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Tecido Epitelial O tecido epitelial é formado por células justapostas, ou seja, que estão intimamente unidas umas às outras através de junções intercelulares ou proteínas integrais da membrana. A principal função do tecido epitelial é revestir a superfície externa do corpo, as cavidades corporais internas e os órgãos. Ele também apresenta função secretora. São funções do tecido epitelial: Proteção e revestimento (pele); Secreção (estômago); Secreção e absorção (intestino); Impermeabilização (bexiga urinária). A estreita união entre as suas células faz do tecido epitelial uma barreira eficiente contra a entrada de agentes invasores e a perda de líquidos corporais. De acordo com a sua função, existem dois tipos de tecido epitelial: de revestimento e glandular. No entanto, pode haver células com função secretora no epitélio de revestimento. Tecido epitelial de revestimento os epitélios são constituídos por uma ou mais camadas de células com diferentes formas, com pouco ou quase nenhum fluido intersticial (substância entre as células) e vasos entre elas. Porém, todo epitélio está situado sobre uma malha glicoproteica denominada lâmina basal, que tem a função de promover a troca de nutrientes entre o tecido epitelial e o tecido conjuntivo adjacente. De acordo com as camadas celulares, os epitélios podem ser classificados em: Epitélio Simples: São formados por uma única camada de células; Epitélio Estratificado: Possuem mais de uma camada de células; Epitélio Pseudo-Estratificado: São formados por uma única camada de células, mas possui células de com alturas diferentes, dando a impressão de ser estratificado. O tecido epitelial da pele humana apresenta células bastante unidas, sendo este um epitélio estratificado. Isso porque a função da pele é evitar a entrada de corpos estranhos no organismo, agindo como uma espécie de barreira protetora, além de proteger contra o atrito, raios solares e produtos químicos. Já o tecido epitelial que cobre os órgãos é simples, pois o tecido não pode ser tão espesso devido à necessidade de trocas de substâncias. Os epitélios também são classificados quanto à forma das células: Epitélio Pavimentoso: Possui células achatadas; Epitélio Cúbico: Células em forma de cubo; Epitélio Prismático: Células alongadas, em forma de coluna; Epitélio de Transição: A forma original das células é cúbica, mas ficam achatadas devido ao estiramento provocado pela dilatação do órgão. Tecido epitelial glandular as células do tecido epitelial glandular possuem as mesmas características do epitélio de revestimento, no entanto, ao contrário delas raramente são encontradas em camadas. Portanto, suas células são muito unidas e geralmente dispostas em uma única camada. Os epitélios glandulares são tecidos com função secretora, que constituem órgãos especializados chamados glândulas. Formação do tecido epitelial glandular As células epiteliais secretoras são capazes de sintetizar moléculas, a partir de moléculas precursoras menores, ou modificá-las. As células de secreção também podem estar isoladas entre as células do epitélio de revestimento, ou formando esse epitélio. Por exemplo, revestindo a cavidade do estômago ou parte do aparelho respiratório. Glândulas A maioria das glândulas do corpo humano são formadas a partir do epitélio glandular. Elas podem ser de dois tipos: exócrinas ou endócrinas. Nas glândulas endócrinas a ligação com o epitélio de revestimento deixa de existir, as células se reorganizam em folículos (tireoide) ou em cordões (adrenal, paratireoide, ilhotas de Langerhans). As glândulas exócrinas são formadas de duas partes: uma parte secretora (formada pelas células de secreção) e um ducto excretor (composto de células epiteliais de revestimento). O ducto lança as secreções dentro de cavidades internas (glândulas salivares) ou para o exterior do corpo (glândulas sudoríparas e sebáceas). Características do tecido epitelial Células muito próximas, com pouco material extracelular entre elas; Células unidas de forma bem organizada; Possui suprimento nervoso; Não possui vasos (avascular); Alta capacidade de renovação (mitose) e regeneração; Nutrição e oxigenação por difusão pela lâmina basal. A membrana basal é uma camada que fica abaixo das células epiteliais. É composta pela junção de duas laminas basais. As laminas basais (juntas formam a membrana basal) servem de base para as células se apoiarem, para filtração de moléculas e influenciam a polaridade da célula. Localizadas entre o epitélio e o tecido conjunto, onde uma lamina esta em contato com o tecido epitelial e a outra esta abaixo em contato com o tecido conjuntivo. Entre as duas laminas basais estão proteínas proteoglicanas que mantem as duas laminas próximas. Na lamina de baixo há fibras de ancoragem que são os pontos de fixação do tecido conjuntivo. Junções Intercelulares são pontos de ligações entre células. Essas junções podem ser de adesão (zonulas de adesão, hemidesmossomos, desmossomos) , impermeáveis (zonulas de oclusão) ou de comunicação (junção do tipo ‘GAP’). Há proteínas que realizam a adesão das células que são as caterinas. Zonula de Oclusão: tem função de vedar espaços celulares. Quanto mais zonulas de oclusao mais impermeáveis as células são. Zonula de Adesão: contém actina que vai permitir a elasticidade, o movimento. Essas zonulas ficam ao redor de celulas vizinhas. Junção Comunicante do tipo ‘GAP’: são canais que comunicam uma célula a outra. Compostas por proteínas chamadas conexinas. Através dessa junção há intercambio de moléculas. Desmossomos: os desmossomos seguram uma célula a outra. Tem formato discoide. São placas de ancoragem compostas por proteínas desmina, vimentina, queratina. Quando desmina e vimentina são ligadas mantem as células aderidas. Hemidesmossosmos: um hemidesmossomos é um desmossomo pela metade. Prende a célula á lamina basal. Constituídos por proteínas integrinas. Especializações da Célula Epitelial Tipos: microvilos, estereocilios, cílios e flagelos. Microvilos Os microvilos são projeções citoplasmáticas presentes no intestino delgado. Localizados na parte apical da célula. Tem função de absorção. O glicocálix recobre os microvilos. Estereocilios São prolongamentos longos e imóveis que aumentam a superfície da célula. Tem função de facilitar o movimento de moléculas do meio intracelular para o extracelular. Cílios e Flagelos São prolongamentos longos e móveis. Cílios estão presentes nas tubas uterinas e flagelos em espermatozoides. São envolvidos por membrana plasmática e contém dois microtúbulos centrais. Funções: Proteção, secreção, absorção, sensitiva, especiais. Proteção Tem função de proteção mecânica e contra desidratação. Presente na epiderme, no trato digestório e trato respiratório. Secreção Presente em anexos (pelos e penas), glândulas salivares, glândulas sudoríparas. Há dois tipos de glândulas: endócrinas e exócrinas. As glândulas exócrinas (produção de enzimas digestivas e pâncreas) liberam secreção para o meio externo e as glândulas endócrinas (hormônios) liberam na circulação. Absorção Tem função de captação de algumas substancias. Presente nos pulmões, trato digestório e rins. Sensitivas São células neuroectodérmicas , ou seja são capazes de captar elementos químicos e transmitir. Um exemplo dessas células são as presentes no paladar onde algumas células captam só o que é ácido e transmitem. Especiais Tipo de tecido que dependendo da situação ele se adapta. Origem dos Epitélios O tecido epitelial tem origem na ectoderme. Porem contem glândulas tem seus ductos no tecido epitelial e as glândulas no tecido conjuntivo. Tecido Epitelial pode ser divido em : Simples *Pavimentoso/escamoso *cubico *prismático/colunar Estratificado *Pavimentoso/escamoso *cubico *prismático/colunar Pseudoestratificado *Prismático Transição Epitélio Simples O tecido epitelial simples é composto por apenas uma camada de células e esta divido em três tipos: Pavimentoso/escamoso, cubico e prismático/colunar. EpitélioPavimentoso Simples O Epitélio simples pavimentoso ou escamoso é composto por uma camada de células extremamente finas e com aspecto fusiforme. Encontrado revestindo coração e vasos sanguíneos, pulmões (na porção fina), ductos glandulares e túbulos renais. Epitélio Cúbico Simples Formado por uma camada de células em formato de cubo, tem função de secreção, absorção e revestimento. Encontrado em ductos glandulares, túbulos renais, cristalino, íris, testículo, ovário e tireoide. Epitélio Prismático Simples O Epitélio prismático simples ou colunar é estruturado por uma camada de células em forma de prisma (altura maior que largura) com núcleos alongados. Ocorre no estomago glandular, intestino delgado, intestino grosso, útero e porção condutora glandular. Epitélio Pseudoestratificado O Epitélio pseudoestratificado é composto com muitas células, porem com camadas desorganizadas. As células que compõem têm formatos diferentes, estas podem ter formato basal, fusiforme, prismáticas e caliciformes. No tecido pseudoestratificado prismático há várias células com formatos diferentes, mas há predomínio de células prismáticas. Localiza-se sobre a membrana basal. Encontrado revestindo órgãos tubulares, trato respiratório, traqueia, trato urogenital, esôfago e em ductos glandulares em áreas de transição. Epitélio Estratificado O Epitélio Estratificado é composto por várias camadas de células organizadas. Ele pode ser: epitélio pavimentoso estratificado, epitélio cúbico estratificado, epitélio prismático estratificado. Epitélio Pavimentoso Estratificado Esse tipo de epitélio estratificado é composto por várias camadas organizadas de células extremamente finas e com aspecto fusiforme. Ocorre em superfícies corporais(pele), cavidade oral, pré-estomago(dos ruminantes), esôfago, córnea e conjuntiva. Epitélio Cúbico Estratificado É um tipo de epitélio mais difícil de ser encontrado, tem capacidade de regeneração, é formado por duas camadas de células em formato de cubo. Encontrado no trato genital, ductos glandulares e em zonas de transição. Epitélio Prismático Estratificado Formado por duas, três ou mais camadas de células. A camada de células que se encontram perto da membrana basal tem formato cúbico, a camada intermediária as células são poligonais e as superficiais tem forma de prisma. Esse tipo de epitélio é encontrado em zonas de transição, no trato respiratório superior e nos ductos glandulares. Epitélio de Transição O Epitélio de Transição se comporta ora como estratificado ora como pseudoestratificado isso porque ele se adequa a situação que se encontra. Um exemplo de onde esse tipo de tecido é encontrado é na bexiga, que necessita de um tecido que se adeque quando ela esta cheia e quando ela não tem líquidos em seu interior. Epitélios Glandulares É um tipo de tecido que contem células que tem função de formar glândulas. As glândulas produzem secreções. Formado por uma (isoladas) ou por muitas células (populações). São classificados conforme o numero de células, as relações com o epitélio de revestimento, o formato das glândulas multicelulares e pelo tipo de secreção. Numero de Células São classificadas conforme o numero de células que as formam. Podem ser unicelulares, que tem formato caliciforme, e multicelulares que são compostas por uma grande diversidade de grupos de unidades secretoras. Elas podem ser também intra-epiteliais (localizadas no tecido epitelial) encontrada no trato respiratório e as extras-epiteliais (o ducto da glândula passa pelo tecido epitelial mas os adenomeros estão em outro tecido) tem ductos alongados e são encontradas embaixo da lamina basal. Relações Epitélio e Tecido Adjacente As glândulas em relação ao tecido adjacente podem ser exócrinas ou endócrinas. As glândulas exócrinas liberam secreções para o meio externo. As glândulas endócrinas liberam suas secreções no leito vascular, um exemplo desse tipo de glândula é o fígado. Formato das Glândulas Multicelulares As glândulas divididas por formato podem ser simples ou compostas, as compostas podem ainda ser divididas em tubular, alveolar (acinar) ou túbulo-alveolar (túbulo-acinar). Glândulas simples podem ter ducto ramificado ou um único ducto. As glândulas tubulares ramificadas são encontradas nas glândulas da submucosa do intestino. As glândulas alveolares ramificadas são encontradas nas glândulas sebáceas. Glândulas compostas podem ser divididas conforme os ductos e os adenômeros. Nas tubulares compostas há predomínio de vários ductos, um exemplo desta são as glândulas salivares. Nas alveolares compostas há predomínio de vários adenomeros, um exemplo deste tipo de glândula é o pâncreas. Nas túbulos-acinosas compostas não tem predomínio, há vários ductos e vários adenomeros, um exemplo desta glândula são as glândulas mamárias. Ductos A glândula é formada a partir de ductos, o ducto mais interno é o ducto intralobular, depois ducto lobular, ducto intralobar, ducto lobar e o ducto mais externo, o ducto excertor. Método de Produção de Secreção Através do método de produção de secreção as glândulas podem ser classificadas em merócrinas, apócrinas e holócrinas. Glândula Mérocrina é um tipo de glândula que produz sua secreção e entrega, a célula não contribui, há a secreção somente do próprio produto. A maioria das glândulas do corpo são exemplos dessa glândula mas a principal são as glândulas salivares. Glândula Apócrina São glândulas que quando secretam perdem parte do citoplasma na secreção. Exemplo deste tipo de glândulas são as glândulas sudoríparas e glândulas mamárias. Glândula Holócrina Glândula que quando produz a secreção, a célula epitelial inteira torna-se o produto da secreção. Há então morte celular. Este tipo de glândula esta presente nas glândulas sebáceas. Tipos De Unidade Secretora Os tipos de unidade secretora são serosa, mucosa e mistas. Serosas Tipo de unidade secretora fluida e rica em enzimas. São acidófilas. Mucosa Tipo de unidade secretora mais densa que é biofílica. Mistas Tipo de unidade secretora que fica entre fluida e densa. Epitélios Especiais podem ser ciliado, sensitivo, pigmentar e mioepitélio. Epitélio Ciliado São prolongamentos citoplasmáticos localizados na área apical da célula. Um exemplo está no trato respiratório. Epitélio Sensitivo Composto por células epiteliais neurossensoriais, tem função de transmitir informações. Um exemplo de sua localização é na língua, onde captam a composição do alimento e transmitem aos neurônios que estão perto dele. Epitélio Pigmentar Composto por células diferenciadas que dão cor. Exemplo dessas células são os melanocitos que contem dentro deles melanina. Mioepitélio Contem células associadas a adenomeros. São células fusiformes, um exemplo deste estão presentes nas glândulas mamárias. Tecido Conjuntivo O tecido conjuntivo tem como principal componente estrutural a matriz extracelular e tem como funções dar forma e auxiliar na estrutura do corpo conectando células e órgãos e dando suporte às diferentes partes do corpo. A matriz extracelular é formada pela substância fundamental amorf e diferentes combinações de proteínas fibrosas, que podem ser colágenas, elásticas ou reticulares. Dependendo do tipo de proteína encontrada na matriz, ela pode ter propriedades distintas podendo assumir maior rigidez ou flexibilidade. A substância fundamental é formada por um complexo viscoso e hidrofílico, formado por glicosaminoglicanos, proteoglicanos, e glicoproteínas multiadesivas como a lamina e a fibronectina. É a diferente concentração destas moléculas e a maneira com que interagem com a superfície celular que define as características da matriz extracelular, promovendo a união dos tecidos e conferindo força tênsil e rigidez à matriz. Além de possuir função estrutural, o tecido conjuntivo desempenha importantes papéis na reserva de fatores de crescimento que controlam a proliferação e diferenciação celular. A matriz do tecido conjuntivo serve como meio de troca de nutrientes e catabólicos entre as células e os vasos sanguíneos.O tecido conjuntivo é formado por diferentes tipos celulares: fibroblastos, macrófagos, mastócitos, plasmócitos, células adiposas e leucócitos. Muitas células habitantes do tecido são originadas nele mesmo, enquanto outras como os macrófagos e leucócitos, por exemplo, migram de outras regiões para o conjuntivo. Há três tipos diferentes de fibras que são sintetizados pelo tecido conjuntivo: as fibras colágenas, as reticulares e as elásticas. As fibras colágenas e reticulares são formadas pela proteína colágena e as fibras elásticas pela proteína elastina. O tecido conjuntivo pode ser classificado em: Tecido conjuntivo propriamente dito (frouxo e denso), Tecido conjuntivo de propriedades especiais (adiposo, elástico, mucoso, reticular ou hematopoiético) Tecido conjuntivo de sustentação (ósseo e cartilaginoso). O tecido adiposo é formado pelas células adiposas, também conhecidas como adipócitos. Ele é responsável pela modelação da superfície corporal, reserva de energia na forma de gordura e isolante térmico. O tecido conjuntivo propriamente dito é o menos especializado. Entre as suas funções estão a de preencher os espaços entre os demais tecidos e garantir a nutrição deles através de seus vasos sanguíneos. O tecido cartilaginoso tem a matriz extracelular principalmente constituída de fibras de colágeno e mucopolissacarídeo. Tem como função dar sustentação, amortecer impactos e prevenir desgastes entre os ossos, além de auxiliar no crescimento ósseo. O tecido ósseo é o mais rígido dos tecidos conjuntivos e é formado por uma matriz composta de sais inorgânicos, principalmente o fosfato de cálcio, que se deposita ao redor das fibras de colágeno. Tecido conjuntivo propriamente dito O tecido conjuntivo propriamente dito é caracterizado por apresentar uma grande diversidade de células separadas por abundante material intercelular, que por sua vez é constituído por substância fundamental e fibras. De acordo com frequência de seus constituintes básicos, podemos dividir esse tecido em dois tipos: tecido conjuntivo frouxo (aureolar) e tecido conjuntivo denso. Tecido Conjuntivo Frouxo (Aureolar): É o tecido mais comum, de consistência delicada, flexível e pouco resistente às trações. Sustenta estruturas sujeitas à pressão e a pequenos atritos. Em sua constituição estão todos os elementos estruturais do tecido conjuntivo, em quantidades equivalentes de células, fibras e substância fundamental. Todas as células vistas anteriormente estão presentes, porém as mais frequentes são os fibroblastos e os macrófagos. Ele tem como função preencher os espaços entre as fibras e feixes musculares, apoiar e nutrir o tecido epitelial, formar camadas ao redor dos vasos sanguíneos e linfáticos, etc. Tecido Conjuntivo Denso: Tecido menos flexível e mais resistente a trações do que o tecido conjuntivo frouxo. Possui a mesma constituição deste, porém há uma predominância acentuada de fibras colágenas e as células estão em menor número. De acordo com o modo de organização de suas fibras constituintes, ele pode ser classificado em dois tipos: tecido conjuntivo denso não modelado e tecido conjuntivo denso modelado. Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado: Nesse tecido as fibras colágenas apresentam-se sem orientação fixa, ou seja, as fibras e os feixes estão orientados em todas as direções, o que confere ao tecido resistência a trações exercidas em qualquer direção. Pode ser encontrado na camada reticular da derme. Tecido Conjuntivo Denso Modelado: Ao contrário do tecido conjuntivo denso não modelado, nesse tecido as fibras colágenas seguem uma orientação fixa, o que confere resistência a trações exercidas em um determinado sentido. Pode ser encontrado nos tendões. Tecido conjuntivo de propriedades especiais entre os tecidos conjuntivos de propriedades especiais estão os tecidos adiposo, elástico, reticular, mucoso, cartilaginoso e ósseo. O tecido elástico é formado por fibras elásticas grossas, por fibras colágenas finas e por fibroblastos. Em sua constituição, encontramos feixes de fibras elásticas grossas separadas por tecido conjuntivo do tipo frouxo. É um tecido pouco frequente, sendo encontrado nos ligamentos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis. O tecido reticular é formado por fibras reticulares e por células reticulares. É um tecido muito delicado que forma uma rede para sustentar as células. Encontra-se nos órgãos que formam as células do sangue (medula óssea). O tecido mucoso tem aspecto gelatinoso, e é o principal constituinte do cordão umbilical. Também é encontrado na polpa dental jovem. Neste tecido há predominância de substância fundamental amorfa e poucas fibras. O tecido cartilaginoso é formado por células denominadas condroblastos e condrócitos. Os condroblastos produzem grande quantidade de fibras proteicas; quando sua atividade metabólica diminui, passam a ser denominados condrócitos. O tecido cartilaginoso é desprovido de vasos sanguíneos e de nervos; é nutrido pelo tecido conjuntivo denso que o envolve. O tecido ósseo é o principal componente dos ossos. É bem mais resistente que o cartilaginoso, pois é constituído de uma matriz rígida (formada basicamente por fibras colágenas e sais de cálcio), e composto por vários tipos de células; osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Tecido Adiposo É um tipo especial de tecido conjuntivo formado por células de gordura denominadas adipócitos. Os adipócitos exercem a importante função de armazenadores de lipídios, que são biomoléculas que atuam como reservatório energético e fornecem energia por período prolongado. Essas células podem aparecer isoladamente ou formando pequenos grupos no tecido conjuntivo, porém são mais frequentes no tecido adiposo espalhado pelo corpo. Algumas de suas funções básicas são: Reserva energética. Modela a superfície corporal (o tecido adiposo localiza-se sob a pele). Forma coxins absorventes de choque (na palma das mãos e na planta dos pés). Isolamento térmico. Preenche espaços entre os tecidos e órgãos. Sustenta órgãos, auxiliando na manutenção da posição dos mesmos. Nos animais que hibernam, fornece calor. De acordo com a estrutura de suas células, sua localização, cor, inervação, vascularização e funções, o tecido adiposo é classificado em dois tipos. Adiposo Unilocular e Adiposo Multilocular Tecido Adiposo Unilocular É também conhecido como tecido adiposo amarelo ou comum, pois geralmente apresenta a cor amarela. No homem adulto é encontrado distribuído no corpo de acordo com o biotipo, sexo e idade, e constituindo a reserva energética e a proteção contra o frio. Em recém-nascidos, é encontrado formando o panículo adiposo, camada de espessura uniforme situada sob a pele. A célula adiposa ou adipócito unilocular é uma célula grande e contém uma única gota de gordura em seu citoplasma. Tecido Adiposo Multilocular Também conhecido como tecido adiposo pardo em virtude a sua abundante vascularização sanguínea. Este tecido possui distribuição limitada em humanos, sendo mais frequentes em recém-nascidos e em animais que hibernam, onde agem na termorregulação, distribuindo o sangue aquecido para o corpo todo. O adipócito multilocular é menor que o unilocular e contém várias gotículas de gordura de diversos tamanhos em seu citoplasma. Tecido Reticular ou Hemocitopoético O tecido hemocitopoético, também chamado reticular, é constituído por fibras reticulares associados a células reticulares. Essas possuem núcleo grande e longos prolongamentos que se unem aos das células vizinhas, formando uma rede tridimensional que suporta as células hematopoiéticas, responsáveis pela produção de células do sangue e da linfa. O tecido reticular apresenta duas variações: Tecido Hemocitopoético Mieloide Encontrado na medula óssea vermelha, onde é responsável pela produção de elementos figurados do sangue como os glóbulos vermelhos, alguns tipos de glóbulos brancos e plaquetas. Tecido Hemocitopoético Linfoide Encontrado de forma isolada em órgãos linfáticos como os linfonosos, baço, timo e amígdalas,onde produzem alguns tipos de glóbulos brancos (monócitos e linfócitos). Tecidos de Transporte Este tecido é o responsável pelo transporte e distribuição de diversas substâncias pelo organismo, participando também do mecanismo de defesa do corpo. É dividido em dois tipos: Sanguíneo e Linfático. Tecido Sanguíneo O tecido sanguíneo ou sangue é constituído por substância fundamental líquida, o plasma, de composição química complexa, e por células. Esse tecido participa da manutenção de um meio interno constante, permitindo ao organismo, mesmo com grandes variações internas e externas, realizar um metabolismo geral equilibrado. No plasma circulam várias substâncias, como nutrientes, gases respiratórios, hormônios, enzimas, anticorpos, excretas, sais e outros. Assim, o sangue garante um equilíbrio hídrico, ácido-base (pH) e osmótico, mantendo-se em concentração isotônica com os tecidos. Ao circular pelo corpo, ele distribui de maneira uniforme o calor (Termorregulação) e pela ação dos leucócitos, exerce proteção contra micro-organismos e corpos estranhos que invadem o organismo. Sistema Reprodutor Masculino O aparelho reprodutor masculino é composto pelos testículos, duetos genitais, glândulas acessórias e pênis. A função dupla do testículo é produzir hormônios sexuais masculinos e espermatozoides. A testosterona - o principal hormônio produzido nos testículos - e seu metabólito, a di-hidrotestosterona, são muito importantes para a fisiologia do homem O sistema reprodutor masculino é composto pelos testículos, epidídimo, ductos deferentes, vesícula seminal, próstata e pênis. Testículos Cada testículo é envolvido por uma grossa cápsula de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea. Ela é espessada na superfície dorsal dos testículos para formar o mediastino do testículo, do qual partem septos fibrosos. Esses septos penetram o testículo, dividindo-o em aproximadamente 250 compartimentos piramidais chamados lóbulos testiculares (Figura 21.1). Esses septos são incompletos, e frequentemente há intercomunicação entre os lóbulos. Cada lóbulo é ocupado por um a quatro túbulos seminíferos que se alojam como novelos envolvidos por um tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e células intersticiais (células de Leydig). Os túbulos seminíferos produzem as células reprodutoras masculinas, os espermatozoides, enquanto as células intersticiais secretam andrógeno testicular. Os testículos se desenvolvem em posição retroperitoneal, na parede dorsal da cavidade abdominal. Durante o desenvolvimento fetal, eles migram e se alojam na bolsa escrotal e ficam suspensos na extremidade do cordão espermático. Por causa da migração, cada testículo arrasta consigo um folheto do peritônio, a túnica vaginal (Figura 21.1) Túbulos seminíferos Os espermatozoides são produzidos nos túbulos seminíferos, que são túbulos enovelados. Cada testículo tem 250 a 1.000 túbulos seminíferos que medem 150 a 250 μ.m de diâmetro e 30 a 70 cm de comprimento cada um, sendo o comprimento combinado dos túbulos de um testículo de aproximadamente 250 m. Os túbulos estão dispostos em alças, e suas extremidades se continuam com curtos tubos conhecidos por túbulos retos. Os túbulos retos conectam os túbulos seminíferos a um labirinto de canais anastomosados em forma de rede, revestidos por um epitélio simples pavimentoso ou cúbico, constituindo a rede testicular no mediastino do testículo. Em continuação, aproximadamente 10 a 20 duetos eferentes conectam a rede testicular ao início da porção seguinte do sistema de duetos - o dueto epididimário ou dueto do epidídimo (Figura 21.1). A parede dos túbulos seminíferos é formada por várias camadas de células denominadas epitélio germinativo ou epitélio seminífero (Figuras 21.2 e 21.3), o qual é envolvido por uma lâmina basal e por uma bainha de tecido conjun tivo (Figura 21.4). O tecido conjuntivo, por sua vez, é for mado por fibroblastos , e sua camada mais interna, aderida à l âmina basal, é formada por células mioides achatadas e contráteis e que têm características de células musculares lisas (Figuras 21.4, 21.5 e 21.6). As células intersticiais ou de Leyclig se situam nesse tecid o conjuntivo e ocupam a maior parte do espaço entre os túbulos seminíferos (Figuras 21.3, 21.4 e 21.5) . O epitélio seminífero é formado por duas populações distintas de células: as células de Sertoli e as células que constituem a linhagem espermatogênica (Figura 21.4). Essas duas populações têm morfologia, origem embrioló gica e funções bastante clistintas. A produção de espermatozoides é chamada espermatogênese, um processo que in clui divisão celular por mitose e meiose e é seguida pela díferen ciação final das células em espermatozoides, chamada espermiogênese. Epidídimo é no ducto epidídimo que ocorre a maturação dos espermatozóides, além disso, este ducto também armazena os espermatozóides e os conduzem ao ducto deferente através de movimentos peristálticos (contração muscular). Ductos deferentes têm a função armazenar os espermatozóides e de transporta-los em direção à uretra, além disso, ela ainda é responsável por reabsorver aqueles espermatozóides que não foram expelidos. Vesícula Seminal são glândulas responsáveis por secretar um fluído que tem a função de neutralizar a acidez da uretra masculina e da vagina, para que, desta forma, os espermatozóides não sejam neutralizados. Próstata é uma glândula masculina de tamanho similar a uma bola de golfe. É através da próstata que é secretado um líquido leitoso que possui aproximadamente 25% de sêmen. Pênis é através do pênis (uretra) que o sêmen é expelido. Além de servir de canal para ejaculação, é através deste órgão que a urina também é expelida. Uretra canal condutor que, no aspecto da reprodução, possui a função de conduzir e espelir o esperma durante o processo de ejaculação.