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MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 1 Aula 05 Direito Constitucional Técnico do MPU 4 Organização político-administrativa: das competências da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Professor: Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 2 Aula 05 4 Organização político-administrativa: das competências da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. I. FORMAS DE ESTADO, FORMAS, SISTEMAS E REGIMES DE GOVERNO ‐‐‐‐ 4 II. ENTES FEDERADOS ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 23 III. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 42 IV. INTERVENÇÃO ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 79 V. QUESTÕES DA AULA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 97 VI. GABARITO ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 111 VII. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 112 Olá futuros Técnicos do MPU! Prontos para o SEU salário de até R$ 11.398,39? (Remuneração do final de carreira em Jan/2019 ) Na aula de hoje, estudaremos a organização do Estado brasileiro. “Mas Roberto, para que estudamos isso?” Ora, conhecendo a estrutura e o funcionamento do Estado brasileiro, temos condições de saber como se divide e se comporta a máquina estatal, mas também, e principalmente, como funciona o Brasil. Como sempre, faremos muitos exercícios da sua banca para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 120 exercícios comentados! Isso para que possamos fechar a prova de Direito Constitucional! Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão, ok? Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento. Na aula de hoje, teremos APENAS 42 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e a lista das questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável! MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 3 MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 4 I. FORMAS DE ESTADO, FORMAS, SISTEMAS E REGIMES DE GOVERNO 1. FORMAS DE ESTADO Os Estados, quanto à sua forma, podem ser divididos em federados, confederados e unitários. A. Estado Unitário Os Estados unitários são aqueles que não possuem descentralização político- administrativa, ou seja, o governo é exercido somente pelo governo central. Eles possuem governo único, conduzido por uma única entidade política, que exerce, de forma centralizada, o poder político. O Estado unitário pode ser centralizado, ou seja, todos os atos de governo estão a cabo do governo central, ou descentralizado, ou seja, apesar de haver divisões administrativas, as decisões políticas são efetivamente tomadas pelo governo central. Assim, em um Estado unitário descentralizado, existe um governo local, mas ele é dependente do governo central, não havendo descentralização política. Exemplos de Estados unitários são o Uruguai e a China. B. Estado Federado (Federação) Os Estados federados tiveram sua origem em 1787 com a Constituição dos Estados Unidos. Sua principal característica é que o Estado Federal possui SOBERANIA, enquanto os entes federados possuem AUTONOMIA. Este é o caso do Brasil: a República Federativa do Brasil possui soberania, enquanto os entes federados (como os estados e municípios) possuem autonomia. A soberania refere-se ao fato de não existir nenhuma outra entidade superior na ordem externa nem igual na ordem interna, já a autonomia é a capacidade de os estados-membros de se autoadministrarem, se auto- organizarem e se autogovernarem. Falaremos sobre elas mais a frente. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 5 As principais características do federalismo são: i. Repartição de poderes: deve haver uma divisão do poder para que ele não se concentre nas mãos de uma só pessoa. No Brasil, a Constituição traz, logo no art. 2º: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” ii. Repartição de competências: as competências de cada ente federativo (União, estados, DF e municípios) devem ser estabelecidas previamente. Dessa forma, cada ente terá suas atribuições e, normalmente, um ente federado não pode adentrar nas atribuições dos outros. A repartição de competências serve tanto para que um ente não interfira indevidamente na atuação de outro, quanto para garantir que não sejam suprimidas as atribuições de um ou de outro ente. Estudaremos as competências mais a frente. iii. Descentralização política: a administração e o governo de cada ente federado não se submetem à vontade dos demais. Assim, cada unidade tem a capacidade de se autogovernar, de eleger os seus representantes e de se autoadministrar, sem a interferência dos outros entes da federação. Não confunda a descentralização política com a administrativa, que é aquela que cria as fundações, autarquias, empresas públicas, etc. iv. Auto-organização dos Estados-Membros: os Estados-Membros possuem o poder-dever de se auto-organizarem e elaborarem sua própria Constituição Estadual. Observe que os municípios não possuem Constituição. Eles possuem uma lei orgânica, que não tem status constitucional. v. Entidades autônomas: a autonomia é o poder que os entes possuem de agir de forma livre (dentro dos limites constitucionais), ou seja, não há hierarquia entre os entes federados. Isso quer dizer que a União não “manda” nos estados, DF ou municípios, não havendo subordinação entre eles. O que existe é uma divisão de competências. Dessa forma, no federalismo brasileiro, as competências mais importantes foram deixadas MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 6 a cargo da União, por isso, tem-se a impressão de que a União “manda” nos demais entes. vi. Não cabe direito de secessão: secessão é o mesmo que separação. Assim, caso um ente federado queira se separar do Brasil para formar um Estado independente, isso não poderá ocorrer. Dessa forma, existem mecanismos na CF que impedem e repelem um comportamento separatista de um ente federado (como a intervenção). vii. Constituição rígida: a Constituição rígida é aquela que admite modificação, mas essa mudança deve seguir um procedimento mais difícil do que a elaboração das leis comuns. Assim, a Constituição rígida garante uma maior estabilidade na federação, sem engessar a Constituição. viii. Órgão guardião da Constituição: caro Técnico do MPU, quase tudo o que está escrito, em grande parte das vezes, admite interpretações diferentes. Tomemos como exemplo a Bíblia: o conteúdo de todas as bíblias é igual (com algumas exceções), no entanto, as interpretações possíveis para ela são quase infinitas. Da mesma forma é a Constituição. Existem inúmeras interpretações para cada parte do texto constitucionale, para se evitar o caos jurídico, cabe a última palavra ao órgão guardião da Constituição. No caso brasileiro: o Supremo Tribunal Federal – STF. ix. Intervenção: para garantir que a CF seja cumprida e que cada ente aja somente dentro de suas atribuições, existe a intervenção. Se um ente federado (o estado de Alagoas, por exemplo) está atuando fora de sua competência e prejudicando o pacto federativo, caberá intervenção para que a normalidade seja restabelecida e o pacto federativo seja cumprido. Em outras palavras: se um ente (estados, DF ou municípios) está atuando fora de suas competências e desrespeitando a Constituição, poderá ocorrer a intervenção para que a CF volte a ser cumprida. Assim, a intervenção é uma forma de controle de constitucionalidade. x. Órgão representativo dos Estados-Membros na vontade nacional: para garantir que a vontade dos estados seja ouvida quando da atuação do governo nacional, existe um órgão representante desses estados. No caso do Brasil, o Senado Federal. Atenção: não existe um órgão representativo dos municípios na participação da vontade MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 7 nacional (a Câmara dos Deputados é representante do POVO e não dos municípios). xi. Repartição de receitas: de nada adiantaria se um ente federado tivesse autonomia, autogoverno e capacidade de se autoadministrar se ele não tiver uma coisa: o dinheiro para bancar suas decisões e suas ações. É como um filho que sai de casa e continua vivendo com o dinheiro do pai: em última instância, ele se submete à vontade de seu genitor. Assim, para garantir que os entes federados tenham a capacidade de fazer valer suas decisões, eles precisam de receita própria (dinheiro), que é garantida com a repartição de receitas. Características do federalismo no Brasil Além das já citadas anteriormente, o federalismo brasileiro ainda possui as seguintes características: i. Existem entes federados típicos (os estados) e os atípicos ou anômalos (o Distrito Federal e os municípios). ii. Devido à existência dos municípios, o federalismo brasileiro é chamado de federalismo de segundo grau (alguns autores classificam como de terceiro grau). Como vimos, não existe hierarquia entre União, estados, DF e municípios, mas os municípios devem obedecer à Constituição do seu Estado (CE), bem como a Constituição Federal (CF). iii. Os municípios não participam da vontade nacional, somente os Estados o DF. Enquanto a Câmara dos Deputados é formada por representantes do povo, o Senado Federal é formado por representantes dos Estados e do DF. iv. O federalismo é cláusula pétrea, de acordo com o art. 60, §4o. Observe o texto da Constituição: Art. 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 8 III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais v. Os territórios não são entes federados. Eles são uma mera descentralização da União e possuem natureza de autarquia territorial. vi. Formação por desagregação. O federalismo brasileiro se deu do centro para fora, ou seja, o poder político era concentrado nas mãos de um só ente e foi distribuído para os demais. O contrário desse tipo de formação é a formação por agregação. Nela, o poder era distribuído entre os entes e estes decidem concentrar uma parcela desse poder nas mãos do ente central. Dessa forma, esse tipo de formação ocorre de fora para o centro. Esse foi o processo de formação da federação dos Estados Unidos, por exemplo. C. Estado Confederado (Confederação) Os Estados confederados são, na verdade, uma união dissolúvel de Estados independentes. Assim, na confederação, os Estados mantêm sua soberania e podem se retirar quando bem quiserem (existe o direito de secessão). Nesse tipo de organização, os Estados não são regidos por uma Constituição (como no federalismo) e sim por um tratado internacional. Esquematizando: MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 9 - Unitário - Centralizado - Descentralizado - Predominam modernamente Ex: Uruguai - Apesar da descentralização, não há e China autonomia política - Origem: EUA – 1787 - Soberania do Estado Federal e autonomia dos entes federados - Repartição de poderes - Repartição de competências - Descentralização política - Federação - Auto-organização dos Estados membros (CEs) - Entidades autônomas – não há hierarquia entre elas - Não cabe direito de secessão - Regidos por uma Constituição RÍGIDA - Guardião da Constituição - Intervenção - Órgão representativo dos Estados Membros - Repartição de receitas - Confederação - União dissolúvel de Estados - Regidos por um Tratado Internacional - Os Estados são soberanos - Cabe direito de secessão Formação do Estado Federado - Por agregação - Movimento centrípeto - EUA - Por desagregação - Movimento centrífugo - Brasil Fo rm as d e E st ad o MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 10 • Além das já citadas anteriormente • Entes federados • Típicos: União e estados • Anômalos: DF e municípios • Federalismo de 2º grau: municípios (alguns autores: 3º grau) • Territórios NÃO são entes federativos (natureza jurídica de autarquia territorial) • Os municípios não participam da vontade nacional – somente os Estados e o DF - Câmara dos Deputados (povo) e Senado Federal (estados) - Município não participa da PEC • É clausula pétrea • Forma Federativa de Estado • Voto direto, secreto, universal e periódico • Separação de poderes • Direitos e garantias INDIVIDUAIS • Inexistência do direito de secessão • Descentralização política • Formação por desagregação • Soberania do Estado Federal • Autonomia dos entes federados • Repartição de competências • Constituição rígida • Fiscalização da autonomia pelo controle de constitucionalidade C ar ac te ri st ic as do Fe de ra lis m o no Br as il MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 11 2. FORMAS DE GOVERNO Primeiramente, a forma, o regime e o sistema de governo adotados pela Constituição Federal são normas de reprodução obrigatória e não podem ser modificados pelos entes federados. Existem duas formas de governo: monarquia e república. Na república, os governantes são eleitos pelo povo, direta ou indiretamente. Além disso, eles permanecem no poder por um tempo determinado e são representantes do povo. Justamente por precisarem da legitimidade popular e representarem o povo, os governantes precisam prestar contas. Já a monarquia é caracterizada pela hereditariedade, ou seja, “o rei só é rei porque era filho de um rei. E o pai dele só foi rei porque também era filho de um rei. E assim sucessivamente”. Além disso, não existe a rotatividade do poder, mas sim a vitaliciedade. Dessa forma, os governantes permanecerão no poder até o fim de suas vidas. Outra característica da monarquia é que seus governantes não representam o povo, mas sim a linhagem real, dessa forma, não existe o dever do governante de prestar contas perante o povo. 3. SISTEMAS DE GOVERNO Quanto ao sistema de governo, os governos podem ser presidencialistas ou parlamentaristas. O presidencialismo tem como característica marcante a independência entre os poderes e a rígida relação entre eles.Outra característica do presidencialismo é que sua chefia é monocrática e os mandatos são exercidos por prazo determinado. Assim, o Presidente da República governa “sozinho” e possui responsabilidade perante o povo. Já no parlamentarismo, existe uma cooperação muito maior entre os poderes Legislativo e Executivo. Assim, a chefia do governo é dual. É como se o Executivo governasse “em conjunto” com o Legislativo. Dessa forma, o mandato do chefe de governo possui tempo indeterminado e a responsabilidade do governo é perante o Parlamento, e não perante o povo. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 12 4. REGIMES DE GOVERNO Quanto ao seu regime, um governo pode ser classificado em democrático ou autocrático. O governo autocrático é aquele onde o destinatário das políticas públicas (povo) não participa de sua elaboração. Já o governo democrático é aquele em que o destinatário das políticas públicas (o povo) participa de sua elaboração. A democracia se divide ainda em: a) Direta: onde o povo participa diretamente, ou seja, o próprio povo elabora as políticas públicas. Esse tipo de democracia é típica da Grécia antiga e é inviável nos dias de hoje (imagine só 200 milhões de brasileiros mandando emails para se discutir como será a atuação do governo na saúde!). b) Indireta: onde o povo elege os representantes e estes elaboram as políticas públicas. c) Semidireta ou participativa: é um misto da democracia direta e da indireta. Nela, o povo elege os representantes e estes elaboram as políticas públicas. Complementarmente, existem mecanismos para que o povo também participe dessa elaboração. Assim, a regra é participação indireta, combinada com alguns meios de exercício direto do povo. Esse é o modelo adotado pelo Brasil. Confira o art. 1º parágrafo único da CF: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. No art. 14, a CF diz como é que o povo exercerá diretamente o poder: Esquematizando: • Sufrágio universal • Voto direto, secreto e igualitário • Plebiscito • Referendo • Iniciativa popular de lei MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 13 - República - Eletividade - Direta - Indireta - Temporalidade no exercício do poder Formas de Governo - Necessidade de legitimidade popular - Representatividade popular - Dever do governante de prestar contas - Monarquia - Hereditariedade - Vitaliciedade - Não representatividade popular - Representa uma linhagem - Ausência de prestação de contas pelo governante - Presidencialismo - Independência entre os poderes / relações rígidas - Chefia monocrática Sistemas de - Mandato por prazo certo Governo - Responsabilidade do governo perante o povo - Parlamentarismo - Cooperação entre os poderes (Legislativo e Executivo) - Chefia dual - Mandato por prazo indeterminado - Responsabilidade do governo perante o Parlamento Regimes de Autocracia - o destinatário da política governamental não participa de sua Governo elaboração Democracia - O destinatário da política governamental participa de sua elaboração • Direta • Indireta ou representativa • Semidireta ou participativa (BRASIL- art. 10, par único) Lembre-se: Forma de Estado: FEDERAÇÃO Forma de Governo: República Sistema de Governo: Presidencialismo Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 14 5. MECANISMOS DE PROTEÇÃO DA FEDERAÇÃO NA CF88 Como vimos, a federação foi elevada à cláusula pétrea pela Constituição pátria. Muito já se discutiu sobre a possibilidade de mudança, ampliação ou redução das cláusulas pétreas. Hoje, o entendimento dominante é que as cláusulas pétreas podem ser modificadas. Isso significa que elas podem ser ampliadas e até mesmo reduzidas, desde que devidamente. Um exemplo de redução devida é o caso de um confronto entre um direito individual com outro. Deve-se buscar a interpretação mais equilibrada e que preserve os dois direitos Exemplificando: caso haja o confronto entre o direito de liberdade de expressão de uma pessoa com o direito de intimidade de outra pessoa, deve- se buscar a interpretação que preserve os dois direitos. Assim, um deles pode ser reduzido e o outro ampliado, desde que se busque o equilíbrio entre eles. ATENÇÃO: as cláusulas pétreas NÃO PODEM SER ABOLIDAS, SUPRIMIDAS OU INDEVIDAMENTE REDUZIDAS. Além da elevação do federalismo à cláusula pétrea, a CF88 ainda prevê alguns mecanismos de proteção ao pacto federativo: i. Repartição de competências: quando se tem as atribuições de cada ente federado explícitas na CF, fica mais fácil evitar que um ente invada a competência de outro. Da mesma forma, evita-se que haja modificações das competências a ponto de se descaracterizar o pacto federativo. ii. Rigidez da CF: apesar de a CF poder ser modificada, a rigidez constitucional garante maior estabilidade de seu texto, evitando assim, mudanças oportunistas e abusivas. Lembre-se que a Constituição rígida é aquela que pode sim ser modificada, mas deve ser usado um procedimento mais difícil do que o procedimento de modificação das leis comuns. iii. Intervenção: a intervenção funciona como controle de constitucionalidade, na medida em que se obriga um ente a “voltar a andar na linha”. Assim, em determinadas hipóteses onde um ente está atuando fora de suas atribuições, a intervenção é utilizada para restabelecer a normalidade e para que a CF seja cumprida. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 15 iv. Controle de constitucionalidade: o Poder Judiciário fiscaliza a invasão das competências de um ente por outro (fiscalização da autonomia) através do controle de constitucionalidade. v. Repartição de receitas tributárias (arts. 157 a 159): como vimos, para se garantir a autonomia de um ente, é preciso que ele tenha condições financeiras de se governar. Assim, a CF garante a divisão das receitas tributárias entre os entes. Isso significa, grosso modo, que o dinheiro arrecadado com impostos, em parte, é dividido entre os entes. vi. Imunidade recíproca de impostos (150, VI, a): via de regra, um ente não pode cobrar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. Esquematizando: • Repartição de competências • Rigidez da CF – dificulta a invasão e o esvaziamento de competências de um ente • Controle de constitucionalidade – o Judiciário fiscaliza a invasão das competências de um ente por outro (fiscalização da autonomia) • Intervenção (34 a 36) • Repartição das receitas tributárias (157 a 159) • Imunidade recíproca de impostos (150, VI, a) M ec an is m os d e pr ot eç ão à Fe de ra çã o na C F8 8 MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 16 EXERCÍCIOS 1. (CESPE - Del Pol/PC GO/2017) Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos previstos em constituição estadual não precisam guardar estreita similaridade com aqueles previstos na CF. Claro que precisam! Apesar de haver algumas normas que não são de reprodução obrigatória, os mecanismos de checks and balances estaduais e municipais deve sim guardar similitude com a esfera federal. Gabarito: Errado. 2. (CESPE - Ag Pol/PC PE/2016) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os estados,os territórios federais, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos, nos termos da CF. O art. 18 da CF estabelece que a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição (os territórios não estão englobados). Gabarito: Errado. 3. (CESPE - TA (ANVISA)/ANVISA/2016) Nos termos da CF, um ente federativo terá o direito de secessão, isto é, de desagregar-se da Federação, seja em caso de crise institucional, seja por decisão da população diretamente interessada, mediante plebiscito. Em um Estado federado, não cabe direito de secessão: secessão é o mesmo que separação. Assim, caso um ente federado queira se separar do Brasil para formar um Estado independente, isso não poderá ocorrer. Dessa forma, existem mecanismos na CF que impedem e repelem um comportamento separatista de um ente federado (como a intervenção). Gabarito: Errado. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 17 4. (CESPE - TJ/TRE PI/Administrativa/2016) Cabe à União o exercício de atribuições da soberania do Estado brasileiro, razão por que esse ente se confunde com o próprio Estado federal. A União é uma pessoa jurídica de direito público interno e REPRESENTA a República Federativa do Brasil nas relações internacionais. Assim, quando a União está atuando externamente, ela não atua como União e sim como RFB. A pessoa jurídica de direito público externo é a República Federativa do Brasil. Gabarito: Errado. 5. (CESPE - AJ/TRT 8/Administrativa/2016) Cada uma das unidades integrantes da Federação brasileira é ente autônomo e soberano, capaz de auto- organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração. O que torna o item incorreto é a palavra “soberano”. Somente a República Federativa do Brasil possui soberania. Os demais (União, Estados, DF e municípios) possuem autonomia e, de fato, possuem capacidade de auto-organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração. Gabarito: Errado. 6. (CESPE - Adm (FUB)/FUB/2015) No Brasil, os municípios são considerados elementos dissolúveis da federação. Negativo! Lembre-se do art. 1º da CF: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos (...) Gabarito: Errado. 7. (CESPE - 2014 - ANATEL - Conhecimentos Básicos - Cargos 13, 14 e 15) A forma federativa de Estado adotada pela CF consiste na descentralização política e na soberania dos estados-membros, os quais são capazes de se auto-organizar mediante a elaboração de constituições estaduais. Passou perto... No entanto, os entes federados não possuem soberania, mas sim autonomia. O restante está correto. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 18 Gabarito: Errado. 8. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário) O princípio da simetria relativiza a autonomia dos estados, do Distrito Federal e dos municípios ao fixar, ainda que de maneira não absoluta, a obrigação, para esses entes, de reprodução do modelo de organização e de relação entre poderes estabelecidos pela CF em âmbito federal. Isso mesmo. O princípio da simetria nos diz que os estados e municípios devem reproduzir algumas regras da Constituição Federal. Dessa forma, eles possuem autonomia para se auto-organizar, mas essa autonomia é limitada pelas regras estabelecidas na Constituição. Gabarito: Certo. 9. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) O federalismo no Brasil é caracterizado como federalismo por agregação, tendo surgido a partir da proclamação da República e se consolidado por meio da Constituição de 1891. O federalismo brasileiro se deu por desagregação, ou seja, primeiro, o poder era concentrado no ente central e, depois, esse poder foi “dividido” com os demais entes federados. Vamos revisar: Formação do Estado Federado - Por agregação - Movimento centrípeto - EUA - Por desagregação - Movimento centrífugo - Brasil Gabarito: Errado. 10. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Entre as características comuns do Estado Federal incluem-se a representação das unidades federativas no poder legislativo central, a existência de um tribunal constitucional e a intervenção para a manutenção da federação. Isso mesmo! Vamos revisar as características do federalismo: MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 19 - Origem: EUA – 1787 - Soberania do Estado Federal e autonomia dos entes federados - Repartição de poderes - Repartição de competências - Descentralização política - Federação - Auto-organização dos Estados membros (CEs) - Entidades autônomas – não há hierarquia entre elas - Não cabe direito de secessão - Regidos por uma Constituição RÍGIDA - Guardião da Constituição - Intervenção - Órgão representativo dos Estados Membros - Repartição de receitas Gabarito: Certo. 11. (CESPE - 2014 - Instituto Rio Branco - Diplomata) A ordem constitucional brasileira não admite o chamado direito de secessão, que possibilita que os estados, o Distrito Federal e os municípios se separem do Estado Federal, preterindo suas respectivas autonomias, para formar centros independentes de poder. Isso mesmo. A secessão é a separação de um ente federado para que este se torne independente. Seria o equivalente ao Rio Grande do Sul se separar do Brasil para formar outro Estado independente. Lembre- se de que a secessão não é possível no Brasil. Gabarito: Certo. 12. (CESPE - 2014 - CADE - Nível Superior) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende os entes da Federação, que possuem a tríplice capacidade da autonomia: auto-organização, autogoverno e autoadministração Isso aí! Lembre-se de que a República Federativa do Brasil possui soberania e os demais entes possuem autonomia, que é a capacidade de se auto-organizar, autoadministrar e autogovernar. Vamos revisar: MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 20 República Federativa do Brasil (RFB) - Tem soberania - Pessoa jurídica de direito público externo União - Pessoa jurídica de direito público interno - Representa a RFB nas relações internacionais Demais entes • Auto-organização e legislação própria (Estados +DF+Municípios) • Autogoverno possuem autonomia • Autoadministração - Estados - art.18 e 25 a 28 - Municípios - art. 18, 29 e 30 Gabarito: Certo. 13. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) O sistema checks and balances, criado por ingleses e norte-americanos, consiste no método de freios e contrapesos adotado no Brasil. Nesse sistema, todos os poderes do Estado desempenham funções e praticam atos que, a rigor, seriam de outro poder, de modo que um poder limita o outro. O sistema checks and balances garante a harmonia entre os poderes, instituindo mecanismos de controle mútuo. A separação entre as funções dos poderes não é absoluta. Em linhas gerais, não há incorreção na questão. Gabarito: Certo. 14. (CESPE/AJAJ-STM/2011) No exercício de sua autonomia política, os estados podem adotar o regime parlamentar de governo. A forma, regime e sistema de governo adotados pela Constituição Federal são normas de reprodução obrigatória e não podem ser modificados pelos entes federados. Gabarito: Errado. 15. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF adota o presidencialismo como forma de Estado, já que reconhece a junção das funções dechefe de Estado e chefe de governo na figura do presidente da República. A forma de Estado é a Federação. O presidencialismo é o sistema de governo. Lembre-se: MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 21 Forma de Estado: FEDERAÇÃO Forma de Governo: República Sistema de Governo: Presidencialismo Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia. Gabarito: Errado. 16. (CESPE/TRT 17.ª Região-ES/Analista Judiciário /2009) O Brasil caracteriza-se por ser um Estado unitário, o qual possui governo único, conduzido por uma única entidade política, que exerce, de forma centralizada, o poder político. O Brasil é um estado federado, onde cada um dos entes federativos (União, Estados, DF e municípios) possui competências expressamente previstas pela CF. Eles possuem também AUTONOMIA, caracterizada pela autoadministração, autogoverno e auto-organização. Gabarito: Errado. 17. (CESPE/TRE-MA/2009) A União, os estados-membros, os municípios e o Distrito Federal são entidades estatais soberanas, pois possuem autonomia política, administrativa e financeira. Elas são entidades AUTÔNOMAS e realmente possuem autonomia política, administrativa e financeira. Gabarito: Errado. 18. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A federação é o sistema de governo cujo objetivo é manter reunidas autonomias regionais. Estão vendo como essa questão é recorrente? Por isso trouxe várias desse tipo para você fixar! Lembre-se: Forma de Estado: FEDERAÇÃO Forma de Governo: República Sistema de Governo: Presidencialismo Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia. Gabarito: Errado. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 22 19. (CESPE/PGE-AL/Procurador do Estado de Alagoas – 1.ª Classe/2008) As constituições dos estados organizados sob a forma federativa possuem, em regra, instrumentos para coibir movimentos separatistas. No Brasil, a CF prevê a possibilidade de se autorizar a intervenção da União nos estados para manter a integridade nacional e considera a forma federativa de Estado uma cláusula pétrea. Uma das características do federalismo é que não cabe direito de secessão, ou seja, os entes federados não podem se separar da federação. Isso seria o equivalente ao estado do Rio Grande do Sul tentar se separar do Brasil para formar um Estado independente (a República dos Pampas, por exemplo). Assim, uma das possibilidades de intervenção é para manter a integridade nacional, enquanto a forma federativa de estado é considerada uma cláusula pétrea. Gabarito: Certo. 20. (CESPE/IPEA-Técnico de Planejamento e Pesquisa 2008) A democracia brasileira caracteriza-se pela coexistência da democracia representativa e da democracia participativa, emanando todo o poder do povo, que o exerce diretamente ou por meio de seus representantes. A Democracia brasileira é do tipo semidireta ou participativa: é um misto da democracia direta e da indireta. Nela, em regra, o povo elege os representantes e estes elaboram as políticas públicas. No entanto, existem mecanismos para que o povo também participe dessa elaboração. Assim, a regra é participação indireta, combinada com alguns meios de exercício direto do povo. Esse é o modelo adotado pelo Brasil. Confira o art. 1º parágrafo único da CF: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Gabarito: Certo. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 23 II. ENTES FEDERADOS O art. 1º da CF prevê que: “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, (...)”. Assim, o Estado brasileiro se chama República Federativa do Brasil (RFB) e é somente ele que possui a soberania. A RFB é a única pessoa jurídica de direito público externo e é a única capaz de manter relações com outros Estados estrangeiros (relações internacionais). A RFB é formada pelos seguintes entes: União, estados, Distrito Federal e municípios. Vamos estudar cada um deles: 1. UNIÃO É uma pessoa jurídica de direito público interno e REPRESENTA a República Federativa do Brasil nas relações internacionais. Assim, quando a União está atuando externamente, ela não atua como União e sim como RFB. Já os demais entes não possuem soberania. Eles têm autonomia, isso é, a capacidade de auto-organização e legislação própria, autogoverno e autoadministração. Esquematizando: República Federativa do Brasil (RFB) - Tem soberania - Pessoa jurídica de direito público externo União - Pessoa jurídica de direito público interno - Representa a RFB nas relações internacionais Demais entes • Auto-organização e legislação própria (Estados +DF+Municípios) • Autogoverno possuem autonomia • Autoadministração - Estados - art.18 e 25 a 28 - Municípios - art. 18, 29 e 30 MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 24 2. ESTADOS Os estados possuem autonomia, que é a capacidade de se auto-organizar e ter sua legislação própria, se autogovernar e se autoadministrar. A auto-organização é a capacidade dos estados de elaborar suas respectivas Constituições Estaduais (CEs), que são fruto do Poder Constituinte Derivado Decorrente. Pelo princípio da simetria, as CEs devem ser aprovadas em 2 turnos de votação por pelo menos 3/5 da Assembleia Legislativa do respectivo estado. O autogoverno e autoadministração são a capacidade dos estados em se governar e administrar sem a interferência dos outros entes. Por exemplo, o poder de eleger seus governantes e o poder-dever de organizar os poderes executivo, legislativo e judiciário de cada estado (lembre-se de que os municípios não possuem Poder Judiciário e nem Ministério Público). Por fim, os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Esquematizando: • Auto-organização • Elaboração de - Poder constituinte derivado decorrente e legislação própria Constituições - Princípio da simetria Estaduais - 2 Turnos e 3/5 dos votos - Autolegislação: leis estaduais • Autogoverno - ex: organizar poderes Executivo, Legislativo e (arts. 27, 28 e 125) Judiciário do Estado - OBS: Município não tem Judiciário nem Ministério Público • Autoadministração E st ad os (a ut on om ia ) MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 25 3. MUNICÍPIOS Os municípios também possuem autonomia (conferida pela auto-organização e legislação própria, autoadministração e autogoverno). Além disso, a autonomia municipal é princípio constitucional sensível (art. 34, VII). Duas observações quanto à auto-organização e legislação própria dos municípios: i. Os municípios não possuem poder constituinte derivado decorrente, ou seja, não podem elaborar suas constituições. Na verdade eles são regidos por uma Lei Orgânica Municipal (LOM), que é o equivalente a uma “Constituição Municipal”. Mas ATENÇÃO: A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL NÃO TEM STATUS DE CONSTITUIÇÃO. ii. Diferentemente das Constituições Estaduais, que são votadas em 2 turnos e aprovadas por 3/5 dos votos, as leis orgânicas são votadas em 2 turnos, com interstício (intervalo) mínimo de 10 dias e aprovadas por 2/3 dos votos. Quanto ao autogoverno, deve-se frisar que osmunicípios elegem seus prefeitos e vereadores para mandato de 4 anos e devem organizar os poderes executivo e legislativo locais, mas eles não possuem Judiciário e nem Ministério Público. Esquematizando: - Autonomia MUNICIPAL é princípio constitucional sensível (34, VII, c) NÃO é estadual • Auto-organização - Elaboração de LOM - 2 turnos e legislação própria - interstício mín 10d - 2/3 dos votos - Princípio da simetria - Município NÃO tem Poder constituinte decorrente - Autolegislação: leis municipais • Autogoverno - Organizar poderes Executivo e Legislativo locais - Município não tem Judiciário nem Ministério Público - Eleição direta do Prefeito • Autoadministração M un ic íp io s (a ut on om ia ) MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 26 4. DISTRITO FEDERAL Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios (art. 32, §1º). Um fato interessante quanto à nomenclatura dos órgãos e institutos do DF é que, como ele possui competências dos estados e dos municípios, misturou-se o nome de uma série de órgãos e diplomas, fazendo referência aos respectivos institutos estaduais e municipais. Bagunçou? Vou explicar melhor. Lembre-se que os estados regem-se por suas respectivas Constituições Estaduais e que essas são votadas em 2 turnos, aprovadas por 3/5 dos votos e são fruto do poder constituinte derivado decorrente. Já os municípios são regidos por Lei Orgânica, que são votadas em 2 turnos, com interstício mínimo de 10 dias e aprovadas por 2/3 dos votos e não possuem status constitucional porque os municípios NÃO possuem poder constituinte derivado decorrente. Até aqui nenhuma novidade. E o DF? Como é regido? Por Constituição ou por Lei Orgânica? Misturou-se as constituições estaduais com as leis orgânicas municipais: O DF é regido por uma Lei Orgânica e, como tal, é votada em 2 turnos, com interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 dos votos. No entanto, a LODF possui status de Constituição estadual e emana do poder constituinte derivado decorrente. Ficou mais claro agora? A LODF é uma “Constituição Estadual” (e que tem status de CE), mas que tem o nome de Lei Orgânica e é votada como Lei Orgânica. Outra curiosidade: o nome do órgão do Poder Legislativo dos estados é Assembleia LEGISLATIVA. Já o nome do órgão do Poder Legislativo dos municípios é CÂMARA Municipal ou Câmara dos Vereadoes. Como dito, para o Distrito Federal, misturou-se os nomes dos órgãos legislativos estaduais e municipais: CÂMARA LEGISLATIVA. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 27 Uma observação importante acerca do DF é que ele não tem competência para organizar seu Judiciário, Ministério Público, corpo de bombeiros, polícias civil e militar. A competência para tal pertence à UNIÃO. Assim, segundo a Súmula 647 do STF: “Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar do DF.” No entanto, não confunda organização com subordinação. Segundo o artigo 144, § 6°: “As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.” Dessa forma, Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. IMPORTANTE! A Emenda Constitucional 69/2012 transferiu a competência de organizar e manter a Defensoria Pública do DF da União para o DF! Dessa forma, aplicam-se à Defensoria Pública do Distrito Federal os mesmos princípios e regras que, nos termos da Constituição Federal, regem as Defensorias Públicas dos Estados. Já a DP dos Territórios continua a cargo da União. (confira aqui a EC 69/2012) Por fim, Brasília (e não o Distrito Federal) é a capital federal e é vedada a divisão do DF em municípios (observe que os Territórios podem ser divididos em municípios). Esquematizando: - Tem competências de Estados e Municípios (32§ 1º + 147) - Possui Lei Orgânica: LODF - 2 turnos - interstício mín 10d - 2/3 dos votos - Não tem competência para organizar e manter seu - Judiciário - MP - Polícias civil e militar - Bombeiros - Organiza e mantém sua Defensoria Pública! EC 69/2012 D F (a ut on om ia ) É da União MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 28 5. TERRITÓRIOS Os territórios não são entes federados. Eles não integram o Estado Federal e são meras descentralizações administrativas pertencentes à União, possuindo natureza jurídica de autarquia territorial. Além disso, os territórios não possuem autonomia política. Como exemplo, os governadores de Territórios não são eleitos pelo povo, mas sim escolhidos pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal por voto secreto e arguição pública. Atualmente, o Brasil não possui territórios e sua criação e transformação só pode ser feita mediante Lei Complementar federal (art. 18, §2º). Caso sejam criados, sua organização administrativa, judiciária, orçamentária, tributária, serviços públicos e pessoal será regulada por Lei Ordinária da União e de iniciativa privativa do Presidente da República. Os territórios podem ou não ser divididos em municípios e suas contas são julgadas pelo Congresso Nacional, após parecer prévio do TCU. Eles ainda elegem 4 Deputados Federais e não elegem Senadores. Por fim, cabe à União organizar e manter o Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública dos Territórios. Esquematizando: MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 29 • Integram a União • Criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em Lei Complementar federal (18, §2º) • Caso sejam criados, - Administrativa sua organização - Judiciária - Tributária - Orçamentária - Serviços públicos - Pessoal • Não são entes - Não integram o Estado Federal federados - São meras descentralizações pertencentes à União - Natureza Jurídica de Autarquia - Não possuem autonomia política Ex: o GovTerrit é - escolhido pelo PR - aprovado pelo SF - Voto secreto - Arguição púb • Podem ou não ser divididos em municípios • Suas contas são - Julgadas pelo Congresso Nacional - Após parecer prévio do TCU • Compete à União - Judiciário organizar e manter - Ministério Público dos Territórios - Defensoria Pública • Elege 4 Deputados Federais • Não elege Senadores 6. VEDAÇÕES AOS ENTES FEDERATIVOS A Constituição, em seu artigo 19, estabelece expressamente algumas vedações aos entes federados (união, estados, DF e municípios). São elas: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar- lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. será regulada por Lei Ordinária da União de iniciativa do Presidente T er ri tó ri os (N ão p os su em a ut on om ia ) MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 30 7. BENS DA UNIÃO Essa próxima matéria é bem “decorebenta”, mas fique firme, ok? Lembre-se agora do seu cargo maravilhoso de Técnico do MPUe do seu salário maravilhoso de R$ 11.398,39 e tenha força! O artigo 20 da Constituição Federal estabelece que são bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré- históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 31 Além disso, a CF estabelece que seja assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. Por fim, a faixa de até 150 quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. 8. BENS DOS ESTADOS Daqui para frente fica mais fácil, rsrsrsrs. O art. 26 da Constituição Federal estabelece que são bens dos estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 32 9. PROCESSO DE FORMAÇÃO DE NOVOS ESTADOS, MUNICÍPIOS E TERRITÓRIOS A Constituição Federal traz também os requisitos para a formação de novos estados, municípios e territórios. Vamos ver quais são eles: Formação de novos Territórios (art. 18, § 2º): será regulada por meio de Lei Complementar. Formação de novos Estados (art. 18, §3º): os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Formação de novos municípios (art. 18, §4º): A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. OBSERVAÇÕES: a. Por “população diretamente interessada”, na criação de novos estados ou municípios, entende-se por toda a população do estado-membro ou do município, e não apenas a população da área a ser desmembrada (ADI 2.650). b. A Constituição Federal não prevê a alteração do Distrito Federal. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 33 ESQUEMATIZANDO: Processo De Formação de Novos Estados, Territórios e Municípios Formação de novos Territórios (art. 18, § 2º): LC Formação de novos Estados 1- Plebiscito (prévio) - Não pode referendo Art. 18, §3º - Obrigatório 2- LC do CN - Regulamentado pela Lei 9.709/98 - Não há previsão de alteração do DF Formação de novos 1- LC federal fixando prazo dentro do qual poderá ocorrer a Municípios (Art. 18 §4º) formação dos novos municípios 2- Estudos de viabilidade municipal 3- Plebiscito das populações diretamente interessadas “População diretamente interessada” = Toda a população do estado-membro ou do município, e não apenas a população da área a ser desmembrada (ADI 2.650) 4- LO estadual formalizando a formação do novo município MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 34 EXERCÍCIOS 21. (CESPE - Del Pol/PC GO/2017) Conforme a CF, a incorporação, a subdivisão, o desmembramento ou a formação de novos estados dependerá de referendo. Assim, o referendo é condição prévia, essencial ou prejudicial à fase seguinte: a propositura de lei complementar. Segundo o art. 18, §3º, os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Gabarito: Errado. 22. (CESPE - Del Pol/PC GO/2017) Denomina-se cisão o processo em que dois ou mais estados se unem geograficamente, formando um terceiro e novo estado, distinto dos estados anteriores, que perdem a personalidade originária. Para responder essa bastava saber português rsrsrsrs. O processo onde dois ou mais estados se unem chama-se fusão. Ao contrário, a cisão ocorre quando há a criação de dois ou mais estados-membros através de um estado já existente, por exemplo, quando um estado se divide em dois. Gabarito: Errado. 23. (CESPE - Del Pol/PC GO/2017) Para o STF, a consulta a ser feita em caso de desmembramento de estado-membro deve envolver a população de todo o estado-membro e não só a do território a ser desmembrado. Isso aí! Por “população diretamente interessada”, na criação de novos estados ou municípios, entende-se por toda a população do estado- membro ou do município, e não apenas a população da área a ser desmembrada (ADI 2.650). Gabarito: Certo. 24. (CESPE - Proc (PGE AM)/PGE AM/2016) Embora, conforme a CF, a lei orgânica municipal esteja subordinada aos termos da Constituição estadual MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 35 correspondente, esta última Carta não pode estabelecer condicionamentos ao poder de auto-organização dos municípios. Palavras difíceis, mas o conceito é bem fácil. A Lei Orgânica do município está condicionada tanto à Constituição Federal quanto à Constituição Estadual. Entretanto, a constituição estadual não pode fazer restrições indevidas ao poder de auto-organização, autogoverno e autoadministração dos municípios, senão, estaria ferindo a autonomia municipal. Gabarito: Certo. 25. (CESPE - Ag Adm (DPU)/DPU/2016) O Congresso Nacional poderá editar lei complementar para a fusão de dois estados em um novo, desde que aspopulações diretamente interessadas aprovem a fusão mediante plebiscito. Segundo o art. 18, §3º, os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Gabarito: Certo. 26. (CESPE - Ag Pol/PC PE/2016) É facultado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios subvencionar cultos religiosos ou igrejas e manter com seus representantes relações de aliança e colaboração de interesse público. A Constituição, em seu artigo 19, estabelece expressamente algumas vedações aos entes federados (união, estados, DF e municípios). São elas: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 36 Gabarito: Errado. 27. (CESPE - Del Pol/PC PE/2016) O DF, como ente federativo sui generis, possui as competências legislativas reservadas aos estados, mas não aos municípios; entretanto, no que se refere ao aspecto tributário, ele possui as mesmas competências que os estados e municípios dispõem. Questão bastante tranquila. Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios (art. 32, §1º). Gabarito: Errado. 28. (CESPE - TA/ANVISA/2016) Apesar de não possuírem sua própria Constituição, os municípios, em simetria com os estados, desempenham as funções dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, em razão da autonomia administrativa estabelecida no texto da CF. Quem leu rápido dançou rsrsrsrs. Os municípios não possuem Poder Judiciário (somente a União e os estados). Os poderes municipais são o Executivo e o Legislativo. Gabarito: Errado. 29. (CESPE - Aux Tec CE/TCE-PA/Administrativa/2016) A fusão de dois municípios depende de consulta prévia, mediante plebiscito, das respectivas populações, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal. Isso aí! A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei (art. 18, §4º). Gabarito: Certo. 30. (CESPE - Aud CE/TCE-PA/Administrativa/Direito/2016) Os estados-membros, mediante lei ordinária específica, podem instituir regiões metropolitanas, constituídas por agrupamentos de municípios, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 37 O Art. 25, § 3º diz que os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Gabarito: Errado. 31. (CESPE - 2015 – TJ-SE - Técnico Judiciário) A despeito de serem entes federativos, os territórios federais carecem de autonomia. Realmente, os territórios não possuem autonomia. No entanto, eles não são entes federados, o que torna o item incorreto. Gabarito: Errado. 32. (CESPE - 2015 – ANTAQ - Nível Superior) Dada a condição de laicidade do Estado brasileiro, é expressamente vedada a subvenção da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios a cultos religiosos ou igrejas, assim como parceria de qualquer natureza. Segundo o art. 19, I é vedado aos entes federados estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. Assim, não é qualquer parceria que é vedada. Gabarito: Errado. 33. (CESPE - 2015 – ANTAQ - Técnico Administrativo) Aos estados-membros da Federação compete explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os portos marítimos, fluviais e lacustres. Claro que não! Os portos são pontos altamente estratégicos para a nação. Você acha mesmo que a união iria deixá-los nas mãos dos estados? Confira o art. 21, XII, “f”. Gabarito: Errado. 34. (CESPE - 2015 – ANTAQ - Técnico Administrativo) São considerados bens da União os lagos, os rios e quaisquer correntes de água em terrenos que sirvam de limites com outros países ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 38 Isso mesmo! Essa é praticamente a cópia do art. 20, III da Constituição Federal. Gabarito: Certo. 35. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) São bens dos estados-membros os recursos minerais, inclusive os do subsolo, localizados em seus respectivos territórios. Negativo! Os recursos minerais, inclusive os do subsolo, são bens da União e não dos estados. Confira o art. 20, IX. Gabarito: Errado. 36. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) O Distrito Federal e os municípios poderão ter símbolos próprios. É exatamente o que está disposto no artigo 13, 2º da CF. Cuidado, pois o Cespe também faz questões copia e cola rsrsrsrs. Gabarito: Certo. 37. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Os territórios não podem eleger deputados. Os deputados são representantes do povo e os territórios elegem 4 deputados. Já os senadores são os representantes dos estados e, por isso, os territórios não elegem senadores. Gabarito: Errado. 38. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Com o advento da CF ficou proibida a criação de novos territórios federais. Não ficou. A CF, inclusive, estabelece que os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar (art. 18, § 2º). Gabarito: Errado. 39. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Segundo a CF, a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, é considerada essencial para a defesa do território nacional. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 39 Isso mesmo! Atenção porque a CF não diz que essas terras são bens da União, mas sim essenciais para a defesa do território nacional. Gabarito: Certo. 40. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) São bens dos municípios os sítios arqueológicos localizado sem seus territórios. Os sítios arqueológicos são bens da União e não dos municípios. Confira o art. 20, X. Gabarito: Errado. 41. (CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polícia – Civil) Por serem simples descentralizações administrativas da União, os territórios não têm autonomia política, podendo ser criados por lei ordinária federal. A lei que cria Território, transforma-o em Estado ou o reintegra ao Estado de origem será uma lei complementar, conforme o art. 18, §2º. O restante está correto: os territórios são simples descentralizações administrativas da União e não têm autonomia política. Gabarito: Errado. 42. (CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) É permitido à União, aos estados,ao Distrito Federal e aos municípios estabelecer cultos religiosos e igrejas, subvencioná-los e manter com essas entidades religiosas relações de aliança e colaboração, desde que respeitada a liberdade de consciência e crença. De jeito nenhum! Essa é uma das vedações impostas aos entes federados! Vamos revisar todas (art. 19): I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar- lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. Gabarito: Errado. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 40 43. (CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) Com o advento da Constituição de 1988, Brasília deixou de ser a capital da República em favor do Distrito Federal, que passou a ter esse status. Não podemos confundir isso. O Distrito Federal é um ente da Federação. Brasília é a Capital Federal. Essas informações estão no art. 18. Gabarito: Errado. 44. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) Os estados, o Distrito Federal e os municípios têm assegurada participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de outros recursos minerais em seus respectivos Territórios, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. Essa é uma simples reescrita do §1º do art. 20, que trata dos bens da União. Gabarito: Certo. 45. (CESPE/Analista - MPU/2010) As capacidades de auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação reconhecidas aos estados federados exemplificam a autonomia que lhes é conferida pela Carta Constitucional. A autonomia é justamente conferida pelas capacidades de auto- organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação. Lembre-se de que os entes federados não possuem soberania (o único ente soberano é a República Federativa do Brasil). Gabarito: Certo. 46. (CESPE/MPS/2010) De acordo com a CF, os territórios podem ser divididos em municípios. Os territórios podem ou não ser divididos em municípios. O Distrito Federal é que jamais poderá sê-lo. Gabarito: Certo. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 41 47. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O DF não dispõe da capacidade de auto- organização, já que não possui competência para legislar sobre organização judiciária, organização do MP e da Defensoria Pública do DF e dos Territórios. Quando essa questão foi feita, realmente, o Distrito Federal não possuía competência para legislar sobre organização judiciária, organização do MP e da Defensoria Pública do DF e dos Territórios. No entanto, isso não retira do a autonomia do DF, que possui auto- organização, autogoverno e autoadministração. Atente-se para o fato de que a Emenda Constitucional 69/2012 transferiu para o DF a capacidade de organizar e manter sua DEFENSORIA PÚBLICA! Gabarito: Errado. 48. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Os territórios federais são considerados entes federativos. Os territórios federais integram a União, não são considerados entes federativos e não possuem autonomia. Veja como questões simples também caem em provas com nível de dificuldade extremamente elevado, como é o caso do concurso para Promotor. Gabarito: Errado. 49. (CESPE/TRE-GO/2009) Os municípios não são considerados entes federativos autônomos, visto que não são dotados de capacidade de auto-organização e de autonomia financeira. Conforme artigo 18: “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.” Gabarito: Errado. 50. (CESPE/TRT 17.ª Região-ES/Analista Judiciário – Área: Administrativa/2009) A CF veda a criação de novos territórios. A CF permite expressamente a criação de novos territórios em seu art. 18, §2º. Sua criação deve ser feita por Lei Complementar Federal e, caso sejam criados, integrarão a União e terão natureza jurídica de autarquia territorial. Gabarito: Errado. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 42 III. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS A repartição de competências é a divisão, pela Constituição, das atribuições de cada ente federado. Ela é um dos núcleos do federalismo brasileiro. Para se fortalecer a autonomia dos entes federados, deve haver repartição de competências administrativas (ex: arts. 21 e 23), tributárias (ex: art. 145 em diante) e Legislativas (ex: art. 22 e 24). Uma observação importante acerca das competências estabelecidas pela CF é que elas podem ser alteradas por Emenda Constitucional. No entanto, não se pode mudá-las a ponto de se comprometer a forma federativa de Estado. 1. MODELOS DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS Quando se reparte as competências dentro do estado federado, existem duas formas de se fazer isso: a primeira é fazendo com que os diferentes entes possam atuar nas mesmas matérias. Mas para não “virar bagunça”, deve- se estabelecer uma relação de subordinação, onde um ente deve obedecer ao outro. Esse tipo de repartição provoca uma maior cooperação entre os diferentes entes, uma vez que eles atuam nas mesmas matérias. Esse modelo de repartição de competências é chamado de MODELO VERTICAL. A segunda forma de se repartir as competências dentro do estado federado é criando uma forma mais rígida, onde os entes, geralmente, atuam em diferentes matérias e onde um ente não pode intervir nas competências dos outros. Esse modelo é chamado de MODELO HORIZONTAL. A Constituição Federal adota os dois modelos, com predominância do MODELO HORIZONTAL. MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 43 2. PRINCÍPIO DA PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE Para estabelecer a repartição das competências entre os entes, a Constituição usou o princípio da predominância do interesse: Os interesses nacionais e de relações internacionais foram expressamente definidos na CF e ficaram a cargo da União. Os interesses locais ficaram a cargo dos municípios e também foram enumerados expressamente pela Constituição. Os interesses regionais, por sua vez, ficaram sob a responsabilidade dos estados, e são residuais, ou seja, não foram expressamente enumerados pela CF88. Duas observações são pertinentes nesse momento: a primeira é que, como vimos, o Distrito Federal possui competências dos estados e dos municípios. A segunda é que existe uma exceção em relação às competências residuais: a competência residual em matéria TRIBUTÁRIA é da UNIÃO e não dos Estados. Estudaremos as seguintes competências: 1. Exclusivas da União 2. Privativas da União 3. Concorrentes 4. Comuns 5. Dos estados 6. Dos municípios Esquematizando: MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 44 Repartição de Competências Núcleo do federalismo Autonomia pressupõe repartição de competências - Administrativas – ex: art. 21 - Legislativas – ex: art. 22 - Tributárias – ex: art. 145 em diante Competências podem ser alteradas por EC o Não pode mudar a ponto de comprometer a forma federativa de Estado - Horizontal - Não há subordinação entre os entes Modelo - Provoca maior rigidez do federalismo - Vertical - Os entes atuam nas mesmas matérias, mas há subordinação entre eles - Provoca maior cooperação entre os entes o CF88 adota os dois modelos,com predominância do HORIZONTAL Princípio da interesse - Nacional: União – enumerada expressamente predominância - Local: Municípios – enumerada expressamente do interesse - Regional: Estados – residual - DF: Estados+Municípios - Competência Comum – art. 23 - Competência Concorrente – art. 24 3. COMPETÊNCIAS EXCLUSIVAS DA UNIÃO As competências exclusivas da União estão previstas no art. 21 da CF e possuem duas características marcantes. A primeira é que elas são competências MATERIAIS / ADMINISTRATIVAS. A segunda é que elas são INDELEGÁVEIS, ou seja, a União não pode “pedir para que alguém as exerça em seu nome”. Exemplos de competências exclusivas da União são: I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; II - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; OBS: Matéria tributária: Competência da U é que é residual MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 45 4. COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DA UNIÃO As competências privativas da União estão previstas no artigo 22 da CF e são competências LEGISLATIVAS. Diferentemente das exclusivas, as competências privativas podem ser delegadas pela União. Assim, via de regra, as competências privativas da União são exercidas pela própria União. No entanto, excepcionalmente, a União pode delegar aos estados e ao DF, por Lei Complementar, a edição de normas sobre questões específicas. Fique atento para as seguintes observações: 1) Em regra, as competências privativas são exercidas pela União 2) A delegação (exceção) é feita por Lei Complementar 3) A delegação é feita aos Estados e ao DF, não podendo ser feita aos municípios. 4) Os estados e o DF somente podem legislar sobre questões ESPECÍFICAS e somente se houver delegação pela União. 5) A delegação deve contemplar todos os Estados e o DF. Assim, caso sejam delegadas, as competências privativas se estenderão para todos os estados de uma só vez. Não se pode delegar a legislação de uma questão somente para o estado de São Paulo, por exemplo. Se a União delegar para um estado, deve delegar para todos. Exemplos de competências privativas da União: legislar sobre I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 46 5. COMPETÊNCIA COMUM, PARALELA OU CUMULATIVA As competências comuns entre os entes federados estão previstas no artigo 23 da CF. Elas tratam, em sua maioria, de assuntos de interesse da coletividade/interesses difusos e são competências NÃO LEGISLATIVAS / MATERIAIS / ADMINISTRATIVAS de responsabilidade da União, estados, Distrito Federal e municípios, que atuam de forma conjunta e sem subordinação entre eles. Além disso, a CF prevê que Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Exemplos de competências comuns entre União, estados, DF e municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 47 6. COMPETÊNCIA CONCORRENTE A competência concorrente é uma forma de divisão vertical de competências, está prevista no artigo 24 da CF e se refere a competências LEGISLATIVAS. Diferentemente da competência comum, que pode ser exercida pela União, estados, DF e municípios, a competência concorrente só poderá ser exercida pela União, estados e DF. Dessa forma, os municípios não possuem competência legislativa concorrente. Na competência concorrente, a União edita normas gerais, enquanto os estados e o DF editam normas específicas. Assim, os estados complementam a legislação da União se utilizando da competência suplementar. Nessa normatização, existe subordinação: as normas específicas dos Estados e DF devem respeitar as normas gerais da União. Uma observação: a União NÃO pode editar normas específicas para Estados e DF, mas pode editar normas específicas para a própria União. Caso a União seja omissa e não elabore as normas gerais, os Estados e DF adquirem competência legislativa plena. Assim, poderão legislar tanto sobre normas gerais quanto específicas. Caso, posteriormente, a União edite a lei federal contendo a norma geral, as leis estaduais tornam-se suspensas na parte em que lhe for contrária (suspende e não revoga). Além disso, a partir da edição da lei federal, os estados (que tinham a competência legislativa plena) não podem mais legislar sobre normas gerais, tendo que seguir as normas gerais editadas pela União. Por fim, você deve saber que os estados e DF podem suprir a inexistência de lei federal somente nos assuntos da competência concorrente. Já nos temas de competência privativa da União, eles somente podem legislar caso sejam autorizados por Lei Complementar (e sobre questões específicas). Esquematizando: MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 48 1. Competência EXCLUSIVA da União - Indelegável - ADMINISTRATIVA - Não confundir com iniciativa exclusiva/reservada/privativa de Lei 2. Competência - Delegável PRIVATIVA - LEGISLATIVA da União - Regra: demais entes NÃO podem editar leis p/ suprir a lacuna federal - Exceção - U pode delegar por LC - Est e DF podem legislar sobre - Só as especificas questões específicas - Só se a U delegar - A delegação deve contemplar todos os Estados + DF 3. Competência - Outros nomes: paralela ou cumulativa COMUM - Não há subordinação - COMPETÊNCIAS NÃO LEGISLATIVAS - Interesse da coletividade / interesses difusos - LC fixarão normas para a cooperação entre U, E, DF e Mun • Objetivando o - Equilíbrio do desenvolvimento econômico - Bem-estar em âmbito nacional • Somente União, Estados e DF • Municípios NÃO possuem competência concorrente • Repartição vertical de competência • COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS • União: Normas Gerais 4. Competência • Estados e DF - Normas específicas CONCORRENTE - Complementam a legislação da União - Competência suplementar • Há subordinação entre as normas: as normas específicas dos Estados e do DF devem respeitar as normas gerais da União • União NÃO pode editar normas específicas para Est e DF • União pode editar normas específicas para a própria União • Se a União for omissa e não elaborar as normas gerais: Estados e DF adquirem competência legislativa plena (automática) • Superveniência - SUSPENDE as estaduais de Lei Federal - Somente a parte que lhe for contrária • É “Suspende” e não “Revoga” CO M PE TÊ N CI AS MPU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 49 7. COMPETÊNCIA DOS ESTADOS A competência dos estados é residual ou remanescente, ou seja, o que não for competência da União e nem dos municípios, será competência estadual. As competências da União e dos municípios estão expressamente previstas na Constituição,
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