho Federal da OAB oficiara junto ao CNMP. Questao correta. comentarlos: O CNMP e composto de 14 membros nomeados pelo Presidente da Republics ap6s aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. 0 mandato e de 2 (dais) anos, admitida uma reconducao. Questao errada. {MPE-SC - 2014) 0 Conselho Nacional do Ministerio Publico cornpoe-se de quinze membros nomeados pelo Presidente da Republice, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de tres anos, admitida uma reconducao. {MPE-MG - 2014} 0 Conselho Nacional do Ministerio Publico e presidido pelo Procurador-Geral da Republics. e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados HO~aticar! oficiara junto ao Conselho. comentartosi Por fim, destaca-se que os membros do Conselho Nacional do Ministerio Publico deverao ser processados e julgados, nos crimes de responsabilidade, pelo Senado Federal. Alern disso, compete ao STF julgar as acoes contra o CNMP (art. 102, I, "r"). e) Elaborar relat6rio anual, propondo as providencias que julgar necessaries sobre a situacao do Ministerio Publico no Pais e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. disciplinares julgados ha menosde um ano. Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val DIREITO CONSTITUCIONAL - www .concurseiresealdoemnseiros 27 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br 20 RE 121.856-ED. Rel. Min. Paulo Brossard. 21 Pet-AgR 409, Rel. Min. Celso de Mello, DJ: 29.06.1990. A existencia da Advocacia Publica nao impede, todavia, que o Estado constitua rnandatario ad judicia para causas espedficas. 21 A representacao estatal em jufzo nao e, dessa maneira, uma atribuicao exclusiva da Advocacia Publica. A representacao judicial pelos advogados publicos decorre de lei e, portanto, fica dispensada a juntada de instrumento de mandato em autos de processo judicial. 20 a) representar a unlao, judicial e extrajudicialmente. Segundo o art. 131, CF/88, a Advocacia-Geral da Uniao (AGU) e uma instituicao com duas tarefas centrais: 2) Uma dica para ninquern confundir as coisas: os Promotores e os Procuradores da Republica sao membros do Ministerio Publico; os Procuradores Estaduais, os Procuradores Federais, Advogados da Uniao e Procuradores da Fazenda Nacional exercem a func;ao de "advogados ublicos", 1) Dentre todas as funcoes essencrars a justice, a unica que se manifesta na esfera municipal e a Advocacia Publica. Com efeito, o Ministerio Publico e a Defensoria Publica so existem nas esferas federal e estadual. Gostaria de chamar-lhes a atencao para dois pontos relevantes: A Advocacia Publics e responsavel pela defesa juridica dos entes federativos, integrando o Poder Executive. No arnbito federal, essa tarefa compete a Advocacia-Geral da Uniao; nos estados, as Procuradorias estaduais. Embora nao haja previsao constitucional, os Munidpios tarnbern criam 6rgaos destinados a exercer o papel da advocacia publics: sao as Procuradorias rnumcrpars. 4- Advocacia Publica: membros do Ministerio Publico julgados ha menos de um ano. Questao correta. DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 28 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br 22 STF, ADI no 1.557/DF. Rel. Min. Octavio Galotti. RTJ 163/95. 23 STF, ADI no 4070/RO. Rel. Min. Carmen Lucia. 19.12.2016. {Advogado da untao - 2015) Compete a AGU a representacao judicial e extrajudicial da Uniao, sendo que o HoRAoE poder de representacao do ente federativo central pelo raticar! advogado da Uniao decorre da lei e, portanto, dispensa o mandato. Os Estados-membros e o Distrito Federal sao representados, judicial e extrajudicialmente pelos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependera de concurso publico de provas e titulos, com a particlpacao da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases (art. 132, "caput", CF). A eles e assegurada estabilidade ap6s tres anos de efetivo exerdcio, mediante avaliacao de desempenho perante os 6rgaos pr6prios, ap6s relat6rio circunstanciado das corregedorias (art. 132, paraqrafo unico, CF). A Advocacia-Geral da Uniao tern por chefe o Advogado-Geral da unlao, de livre norneacao pelo Presidente da Republics dentre cldadaos maiores de trinta e cinco anos, de notavel saber jurfdico e reputacao ilibada (art. 131, § 1°, CF). Nao ha necessidade de aprovacao do Senado Federal para a norneacao do Advogado-Geral da Uniao. 0 Presidente da Republics tern plena liberdade para nomear o Advogado-Geral da Uniao, que nem mesmo precisa ser da carreira da advocacia publica. A Advocacia-Geral da Uniao (AGU) integra o Poder Executive e o ingresso em sua carreira se da por meio de concurso publico de provas e titulos. A orqanizacao e funcionamento da AGU e regulada por meio de lei complementar (art. 131, caput). Veja s6: a AGU somente presta consultoria e assessoramento jurfdico ao Poder Executivo (e nao aos demais Poderes!). Com efeito, a jurisprudencia do STF reconhece a constitucionalidade da rnanutencao de assessoria juridica pr6pria por Poder autonomo.22 0 STF reconhece ate mesmo a possibilidade de que sejam criadas Procuradorias na estrutura dos Tribunais de Contas, que serfio responsaveis pela representacao judicial e consultoria e assessoramento jurfdico das Cortes de Contas.P b) realizar as atividades de consultoria e assessoramento juridico do Poder Executive, nos termos de lei complementar. Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val Cabe destacar que, na execucao da divida ativa de natureza tributarla, a representacso da Uniao cabe a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), observado o disposto em lei. DIREITO CONSTITUCIONAL - www .concurseiresealdoemnseiros 29 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br A AGU e responsavel pelo assessoramento jurfdico ao Poder Executivo (e nao a todos os Poderes da Republical ). Questao errada. cornentartosi {TRF 1a Regiao - 2015) A AGU representa os interesses da Uniao no ambito judicial e na consultoria e assessoramento jurfdico aos poderes da Republics. O Advogado-Geral da Uniao e o chefe da AGU. E nomeado pelo Presidente da Republica dentre cidadaos maiores de 35 anos, de notavel saber jurfdico e reputacao ilibada. Questao correta. comentarlosr {TRT 3a Regiao - 2015) A Advocacia-Geral da Uniao tern por chefe o Advogado-Geral da Uniao, de livre norneacao pelo Presidente da Republics dentre cidadaos maiores de trinta e cinco anos, de notavel saber jurfdico e reputacao ilibada. E isso mesmo. A Advocacia Publics nao e dotada de autonomia administrativa, estando vincu/ada ao Poder Executivo. Questao correta. comentariosr {MEC - 2015) A autonomia administrativa e garantida constitucionalmente ao Ministerio Publico e a defensoria publica, mas nao a advocacia publica. A AGU tern cornpetencia para representar a Uniao, judicial e extrajudicialmente. 0 poder de representacao exercido pelo advogado da Uniao decorre de lei e, portanto, e dispensado o mandato. Questao correta. comentartos: Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val DIREITO CONSTITUCIONAL - www .concurseiresealdoemnseiros 30 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br garantia da a garantia de Publicos tern a mas nao possuem Os Defensores inamovibilidade, vitaliciedade. O ingresso nas carreiras da Defensoria Publics se dara mediante concurso publico de provas e titulos. Os seus integrantes serao remunerados por meio de subsidio e fareo jus a garantia da inamovibilidade. Destaque-se que os Defensores Publicos nao poderao exercer a advocacia fora das atribuicces institucionais. Segundo o art. 134, § 10, CF/88, lei complementar orqanizara a Defensoria Publics da Uniao e do Distrito Federal e dos Territ6rios e prescrevera normas gerais para sua orqanizecao nos Estados. No exerdcio das suas funcoes, e possfvel que a Defensoria Publics atue, inclusive contra o Estado, em defesa de hipossuficiente. Nesse caso, se o Estado perder a ac;ao na qual haja assistencia juridica da Defensoria Publica, ele nao sera condenado a pagar honorarios advocaticios ( onus da sucurnbencia). Sera aplicada a Surnula no 421/STJ, que dispoe que "os honorerios advocaticios nao sao devidos a Defensoria Publica quando ela atua contra pessoa juridica de direito ptsblico a qua/ perten~a ". A Defensoria Publica e instituicao permanente, essencial a funcao jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressao e instrumento do regime dernocratico, fundamentalmente, a orlentacao juridica, a promocao dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial ou extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do art. so, LXXIV, CF/88. A cornpetencia para legislar sobre assistencia juridica e defensoria publica e concorrente da Uniao, dos Estados e do Distrito Federal(art. 24, XIII, CF). Isso significa que cabe a Uniao definir as normas gerais e, aos Estados e Distrito Federal, definir as normas espedficas sobre essas rnaterias. A Defensoria Publics e instituicao criada com vistas a dar efetividade ao art. S0, LXXIV, da Constituicao, que dispoe que o Estado prestara assistencia juridica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiencia de recursos. 5- Defensoria Publica: DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 31 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br 24 ADI 4056. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. 07.03.2012. Em razeo da autonomia funcional e administrativa da Defensoria Publica, o STF considera inconstitucional norma estadual que estabelec;a a vlnculacao da Defensoria Publica Estadual a alguma Secretaria de Estado.24 Na Vale a pena comentar tarnbern que, com a EC no 69/2012, a Defensoria Publica do Distrito Federal passou a ser organizada e mantida pelo pr6prio Distrito Federal. Antes, essa instituicao era organizada e mantida pela Uniao. As Defensorias Publicas da Uniao, dos Estados e do Distrito Federal ja haviam sido fortalecidas pelas EC no 45/2004, EC no 69/2012 e EC no 74/2013. Tais emendas constitucionais asseguraram as Defensorias Publicas a autonomia funcional e administrativa e, elem disso, a iniciativa de sua proposta orcamentarla, dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orcarnentarias. e) A Defensoria Publica passou a ter iniciativa privativa para apresentar projetos de lei sobre: i) a alteracao do nurnero dos seus membros; ii) a criacao e extincao de cargos e a rernuneracao dos seus services auxiliares, bem como a fixac;ao do subsidio de seus membros; iii) a criacao ou extincao dos seus 6rgaos; e iv) a alteracao de sua orqanizacao e divisao. Com essa medida, reforc;ou-se a ideia de autonomia da Defensoria Publica, que nao esta, portanto, subordinada a nenhum dos Poderes. d) As regras de organizac;ao da Magistratura (prornocao, ingresso no cargo, distribuicao imediata de processes, dentre outras), previstas no art. 93, CF/88, serao aplicadas, no que couber, a Defensoria Publica. c) Estabeleceu que sao prindpios institucionais da Defensoria Publica a unidade, a indivisibilidade e a independencla funcional. Ressalte-se que esses prindpios ja estavam previstos na Lei Orqanica da Defensoria Publics: com a EC no 80/2014, eles apenas foram constitucionalizados. b) Deixou explfcito que a Defensoria Publics ira defender os necessitados seja na esfera judicial ou extrajudicial. a) A Defensoria Publica passou a ser considerada, assrm como o Ministerio Publico, uma lnstituicao permanente. A Defensoria Publica foi fruto, nos ultirnos anos, de uma serie de emendas constitucionais que reforcararn sobremaneira o seu papel. A ultima delas foi a EC no 80/2014, que trouxe uma profunda reforrnulacao nessa instituicao: DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 32 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br O Ministerio Publico e cornentartos: {MPT - 2015) A Defensoria Publics tern atribuicao para a instauracao de inquerito civil na defesa dos necessitados. Os Defensores Publicos nao podem exercer a advocacia fora das suas atribuicdes institucionais. Questao errada. cornentartos: {DPE-PE - 2015) Aos defensores publicos empossados ap6s a prornulqacao da CF e permitido o exerdcio da advocacia privada, desde que nao conflitante com o exerdcio de suas etribuicoes institucionais. {DPE-PE - 2015) A autonomia funcional e administrativa conferida a DP nao impede sua vinculacao a secretaria de justice do estado ao qual pertenca, caso exista tal previsao na respectiva lei complementar estadual. cornentartosi O Ministerio Publico e a Defensoria Publica tern como prindpios institucionais a unidade, a indivisibilidade e a independenci» funcional. As duas instituicoes tarnbern tern cornpetencia para elaborar a respectiva proposta orcarnentaria. Questao correta. independencia funcional, a respectiva proposta estabelecidos pela Lei de unidade, a indivisibilidade e a cabendo a ambos elaborar orcamentaria, dentro dos limites Diretrizes Orcarnentarias. {Auditor TCE-AM - 2015) Sao principios institucionais tanto do Ministerio Publico como da Defensoria Publica a comentarlos: HORA OE raticar! , . . . . Segundo o STF, e inconstitucional lei estadual que estabeleca vinculacao entre a Defensoria Publica e Secretaria de Estado. Questao errada. condicao de instituicao dotada de autonomia, a Defensoria Publics nao pode estar vinculada ao Peder Executive. Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val DIREITO CONSTITUCIONAL - www .concurseiresealdoemnseiros 33 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br A ac;ao civil publica e um instrumento de defesa coletiva dos direitos fundamentais, previsto pela Constituicao Federal de 1988 e regulamentado 7- Ac;ao Civil Publica: uestao correta. E exatamente o {TRT 3a Regiao - 2015) 0 advogado e indispensavel a adrninistracao da justice, sendo inviolavel por seus atos e manifestacoes no exerdcio da profissao, nos limites da lei. HORA OE raticar! cornentartosi O advogado goza de imunidade material, ou seja, imunidade relativa as suas manlfestacoes e atos no exerdcio da profissao. Porern, essa imunidade nae e absoluta. E possfvel que o advogado responda pela pratica dos crimes de calunia e desacato ou, ainda, pelos excesses que cometer. A Constituicao consagra o prindpio da indispensabilidade do advogado, o qual, todavia, nao e absoluto. Nao e necessaria, por exemplo, a representaceo por advogado em habeas corpus e em certos casos submetidos aos Juizados Especiais. Segundo o art. 133, CF/88, o advogado e lndispensavel a admlnistracao da justic;a, sendo inviolavel por seus atos e rnanifestacoes no exerdcio da profissao, nos limites da lei. Cuida-se aqui da advocacia privada. 6- Advocacia Privada: Os magistrados, membros do Ministerio Publico e membros da Defensoria Publica possuem a garantia da inamovibilidade. Entretanto, os advogados pub/icos nao possuem essa aarantia. Ouestao errada. cornentartosi inquerito civil. Questao errada. {SEFAZ-BA - 2014) A garantia da inamovibilidade e conferida pela Constituicao aos magistrados, aos membros do Ministerio Publico, aos membros da Defensoria Publica e aos procuradores do Estado. DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www.concurseirM0111idoaaugeiros Essa nao e a posicao do Supremo Tribunal Federal. Segundo a Corte, admite- se a utilizac;ao da ac;ao civil publica no controle incidental de constitucionalidade, desde que a questao constitucional configure simples •Tambem tern natureza indivisivel, mas tern como titulares um grupo, uma categoria ou uma classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contraria por uma relacao juridica. • Exemplo: direitos de determinadas categorias sindicais que agem coletivamente por meio de seus sindicatos. Direitos coletivos O objeto da ac;ao civil publica podera ser a condenacao em dinheiro ou o cumprimento de uma obrlqacao de fazer ou de nao fazer (art. 3°, LACP). A sentence proferida em sede de ac;ao civil publics faz coisa julgada "erga omnes", limitada, entretanto, a ccrnpetencia territorial do 6rgao judicial prolator (LACP, art. 16). Por esse motivo, parte da doutrina considera que a ac;ao nao pode ser usada no controle incidental de constitucionalidade. • Apresentam indivisibilidade, ou seja, e impossivel satisf azer-se um de seus titulares individualmente. Isso porque seus sujeitos sao indeterminados. • Exemplo: direito ao ar puro.Direitos difusos Por direitos individuais hornoqeneos, compreendem-se aqueles pertencentes a um mesmo grupo, classe ou categoria deterrninavel de pessoas, de origem comum e natureza divisfvel, ou seja, que podem ser divididos quantitativamente entre os integrantes do grupo. E o que acontece, por exemplo, no caso de varies consumidores que adquirem o mesmo produto, produzido em serie, com defeito. Recordemos a diferenca entre direitos difusos e coletivos: pela Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985 (Leida Ac;ao Civil Publics ou LACP). Visa a protecao do patrtmdnio publico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos (art. 129, III, CF), bem como os direitos individuais hornoqeneos (C6digo de Defesa do Consumidor, art. 81, paraqrafo unico, III). DIREITO CONSTITUCIONAL - T eoria e Ques Aula 08 - Profa Nadia I Prof. Ri www .concurseiresealdoemnseiros 35 de 66 A>. - y www.estrate · aconcursos.com.br 25 Reclarnacao n. 600-0/SP, Rel. Min. Neri da Silveira, j. 03.09.1997. 2) O Ministerio Publico e parte legftima para propor ac;ao civil publica voltada a infirmar preco de passagem em transporte coletivo. 1) 0 Ministerio Publico tern legitimidade para promover ac;ao civil publics cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares. (Surnula STF no 643) Vejamos alguns entendimentos do STF sobre a utilizacao da ac;ao civil publics. Eles servirao ate mesmo como forma de ilustrar a utilizacao dessa importante ac;ao coletiva. Q]\ INDO f:1mais f undo No que se refere as omissoes do Poder Publico, a ac;ao civil publics possibilita a atuacao judicial no sentido de lmplementacao das politicas publicas necessarias a efetivacao dos direitos fundamentais, principalmente dos direitos sociais, como saude, educacao, previdencia, dentre outros. O Ministerio Publico, se nao intervier no processo como parte, atuara obrigatoriamente como fiscal da lei. Note que a ac;ao civil publica, ao contrario da ac;ao penal publica (art. 129, I, CF), nao e de competencia privativa do Ministerio Publico. Cuidado com as "pegadinhas" nesse sentido! e) a associacao que, concomitantemente: i) esteja constitufda ha pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; ii) inclua, entre suas finalidades institucionais, a protecao ao meio ambiente, ao consumidor, a ordem econornica, a livre concorrencia ou ao patrirnonio artfstico, estetico, hist6rico, turfstico e paisagfstico. d) a autarquia, empresa publica, fundacso ou sociedade de econorrua mista; c) a Uniao, os Estados, o Distrito Federal e os Munidpios; b) a Defensoria Publics: a) o Ministerio Publico: Segundo o art. s0 da a LACP, tern legitimidade para propor a acao principal e a ac;ao cautelar: questao prejudicial da pretensao deduzida25. Nesse caso, porern, a eficacia da decisao sere "inter partes", ou seja, seus efeitos ficam restritos apenas as partes e somente aquele caso concreto. DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 36 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br O Ministerio Publico tern legitimidade para promover ac;ao civil publica cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades esco/ares. uestao correta. comentartosi Em ac;ao civil publica, nao podem ser veiculadas pretensoes que envolvam tributos e contribuicoes, Questao errada. cornentartosi {MPE-PA 2014) Possui res pa I do na disciplina constitucional da rnateria o ajuizamento de ac;ao civil publica, pelo Ministerio Publico, para questionamento quanto a exigibilidade de tributo, sob o fundamento de inconstitucionalidade em sua instituicao e cobranca. HORA DE ratica {MPE-PA 2014) Possui respaldo na disciplina constitucional da rnateria o ajuizamento de ac;ao civil publica, pelo Ministerio Publico, para questionamento dos valores de mensalidades escolares, sob o fundamento de sua abusividade e ilegalidade. 4) 0 Ministerio Publico nao tem legitimidade para ajuizar ac;ao civil publics com o objetivo de impugnar a cobranca de tributos. 3) 0 Ministerio Publico tern legitimidade ativa para propor ac;ao civil publica com o objetivo de evitar lesao ao patrirnonio publico decorrente de contratacao de service hospitalar privado sem procedimento licitat6rio. DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 37 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br e) A exiqencia constitucional de que o chefe do Ministerio Publico da Uniao, procurador-geral da Republica, pertenc;a a carreira significa que ele, para o d) A CF descreve as carreiras abrangidas pelo Ministerio Publico e, entre elas, elenca a do Ministerio Publico Eleitoral. c) 0 STF, ao tratar das competencies e prerrogativas do Ministerio Publico, estabeleceu o entendimento de que membro desse 6rgao pode presidir lnquerito policial. b) Foi com a CF que a atividade do Ministerio Publico adquiriu o status de fu nc;ao essencia I a j ustica. a) Segundo a CF, sao prindpios institucionais apliceveis ao Ministerio Publico: a unidade, a indivisibilidade, a independencia funcional e a inamovibilidade. 2. {CESPE / PC-GO - 2017) A luz da CF, assinale a opcao correta a respeito do Ministerio Publico. A Constituicao Federal considera como funcoes essenciais a justice o Ministerio Publico, a defensoria publica, a advocacia publica e a advocacia. O gabarito e a letra D. cornentartosi e) o Poder Judiciario, o Ministerio Publico e a defensoria publics. d) o Ministerio Publico, a defensoria publica, a advocacia publics e a advocacia. c) o Poder Judiciario e o Ministerio Publico. b) o Ministerio Publico, a defensoria publica, a advocacia publica, a advocacia e as policies civil e militar. a) o Poder Judiciario, o Ministerio Publico, a defensoria publica, a advocacia e as policies civil e militar. 1. {CESPE / PC-GO - 2017) No modelo de funcionamento da justic;a montado no Brasil, entendeu-se ser indlspensavel a existencia de determinadas funcees essenciais a justic;a. Nesse sentido, a CF considera como func;oes essenciais a justic;a 1. Ministerio Publico Questoes Comentadas DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questfies Aula 08-Profa Nadia I Prof. Ricardo Val www .concurseiresealdoemnseiros 38 de 66 www.estrate · aconcursos.com.br Art. 127, § 10 O Ministerio Pub/ico da Uniiio tem por chefe o Procurador-Gera/ da Republica, nomeado pelo Presidente da Republics dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, ap6s a eproveceo de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a reconducso. Letra E: errada. 0 procurador-geral da Republica deve integrar a carreira do Ministerio Publico da Uniao. Vejamos o que determina a Constituicao: Nao ha Ministerio Publico Eleitoral. II - os Ministerios Piiblicos dos Estados. d) o Ministerio Publico do Distrito Federal e Territ6rios; c) o Ministerio Publico Militar; b) o Ministerio Publico do Trabalho; a) o Mtriisterk: Publico Federal; I - o Ministerto Publico da Uniao, que compreende: Art. 128. 0 Mtntster!o Piiblico abrange: Letra D: errada. A estrutura do Ministerio Publico esta prevista no art. 128 da CF/88, que reproduzimos a seguir: Letra C: errada. Compete exclusivamente a polfcia judiciaria presidir o inquerito policial. Cabe ao Ministerio Publico somente requisitar a sua instauraceo. Letra B: correta. Com a CF/88, o Ministerio Publico deixou de fazer parte do Poder Executive, passando a integrar as funcoes essenciais a justice. 0 status de instituicao permanente essencial a funcso jurisdicional do Estado foi essencial para assegurar-lhe autonomia e independencia, Letra A: errada. Sao
Compartilhar