Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA NATUREZA CURSO: BACHARELADO EM ENG. AGRONÔMICA DISCIPLINA: GÊNESE E MORFOLOGIA DE SOLOS Luvissolos Discentes: Isabelle Nogueira; Liciane Lima; Thiago Azevedo; Vitor Hugo Barcelos. Docentes: Nilson Bardales; José de Ribamar T. da Silva. Rio Branco - 2018 Introdução Fonte:Britannica (1999) Fonte: Britannica (1999). LUVISSOLOS Fonte: Embrapa Solos (2014). Extensão e distribuição das classes de solos no Brasil 7° LUGAR Fonte: Embrapa (2006). Características Gerais Fonte: Sebastião Calderano. LUVISSOLOS ARGISSOLOS Atividade de argila ALTA SEMPRE Argila de atividade BAIXA ou com argila de atividade ALTA conjugada com V<50% Fonte: SiBCS,2013. Relevo de colinas e morros baixos dissecados; processos erosivos e movimentos de massa ocorrem de forma generalizada, indicando moderada a alta suscetibilidade à erosão de Luvissolos e Argissolos (rodovia BR-364, entre Cruzeiro do Sul e Tarauacá). Fonte: Macedo E. Dantas (2011). Ambiente com predomínio de solos com B textural (Argissolos, Argissolos Plínticos e Luvissolos). Fonte: Nilson Bardales (2004). Região de Feijó. Fonte: Acervo da Embrapa Solos. Região Central do Acre. Fonte: Nilson Bardales. LOCAL DE OCORRÊNCIA Fonte: Lya Beiruth, Silva (2015). Desenho: Thiago Azevedo. Fonte: Sergio Hideiti Shimizu. Mudança textural abrupta (alto gradiente textural). Solos do Acre Fonte: Acre (2005) Classes de Solos Dominantes no Estado do Acre e Seu Percentual em Relação à Área Total. Argissolos 38,32% Cambissolos 31,56% LUVISSOLOS 14,60% Gleissolos 5,98% Latossolos 3,15% Vertissolos 3,04% Plintossolos 2,21% Neossolos 1,16% TOTAL 100 Fonte: ACRE, 2006; AMARAL et al.,2013. Luvissolos no Acre Fonte: Nilson Bardales. Ocorrem preferencialmente na parte oeste e central do Estado. O Acre possui a mais extensa e contínua mancha de Luvissolos da Amazônia, e do Brasil. Na paisagem dos Luvissolos, ocorrem altitudes, que variam de 172 a 378 m, ocupando posições de topo na paisagem. São solos moderadamente profundos. Neste ambiente, os Luvissolos estão associados aos Cambissolos, nas áreas de relevo mais movimentado, e aos Gleissolos, nos fundos dos vales, todos com caráter eutrófico (SCHAEFER et al.,2017) Perfil típico de um Luvissolo (ACRE). Fonte: José Francisco Lumbreras, 2011. LUVISSOLOS CAMBISSOLOS Fonte: Lya Beiruth,Silva (2015). Desenho: Thiago Azevedo (2018) Luvissolo Crômico Solos com caráter crômico na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B, inclusive BA (SiBCS, 2013). Carater Crômico: Cores bastante fortes, vermelhas ou amarelas. Cabrobó - PE Fonte: Humberto Gonçalves dos Santos Município de Feijó Fonte: Amaral, Nilson et al. Município de Choró,CE Fonte: Ricardo E. Romero Luvissolo Háplico Outros solos que não se enquadram na classe anterior (SiBCS,2013). Taboleiro Grande/RN Fonte: Renata Messias (2014) Exibem cores menos vivas, pálidas ou acinzentadas. Feijó (AC). Fonte: Virdei Álvaro de Oliveira. Fonte: Formação e Conservação dos Solos. Fatores e Processos de formação Fonte: Amaral,2007. Os Luvissolos são solos endêmicos na Amazônia em virtude do clima quente e úmido. A alta precipitação pluviométrica, aliada à deficiência de drenagem (decorrência da textura,posição no relevo e, ou, estratificação horizontal do material de origem), resultou na ocorrência de argilominerais 2:1 expansíveis. Fonte: Nilson Bardales,2009. PEDOCLIMA SECO Bloco-diagrama do ambiente de ocorrência dominante de Luvissolos no Estado do Acre, no trecho entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul. Tb: argila de baixa atividade. Fonte: C. Schaefer. Bissialitização Formação de argilominerais do tipo esmectita com uma relação de dois átomos de silício para um de alumínio na molécula (2:1) (TEIXEIRA et al., 2000). É um processo que ocorre na formação de solos jovens. Unidades estruturais dos argilominerais a) tetraedros de sílica b) octaedros de hidróxido de alumínio. Fonte:Carastan, 2007 A vermiculita e as esmectitas são exemplos de argilominerais 2:1 expansivos. Fonte: Marcelo Ricardo de Lima Estes minerais se expandem quando molhados). BISSIALITIZAÇÃO monossialitização Lessivagem Solos minerais que apresentam desargilização (perda de argila) vigorosa da parte superficial e acumulação ou concentração intensa de argila no horizonte subsuperficial, conferindo como características distintivas marcantes, uma mudança textural normalmente abrupta ou transição abrupta conjugada com acentuada diferença de textura do A para o horizonte B. Essa desargilização é responsável pela textura arenosa dos horizontes superficiais. Fonte: Sergio Hideiti Shimizu. Mecanização A mecanização agrícola é um componente básico na maioria das estratégias de desenvolvimento rural e no aumento da produtividade (Siqueira, 1999). O uso de máquinas e implementos para o preparo do solo é de fundamental importância para a agricultura, uma vez que, aumenta a produtividade do trabalho, baixando custos e aumentando a produção. Na agricultura moderna, as máquinas com seus implementos possibilitam que o homem realize as tarefas planejadas dentro do calendário agrícola e de acordo com as exigências de qualidade dos serviços, para as mais diversas condições de trabalho (EMBRAPA, 2006). Fatores como declividade, material de origem (Região Central do Acre possui HORIZONTALIZAÇÃO de sedimentos), natureza e percentagem de argila, tamanho e frequência de ocorrência de sulcos de erosão podem limitar, em diferentes graus, a mecanização agrícola das terras. Fonte: Adaptado de EMBRAPA (2006) e Lepsch (1991). Para os Luvissolos, a mecanização agrícola é severamente limitada não só pelo relevo, que varia de suavemente ondulado a ondulado, como também pela presença de argilas ativas (2:1) e grande susceptibilidade à erosão. Fonte: Adaptado de BRASIL (1972); Ramalho Filho & Beek (1995); SNLCS Manual Classificação de Solos; Lepsch et al. (1991); EMBRAPA-CNPS (1999). Atividade de Argila Alta (Ta) Erosão Fonte: Nilson Bardales. Vulnerabilidade dos solos a erosão hídrica MUITO ALTA Fonte:USP Técnicas Conservacionistas Tanto do ponto de vista econômico como ambiental, o manejo e conservação de solo, visando à minimização do processo erosivo e à conservação dos recursos naturais solo e água, evitando a degradação dos nossos solos e corpos d’água, viabilizando a sustentabilidade da agricultura. Uma série de práticas conservacionistas que podem ser utilizadas pelo produtor rural (ZONTA et al.,2012): Luvissolo Crômico de erodibilidade alta. Fonte: Paulo Roberto Megna Francisco. Manejo Os Luvissolos possuem ótimas condições químicas e boa fertilidade natural; Entretanto, devem-se tomar precauções quanto ao manejo do solo e da água, de forma evitar erosão hídrica e outros problemas estruturais; Aqueles localizados em região de relevo suave ondulado, adota-se práticas de mecanização leve durante o primeiro ano, seguido de plantio de leguminosas, com o objetivo de reduzir da resistência do solo (ARGILA PESADA) à expansão das raízes,e cobertura com restos de culturas; Essa técnica atua como proteção, agindo no controle da erosão (Meyer & Mannering, 1971 e Lattanzi et al., 1974); A cobertura morta ainda promove a conservação da umidade do solo (Harrison-Murray & Lal, 1979) e controla a temperatura da sua camada superficial, mantendo-a em níveis mais baixos, principalmente nas épocas do ano de maior incidência de energia solar (Sidiras & Pavan, 1986 e Derpsch et al., 1985). Referências Acre. Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Recursos naturais: geologia, geomorfologia e solos do Acre. ZEE/AC, fase II, escala 1:250.000 /Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre. - Rio Branco: SEMA Acre, 2010.100 p. _ (Coleção Temática do ZEE; v. 2). BARDALES, N.G. Gênese, morfologia e classificação de solos do baixo vale do rio Iaco, Acre, Brasil. 2005.132 p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2005. BERNINI, T. A.; PEREIRA, M. G; FONTANA, A; ANJOS, L. H. C.; CALDERANO, S. B.; WADT, P. G. S.; MORAES, A. G. L.; SANTOS, L. L. Taxonomia de solos desenvolvidos sobre depósitos sedimentares da Formação Solimões no Estado do Acre. Bragantia, v. 72, p. 71-80, 2013a. BERGO, C. L.; BARDALES, N. G. (Ed.). Zoneamento edafoclimático para o cultivo do café canéfora (Coffea canephora) no Acre. Brasília, DF: Embrapa, 2018. CURI N, Ker JC, Novais RF, Vidal-Torrado P, Schaefer CEGR, editores. Pedologia - Solos dos Biomas Brasileiros. Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo; 2017 DELARMELINDA, E. A.; WADT, P. G. S.; ANJOS, L. H. C.; MASUTTI, C. S. M.; SILVA, E. F.; SILVA, M. B. E.; COELHO, R. M.; SHIMIZU, S. H.; COUTO, W. H. Avaliação da Aptidão Agrícola dos Solos do Acre por Diferentes Especialistas. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 35, n. 36, p. 1841-1853, 2011. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Sistema brasileiro de classificação de solos. 3.ed. Brasília, 2013. 353p. FRANCISCO, Paulo Roberto Megna.Classificação e Mapeamento de mecanização das terras do estado da Paraíba utilizando sistema de informações geográficas. / Paulo Roberto Megna Francisco. - Areia: UFPB/CCA, 2010. LANI, J. L. ; AMARAL, E. F. ; ARAÚJO, E. A. ; BARDALES, N. G. ; SCHAEFER, C. E. G. R. ; MENDONÇA, B.A.F . Geologia e relevo: alicerces da paisagem Acreana. In: Edson Alves de Araújo; João Luiz Lani. (Org.). Uso sustentável de ecossistemas de pastagens cultivadas na Amazônia Ocidental. Uso sustentável de ecossistemas de pastagens cultivadas na Amazônia Ocidental. Rio Branco: Secretaria Estado de Meio Ambiente - SEMA, 2012, v. 1, p. 09-37.
Compartilhar