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1 SOLDAGEM DE DUTOS EM OPERAÇÃO Especialização em Engenharia de Soldagem Junho 2012 Universidade Petrobras Giovani Dalpiaz CENPES/PDEP/TMEC Objetivo do Curso •Discutir sobre os fenômenos envolvidos na soldagem de dutos em operação. • Rever conceitos de transferência de calor e metalurgia de soldagem. • Discutir sobre os problemas relacionados com soldagem de dutos em operação. • Discutir a norma nacional (N-2163) que orienta esta atividade. • Discutir a norma API 1104 - apêndice B (“in service welding”) qualificação de soldadores e procedimentos. • Conhecer os programas computacionais aplicados. Soldagem de Dutos em Operação Importante: Na soldagem em operação uma chapa fina pode transformar-se em chapa grossa dependendo do fluido e da vazão. Como agrupar a soldabilidade dos materiais nessa condição? Chapa fina ou chapa grossa? Em instalações da PETROBRAS, toda a soldagem em operação deve estar de acordo com a Norma Petrobras N-2163 Soldagem e Trepanação em Equipamentos, Tubulações e Dutos em Operação Além desta deve seguir a norma API 1104 apêndice B Soldagem em Operação Conceito: • Trabalhos envolvendo a instalação de conexões e reparos estruturais, execução de soldagem e trepanação em equipamentos, tubulações industriais e dutos (terrestres ou submarinos), que estejam em operação (pressurizados com ou sem fluxo, com produto ou seus resíduos). Vantagens da Soldagem em Operação •Soldagem em qualquer condição operacional •Sem Limite de Pressão ou Vazão •Custo Ambiental Zero •Ganhos Operacionais Significativos Reparo sem perda significativa de produção Continua sendo uma área de grande interesse na Petrobras em reparos devido a danos por corrosão, mossas e instalação de derivações (trepanação). Soldagem em Operação •Instalação de Duplas-Calhas •Instalação de Fittings para derivação – Trepanação •Reparo com deposição por soldagem •Soldagem de braçadeira aparafusada Operações/reparos mais comuns: Situações envolvendo soldagem em operação Instalação de dupla-calha Deposição por soldagem Operação de trepanação Fittings soldados para trepanação N-2163 – figura A-2 N-2163 – figura A-2 Cordão longitudinal não toca o tubo pelo uso de cobre junta Junta circunferencial toca o tubo, por isso, é crítica e tratada como soldagem em operação Dificuldades da Soldagem em Operação Dois conceitos fundamentais devem ser compreendidos: (serão detalhados mais adiante) 1. Trinca a frio (hydrogen cracking) devido a alta taxa de resfriamento) 2. Perfuração do duto (burntrough) – Para tubos de espessura < 6.35 mm Na N-2163 – levanta outra questão de risco na soldagem em operação: Decomposição instável de produtos ou outras restrições em relação aos fluidos deve ser considerado. (Ver relatório PRCI fornecido) Qual o fator mais difícil de controlar? A norma API 1104 apêndice B trata do assunto “soldagem em operação” Avaliação da perfuração modelo computacional Avaliação da Trinca Induzida pelo Hidrogênio Qualificação Fissuração pelo Hidrogênio Fatores controladores: Tensões trativas Microestrutura susceptível Hidrogênio difusível eliminando um dos fatores o problema é eliminado Condição Causa da condição Medidas preventivas Hidrogênio na junta soldada Presença de umidade ou outras impurezas; umidade intrínseca do processo de soldagem. Limpeza da junta, preaquecimento, uso de eletrodos ou processos de baixo hidrogênio. Microestrutura suscetível a TIH Grão grosseiro, aquecimento seguido de rápido resfriamento Preaquecimento, controle da energia de soldagem, uso de passe de revenimento. Tensão de tração Tensão residual de soldagem, tensão interna em condição de operação, gap elevado, etc. Melhorar o ajuste, minimizar a concentração de tensões na raiz do cordão de solda. A trinca induzida pelo hidrogênio - TIH Perfuração (burnthrough) em soldagem circunferencial IMPORTANTE: Antes do reparo é importante uma avaliação da real necessidade da intervenção, ou seja, deve-se saber se a indicação é defeito ou descontinuidade. Tipos de defeitos que necessitam reparo Sujeito a alterações conforme norma de projeto do duto a) qualquer dano com vazamento; b) sulcos e cavas, quando apresentarem profundidade maior que: -12,5 % da espessura nominal da parede, para oleodutos; -10% da espessura nominal da parede, para gasodutos; c) mossas que afetam os cordões de solda; mossas contendo ranhuras, sulcos ou cavas; mossas com profundidade > 6 mm em dutos com diâmetro 4” ou com profundidade > 6 % do diâmetro nominal do duto para diâmetro nominal > 4”; d) mordeduras com as seguintes dimensões: - profundidade > 0,8 mm ou > 12,5 % da espessura (o que for menor); - profundidade > 0,4 mm ou entre 6 % e 12,5 % da espessura (o que for menor), e com o comprimento > 50 mm em 300 mm contínuos de solda ou 1/6 do comprimento da solda (o que for menor); Os seguintes defeitos devem ser removidos ou reparados: Tipos de Defeitos e) qualquer tipo de trinca; f) toda solda não aceita pelos “critérios de aceitação - testes não-destrutivos” da norma API STD 1104 ou pela especificação de fabricação do tubo; g) áreas corroídas cujas dimensões resultem em tensões acima de valores admissíveis de acordo com os critérios da norma ASME B31.G; h) áreas corroídas atravessando soldas; i) Dutos tensionados, com tensão longitudinal maior que 72% SMYS, para dutos novos, e 54% SMYS para dutos que já sofreram algum tipo de tensionamento. Os seguintes defeitos devem ser removidos ou reparados: Tipos de Defeitos Classificação de Reparos a) Reparos de Contingência; são precedidos de ações operacionais para minimizar os impactos ao meio ambiente e pessoas, e servem para conter vazamentos e permitir a intervenção no duto com objetivo de viabilizar a execução de reparos temporários ou permanentes b) Reparos Temporários; Garantir segurança e continuidade operacional até execução do reparo permanente em prazo não superior a 2 anos; c) Reparos Permanentes. servem para recompor integralmente a resistência mecânica do duto como novo. Técnicas de Reparo TROCA DE TRECHO DE DUTO (com ou sem interrupção de fluxo) Segment Replacement; - repara qualquer tipo de defeito DUPLA-CALHA (Tipo-A) Reinforcing steel sleeves; com ou sem interferência DUPLA-CALHA COM SOLDA CIRCUNFERENCIAL (Tipo-B) Pressure- containing sleeves. É reparo permanente para qualquer tipo de defeito. LUVA COM GRAUTEAMENTO DE EPOXI Epoxi Sleeve; CONECTOR MECÂNICO Mechanical Connectors; DEPÓSITO DE SOLDA Weld Deposit; ESMERILHAMENTO Dressing or Grinding; BRAÇADEIRA MECÂNICA APARAFUSADA (com ou sem derivação) Mechanical Clamp; BRAÇADEIRA COM PINO CENTRALIZADOR Leak Clamp; LUVA DE MATERIAL COMPOSTO Composite Sleeve; TREPANAÇÃO DO DEFEITO Hot Tapping; REFORÇO ESTRUTURAL LOCALIZADO “Bacalhau” Patch. Técnicas de Reparo Da N-2163: • 3.10 Trepanação (“Hot Tapping”) Técnica de furação a frio de uma tubulação, duto ou equipamento em operação, criando uma abertura por meio de perfuração ou recorte de uma porção da parede metálica, com ferramenta apropriada, internamente à conexão acoplada, com equi- pamento específico e componentes típicos e sem parada operacional. Pipeline Repair Manual – PR 186-0324 Processos de Soldagem atualmente aplicáveis a soldagem em operação • ELETRODO REVESTIDO - Shielded Metal Arc Welding - SMAW - (MAIS USADO NA PETROBRAS - QUASE 100% DOS REPAROS) • TIG - Tungsten Inert Gas - Europa - GTAW- Gas Tungsten ArcWelding - EUA • MIG/MAG - Metal Inert Gas/Metal Active Gas - GMAW (Gas Metal Arc Welding) - e variações como STT, RMD, etc. • ARAME TUBULAR - FCAW (Flux Cored Arc Welding) Alternativas segundo BILL BRUCE: • SMAW usando eletrodos de baixo hidrogênio próprios para a progressão vertical descendente. Facilita a qualificação de soldadores por já estarem acostumados com a progressão descendente. • Exemplos: Lincoln LH-D80 Bohler-Thysen FOX BVD-85 Poderiam ser testadas na PETROBRAS • No processo SMAW o uso de eletrodos celulósicos (Exx10-x) normalmente é desaconselhada. Porém em situações onde o baixo nível de hidrogênio é desnecessário (baixo CE, baixa taxa de resfriamento, etc) o uso do eletrodo celulósico, principalmente para o passe de raiz em uma conexão BRANCH, pode ser aceitável. Porém é necessário bastante atenção para a qualificação de procedimento, considerando o pior caso para CE e para taxa de resfriamento. (não é procedimento adotado na Petrobras) É importante lembrar que o amanteigamento do tubo não é suficiente para eliminar a TIH, pois ela também pode ocorrer no metal de solda. Alternativas segundo BILL BRUCE: Segundo BILL BRUCE: • FCAW autoprotegido, usando o consumível Lincoln NR207H (AWS E71T8- K6), apresenta metal de solda depositado com razoável nível de hidrogênio. Apresenta maior penetração o que aumenta o risco de perfuração. • FCAW com proteção gasosa, usando o consumível ESAB Dual shield II 70T-12H4 (AWS E71T12 M-H4), apresenta metal de solda depositado com baixo hidrogênio difusível e maior resistência a absorção de umidade que o consumível da Lincoln. (interessante de ser testado) Conceitos Importantes: 1. Carbono equivalente 2. Energia de soldagem 1.Carbono Equivalente (CE) – indicador da soldabilidade: 2. Energia de Soldagem (Es) – calor adicionado por comprimento de cordão de solda [Pcm] 0,10%C para 5xB 10 V 15 Mo 20 Cr 60 Ni 20 Cu 20 Mn 30 SiC Ceq [IIW] 0,10%C para 5 VMoCr 15 NiCu 6 MnC Ceq [mm/s] Sold Vel x 1000 ]Corrente[A x [V] Tensao [kJ/mm] Es O rendimento é considerado?? • Como podemos alterar a energia de soldagem? • Qual a conseqüência da alteração da energia de soldagem? • Como saber se o soldador está soldando com a energia de soldagem descrita no procedimento de soldagem? SUGESTÃO para o controle da Energia de soldagem (Heat Input) Run-Out ratio Tabelas na BS 5135 Para um dado diâmetro de eletrodo, a relação entre o comprimento do cordão de solda depositado e o comprimento consumido de eletrodo é proporcional à energia de soldagem Controle da Energia de soldagem (Heat Input) Através do Run-Out ratio 3.2 mm 4 mm 2.4 mm Efeito da Pressão do duto e da energia de soldagem na soldagem em operação Soldagem de Dutos em Operação P S = P. D /(2t) Efeito da Pressão Efeito da Temperatura Temperatura σ0 Soldagem de Dutos em Operação Efeito das condições de soldagem (pressão e temperatura agindo juntas) Condições Adequadas Condições inadequadas Risco de perfuração • corrente elevada • baixa velocidade de soldagem • espessura pequena (abaixo de 4mm) • pressão elevada (pouco provável que se atinja uma pressão crítica para perfuração) Pressão A poça de fusão atua como se fosse um ponto de corrosão por pites) A perfuração ocorre quando a seção resistente não fundida do tubo não resiste a pressão interna Efeito das condições de soldagem (pressão e temperatura agindo juntas) Análise do risco de Perfuração (burnthrough) em soldagem circunferencial É avaliada principalmente por um software para estimar a temperatura da parede. Análise do Risco de Perfuração Esta é a condição para que não haja perfuração: T<980ºC Comparação entre solda bead-on-pipe (à esquerda) e junta de filete (à direita), parâmetros de soldagem e condições de operação do duto idênticas. Atinge maior temperatura que a junta de filete Análise do Risco de Perfuração Análise do Risco de Perfuração – N 2163 • Algumas empresas limitam de 4 a 4.8mm como espessura mínima para fazer soldagem em operação • Perfuração não depende somente da espessura, mas também dos parâmetros de soldagem e dos parâmetros de operação do duto. • Relação entre o calor gerado no arco X calor removido pelo duto = perfuração? • Trabalhos anteriores feitor por BATTELLE indicam que a perfuração pode ser controlada se limitarmos a temperatura da parede interna do duto (T<980ºC). • Para espessuras < 6,4mm deve-se limitar a energia de soldagem. • Risco de perfuração aumenta com o aumento da corrente • As tensões no duto podem se redistribuir ao longo da poça de fusão como se fosse uma corrosão por pites (corrosão isolada por pites é admitida a até 80% da parede do duto) Análise do Risco de Perfuração • A redução da pressão é praticamente ineficiente para minimizar o risco de perfuração: A perfuração irá ocorrer se a temperatura da parede interna for suficientemente alta, mesmo a baixa pressão. Para duto com gás, a pressão maior aumenta a capacidade do gás de extrair calor da parede do tubo. Mais baixa temperatura da parede com a mais alta pressão, pois maior será a condutividade térmica dos gases. • As tensões no duto podem se redistribuir ao longo da poça de fusão como se fosse uma corrosão por pites (corrosão isolada por pites é admitida a até 80% da parede do duto) • É mais seguro o uso de eletrodos com diâmetro menor (menor corrente). É uma maneira efetiva de limitar corrente, porém diminui a produtividade. Eletrodos com 2 ou 1,6 mm devem ser considerados. www.selectrode.com/pdf/tech/1161.pdf (segundo BILL BRUCE). • CONCLUSÃO: manter temperatura da parede abaixo de 980ºC e para isso a vazão nem sempre precisa ser mantida e a pressão não precisa ser reduzida. Análise do Risco de Perfuração • Qual a eficácia do pré-aquecimento no controle da velocidade de resfriamento (e dureza da ZAC) na soldagem em dutos em operação ? Qualificação de procedimentos e soldadores na soldagem em operação: Norma API 1104 apêndice B 1. Rodar o programa Battele ou PRCI a partir dos seguintes dados: • Composição química do duto (remoção de amostras, análise com Espectroscopia Ótica de Emissão de Campo, Certificados de Matéria Prima. • Espessura Real do duto (ultra som) e da calha. Diâmetro do duto e da calha. • Condições de escoamento (tipo de fluido, vazão, temperatura e pressão). • Energia de soldagem estimada 2. Com isso se terá o cálculo t800/500 (tempo de resfriamento entre 800 e 500 °C), a dureza estimada da ZAC (equação de yurioca) e a Temperatura máxima alcançada na parede interna (máx de 980°C (N-2163)) 3. Qualificar procedimento e soldador segundo API 1104 apêndice B, usando eletrodos revestidos de baixo hidrogênio e de preferência embalados a vácuo. Para espessuras abaixo de 6,35 mm usar preferencialmente eletrodos com diâmetro igual a 2,5 mm. Passos para Estabelecer um EPS Apropriado Estabelecimento de Procedimento Adequado • diâmetro e espessura do duto • pressão e vazão durante a soldagem • máximo aporte térmico • composição química do tubo (CE) • tempo de resfriamento Δt800-500 • mínimo aporte térmico Perfuração? Fissuração? Exemplo de modelo para a Previsão de Dureza (existem vários) H V C C e q I C C e q I a r c tg t C e q I I C e q I I C e q I C S i M n C u N i C r M o N b V B C e q I I C S i M n C u N i C r M o B ( ) ( ) ( ) lo g ( ) , , , , ( ) 1 0 4 0 6 1 6 4 1 8 3 3 6 9 1 4 9 10 0 8 5 2 8 2 2 0 2 6 2 0 5 2 6 0 1 9 5 2 4 6 1 5 4 0 6 4 5 1 0 3 0 5 5 2 0 4 6 1 0 Dureza da ZAC Yurioka 1981 HV = 90 + 1050C + [47Si + 75Mn +30Ni +31Cr]HV = 90 + 1050C + [47Si + 75Mn +30Ni +31Cr] Brisson Dureza da Martensita Qual o peso do carbono,comparado com os outros elementos, na dureza da ZAC?? Alguns engenheiros preferem medir o tempo T250/100 para estimar a capacidade de extração de calor do duto. Consiste em aquecer o duto até 325°C e a seguir medir com um cronômetro o tempo de resfriamento entre 250°C e 100°C A norma API 1104 apêndice B fornece indicações de como qualificar o procedimento e o soldador para a soldagem em operação. Aponta quais variáveis são essenciais na soldagem em operação – algumas são diferentes da soldagem convencional. API 1104 apêndice B • Variáveis Essenciais – Limite de resistência não é variável essencial; – Espessura do duto não é variável essencial; – ALTERAÇÃO DA VAZÃO (condição operacional) do duto (Taxa de resfriamento) PODE SER variável essencial; – Seqüência de deposição é variável essencial; Também vale para GROOVE – solda com chanfro Lembrando: A norma API 1104 apêndice B trata do assunto “soldagem em operação” Avaliação da perfuração modelo computacional Avaliação da Trinca Induzida pelo Hidrogênio Qualificação (Poderia ser estimada fazendo a soldagem com um tubo pressurizado com nitrogênio parado) API 1104 - Apêndice B Preocupação com a Trinca Induzida pelo Hidrogênio e avaliação desta na qualificação. Sugere que se pode usar um procedimento de soldagem para um material de maior CE desde que a taxa de resfriamento seja menor (mais elemento de liga e maior T800-500 Neste caso como o EPS poderia ser avaliado quanto a sua aplicabilidade? Considerações da N-2163 quanto ao materialmaterial do duto a ser soldado: • 1.4 Os procedimentos de soldagem descritos nesta Norma se aplicam a tubulações, dutos e equipamentos fabricados em aços ferríticos (tipo aço-C, C- Mn e C-Mn microligado) e austeníticos (tipo AISI 304, 316, 321 e 347). “São os aços que podem ser soldados em operação segundo a N-2163” • 6.2.3 Aços Cr-Mo, Aços Inoxidáveis Ferríticos e Martensíticos Em geral não devem ser soldados em operação, sendo analisado caso a caso pelo profissional responsável. “Devido a trinca induzida pelo hidrogênio” Algumas restrições previstas na N-2163 quanto ao fluido: 6.1.2 Trabalhos de soldagem não devem ser permitidos em equipamentos, tubulações e dutos em operação contendo qualquer um dos seguintes produtos, exceto quando previamente analisado: a) oxigênio e misturas de vapores de hidrocarboneto/oxigênio e hidrocarboneto/ar; b) ar comprimido; c) peróxidos, cloro ou outras substâncias químicas que possam se decompor violentamente ou se tornar perigosas em contato com o calor da soldagem; d) substâncias cáusticas, aminas, nitratos e ácidos, se as concentrações e temperaturas previstas pelo projeto forem tais que as especificações de fabricação exijam tratamento térmico pós- soldagem, ou pela elevação da corrosividade (risco de corrosão) sob tensão do fluido em função da temperatura alcançada internamente devido à soldagem; e) acetileno, etileno, benzeno e outros hidrocarbonetos insaturados ou mesmo polímeros que possam sofrer decomposição exotérmica e espontânea sob certas combinações de pressão e temperatura; ... h) linhas com vapor d’água: acima de 300 °C ou com pressão acima de 20 kgf/cm, salvo casos em que haja análise específica. Entre outras... API 1104 apêndice B • Como o API 1104 apêndice B teve origem no API 1107 (soldagem de manutenção de dutos), as práticas recomendadas do API 1107 foram mantidas nesse apêndice. Portanto “should” do API 1104 é ententido como obrigação “shall”.(prática da Petrobras). • O API 1104 apêndice B é construído baseado em dois conceitos fundamentais: perfuração e trinca induzida pelo hidrogênio. Portanto suas recomendações são para evitar esses fenômenos. TRINCA INDUZIDA PELO HIDROGÊNIO • Os procedimentos são qualificados em grupos de carbono equivalente e não de tensão de escoamento. A TIH é mais em função do carbono equivalente do que da tensão de escoamento. O carbono equivalente pode variar muito em função do fabricante e para uma mesma tensão de escoamento. API 1104 apêndice B – Os procedimentos são qualificados em grupos de severidade térmica e não de espessura de parede como na soldagem convencional. Esta norma sugere agrupar o CE e condições operacionais do duto, mas não apresenta intervalos (B2.1.1.2); PERFURAÇÃO – Espessura acima de 6,4mm e uso de eletrodo básico, não é esperada perfuração; – Espessura abaixo de 6,4 pode ser esperado perfuração – métodos computacionais devem ser utilizados para determinar o aporte térmico limite; – Espessura abaixo deste valor pode ser necessário limitar o aporte térmico; Da N-2163: Este é talvez um dos principais conceitos, intrínsecos na N-2163,que diferenciam a soldagem convencional da soldagem em operação – também preocupação com a trinca induzida pelo hidrogênio. Neste aspecto a N-2163 é mais severa que o API 1104, pois não permite usar um procedimento qualificado para um metal base de maior CE. Como é a qualificação de procedimento segundo API 1104 apêndice B? A qualificação é feita utilizando água em fluxo (Vazão ~ 40 l/min (vazão de torneira)), para simular a pior condição para TIH - trinca induzida pelo hidrogênio. Água proporciona resfriamento mais severo do que o encontrado com hidrocarbonetos. Ensaios Necessários Para a Qualificação de Procedimento Marcas resultantes das indentações (medida de dureza Vickers 10 Kg) Observar os pontos de medição Exemplo de um “bom” EPS para soldagem em operação: Unificação de Procedimentos de Soldagem Uso de Procedimentos de Soldagem Baseados no Passe de Revenimento Almofada (“dupla camada”) Passe de Revenimento na Seqüência da Deposição Pre amanteigamento do tubo + Passe Revenimento 45° 3mm 1,6mm (min.) amanteigamento Área de amanteigamento: 110mm x 110mm 1 2 3 4 5 6 7 1 a 2mm 1 2 3 4 5 7 1 a 2mm 1 a 2mm 6 Exemplos de Práticas Comuns : Almofada - Aamanteigamento Amanteigamento + Passe de Revenimento (“temperbead”) É usado quando o CE do tubo ou a taxa de resfriamento são altos Preamanteigamento do Tubo + Passe Revenimento Passe de Revenimento na Seqüência de Deposição Passe de Revenimento na Deposição por Soldagem Tentativa de uso do temper bead na seqüência de deposição Sleeve Pipe Macrografia de uma dupla-calha na qual foi usado as seguintes energias de soldagem: 1 = 0,8 kJ/mm , 2= 0,8 kJ/mm e 3 = 1,3 kJ/mm Inspeção Visual – Raiz (internamente) LP - Raiz PM – 12 h (ideal 24 h) após a soldagem US - Phased array (?) Conexões/Derivações Teste Hidrostático (1,5xP) P=pressão max. admitida classe de pressão da conexão • Programa computacional do Instituto Battelle • Programa computacional do PRCI Modelos de Análise Térmica para Soldagem em Operação de Dutos São dois softwares que verificam, principalmente, o risco de perfuração Programa Computacional do Instituto Battelle Modelo 1 Instalação de Duplas-Calhas Modelo 2 Instalação de Derivação Modelo de Análise Térmica para Soldagem de dutos em Operação Tela de Entrada de Dados Modelo de Análise Térmica para Soldagem de dutos em Operação Tela de Saída de Dados O programa computacionalBATTELLE permite fazer previsões confiáveis de valores de temperatura máxima da parede interna durante a soldagem em operação. Também permite avaliar o risco de trinca induzida pelo hidrogênio, através dos valores de taxa de resfriamento (entre 250 e 100 °C) ou tempo de resfriamento entre 800 e 500 °C. Utilizando o programa do Battelle é possível estimar parâmetros de soldagem seguros para execução da soldagem em operação de dutos. Determinação de uma Zona Segura de Soldagem Determinar a energia de soldagem crítica sem alcançar o limite de perfuração e sem que a dureza seja excessiva (para um determinado nível de Hdif) com o auxílio do Battelle ou PRCI. Simulação Battelle Energia x T(800-500) 0 2 4 6 8 10 12 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2 1,3 energia de soldagem - KJ/mm T ( 8 0 0 - 5 0 0 ) - s s M4mm M7mm M12mm M16mm P4mm P7mm P12mm P16mm G4mm G7mm G12mm G16mm Conclusão gráfico anterior: Quando a espessura é significativa (>12mm) o fluido passa a não ter muita influência no ciclo térmico. A condução é mais efetiva que a convecção Simulação Battelle Efeito do Aumento do Aporte Térmico 0,41 kJ/mm 0,73 kJ/mm 1.19 kJ/mm Espessura = 3 mm Vazão = 0,6 mm scfd/sq.in Gás Metano Trincamento, Depósito Interno e “bulging” trincas Software do PRCI The Pipeline Research Council International http://www.prci.org/ Modelos Não permitem ajuste na malha Janelas Janelas Janelas Janelas Resultado Norma Petrobras N-2163 – Soldagem e Trepanação em Equipamentos, Tubulações e Dutos em Operação API 1104 - Welding Pipelines and Related Facilities; ANSI/ASME B 31.4 - Liquid Petroleum Transportation Piping systems ANSI/ASME B 31.8 - Gas Transportation and Distribution Piping System Pipeline In Service Repair Manual – J. F. Kiefner, W.A.Bruce, D.R. Stephens Norma Petrobras N-2737 - Manutenção de dutos Terrestres Norma Petrobras N-2727 - Manutenção de dutos Submarinos API RP 2200 - Repairing Crude Oil, Liquefied Petroleum Gas, and Product Pipelines [Segurança]; API RP 2201 - Procedures for Welding or Hot Tapping on Equipment in Service; Normas e/ou Documentos Complementares 87 Número do slide 1 Objetivo do Curso Soldagem de Dutos em Operação Chapa fina ou chapa grossa? Número do slide 5 Soldagem em Operação Vantagens da Soldagem em Operação Número do slide 8 Situações envolvendo soldagem em operação Número do slide 10 Número do slide 11 Dificuldades da Soldagem em Operação Número do slide 13 Número do slide 14 Perfuração (burnthrough) em soldagem circunferencial Número do slide 16 Número do slide 17 Os seguintes defeitos devem ser removidos ou reparados: Os seguintes defeitos devem ser removidos ou reparados: Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22 Da N-2163: Número do slide 24 Processos de Soldagem atualmente �aplicáveis a soldagem em operação Alternativas segundo BILL BRUCE: Alternativas segundo BILL BRUCE: Segundo BILL BRUCE: Número do slide 29 Número do slide 30 Número do slide 31 SUGESTÃO para o controle da Energia de soldagem (Heat Input) Controle da Energia de soldagem (Heat Input) Número do slide 34 Soldagem de Dutos em Operação Soldagem de Dutos em Operação Efeito das condições de soldagem�(pressão e temperatura agindo juntas) Efeito das condições de soldagem�(pressão e temperatura agindo juntas) Análise do risco de Perfuração (burnthrough) em soldagem circunferencial Número do slide 40 Número do slide 41 Número do slide 42 Número do slide 43 Número do slide 44 Número do slide 45 Número do slide 46 Número do slide 47 Estabelecimento de Procedimento Adequado Exemplo de modelo para a Previsão de Dureza�(existem vários) Número do slide 50 Número do slide 51 API 1104 apêndice B Lembrando: API 1104 - Apêndice B Considerações da N-2163 quanto ao material do duto a ser soldado: Algumas restrições previstas na N-2163 quanto ao fluido: API 1104 apêndice B� API 1104 apêndice B� Da N-2163: Número do slide 60 Ensaios Necessários Para a Qualificação de Procedimento Número do slide 62 Número do slide 63 Número do slide 64 Número do slide 65 Número do slide 66 Passe de Revenimento na Deposição por Soldagem Número do slide 68 Número do slide 69 Número do slide 70 Número do slide 71 Número do slide 72 Número do slide 73 Número do slide 74 Número do slide 75 Simulação Battelle Número do slide 77 Número do slide 78 Número do slide 79 Modelos Número do slide 81 Número do slide 82 Número do slide 83 Número do slide 84 Número do slide 85 Normas e/ou Documentos Complementares Número do slide 87
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