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EM ENTREVISTA
A professora doutora Irenides Teixeira fala sobre 
o projeto (En)Cena e as perspectivas do Portal 
para os próximos desafios.
2
e
d
it
o
ri
a
l
 As instituições de ensino su-
perior esforçam-se para, cada vez de 
forma melhor, promover e produzir 
conhecimento. Para isto, utilizam 3 pi-
lares principais: o ensino, a pesquisa e 
a extensão.
 De forma rápida, dizemos 
que ensino é o conteúdo didático, as 
aulas diárias e o conhecimento por 
meio de estudos especificados pela 
grade curricular. Pesquisa é a abord-
agem que visa à produção científica 
e a investigação de manifestações e 
realidades. Extensão, como o próprio 
nome diz, rompe com as barreiras físi-
cas da universidade. As ações exten-
sionistas aproximam o ensino superior 
da comunidade e permitem um pro-
cesso de troca e participação mútua.
 Esta relação constrói novos 
saberes, novas práticas e oportuniza 
experiências na sociedade em que es-
tamos inseridos mas que, por vezes, 
não somos sensibilizados a ver, ouvir, 
atender e cuidar. E é essa a função dos 
projetos extensionistas: conhecer e 
auxiliar a comunidade conforme os sa-
beres aprendidos no meio acadêmico. 
Nesta revista, você vai conhecer al-
guns projetos de extensão desenvolvi-
dos pelo Centro Universitário Luterano 
de Palmas (CEULP/ULBRA) de Palmas 
- TO. Nas entrevistas, fotografias, nos 
vídeos e relatos você terá a oportuni-
dade de perceber alguns resultados 
transformadores que ocorrem a cada 
encontro e produzem qualidade de 
vida a quem faz parte da extensão uni-
versitária. 
Jornalista Responsável: 
Por Letícia Bender
 
Acadêmica de Jornalismo do CEULP/ULBRA
Direção de Arte e Diagramação: 
Bruce Ambrósio Costa
Acadêmico de Publicidade e Propaganda
 do CEULP/ULBRA
Entrevistados: 
Professora Conceição Previero
Professora Luciana Furtado
Professor Edeilson Milhomem
Professora Cristina Filipakis
Professora Maria Aparecida da Rocha Medina
ín
d
ic
e
( E n ) C e n a – A S a ú d e M e n t a l e m M o v i m e n t o05
T E R R A Q U A R I U M - E d u c a ç ã o e M e i o A m b i e n t e12
F i s i o t e r a p i a A q u á t i c a n a A PA E d e P a l m a s - TO18
A K Á D E M O - U m a l i ç ã o d e v i d a
I n f o r m á t i c a e S o c i e d a d e
E X P R O - E x p o s i ç ã o d a s P r o f i s s õ e s
C o f o d a l e i t u r a e e s c r i t a n a e s c o l a i n d í g e n a
22
28
32
36
4
 Você, que está lendo este conteúdo neste Portal, sabe o que é o 
(En)Cena – a Saúde Mental em movimento? Há 3 anos, comemorados 
no último dia 18, o projeto de extensão (En)Cena foi lançado pelos cursos 
de cursos de Psicologia, Comunicação Social e de Sistemas de Informação 
do Centro Universitário Luterano de Palmas - CEULP/ULBRA.
 Desde esta data, mais de 
mil trabalhos foram publicados nos 
mais diversos formatos: fotografia, 
desenho, roteiro, relato, entrevista, 
poesia entre outros. No (En)Cena, 
as discussões são em torno da te-
mática da saúde mental, porém, 
com abordagens diferenciadas, não 
fixando-se apenas a conteúdos teó-
ricos e técnicos.
 Em entrevista, a professora 
doutora Irenides Teixeira fala sobre 
o projeto (En)Cena e as perspecti-
vas do Portal para os próximos de-
safios.
(En)Cena - O (En)Cena surge com 
o objetivo de discutir saúde men-
tal. Afinal, o que é saúde mental? 
Por que essa temática foi escolhi-
da para ser discussão?
Irenides Teixeira – Encontramos na 
literatura inúmeros conceitos para 
“Saúde Mental” que poderiam ser 
citados aqui, sem desprezar nenhu-
ma das ciências do conhecimento é 
que a equipe do (En)Cena parte do 
pressuposto que Saúde Mental é a 
capacidade que cada sujeito tem de 
lidar com as adversidades do coti-
diano de forma plena, sem perder a 
noção de Si e do Outro. A temática 
da Saúde Mental fez parte desde o 
início do desenvolvimento do proje-
to. Inquietações de professores dos 
cursos de Psicologia, Comunicação 
Social e de Sistemas de Informação 
do CEULP/ULBRA, o portal nasce 
basicamente da ideia de dar visibili-
dade a experiências que acontecem 
nos serviços de saúde e de saúde 
mental. Sabedores de que nem to-
das as experiências se adéquam a 
artigos científicos é que a equipe 
teceu, no coletivo, as seções que 
fazem parte de sua proposta. Esco-
lhemos o 18 de maio – Dia da Luta 
Antimanicomial – em 2011, para 
lançar o portal (En)Cena – A Saúde 
Mental em Movimento, um espaço 
de troca de experiências e também 
um espaço de divulgação do que 
acontece no campo da saúde men-
tal. O lançamento aconteceu como 
parte da programação do evento Te-
ares, atividade da disciplina Projeto 
Experimental II – Ação Comunitária 
Equipe do (En)Cena no lançamento do portal em maio 
de 2011. Foto – Arquivo (En)Cena
Irenides Teixeira, coordenadora do (En)Cena, durante a divulgação do portal na EXPRO 2013.
Foto: Arquivo (En)Cena
6
do curso de Comunicação Social 
cuja proposta foi promover uma 
campanha de conscientização so-
bre saúde mental. Na ocasião hou-
ve uma mesa redonda que contou 
com as reflexões do professor Silvio 
Yasui, psicólogo e doutor em saúde 
mental, da Universidade Estadual 
Paulista (UNESP); Mardônio Paren-
te, Psiquiatra e Doutor em Psicolo-
gia; pela professora de Arquitetura e 
Urbanismo da Universidade Federal 
do Tocantins (UFT), Patrícia Orfila e 
também pelo secretário de saúde 
do município de Palmas, Samuel 
Bonilha.
(En)Cena - Qual é a grande vanta-
gem de ser uma mídia colabora-
tiva, em que pessoas de diversas 
realidades e contextos podem 
contribuir no desenvolvimento de 
conteúdos do Portal?
Irenides Teixeira - O (En)Cena já 
nasceu sob o viés da cultura da co-
laboração e do compartilhamento 
que ganha potência com o trabalho 
que fazemos nas redes sociais. Isso 
se deve, principalmente, por ele ser 
desenvolvido por professores e alu-
nos dos cursos de Comunicação 
Social, Psicologia e Sistemas de 
Informação e ainda pelas parcerias 
que foram acontecendo. Para se ter 
ideia, estabelecemos parcerias com
 redes de serviços de saúde mental 
como, por exemplo, os CAPS de Pal-
mas, Porto Nacional e Dianópolis; 
com as Secretarias Municipal e Es-
tadual de Saúde do Tocantins, com 
a Política Nacional de Humanização 
– PNH e ainda com diversas institui-
ções de ensino.
 Essas parceiras se mate-
rializam, ao longo desses três anos, 
na publicação de mais de 1.200 tra-
balhos no portal, na participação 
da equipe em eventos nacionais e 
internacionais, tais como: Encon-
tro Nacional de Psicologia Social 
- ABRAPSO, Recife (2011); X Con-
gresso de Saúde Mental e Direi-
tos Humanos, Córdoba, Argentina 
(2011); I Congresso de Psicologia 
do Cerrado (CONPCER); 35º Con-
gresso Brasileiro de Ciências da 
Comunicação / INTERCOM. Forta-
leza – CE (2012); Política Nacional 
de Humanização do SUS. Florianó-
polis – SC (2012), no I Encontro de 
Apoiadores em Humanização do 
Tocantins. Palmas – TO (2012); II 
Congresso Internacional de Saúde 
Mental e Reabilitação Psicossocial, 
Porto Alegre/RS (2012); VIII EREP 
Norte e Nordeste, São Luis/MA 
(2012). As parcerias permitiram 
ainda que em maio de 2012 o even-
to (En)Cena na Praça: Saúde Men-
tal em Rede, em Palmas-TO, fosse 
um sucesso.
 
O primeiro layout lançado em maio de 2011 e o segundo 
layout lançado em dezembro de 2012.
Equipe acerta os últimos detalhes do evento (En)Cena na 
Praça: Saúde Mental em Rede, 2012.
Foto – Arquivo (En)Cena
A Coordenadora do (En)Cena em articulação com 
Terezinha Moreira e Ricardo Teixeira, Consultores da 
Política Nacional de Humanização - PNH durante o I 
Encontro de Apoiadores em Humanização do Tocantins, 
2012. Foto - Arquivo (En)Cena
Equipe do (En)Cena durante a cobertura do evento Semi-
nário Norte de Humanizaçãoem Manaus, 2013. Foto 
– Arquivo (En)Cena
TV Jovem Palmas na cobertura do evento (En)Cena na 
Praça: Saúde Mental em Rede, 2012.
Foto – Arquivo (En)Cena
Acadêmicos voluntários do (En)Cena atuam na cober-
tura do I Encontro de Apoiadores em Humanização do 
Tocantins, 2012. Foto - Arquivo (En)Cena
Equipe do (En)Cena em momento de descontração 
durante o evento Seminário Norte de Humanização em 
Manaus, 2013. Foto – Arquivo (En)Cena
Equipe do (En)Cena com o pessoal da PNH que orga-
nizou o evento Seminário Norte de Humanização em 
Manaus, 2013. Foto – Arquivo (En)Cena
Equipe do (En)Cena comemora o sucesso do evento (En)
Cena na Praça: Saúde Mental em Rede, 2012.
Foto – Arquivo (En)Cena
O portal (En)Cena é apresentado aos participantes do II 
Congresso Internacional de Saúde Mental e Reabilitação 
Psicossocial, Porto Alegre/RS, 2012. Foto - Arquivo (En)
Cena
8
O portal foi parceiro da Coorde-
nação Estadual de Saúde Mental 
do Tocantins na organização do 1º 
Seminário Tocantinense da Saúde 
Mental em Movimento com o Inter-
setor em Palmas-TO (2012) e ainda 
do Ministério da Saúde e Política 
Nacional de Humanização - PNH 
no Seminário Norte de Humaniza-
ção, em Manaus-AM (2013). Nes-
ses eventos a equipe do (En)Cena 
foi responsável pelo registro, docu-
mentação e divulgação nas redes 
sociais. A atuação, bem como os 
resultados, chamou a atenção do 
Ministério da Saúde que proporcio-
nou que 18 pessoas da equipe fizes-
sem parte da cobertura do evento 
IV Mostra Nacional de Experiências 
em Atenção Básica / Saúde da Fa-
mília em Brasília/DF, em março de 
2014.
 Nessas oportunidades en-
contramos pessoas com experiên-
cias de vidas diferenciadas que nos 
proporcionaram relatos que foram 
transformados em textos, áudios, 
vídeos, desenhos e fotografias. É 
muito gratificante ver pessoas de 
várias partes do Brasil e com várias 
formações culturais falando sobre 
loucura, saúde mental. 
(En)Cena - O Portal (En)Cena já 
publicou mais de 1.200 conteú-
dos em diversos formatos: áudio, 
vídeo, texto, poesia, fotografia, de-
senho... Qual é a importância de 
trabalhar com essa liberdade de 
linguagens?
Irenides Teixeira - Desde o início 
do projeto pensamos em diferentes 
seções que oportunizassem mani-
festações distintas de pensamento 
sejam por professores, acadêmicos, 
artistas, profissionais e usuários 
dos serviços de saúde. A diversida-
de de seções bem como a liberda-
de de linguagens foram essenciais 
para a riqueza de temas veiculados 
pelo (En)Cena. 
 As seções do portal são: 
Cenas (publicação de trabalhos 
imagéticos – fotos, desenhos, pin-
turas e videos), Desterritorialize-se 
(publicação de textos sobre temas 
variados, não ligados a seus cam-
pos de conhecimento e que tragam 
a saúde mental como eixo transver-
sal.), Em Cartaz (espaço destina-
do a resenhas, críticas e reflexões 
a respeito de obras – tais como: 
livros, filmes, exposições etc. – e 
eventos atuais que sejam relevan-
tes para o tema da saúde mental), 
Entrevistas (divulgação de entrevis-
tas feitas com pesquisadores, au-
tores, gestores e especialistas em 
saúde, assim como as realizadas 
com usuários, familiares de usuá-
rios e profissionais de serviços de 
saúde mental, e que digam respeito 
ao tema de interesse do portal), Es-
critos (espaço que visa à publicação 
de narrativas que se deixam moldar 
em poesias, contos, crônicas, ro-
mances e narrativas), Insight (local 
reservado para textos teóricos, re-
flexões, críticas e comentários, de 
autoria da equipe do portal ou não, 
sobre temas contemporâneos que 
tragam a saúde mental como eixo 
transversal), Personagens (ambien-
te destinado a histórias de persona-
gens, reais ou fictícios, pessoas ou 
instituições, que têm suas vidas e 
Equipe do (En)Cena durante a cobertura do evento IV 
Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica 
/ Saúde da Família em Brasília, 2014. Foto – Arquivo 
(En)Cena
Integrantes da Equipe do (En)Cena presentes na IV Mos-
tra Nacional de Experiências em Atenção Básica / Saúde 
da Família em Brasília, 2014. Foto – Arquivo (En)Cena
trajetórias relacionadas de alguma 
forma à saúde mental ou à loucura), 
Roteiros (seção onde se pode divul-
gar relatos de experiências ocorri-
das em serviços de saúde que, em-
bora fujam do formato acadêmico 
tradicional, impõem-se por sua ne-
cessidade e por sua importância na 
produção do conhecimento relacio-
nado à área), Trilhas (uma espécie 
de sarau musical sobre o passado, 
o presente e o “proto-futuro” da pro-
dução discursiva em Saúde Mental 
e onde se publicam fragmentos de 
sonoplastia textual datados, mas 
com reverberação atemporal, e in-
terpretados-dublados sob a estética 
da peça radiofônica). Temos ainda 
Notícias e Reportagens que divul-
gam os eventos e acontecimentos 
na área e ainda temas de interesse 
da sociedade.
(En)Cena - Estar imerso no con-
texto universitário faz do (En)Cena 
uma plataforma de comunicação 
mais dinâmica?
Irenides Teixeira – Acredito nas 
possibilidades que temos de esta-
belecer redes. Nessa lógica, é ine-
gável que estarmos na Universidade 
amplia a possibilidade de contatos. 
Cada colaborador, com a sua rede, 
se faz importante nessa tessitu-
ra subjetiva de conhecimento em 
prol da temática Saúde Mental. Por 
exemplo, sou graduada em Proces-
samento de Dados, Comunicação 
Social e em Psicologia (três áreas 
de conhecimento distintas), tenho 
formação em Fotografia, Turismo e 
Arteterapia, fiz mestrado e douto-
rado em instituições diferentes. Isso 
significa conhecer pessoas com 
olhares distintos acerca do cotidia-
no. Nessa lógica, um convida o outro 
e assim tecemos esse projeto que já 
não faz parte mais de uma equipe 
de professores e alunos que pensa-
ram o projeto. O (En)Cena é parte 
de cada um que publica textos, que 
curte, que comenta, que comparti-
lha, que divulga, que sugere temas 
– dessa prática é que surgiram as 
séries temáticas –, que apóia de al-
guma forma para que ele permane-
ça no ar. Manter a meta de publicar 
um trabalho por dia é tarefa árdua 
10
que sem esses colaboradores seria 
impossível continuar.
(En)Cena – No dia 18 de maio, 
também lembrado o dia da luta 
antimanicomial, o (En)Cena com-
pletou 3 anos de lançamento. Pra 
você, qual foi ou é a maior conquis-
ta do Portal?
Irenides Teixeira – É certo que ultra-
passar a marca dos 1.200 trabalhos 
publicados, de ganharmos dois prê-
mios regionais e um nacional como 
melhor portal e de termos em média 
12 mil acessos semanais nos deixa 
envaidecidos, mas não dá a dimen-
são da importância que o (En)Cena 
tem na vida das pessoas. Desenvol-
vemos ao longo desses três anos 
tecnologias de cuidado para com o 
outro que seria impossível relatar 
aqui. Recebemos mensagens com 
caráter de denúncia por maus tra-
tos em hospitais, de pedido de ajuda 
para compreender alguns transtor-
nos mentais, de agradecimento por 
trazer à web temas que os interes-
sam e ainda mensagens de apoio. 
Isso nos motiva a continuar.
 O (En)Cena é ainda espa-
ço de formação, pois são os alunos 
que desenvolvem as artes visuais 
que dão vida ao portal, são eles que 
ilustram as poesias, que fotogra-
fam, que editam, que entrevistam, 
que divulgam nas redes sociais, que 
desenvolvem a interface. São esses 
alunos, orientados por seus profes-
sores, que em seus estágios e TCCs 
pensam melhorias para o portal. 
 São várias as conquistas 
que corro o risco de não conseguir 
elencar aqui. Mas, não podia deixar 
de citar algumas instituições de en-
sino que se fizeram presente no por-
tal com a publicação de trabalhos:
- UNB – UNIFENAS – UFRGS – USP 
– UDF - UNITINS – UFBA – IF-SC 
– UNICAMP – UNITRI - UFVJM – 
UNIMAR ITPAC/PORTO – UFSC – 
UERJ – UFT UNISINOS – UEL – UFC 
- UFMG – UFES - UFPB – CESUMARUNIFOR – UFRJ – UNEB - UNESP – 
UFSM – UFPR – IFES - PUC/CAMPI-
NAS – UNI/POTIGUAR entre outras.
 Hoje, acessado em mais de 
120 países, podemos dizer o portal 
é um território em que pessoas li-
gadas ou não aos serviços de saúde 
militam pela causa.
(En)Cena - Qual a sua expectativa 
para o projeto?
Irenides Teixeira – O (En)Cena 
atingiu números muito altos que 
dá a dimensão de seu crescimento. 
Para se ter ideia, em 2011 tivemos 
39.658 acessos, em 2012 155.342 e 
em 2013 chegamos a 366.055. Em 
2014 esse número vem aumentado 
progressivamente. Isso só aumen-
ta a nossa responsabilidade com 
todos os que acreditam na propos-
ta. Quanto as nossas expectativas, 
posso citar algumas que fazem par-
te dos nossos planos e que já estão 
em desenvolvimento: aplicativos 
para dispositivos móveis, o tercei-
ro layout do portal e tornar o (En)
Cena acessível para os deficientes 
visuais e ainda disponibilizar alguns 
dos conteúdos em outros idiomas. 
Sonhos a parte, acredito que man-
termos o (En)Cena funcionando já é 
um desafio que vale a pena.
TE
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E
“Fomentar educação ambiental vai muito além de abraçar árvores e plantar mudas”. É 
com este pensamento que o projeto de extensão Terraquarium: Educação e Meio Am-
biente, do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA), se desenvolve. 
Sob coordenação da professora pesquisadora Conceição Previero, há 13 anos o Terra-
quarium atua no desenvolvimento e elaboração de ações voltadas para a conscienti-
zação de problemas ambientais. Essa atuação abrange a comunidade universitária e a 
população palmense por meio de atividades tangíveis e de forma interdisciplinar.
 Por meio de práticas diversifica-
das para públicos diferentes entre si, o 
Terraquarium propõe ações com o intui-
to de adotar a filosofia dos 3 Rs: Reduzir, 
Reutilizar e Reciclar. Também aposta no 
fomento da educação ambiental junto a 
escolas do ensino público e privado do 
município e na revitalização de espaços 
não utilizáveis.
 Em entrevista ao (En)Cena, a pro-
fessora doutora Conceição Previero fala 
sobre o projeto, as ações desenvolvidas e 
os desafios de trabalhar o tema de educa-
ção ambiental com a comunidade acadê-
mica e a sociedade a qual o Terraquarium 
atende.
Coordenadora do projeto Terraquarium, professora Conceição Previero.
Foto: Michel Rodrigues
12
(En)Cena - Há quanto tempo o 
projeto Terraquarium é realizado? 
Em qual contexto ele surge?
Conceição Previero - O projeto 
Terraquarium foi iniciado em 2001, 
quando da construção da Usina Hi-
drelétrica Luiz Eduardo Magalhães. 
 Na ocasião o CEULP/UL-
BRA foi responsável pelo resgate 
dos animais silvestres no enchi-
mento do lago da Usina. O Terra-
quarium foi o centro de recepção 
dos animais feridos ou localiza-
dos em locais inadequados (resi-
dências, locais públicos etc), para 
posteriores cuidados, quando ne-
cessários e retorno ao seu habitat. 
Também foram resgatadas espé-
cies da família Orchidaceae (as or-
quídeas), estas foram “fixadas” nos 
caules das plantas conforme suas 
afinidades. Após o término do res-
gate alguns animais permaneceram 
por um período nesse espaço e em 
2009 foram destinados os últimos 
espécimes para outros Centros de 
Recepções. O Terraquarium foi um 
marco para o CEULP/ULBRA frente 
à importância do trabalho realiza-
do. Até os dias de hoje somos con-
tatados para recepção de animais 
silvestres. No ano de 2011 foram re-
tomadas as atividades, com foco na 
Educação Ambiental. Hoje, a equipe 
de estagiários que fazem parte des-
se projeto, realizam trabalhos dire-
tos ou complementares, são eles: 
Ícaro Gonçalves Santos, Filipe Ca-
bral Lima Ferreira, Tatiana Gomes 
Cesar, Lucivania de Sousa Santos, 
José Adailton Rodrigues de Sousa, 
Daniella Martins Pimenta, João Gui-
lherme Teixeira e o biólogo Pedro 
Henrique Campelo.
(En)Cena - O Terraquarium, em 
seu objetivo principal, promove 
Educação Ambiental. Qual é esse 
conceito?
Conceição Previero - A promo-
ção da Educação Ambiental é vista 
como consequência das práticas 
desenvolvidas. É um trabalho per-
manente, contínuo e transversal. É 
um conceito que vai além do mo-
dismo que a mídia impõe sobre ser 
politicamente correto no que tange 
a questão ambiental. Não adianta 
abraçar uma árvore em protesto a 
sua permanência e no dia a dia não 
incorporar práticas que venham a 
condizer com o seu discurso.
(En)Cena - “Terraquarium”, além de 
ser o nome do projeto, é um espa-
ço físico e área verde no campus do 
CEULP/ULBRA. De que forma esse 
local é utilizado e qual o diferencial 
dele no contexto palmense?
Conceição Previero- A cobertura 
vegetal na área do Terraquarium é 
uma parcela preservada do Bioma 
Cerrado. A fisionomia da vegeta-
ção mostra uma grande riqueza em 
números de espécies, como: pequi, 
murici, cajuí, mangaba, ipê, jatobá, 
araçá, grudento, folha larga, puçá, 
fava de bolota, etc. A especulação 
imobiliária tem colocado o Cerrado 
Espécies resgatadas - Foto: Solange Alves
Animais silvestres apreendidos - Foto: Solange Alves
Visita monitorada- Foto: Solange Alves
no chão. No entorno do campus do 
CEULP/ULBRA fica evidente referi-
da prática. As imagens de satélite 
evidenciam os fatos. Dentro deste 
cenário se verifica a importância 
deste espaço, não somente para a 
comunidade acadêmica da Institui-
ção, mas para toda a comunidade 
no seu entorno. Há de se conside-
rar que a área preservada tem sido 
refugio para algumas espécies de 
animais do Cerrado, frente aos des-
matamentos no entorno.
(En)Cena - Por meio de quais ativi-
dades práticas o projeto atinge os 
objetivos da educação ambiental?
Conceição Previero - O lúdico é o 
que mais evidencia a atividade. Por 
exemplo: ao explanarmos sobre a 
fava de bolota, espécie símbolo do 
Tocantins, a uma criança, onde ela 
poderá tocar as sementes, receber 
uma muda para plantio e na som-
bra da árvore da mesma espécie, 
haverá uma percepção diferencia-
da. Outro exemplo: Fazemos uso de 
animais silvestres taxidermizados 
(empalhados), onde espalhamos 
exemplaresao longo de uma trilha 
que percorre o interior da mata em 
questão e as crianças os localizam 
e os identificam. A resposta é es-
petacular frente à fantasia que as 
crianças criam diante do cenário. 
Sob estas condições falamos sobre 
a importância da preservação e o 
porquê dos animais taxidermiza-
dos. 
 Para conhecimento do 
comportamento de espécies nati-
vas do Cerrado, quanto a armazena-
bilidade das sementes, germinação, 
crescimento das plantas, desen-
volvemos pesquisas científicas, 
cujos resultados são apresentados 
em eventos técnicos-científicos e 
socializados nos diferentes gru-
pos sociais. Na campanha “Adote 
uma árvore” distribuímos em 2013 
aproximadamente 3000 mudas 
de espécies nativas e frutíferas em 
parceria com a Prefeitura de Pal-
mas. Ao adotar uma muda a pessoa 
recebe orientação sobre o plantio e 
um certificado se comprometendo 
a zelar pelo desenvolvimento da es-
pécie. O espaço também tem sido 
utilizado pelo Exército e Corpo de 
Bombeiros em provas do projeto 
Akádemo: Uma lição de vida e even-
Imagens do Terraquarium e entorno no ano de 2009
Imagens do Terraquarium e entorno no ano de 2014
14
Mudas de cajá – Pesquisa
Mudas de pequi – Pesquisa
Sementes de pequi
Caroço do pequi para extração da semente
Plantio de mudas dentro do Projeto Akádemo
Educação Ambiental Alunos do SESC
Plântulas de cupuaçu - Pesquisa
Frutos de murici para extração das sementes
Pista de orientação realizada pelo Exército
Falsa baiana realizada pelo Corpo de Bombeiros
Tirolesa realizada pela equipe do Corpo de Bombeiros
Campanha distribuição de mudas AGROTINS 2013
tos institucionais.(En)Cena - Qual a importância de 
discutir ‘relação do indivíduo com 
o meio ambiente’ na universida-
de? Há dificuldades para tratar do 
assunto com acadêmicos e a co-
munidade em geral?
Conceição Previero - A transversa-
lidade do tema meio ambiente per-
passa em todas as áreas de conhe-
cimento. A maioria dos acadêmicos 
envolvidos no projeto é do curso 
de Ciências Biológicas, mas temos 
percebido um despertar em outras 
áreas, como o Direito Ambiental, 
Psicologia Ambiental, Mídia Am-
biental, Saúde Humana e Ambiente. 
 Impossível pensar no indi-
víduo isolado do meio ambiente e 
onde esta o indivíduo há problemas 
ambientais. É lamentável, por exem-
plo, nos depararmos com resíduos 
sólidos e jogados no chão quando 
as lixeiras estão do lado. Basta ter 
olhos para ver que isto acontece 
também nos espaços da nossa 
Instituição. Fizemos uma coleta de 
resíduos na Instituição e deposita-
mos em local de fácil visibilidade, na 
expectativa de que mexeria com os 
cidadãos, mas a resposta não veio. 
Não acredito em respostas em cur-
to prazo no que tange a EDUCAÇÃO 
+ Ambiental. Sempre nos questio-
namos o que fazer??? A resposta é 
continuar e fazer das práticas um 
novo despertar. Educar dá traba-
lho, por isso que eu acredito que a 
promoção da Educação Ambiental 
Infantil é mais promissora.
(En)Cena - Enfim, qual é a expec-
tativa do Terraquarium? O que 
ele pretende despertar no âmbito 
acadêmico e social?
Conceição Previero - Parto do 
pressuposto que é preciso vivenciar 
o nosso discurso, o que nem sem-
pre é fácil. Não estamos prontos e o 
trabalho deve ter sensatez. Há uma 
discussão entre ambientalistas, por 
exemplo, que a divulgação de uma 
lista de espécies ameaçadas pode 
ajudar na extinção, com fotos, locais 
em que ocorrem, e seus hábitos de 
vida. Isto nos põe em xeque sobre 
determinadas práticas. É preciso 
reavaliar sempre. Acredito que par-
te da comunidade acadêmica do 
CEULP/ULBRA desconhece a exis-
tência da área nativa e preservada 
que temos dentro do campus e no 
desenvolvimento do projeto “Terra-
quarium: Educação e Meio Ambien-
te”. Um grande desafio é deixar/fa-
zer com que as pessoas conheçam 
o projeto. A promoção da catálise 
diante das práticas será em respos-
ta ao catalisador – indivíduo. 
Resíduos sólidos coletados nos estacionamentos e jardins 
do CEULP/ULBRA
16
FISIOTERAPIA
AQUÁTICA NA APAE DE PALMAS - TO
Alongamentos, fortalecimento muscular e treino funcional no meio aquático são algumas das práticas realiza-das no projeto de extensão Fisioterapia Aquática na APAE de Palmas – TO do Centro Universitário Luterano 
de Palmas (CEULP/ULBRA). Coordenado pela professora fisioterapeuta Luciana Furtado, o trabalho do projeto 
com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) teve início em 2010, quando o CEULP/ULBRA cons-
truiu uma piscina terapêutica especial para este tipo de modalidade na Associação. Desde esta data, os alunos 
apaeanos são atendidos semanalmente por acadêmicos do curso de Fisioterapia e supervisionados por docentes 
da mesma área.
 Por meio de práticas diver-
sificadas para públicos diferentes 
entre si, o Terraquarium propõe 
ações com o intuito de adotar a filo-
sofia dos 3 Rs: Reduzir, Reutilizar e 
Reciclar. Também aposta no fomen-
to da educação ambiental junto a 
escolas do ensino público e privado 
do município e na revitalização de 
espaços não utilizáveis.
 Em entrevista ao (En)Cena, 
a professora doutora Conceição 
Previero fala sobre o projeto, as 
ações desenvolvidas e os desafios 
de trabalhar o tema de educação 
ambiental com a comunidade aca-
dêmica e a sociedade a qual o Ter-
raquarium atende.
(En)Cena - Em quê consiste a fi-
sioterapia aquática? Essa ativida-
de terapêutica exige preparação 
de algum recurso para a realiza-
ção dela, como, por exemplo, uma 
piscina específica ou material di-
ferenciado?
Luciana Furtado - A fisioterapia 
aquática consiste na prática de 
Professora Luciana Furtado, coordenadora do projeto Fisioterapia Aquática na APAE de Palmas – TO
18
técnicas fisioterapêuticas específi-
cas para o meio aquático utilizadas 
para a promoção da reabilitação 
física e funcional de pacientes. Os 
atendimentos devem ser realizados 
num espaço destinado a atividades 
aquáticas que seguem normas da 
vigilância sanitária e contam com 
uma piscina com estrutura e tem-
peratura da água específica para 
esses atendimentos.
(En)Cena - Por que vocês escolhe-
ram a comunidade apaeana para 
as práticas do projeto e por que a 
escolha da fisioterapia aquática?
Luciana Furtado - A maioria das 
crianças da APAE tem deficiência 
física que compromete seu desen-
volvimento motor adequado e con-
sequentemente causa prejuízo na 
deambulação e realização de suas 
atividades funcionais. Certos prin-
cípios físicos da água associados 
a manejos fisioterapêuticos espe-
cíficos conferem maior liberdade 
e funcionalidade aos movimentos 
que seriam difíceis de serem exe-
cutados no solo, o que permite, de 
acordo com a doença de base, esti-
mular o ganho progressivo de flexi-
bilidade, força, equilíbrio e de habili-
dades funcionais.
 A instituição APAE conta 
uma piscina terapêutica e a dispo-
nibiliza para profissionais fisiote-
rapeutas de instituições parceiras 
para que possam atender a grande 
demanda de crianças com defici-
ência encaminhadas pelos médicos 
para esse atendimento.
(En)Cena - Como é a aceitação 
dos alunos da APAE? Eles de-
monstram gostar das atividades 
desenvolvidas pela fisioterapia 
aquática?
Luciana Furtado - É visível o bem es-
tar e a alegria das crianças durante 
os atendimentos, o que motiva os 
acadêmicos voluntários a se inte-
ressarem por essa área de atendi-
mento.
(En)Cena - Que resultados o pro-
jeto obteve no que diz respeito à 
saúde física e psíquica das crian-
ças atendidas? Houve melhora de 
qualidade de vida?
Luciana Furtado - Nesses anos de 
realização do projeto temos obser-
vado resultados de melhora física, 
funcional e até mesmo relatos de 
melhora do bem estar psíquico pe-
los professores cuidadores dessas 
crianças, aspectos esses, funda-
Criança sendo atendida por acadêmicos do projeto
Alunos da APAE recebendo atendimento
mentais na garantia de uma boa 
qualidade de vida a essa população.
(En)Cena - Os pais e cuidadores 
das crianças atendidas também 
acompanham o processo terapêu-
tico desenvolvido na APAE? Qual é 
a importância desse acompanha-
mento? Eles são orientados sobre 
cuidados ‘pós-hidroterapia’?
Luciana Furtado - A maior parte das 
crianças vai até a escola através do 
ônibus escolar e passam o dia intei-
ro na instituição enquanto seus pais 
trabalham. Assim há pouco contato 
desses pais com os profissionais da 
saúde atuantes nessa instituição, 
mas muitas vezes passamos orien-
tações destinadas aos pais através 
dos professores cuidadores dessas 
crianças, e quando os pais podem 
comparecer, assistem aos aten-
dimentos e recebem orientações 
e são esclarecidos quanto a seus 
questionamentos no cuidado à suas 
crianças. Já o contato e orientações 
com os professores cuidadores é 
pontual a cada atendimento.
(En)Cena - Na grade curricular do 
curso de Fisioterapia existe algu-
ma disciplina específica sobre hi-
droterapia? Como têm sido a par-
ticipação dos acadêmicos como 
voluntários nesse trabalho?
Luciana Furtado - Há no curso de 
Fisioterapia do CEULP-ULBRA a 
disciplina de Fisioterapia Aquática 
onde há teoria e prática dos prin-
cípios e técnicas que regem esses 
atendimentos. Os voluntários mos-
tram-se motivados, participativos 
e atuantes em todo o processo de 
reabilitação proposto pelo projeto 
de extensão.
(En)Cena - A vivência ‘universida-
de e comunidade’, na Fisioterapia 
Aquática na APAE de Palmas, é ge-
radora de bons resultados?
Luciana Furtado-Os resultados 
são uma via de mão dupla: tanto 
as crianças beneficiam-se da rea-
bilitação pela fisioterapia aquática, 
quanto os acadêmicos, professo-
res e a instituição CEULP-ULBRA 
em si, beneficia-se das atividades 
filantrópicas realizadas na APAE, 
construindo nos acadêmicos a res-
ponsabilidade social, humanística e 
ética embasada no conhecimento 
científico e vivenciada no vínculo te-
rapeuta-paciente.
Acadêmicos atendendo alunos apaeanos
Alunos voluntários do projeto Fisioterapia
Aquática na APAE
Atendimentos hidroterapêuticos na APAE
20
22
AKÁDEMO
UMA LIÇÃO DE VIDA
Trote solidário e de forma voluntária. Essa é a proposta do projeto de extensão Akádemo, realizado pelo Cen-tro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA). Também chamado de gincana solidária, o Akádemo é 
uma forma diferenciada de recepcionar os acadêmicos ingressantes no CEULP/ULBRA. Sem humilhação, cons-
trangimento ou agressividade, o trote solidário busca colocar o acadêmico em contato direto com a sociedade 
para despertar nele o senso de responsabilidade e compromisso social. A cada início de semestre, os calouros da 
instituição são convidados e motivados a participar do trote que já está na 16ª edição.
 Em parceria com órgãos 
públicos e particulares, o Akádemo 
desperta no calouro o interesse de, 
desde o início da vida acadêmica, 
auxiliar a comunidade que lhe cer-
ca na necessidade que tem, explica 
o professor Antonio Cesar Mello, 
coordenador do projeto. O trabalho 
em equipe também é um dos as-
pectos cultivados no Akádemo e é 
por meio dele que todo o projeto é 
desenvolvido, completa Cesar.
 Em entrevista ao (En)Cena, 
o professor Antonio Cesar Mello, co-
ordenador do Akádemo, conta so-
bre os benefícios de um projeto de 
extensão nesse formato e os resul-
tados obtidos com o trote solidário.
(En)Cena - Por que o CEULP/UL-
BRA escolheu recepcionar o ca-
louro com o Akádemo, e não da 
forma tradicional?
Antonio Cesar Mello - Infelizmente 
não são raras as notícias de violên-
cia nos trotes universitários. Os tro-
tes “tradicionais” levam o calouro 
a situações de humilhações, seja 
física, psíquica ou social. A cada 
semestre temos noticias das humi-
lhações que os calouros são sub-
metidos em outras instituições de 
ensino. Buscar pintar a cara e pa-
rar nos semáforos pedindo dinheiro 
para depois financiar a festa dos 
veteranos é no mínimo degradante 
ao ser humano e àquele que busca 
mudar, por sua postura e conheci-
mento, o mundo ao qual faz parte 
para melhor.
 O CEULP/ULBRA adotou 
uma política de vanguarda na Capi-
tal ao assumir para si a responsabi-
lidade do “Trote” retirando do meio 
universitário as condutas deplorá-
veis de submissão dos calouros a 
ações desmedidas e violentas.
(En)Cena - Por que o CEULP/UL-
BRA escolheu recepcionar o ca-
louro com o Akádemo, e não da 
forma tradicional?
Antonio Cesar Mello - Infelizmente 
não são raras as notícias de violên-
cia nos trotes universitários. Os tro-
tes “tradicionais” levam o calouro 
a situações de humilhações, seja 
física, psíquica ou social. A cada 
semestre temos noticias das humi-
lhações que os calouros são sub-
metidos em outras instituições de 
ensino. Buscar pintar a cara e pa-
rar nos semáforos pedindo dinheiro 
para depois financiar a festa dos 
veteranos é no mínimo degradante 
ao ser humano e àquele que busca 
mudar, por sua postura e conheci-
mento, o mundo ao qual faz parte 
para melhor.
 O CEULP/ULBRA adotou 
uma política de vanguarda na Capi-
tal ao assumir para si a responsabi-
lidade do “Trote” retirando do meio 
universitário as condutas deplorá-
veis de submissão dos calouros a 
ações desmedidas e violentas.
(En)Cena - O Akádemo também é 
conhecido como ‘gincana solidária’. 
Os calouros aderem a essa ideia?
Antonio Cesar Mello - Temos nota-
do que os calouros vêm aderindo a 
cada edição com mais afinco e res-
ponsabilidade. Todos temos den-
tro de nós uma semente do bem. 
Quando demonstramos o “Trote 
Solidário”, a adesão destas pessoas 
que buscam um mundo melhor é 
imediata.
Professor Antonio Cesar Mello, coordenador do projeto Akádemo
Calouros e veteranos em momento de descontração
24
(En)Cena - Os alunos veteranos 
também participam do Akádemo? 
De que forma?
Antonio Cesar Mello - Os veteranos 
desenvolvem um papel fundamen-
tal para a existência e êxito do pro-
jeto. Além do auxilio na execução e 
formatação do Projeto, eles são o 
pilar de divulgação e sustentação 
do Projeto Akádemo. (En)Cena - De que forma a comu-
nidade palmense é beneficiada 
com o projeto? A quem o Akáde-
mo abraça?
Antonio Cesar Mello - Além de 
proporcionarmos aos acadêmicos 
a possibilidade de um crescimento 
subjetivo tremendo, os aproxima-
mos de instituições a fim de que efe-
tivamente verifiquem suas funções, 
e estas instituições são nossos par-
ceiros permanentes, são elas: Orga-
nização Jaime Câmara, 22 BI - Exér-
cito Brasileiro, Associação de Pais e 
Amigos dos Excepcionais (APAE), 
Polícia Militar, Hemocentro, Corpo 
de Bombeiros, Fazenda da Espe-
rança, ATTM, DISMICO’s, Banco 
de Leite Humano. Estas são as que 
demonstram o interesse em serem 
realmente conhecidas por aqueles 
que um dia serão os formadores de 
opiniões.
Prova da música
Veteranos do Akádemo
Bandeira feita por participantes do Akádemo
Calouros no Akádemo
Aluna da APAE em apresentação aos calouros no 
Akádemo
Professor Antonio Cesar Mello em momento de reflexão 
com calouros
Café da manhã na APAE, oferecido por calouros
Prova no 22º Batalhão da Infantaria – Exército
Calouros conhecendo o 22º Batalhão da Infantaria – 
Exército
Prova do Corpo de Bombeiros no Akádemo
Calouro fazendo doação de sangue no Akádemo Prova do adesivaço, em campanha sobre Lei Seca Prova da dança
(En)Cena - E durante os dois dias 
de evento, o que o Akádemo preten-
de mostrar aos alunos que recém 
ingressaram no ensino superior? 
Qual é a importância de ações como 
essas na realidade deles?
Antonio Cesar Mello - Muitas ve-
zes buscamos ações quantitativas 
para demonstrarmos benefícios e 
resultados. O Akádemo vai além 
disso. Quando levamos os calouros 
a conhecerem a sociedade que os 
circunda, as instituições e suas pes-
soas e peculiaridades, passamos a 
desenvolver nestes estudantes uma 
transformação emocional tremen-
da, vinculando-os à sua comunida-
de e motivando-os a colaborar para 
a solução dos problemas levanta-
dos. Este é o real papel de uma uni-
versidade. Trabalhar a pessoa como 
um todo, e nada melhor do que co-
meçar esta transformação no in-
gresso destas pessoas a uma nova 
e fascinante vida, a vida acadêmica.
26
Café da manhã na APAE
Prova da dançaCalouros festejando a vitória no Akádem
Prova do Corpo de Bombeiros com calouros Blitz educativa realizada no Akádemo
(En)Cena - Pra você, como coorde-
nador do projeto, qual é o melhor 
resultado que o Akádemo traz?
Antonio Cesar Mello - Olha, como 
Coordenador, e acima de tudo 
como pessoa que gosta de pessoas, 
tenho aprendido a cada edição; a 
cada desafio, a cada sorriso, a cada 
lágrima, a cada emoção, a cada gri-
to, que vale muito a pena ajudar as 
pessoas a verificarem que o mundo 
vai muito além dos livros e que a 
superação com amor, companhei-
rismo, respeito e fé fica tudo muito 
mais fácil.
INFORMATICA
E SOCIEDADE
“Proporcionar contato direto com a tecnologia da computação a pessoas 
que, pela exclusão social, ficaram as margens deste avanço tecnológico”. 
Este é o objetivo do projeto Informática e Sociedade, iniciativa dos cursos 
de Sistema de Informação e Ciência da Computação do Centro Universitá-
rio Luterano de Palmas (CEULP).
 O projeto existe desde 2004 
e atende, por meio de cursos minis-
trados pelos universitários, em mé-
dia 200 pessoas por ano.Entre esse 
público, estão idosos do Centro de 
Convivência dos Idosos, jovens ca-
Professor Edeilson Milhomem, um dos coordenadores do projeto Informática e Sociedade
28
rentes de escolas públicas de Pal-
mas e alunos da APAE; e para cada 
grupo, há um formato diferente de 
atuação.
 O (En)Cena entrevistou o 
professor doutor Edeilson Milho-
mem, um dos coordenadores do 
projeto Informática e Sociedade. 
Na entrevista, Edeilson fala sobre 
os impactos do projeto na realidade 
das pessoas atendidas e também 
sobre os trabalhos desenvolvidos 
pelos acadêmicos como forma de 
sensibilização para causas sociais.
(En)Cena - Qual é a importância 
deste projeto, que promove inclu-
são digital?
Edeilson Milhomem - O projeto In-
formática e Sociedade possui duas 
vertentes de atuação: (1) inclusão 
digital de pessoas carentes, com 
necessidades especiais, idosos, 
em situação de risco social ou que, 
por algum motivo, não têm acesso 
à tecnologia da informação; e (2) a 
qualificação profissional de jovens e 
adolescentes de comunidades ca-
rentes, que visa despertar o interes-
se dos jovens pela TI, visto que há 
um mercado vasto a ser explorado 
no que tange a Inovação Tecnoló-
gica, com amplas possibilidades 
de negócios e trabalho. Assim, este 
projeto contribui diretamente para 
a redução da exclusão digital de 
pessoas e o aprimoramento pesso-
al e profissional.
 Além disso, como o projeto 
possui uma participação ativa dos 
discentes dos cursos de Computa-
ção do CEULP, estes têm a oportu-
nidade de exercitar o conhecimento 
tecnológico adquirido em sala de 
aula em prol de uma causa social 
(um exemplo prático de exercício 
social), aproximando duas realida-
des em que o próprio conhecimen-
to tecnológico é tido como um fator 
de distanciamento social.
(En)Cena - Este processo de de-
mocratização do acesso às tecno-
logias da informação é necessário 
na capital tocantinense? Por que 
vocês escolheram os três públicos 
(idosos do Centro de Convivência 
dos Idosos, jovens carentes de es-
colas públicas de Palmas e alunos 
da APAE) para o desenvolvimento 
do projeto?
Edeilson Milhomem - Um dos fa-
tores que contribuíram para a evo-
lução desta nossa sociedade mo-
derna em um espaço de tempo tão 
curto foi, com toda certeza, o surgi-
mento de novas tecnologias, a facili-
dade que as pessoas têm de comu-
nicar-se, de ter acesso às diferentes 
fontes de conhecimento, de intera-
gir entre elas, de produzir conhe-
cimento. Nesta direção, na nossa 
capital e nem tampouco em no es-
tado não há diferença. Precisamos 
de pessoas que estejam seguindo 
a mesma direção que o mundo se-
gue: o que “respira” tecnologia.
 O público do projeto foi es-
colhido por dois motivos: propiciar 
aos idosos e às pessoas com ne-
cessidades especiais a possibilida-
de destes terem um contato direto 
com um “mundo” antes desconhe-
cido por eles, que é o baseado em 
novas tecnologias; e despertar o 
interesse dos jovens carentes pela 
área de TI, uma vez que estes, hoje, 
têm muitas possibilidades (por 
exemplo, a partir de iniciativas do 
governo brasileiro) de ingressarem 
em um programa de graduação. 
Além disso, a área vem “ganhan-
do” um destaque cada vez maior, 
já que as necessidades do merca-
do aumentam constantemente e a 
quantidade de profissionais que são 
Crianças da APAE familiarizando-se com o computador, 
a internet e com jogos educativos
Foto: Arquivo do Projeto
formados atualmente não supre as 
necessidades do mercado.
(En)Cena - Quais são as aborda-
gens para esses três públicos? 
O que eles aprendem nos encon-
tros/cursos?
Edeilson Milhomem - Aos idosos 
e alunos da APAE são oferecidos 
cursos de microinformática básica, 
tais como, Microsoft Word, Micro-
soft Excel, Pesquisa na Internet e 
Redes Sociais, além de atividades 
lúdicas realizadas através do com-
putador. Já aos jovens que buscam 
uma qualificação profissional, são 
oferecidos cursos de Introdução à 
Programação; Arduino e Desenvol-
vimento para Dispositivos Móveis.
(En)Cena - Quais são as aborda-
gens para esses três públicos? 
O que eles aprendem nos encon-
tros/cursos?
Edeilson Milhomem - Aos idosos 
e alunos da APAE são oferecidos 
cursos de microinformática básica, 
tais como, Microsoft Word, Micro-
soft Excel, Pesquisa na Internet e 
Redes Sociais, além de atividades 
lúdicas realizadas através do com-
putador. Já aos jovens que buscam 
uma qualificação profissional, são 
oferecidos cursos de Introdução à 
Programação; Arduino e Desenvol-
vimento para Dispositivos Móveis.
(En)Cena - Os acadêmicos dos 
cursos de Sistemas de Informa-
ção e Ciência da Computação são 
instrutores dos cursos, certo? 
Além do aspecto técnico, como o 
projeto Informática e Sociedade 
pode contribuir para a formação 
desses universitários?
Edeilson Milhomem - Sim, são es-
tes alunos que ministram os cursos: 
ora de forma voluntária, ora como 
bolsistas. Assim, eles desenvolvem 
naturalmente, habilidades como or-
ganização e sistematização de con-
teúdo para treinamento em grupo, 
além da preocupação com o impac-
to de uma ação social da natureza 
deste projeto.
 Eles desenvolvem também 
a habilidade da prática docente, 
trabalhando conceitos de didática e 
metodologia e colocam em prática 
o conhecimento adquirido em sala 
de aula em prol de uma causa so-
cial.
(O (En)Cena publicou, recentemen-
te, o relato de Leandro Andrade 
Idosa em momento de aprendizado por meio do projeto 
informática e Sociedade
Foto: Arquivo do Projeto
Curso profissionalizante para alunos do ensino médio de 
colégio de Palmas – TO
Foto: Arquivo do Projeto
Acadêmico ministrando curso
Foto: Arquivo do Projeto
30
como instrutor de curso no Projeto 
Informática e Sociedade. Confira 
também a experiência dele)
(En)Cena - Que impactos o projeto 
Informática e Sociedade promove 
na vida da comunidade atendida? 
A autonomia pode ser um dos re-
sultados?
Edeilson Milhomem - Os principais 
impactos causados pelo projeto à 
sociedade são a redução da exclu-
são social e o desenvolvimento de 
habilidades baseadas em tecnolo-
gias em jovens carentes sem opor-
tunidades.
 Com o exercício e a prática 
em despertar o interesse destes 
pela área de tecnologia da infor-
mação naturalmente, estes conse-
guem autonomia para o desenvol-
vimento de novos conhecimentos, 
uma vez que passarão a ter dis-
cernimento de como buscar as di-
ferentes fontes de conhecimentos 
que atualmente estão disponíveis 
através da internet.
Idosos em momento de curso desenvolvido pelo projeto 
informática e Sociedade
 Escolher a profissão não é tarefa fácil. Alunos de ensino médio, por 
vezes, têm dúvidas sobre qual curso de graduação optar, qual área seguir. 
Em alguns casos, adolescentes e jovens têm visões limitadas sobre a área 
de atuação dos cursos e os possíveis caminhos da profissão. Pensando 
nesta realidade, o Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/UL-
BRA) realiza, há 16 anos, a Exposição das Profissões – EXPRO.
 A EXPRO, como é conhecida, 
é um evento institucional que aconte-
ce em três dias. Durante esse período, 
os cursos de graduação do CEULP/
ULBRA se dispõem em stands no 
hall da instituição e expõem, aos vi-
sitantes, o que cada área faz, como 
atua no mercado de trabalho, com o 
que pode trabalhar, quais habilida-
des desperta no acadêmico. E essas 
explicações são feitas por alunos uni-
versitários dos respectivos cursos.
Professora Cristina Filipakis, coordenadora de extensão 
do CEULP/ULBRA
32
Em entrevista ao (En)Cena, a pro-
fessora e coordenadora de Exten-
são do CEULP/ULBRA Cristina Fili-
pakis explica como esta exposição 
acontece e como consegue atingir 
os objetivos propostos para o even-
to.
(En)Cena - Os alunos de ensino 
médio que chegam à EXPRO nor-
malmente játêm em mente a pro-
fissão a seguir no futuro?
Cristina Filipakis - A maioria não. 
Eles chegam com muitas dúvidas, 
sem conhecer as opções que são 
oferecidas e o que de fato cada 
profissional faz. Os poucos que já 
possuem um curso em mente ge-
ralmente escolhem algum dos “cur-
sos da moda”, como Medicina, En-
genharia Civil e Direito, sem avaliar 
aptidão e perspectiva do mercado 
de trabalho para os próximos 4 ou 
5 anos, prazo médio para que eles 
concluam um curso superior.
(En)Cena - Você acha que o con-
tato entre aluno de ensino médio 
e acadêmico de ensino superior 
atinge de forma melhor o objetivo 
da EXPRO?
Cristina Filipakis - Sim, pois o ob-
jetivo da EXPRO é a divulgação das 
diversas áreas que cada profissio-
nal pode atuar e o contato dos alu-
nos de ensino médio com os acadê-
micos de ensino superior permite 
que estes últimos transmitam-lhes 
a experiência da escolha de uma 
profissão, os desafios da educação 
superior e as vivências obtidas nas 
disciplinas teóricas e práticas do 
curso escolhido.
(En)Cena - Você acha que o con-
tato entre aluno de ensino médio 
e acadêmico de ensino superior 
atinge de forma melhor o objetivo 
da EXPRO?
Cristina Filipakis - Sim, pois o ob-
jetivo da EXPRO é a divulgação das 
diversas áreas que cada profissio-
nal pode atuar e o contato dos alu-
nos de ensino médio com os acadê-
Curso de Educação Física na EXPRO.
Foto: ACS - CEULP/ULBRA
Curso de Estética e Cosmética na EXPRO. Foto: ACS - 
CEULP/ULBRA
Curso de Ciências Contábeis em exposição.
Foto: ACS - CEULP/ULBRA
Curso de Enfermagem na EXPRO.
Foto: ACS - CEULP/ULBRA
Curso de Psicologia na EXPRO.
Foto: ACS - CEULP/ULBRA
micos de ensino superior permite 
que estes últimos transmitam-lhes 
a experiência da escolha de uma 
profissão, os desafios da educação 
superior e as vivências obtidas nas 
disciplinas teóricas e práticas do 
curso escolhido.
(En)Cena - A movimentação que 
a EXPRO desencadeia na univer-
sidade também pode ser conside-
rada um dos benefícios da Exposi-
ção?
Cristina Filipakis - Sim, os benefí-
cios são evidentes, pois a Exposição 
permite que os visitantes conheçam 
o ambiente universitário e vislum-
brem a possibilidade de fazer parte 
dele e o CEULP tem a oportunidade 
de mostrar à comunidade em geral 
e público interno (não só aos alunos 
de ensino médio) todas as áreas de 
formação que oferece.
(En)Cena - E qual é o benefício da 
EXPRO para os acadêmicos que 
expõem os respectivos cursos? 
O que a Exposição acrescenta na 
formação universitária deles?
Cristina Filipakis - Os acadêmicos 
veteranos dos cursos têm a opor-
tunidade de repassar experiências 
vividas na universidade, de prestar 
auxílio a jovens que estão passan-
do por um momento de indecisão 
(momento esse que foi há pouco 
tempo passado pelos próprios aca-
dêmicos), de conhecer melhor a 
sua própria escolha e de até mes-
mo repensar a escolha feita, pois 
eles também têm a possibilidade de 
conhecer os outros cursos e suas 
especificidades.
Curso de Direito na EXPRO.
Foto: ACS - CEULP/ULBRA
Curso de Estética e Cosmética em atividade na EXPRO. 
Foto: ACS - CEULP/ULBRA
Curso de Administração expondo na EXPRO.
 Foto: ACS - CEULP/ULBRA
Curso de Serviço Social em dinâmica na EXPRO.
Foto: ACS - CEULP/ULBRA
Curso de Engenharia de Minas expõe maquete itinerante 
na EXPRO. Foto: ACS - CEULP/ULBRA
Alunas no stand do curso de Biomedicina na EXPRO. 
Foto: ACS - CEULP/ULBRA
34
(En)Cena - Você também é pro-
fessora dos cursos de Ciência da 
Computação e Sistemas de In-
formação do CEULP/ULBRA. No 
stand desses cursos, quais são as 
reações dos alunos que visitam e 
conhecem um pouco da realidade 
da profissão?
Cristina Filipakis - A curiosidade 
sobre tecnologias e assuntos re-
lacionados é comum e no stand 
destes cursos as mais diversas 
formas de se aplicar a tecnologia 
são demonstradas. A computação 
é uma ciência ampla, que pode ser 
aplicada a todas as outras áreas de 
conhecimento e este fato faz com 
que os visitantes percebam que po-
derão atuar não só na computação, 
mas sim em outras áreas que talvez 
também tenham interesse.
(En)Cena - Há resultados de alu-
nos que visitaram a EXPRO e, a 
partir dela, decidiram em qual cur-
so de graduação ingressar?
Cristina Filipakis - Sim, temos re-
latos de vários acadêmicos que 
fizeram suas escolhas a partir da 
EXPRO e hoje fazem questão de 
trabalhar de forma voluntária na 
Exposição, pois entenderam a im-
portância de um evento destes para 
a informação dos jovens sobre as 
profissões e o mercado de trabalho 
que os espera.
Curso de Psicologia expondo na EXPRO. Foto: ACS - 
CEULP/ULBRA
Curso de Fisioterapia na EXPRO.
Foto: ACS - CEULP/ULBRA
Curso de Arquitetura e Urbanismo na EXPRO. Foto: 
ACS - CEULP/ULBRA
(En)Cena expondo o projeto na Exposição. Foto: ACS - 
CEULP/ULBRA
Stand do curso de Sistemas de Informação na EXPRO. 
Foto: ACS - CEULP/ULBRA
Alunos do ensino médio conhecendo stand do curso de 
Sistemas de Informação na EXPRO. 
Foto: ACS - CEULP/ULBRA
Despertar nas crianças o interes-se pela leitura e escrita. Com 
este objetivo, desde o início deste 
ano, o projeto de extensão Cofo da 
leitura e escrita é desenvolvido na 
escola indígena Waikarnãse, locali-
zada na Aldeia Salto, no município 
de Tocantínia (TO) a 90 quilômetros 
da capital Palmas.
 Na entrevista, a professora-
Maria Aparecida da Rocha Medina, 
mais conhecida como Cidinha, con-
ta ao (En)Cena sobre o despertar 
do projeto desenvolvido pelo Centro 
Universitário Luterano de Palmas 
(CEULP/ULBRA) e como são esses 
encontros com as crianças Xerente.
(En)Cena - Para entendermos, o 
que é o cofo? Por que o projeto 
tem esse nome?
Maria Aparecida - O Cofo é um 
artefato indígena, confeccionado 
com folhas de buriti. Ele é utilizado 
no transporte de mandioca, milho, 
banana e outros alimentos da roça 
para a aldeia. Quando cheio, passa-
-se a alça do cofo na testa é assim 
que é transportado.
 Considerando o valor cul-
tural e utilitário do cofo, colocamos 
o nome do projeto de “Cofo de lei-
tura”. Isso porque o cofo está sen-
do pouco utilizado, uma vez que a 
maneira dos indígenas não desen-
volve mais as atividades tradicio-
Professora Cristina Filipakis, coordenadora de extensão 
do CEULP/ULBRA
COFO DA
LEITURA E ESCRITA
NA ESCOLA INDÍGENA
36
nais: plantar roça e transportar os 
alimentos. Muitos que antes viviam 
do cultivo da roça exercem funções 
que ocupam grande parte do tem-
po, como cargo de funcionários pú-
blicos, prestação de serviço em ou-
tras funções. Acabam por comprar 
grande parte dos alimentos consu-
midos na aldeia em supermercado 
das cidades de Tocantínia.
 Entretanto, para ressignifi-
car o sentido do cofo e a sua impor-
tância no contexto cultural do povo 
Xerente, pensou-se em colocar esse 
nome do projeto, atribuindo ao tra-
dicional cofo o artefato de transpor-
tar livros. Durante o momento de 
leitura na aldeia, a professora enche 
o cofo de livros e passa entre as 
crianças para que elas escolham o 
livro que desejam ler.
(En)Cena - E por qual motivo esco-
lheu-se trabalhar com as crianças 
Xerente da escola indígena Wai-
karnãse?
Maria Aparecida - Nos 18 anos que 
estou em Palmas, o primeiro povo 
que tive contato foi com os Xerente. 
Embora tenha admiração e carinho 
pelos demais povos: Karajá, Javaé, 
Krahô, Apinajé, Krahô kanela, por 
meio do trabalho no Magistério In-
dígena. Mas é com os Xerente que 
o contato é mais freqüente e a cada 
ano a nossa convivência se fortifica. 
Talvez seja por ser mais próximo a 
Palmas e a gente está sempre se 
encontrando. Seja em trabalho na 
aldeia com os alunos da Ulbra, seja 
em atividades culturais que venham 
desenvolver na universidade. Em ní-
vel de universidade, já são quase 10 
anosde parceria. Nós levamos aca-
dêmicos à aldeia, e de vez em quan-
do, vem um professor indígena para 
vivenciar praticas didáticas e meto-
dologias na universidade.
 Além da estreita relação 
com o povo Xerente, por meio dos 
projetos e trabalhos acadêmicos, 
também passei um tempo na aldeia 
Salto Kripre, desenvolvendo minha 
pesquisa de mestrado. Esse conta-
to mais direto de permanência con-
vivendo com eles proporcionou-me 
rica experiência e grandes desco-
bertas, antes eram apenas superfi-
ciais.
 Durante a pesquisa com os 
professores e as observações em 
sala de aula, vi o desafio que é al-
fabetizar um Akwe, uma vez que as 
crianças são falantes da língua ma-
terna, portanto, alfabetizadas nas 
duas línguas.
Professora Maria Aparecida apresentando o Cofo da 
Leitura às crianças indígenas. Foto: Arquivo do Projeto
Aluna da escola Waikarnãse procurando livros no Cofo. 
Foto: Arquivo do Projeto
Professora Maria Aparecida apresentando o Cofo da 
Leitura às crianças indígenas. Foto: Arquivo do Projeto
 A educação dos povos in-
dígenas, tradicionalmente ágrafos 
era um atributo dos mais velhos 
que transmitiam os conhecimen-
tos oralmente aos mais novos. Na 
cosmologia tradicional Xerente, se-
gundo Medina (2013), ler era uma 
ação cotidiana de decifrar os sinais 
da natureza, o movimento das coi-
sas e a relação destas com os es-
píritos protetores que os ajudavam 
a compreender ao menor sinal da 
natureza e interpretar os seus signi-
ficados.
 Com o acesso à socieda-
de ocidental e a intensa relação de 
contato fez-se adentrar a escrita e 
a leitura na cultura a partir da cate-
quização, depois, como estratégia 
para dialogar com os brancos. E, 
atualmente, o acesso à leitura e a 
escrita são direitos garantidos da 
Constituição de 1988, por meio de 
uma educação diferenciada, bilín-
gue e intercultural.
 A leitura e a escrita, como 
em todas as modalidades e níveis 
de ensino é essencial para o desen-
volvimento de habilidades e com-
petências na formação de leitores 
e escritores, bem como no exercício 
de cidadania. Dessa maneira, é um 
processo em construção.
 Na escola Xerente, as crian-
ças são alfabetizadas na língua 
materna. Só a partir do 3º ano ini-
cia-se o processo de construção da 
letro- escrita da Língua Portuguesa, 
embora o contato com a 2ª língua é 
uma constante na aldeia. Ao aces-
sar os textos da 2ª língua no livro 
didático, elas deparam com leituras 
extensas e descontextualizadas da 
realidade sociocultural, dificultando 
ainda mais a compreensão, confor-
me declarou um professor indígena 
durante a minha pesquisa.
 Diante do exposto, uma 
maneira de contribuir com essa 
comunidade, a qual me acolheu e 
sempre está aberta às ações peda-
gógicas dos cursos de licenciaturas 
da ULBRA, foi desenvolver esse pro-
jeto em parceria com o cacique e 
diretor da escola e a e a equipe de 
professores. Sem eles é impossível 
alguém de fora desenvolver um pro-
jeto, principalmente quando se tra-
ta da leitura, considerando a língua 
e a cultura diferentes dos atores 
principais.
Crianças escolhendo livros no Cofo.
Foto: Arquivo do Projeto
Atividade de desenho e pintura com crianças Xerente. 
Foto: Arquivo do Projeto
Atividade de desenho e pintura com crianças Xerente. 
Foto: Arquivo do Projeto
Encontro do projeto na Aldeia Salto. Foto: Arquivo do 
Projeto
38
 Segundo os PCNs (1998), a 
leitura tem como finalidade formar 
leitores competentes, capazes de 
compreender o mundo e descrevê-
-lo por meio da escrita, em diferen-
tes contextos socioculturais, onde o 
uso do texto tem o seu significado. 
Na sociedade ocidental, historica-
mente letrada, o exercício da leitu-
ra e da escrita sempre foram vistos 
como atributos de poder da classe 
dominante. Enquanto o “outro” con-
formava-se apenas com a codifica-
ção das frias letras do seu nome, 
desenhadas para legitimar o poder 
dos dominadores por meio do voto. 
Para os indígenas, apropriar dessas 
habilidades é escrever a sua própria 
história.
(En)Cena - De quais formas o pro-
jeto alcançará o objetivo de desen-
volver a habilidade da leitura e es-
crita nestas crianças? Quais são as 
metodologias utilizadas?
Maria Aparecida - Sabemos que é 
na relação com a comunidade so-
cial que a criança desenvolve as 
múltiplas linguagens: corporal, ver-
bal oral e não verbal e a escrita. A 
linguagem corporal e verbal é bem 
aflorada nas crianças, o que facilita 
a escrita e a leitura. As crianças gos-
tam de livros. Elas se encantam os 
livros, principalmente com relação 
às produções recentes de histórias 
e mitos na língua Akwen, escritos 
pelos próprios professores e lide-
ranças Xerente. Essas produções 
estão inseridas na sala de aula e fa-
zem parte do processo de formação 
de leitores.
 Na 2ª fase do ensino fun-
damental são cobradas dos alunos 
a leitura e a escrita escolarizada. 
Como estes têm planos de prosse-
guirem os estudos, de certa manei-
ra isso os estimula o envolvimento 
no projeto.
 Por isso, acreditamos que 
esse projeto na escola indígena 
pode colaborar no desenvolvimen-
to dessas competências, principal-
mente com as crianças do 4º e 5º 
anos, os quais são mais exigidos 
quanto a leitura, a compreensão e 
interpretação de textos nos anos 
seguintes. Nesse caso é necessário 
articular metodologias e técnicas 
de leitura, partindo da experiência e Criança concentrada fazendo leitura.
Foto: Arquivo do Projeto
Alunos buscando livros no Cofo.
Foto: Arquivo do Projeto
Criança concentrada fazendo leitura. 
Foto: Arquivo do Projeto
Aluna da escola indígena Waikarnãse em momento de 
produção textual. Foto: Arquivo do Projeto
expectativa de mundo das crianças 
indígenas, envolvendo diferentes 
gêneros literários contextualizados, 
textos verbais e não verbais produ-
zidos por eles próprios, pois a com-
petência linguística e a prática dis-
cursiva se constroem produzindo e 
lendo textos significativos.
 Nessa perspectiva inicial-
mente fizemos um diagnóstico para 
saber o nível de leitura e de escrita 
que se encontram os alunos da es-
cola para assim, selecionarmos e 
confeccionarmos livros e histórias 
correspondentes a cada nível, sen-
do estimulados a potencializá-los 
gradativamente. Pretendemos, com 
isso, desenvolver uma prática que 
favoreça a reflexão crítica e a lógi-
ca do pensamento sistêmico das 
crianças, estabelecendo relações 
com as atividades culturais, os mi-
tos, as histórias e crenças da cos-
mologia Xerente.
 Para melhor dinamizar o 
trabalho, atendemos os alunos em 
horário contrário ao da aula. Os alu-
nos do turno vespertino participam 
do turno matutino do Cofo de Leitu-
ra e os alunos da manhã, participam 
do no período vespertino. Há mo-
mentos em que se envolvem todos 
os alunos daquele turno, como tam-
bém, momentos com atividades es-
pecíficas aos alunos. 
 O trabalho consta da esti-
mulada a oralidade com contação 
de histórias dos antepassados pe-
los pais e anciãos da comunidade. 
Algumas dessas histórias serão 
gravadas e transcritas na língua 
materna, o que vai depender da 
disponibilidade de tempo de algum 
professor para escrever em Akwen. 
Com isso, pretendemos manter a 
tradição de sentar-se nos terreiros 
para ouvir e contar histórias como 
acontecia até alguns anos, antes da 
chegada da televisão e demais tec-
nologias na aldeia, como lembra um 
professor. 
 Esperamos que as crianças 
da escola Waikarnãse, na aldeia Sal-
to, envolvidas nesse projeto sejam 
despertadas para o prazer da leitu-
ra e da escrita, significando as his-
tórias tradicionais e desenvolvendo 
competências que levem a mudan-
ças sociais e intelectuais no proces-
so de ensino e aprendizagem.
(En)Cena - Como têm sido o con-
tato entre vocês? A escola rece-
beu bem o projeto e as práticas 
dele? Há alguma resistência?
MariaAparecida - A minha relação 
com o diretor que é também caci-
que da aldeia e com os professores 
é boa, respeitosa. Com eles tenho 
aprendido muito. Inclusive a com-
preender e respeitar o tempo deles. 
Enquanto na nossa sociedade capi-
talista, a correria é desenfreada, na 
sociedade Akwe o tempo é vivencia-
do com qualidade, o suficiente para 
manter as relações comunitárias 
entre os clãs.
Leitura e contação de histórias com crianças Xerente. 
Foto: Arquivo do Projeto
Troca de experiências entre alunos da escolaWaikarnãse. 
Foto: Arquivo do Projeto
Crianças Xerente durante atividade do projeto.
Foto: Arquivo do Projeto
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(En)Cena - Qual é a reação das 
crianças da escola Waikarnãse du-
rante os encontros? Elas gostam 
das atividades do Cofo?
Maria Aparecida - As crianças Xe-
rente são extremamente curiosas. 
Quando o carro do Cofo de Leitura 
chega à aldeia, elas saem correndo, 
carregando os irmãos menores. É 
aquela correria. Às vezes nem espe-
ram organizar o cofo e o material do 
projeto. Elas pegam aleatoriamente 
os livros. E passam rapidamente as 
folhas, logo trocam e se deixar, pas-
sa todos os livros e gibis. Com jeito 
e ajuda de um professor que fala na 
língua, as crianças se acalmam e 
organizamos o trabalho que sem-
pre inicia com uma leitura de histó-
ria por professor ou ancião. Depois 
é que iniciamos com a leitura de 
contos, histórias, mitos. Ao final as 
crianças espontaneamente recon-
tam a história do seu jeito.
(En)Cena - Por causa do projeto 
Cofo de Leitura e Escrita, o povo 
da Aldeia Salto vive novidades e 
novas práticas de leitura e escrita. 
Você acredita que esse projeto é 
também uma maneira de reforçar 
as tradições deste povo?
Maria Aparecida - Esse é um dos 
objetivos do Cofo: envolver a comu-
nidade, e estamos trabalhando para 
que isso ocorra. Para tanto, foram 
distribuídos livros para as crianças 
lerem em casa com a família. O livro 
foi colocado em uma bolsa recicla-
da. Ela assinou uma ficha de loca-
ção do livro. O intuito é a criança ter 
esse contato individual e familiar 
por meio do livro. Assim conhecerá 
diferentes gêneros literários. E, pos-
teriormente essa prática ajudará a 
crianças descobrir o gênero predi-
leto é mais atrativo para sua leitura 
pessoal. No próximo encontro cada 
criança fará um comentário do li-
vro que levou para casa. Vamos ver 
como será esse processo!
Alunos produzindo textos e ilustrações.
 Foto: Arquivo do Projeto
Chegada da equipe do projeto Cofo à escola indígena. 
Foto: Arquivo do Projeto
Alunos participando das atividades de leitura e produção 
de texto. Foto: Arquivo do Projeto
Crianças lendo durante momento do projeto. Foto: 
Arquivo do Projeto
Crianças que participam do Cofo.
Foto: Arquivo do Projeto
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