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CONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS ANÁLISE DA ADIÇÃO DE ESPINHA DE PEIXE NO CONCRETO.

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CONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS: ANÁLISE DA ADIÇÃO DE ESPINHA DE PEIXE NO CONCRETO. 
INTRODUÇÃO 
OBJETIVOS 
MATERIAIS E MÉTODOS 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
REFERÊNCIAS 
CONCLUSÕES 
O presente trabalho teve como objetivo analisar a resistência à compressão do concreto com 
adição de fibra (espinha proveniente do resíduo do pescado) 
Como aglomerante foi utilizado cimento CP II-Z-32 (NBR 11578:1997), agregado miúdo a 
areia média (NBR 7211:2009), agregado graúdo as britas 1 e 0 (NBR 7211:2009), água 
potável (NBR 15900:2009), aditivo Multifuncional MC-techniflow 520, fibra animal (espinha 
de peixe) e fibra polimérica de nylon. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo Medeiros (2012), o concreto é o material mais utilizado em todo mundo. Porém, 
estima-se que para cada tonelada de cimento produzida é emitido cerca de uma tonelada de 
CO² na atmosfera (Camões, 2005). O concreto também tem algumas limitações que precisam 
ser analisadas e aperfeiçoadas como: Baixa relação resistência/peso, antes de sua ruptura 
obtém baixa capacidade de deformação do material e comportamento frágil, entre outros. No 
ano de 2017 a piscicultura brasileira cresceu cerca de 8%, produzindo um total de 691.700 
toneladas de peixe de cultivo, sendo aproximadamente 357.639 toneladas do peixe Tilápia 
(Oreochromis niloticus). Segundo Kubitza & Campos (2006), o resíduo do esqueleto (com carne 
aderida) da Tilápia representa 28-30% do produto final. As fibras naturais quando comparadas 
às fibras artificiais, proporcionam uma série de vantagens: ecológicas, vantagens sociais e 
econômicas (Jacob e Thomas, 2008). 
Os três tratamentos superaram o valor mínimo estabelecido pela NBR 6118:2014 de 20 
MPa para concretos estruturais. De acordo com Amaral Junior et al. (2017), analisando a 
adição de fibra de polipropileno no concreto, observou que não houve aumento significativo 
na resistência à compressão e obtiveram um aumento na resistência à tração (9,3%) e 
tenacidade (16,3%) (Gráfico1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo Silva et al (2013), que realizaram estudos sobre a adição de fibra de coco no concreto, é 
indicado algumas soluções visando a proteção à exposição ao meio alcalino do concreto, para o 
controle da degradação. 
A partir dos resultados obtidos foi possível observar na execução dos traços que as espinhas 
de peixe quando adicionadas ao concreto, constituem um novo material, com propriedades 
diferentes dos concretos convencionais, apresentando aderência e ausência de espaços 
vazios. Deste modo, apesar de preliminar, este trabalho apresentou um novo potencial de 
aplicação para o concreto reforçado com fibra animal, visando o aperfeiçoamento das 
propriedades e características do concreto convencional. Adicionalmente, há diminuição nos 
custos na confecção, manutenção, prolongando a durabilidade estruturas e por fim, a 
utilização de um resíduo da indústria do pescado, incentivando a promoção de uma 
produção sustentável. 
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, Rio de Janeiro, Brasil. 
Amaral Junior, J. C., Silva, L. C. F., Moravia, W.G. 2017. Análise experimental de fibras 
poliméricas nas propriedades mecânicas do concreto. Revista Matéria. 22(01): 1-9. 
Medeiros, A. 2012. Estudo do comportamento à fadiga em compressão do concreto com 
fibras [Tese de Doutorado]. Pontifícia Universidade Católica. Rio de janeiro (RJ). 
 
ETC 4 
Exposição de Trabalhos Científicos 
 Figura 1. (Adaptado de Migliorini et al., 2012) 
Visando o aperfeiçoamento das limitações do concreto, citadas anteriormente, surgiu uma 
nova possibilidade de reforço com a adição de fibras (espinha proveniente do resíduo do 
pescado), buscando à elaboração de um concreto ecológico como alternativa para utilização 
na construção civil. 
 
Tratamentos 
Descrição 
fibra 
(Quantidade e tipo) 
Cimento 
(kg) 
Areia 
(kg) 
Brita 
0 
(kg) 
Brita 
1 
(kg) 
Fibra 
(kg) 
Água 
(L) 
Aditivo 
(ml) 
Controle - 0,61 1,22 0,61 0,61 - 0,33 1,34 
Amostra 1 1,3% Espinha 0,61 1,22 0,61 0,61 0,00810 0,33 1,34 
Amostra 2 1,3% Nylon 0,61 1,22 0,61 0,61 0,00810 0,18 1,34 
Tabela 1. Quantitativos de materiais utilizados. 
Seguindo a NBR 5738:2015, a partir da concretagem, foram realizadas as moldagens dos 
corpos de prova em moldes cilíndricos com dimensões de 10 cm (diâmetro) x 20 cm (altura) 
em material metálico. Os ensaios de resistência à compressão foram realizados conforme a 
NBR 5739:2007. 
 Gráfico 1. Resultados obtidos no ensaio de resistência à compressão. 
Figura 2. Rupturas dos corpos de prova 
Figura 3. Micrografias obtidas por meio de lupa 
estereoscópica contendo a ligação da fibra animal com 
a matriz cimentícia. 
LIMA, Everton¹*; SILVA, Nylkson¹; SOUSA, Taís¹; 
 HOLANDA, Sayonara²; SOUZA, Joedy.³ 
¹Graduando em Engenharia Civil, Faculdade de Integração do Sertão, Serra Talhada, PE. joedymsantarosa@gmail.com. 
²Co-orientadora, Engenheira civil, Maceió, AL. 
³Orientadora, Especialista, Engenheira civil, FIS, Serra Talhada, PE,

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