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Resumo O Tao da física

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
Resumo dos capítulos I e II do livro “O Tao da física”: Física moderna — uma via coerente? e Conhecendo e observando.
Cruz das Almas /BA
 Julho de 2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
ELLEN RAYSSA OLIVEIRA
Resumo dos capítulos I e II do livro “O Tao da física”: Física moderna — uma via coerente? e Conhecendo e observando.
Resumo apresentado na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia para fins de avaliação parcial na disciplina GCCA235 – Fundamentos de Filosofia. 
Professora: Maria Nilza de Jesus
Cruz das Almas /BA
Julho de 2018
Resumo dos capítulos 1 e 2 do livro “ O Tao da física”
O livro “ O Tao da física” de Fritjof Capra objetiva apresentar os paralelos existentes entre a física moderna e o misticismo oriental. Ele inicia o primeiro capitulo intitulado de “Física moderna - uma via coerente? ”, relatando sobre a profunda influência da física moderna em quase todos os aspectos da sociedade humana, tornando-se a base da ciência natural, além de trazer inúmeras contribuições para setores, como a política, além de propor uma nova forma de compreender o mundo e conceitos já estabelecidos. 
Fritjof argumenta que os conceitos da física moderna apresentam muita similaridade com conhecimentos místicos orientais. Alguns contributos mencionam que os conhecimentos apresentados pela física moderna, não são totalmente originais, já são conhecidos na cultura oriental, o que ocorreu foi apenas um aprimoramento e um tratamento cientifico da antiga sabedoria.
Sendo assim, o autor estabelece como princípio do livro, a exploração da relação existente entre os conceitos da física moderna e as ideias fundamentais das tradições filosófica e religiosa do Extremo Oriente. O autor salienta que quando ele se refere ao misticismo oriental ele reporta-se as filosofias religiosas do hinduísmo, budismo e taoísmo. Além disso, enuncia que a física moderna nos orienta a uma perspectiva do mundo análoga às sustentadas pelos místicos de todos os tempos e tradições.
Capra expõe que a principal diferença entre o misticismo oriental e ocidental consiste no fato de que as escolas místicas foram sempre marginalizadas no Ocidente, sendo que estas constituem o difusor central do pensamento filosófico e religioso oriental.
Ele segue seu raciocínio descrevendo a evolução da ciência ocidental, alegando que as raízes da física, como a ciência ocidental em geral, encontram-se no primeiro período da filosofia grega, no século VI a.C., período em que a ciência, filosofia e religião não sofriam divisão. Os intelectuais da escola de Mileto não centravam sua atenção nessa divisão, para eles o importante era descobrir a essência das coisas. 
Nesse sentido, os misésios, alunos da escola de Mileto, não faziam distinção entre o animado e inanimado, espírito ou matéria, eles compreendiam as coisas como sendo manifestações da física, dotada de vida e espiritualidade, o próprio Tales tinha essa percepção. Essa visão muito se assemelha da antiga filosofia indiana e chinesa. Essas semelhanças se acentuam na filosofia de Heráclito de Éfeso, que acreditava num mundo de sucessivas mudanças, de eterno devir.
A parir da escola de Eleia, se iniciou a ruptura entre espirito e matéria, fazendo com que o dualismo se tornasse característica da filosofia ocidental. Em seguida, com a introdução do conceito de átomo pelos filósofos gregos, o dualismo entre espirito e matéria, corpo e alma tornou-se essencial elemento do pensamento ocidental.
Em continuidade, por muito tempo os filósofos concentraram sua atenção no estudo do mundo espiritual e não material, tendo o forte apoio da Igreja Cristã que sustentava as teses de Aristóteles. No entanto, após o Renascimento, os homens indicaram um estudo da natureza num espirito cientifico, libertos das influencias de Aristóteles e da Igreja. Foram realizados testes e interpretação em linguagem matemática. Galileu Galilei foi o que iniciou esse processo sendo considerado o pai da ciência moderna. 
Capra prossegue afirmando que ao mesmo tempo que a ciência moderna surgia, o pensamento filosófico evoluía, apresentando uma visão dualista ainda mais elaborada, formulada por René Descartes que consolidou sua visão da natureza num caráter cartesiano. Esse fato possibilitou Isaac Newton a formular sua teoria mecanicista, que dominou todo o pensamento cientifico, tornando-se o alicerce da física clássica.
Dessa forma, a filosofia proposta por Descarte não impactou somente o desenvolvimento da física clássica, mas também no modo de pensa do povo ocidental. Assim sendo, a interpretação cartesiana e mecanicista do mundo foi, deste modo, concomitantemente benéfica e maléfica. Tiveram bons resultados no progresso da física e tecnologia, entretanto, ocasionou consequências adversas para a nossa civilização, como conflitos econômicos e políticos. 
Em confronto com a perspectiva mecanicista ocidental, a compreensão oriental do mundo é caracterizada pela mutua inter-relação das coisas. Essa tendência ocidental de separar as percepções, no saber oriental budista é tido como um estado de mente perturbada que necessita ser transposto. 
O autor relata que apesar de existirem divergências entre escolas do misticismo oriental, todas concordam que o objetivo principal é a tomada de consciência da unidade e mútua inter-relação de todas as coisas e sobrepujar a percepção de individuo isolado. Isso não se trata apenas de um ato intelectual, mas uma vivência que engloba a pessoa como um todo e a sua religião na sua última natureza. Devido a isso, várias das filosofias orientais são essencialmente filosofias religiosas.
Capra encerra o primeiro capitulo salientando que como a cultura ocidental ainda é dominada pela visão mecanicista, existe um crescente número de pessoas que tem recorrido a práticas orientais de libertação, como ioga. Em geral essas pessoas apresentam uma postura anticientífica, e consideram a ciência e a física como responsável por todos os malefícios da moderna tecnologia. O objetivo do livro, de acordo com o autor, é melhorar a imagem da ciência mostrando que existe uma harmonia entre a sabedoria oriental e ocidental.
O capítulo 2, nomeado de “ Conhecendo e observando”, Fritjof Capra declara que tem a pretensão de esclarecer a natureza do conhecimento envolvido e a linguagem no qual esse conhecimento é enunciado, tanto para o conhecimento cientifico quanto para o misticismo oriental.
O autor afirma que ao longo da história tem sido admitido que a mente humana é habilitada a dois tipos de conhecimentos, intitulados por racional e intuitivo, e tem sido historicamente associado com ciência e religião, respectivamente. No ocidente, o conhecimento do tipo intuitivo, e por sua vez religioso, é repetidamente desconsiderado face ao conhecimento cientifico, enquanto que a tradicional atitude oriental é o oposto. 
Capra relata que o conhecimento racional deriva da experiência cotidiana com os objetos e acontecimento, cabe ao domínio do intelectual, que desempenha a função de discriminar, dividir, comparar, medir e categorizar. Uma das características mais relevantes deste conhecimento é a abstração, pois com a intenção de comparar a imensa variedade de formas, estruturas e fenômenos que rodeiam os seres humanos, deve-se selecionar algumas características significativas, e não considerar todas elas. Portanto, o conhecimento racional é, um sistema de conceitos abstratos e simbólicos, individualizado pela estrutura sequencial, linear, peculiar maneira ocidental de pensar e dizer.
O físico expõe as limitações do pensamento racional, pois não consegue abranger a multidimensionalidade do mundo natural, proporcionando assim uma representação aproximada da realidade. Em disparidade com o conhecimento racional, o que ocupa os místicos orientais é a experiência direta da realidade, que transcende não só o pensamento intelectual, mas também apercepção sensorial. O conhecimento que vem de uma tal experiência é denominado absoluto pelos budistas, porque não admite as discriminações, abstrações e classificações do intelecto que são sempre relativas e aproximadas. 
Além disso, os místicos orientais reiteram constantemente que a última realidade não pode ser nunca o objeto de raciocínio ou de conhecimento demonstrável. Está nunca poderá ser apropriadamente expressa por palavras, por estar inserida sob o reino dos sentidos.
Sendo assim, a experiência da realidade não intelectual é considera como conhecimento absoluto, vivencia que surge a partir de um estado de consciência vulgar, denominado meditativo ou místico. Esse estado foi testado tanto pelos místicos no oriente e ocidente quanto pela investigação psicológica. Quando observamos a obtenção e a forma com que o conhecimento é expresso, tanto na física quanto no misticismo oriental, podemos perceber que os dois tipos de conhecimento – racional e intuitivo, ocorrem nos dois campos.
Na física, a obtenção do conhecimento é dada em três fases. A primeira fase agrupa os dados experimentais acerca do fenómeno que será investigado. Na segunda fase, os dados experimentais são associados com símbolos matemáticos e é desenvolvido um esquema matemático que inter-relaciona estes símbolos de uma maneira concisa. Tal esquema é habitualmente designado por modelo matemático ou, se é mais inteligível, uma teoria. Esta teoria é então utilizada na previsão dos resultados de experiências posteriores. Além disso, os físicos necessitam formular um modelo em linguagem simples e clara que expresse o esquema matemático que foi utilizado, sendo essa a terceira fase da investigação. Capra salienta que essas fases não possuem uma nítida distinção e nem sempre são executadas na ordem exposta acima.
O autor relata que a filosofia grega é rica em ideias extremamente elaboradas acerca da natureza, mas desconhecia a atitude empírica presente na ciência moderna. Essa habilidade grega da lógica e do raciocínio dedutivo, é um ingrediente fundamental para a segunda fase da investigação científica, a formulação de um modelo matemático consistente, sendo, portanto, uma parte essencial da ciência. Com certeza, a parte mais significativa da investigação científica consiste no conhecimento e atividades racionais, mas não se limita a isso. 
Dessa forma, o elemento racional da investigação é totalmente descartável se não estiver associada a intuição, geradora de discernimentos novos e da criatividade dos cientistas. O texto informa que esses discernimentos surgem em períodos de descontração, após a atividade intelectual, de maneira súbita, o que confere prazer e encanto à investigação cientifica.
Sendo assim, se os discernimentos intuitivos não estiverem formulados em bases matemáticas consistentes e associados a uma interpretação em linguagem vulgar, esses não possuem nenhuma utilidade física, pois não compreende as três fases da obtenção do conhecimento.
O autor enfatiza que para os poetas a inexatidão e a possibilidade da ambiguidade da nossa linguagem é fundamental para a execução de suas atividades. No entanto, a ciência busca definições claras e relação que não apresentem ambiguidade, delimitando assim os significados do vocabulário e padronizando suas estruturas, por meio das regras da lógica. Capra declara que Pitágoras desenvolveu uma espécie de misticismo matemático e essa filosofia insere o raciocínio lógico no domínio da religião.
Nesse sentido, se existe um fator intuitivo na ciência, também existe no misticismo oriental um fator racional. Os místicos mais empenhados na mais sofisticada argumentação nunca enfrentaram o intelecto como a sua fonte de conhecimento, apenas o utilizam para analisar e compreender a sua experiência pessoal. Todo conhecimento se baseia firmemente nesta experiência, conferindo assim às tradições orientais uma intensa conjuntura empírica.
No misticismo oriental, o estabelecimento do conhecimento na prática insinua um paralelo com a base experimental do conhecimento cientifico, que é reforçado pela natureza da experiência mística. Capra salienta que a fase experimental na investigação cientifica parece referir-se ao discernimento direto do misticismo oriental, e os modelos e teorias cientificas aos diversos modos de interpretação destes discernimentos.
O autor menciona que diante da divergência de naturezas das experiências científicas e das práticas místicas o paralelo existente entre elas pode ser espantoso. Enquanto que os físicos realizam experiências envolvendo um sofisticado trabalho de equipe e uma tecnologia altamente desenvolvida, os místicos obtêm o seu conhecimento unicamente pela introspecção, sem quaisquer máquinas, na privacidade da meditação. 
À medida que as experiências científicas, pareçam mais acessíveis podendo ser produzidas em momentos não estabelecidos e por quaisquer pessoas, as práticas místicas aparentemente são restritas a alguns indivíduos em ocasiões específicas. 
Capra expõe que assim como para a realização de experiências físicas subatômicas é necessários anos de estudo e aprendizagem, uma profunda experiência mística requer, de maneira similar, vários anos de aprendizagem com o acompanhamento de um mestre. 
A aprendizagem mística não é, portanto, mais singular que uma experiência em física moderna. Entretanto, também não é menos sofisticada, pois sua sofisticação consiste em um tipo muito diferente. Dessa forma, o misticismo oriental baseia-se em discernimentos diretos da natureza da realidade, e a física, por sua vez, na observação dos fenômenos naturais em experiências científicas. 
O autor exemplifica o conceito de discernimentos intuitivos espontâneos com as anedotas, e explica que no momento em que se compreende a anedota, sem explicação, somente com um súbito discernimento intuitivo vivenciamos o riso que essa tem a finalidade de produzir. Sendo assim, a compreensão de uma piada se assemelha ao discernimento espiritual do qual o texto aborda.
Como já foi dito, o misticismo oriental baseia-se em discernimentos diretos da natureza da realidade, e a física, por sua vez, na observação dos fenômenos naturais em experiências científicas. Em ambas as áreas, as observações sofrem posterior interpretação e essa expressa por meio das palavras. Como as palavras são sempre um mapa abstrato e aproximado da realidade, tanto as interpretações verbais de uma experiência científica ou de um discernimento místico, são de fato imprecisas e incompletas. Os físicos modernos, bem como os místicos orientais, estão bem conscientes deste fato.
Capra encerra o segundo capitulo explicando que os místicos orientais ao expressarem o seu conhecimento ou afirmações paradoxais, têm consciência acerca das limitações inerentes à linguagem e ao pensamento linear. A física moderna chegou à mesma atitude no que diz respeito aos seus modelos e teorias verbais, reconhecendo que eles são apenas aproximações e necessariamente inexatos e são o equivalente dos mitos, símbolos e imagens poéticas orientais.

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