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Dislexia: conceito, causas e tipos

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Universidade Estadual de Montes Claros- UNIMONTES
Pró-Reitoria de Ensino – Coordenadoria de Ensino Superior
Centro de Ciências Humanas – CCH
Campus de Brasília de Minas – Curso de Pedagogia
Disciplina: Educação Inclusiva/Especial
	
DISLEXIA
Conceito
A dislexia é considerada um distúrbio que afeta crianças, adolescentes e adultos em diferentes níveis educacionais, dificultando o processo de aquisição de leitura e escrita. De acordo com Fonseca (2011) o conceito básico de dislexia expressa “dificuldade da fala ou da dicção”. Do ponto de vista comportamental, a dislexia distingue-se por dificuldades no reconhecimento correto de palavras e na capacidade de decodificá-las. Entende-se que para que haja uma definição de estratégias e de intervenção por parte do professor, é de extrema importância à realização do diagnóstico e da avaliação da dislexia, sendo que a partir de dados específicos o educador dará um encaminhamento mais específico nas atividades apoiadas com ênfase na leitura e na escrita. De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de 0,5% a 17% da população mundial, pode manifestar-se em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta. A causa do distúrbio é uma alteração cromossômica hereditária, o que explica a ocorrência em pessoas da mesma família. Pesquisas recentes mostram que a dislexia pode estar relacionada com a produção excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da criança.
O diagnóstico do distúrbio é feito por exclusão, em geral por equipe multidisciplinar (médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista). Antes de afirmar que uma pessoa é disléxica, é preciso descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada, problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem. É de extrema importância estabelecer o diagnóstico precoce para evitar que sejam atribuídos aos portadores do transtorno rótulos depreciativos, com reflexos negativos sobre sua auto-estima e projeto de vida.
Figueira (2012) analisa que é comum ouvir, quando se trata do tema dislexia, correlacionada com a palavra doença. Atualmente é um termo equivocado, pois na realidade trata-se de uma dificuldade, um distúrbio de ordem congênita hereditária. Vale ressaltar que a dislexia não tem cura, a criança disléxica pode ter um acompanhamento profissional, mas que não visa sua cura e sim fornece meios para que ela possa caminhar com as próprias pernas.
Os disléxicos recebem informações em uma área diferente do cérebro, portanto o cérebro dos disléxicos é normal. Infelizmente essas informações em áreas diferentes resultam de falhas nas conexões cerebrais. O resultado é que devido a essas falhas no processo de leitura, eles têm dificuldades de aprender a ler, escrever, soletrar, pois é difícil assimilarem as palavras. Moura (2013) explica ainda que detectar o distúrbio da dislexia não é uma tarefa fácil. Há alguns sinais e sintomas que podem indicar a presença da dislexia desde cedo, mas um diagnóstico preciso só é possível a partir do momento que a escrita e a leitura são apresentadas formalmente à criança. […]
Principais causas da dislexia 
A maioria dos estudiosos concordam com a origem multifatorial da dislexia, ou seja, com a ideia que suas causas podem ser genéticas e ambientais. Na prática, quem não tem dislexia utiliza três áreas do cérebro enquanto está lendo. A primeira faz a identificação das letras, a segunda parte faz com que entendamos o significado da palavra. Por fim, uma terceira área processa todas essas informações. Em uma pessoa com dislexia, as duas primeiras áreas são menos ativas. Em compensação, a parte frontal é obrigada a trabalhar mais e até o lado direito do cérebro é ativado.
As causas mais comuns de dislexia são de:
•Origem neurobiológica
•Alterações cerebrais: mau funcionamento, atraso no amadurecimento do sistema nervoso central, ou falha na comunicação entre os neurônios, o que dificulta as funções de coordenação. 
•Perturbações no parto ou início da vida.
Principais tipos de classificação 
Dislexia visual ou diseidética: dificuldades em diferenciar os lados direito e esquerdo, erros na leitura devido à má visualização das palavras. 
Dislexia auditiva ou disfónetica: ocorre devido a carência de percepção dos sons, o que também acarreta dificuldades com a fala. A sua principal característica é a dificuldade de integração grafema (letra), fonema (som).
Dislexia mista ou visuauditiva: é a união de dois ou mais tipos de dislexia. Com isso, o portador poderá ter, por exemplo, dificuldades visuais e auditivas ao mesmo tempo.
Dislexia adquirida: dificuldades na leitura e na escrita são explicadas pelo deterioramento das áreas do cérebro responsável por essas atividades.
Dislexia superficial: erros de omissão, substituição e adição de letras. Os portadores desse tipo de dislexia apresentam maior dificuldade com ortografia, pois, guiam-se pela informação auditiva.
Dislexia fonológica: nesse tipo de dislexia, o portador faz uma leitura visual das palavras. Elas são observadas de global. O portador da dislexia fonológica pode ler “casa” em vez de “caso”, ou seja, a pessoa adivinha a palavra em vez de ler. 
Características da dislexia na infância
Dispersão
Falta de atenção
Atraso da fala e linguagem
Atraso na coordenação motora
Falta de interesse por livros.
Características da dislexia na idade escolar
Dificuldade na aquisição e automatização da leitura e escrita
Desatenção
Dispersão
Dificuldade em copiar de livros e lousa
Desorganização geral (dificuldade em manusear mapas, dicionários)
Dificuldade em ler em voz alta e compreender aquilo que foi lido
Baixa estima
Dificuldade para soletrar 
Leitura silabada
A criança não entende o que ouve
Problemas para associar os fonemas às letras e sílabas
A criança não gosta de ler, especialmente se é em voz alta
A escrita é lenta e desordenada
Inversão, diminuição ou acréscimo de letras às palavras (disgrafia) 
Dificuldade de decorar a tabuada, reconhecer símbolos e conceitos matemáticos (discalculia) 
Omissão ou adição de letras e sílabas (ex: famosa-fama; casaco-casa; livro-livo; batata-bata; biblioteca/bioteca) 
Confusão e dificuldades na descodificação de letras ou sílabas (o-u; p-t; b-v; s-ss-ç; s-z; f-t; m-n; f-v; g-j; ch-x; x-z-j; nh-lh-ch; ão-am; ão-ou; ou-on; au-ao; ai-ia; per-pre. 
Confusão entre letras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço (b-d; d-p; b-q; d-q; n-u, a-e;…);
Substituição de palavras por outras de estrutura similar durante a leitura, porém com significado diferente (saltou-salvou; cúbico-bicudo;…) e/ou substituição de palavras inteiras por outras semanticamente vizinhas (cão-gato; bonito-lindo; carro-automóvel)
Como ajudar um disléxico?
Incentivar suas conquistas 
Adequar o material pedagógico,de forma que atenda suas necessidades e valorize seus aspectos fortes.
Permitir o uso de gravadores uma vez que o dialético não consegue ouvir e escrever ao mesmo tempo,proporcionando maior segurança e tranquilidade no momento de realizar a atividade de casa.
 Utilizar -se de apoio visual comi suporte para leitura e atividades. 
Ensinar a sintetizar por meio de palavras ou desenhos o conteúdo que lhe foi exposto. 
As avaliações devem ser feitas oralmente sempre que possível. 
Prever mais tempo para execução de tarefas , atividades e avaliações - este recurso não é opcional faz parte de Deus direitos.
Procurar um lugar tranquilo para que ele consiga fazer avaliações, pois qualquer barulho pode distraí -lo.
É importante que as crianças sejam expostas com mais intensidade à leitura para armazenar as formas ortográficas
 Provas escritas de caráter operatório,contendo questões objetivas a dissertativas, realizadas individualmente. 
Atividades práticas ,tais como trabalhos variados,produzidos e apresentados através de diferentes expressões e linguagens, envolvendo estudo , pesquisa, criatividadee experiências práticas realizados individualmente ou em grupo, intra ou extraclasse. 
Ajudar no comportamento correto, tendo por base os valores e as atitudes identificados nos objetivos da escola (solidariedade, participação, responsabilidade, disciplina e ética).
Recursos 
Jogos com sons 
Jogo da memória
Alfabeto móvel 
Troca letras
Rimas/ Poemas
Jogo dos 7 erros
Figura e fundo
Caça-palavras 
Jogos pra identificar: grande, pequeno; alto, baixo; esquerda, direita
Conclusão 
Diante de todas as discussões conclui-se que a dislexia é tida como um distúrbio que provoca dificuldades na aprendizagem da leitura e escrita, produzidas em bases neurológicas, além de fatores genéticos ou adquiridos. Não se caracterizando como uma doença no meio científico. É fator de estudos científicos que quanto mais cedo for diagnosticada a Dislexia, maiores serão os resultados eficazes dos tratamentos e das estratégias de ações voltadas para este indivíduo. Mesmo com dificuldades de aprendizagem de escrita e de leitura, os disléxicos apresentam um grau de inteligência normal ou até mesmo acima da média.
Para que haja um trabalho pedagógico que se aproxime ao máximo da necessidade do aluno disléxico, é importante que o educador tenha os conhecimentos essenciais para os diagnósticos, para que os diferentes tipos de transtornos de aprendizagem possam ser trabalhados estrategicamente e que a construção do conhecimento também seja motivada precocemente, subsidiando progressos efusivos do educando e na relação de seus familiares.
Fica evidente que cabe ao educador e equipe pedagógica apresentar intervenções que criem situações desafiadoras provocando o interesse pela aprendizagem, esboçando também a oportunidade do desenvolvimento da autonomia do aluno, sua independência e estímulo para a busca de resolução de problema e que saiba lidar com as possibilidades de frustração.
REFERÊNCIAS
FIGUEIRA, Guilherme Luiz Mascarenhas. Um olhar psicopedagógico sobre a dislexia. Especialização em Psicopedagogia. Universidade Cândido Mendes. Niterói: RJ. 2012. Disponível em: http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/N204682.pdf. Acesso em 26/06/18.
FONSECA, Rosamaria Maria Reboredo Martins da. O desenvolvimento da competência linguística na Dislexia. Especialização em Psicopedagogia Institucional. Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro: RJ. 2011. Disponível em: http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/G200735.pdf. Acesso em: 26/06/18.
MOURA, Suzana Paula Pedreira Tavares de. A dislexia e os desafios pedagógicos. Especialização em Orientação Educacional e Pedagógica. Universidade Cândido Mendes. Niterói: RJ. 2013. Disponível em: http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/N205864.pdf. Acesso em: 26/06/18

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