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Artigo de Revisão - Sistema de Endomembranas em Procariontes (Bactérias e Archeobacterias) e Eucariontes.

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
CURSO DE ZOOTECNIA 
ARTIGO DE REVISÃO REFERENTE À DISCIPLINA DE BIOLOGIA CELULAR 
 
1 
 
Sistema de Endomembranas em Procariontes (Bactérias e 
Archeobacterias) e Eucariontes 
 
Aline Seabra de Andrade1 
Ana Caroline Sousa Barbosa2 
Any Beatriz da Silva Damasceno3 
Cleicilene Gomes da Silva4 
 Felipe Henrique da Silva Sousa5 
Fernando Cauê Alves Alencar6 
 Francy Manoely da Silva Lima7 
 
RESUMO 
O sistema de endomembranas é constituído por um conjunto de organelas 
membranosas, as quais são conectadas de maneira funcional, sendo encontrado 
em dois tipos de células: procariontes e eucariontes. No entanto, em células 
procariontes (archeobactérias e eubactérias) é raro a existência de 
endomembranas, pois não possuem organelas intracelulares. Já em células 
eucariontes, as quais são tratadas como as mais desenvolvidas, apresentam 
diversas organelas que realizam as mais variadas funções e se tornam mais 
complexas. nos organismos eucariontes os retículos endoplasmáticos estão 
relacionados a síntese proteica e de lipídios; o complexo de Golgi possui 
estruturas de armazenamento; o lisossomo por outro lado, contém enzimas 
digestivas; e a membrana plasmática inclui sua permeabilidade seletiva. Esta 
revisão teve por objetivo analisar os estudos relacionados a revisar organelas e 
suas funcionalidades efetivas o qual formam o sistema endomembranoso e 
explicar o conceito de Bactérias e Archeobacterias. 
 
PALAVRA-CHAVE: Sistema de endomembramas. Eucariontes. Procariontes. 
Bactérias. Archeobacterias. Biologia Celular. 
 
 
 
1 Graduanda de Zootecnia, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Email: 
alineseabra@outlook.com 
2 Graduanda de Zootecnia, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Email: 
cacau.s.barbosa@gmail.com 
3 Graduanda de Zootecnia, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Email: 
anypotter934@gmail.com 
4 Graduanda de Zootecnia, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Email: 
cleicilenesilva.cs@gmail.com 
5 Graduando de Zootecnia, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Email: 
felipessousa0@gmail.com 
6 Graduando de Zootecnia, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Email: 
fernandocaue10@gmail.com 
7 Graduanda de Zootecnia, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Email: 
francy.manoely.05@hotmail.com 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
CURSO DE ZOOTECNIA 
ARTIGO DE REVISÃO REFERENTE À DISCIPLINA DE BIOLOGIA CELULAR 
 
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1. INTRODUÇÃO 
A Biologia Celular, é uma área da ciência, que antes chamada de 
Citologia, se consolidou a partir de quando inventaram o microscópio, sendo 
responsável pelo estudo das células, além disso, a organização, a função, e 
estrutura, também fazem parte dessa ciência. Segundo Morandini e Bellinello 
(1999), a Citologia é fundamental para compreender qualquer processo 
biológico, já que os fenômenos vitais acontecem na célula. A célula, de acordo 
com Soncini e Castilho Jr (1991), é uma unidade funcional e estrutural dos seres 
vivos, e para entendera complexidade dos processos estruturais e metabólicos, 
sendo a forma mais complexa do fenômeno vida. 
De acordo com pesquisadores da Universidade Castelo Branco (2007), 
a organização e complexidade da célula são tão grandes que uma célula 
consegue após processos longos de modificação, se diferenciar em outros tipos 
de células, sendo assim cada uma exerce uma função específica no organismo, 
causando uma interdependência uma das outras, mesmo com suas 
diferenciações. Todos os seres vivos compartilham praticamente uma mesma 
maquinaria de células durante a vida. Um exemplo disso é que os seres vivos 
transmitem informações para seus herdeiros através das moléculas de DNA, 
tornando a Biologia Celular um assunto indispensável para entender a vida. 
Ainda segundo a Universidade Castelo Branco (2007), no século XXI o 
progresso da Biologia Celular está cada vez mais perceptível. Nos últimos anos 
os avanços foram extraordinários, tornando-a importante, pois seu estudo 
favorece o entendimento de como a vida se processa ao nível celular. Novas 
descobertas têm possibilitado à a produção de medicamentos, a identificação de 
pessoas que cometeram crimes, cura de doenças devastadoras ou não, entre 
várias outras coisas importantes para a sociedade. 
Conforme Alberts (1997), a célula é “uma unidade que constitui seres 
vivos e representa a menor porção de matéria vida dotada da capacidade de 
autoduplicação independente, podendo ser isoladamente nos seres unicelulares 
ou podendo constituir arranjos como tecidos de animais e plantas”. 
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ARTIGO DE REVISÃO REFERENTE À DISCIPLINA DE BIOLOGIA CELULAR 
 
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Nem todas as células tem um núcleo definido, de acordo com Junqueira 
e Carneiro (2012) a biologia foi dívida em dois grupos, as células eucariotas, que 
tem o núcleo definido, e as células procariotas, que não tem núcleo definido. As 
células procarióticas possuem DNA, sendo assim ao invés de ter núcleo, como 
nas eucarióticas, o DNA encontra-se no nucleoide, que não é um núcleo 
verdadeiro, já que se encontra separado do restante das células por membrana 
própria. Sendo assim constituído por DNA não associado a proteínas. Já nas 
células eucarióticas, o núcleo encontra-se separado pelo envoltório nuclear, que 
além de separar o núcleo dos citoplasmas, também comunica o citoplasma 
através de poros nucleares, que são responsáveis por controlar a troca de 
substância entre o citoplasma e o núcleo. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2012). 
As células procarióticas se caracterizam pela pobreza de membranas, 
que nelas quase se reduzem à membrana plasmática e o citoplasma dessas 
células não são subdivididos em compartimentos. Em geral são pequenas 
contrastando com as eucarióticas que são muito maiores. Já o que caracteriza 
as células eucarióticas é a riqueza de membranas formando um compartimento 
que separam vários processos metabólicos graças as substâncias absolvidas e 
as diferenças enzimáticas entre as membranas dos compartimentos. 
(JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2012; ALBERTS et al., 1997). 
Neste contexto, devido a essa diferença no sistema de endomembranas 
e procariontes e eucariontes, e a importância do tema, além de descrever 
Bactérias e Archeobacteriae, o presente estudo visa identificar, descrever e 
analisar artigos, livros e estudos na área, tornando uma discussão relevante. 
 
2. METODOLOGIA 
O presente estudo constitui um artigo de revisão bibliográfica de caráter 
analítico a respeito do Sistema de Endomembranas em Procariontes (Bactérias 
e Archeobacterias) e Eucariontes. A revisão bibliográfica é indispensável para a 
delimitação do problema em um projeto de pesquisa e para obter uma ideia 
precisa sobre o estado atual dos conhecimentos sobre um tema, sobre suas 
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lacunas e sobre a contribuição da investigação para o desenvolvimento do 
conhecimento (Marconi e Lakatos, 2010). 
A coleta de dados foi realizada no período de 28 de junho a 5 de julho 
de 2018, e utilizou para a pesquisa bases de dados Scientific Eletronic Library 
Online (SCIELO). Além de livros de autores de Biologia Celular, entre os 
principais, como De Roberts, Junqueira e Carneiro e Alberts. Entre artigos há 
escassez dos que descrevem com maior detalhamento o Sistema de 
endomembranas, principalmente em procariontes. Além dos autores citados, 
também Amabis e Martho, Lothhammer, N. Matte, Cruz, Sehn, e Fernandes, 
Montanaro, Treré, e Derenzini, Morandinie Bellinello, Paulino, Silva Júnior, 
Soncini, Castilho Junior, e pesquisas como a da Universidade Castelo Branco. 
Neste contexto, os artigos foram lidos, selecionados criteriosamente e 
foi agrupado neste estudo 10 categorias para explicar o sistema de 
endomembranas em eucariotas: uma breve introdução explicando o sistema de 
endomembranas em células eucariotas, e o restante explicando em cada tópico 
as organelas que constituem na membrana, respectivamente, Retículo 
endoplasmático rugoso, síntese proteica no RER, Retículo endoplasmático liso, 
Complexo de Golgi, Endossomos, Lisossomos, Ribossomos, Membrana 
plasmática, e Núcleo. No sistema de endomembranas em procariontes foi 
explicado que são pobres em membranas e detalhado o conceito de Bactéria e 
Archeobacterias. 
 
3. SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS EM PROCARIONTES 
As células procarióticas são raras de endomembranas, segundo Silva 
Júnior (2005), não apresentam organelas intracelulares. Embora possam ser 
encontradas em muitas bactérias fotossintéticas. Para Lothhammer, Matte, Cruz, 
Sehn e Fernandes (2009), uma característica marcante dos procariotos é a 
ausência de biomembrana delimitante, segundo seu material genético. 
“Também não possuem biomembranas internas, não existem organelas 
e sim territórios enzimáticos no citoplasma e na membrana plasmática que efetua 
complexas invaginações que contém enzimas de oxirredução similares à cadeia 
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respiratória das mitocôndrias”, (LOTHHAMMER, MATTE, CRUZ, SEHN E 
FERNANDES, 2009). 
Os representantes dos procariotos são, basicamente, as bactérias (eu e 
archeabactérias, micoplasmas, rickettsias, chlamydias, cianobactérias ou 
cianofíceas – alvo de controvérsias entre botânicos e zoologistas por apresentar 
características comuns aos dois reinos). Segundo Lothhammer, Matte, Cruz, 
Sehn e Fernandes (2009): 
 “Algumas formas de bactérias podem apresentar apenas a 
membrana plasmática como estrutura delimitante, como os 
micoplasmas, mas em outras, podem surgir envoltórios acessórios, 
servindo também à sua classificação. Uma coloração denominada 
método de Gram, pode definir as propriedades de seu envoltório, nas 
gram-positivas há uma parede bacteriana formada por mureína, e 
embora espessa é permeável, compreendendo a maioria das bactérias 
pouco resistentes a medicações antibióticas ou que não são 
patogênicas, enquanto as gram-negativas apresentam envoltório 
complexo, onde além da capa de mureína há presença de uma 
membrana proteolipídica acessória, aumentando consideravelmente 
sua resistência a fatores do meio. Suas formas são variadas, esféricas 
(cocos), bastonadas (bastonetes), espiraladas (espirilos e 
espiroquetas) ou em vírgula (vibrião). Algumas são dotadas de flagelos 
outras somente fímbrias para adesão ao substrato. Existem bactérias 
capazes de sobreviver dos mais variados substratos, orgânicos ou 
inorgânicos, sob as mais variadas condições do meio, com ou sem 
oxigênio. (LOTHHAMMER, MATTE, CRUZ, SEHN E FERNANDES, 
2009). 
 
3.1 BACTÉRIAS E ARCHEOBACTERIAS 
Os dois grupos de procariotos são chamados de bactérias ou 
eubactérias e arqueias ou arqueobactérias (ALBETS, 2017). As bactérias são 
procariontes e não possuem membrana nuclear, e estruturas membranosas 
intracelulares organizadas; são divididas em dois grupos: Eubactérias e 
Archeobacterias. As Eubactérias apresentam várias formas (bastonete, espirilo, 
esférica), aparecem isoladas ou em formas de colônias; variam de 0,2 – 5,0 µm; 
são unicelulares e algumas apresentam flagelos. As Archeobacterias são 
semelhantes às eubactérias, mas apresentam diferenças importantes quanto a 
sua composição química, habitam ambientes extremos como os de altas 
concentrações salinas, os de acidez e os de temperatura. (AMABIS e MARTHO, 
2004). 
 
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4. SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS EM EUCARIONTES 
As células eucariontes são mais complexas em relação as células de 
organismos procariontes. Desse modo, o interior das células eucariontes é 
compartimentado e nele possui várias organelas que realizam diversas funções 
(NÉLIO BIZZO, 2011). 
O Sistema de Endomembranas em eucariontes é formado pelo conjunto 
de organelas membranosas funcionalmente conectadas, de tal forma que são 
responsáveis por funções celulares vitais, as quais encontra-se a digestão 
intracelular, a distribuição e o transporte de proteínas e substâncias sendo 
conduzida pelas vesículas de transporte (ROBERTIS, 2001). Entre as organelas 
constituintes do Sistema de Endomembranas destacam-se o retículo 
endoplasmático, o complexo de Golgi, o lisossomo, endossomos e a membrana 
plasmática. 
4.1 Retículo Endoplasmático Rugoso 
O Retículo Endoplasmático Rugoso é assim denominado porque, através 
de microscopia eletrônica, comparou-se os ribossomos ligados à sua superfície 
citoplasmática semelhante a grânulos, dando-lhe uma aparência cravejada. É 
envolto por uma bicamada fosfolipídica saturada de proteínas e apresenta uma 
porção oca dos túbulos, denominada lúmen ou espaço de cisterna. 
Figura 1 - (1) Retículo Endoplasmático Liso, (2) Retículo Endoplasmático Rugoso, (3) 
Ribossomos e (4) Envelope Nuclear. 
 
Fonte: http://pantherbiology.blogspot.com/2016/12/the-role-of-ribosomes-er-golgi.html 
 
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Presente de inúmeras formas conforme o tipo celular, é considerada a 
organela mais evoluída em diversas células. Todavia, é exíguo em zigotos e 
células embrionárias, porém costuma variar de acordo com o grau de 
diferenciação. (DE ROBERTIS, 2001) 
O RER, através dos ribossomos e suas membranas, é responsável pela 
produção de determinadas proteínas e atua no transporte das mesmas pelo 
citoplasma, alterando-as quimicamente durante o processo. Dentre algumas 
proteínas produzidas há enzimas lisossômicas (atuam na digestão intracelular) 
e proteínas que compõem membranas celulares. No entanto, um maior número 
de proteínas produzidas é enviado para exercer funções fora da célula. 
(AMABIS, 2004) 
 
4.2 Síntese proteica no RER 
A síntese proteica consiste no encadeamento de aminoácidos que se 
associam aos ribossomos e a uma molécula de RNA mensageiro (RNAm), que 
contém a informação codificada, sobre quais aminoácidos deverão ser 
encadeados. A mensagem, então, é decodificada pelo ribossomo que induz, na 
ordem correta, o modo que os aminoácidos conduzidos pelo RNA transportador 
(RNAt) devem se unir. (AMABIS, 2004) 
Conforme o ribossomo transita pelo RNAm, a molécula expande e, 
depois de completar seu ciclo, soltar-se do mesmo, sendo encaminhada para o 
interior do RE, onde aderem e penetram através dos poros da membrana, 
reiniciando o ciclo. (AMABIS, 2004). 
Figura 2 -representando processo de síntese proteica. 
Fonte: https://www.todoestudo.com.br/biologia/sintese-proteica 
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4.3 Retículo Endoplasmático Liso (REL) 
É uma organela presente exclusivamente em células eucariontes, sendo 
formada por uma rede de vesículas achatadas e túbulos que mantém uma 
comunicação entre si. Esses elementos formam as cisternas do retículo 
endoplasmático, apresentando diversas formas e constituindo um sistema de 
túneis que transita por todo o citoplasma (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2012). 
O retículo endoplasmáticoliso, diferentemente do retículo 
endoplasmático rugoso, não contém ribossomos em sua parede externa. O REL 
pode funcionar como um sistema circulatório, onde ocorre o transporte de várias 
substâncias no interior da célula, tendo uma importante função na transferência 
de moléculas para o interior ou exterior das células (ALBERTS et al., 2011). 
Figura 3- Diferença entre RER e REL em suas paredes externas 
Fonte: https://escolaeducacao.com.br/organelas-reticulos-endoplasmaticos-e-ribossomos/ 
 
O REL denota um alto índice de desenvolvimento em determinadas 
células, como em células adiposas e sebáceas. A organela apresenta, também, 
um grande envolvimento com células endócrinas que são responsáveis pela 
síntese de hormônios esteroides como as do ovário, do testículo, da suprarrenal 
(DE ROBERTIS, 2001). Ainda por cima, em células musculares, o retículo 
endoplasmático liso se responsabiliza em armazenar íons de cálcio, que ativam 
as contrações musculares (ALBERTS et al., 2002) 
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4.4 Complexo de Golgi 
É originado no Retículo Endoplasmático, o qual fornece substâncias e 
membranas à maturação através da face CIS, tornando-se responsável 
especialmente pela glicosilação terminal de secreções (LOTHHAMMER, 
MATTE, CRUZ, SEHN E FERNANDES, 2009). 
O aparelho de Golgi é uma parte diferenciada do sistema de 
endomembranas. Esta organela membranosa está intimamente relacionada com 
o RE (Retículo Endoplasmático) e a membrana plasmática. Embora haja 
conexões diretas entre o aparelho de Golgi, o retículo e a membrana, existe um 
alto trânsito de vesículas entre tais estruturas, que promovem a troca de 
conteúdo e suas membranas. (DE ROBERTIS, 2001) 
 
4.5 Endossomos 
Os endossomos estão associados ao procedimento de transporte e 
digestão de partículas em virtude mecanismo endocitose, na qual existe dois 
tipos: a fagocitose quando o composto capturado é grande ou por pinocitose 
quando é substâncias líquidas. Dessa forma, as distribuições de materiais 
endocitado são designados para os lisossomos ou até mesmo de volta para a 
membrana plasmática. 
O endossomo inicial possui como função designar o destino das 
moléculas ingeridas, é localizado próximo a membrana plasmática e pode 
ocorrer a transformação em um lisossomo se caso amadurecer e progredir para 
a próxima fase que antecipa a organela digestória. O endossomo tardio é 
responsável pelo deslocamento das vesículas até as organelas sintetizadas para 
auxiliar o transporte de proteínas nessas vesículas (ALBERTS, 2012). 
 
4.6 Lisossomos 
 Os lisossomos são organelas citoplasmática que estão presentes nas 
células eucariontes. Essas organelas são constituídas por uma camada 
lipoproteica e enzimas hidrolíticas, portanto sua principal função é efetuar a 
digestão intracelular e no controle da endocitose de materiais extracelulares 
(ALBERTS,2012). A função das enzimas lisossômicas é a degradação de 
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substâncias orgânicas essa atividade digestiva pode ser autofágica ou 
heterofágica. Em síntese, quer dizer que os lisossomos podem destruir tanto 
estruturas da própria célula quanto alguns compostos externos (JUNQUEIRA, 
2012). 
A origem das bolsas lisossomais é proveniente das rupturas dessas 
bolsas do complexo de Golgi, formando o lisossomo primário que é a fase 
primitiva, pois ainda não iniciou o processo de fagocitose, de modo que somente 
possui enzimas digestivas em seu interior. Os lisossomos secundários resultam 
da fusão com outras organelas, como o endossomos denominados de vacúolos 
digestivos. 
A digestão heterofágica é relacionado com capturas de substâncias 
externas a célula pode acontecer por meio da pinocitose ou por fagocitose. 
Desse modo, as substâncias digeridas são armazenadas em vacúolos que 
consecutivamente são degradadas pelas enzimas digestivas e seu produto é 
utilizado caso seja útil para a célula ou então excretado para fora da membrana 
plasmática por exocitose (AMABIS E MARTHO,2014). A Digestão Autofágica 
ocorre, sobretudo, quando a célula contém estruturas danificadas ou até mesmo 
sem eficiência, por exemplo, as mitocôndrias as quais podem ser englobadas 
pelos lisossomos primários e assim formar os vacúolos autofágicos. Essa 
digestão é bastante utilizada para a renovação do material citoplasmáticos e a 
reciclagem de substâncias orgânicas. (AMABIS E MARTHO, 2014). 
 
4.7 Ribossomos 
 São conhecidos como “máquinas moleculares” que são responsáveis 
pela síntese de proteínas. Um ribossomo é composto de RNA e proteínas. Nos 
eucariontes, os ribossomos recebem comandos do núcleo para a produção de 
proteínas, onde partes de DNA (genes) são transcritos para efetuar RNAs 
mensageiros. Nos procariontes, suas células são anucleadas, ou seja, não 
possuem núcleo. Assim, seus RNAms são transcritos no citoplasma e podem ser 
traduzidos pelos ribossomos instantaneamente (MONTANARO, TRERÉ, e 
DERENZINI, 2008). 
 
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4.8 Membrana Plasmática 
Membrana plasmática é uma película muito fina e de contorno regular, 
elástica e lipoprotéica, que isola a célula do meio externo e participa ativamente 
do metabolismo celular; exibe o notável caráter seletivo, isto é, atua 
“selecionando” as substâncias que entram na célula e saem dela, de acordo com 
suas necessidades. (PAULINO, 2005) 
Mesmo não estando presente, tecnicamente, no interior da célula, a 
membrana plasmática está integrada no sistema de endomembranas, já que ela 
interage com outras organelas – também do sistema endomembranar – e é por 
ela que as proteínas secretadas são exportadas. As membranas servem como 
uma barreira para o ambiente externo, que evitam perdas e misturas de 
componentes celulares. Entretanto, a membrana plasmática tem muito mais 
utilidade que isso, pois as células necessitam atravessar a membrana de fora 
para dentro para sua sobrevivência e crescimento. 
Para facilitar essas trocas, a membrana possui canais altamente 
seletivos e bombas – proteínas de membrana que permitem a importação de 
substâncias específicas enquanto outras são exportadas da célula. (ALBERTS, 
2012). 
Identificou-se mais de 50 tipos de proteínas presentes nas membranas 
celulares, com funções diversificadas, como: produção de poros para o acesso 
de moléculas de H2O; captura de substâncias na parte interna ou externa da 
célula, transportando-as através da membrana e liberando-as do outro lado; e 
reconhecimento da presença de substâncias, alertando e estimulando a reagir. 
Quando, de forma espontânea e sem gasto de energia, substâncias atravessam 
a membrana denomina-se transporte passivo. Se ao absorver ou expulsar certas 
matérias, bombeando para o meio intra ou extracelular, e houver gasto de 
energia, nomeia-se transporte ativo. 
A membrana possui uma bicamada fosfolipídica, cuja margens polares 
permanecem em constante contato com o fluido aquoso interna e externamente, 
tornando essas superfícies hidrofílicas. Entre essas superfícies, há uma zona 
hidrofóbica, devido a cauda de ácido graxo. 
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 Figura 4 - Componentes da membrana plasmática. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.estudopratico.com.br/membrana-plasmatica-funcoes-e-estrutura/ 
 
Os carboidratospodem ser encontrados na superfície exterior das 
células, ligados a proteínas, formando assim glicoproteínas, ou a lipídios, 
compondo glicolipídios. Combinado com as proteínas periféricas, os 
carboidratos constituem locais especializados que propiciam às células que se 
identifiquem. Esses locais têm padrões únicos que permitem que a célula seja 
reconhecida, da mesma forma que as características faciais únicas de cada 
pessoa permitem que ela seja reconhecida. Essa função de reconhecimento é 
muito importante para as células, pois permite que o sistema imunológico 
diferencie as células do corpo (chamadas de "eu") e células ou tecidos estranhos 
(chamados "não-próprios"). 
 
4.9 Núcleo 
Uma organela típica de procariontes é conhecida como núcleo, o qual é 
demarcado pela carioteca, isto é, um duplo envoltório, resultado de cisternas do 
RER (Retículo Endoplasmático Rugoso), tal cisternas envolvem os genes, 
material genético da célula, e preserva Ribossomos associados à superfície 
citoplasmática da carioteca externa. O material genético de eucariontes é 
representado pelo DNA, na forma de cromatina, constituída por moléculas de 
DNA descondensadas. (LOTHHAMMER, MATTE, CRUZ, SEHN E 
FERNANDES, 2009). 
 
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Por todos os aspectos observados no presente estudo, foram analisadas 
características do sistema de endomembranas em células procariontes e onde 
foi enfatizada a diferença presente no sistema endomembranoso das células, 
mostrando que as células eucariontes são mais evoluídas e possuem um 
sistema mais complexo em relação às procariontes. 
De modo geral, as células procarióticas são escassas em sistemas de 
endomembranas por serem primitivas e não possuírem membranas que 
restringem as possíveis organelas em seu interior, apesar de que, pode ser 
presente em algumas bactérias que realizam a fotossíntese. Diferentemente das 
células eucarióticas que conservam um sistema estritamente complexo, 
apresentadas em várias membranas e organelas que desempenham 
diferenciadas funções para que ocorra a síntese no interior das células. 
Diante dos dados coletados, foi entendido a divergência presente entre 
as células eucarióticas e as células procarióticas visando a evolução das células 
eucariontes em função das células procariontes, por apresentarem uma grande 
divisão em seu interior celular que são essências para desempenhar diversas 
atividades de síntese, execução e excreção da célula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
CURSO DE ZOOTECNIA 
ARTIGO DE REVISÃO REFERENTE À DISCIPLINA DE BIOLOGIA CELULAR 
 
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