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SI M U LA D O – P O LÍ C IA F ED ER A L – A G EN TE 1 LÍNGUA PORTUGUESA 1 Leio que a ciência deu agora mais um passo definitivo. � É claro que o definitivo da ciência é transitório, e não por deficiência da ciência (é ciência demais), que se su- pera a si mesma a cada dia... Não indaguemos para que, 5 já que a própria ciência não o faz — o que, aliás, é a mais moderna forma de objetividade de que dispomos. � Mas vamos ao definitivo transitório. Os cientistas afir- mam que podem realmente construir agora a bomba limpa. � Sabemos todos que as bombas atômicas fabricadas 10 até hoje são sujas (aliás, imundas) porque, depois que explodem, deixam vagando pela atmosfera o já famoso e temido estrôncio 90. � Ora, isso é desagradável: pode mesmo acontecer que o próprio país que lançou a bomba venha a sofrer, 15 a longo prazo, as consequências mortíferas da proeza. O que é, sem dúvida, uma sujeira. � Pois bem, essas bombas indisciplinadas, mal- -educadas, serão em breve substituídas pelas bombas n, que cumprirão sua missão com lisura: destruirão 20 o inimigo, sem riscos para o atacante. Trata-se, por- tanto, de uma fabulosa conquista, não? Ferreira Gullar. Maravilha. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989, p. 109. No que se refere aos sentidos e às estruturas linguísti- cas do texto acima, julgue os itens a seguir. 1. A forma verbal “podem” (l.8) está empregada no senti- do de têm autorização. 2. A oração introduzida por “porque” (l.10) expressa a ra- zão de as bombas serem sujas. 3. Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto, a conjunção “e”, em “e não por deficiência da ciência” (l.2-3), poderia ser substituída por mas. 4. O objetivo do texto, de caráter predominantemente dis- sertativo, é informar o leitor a respeito do surgimento da “bomba limpa” (l.8). 5. Tendo a oração “que se supera a si mesma a cada dia” (l.3-4) caráter explicativo, o vocábulo “que” poderia ser corretamente substituído por pois ou porque, sem prejuízo do sentido original do período. 6. A visão do autor do texto a respeito das “bombas n” (l.17) é positiva, o que é confirmado pelo uso da pala- vra “lisura” (l.18) para se referir a esse tipo de bomba, em oposição ao emprego de palavras como “indisci- plinadas” (l.16) e “mal-educadas” (l.17) em referência às bombas que liberam “estrôncio 90” (l.11), estas sim consideradas desastrosas por atingirem indistintamen- te países considerados amigos e inimigos. 7. O emprego do acento nas palavras “ciência” e “transi- tório” justifica-se com base na mesma regra de acen- tuação. 1 Todos nós, homens e mulheres, adultos e jovens, passamos boa parte da vida tendo de optar entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Na realidade, entre o que consideramos bem e o que consideramos mal. 5 Apesar da longa permanência da questão, o que se considera certo e o que se considera errado muda ao longo da história e ao redor do globo terrestre. � Ainda hoje, em certos lugares, a previsão da pena de morte autoriza o Estado a matar em nome da justiça. 10 Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável e nem o Estado nem ninguém tem o direito de tirar a vida alheia. Tempos atrás era tido como legítimo espancarem-se mulheres e crianças, escravizarem-se povos. Hoje em dia, embora ainda se saiba de casos 15 de espancamento de mulheres e crianças, de traba- lho escravo, esses comportamentos são publicamente condenados na maior parte do mundo. � Mas a opção entre o certo e o errado não se coloca apenas na esfera de temas polêmicos que atraem os 20 holofotes da mídia. Muitas e muitas vezes é na solidão da consciência de cada um de nós, homens e mulheres, pequenos e grandes, que certo e errado se enfrentam. � E a ética é o domínio desse enfrentamento. Marisa Lajolo. Entre o bem e o mal. In: Histórias sobre a ética. 5.ª ed. São Paulo: Ática, 2008 (com adaptações). A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens que se seguem. 8. No texto, a expressão “pequenos e grandes” (l.22) não se refere a tamanho, podendo ser interpretada como equivalente à expressão “adultos e jovens” (l.1), ou seja, em referência a faixas etárias. 9. O trecho “Tempos atrás era tido como legítimo es- pancarem-se mulheres e crianças, escravizarem-se povos” (l.12-14) poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: Há tempos, considerava-se legítimo que se espancassem mulheres e crianças, que se es- cravizassem povos. 10. Infere-se do texto que algumas práticas sociais são ab- solutamente erradas, ainda que o conceito de certo e errado seja variável do ponto de vista social e histórico. 11. Dado o fato de que nem equivale a e não, a supressão da conjunção “e” empregada logo após “inviolável”, na linha 10, manteria a correção gramatical do texto. 12. Devido à presença do advérbio “apenas” (l.19), o pro- nome “se” (l.18) poderia ser deslocado para imediata- mente após a forma verbal “coloca” (l.17), da seguinte forma: coloca-se. 13. Sem prejuízo para o sentido original do texto, o trecho “esses comportamentos são publicamente condena- dos na maior parte do mundo” (l.16-17) poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: publicamen- te, esses comportamentos consideram-se condenados em quase todo o mundo. SIM U LA D O – P O LÍC IA FED ER A L – A G EN TE 2 14. No trecho “o que consideramos bem” (l.4), o vocábulo “que” classifica-se como pronome e exerce a função de complemento da forma verbal “consideramos”. 15. Infere-se do período “Mas a opção (...) da mídia” (l.18- 20) que nem todos “os temas polêmicos” recebem a atenção dos meios de comunicação. Em relação às correspondências oficiais, julgue os se- guintes itens. 16. O vocativo Prezado colega é adequado para compor um memorando, modalidade de comunicação entre uni- dades administrativas de um mesmo órgão, mas não um ofício, que se destina à comunicação externa. 17. A redação oficial caracteriza-se por uma linguagem con- trária à evolução da língua, uma vez que sua finalidade é comunicar com impessoalidade e máxima clareza. 18. As comunicações oficiais devem nortear-se pela unifor- midade, pois há sempre um único comunicador: o ser- viço público. 19. Os princípios da publicidade e da impessoalidade, que regem toda a administração pública, devem nortear a elaboração das comunicações oficiais. 20. Na elaboração das comunicações oficiais, deve-se empregar, sempre, o padrão culto da linguagem, admi- tindo-se o emprego dos jargões técnicos, mas não de regionalismos e gírias. NOÇÕES DE INFORMÁTICA A figura acima mostra uma janela do Word 2013 em um computador com o sistema operacional Windows 8. Com relação a essa figura e ao Word 2013, julgue os itens 1. Ao se aplicar um clique duplo em algum lugar da primei- ra linha de texto e clicar o botão abc , toda essa linha será apagada. 2. Ao se aplicar um clique triplo em qualquer lugar de uma das linhas do texto, todo o parágrafo correspon- dente será selecionado. Se, em seguida, for clicado o botão , todo o parágra- fo será sublinhado; ao se clicar novamente o mesmo botão, o sublinhado será retirado. A figura acima mostra uma janela do Excel 2013 em um computador com o sistema operacional Windows 8. A respeito dessa figura e do Excel 2013, julgue os itens subsequentes. 3. Para se selecionar as células de B1 a E1, é suficiente realizar a seguinte sequência de ações: clicar a célula B1, pressionar e manter pressionada a tecla , cli- car a célula E1. 4. Se o usuário clicar a célula F2, digitar =$B2+D$3e, em seguida teclar , o conteúdo da célula F2 será 31, a soma dos conteúdos das células B2 e D3. Se, em seguida, o usuário clicar a célula F2; pressionar e manter pressionada a tecla ; teclar a tecla , liberando em seguida a tecla ; clicar a célula G3; pressionar e manter pressionada a tecla ; teclar a tecla , liberando em seguida a tecla , a célula G3 passará a conter o número 50, soma dos conteúdos das células B3 e E3. A figura acima mostra uma janela do Google Chrome em um computador com o sistema operacional Windows 8. SI M U LA D O – P O LÍ C IA F ED ER A L – A G EN TE 3 Com relação à figura, ao Google Chrome e aos concei- tos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet, julgue os próximos itens. 5. O Facebook, sítio de serviço de rede de propriedade do governo dos Estados Unidos da América, permite a interação online entre pessoas. 6. Ao se clicar o botão , será iniciado um aplicativo online do Google, cuja função principal é a busca, na página, por elementos que ameacem a segurança do computador, tais como vírus de computador e spyware. 7. Ao se digitar uma palavra para busca no Google, e clicar o botão , serão apresentados links para várias páginas da Web que contenham a pala- vra digitada. Se, em vez de , for clicado o botão , irá aparecer como resultado apenas o link de uma página, que é escolhido de forma aleatória entre os resultados que seriam obtidos com a busca por meio da utilização do botão 8. Ao se clicar o botão , será iniciada uma página da Web cujo objetivo é o envio e o recebimento de men- sagens de correio eletrônico. RACIOCÍNIO LÓGICO Julgue os itens seguintes, acerca da proposição P: Quando acreditar que estou certo, não me importarei com a opinião dos outros. 1. A proposição P é logicamente equivalente a “Como não me importo com a opinião dos outros, acredito que esteja certo”. 2. Se a proposição “Acredito que estou certo” for verda- deira, então a veracidade da proposição P estará con- dicionada à veracidade da proposição “Não me impor- to com a opinião dos outros”. 3. Uma negação correta da proposição “Acredito que es- tou certo” seria “Acredito que não estou certo”. Uma pesquisa sobre o objeto de atividade de 600 em- presas apresentou o seguinte resultado: • 5 6 dessas empresas atuam no mercado de transporte fluvial de cargas; • 1 3 dessas empresas atuam no mercado de transporte fluvial de passageiros; • 50 dessas empresas não atuam com transporte flu- vial, nem de cargas, nem de passageiros; Com base nessa situação hipotética e sabendo-se que as 600 empresas pesquisadas se enquadram em, pelo menos, uma das 3 opções acima, julgue os itens a seguir. 4. A partir do resultado da pesquisa, é correto concluir que 1 4 dessas empresas atuam tanto no mercado de transporte fluvial de cargas quanto no de passageiros. 5. Selecionada, ao acaso, uma dessas empresas, a pro- babilidade de que ela não atue com transporte fluvial de cargas nem de passageiros é inferior a 10%. 6. O número de empresas que atuam somente no mer- cado de transporte fluvial de passageiros é superior ao número de empresas que não atuam com transporte fluvial, nem de cargas, nem de passageiros. NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO 1. O papel desempenhado pela lei de diretrizes orçamen- tárias é de fundamental importância para a integração entre o plano plurianual e o orçamento anual. 2. A LDO orienta a elaboração da LOA e auxilia na coe- rência entre o PPA e a LOA. 3. Uma notável modificação introduzida pela CF no pro- cesso orçamentário foi a integração entre plano e orça- mento, por meio da criação do plano plurianual (PPA) e da lei de diretrizes orçamentárias (LDO). 4. Uma obra cuja execução esteja limitada a um exercício financeiro poderá ser iniciada sem a sua prévia inclu- são no plano plurianual. 5. A fim de reduzir as desigualdades socioeconômicas entre as cinco regiões geográficas brasileiras, o PPA deve ser apresentado de forma regionalizada, neces- sariamente segundo o padrão tradicional de divisão re- gional: Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 6. Considere que os Poderes Executivo e Judiciário te- nham firmado convênio para expandir a presença da justiça no interior do país, em resposta ao aumento da criminalidade, ficando o Poder Executivo responsável pela construção de novas edificações para o funcio- namento conjunto de órgãos do Poder Judiciário e da defensoria pública. Nessa situação, apesar de o con- vênio ter sido firmado durante a vigência de um PPA que não previa essas despesas, cuja duração seria superior a um exercício financeiro, não é necessária a alteração imediata do PPA, bastando a inclusão desse novo item de gasto na LOA em vigência. 7. No que concerne à administração pública, julgue o pró- ximo item. O controle dos abusos contra o patrimônio público é uma das características almejadas pela administração pública burocrática. 8. A administração pública brasileira evoluiu muito no último século. Abandonou o patrimonialismo, embora ainda persistam alguns traços desse modelo, e cada vez mais o país se aproxima do gerencialismo. No que se refere à administração pública, julgue o item sub- secutivo. SIM U LA D O – P O LÍC IA FED ER A L – A G EN TE 4 Apesar de ainda estar vigente no Estado brasileiro, a administração pública burocrática é um modelo já ul- trapassado e, portanto, deve ser suplantado por com- pleto pelo modelo de administração pública gerencial, que tem por objetivo principal a efetividade das ações governamentais e das políticas públicas 9. A respeito do processo administrativo no âmbito da ad- ministração pública federal, julgue o item subsecutivo. Em processos administrativos, é obrigatória a intima- ção do envolvido, sob pena de nulidade do ato. 10. No que se refere à ética no serviço público, julgue os itens que se seguem. Considere a seguinte situação hipotética. O chefe de determinada repartição pediu a um subor- dinado, que estava de saída para comprar um lanche em estabelecimento localizado no próprio órgão, que fosse até o supermercado mais próximo comprar fral- das. Para agradar o chefe, o subordinado prontamente atendeu a solicitação. Nessa situação, o chefe não cometeu falta ética, pois o subordinado já estava de saída para satisfazer um interesse pessoal. NOÇÕES DE CONTABILIDADE 1. Ainda com relação à contabilidade geral, julgue o item abaixo. O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte maior patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais princípios fundamentais de contabilidade. 2. Ao avaliar um passivo, no caso de dúvidas acerca do valor de determinado item patrimonial, a empresa deve- rá registrar o maior valor obtido, contrariamente ao que ocorre na avaliação de ativos, em que deve ser registra- do o menor valor obtido. 3. Julgue o item abaixo, relativo a princípios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade. A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às varia- ções patrimoniais, devam ser feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável. 4. Julgue o item que se segue, a respeito dos princípios de contabilidade. Segundo o princípio da oportunidade, é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabili- dade da informação, pois a falta de integridade e tem- pestividade na produção e na divulgação da informa- ção contábil pode ocasionar a perda de sua relevância. 5. Julgue o item que se segue,a respeito dos princípios de contabilidade. De acordo com o princípio do registro do valor original, a atualização monetária não representa nova avalia- ção, mesmo gerando o ajustamento dos valores ori- ginais para determinada data, mediante aplicação de indexadores e outros elementos aptos a traduzir a va- riação do poder aquisitivo da moeda. 6. Com referência a conceitos básicos de contabilidade, julgue o item seguinte. A observância do princípio da continuidade é indispen- sável à correta aplicação do princípio da competência. 7. O Conselho Federal de Contabilidade e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis são responsáveis pela elaboração das normas contábeis comumente aceitas. Sobre essas normas, julgue o item que se segue. De acordo com o princípio da competência, todas as variações patrimoniais devem ser registradas de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. 8. O Conselho Federal de Contabilidade e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis são responsáveis pela elaboração das normas contábeis comumente aceitas. Sobre essas normas, julgue o item que se segue. O princípio do registro pelo valor original deve ser deter- minante, quando houver dúvida entre a sua aplicação e a aplicação do princípio da prudência. NOÇÕES DE ECONOMIA 1. O paradoxo de Giffen, que constitui uma exceção à regra geral da demanda, é consistente com a existên- cia de uma curva de demanda positivamente inclinada para determinados bens. 2. A demanda do consumidor é definida como a quanti- dade de bens e serviços que o consumidor está dis- posto a adquirir em determinado período de tempo. A demanda representa o desejo de comprar um bem, e não a sua efetiva realização. Enunciado para as questões 03 e 04: nos últimos anos, observou-se o crescimento substancial do mercado de produtos agrícolas orgânicos, impulsionado pela dis- seminação de hábitos de vida mais saudáveis. Quanto ao funcionamento desse mercado, julgue os itens. 3. Estudos científicos que mostram que os benefícios de exercícios físicos são potencializados pelo consumo de produtos orgânicos aumentam a quantidade de- mandada, porém, não alteram a posição da curva de demanda de mercado para esses bens. 4. Supondo-se que esses produtos sejam bens normais, o aumento na renda dos consumidores reduzirá o con- sumo, para qualquer nível de preço desses alimentos. 5. O gráfico que relaciona a demanda de determinado bem com o preço de outro bem, que seja substituto ou concorrente do primeiro, apresenta uma inclinação crescente. 6. A relação indireta entre o preço de um bem de consu- mo e o desejo de produzi-lo é verificada na curva de oferta. Isso decorre do fato de que, ceteris paribus, um aumento no preço de mercado do referido bem tende a aumentar a lucratividade das empresas, estimulando- -as a elevar a produção desse bem. SI M U LA D O – P O LÍ C IA F ED ER A L – A G EN TE 5 7. Um servidor recém-nomeado da ANTAQ foi testado pelo seu supervisor, que lhe pediu que desenhasse um gráfico da curva de oferta de transportes aquaviários, demonstrando uma elevação na quantidade ofertada decorrente do aumento de preço desse tipo de serviço. Nessa situação hipotética, para atender corretamente à solicitação recebida, o referido servidor deve apre- sentar um gráfico com deslocamento da curva de ofer- ta para a direita. 8. O preço de equilíbrio de mercado representa a intera- ção entre oferta e demanda. A corrência do preço de equilíbrio pressupõe que os agentes possuam perfeita informação sobre o mercado. 9. A curva de oferta pode se deslocar para a direita ou para a esquerda, de acordo com a influência exerci- da por fatores como mudanças no preço dos insumos, alterações tecnológicas e mudanças nas expectativa. Em casos de aumento do preço de insumos, essa cur- va se deslocará para a direita. 10. O preço de equilíbrio ocorre se a demanda e oferta são iguais, de forma que cada comprador disposto a pagar o preço encontre um vendedor disposto a vender ao mesmo preço. NOÇÕES DE DIREITO PENAL 1. O direito penal brasileiro não admite penas de bani- mento e de trabalhos forçados. 2. A ação de grupos armados civis contra o Estado demo- crático constitui crime insuscetível de graça ou anistia. 3. O princípio da legalidade é parâmetro fixador do conte- údo das normas penais incriminadoras, ou seja, os ti- pos penais de tal natureza somente podem ser criados por meio de lei em sentido estrito. 4. A extra-atividade da lei penal constitui exceção à regra geral de aplicação da lei vigente à época dos fatos. 5. Julgue os itens subsequentes, relativos à aplicação da lei penal e seus princípios. No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, a re- gra é a aplicação da lei apenas durante o seu período de vigência; a exceção é a extra-atividade da lei penal mais benéfica, que comporta duas espécies: a retroa- tividade e a ultra-atividade. 6. À luz das fontes do direito penal e considerando os princípios a ele aplicáveis, julgue o item abaixo. Segundo a jurisprudência do STF e do STJ, a apli- cação do princípio da insignificância no direito penal está condicionada ao atendimento, concomitante, dos seguintes requisitos: primariedade do agente, valor do objeto material da infração inferior a um salário míni- mo, não contribuição da vítima para a deflagração da ação criminosa, ausência de violência ou grave ame- aça à pessoa. 7. Somente mediante expressa manifestação pode o agente diplomático renunciar à imunidade diplomática, porquanto o instituto constitui causa pessoal de exclusão da pena. 8. Julgue o item seguinte, com relação ao tempo, à terri- torialidade e à extraterritorialidade da lei penal. A extraterritorialidade da lei penal condicionada e a da incondicionada têm como elemento comum a necessi- dade de ingresso do agente no território nacional. 9. Julgue o item seguinte, com relação ao tempo, à terri- torialidade e à extraterritorialidade da lei penal. Suponha que Leôncio tenha praticado crime de este- lionato na vigência de lei penal na qual fosse prevista, para esse crime, pena mínima de dois anos. Suponha, ainda, que, no transcorrer do processo, no momento da prolação da sentença, tenha entrado em vigor nova lei penal, mais gravosa, na qual fosse estabelecida a duplicação da pena mínima prevista para o referido crime. Nesse caso, é correto afirmar que ocorrerá a ultratividade da lei penal. 10. Julgue o item seguinte, com relação ao tempo, à terri- torialidade e à extraterritorialidade da lei penal. No delito continuado, a lei penal posterior, ainda que mais gravosa, aplica-se aos fatos anteriores à vigência da nova norma, desde que a cessação da atividade delituosa tenha ocorrido em momento posterior à en- trada em vigor da nova lei. NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL 1. O inquérito policial independe da ação penal instaurada para o processo e julgamento do mesmo fato criminoso, razão pela qual, tratando-se de delito de ação penal pública condicionada à representação, o inquérito policial poderá ser instaurado independentemente de representação da pessoa ofendida. 2. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denún- cia, a autoridade policial não poderá proceder a novas pesquisas se de outras provas tiver notícia, salvo com expressa autorização judicial. 3. No inquérito policial, o ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligên- cia, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 4. O término do inquérito policial é caracterizado pela elaboraçãode um relatório e por sua juntada pela autoridade policial responsável, que não pode, nesse relatório, indicar testemunhas que não tiverem sido in- quiridas. 5. No que se refere ao inquérito policial e à prova crimi- nal, julgue o item subsequente. É possível que, na falta de perito oficial, a prova peri- cial seja realizada por duas pessoas idôneas, portado- ras de diploma de curso superior, preferencialmente na área objeto do exame, nomeadas pelo juiz da causa. SIM U LA D O – P O LÍC IA FED ER A L – A G EN TE 6 6. Acerca das provas, das sentenças e dos princípios do direito processual penal, julgue o item a seguir. No processo penal, o momento adequado para a es- pecificação de provas pelo réu é a apresentação da resposta à acusação. Entretanto, isso não impede que, por ocasião de seu interrogatório, o réu indique outros meios de prova que deseje produzir. 7. Paulo e João foram surpreendidos nas dependências da Câmara dos Deputados quando subtraíam carteiras e celulares dos casacos e bolsas de pessoas que ali transitavam. Paulo tem dezessete anos e teve aces- so ao local por intermédio de João, que é servidor da Casa. Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir. Tendo sido surpreendidos em situação de flagrante impróprio, Paulo e João devem ser encaminhados à autoridade policial para a lavratura do auto de prisão, devendo o juiz ser comunicado, no prazo de 24 horas, para, se presentes os requisitos legais, convertê-la em prisão preventiva. 8. Acerca da prisão preventiva, julgue o item a seguir. A prisão preventiva subsidiária por descumprimento de medida cautelar anteriormente imposta somente pode- rá ser decretada para os crimes dolosos punidos com pena máxima privativa de liberdade superior a quatro anos, observados os demais requisitos normativos. NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO Acerca da organização da administração pública, jul- gue os itens seguintes. 1. A distribuição de competências entre os órgãos de uma mesma pessoa jurídica denomina-se desconcen- tração, podendo ocorrer em razão da matéria, da hie- rarquia ou por critério territorial. 2. Para a criação de entidades da administração indireta, como sociedades de economia mista, empresas públi- cas e organizações sociais, é necessária a edição de lei formal pelo Poder Legislativo. 3. As entidades administrativas, como as autarquias, são pessoas jurídicas de direito público interno, detentoras de autonomia política e financeira e de autorregulação. Acerca dos atos administrativos, julgue os itens a se- guir. 4. A competência, um dos requisitos do ato administra- tivo, é intransferível, sendo vedada a sua delegação. 5. A sanção do presidente da República é qualificada como ato administrativo em sentido estrito, ou seja, é uma manifestação de vontade da administração públi- ca no exercício de prerrogativas públicas, cujo fim ime- diato é a produção de efeitos jurídicos determinados. A respeito dos agentes públicos, julgue os próximos itens. 6. Um dos requisitos de acessibilidade aos cargos públi- cos é a nacionalidade brasileira, não sendo permitida, portanto, aos estrangeiros a ocupação de cargo na ad- ministração pública. 7. Os cargos em comissão, criados por lei, destinam-se somente às atribuições de direção, chefia e assesso- ramento. Em relação aos poderes da administração pública, jul- gue o item abaixo. 8. A edição de decretos está embasada no poder regula- mentar, exclusivo do chefe do Poder Executivo. A respeito de licitação, julgue os itens que se seguem. 9. Em atendimento ao princípio da vinculação ao instru- mento convocatório, o edital, caracterizado como a lei interna da licitação, vincula tanto a administração quan- to os licitantes. 10. Nos casos de inexigibilidade de licitação, ainda que seja possível a competição, a lei autoriza a não reali- zação de processo licitatório, com base em critérios de oportunidade e conveniência. No tocante ao controle da administração pública, julgue os itens subsecutivos. 11. O controle administrativo exercido com base na hierar- quia denomina-se supervisão ministerial. 12. A análise da prestação de contas de uma autarquia fe- deral pelo Tribunal de Contas da União é exemplo de controle posterior NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL A respeito dos direitos e garantias fundamentais, julgue os itens seguintes. 1. A lei que alterar o processo eleitoral deverá entrar em vigor na data de sua publicação, não se aplicando os seus dispositivos à eleição que ocorrer em até um ano da data de sua vigência. 2. Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica mediante o registro de seus estatutos no Tribunal Su- perior Eleitoral. 3. O direito fundamental à razoável duração do processo só pode ser exigido no âmbito judicial. 4. Às representações sindicais não é assegurado o direito de fiscalização do aproveitamento econômico de obras criadas por artistas a elas associados. 5. A Constituição assegura a proteção às participações in- dividuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive em atividades desportivas. SI M U LA D O – P O LÍ C IA F ED ER A L – A G EN TE 7 6. A CF garante o direito de propriedade intelectual e as- segura aos autores de inventos industriais privilégio permanente para a sua utilização, além de proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e outros signos distintivos, consi- derando o interesse social e o desenvolvimento tecno- lógico e econômico do Brasil. 7. A garantia ao direito de herança é um direito fundamen- tal, que não pode ser restringido pela legislação infra- constitucional. 8. Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização de suas obras, mas não o de reprodução delas. LEGISLAÇÃO ESPECIAL 1. À luz da lei dos crimes ambientais e do Estatuto do Desarmamento, julgue o item seguinte. Responderá pelo delito de omissão de cautela o pro- prietário ou o diretor responsável de empresa de segu- rança e transporte de valores que deixar de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal, nas primeiras vinte e quatro horas depois de ocorrido o fato, a perda de munição que esteja sob sua guarda. 2. Considere a seguinte situação hipotética. Alfredo, imputável, transportava em seu veículo um revólver de calibre 38, quando foi abordado em uma operação policial de trânsito. A diligência policial resul- tou na localização da arma, desmuniciada, embaixo do banco do motorista. Em um dos bolsos da mochila de Alfredo foram localizados 5 projéteis do mesmo cali- bre. Indagado a respeito, Alfredo declarou não possuir autorização legal para o porte da arma nem o respecti- vo certificado de registro. O fato foi apresentado à au- toridade policial competente. Nessa situação, caberá à autoridade somente a apre- ensão da arma e das munições e a imediata liberação de Alfredo, visto que, estando o armamento desmuni- ciado, não se caracteriza o crime de porte ilegal de arma de fogo. 3. Com base nas disposições do Estatuto do Desarma- mento, da Lei Maria da Penha, do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Estatuto do Idoso, julgue o item subsequente. De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui circunstância qualificadora do crime de posse ou porte de arma de fogo ou munição o fato de ser o agente reincidente em crimes previstos nesse estatuto. 4. Em estabelecimentos financeiros estaduais, a polícia militar poderá exercer o serviço de vigilância ostensi- va, desde que autorizada pelo governador estadual. 5. Ainda que se instale em cidade interiorana e apresente reduzida circulação financeira,a cooperativa singular de crédito estará obrigada a contratar vigilantes, inde- pendentemente de se provar que a contratação invia- bilizará economicamente a manutenção do estabele- cimento. 6. Julgue o item abaixo, com base nos dispositivos da Lei n. 7.102/1983. Os estabelecimentos financeiros estão autorizados a organizar e a executar seus próprios serviços de vigi- lância ostensiva e transporte de valores, desde que os sistemas de segurança empregados em tais atividades sejam auditados, anualmente, por empresas especia- lizadas. 7. No que tange à segurança de estabelecimentos fi- nanceiros, julgue o item abaixo, com base na Lei n. 7.102/1983. Em estabelecimentos financeiros estaduais, a polícia militar poderá exercer o serviço de vigilância ostensi- va, desde que autorizada pelo governador estadual. 8. Nenhum Estado soberano é obrigado a aceitar o in- gresso, em seu território, de pessoa que não mante- nha com ele vínculo político. Entretanto, no momento em que aceite o ingresso de indivíduo nessa condição, o Estado passa a ter, em relação a ele, deveres oriun- dos do direito internacional. Nesse contexto, a Lei n. 6.815/1980 (Estatuto do Estrangeiro) e diversos julga- dos do STF vêm normatizando os direitos e deveres dos estrangeiros em território nacional. Com relação a esse assunto, julgue o próximo item. Um imigrante e um turista recebem o mesmo tipo de visto para ingresso no país. 9. Com relação à legislação especial, julgue o item a seguir. Em caso de atitude suspeita, deixa o policial civil de praticar o crime de abuso de autoridade ao invadir domicílio na busca do estado de flagrância de crime permanente. 10. Os crimes de abuso de autoridade serão analisados perante o Juizado Especial Criminal da circunscrição onde os delitos ocorrera, salvo nos casos em que tive- rem sido praticados por policias militares. 11. Com referência às penas e à sua aplicação, julgue o seguinte item. Se um integrante de corporação policial militar for pro- cessado penalmente pela prática de tortura ao sub- meter agente preso por sua guarnição a sofrimento físico intenso com a intenção de obrigá-lo a delatar os comparsas, o julgamento do processo deverá ocorrer na justiça comum, e a eventual condenação implicará, automaticamente, a perda do cargo, função ou empre- go público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada, como efeito automático da condenação, dispensando-se motivação circunstan- ciada. 12. Julgue o item que se segue, acerca da legislação es- pecial criminal. O agente público que submeter pessoa presa a sofri- mento físico ou mental, ainda que por intermédio da prática de ato previsto em lei ou resultante de medida legal, praticará o crime de tortura. SIM U LA D O – P O LÍC IA FED ER A L – A G EN TE 8 13. Julgue o item a seguir, tendo como referência as dispo- sições da Lei n. 11.343/2006 (Lei Antidrogas), da Lei n. 10.826/2003 e suas alterações (Estatuto do Desarma- mento), e da Lei n. 8.069/1990 (ECA). Para a configuração do crime de corrupção de meno- res, previsto no ECA, não se faz necessária prova da efetiva corrupção do menor, uma vez que se trata de delito formal. 14. Com base na Lei n. 8.069/1990, julgue o item que se seguem. Conforme jurisprudência consolidada do STF e do STJ, para a configuração do crime de corrupção de menores, previsto na Lei n. 8.069/1990, são necessá- rias provas de que a participação na prática do crime efetivamente corrompeu o menor de dezoito anos de idade. No que concerne à tutela penal do meio ambiente, jul- gue os itens com base na jurisprudência dos tribunais superiores. 15. O agente que dolosamente promova a queimada de la- vouras e pastagens deve responder pela prática do de- lito de incêndio previsto na Lei dos Crimes Ambientais. 16. Segundo entendimento consolidado do STJ, não é possível a aplicação do princípio da insignificância aos tipos penais que tutelam a proteção ao meio ambiente, em razão da necessidade de proteção ao direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. 17. Entre as circunstâncias que atenuam a pena dos deli- tos previstos na Lei dos Crimes Ambientais incluem-se o baixo grau de instrução ou escolaridade do agente e o arrependimento do infrator, manifestado pela espon- tânea reparação do dano ou limitação significativa da degradação ambiental causada. 18. O valor pago em dinheiro à vítima ou à entidade públi- ca ou privada com fim social, em razão da aplicação da pena restritiva de direitos de prestação pecuniária, prevista na Lei dos Crimes Ambientais, não poderá ser deduzido do montante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator. 19. A prática de abuso e maus-tratos a animais, como feri-los ou mutilá-los, prevista na Lei dos Crimes Am- bientais, incide somente nas hipóteses em que o ani- mal seja silvestre, nativo ou exótico, sendo a conduta praticada em relação a animal doméstico configurada apenas como contravenção penal. GABARITO LÍNGUA PORTUGUESA 1. E 2. C 3. C 4. E 5. E 6. E 7. C 8. C 9. C 10. C 11. E 12. E 13. E 14. C 15. C 16. E 17. E 18. C 19. C 20. E NOÇÕES DE INFORMÁTICA 1. E 2. C 3. C 4. C 5. E 6. E 7. E 8. E RACIOCÍNIO LÓGICO 1. E 2. C 3. E 4. C 5. C 6. E NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO 1. C 2. C 3. C 4. C 5. E 6. E 7. C 8. E 9. C 10. E SI M U LA D O – P O LÍ C IA F ED ER A L – A G EN TE 9 NOÇÕES DE CONTABILIDADE 1. E 2. C 3. C 4. C 5. C 6. C 7. E 8. C NOÇÕES DE ECONOMIA 1. C 2. C 3. E 4. E 5. C 6. E 7. E 8. C 9. E 10. C NOÇÕES DE DIREITO PENAL 1. C 2. E 3. C 4. C 5. C 6. E 7. E 8. E 9. C 10. C NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL 1. E 2. E 3. C 4. E 5. C 6. C 7. E 8. E NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 1. C 2. E 3. E 4. E 5. E 6. E 7. C 8. C 9. C 10. E 11. E 12. C NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 1. C 2. E 3. E 4. E 5. C 6. C 7. C 8. E LEGISLAÇÃO ESPECIAL 1. C 2. E 3. E 4. C 5. E 6. E 7. C 8. E 9. E 10. E 11. C 12. E 13. C 14. E 15. E 16. E 17. C 18. E 19. E
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