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Transtorno do Espectro Autista PARTE ESCRITA

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FACULDADE DE MINAS GERAIS (FAMIG)
 DIREITO
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
 Alunos (a):
Jordana
Lucas Vinícius Barbosa Ferreira
Paulo Felipe Caetano
Pedro Henrique dos Santos Freitas
Pedro Santos
Ramon Buzeti
Belo Horizonte
1° semestre/2018
Transtorno do Espectro Autista
Visão geral:	
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), também conhecido como Autismo ou Desordens do Espectro Autista (DEA ou ASD em inglês), 
se dá o nome de Espectro por existir diversos fatores distintos a cada caso, uma variação que vai do mais leve aos casos mais graves, envolvendo um cognitivo com ou sem déficits. Porém, todos estão relacionados com dificuldades de comunicação, interação social, e padrões restritos e repetitivos de comportamentos em maior ou menor grau. O TEA é uma doença que se encaixa na saúde mental infantil e trata-se de um transtorno difícil de entender. Nenhuma criança diagnosticada autista é igual a outra, cada uma tem sua particularidade, mas, todas tem algum tipo de comprometimento na comunicação, habilidades sociais, além de comportamentos estereotipados. Podemos classificar o autismo em três graus, leve, moderado e severo. O autismo atinge uma a cada cem crianças e sua prevalência é significativamente maior em meninos do que em meninas.
História: 
A etiologia do autismo apesar de variadas pesquisas relacionadas a descobrirem o que leva um indivíduo a ser autista ou apresentar alguma característica de espectro, ainda é desconhecida. Estudos iniciais acreditavam que o autismo era algo genético, diversas pesquisas foram realizadas, nas quais sugeriam uma herdabilidade muito alta, mais ainda quando se considera a presença de traços do espectro autista numa mesma família. Pesquisadores acham que pode ter alguma mutação genética, apesar de que nenhum gene foi identificado como causador do autismo. Em estudos recentes descobriram que o autismo não é regido apenas por causas genéticas, outros fatores também interferem para o desenvolvimento do transtorno, fatores ambientais, complicações na gravidez e impactos no desenvolvimento do feto, como: stress, infecções, exposição a substâncias químicas tóxicas e de origem radiológicas. Após estudos recentes podemos dizer que a origem genética explica apenas 50% do risco de se vir a desenvolver o autismo. Verifica-se que a visão atual é admitir que existam múltiplas causas para se desenvolver o TEA. No entanto, o desenvolvimento do cérebro de cada pessoa que possui o espectro ainda é um mistério para ciência. 
Características clínicas: 
O diagnóstico do Transtorno Espectro Autista é essencialmente clínico, geralmente com um neuropediatra ou psiquiatra infantil. Para chegar a conclusão de que a criança realmente sofre de algum espectro, é baseado em determinados padrões de comportamentos, o comprometimento, histórico do paciente, sinais e sintomas onde levam em consideração os critérios estabelecidos por DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS). 
O TEA pode ser classificado como Autismo clássico, Autismo de alto desempenho e Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação. 
No Autismo clássico, o grau de comprometimento pode variar significativamente, sendo que os portadores não conseguem fazer contato visual com pessoas e muito menos com o ambiente em que se encontram, os portadores são voltados para si mesmos, como se vivessem em um mundo só deles. Conseguem falar, mas não comunicam corretamente. 
Existe uma dificuldade de compreensão, apesar de conseguirem entender frases simples, mas não compreendem metáforas ou frases de duplo sentido. Já as formas mais graves da doença são crianças isoladas do mundo, vivem no mundo delas ignorando qualquer ser existente ao seu redor. Não aprendem a falar, não olham outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos, geralmente são agressivos e repetem movimentos estereotipados como rodar em volta de si mesmo, balançar de uma mão, um balançar de um corpo e além de todas essas características eles apresentam uma deficiência mental importante. 
No Autismo de alto desempenho (antes chamado de síndrome de Asperger) os portadores apresentam as mesmas características do outros autistas em relação à dificuldade de interação social, comunicação (pouco prejudicada) e determinados padrões de comportamento. Eles são verbais e inteligentes, conseguem desenvolver muito bem aquilo que escolhem fazer, já foram confundidos com gênios, por serem tão inteligentes e dominarem as áreas do conhecimento em que se especializam. Quanto menos dificuldades eles tiverem em relação a interação social, maior as chances desses indivíduos de terem uma vida próxima da normal. 	
No Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação os portadores demonstram dificuldades em relação à comunicação e a interação social, porém, entra apenas alguns espectros, tornando assim muito mais difícil de finalizar um diagnóstico preciso, não podendo acrescentá-los dentro do TEA. 
Após finalizar o diagnóstico um tratamento precoce é muito importante para o melhor desenvolvimento da criança. Ainda não há cura definitiva, o uso de medicamentos somente é indicado quando surgem complicações e comorbidades. Mas, contamos com os tratamentos multidisciplinares, que são trabalhados com as crianças repertórios de comunicação, socialização, autonomia e função motora, atividades fundamentais para o desenvolvimento do paciente. Vale ressaltar que se tratando de autismo, cada criança tem sua individualidade. 
Prejuízos qualitativos na interação dos indivíduos: 
Na interação social, correspondem prejuízos acentuados no uso de variados tipos de comportamento, tais como, posturas corporais e gestos para regular o relacionamento social, demonstram ser não verbais, evitando contato direto, além de não manifestarem nenhum tipo de expressões faciais. Sendo assim, eles demonstram dificuldades significativas em relacionar com pares apropriados ao nível do desenvolvimento. Os autistas não conseguem ser espontâneos, não sabem compartilhar seus interesses, realizações e prazeres com outras pessoas, quando surge um querer eles apontam e trazem a pessoa para perto do objeto só para conseguirem o que desejam. Falta reciprocidade, emoção e socialização da parte deles para com os outros. 
Apresentam prejuízos qualitativos na comunicação. Por existir um atraso ou ausência total no desenvolvimento da fala, não conseguem iniciar uma conversa e muito menos desenvolvê-la na medida em que o assunto se estende. Repetem muito as palavras o que recebe o nome de ecolalia (você diz: olá, tudo bem? Ele vai responder: bem. Não por ele está bem, mas por ser a última palavra dita). Podemos citar os padrões repetitivos, restritos e seus interesses, que venha a prejudicar. Os movimentos estereotipados que não demonstram nenhum significado (alguns movimentos complexos de todo o corpo, girar, balançar as mãos, os braços ou até mesmo o próprio corpo), ou quando encontram algo que chame sua atenção, não dão a mínima para o meio externo, se sua rotina é mudada, acaba ocorrendo um transtorno o resto do dia, podendo deixa-lo agressivo, inquieto, nervoso, dentre outras formas de manifestações por ter saído da rotina. Esses comportamentos acabam lesando a criança de uma vida “normal”. 
Artigo 54 do ECA: 
ECA - Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
Subseção IV
A lei cita em seus incisos a proteção e o direito a educação para todas as crianças e adolescentes, indiferente de serem portadores ou não de algum tipo de deficiência, dando a eles acesso a rede regular de ensino e todos os direitos e deveres citados no artigo 54 do estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências, do inciso I ao VI e parágrafos 1º, 2ºe 3º do inciso VII.
Considerações finais: 
O Transtorno do Espectro Autista está relacionado com o grau de comprometimento na socialização e comunicação, podendo ser leve, moderado ou severo. 
Ainda não se sabe a origem do Autismo, mas, variadas pesquisas levam a crer que são múltiplas causas, entre eles, fatores genéticos, biológicos e ambientais. É um tipo de transtorno que ainda não existe a cura. 
O diagnóstico é clínico e estabelecido por DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS), que se baseia na presença de determinados padrões de comportamentos, sinais e sintomas. 
O transtorno é classificado em Autismo clássico, Autismo de alto desempenho (antes chamado de síndrome de Asperger) e Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação. Uma vez diagnosticado com o transtorno, a intervenção precoce é significativa para um melhor desenvolvimento da criança. 
O TEA tem como prejuízos qualitativos, a interação social, comunicação e padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades. Deixando o portador do transtorno com dificuldades para seguir uma vida normal. 
A lei nº 8069, Artigo 54, garante os direitos de qualquer criança ou adolescente e isso inclui a criança e o adolescente portador de qualquer deficiência, incluindo o autista. 
Bibliografias: 
http://autismo.institutopensi.org.br/informe-se/sobre-o-autismo/causa-do-autismo/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/tea-transtorno-do-espectro-autista-ii/
http://entendendoautismo.com.br/artigo/o-que-e-autismo-ou-transtorno-do-espectro-autista-tea/
http://www.unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/56194.pdf
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10611373/artigo-54-da-lei-n-8069-de-13-de-julho-de-1990

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