Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Art. 22 – COAÇÃO IRRESISTÍVEL E OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA 1) É causa de exclusão da culpabilidade o fato de a conduta ser praticada por meio de coação física irresistível. 2) A coação física absoluta é causa de exclusão da culpabilidade. 3) A coação física irresistível afasta a tipicidade, excluindo o crime. 4) Considera-se causa de exclusão da culpabilidade a coação moral resistível. 5) A coação irresistível pode ser física, fato que opera a exclusão do crime, ou moral, fato que opera a isenção da pena. 6) Considera-se causa de exclusão da culpabilidade a coação física. 7) Caso o fato seja cometido em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, não serão puníveis o agente que obedeceu nem o autor da coação ou da ordem. Gabarito: 1E – 2E – 3C – 4E – 5C – 6E – 7E EXCLUDENTES DE ILICITUDE 8) O furto famélico configura estado de necessidade. 9) Um agente de polícia federal, em serviço, que atira e mata um suspeito, que anteriormente havia efetuado disparos de arma de fogo em sua direção, comete fato típico, entretanto opera-se uma excludente de antijuricidade, denominada estrito cumprimento do dever legal, ocasionando a exclusão do crime, em se tratando do conceito analítico finalístico tripartido. 10) O estado de necessidade é caracterizado quando alguém pratica um fato definido como crime para salvar de perigo atual, que tenha provocado por sua vontade, direito próprio ou alheio. 11) Em uma situação hipotética, um assaltante atirou em um policial que, na Legítima Defesa, atirou na direção do assaltante para conter a sua conduta. Acidentalmente, o policial acertou um terceiro, inocente, que veio a falecer. Nesta situação hipotética, a Legítima Defesa continua caracterizada. 12) Em uma parada para verificação, um policial abordou um lutador de MMA, este, por sua vez, não gostou da abordagem, e partiu em direção ao policial para agredi-lo, então, entraram em luta corporal. O policial, por sua vez, sacou a arma e efetuou um disparo, que acertou a mão do lutador, cessando a agressão. No entanto, o policial decidiu efetuar vários outros disparos causando a morte do lutador. Nesta situação, pode-se afirmar que na legítima defesa, pode ocorrer excesso doloso, nos termos do código Penal. 13) Em regra, o fato típico não será antijurídico se for provado que o agente praticou a conduta acobertada por uma causa de exclusão de antijuridicidade. 14) O médico que, sabendo que sua amante, grávida de um filho seu, corre risco de morrer em decorrência de complicações da gravidez, a submete a aborto, com o intuito de evitar que sua esposa tome conhecimento da gravidez, age em estado de necessidade justificante. 15) Age em legítima defesa o autor de furto que, surpreendido pelo proprietário do imóvel por ele invadido, provoca-lhe lesões corporais ao se defender, com os próprios punhos, de agressão física consistente em golpe de imobilização. Gabarito: 8C – 9E – 10E – 11C – 12C – 13C – 14E – 15E 2 ART. 26 – IMPUTABILIDADE 16) O agente que, por exame pericial oficial, for reconhecido como inimputável não poderá ser submetido a medida de segurança porque é isento de pena. 17) É isento de pena o agente que, por embriaguez voluntária completa, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. 18) A embriaguez completa pode dar causa à exclusão da imputabilidade penal, mas não descaracteriza a ilicitude do fato. 19) Se uma pessoa, de forma voluntária, embriagar- se completamente com o objetivo de matar seu desafeto e, no instante do ato, estiver incapaz de entender o caráter ilícito do fato, estará, por essa razão, isenta de pena. 20) Considere que Bartolomeu, penalmente capaz e mentalmente são, tenha praticado ato típico e antijurídico, em estado de absoluta inconsciência, em razão de estar voluntariamente sob a influência de álcool. Nessa situação, Bartolomeu será apenado normalmente, por força da teoria da “actio libera in causa.” 21) Como regra, o Código Penal Brasileiro adotou o sistema biológico para classificar os inimputáveis. Gabarito: 16E – 17E – 18C – 19E – 20C – 21E Art. 29 – CONCURSO DE PESSOAS 22) Caso um indivíduo obtenha de um amigo, por empréstimo, uma arma de fogo, dando-lhe ciência de sua intenção de utilizá-la para matar outrem, o amigo que emprestar a arma será considerado partícipe do homicídio se o referido indivíduo cometer o crime pretendido, ainda que este não utilize tal arma para fazê-lo e que o amigo não o estimule a praticá-lo. 23) Em relação ao concurso de pessoas, o CP adota a teoria monista, segundo a qual todos os que contribuem para a prática de uma mesma infração penal cometem um único crime, distinguindo-se, entretanto, os autores do delito dos partícipes. 24) No concurso de pessoas, a caracterização da coautoria fica condicionada, entre outros requisitos, ao prévio ajuste entre os agentes e à necessidade da prática de idêntico ato executivo e crime. 25) Tratando-se de concurso de agentes, quando comprovada a vontade de um dos autores do fato em participar de crime menos grave, a pena será diminuída até a metade, na hipótese de o resultado mais grave ter sido previsível, não podendo, contudo, ser inferior ao mínimo da pena cominada ao crime efetivamente praticado. 26) Considere que Joana, penalmente imputável, tenha determinado a Francisco, também imputável, que desse uma surra em Maria e que Francisco, por questões pessoais, tenha matado Maria. Nessa situação, Francisco e Joana deverão responder pela prática do delito de homicídio, podendo Joana beneficiar-se de causa de diminuição de pena. Gabarito: 22E – 23C – 24E – 25E – 26E ART. 30 ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS 27) As circunstâncias e as condições de caráter pessoal não se comunicam ao corréu quando forem elementares do crime. 28) As circunstâncias objetivas se comunicam, desde que o partícipe tenha conhecimento delas. 29) Não se comunicam as circunstâncias e condições de caráter pessoal, ainda que elementares do crime. 30) As circunstâncias subjetivas nunca se comunicam. 3 31) As elementares objetivas sempre se comunicam, ainda que o partícipe não tenha conhecimento delas. Gabarito:27E – 28C – 29E –30C – 31E CONCURSO DE CRIMES (69-70-71) 32) Havendo concurso formal de delitos, em que o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicar-se-á a pena privativa de liberdade mais grave, ou, se as penas forem iguais, aplicar-se- á apenas uma delas, majorada, em qualquer caso, de um sexto até metade, sem prejuízo de eventual cumulação de penas, nas situações em que a ação ou a omissão for dolosa, e os crimes resultarem de desígnios autônomos. 33) No caso de concurso material de delitos, quando os crimes forem praticados, mediante mais de uma ação ou omissão, e resultarem na aplicação cumulativa de penas de reclusão e detenção, o agente deverá cumprir, primeiramente, a pena de detenção. 34) Plínio praticou um crime de latrocínio (previsto no art. 157, § 3.º, parte final, do CP) no qual houve uma única subtração patrimonial, com desígnios autônomos e comdois resultados mortes (vítimas). Nessa situação, Plínio praticou o crime de latrocínio em concurso formal impróprio, disposto no art. 70,caput, parte final, do CP, no qual se aplica a regra do concurso material, de forma que as penas devem ser aplicadas cumulativamente. 35) Túlio, em um mesmo contexto fático, praticou, com uma menor impúbere de treze anos de idade, sexo oral (felação), além de cópula anal e conjunção carnal. Nessa situação, Túlio perpetrou o crime de estupro de vulnerável em concurso material. 36) Situação hipotética: Tales foi preso em flagrante delito quando transportava, sem autorização legal ou regulamentar, dois revólveres de calibre 38 desmuniciados e com numerações raspadas. Assertiva: A apreensão das armas de fogo configurou concurso formal de crimes. Gabarito: 32C - 33E – 34C – 35E – 36E LEI PENAL NO ESPAÇO 37) Consideram-se como extensão do território brasileiro as embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras mercantes ou de propriedade privada, onde quer que se encontrem. 38) Caso, a bordo de embarcação privada, em alto- mar, de propriedade de uma organização não governamental que ostente bandeira de país onde o aborto seja legalizado, um médico brasileiro provoque aborto em uma gestante brasileira, com seu consentimento, ambos responderão pelo crime de aborto previsto na lei penal brasileira. 39) Considera-se ocorrido o crime somente no lugar onde tenha ocorrido o resultado ilícito almejado pelo agente, embora a ação ou a omissão tenha se dado em local diverso . 40) Dado o princípio da extraterritorialidade incondicionada, estará sujeito à jurisdição brasileira aquele que praticar, a bordo de navio a serviço do governo brasileiro em águas territoriais argentinas, crime contra o patrimônio da União. Fora de ordem - deve ser colocada com as questões que não tem referencia de banca e ano. Gabarito: 37E – 38E – 39E – 40E
Compartilhar