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AUDITORIA GOVERNAMENTAL Professora: Nirleide Saraiva Coelho e Cavalcante Fortaleza, Março de 2014 AUDITORIA GOVERNAMENTAL Professora: Nirleide Saraiva Coelho e Cavalcante Juazeiro do Norte-CE, Março de 2014 CONCEITOS DE AUDITORIA Mautz (1978, p.13)– a auditoria preocupa- se com a verificação de elementos contábeis e em determinar a exatidão e a fidelidade das demonstrações e relatórios contábeis. Lima e Castro (2003, p.16) – a auditoria é um exame analítico de determinada operação, com o objetivo de atestar sua validade CONCEITOS DE AUDITORIA Araújo (1998, p.15)– auditoria é o processo de confrontação entre uma situação encontrada e um determinado critério, ou, em outras palavras, é a comparação entre o fato ocorrido e o que deveria ocorrer. Silva (2012, p.3) – a auditoria em si é, portanto, um processo de trabalho pautado em verificações, finalizando com a elaboração de um relatório. CONCEITOS DE AUDITORIA Constituição Federal em seu artigo 70 – Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. CAMPO DE ATUAÇÃO DA AUDITORIA Campo de atuação pode ser conceituado como a área de desenvolvimento dos trabalhos de auditoria. Nesse sentido, a auditoria pode ter como abrangência os setores público e privado. Cabe ressaltar que as organizações não governamentais muitas vezes recebem dinheiro público para atendimento de suas funções, devendo prestar contas ao órgão ou entidade da administração pública que repassou esses recursos. São caracterizados como entes de cooperação. CAMPO DE ATUAÇÃO DA AUDITORIA Setor Privado – segundo Araújo (1998) é a auditoria cujo campo de atuação se dá no âmbito da iniciativa particular, que objetiva o lucro, de uma maneira geral. Setor Público – Araújo (1998) é o tipo de auditoria que atua diretamente sobre a administração da coisa pública e está diretamente relacionada com o acompanhamento das ações empreendidas pelos órgãos e entidades que compõem a administração direta e indireta das três esferas de governo. AUDITORIA GOVERNAMENTAL Auditoria Tributária/Fiscal – realizada pelo Governo sobre o patrimônio privado com a finalidade de identificar e corrigir as atitudes contributivas, principalmente nas áreas dos impostos, taxas e contribuições (INSS, FGTS, IR, ICMS, etc.). Auditoria de Gestão Pública – realizada pelo Estado visando ao controle de sua gestão, observando além dos princípios de auditoria geral àqueles que norteiam a Administração Pública. AMBIENTE DA AUDITORIA GOVERNAMENTAL SUJEITOS PESSOAS ORGANIZAÇÕES SISTEMAS RECURSOS ÓRGÃOS DE CONTROLE CGU TCU TCE TCM UNIDADES DE AUDITORIA AUDITORES INDEPENDENTES Auditoria Informações GOVERNO Objetivos e Metas Transparência Informações Informações SOCIEDADE Responsabilidade Social FINALIDADE DA AUDITORIA GOVERNAMENTAL (Avaliação) Comprovação da legalidade e legitimidade e avaliação dos resultados, quanto à economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. Correção do desperdício, improbidade, negligência e omissão Prevenção dessas ocorrências,garantindo os resultados pretendidos, destacando o impactos e benefícios sociais advindos. ASPECTOS OBSERVADOS PELA AUDITORIA GOVERNAMENTAL Observância da legislação Execução: programas de governo Contratos Convênios Acordos Ajustes Cumprimento dos princípios fundamentais de: Planejamento Coordenação Descentralização delegação de competência Controle Desempenho administrativo e operacional ASPECTOS OBSERVADOS PELA AUDITORIA GOVERNAMENTAL Controle e utilização dos bens e valores sob uso e guarda dos administradores ou gestores; Exame e avaliação das transferências e aplicação dos recursos orçamentários e financeiros; Verificação e avaliação dos sistemas de informações; e Utilização dos recursos computacionais das unidades da administração direta e entidades supervisionadas. OBJETIVOS DA AUDITORIA GOVERNAMENTAL Examinar a regularidade e avaliar a eficiência da gestão administrativa e dos resultados alcançados, bem como apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e controles internos das unidades da administração direta e indireta. OBJETO DO EXAME DE AUDITORIA Os sistemas administrativo e operacional de controle interno utilizados na gestão orçamentária, financeira e patrimonial; A execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam recursos públicos; A aplicação dos recursos transferidos pelo Estado a entidades públicas ou privadas; Os contratos firmados por gestores públicos com entidades privadas para prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais; Os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade; Os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio sob responsabilidade das unidades da administração direta e entidades supervisionadas; Os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para o Poder Público, em especial os relacionados com a contratação de empréstimos internos ou externos e com a concessão de avais; A arrecadação e a restituição de receitas de tributos Estaduais; e Verificação do cumprimento da legislação pertinente. OBJETO DO EXAME DE AUDITORIA PRINCIPAIS PONTOS DE AUDITORIA Diárias Suprimento de Fundos Obras Folha de Pessoal Almoxarifado Inventário Transportes Contratos FORMA DE REALIZAÇÃO DA AUDITORIA No que tange à forma de realização, a auditoria pode ser interna ou externa. FORMA DE REALIZAÇÃO DA AUDITORIA INTERNA AUDITORIA INTERNA A Norma Brasileira de Contabilidade, Resolução nº 986/03, que aprovou a NBC TI 01, estabelece a conceituação e os objetivos da Auditoria Interna: “A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos”. AUDITORIA INTERNA Principais características da auditoria interna Agente Auditor interno (empregado da própria instituição). Ação Auxílio à alta administração. Atividade Adequação do controle interno em relação à prevenção de fraudes e perdas e aderência às normas legais e às diretrizes da alta administração. Execução dos trabalhos De acordo com as oportunidades das funções operacionais. Grau de independência Baixo em relação à alta administração, satisfatório quanto aos demais níveis. Áreas cobertas pelo exame Todas as instituições. Destino dos trabalhos Diretoria, sócios, conselhos administrativos e fiscal e auditores externos. Lima e castro (2003, p.20) AUDITORIA INTERNA Relação da Auditoria Interna com a Entidade: Lima e castro (2003, p.20)ALTA GERÊNCIA AUDITORIA INTERNA DEMAIS ÁREAS DEMAIS ÁREAS DEMAIS ÁREAS AUDITORIA INTERNA Estrutura do Controle Interno: Sousa (2006, p.149) PREFEITO CONTROLE INTERNO SECRETARIAS ASSESSORIA JURÍDICA FORMA DE REALIZAÇÃO DA AUDITORIA EXTERNA AUDITORIA EXTERNA A Norma Brasileira de Contabilidade, Resolução nº 986/03, que aprovou a NBC TI 01, estabelece a conceituação e os objetivos da Auditoria Interna: Para Araújo (1998, p.28), “a auditoria externa trata-se da “auditoria realizada por um organismo externo e independente da entidade controlada, tendo por objetivo, por um lado, emitir parecer sobre as contas e a situação financeira, a regularidade e a legalidade das operações e/ou sobre a gestão financeira e, por outro, elaborar relatórios correspondentes”. Esse conceito é também utilizado pela Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI) e pelo Tribunal de Contas da União. AUDITORIA EXTERNA Principais características da auditoria externa Agente Auditor externo (contratado). Ação Garantia da fidedignidade das demonstrações contábeis. Atividade Prevenção e percepção de fraude e verificação das ocorrências para as quais foi contratado. Execução dos trabalhos Relevância das cifras constantes nas demonstrações contábeis, entre outras. Grau de independência Em princípio, maior em relação à alta gerência do que a interna; total em relação aos demais níveis. Áreas cobertas pelo exame De acordo com a contratação. Destino dos trabalhos Acionistas, credores, sociedade e demais interessados. Lima e castro (2003, p.20) AUDITORIA EXTERNA Relação da Auditoria Externa com a Entidade: Lima e castro (2003, p.22) ALTA GERÊNCIA AUDITORIA EXTERNA DEMAIS ÁREAS DEMAIS ÁREAS DEMAIS ÁREAS AUDITORIA EXTERNA Quem realiza a Auditoria Externa na Administração Pública? PRESTAÇÃO DE CONTAS CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Antes de conhecer as regras, formas e normas sobre tomar e prestar contas, é bom refletir sobre sua razão de ser. No setor privado, uma empresa presta um serviço ou vende um bem e por ele recebe um recurso. No setor público, o recurso é recebido antes de prestar o serviço, ou seja, o recurso é recebido para prestar um serviço. (CASTRO, 2010) Vejamos o que está escrito na carta universal dos direitos humanos de 10.12.1948: Art. 15. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL REGRAS CONSTITUCIONAIS DA PRESTAÇÕES DE CONTAS No setor público, embora nem todos os gestores tenham se conscientizado que devem prestar contas à sociedade das ações desenvolvidas, para solucionar os problemas da comunidade, sabem muito bem que tem que prestar contas aos Tribunais de Contas sobre a forma como administram os recursos recebidos. Na Administração Pública, para administrar recursos é fundamental seguir as regras fixadas em lei e os princípios constitucionais. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL TOMADAS E PRESTAÇÕES DE CONTAS ANUAIS O art. 70 da carta Magna, estabelece: deve prestar contas todo aquele que exerce cargo na Administração Pública, seja na Administração direta ou indireta, ou ainda, nas entidades que recebem recursos retirados da sociedade em forma obrigatória, em cuja competência do cargo está o poder de arrecadar, guardar, gerenciar ou administrar dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL TOMADAS E PRESTAÇÕES DE CONTAS ANUAIS Os tribunais recebem anualmente os processos para serem julgados sob a forma de tomada e prestação de contas. As contas são analisadas sob os aspectos de legalidade, legitimidade, economicidade, eficiência e eficácia. Em seguida são julgadas regulares, regulares com ressalva, irregulares ou consideradas iliquidáveis. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL TOMADAS E PRESTAÇÕES DE CONTAS ANUAIS 1. PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GOVERNO 2. PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GESTÃO CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GOVERNO O QUE É PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GOVERNO? É resultado dos atos de Governo dos Poderes, Órgãos e Fundos da Administração Municipal, em virtude de refletir a Aplicação dos Recursos Públicos. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GOVERNO QUEM DEVE PRESTAR CONTAS, E EM QUE PERÍODO? As contas de Governo serão prestadas anualmente pelo Prefeito , até 31 de janeiro à Câmara Municipal que, até 10 de abril, remeterá ao TCM, datas estas do ano subsequente ao da Prestação de Contas. Ressalte-se que esta Prestação de Contas deverá ser apresentada de forma consolidada, contendo o registro de todos os órgãos que possuem autonomia financeira, inclusive a Câmara Municipal, os quais deverão encaminhar, em tempo hábil, seus balanços e demonstrativos ao órgão central de contabilidade do Poder Executivo, a fim de que o balanço geral do exercício reflita fiel e integralmente o que ocorreu na administração municipal. (§§ 4º, art. 42, CE; art. 110, Lei nº 4.320/64; e arts. 1º, 2º e 3º, IN/TCM nº 01/03). CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GOVERNO QUAIS PEÇAS INTEGRAM A PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GOVERNO? 1. Balanço Geral (Orçamentário, Financeiro, Patrimonial e Demonstrativos das Variações Patrimoniais); 2. Anexos Auxiliares (I, II, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XVI e XVII); 3. Cópias de Leis e Decretos de Abertura de Créditos Adicionais e respectiva comprovação das fontes de recurso utilizadas na época da abertura dos créditos; 4. Cópias de Leis e Contratos de Operações de Créditos; 5. Relatório do Órgão Central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo; 6. Cadastro do contador ou empresa responsável pela elaboração do Balanço Geral; CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GOVERNO QUAIS PEÇAS INTEGRAM A PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GOVERNO? 7. Quadro Demonstrativo da Aplicação em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino; 8. Quadro Demonstrativo das Receitas e Despesas destinadas ao FUNDEB; 9. Quadro Demonstrativo da Aplicação nas Ações e Serviços Públicos de Saúde; 10. Relação dos Restos a Pagar Inscritos, Pagos e Cancelados, discriminando os processados dos não processados; 11. Relação dos Bens de natureza permanente; 12. Declaração da Dívida Ativa Inscrita, Arrecadada e Prescrita; CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GOVERNO QUAIS PEÇAS INTEGRAM A PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GOVERNO? 13. Balancete Consolidado do mês de dezembro; 14. Termo de conferência de caixa, conciliações e última folha dos extratos bancários do mês de dezembro; 15. Relação dos pagamentos a título de obrigações patronais, separando os relativos ao INSS e ao Fundo de Previdência Próprio (incisos, art. 4º, IN/TCM nº 01/03). CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GOVERNO IRREGULARIDADES MAIS COMUNS NA ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GOVERNO 1. Prestação de contas enviada incompleta; 2. Envio intempestivo para o Poder Legislativo; 3. Repasse ao legislativo fora do limite ou em atraso; 4. Descumprimento dos limites estabelecidos na LRF, entre os quais, gastos com pessoal; 5. Ausência de cópias de Leis e Decretos que autorizam e abriram os créditos adicionais, bem como a falta de comprovação da respectiva fonte de recurso; CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GOVERNO IRREGULARIDADES MAIS COMUNS NA ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GOVERNO 6. Defeituações nas Demonstrações Contábeis; 7. Omissões dos extratos bancários e/ou conciliações do mês de dezembro; 8. Não aplicação dos percentuaisconstitucionais em educação e saúde; 9. Não demonstração dos valores alusivos a Dívida Ativa Inscrita, Arrecadada e Prescrita; falta de comprovação de inscrição na dívida ativa dos valores das multas aplicadas ao TCM; 10. Ausência da relação dos restos a pagar (inscritos, pagos e cancelados), assim como o cancelamento de restos a pagar processados; CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GOVERNO IRREGULARIDADES MAIS COMUNS NA ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GOVERNO 11. Relação dos Restos a Pagar sem discriminar os processados dos não processados; 12. Omissão da relação dos bens permanentes; 13. Não arrecadação de Receitas Próprias; 14. Não repasse das consignações previdenciárias. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GOVERNO O TCM JULGA AS PRESTAÇÕES DE CONTAS DE GOVERNO? Não. As Prestações de Contas de Governo são apreciadas mediante a emissão de Parecer Prévio pelo Tribunal de Contas, que é o órgão auxiliar ao Poder Legislativo, a quem compete o julgamento dos Atos de Governo ou Atos Políticos acerca dos resultados gerais do exercício financeiro. (Inciso I, art. 78, CE; art. 6º, Lei nº 12.160/93; art. 115, Resolução/TCM nº 08/98). CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GESTÃO O QUE É PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GESTÃO? É a Prestação de Contas de todos os Administradores e demais Responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos da Administração Direta e Indireta, inclusive as Fundações e Sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, demonstrando os resultados específicos decorrentes dos atos administrativos da gestão orçamentária, financeira, patrimonial e operacional (parágrafo único, art. 70, CF; parágrafo único, art. 77, CE; art. 122 , Resolução/TCM nº 08/98; e art. 1º IN/TCM nº 03/97). CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GESTÃO QUEM SÃO OS GESTORES MUNICIPAIS? O Prefeito, ao assumir o cargo, torna-se responsável direto pela gestão administrativa. Contudo, tendo em vista as muitas atribuições do cargo, esse pode delegar aos secretários e a outros servidores competência para gerirem as parcelas do patrimônio da entidade sob a sua responsabilidade, e em nome desta assumirem direitos, obrigações e despesas (art. 123, Resolução/TCM nº 09/98). CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GESTÃO QUAL O PRAZO DE REMESSA DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GESTÃO AO TCM ? 1. Unidades Gestoras da Administração Direta – 120 dias contados da data de encerramento do exercício, extinção da Unidade Administrativa, exoneração ou falecimento do Gestor; 2. Órgão e Entidades da Administração Indireta e Fundos Especiais – 150 dias contados da data de encerramento do exercício, extinção da Unidade Administrativa, exoneração ou falecimento do Gestor (Incisos I, II e III, art. 2º IN/TCM nº 03/97). CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GESTÃO QUAIS PEÇAS INTEGRAM A PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GESTÃO? 1. Ofício de encaminhamento assinado pela autoridade competente; 2. Portaria de nomeação e exoneração, caso esta última tenha ocorrido; 3. Relação e cadastro dos responsáveis; 4. Balanço Orçamentário, Financeiro, Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais; 5. Demonstrativo dos Adiantamentos concedidos; 6. Demonstrativos das doações, subvenções, auxílios e contribuições concedidos, pagos ou não; CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GESTÃO QUAIS PEÇAS INTEGRAM A PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GESTÃO? 7. Demonstrativo das Responsabilidades não regularizadas; 8. Quadro dos restos a pagar inscritos, pagos e cancelados; 9. Relatório do responsável pelo setor contábil; 10. Termo de conferência de caixa e conciliações bancárias; 11. Cópia da primeira e última folha dos extratos das contas bancárias relativas ao período de gestão dos responsáveis; 12. Demonstrativo da remuneração dos vereadores; 13. Divergência entre as informações veiculadas pelo SIM e os dígitos estampados nos balancetes e demais demonstrativos contábeis. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GESTÃO AS PRESTAÇÕES DE CONTAS DE GESTÃO SÃO JULGADAS PELO TCM? Sim. Estas Prestações de Contas são julgadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios, inclusive as das Mesas Diretoras das Câmaras Municipais (Inciso II, art. 78, CE; art. 8º, Lei nº 12.160/93; e inciso II, art. 5º, Resolução/TCM nº 09/98). CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GESTÃO QUAIS OS RESULTADOS DO JULGAMENTO DESTAS PRESTAÇÕES DE CONTAS? As Prestações de Contas de Gestão são julgadas nas Câmaras do Tribunal de Contas, podendo receber os seguintes julgamentos: a) REGULARES b) REGULARES COM RESSALVA c) IRREGULARES APROVADOS REPROVADO CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GESTÃO IRREGULARIDADES MAIS COMUNS NA ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GESTÃO? 1. Envio fora do prazo; 2. Ausência de Licitação na aquisição de bens e prestação de serviços; 3. Omissão de contratos; 4. Não cumprimento do prazo para remessa de documentação por meio magnético através do SIM; 5. Defeituações na Execução de Obras Públicas; CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL CONTAS DE GESTÃO IRREGULARIDADES MAIS COMUNS NA ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GESTÃO? 6. Ausência ou falhas no controle interno; 7. Admissão de pessoal sem concurso público; 8. Não repasse das consignações previdenciárias e demais retenções (ISS/IRRF) para a Prefeitura/Fundo Geral; 9. Falhas na elaboração dos balanços; 10. Pagamento irregular ou abusivo de diárias; 11. Custeio de despesas ilegais indevidas ou ilegítimas; 12. Contratação ou nomeação irregular de pessoal por tempo determinado e excepcional interesse público. TIPOS DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL AUDITORIA DE GESTÃO A Auditoria de Gestão objetiva emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execução de contratos, convênios, acordos ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens do Estado ou a Ele confiados. AUDITORIA DE PROGRAMAS (Avaliação dos Programas Governamentais) Objetiva acompanhar, examinar e avaliar a execução de programas e projetos governamentais específicos, bem como a aplicação de recursos descentralizados. AUDITORIA OPERACIONAL Consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele com a finalidade de emitir opinião sobre a gestão. Avalia a eficácia seus resultados em relação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos disponíveis Avalia a economicidade, eficiência, efetividade e qualidade dos controles internos existentes para gestão dos recursos públicos. Sua filosofia de abordagem dos fatos é de apoio, procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações que visem aprimorar procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial. AUDITORIA CONTÁBIL Objetiva obter elementos comprobatórios suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações deles originárias refletem, adequadamente, a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas. AUDITORIA DE SISTEMAS Objetiva assegurar a adequação, privacidade dos dados e informações oriundas dos sistemas eletrônicos de processamento de dados, observando as diretrizes estabelecidas e a legislação específica. AUDITORIA ESPECIAL A Auditoria Especial objetiva o exame de fatos ousituações consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação do Governador do Estado, Secretários de Estado ou por solicitação de outras autoridades. AUDITORIA ESPECIAL - EXEMPLOS Nos exercícios de 2003 a 2006 foram realizadas auditorias especiais e, por vezes, operações especiais em conjunto com o Departamento da Polícia Federal (DPF/MJ) e o Ministério Público, tanto Federal como Estadual. AUDITORIA ESPECIAL - EXEMPLOS Auditoria Especial Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal Esta auditoria constatou irregularidades na aplicação de recursos federais da ordem de R$ 49 milhões. Este repasse, da União para o Distrito Federal, destinava-se à aquisição de maquinário para o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Foram detectados desde vícios na dispensa de licitação até inadequação dos bens adquiridos. AUDITORIA ESPECIAL - EXEMPLOS Operação Vampiro Auditoria Especial no Ministério da Saúde em parceria com a Polícia Federal, realizada nos procedimentos licitatórios, pagamentos e demais etapas dos processos de aquisição centralizada de medicamentos. Constatou-se o prejuízo de R$ 21 milhões referentes a superfaturamentos na aquisição de insulina humana, perda de medicamentos e aquisição sem cobertura contratual. AUDITORIA INTEGRAL Exame dos controles, processos e sistemas utilizados para gerenciar os recursos da organização - dinheiros, pessoas, ativos físicos e informações. Princípios de gestão pública. As decisões devem resultar no melhor uso dos recursos públicos, e, conseqüentemente em serviços públicos econômicos, eficientes e efetivos. As pessoas que conduzem a gestão devem ser responsabilizadas pelo gerenciamento prudente e efetivo dos recursos delegados. Escopo mais amplo, requerendo a utilização de equipes multidisciplinares (contadores, médicos, engenheiros, etc.). Envolve vários elementos da Auditoria de Gestão, Operacional e Contábil/Financeira. Maiores Ocorrências 1–Impropriedades no Pagamento de Salários, Benefícios, indenizações e gratificações 2–Impropriedades na condução de procedimentos licitatórios 3–Falhas nos Controles Patrimoniais 4–Impropriedades na Concessão de Diárias 5–Omissão do Gestor na implementação de recomendações da CGU 6–Utilização irregular de bens públicos 7–Acumulação irregular de cargo público 8–Irregularidades na execução de contratos Maiores Ocorrências 9–Falhas nos controles de arrecadação da receita própria 10–Favorecimento de Contratação/inobservância da competitividade 11–Omissão em apuração de responsabilidade 12–Inconsistências Contábeis 13–Realização da Despesa sem Prévio Empenho IMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADES CONTROLES DA GESTÃO - Ausência de Demonstrativo de receita e despesa relativo ao gerenciamento dos recursos próprios arrecadados em decorrência de exames de seleção; - Falha na contratação de Professores Substitutos por tempo determinado; - Falta de Implantação de Auditoria Interna; - Intempestividade na entrega do Relatório Anual de Prestação de Contas; - Morosidade na elaboração do Inventário Anual; - Ausência de Retenção de IRRF dos prestadores de serviço; - Atendimento parcial às determinações do TCU; - Ausência de manifestação do Conselho Diretor em assuntos de sua competência; IMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADES CONTROLES DA GESTÃO - Ausência de Conformidade Documental; - Cessão de uso de bem imóvel sem cobertura legal e por valor simbólico; - Impropriedade na concessão, utilização e prestação de contas de Suprimento de Fundos; - Locação de imóveis a servidores sem amparo legal; - Processo de Prestação de Contas formalizado de maneira incompleta; - Abstenção de abertura de processo de sindicâncias/administrativo disciplinar; e - Não criação da Unidade de Auditoria Interna. IMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADES Financeira - Incompatibilidade entre os registros contábeis e os documentos comprobatórios de Restos a Pagar Processados; - Pagamento a maior de contrato executado parcialmente; - Execução de despesas por meio de suprimento de fundos sem amparo legal; - Ausência de prestação de contas de suprimento de fundos; - Receita de cursos sem ingresso na conta única; - Falta de recolhimento de tributos federais; e - Manutenção de Recursos Públicos sob administração da Fundação de Apoio. IMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADES OPERACIONAL - Extintor de incêndio com recarga vencida; - Falha na formalização e condução de processos administrativos; - Morosidade na designação da comissão para realização de processos disciplinares; - Irregularidade na execução de processo seletivo (concursos); e - Irregularidades no Procedimentos de devolução de livros e periódicos. IMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADES Orçamentária - Execução de despesas sem prévio empenho; - Incompatibilidade entre a finalidade do programa de trabalho e objeto da despesa empenhada/liquidada; - Prestação de contas com ausência de documentação comprobatória; e - Dispensa de licitação indevida ocasionada pelo fracionamento de despesas. IMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADES PATRIMONIAL - Bens não localizados em inspeção física; - Desaparecimento de peças de computadores; - Falhas no controle, na formalização e quanto à atualização dos Termos de Responsabilidade de bens da Entidade; - Falhas na formalização e na condução de Inventário de Bens; - Falta de confiabilidade na atualização da numeração patrimonial dos bens; - Inexistência de registros oficiais dos prédios da entidade; - Morosidade para desfazimento dos veículos em estado inservível; - Atraso nas providências a serem adotadas no pagamento de licenciamento e de multa de veículos; IMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADES PATRIMONIAL - Ausência de contratos que respalde a utilização de espaços físicos; - Ausência de plaquetas patrimoniais; - Controle deficiente da utilização de veículos; - Diferença entre o inventário e o sistema contábil. IMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADES RECURSOS HUMANOS - Adoção de forma generalizada de jornada de trabalho reduzida; - Concessão de passagens e diárias incluindo fins de semana; - Impropriedade no pagamento de diárias; - Pagamento de professor substituto no valor equivalente a efetivo; - Acumulação de cargos públicos; - Ausência de apresentação de Declaração do IR por parte de servidores ocupantes de cargo de direção; - Ausência de ressarcimento de valores pagos a maior; - Ausência dos canhotos de cartão de embarque em processos de concessão de diárias e passagens; IMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADES RECURSOS HUMANOS - Ausência de comprovação de deslocamento; - Concessão indevida de insalubridade e de periculosidade; - Descumprimento do prazo legal para encaminhamento de processo de concessão de aposentadoria; - Divergência entre funções exercidas e as atribuições inerentes a cargos de servidores; IMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADES RECURSOS HUMANOS - Docentes com número de aulas abaixo do mínimo sem justificativa legal; - Evidências da participação de servidores na gerência de empresas com fins lucrativos ou sociedade civil; - Falhas ou falta de controle de frequência dos servidores técnicos e docentes; - Falta de cadastramento de atos de concessão de pensões; - Inconsistência entre o pedido de diária e o relatório de viagem; - Inexistência no controle de pontos dos servidores; e - Prestação de serviços com vínculoempregatício de docentes com dedicação exclusiva em outra entidade. IMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADES SUPRIMENTO DE BENS E SERVIÇOS - Adjudicação de item a empresa que não apresentou melhor proposta; - Autorização para abertura de processo licitatórios anterior aos pedidos de compras; - Falta de exigência da documentação comprobatória da habilitação dos participantes de licitação; - Utilização indevida da modalidade dispensa; - Ausência da formalização de contrato; - Ausência de 3 propostas válidas em convites; e - Contratação sem procedimento licitatório e sem publicação na imprensa oficial. PROCESSO DE AUDITORIA PROCESSO DE AUDITORIA Plano de Auditoria É um documento que apresenta um rol de auditorias programadas. Composição do Plano Objeto Objetivo Justificativa Planejamento da Auditoria Ordem de Serviço, Planejamento e programa de Auditoria. PROCESSO DE AUDITORIA Execução da Auditoria Aplicação dos procedimentos previsto no programa de auditoria. 1. Técnicas de Auditoria a) Exame Físico b) Confirmação ou Circularização c) Exame de Documentos Originais d) Conferência de Cálculos e) Exame da Escrituração f) Investigação PROCESSO DE AUDITORIA Execução da Auditoria Aplicação dos procedimentos previsto no programa de auditoria. 1. Técnicas de Auditoria g) Inquérito h) Correlação i) Observação j) Amostragem PROCESSO DE AUDITORIA Execução da Auditoria Aplicação dos procedimentos previsto no programa de auditoria. 2. Achados ou Constatações 3. Papéis de Trabalho “São elaborados, estruturados e organizados para atender às circunstâncias do trabalho e satisfazer às necessidades do auditor para cada auditoria”. (item 11.3.2.4, da NBC T 11.3) PROCESSO DE AUDITORIA Execução da Auditoria Aplicação dos procedimentos previsto no programa de auditoria. 4. Relatório de Auditoria O relatório de auditoria deve conter: I – Identificação do Trabalho II - Introdução III – Resultado da Auditoria IV - Conclusão 5. Supervisão e Revisão PROCESSO DE AUDITORIA Acompanhamento da Auditoria Após a entrega do relatório ou parecer de auditoria, o auditor deve acompanhar a aceitação de suas recomendações de modo a garantir a eficácia do seu trabalho. Temos três formas: 1. Inclusão de procedimento específico no programa de auditoria em trabalhos subsequentes da mesma natureza; 2. Inclusão de um objeto específico no plano, de modo que a sua execução possibilite a análise das recomendações propostas; PROCESSO DE AUDITORIA Acompanhamento da Auditoria Após a entrega do relatório ou parecer de auditoria, o auditor deve acompanhar a aceitação de suas recomendações de modo a garantir a eficácia do seu trabalho. Temos três formas: 3. Solicitação à autoridade superior para realização do acompanhamento quando não previsto nas hipóteses anteriores. OUVIDORIA A Ouvidoria é a instância administrativa responsável por acolher reclamações, denúncias, elogios, críticas e sugestões dos cidadãos quanto aos serviços e atendimentos prestados pelas organizações públicas ou privadas. A ouvidoria pública é uma instituição que auxilia o cidadão em suas relações com o Estado, funcionando como uma crítica interna da administração pública, sob a ótica do cidadão. Objetivo maior é estreitar a integração entre a sociedade e o Governo, permitindo melhorar a qualidade dos serviços públicos.
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