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T. Geral do D. Civil - Ausente

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AUSENTE: é aquele que desaparece de seu domicílio sem deixar qualquer notícia de seu paradeiro e sem deixar um procurador/representante para administração de seus bens (art.22). Se deixar procurador ou administrador não é ausente. E se deixar procurador ou administrador e este se recusar a administrar os bens do ausente ou estiver impossibilitado de fazê-lo, ou os seus poderes forem insuficientes para administração de seus bens? É considerado ausente.
As regras sobre declaração de ausência estão nos artigos 22 a 39 CC e o procedimento para declaração nos artigos 1.159/1169 CPC.
A ausência pode ser requerida por qualquer interessado ( a lista dos interessados está no art.27 CC) ou pelo membro do Ministério público e terá três fases:
a) curadoria do ausente ou curadoria dos bens do ausente;
b) sucessão provisória;
c) sucessão definitiva:
A fase de curadoria do ausente visa proteger o interesse do ausente mediante a preservação de seus bens até que ele volte. Nessa fase ocorre a arrecadação dos bens do ausente e será nomeado curador para a guarda e administração desses bens. O cônjuge do ausente desde que não separado judicialmente ou de fato há mais de dois anos será o seu legítimo curador (art.25). Caso seja impossível do cônjuge ser o curador a ordem será dos ascendentes e depois dos descendentes (art.25 §1º.) . Na falta de ascendentes e descendentes a escolha do curador será dado ao juiz (art.25, §3º.).
Feita a arrecadação dos bens e nomeado o curador, o juiz ordenará a publicação de editais durante um ano (de dois em dois meses – 6 editais) para que o ausente retorne à administração de seus bens. Decorrido um ano da publicação do primeiro edital sem que o ausente retorne ou, ainda, se tiver deixado procurador tiver passado mais de três anos, poderão os interessados requerer a abertura da sucessão provisória do ausente. Os interessados estão descritos no art.27 CC.
Na fase da sucessão provisória o interesse do legislador é proteger os interesses dos herdeiros do ausente já que é mais provável que ele tenha morrido.
A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produz efeitos 180 dias depois de publicada pela imprensa, dando-se a oportunidade para o ausente, nesse período, retornar. Passado em julgado a sentença, abre-se o testamento, (se houver), e procede-se ao inventário e partilha dos bens do ausente como se morto fosse. (art.28)
Os herdeiros para se imitirem na posse dos bens deixados pelo ausente deverão prestar garantias, mediante penhores ou hipotecas.(art.30). Estão dispensados de prestar garantia os ascendentes, descendentes e o cônjuge. (art.30 §2º.)
Os bens imóveis do ausente só poderão ser vendidos ou hipotecados para lhes evitar a sua perda, ruína (art.31).
Os ascendentes, descendentes e cônjuge que forem sucessores provisórios ficam com os frutos e rendimentos dos bens que lhes couberem na partilha. Os demais sucessores deverão separar metada desses frutos e rendimentos para o caso de o ausente voltar. Retornando o ausente e verificando-se que a sua ausência foi voluntária e injustificada perderá ele os frutos e rendimentos em favor dos sucessores (art.33 e 33 par.único).
Depois de dez anos passada em julgado a sentença que concedeu a sucessão provisória poderão os interessados requerer a abertura da sucessão definitiva. (art.37). Também poderá ser requerida a abertura da sucessão definitiva se o ausente contar com oitenta anos de idade e que de cinco anos contam as últimas notícias dele. (art.38).
Na sucessão definitiva, o domínio (propriedade) dos bens passa aos herdeiros.
Regressando o ausente nos dez anos subseqüentes à abertura da sucessão definitiva ele haverá os bens que existirem, no estado em que se encontram. (art.39). Se tiverem os bens sido alienados o ausente haverá o preço que os herdeiros e demais interessados tiverem recebido, ou os bens que o substituíram.

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