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AGLOMERANTES Profa. Andréa Corrêa 1 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL I GNE 276 TURMAS 31AB e 31IJ II SEMESTRE 2017 Conteúdo aglomerantes 1. Introdução 2. Evolução e importância dos materiais de construção 3. Conceitos 4. Tipos 5. Cimento conceitos obtenção 6. Propriedades gerais dos materiais Atividade Prática - I AC 2 1. Introdução parâmetros ESTÉTICOS TÉCNICOS ECONÔMICOS + AMBIENTAIS escolha do material “ MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS ” 3 matérias primas abundantes na natureza e “renováveis” em condições de aproveitamento econômico 1. Introdução padronização NBR características dos materiais avaliação das propriedades qualidade proteção à saúde... Estéticos Econômicos critérios 4 Técnicos planejamento fabricação transporte aplicação conservação preço em função da qualidade e da quantidade custo da execução: mão de obra materiais equipamentos custo do produto cor, textura e forma Ambientais legislação sustentabilidade 1. Introdução Memorial descritivo detalhamento dos serviços CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO materiais e especificações 5 MÃO DE OBRA MATERIAIS EQUIPAMENTOS Composição de custos Tempo da obra TCPO - Tabela de Composições e Preços para Orçamentos PINI e: R$499,00 Por: R$429,00 em até 4x de R$107,25 Tabela de Custos para Obras Novas (assinatura anual) Relatório sintético em PAPEL atualizado mensal/ R$1.440,00 em até 5x deR$288,00 1. Introdução história 7 1. Evolução e importância Pedra Madeira “Barro” história 8 2. Evolução e importância Grande Muralha da China - séc. VII a.C Coliseu em ROMA 68-79 d.C. PATRIMÔNIOS MUNDIAIS da UNESCO As muralhas da Babilônia (Iraque) reconstruídas com a técnica e o mesmo material utilizado na antiguidade. 2. Evolução e importância 9 Mesquita de Djenné MALI ano 1280 PATRIMÔNIOS MUNDIAIS da UNESCO Cidade de Shibam Iêmem - “Manhattan do Deserto” séc II d. C. 2. Evolução e importância 10 Cidade Arg - é Bam Irã 500 a.C. a maior estrutura do mundo em adobe PATRIMÔNIOS MUNDIAIS da UNESCO ORIGEM PROPRIEDADES 2. Evolução e importância materiais de construção APLICAÇÃO ADEQUADA FUTURO ENGENHEIRO 11 conhecimento 3. Conceitos aglomerantes em geral 12 fixa e aglomera materiais entre si é elemento “ativo” quando entra na composição de pastas, argamassas e concretos “ligante”- promove a união maior coesão, resistência e durabilidade orgânicos e inorgânicos 3. Conceitos grandes grupos 13 Orgânicos A. Termoplásticos (remoldáveis) B. Termofixos ou químicos polímeros: derivados do carbono ex: betumes e resinas Inorgânicos minerais pulverulentos + água endurece por simples secagem ou por reações químicas composição básica: sílica, calcário e alumínio ex: cimento, cal, gesso e argila 3. Conceitos grandes grupos 14 Quimicamente “inertes” ou pouco reativos Quimicamente ativos ou reativos Termoplásticos “Argila” Aéreos Hidráulicos Termofixos ou Químicos 3. Conceitos 15 Bauer, pag.33 16 orgânicos - derivados do Carbono Termoplásticos Termofixos ou químicos C a ra c te rí s ti c a s polímeros (plásticos e borrachas) calor para deformação maleável na fabricação endurecimento por resfriamento e evaporação do solvente endurecimento por reação química remoldáveis e reaquecidos não perdem suas propriedades não é remoldável plásticos (exceção para o S- enxofre que é atacado por álcalis) infusíveis e insolúveis em solventes comuns resistem à ação da água, dos ácidos e dos álcalis resistem à ação da água e dos álcalis NÃO resistem à ação dos ácidos 3. Conceitos 17 orgânicos - derivados do Carbono Termoplásticos Termofixos ou químicos E x e m p lo s Asfalto Furan C4H4O: pó + líquido 2:1 revestimentos assentamento e rejunte cimento asfáltico (CAP) uso em concretos asfálticos Cimento fenólico (resinas fenólicas) revestimentos assentamento e rejunte emulsões asfálticas (EAP) impermeabilização asfalto líquido (ADP) impermeabilização Resina epoxi revestimentos excelente adesivo reparo de concretos Enxofre (S) cimentos resistentes a ácidos 3. Conceitos aglomerantes minerais 18 AGLOMERANTE ÁGUA PASTA ou NATA AGLOMERANTE ÁGUA ARGAMASSA AGREGADO MIÚDO AGLOMERANTE ÁGUA CONCRETO AGREGADOS MIÚDO + GRAÚDO + = + + + + 3. Conceitos “agregados” resistência aos esforços mecânicos e economia granulometria e formato dos grãos esféricos - aderência – água pontiagudos + aderência + água aglomerantes minerais 19 Aéreos material rígido que conserva suas propriedades na presença do ar e dissolve na água 3. Conceitos Hidráulicos material rígido que conserva suas propriedades na presença do ar e não dissolve na água secagem com o ar seu endurecimento ocorre em contato com água Argila aglomerantes minerais 20 pouco reativos 3. Conceitos reativos “argila” Aéreos simples Hidráulicos simples compostos mistos com adições SIMPLES um produto + pequenas adições (5%) de outros componentes COM ADIÇÃO aglomerante simples + quantidades superiores propriedades especiais como menor permeabilidade menor calor de hidratação menor retração COMPOSTOS custo de produção mais baixo propriedades específicas qto. ao tempo de endurecimento da pasta mistura de subprodutos industriais ou de baixo custo + aglomerante MISTOS combinação de 2 aglomerantes aglomerantes minerais 21 Qto. à composição 3. Conceitos 22 4. Tipos aglomerantes minerais reativos Hidráulicos Cimento Cal hidráulica CaO Cal pozolânica Ca (OH)2 cal hidratada + cinza vulcânica Cal metalúrgica Ca (OH)2 cal hidráulica + escória metalúrgica França: “cimento” para alvenaria Aéreos Cal hidratada CaO; CaO + MgO Gesso CaSO4 Keene CaSO4 Cimento magnesiano ou Magnésia Sorel MgO+ MgCl2 introdução 23 5. Cimento Calcário + Cinza pozolânica (Opus caementicium) Pozolana (do italiano pozzolana ou pozzuolana) rocha de origem vulcânica nome derivado da localidade italiana de Pozzuoli, nas imediações do Vesúvio, onde é encontrada em cinzas vulcânicas - cinzas pozolânicasAtual: pozolanas artificiais são as cinzas volantes - pó mineral fino resultante da queima do carvão história 1824: escocês Joseph Aspdin - cimento “Portland” solicitação de patente: “O barro ou cascalho das ruas devem ser revestidas com pedra calcária, ou, se este material não puder ser obtido em quantidade suficiente, a pedra calcária calcinada tem que ser mesclada com uma quantidade determinada de argila e amassada com água por meio de trabalho manual ou com auxílio de uma máquina, até ser reduzida a uma massa impalpável. A pasta deve ser deixada para secar e, após se romper em pedaços, deve ser aquecida em um forno de cal, até que se esgote todo o ácido carbônico. O produto se reduz depois a pó com cascalhos e argamassas, estando pronto para o uso”. . 1828: I FÁBRICA DE CIMENTO Aspdin & Beverly Patent Portland Cement Manufacturers 76 anos (1779-1855) 5. Cimento procedimentos totalmente empíricos Em 1824, o construtor inglês Joseph Aspdin queimou conjuntamente pedras calcárias e argila, transformando-as num pó fino. funcionou até 1892 25 ILHA DE PORTLAND produção ocupa o 3º lugar em emissão de CO2 na atmosfera para 1 tonelada de cimento produzido são gerados + de 600 kg de CO2 para lavar um caminhão de concreto gasta-se 1000 litros de água seu resíduo é muito alcalino e agressivo a vidas aquáticas (INDUSTRY AND ENVIRONNEMENT,1996) 5. Cimento introdução 27 5. Cimento Construção civil é o setor que + consome materiais no mundo: 40 à 75% Cimento é o 2º. material + consumido no mundo BRASIL: 1.7 % da produção mundial de cimento a cadeia de produção necessária para a obtenção do cimento consome 1/3 dos recursos naturais do planeta conceitos 28 5. Cimento Complexa mistura de materiais inorgânicos Calcário + Argila = Clínquer + adições + água = REAÇÃO QUÍMICA pasta que endurece é um “aglomerante hidráulico resultante da mistura homogênea de clínquer Portland, gesso e adições normalizadas finamente moídos” 29 Aglomerante hidráulico pulverulento composto por silicatos e aluminatos de cálcio que hidratados endurecem com aumento da resistência mecânica 5. Cimento cimento portland ~75% ~25% 5% componentes essenciais cal + sílica + alumina + óxido de ferro = 95% do cimento obtenção 30 5. Cimentos 31 5. Cimento obtenção 32 5. Cimento matéria prima: 25% de argila e 75% de calcário homogeneizados processos de homogeneização cozimento em fornos horizontais giratórios à ~ 1450ºC para transformação em pasta 450-500ºC redução de água na pasta e água de combinação na argila 850ºC o calcário decompõe-se e transforma em óxido de cálcio CaO e dióxido de carbono CO2 CLíNQUER + GESSO = CIMENTO PORTLAND obtenção 33 5. Cimento 900- 950ºC a argila dissocia-se e a sílica e a alumina fixam a cal viva e obtêm-se os silicatos e aluminatos de cálcio 1450ºC fixação total da cal clínquer é moído adição de uma pequena quantidade de gesso (SO4Ca, 2H2O) para regularizar a “pega” do cimento adições 34 principais matérias-primas misturadas ao clínquer na fase de moagem Gesso: retarda a pega Escórias de alto-forno obtidas durante o processo de fabricação de ferro-gusa maior resistência a ataques químicos redução do calor de hidratação 5. Cimento adições 35 principais matérias-primas misturadas ao clínquer na fase de moagem (cont.) Materiais pozolânicos (rochas vulcânicas) rochas vulcânicas ou matérias orgânicas fossilizadas, certos tipos de argilas queimadas (550 ºC a 900 ºC) e derivados da queima de carvão mineral impermeabilidade aos concretos e argamassas Materiais carbonáticos: filler calcário rochas com presença de carbonato de cálcio moídas concreto e as argamassas mais trabalháveis 5. Cimento obtenção 36 5. Cimento clínquer nódulos de cor cinzenta com pequenas dimensões composição: 42 a 60% Silicato Tricálcico C3S → SiO2, 3CaO resistência inicial até o final do 1º. mês de cura e em todas as idades 14 a 35% Silicato Bicálcico C2S → SiO2, 2CaO resistência após 1ᵒ ano 6 a 13% Aluminato de Cálcio C3A → Al2O3, 3CaO resistência no 1ᵒ dia e calor de hidratação inicial- acelera a hidratação 5 a 10% Ferro Aluminato Tetracálcico C4AFe → não contribui com a resistência 37 5. Cimento constituintes fundamentais cal (CaO) + sílica (SiO2) +alumina (Al2O3) + óxido de ferro (Fe2O3) + magnésio (MgO) + anidrido sulfúrico (SO3)* adicionado após a calcinação para retardar o tempo de “pega” do produto *trióxido de enxofre + água = ácido sulfúrico elementos 38 4. Cimento Aluminatos enrijecimento e a pega Silicatos enrijecimento Elementos indesejáveis Óxidos de cálcio e magnésio → CaO e MgO Óxidos de ferro → FeO e FeO3 Óxidos de sódio e potássio → Na2O e K2O Impurezas hidratação 39 4. Cimento o endurecimento e a pega dependem do “ligante” e das condições externas são acompanhados de aumento de calor que provoca retração imediata “pega” 40 4. Cimento fenômeno físico-químico que solidifica a pasta início: tempo que decorre das reações após a adição de água gradualmente fim: a pasta não sofre mais nenhuma deformação e se torna um bloco rígido a resistência mecânica final será atingida após anos O tempo de pega depende da quantidade de água, da amassadura, da temperatura, da umidade relativa do ar e da mistura. o excesso de água sempre conduz a uma perda de resistência mecânica o calor acelera e o frio retarda a pega 41 Normal inicio 60 minutos fim 5 a 10 horas Semi-rápida inicio 30 a 60 minutos Rápida inicio até 30 minutos Fatores que influenciam a duração da pega: Grau de moagem Quantidade de água Temperatura Catalizadores aceleradores de pega obras em barragens, etc. retardadores de pega caminhão betoneira, etc. 4. Cimento tipos de “pega” 4. Cimento ilustração 4. Cimento ilustração 44 5. Cimento adições básicas embalagem 45 4. Cimento sacos de papel kraft de 50 kg para grandes obras à granel em silos para armazenamento embalagens padronizadas: marca, fabricante, tipo e classe produto reativo e perecível que requer cuidados de armazenamento armazenamento 46 4. Cimento protegido da água e da umidade “empedramento” local coberto para armazenamento local coberto e com estrados de madeira para isolar do solo pilhas até 10 sacos estocado por período máximo de 1 mês 47 4. Cimento resistência à compressão 48 tipos 5. Cimento Cimento Portland Comum - CPI e CPI-S NBR 5732 Composto CPII E CPII Z CPII F NBR 11578 de Alto-Forno (CP III)Pozolânico (CP IV) de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI) Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS) Cimento Portland Branco (CPB) E= ESCÓRIA Z= MATERIAL POZOLÂNICO F= FILLER CALCÁRIO A classe do cimento define a resistência à compressão aos 28 dias 49 5. Cimento composição 50 5. Cimento classes e resistência 1MPa =10kgf/cm MPa 2 51 normas técnicas 5. Cimento NBR 7215 resistência mecânica dos cimentos é determinada pela resistência à compressão apresentada por corpos-de-prova produzidos com argamassa normal • define a forma dos corpos-de-prova, suas dimensões, características, dosagem da argamassa e métodos de ensaios NBR 5732 Cimento Portland comum CPI CPI-S + 5% em massa uso em serviços de construção em geral uso quando não são exigidas propriedades especiais do cimento não usar quando há exposição a sulfatos do solo ou de águas subterrâneas CPI-S suas adições podem ser de material pozolânico, ou de escória granulada de alto-forno, ou de filler calcário 52 5. Cimento NBR11578 Cimento Portland Composto CP II-Z com material pozolânico gera calor com velocidade menor uso em lançamentos maciços de concreto apresenta melhor resistência ao ataque dos sulfatos contidos no solo uso em obras em geral, subterrâneas, marítimas e industriais, como também para produção de argamassas uso em concreto simples, armado e protendido, elementos pré- moldados e artefatos de cimento é menos permeável e mais durável normas técnicas 53 5. Cimento NBR11578 Cimento Portland Composto CP II-E com escória granulada de alto forno composição intermediária entre o cimento portland comum e o cimento portland de alto-forno recomendado para estruturas que exigem um desprendimento de calor moderadamente lento ou que possam ser atacadas por sulfatos NBR11578 Cimento Portland Composto CP II-F com adição de filler calcário aplicações gerais, preparo de argamassas de assentamento, revestimento, argamassa armada, concreto simples, armado, protendido, projetado, rolado, magro, concreto-massa, elementos pré- moldados e artefatos de concreto pisos e pavimentos de concreto e solo-cimento normas técnicas 54 5. Cimento NBR 5735 Cimento Portland de Alto Forno CP III com 35% a 70% de escória maior impermeabilidade e durabilidade baixo calor de hidratação alta resistência à expansão devido à reação álcali-agregado resistente a sulfatos aplicação geral em argamassas de assentamento e revestimento, argamassa armada, de concreto simples, armado, protendido, etc uso em obras de concreto-massa, tais como barragens, peças de grandes dimensões, fundações de máquinas, pilares obras em ambientes agressivos tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais concretos com agregados reativos pilares de pontes ou obras submersas, pavimentação de estradas e pistas de aeroportos normas técnicas 55 5. Cimento NBR 5736 Cimento Portland Pozolânico CP IV com pozolana especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos o concreto fica mais impermeável, mais durável resistências mecânicas à compressão superiores aplicação em casos de grande volume de concreto, devido ao baixo calor de hidratação desprendido. NBR 12989 Cimento Portland Branco matéria prima com baixos teores de óxido de ferro e manganês normas técnicas 56 5. Cimento NBR 5737 Cimento Portland CP V ARI -Alta Resistência Inicial resistência à compressão com 1 dia ~ 26 MPa com 28 dias ~ 53 MPa uso no preparo de concreto e argamassa para produção de artefatos de cimento em fábricas de blocos de alvenaria, blocos para pavimentação, tubos, lajes, meio-fio, mourões, postes, elementos arquitetônicos pré-moldados e pré-fabricados em obras pequenas até as edificações de maior porte em obras que necessitem de resistência inicial elevada e desforma rápida uso de uma dosagem diferente de calcário e argila na produção do clínquer e moagem mais fina do cimento com a água adquire elevadas resistências e maior velocidade normas técnicas 57 5. Cimento resistência à compressão grupos de 04 alunos 58 5. IAC - PRÁTICA PROPRIEDADES GERAIS DOS CORPOS Roteiro Conceituar Formulações Exemplificar Ensaios - NBRs entrega do manuscrito na próxima aula PROPRIEDADES 3. Propriedades dos materiais materiais de construção 59 1. MASSA E MASSA ESPECÍFICA 2. PESO E PESO ESPECÍFICO 3. VOLUME 4. DENSIDADE 5. POROSIDADE 6. DUREZA 7. TENACIDADE 8. MALEABILIDADE E PLASTICIDADE 9. DUCTIBILIDADE 10. DURABILIDADE 11. DESGASTE 12. ELASTICIDADE 13. DILATAÇÃO TÉRMICA 14. CONDUTIBILIDADE TÉRMICA E ACÚSTICA I AC
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