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MOSCAS - Resumo Parasitologia Farmácia UFRGS

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MOSCAS 
Ordem Diptera 
Sub-ordem Brachycera-Cyclorrapha 
 A ordem Diptera abrange insetos que, na forma adulta, apresentam um 
par de asas funcionais e um par de alteres ou balancins; têm evolução 
holometabólica (ovo - larva - pupa - adulto). A sub-ordem Brachycera-
Cyclorrapharepresenta grupo de dípteros cujos adultos emergem do pupário 
por uma fenda circular. Têm antena trissegmentada e a arista assenta-se sobre 
o último segmento 
Família Calliphoridae 
 Estas moscas possuem colorido metálico azul ou verde, tamanho médio 
e peças bucais funcionais do tipo sugador. A arista é pilosa em toda a sua 
extensão e o pós-escutelo é pouco desenvolvido. A notopleura tem duas 
cerdas e as cerdas abdominais são geralmente pouco desenvolvidas. 
 
Cochliomyia hominivorax 
Filo Arthropoda 
 Díptero cuja forma adulta (1) tem tórax cor metálica com listras pretas 
longitudinais. Sua fase larval ocorre principalmente na pele e mucosas de 
mamíferos e aves, constituindo uma ectoparasitose: a "bicheira". A bicheira é 
uma miíase obrigatória, ou seja, uma parasitose causada por dípteros, cujas 
larvas devem evoluir em tecidos vivos; infecções secundárias são comuns após 
essa miíase. A Cochliomia hominivorax faz sua ovipostura em lesões prévias 
da pele do mamífero. Na pele, desenvolvem-se várias larvas (2) em uma única 
lesão, grande, aberta, com secreção sero-sanguinolenta fétida. A remoção das 
larvas é mecânica (cirúrgica). Está indicado a aplicação de vacina anti-tetânica. 
Família Sarcophagidae 
 Estas moscas possuem cor cinzenta-escura, tórax com três faixas 
longitudinais pretas e abdome xadrez preto e branco. As antenas são plumosas 
na base e nuas na região apical, e os olhos são separados nos dois sexos. 
Apresentam armadura bucal lambedora e célula apical da asa fechada. Os 
calípteros são bem desenvolvidos. 
Sarcophaga spp. 
Filo Arthropoda 
 Moscas muito semelhantes a algumas das varejeiras quanto aos 
aspectos e hábitos. Pertencem à família Sarcophagidae e compreendem 
espécies de tamanho médio ou grande (6 a 16 mm), corpo eriçado de cerdas, 
cor cinza com faixas pretas formando desenho xadrez no abdômen. Os insetos 
adultos (1) alimentam-se de fezes, animais mortos e sucos de frutas. As 
fêmeas são larvíparas e depositam suas larvas em carcaças, excrementos e 
matéria orgânica vegetal em decomposição. No caso das larvas 
desenvolverem-se sobre cadáveres humanos insepultos (crimes), o estudo da 
evolução larvária é de interesse da medicina legal, podendo auxiliar no cálculo 
do tempo decorrido desde a morte. Podem raramente causar miíases 
acidentais, implantando-se em úlceras e tecidos necrosados. A terapêutica, 
neste caso, é a remoção das larvas com anestesia prévia. 
Família Muscidae 
 São moscas de tamanho médio, classificadas como ciclorrafas 
caliptradas. Têm a probóscida em geral desenvolvida: mole, para sorver 
substâncias líquidas e semilíquidas, ou rígida, adaptada para picar e sugar. 
Sua arista é plumosa. 
Musca domestica 
Filo Arthropoda 
Introdução 
 É uma mosca não-hematófaga, que possui distribuição geográfica 
mundial. Vive habitualmente no domicílio e peridomicílio humanos, na zona 
urbana e rural. O tamanho da população local dependente muito das condições 
sanitárias vigentes, ocorrendo sempre em maior quantidade sempre que há 
deficiência no serviço de coleta de lixo urbano ou tratamento do esterco dos 
animais. 
Biologia do parasito 
 As fêmeas realizam a ovipostura sobre matéria orgânica fermentável, 
como lixo e fezes. Os ovos são brancos, alongados e medem menos de um 
mm. A eclosão ocorre de oito a 24 horas após a postura. Assim que nasce, a 
larva começa a se alimentar do substrato, sofrendo duas ecdises (mudas). 
Após, aproximadamente, cinco dias, a larva abandona o substrato de 
desenvolvimento e se enterra no solo para pupar. Se o clima for quente, o 
adulto estará formado em quatro ou cinco dias. O ciclo completo dura, em 
média, de dez a 14 dias. Nas estações frias, o período do ciclo completo pode 
prolongar-se por várias semanas, já que o desenvolvimento do inseto é 
influenciado pela temperatura. A Musca domestica apresenta coloração 
acinzentada, com quatro faixas longitudinais negras no mesotono. Ela possui o 
abdome de coloração creme ou amrelada e uma faixa mediana longitudinal 
dorsal negra. Apresenta grande capacidade de vôo e tem hábitos diurnos, 
sendo que sempre procura locais bem iluminados e quentes. O inseto é atraído 
tanto pelo lixo e esterco como pelo leite, substâncias açucaradas, frutas e 
outros alimentos humanos. O transporte de agentes patogênicos é favorecido 
pelas características das peças bucais e das extremidades das pernas do 
inseto. Outro fato que facilita a veiculação de patógenos pelo inseto adulto é a 
insconstância em se estabelecer num local definido, mudando rapidamente de 
locais com a presença da matéria orgânica em decomposição (lixo, saídas de 
esgoto, aterros sanitários, etc.) para o interior das residências, onde podem 
estar expostos alimentos e objetos. Outro mecanismo conhecido de veiculação 
de patógenos é a regurgitação alimentar. 
 
Importância e prevenção 
 Vários patógenos causadores de infecções entéricas e não-entéricas. 
Assim, dezenas de espécies de vírus, podem ser potencialmente veiculados 
pela Musca domestica. Ela pode transportar as bactérias da febre tifóide, da 
disenteria bacilar, das infecções estafilocócicas, os cistos e oocistos de 
protozoários e ovos de helmintos. O combate à mosca deve ser feito no sentido 
de eliminar os seus focos de criação. Já que o inseto desenvolve rápida 
resistência ao uso continuado de inseticidas, as medidas de controle 
recomendadas são: dar destino adequado ao lixo e aos dejetos humanos ou de 
animais; impedir o acesso dos insetos às fontes de alimentos (colocar telas em 
janelas e portas); aplicar inseticidas de efeito residual, nas épocas onde a 
presença do inseto é maior. Qualquer dessas medidas de controle deve ser 
realizada criteriosamente, para evitar intoxicação humana pelos inseticidas. 
Essas medidas contribuem diretamente no controle do inseto e nas doenças 
vetoriadas pelos mesmos. 
Família Cuterebrinae 
Dermatobia hominis 
Filo Arthropoda 
 Díptero sinantrópico, mosca com abdome de cor metálica (1) cujo ciclo 
larval se desenvolve na pele de alguns animais, constituindo uma 
ectoparasitose: o "berne". O berne é uma miíase, uma parasitose causada por 
larvas de dípteros; infecções bacterianas secundárias podem ocorrer. 
A Dermatobia hominis faz sua ovipostura em um outro inseto (inseto forético, 
preferencialmente hematófago), que transporta os ovos, permitindo a saída das 
larvas quando estão sobre a pele de animais de sangue quente (mamíferos e 
aves), onde, na epiderme, se desenvolve uma única larva (2) por lesão. A fase 
larval dura de 35 a 45 dias (pode prolongar-se por 2 a 3 meses) e provoca 
inflamação e tumefação na pele do hospedeiro - lesão com um pequeno orifício 
semelhante a um furúnculo. A remoção da larva baseia-se em impedir a 
respiração da larva e fazer a retirada cirúrgica; depois, passar éter iodoformado 
e cobrir a lesão. Está indicado o uso de vacina anti-tetânica.

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