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S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 2 NOTA DA EDIÇÃO 2016 Calouro, em suas mãos está o lendário SEBENTO® (referido também como A SEBENTA). Trata-se de um resumo técnico de ANATOMIA, maceteado, corrigido e melhorado a cada ano por seus incríveis veteranos. A Anatomia Humana compreende um campo de estudo de proporções homéricas. Portanto, antes de perder a sanidade tentando decorar a Odisseia para a prova, leia este material para se orientar no conteúdo e revisar os pontos mais importantes. As informações essenciais para os testes - e para a sua vida - estão aqui. Este livro deverá ser consultado como apoio (e não substituto) da literatura indicada. Nesta nova edição adicionamos imagens, figuras e diagramas que poderão ser úteis ao entendimento do assunto. Esperamos que sejam proveitosos. As caixas pretas em destaque indicam informações de vital importância a serem consideradas. Lembramos ainda que o uso conjunto do atlas é absolutamente indispensável no estudo! No mais, esperamos que se deleite com esta clássica literatura de nossa faculdade, preparada especialmente para você. Bons estudos. Antônio A. G. Amaral (organizador) EQUIPE DE REVISÃO 2016 Alexandre Reimer Ana Carolina K. Bugin Antônio A. G. Amaral Eduardo Avellar Letícia Gonçalves (AD2020) SEBENTO® - Compilado originalmente por ALEXANDRE W. HENNINGEN. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 3 INDEX SEBENTUM 1. ANATOMIA SISTÊMICA.......................................................04 2. DORSO E NUCA...................................................................24 3. MEMBRO SUPERIOR...........................................................27 4. FACE....................................................................................43 5. REGIÃO CERVICAL...............................................................57 6. TÓRAX.................................................................................68 7. ABDOME.............................................................................88 8. PELVE E PERÍNEO..............................................................117 9. MEMBRO INFERIOR..........................................................129 Arte: Capa: Anatomia da mão humana, desenhado por Gerard de Lairesse – do livro Anatomia humani corporis (1685) do médico holandês Govard Bidloo. Índice: Crânio (1489), desenhado por Leonardo da Vinci. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 4 ANATOMIA SISTÊMICA EIXOS E PLANOS DO CORPO HUMANO Eixo longitudinal, vertical ou crânio-caudal: parte da cabeça e desce até os pés ao longo do organismo. Pode ser considerado tanto na posição média como lateralmente (sempre que for ao longo de uma determinada parte). É heteropolar. Eixo sagital, de profundidade ou ântero-posterior: parte do ventre e vai até o dorso. Perpendicularmente ao eixo longitudinal. É heteropolar. Eixo transversal ou látero-lateral: atravessa o organismo de um ombro ao outro. É homopolar. PLANO FRONTAL OU CORONAL: O eixo látero-lateral se desloca sobre o eixo longitudinal, dividindo o organismo em uma porção anterior (ventral) e outra posterior (dorsal), as quais são denominadas paquímeros (frente e trás). Paquímero anterior ou ventral: constituído pelas viscerais, por isso denominado esplâncnico. Paquímero posterior ou dorsal: constituído pelas estruturas relacionadas com o sistema nervoso, por isso denominado neural. PAQUIMERIA (FRENTE E TRÁS) O corpo humano é formado pela justaposição dos planos frontais simétricos, um ventral e outro dorsal. No entanto, o paquímero ventral possui a parte superior menor que o paquímero dorsal, assim como o paquímero dorsal possui a parte inferior menor que o paquímero ventral. Paquímero dorsal ou neural: cabeça, encéfalo e canal vertebral, medula espinhal. Paquímero ventral ou esplâncnico: sistema visceral ou esplâncnico (extremidade superior dentro da boca e inferior no canal anal). Os dois paquímeros estão envolvidos por um tegumento comum que é a pele. PLANO SAGITAL OU DE PROFUNDIDADE: O eixo sagital se desloca sobre o eixo longitudinal, dividindo o organismo em dois antímeros (direito e esquer-do) que, apesar de serem bastante semelhantes, apresentam diferenças importantes tanto à ectoscopia como à endoscopia. Tal assimetria pode ocorrer na forma de determinados órgãos, na posição, ou em ambos os casos. A simples presença de um órgão ímpar já ocasiona assimetria. ANTIMERIA: Divisão do corpo em duas metades (direita e esquerda) pelo plano sagital. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 5 ASSIMETRIAS NORMAIS De forma: quando a forma dos órgãos é diferente. Ex.: pulmões, lados das faces. De posição: quando a posição em que os órgãos se encontram é desigual. Ex.: rins (o rim esquerdo é mais alto que o direito por causa da posição do fígado). ASSIMETRIAS ANORMAIS De forma: inversão morfológica, crescimento anormal. Ex.: lobo de Riedel no fígado. De posição: distopia, deslocamento anormal. Transposição: um órgão desloca-se no sentido correto, mas não atinge o ponto normal. Ex.: apêndice, quando está mais para cima. Inversão: um órgão desloca-se no sentido contrário. Pode ser parcial, quando ocorre só com um órgão (fígado no lado esquerdo), ou total, quando ocorre com todos os órgãos da cavidade. PLANO TRANSVERSAL OU HORIZONTAL: O eixo sagital se desloca ao longo do eixo látero-lateral, dando origem a verdadeiras “fatias” ou metâmeros. Dermatômero: segmento de pele. METAMERIA (FATIAS): O corpo humano é formado pela justaposição de planos transversais simétricos. Manifesta-se na porção dorsal do ser humano. Ex.: artérias intercostais, nervos raquidianos. ESTRATIGRAFIA: O corpo humano é formado pela sobreposição de camadas e de tecidos. Estratigrafia é a construção do corpo em camadas. Histiotopia é a estratigrafia aplicada a uma víscera oca ou um órgão. LOCALIZAÇÕES Holotopia: é a localização genérica dos órgãos. Ex.: o coração está no tórax. Sintopia: é a localização em torno dos órgãos. Ex.: o coração está atrás do esterno, entre os pulmões, na frente das vértebras e acima do diafragma. Esqueletopia: é a localização dos órgãos em relação ao esqueleto. Idiotopia: é a relação entre partes diversas de um mesmo órgão. Ex.: o coração tem quatro cavidades, o átrio direito está acima e atrás do ventrículo direito. OSTEOLOGIA (SISTEMA ÓSSEO) Um osso é um órgão duro, esbranquiçado e rígido, que possui certa elasticidade. Tem como funções a sustentação do organismo, a proteção de partes moles, a movimentação (alavanca para os músculos), depósito de cálcio (fosfato de cálcio, e hematopoese (formação de células sanguíneas (glóbulos vermelhos, leucócitos, linfócitos e plaquetas). S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 6 Os ossos agrupados em conjuntos articulados formam o esqueleto, que possui na linha média posterior uma haste óssea formada pela sobreposição de vértebras (coluna vertebral) que constitui o esqueleto axial. As vértebras sofrem uma estruturação por dois ossos denominados sacro e cóccix (formados pela fusão de vértebras) constituindo a porção final da coluna vertebral. O esqueleto apendicular é formado pelas extremidades (membros). Classificação dosossos Ossos longos: o comprimento predomina sobre a largura e a espessura. Ex.: tíbia, úmero, fêmur, rádio e ossos dos dedos (falanges). Estão presentes nos membros. Apresentam duas porções bem definidas: epífise (proximal ou distal) e diáfise. Medula óssea é diferente de canal medular. A primeira existe em todos os ossos e a segunda apenas em ossos longos. Ossos planos ou chatos: comprimento e largura equivalentes predominando sobre a espessura. Ex.: escápula, ossos do crânio, esterno, pelve. Formam a parede da s cavidades. Ossos curtos: equivalência de comprimento, largura e espessura. Encontrados em regiões de pouca movimentação, mas que suportam muita pressão (força). Ex.: carpo, tarso, ossos sesamóides (patela) Ossos irregulares: apresentam formas variadas. Ex.: coluna vertebral, cintura pélvica. Estruturas presentes nos ossos Saliência articular: mais lisas, pois servem de articulação entre um osso e outro (são lisas pelo atrito). Saliência não-articular: mais rugosas, pois servem para inserção de tendões ou ligamentos. Cavidade articular: serve para articular um osso ao outro. Recebe uma saliência articular. Cavidade não-articular: podem ser de três tipos • De ressonância: serve para dar ressonância à voz (ar transita dentro dela). Ex.: seios da face. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 7 • De inserção: serve para receber um tendão ou um músculo. Ex.: cavidade ilíaca. • De recepção: serve para receber um órgão. Ex.: cavidade orbitária. Forames de transmissão: passagem de estruturas de um local para outro (artérias, veias, nervos) Forames de nutrição (nutrícios): permite a entrada de uma artéria que levará sangue ao osso. COMPOSIÇÃO ÓSSEA Osso compacto: lâminas ósseas justapostas (diáfise) Osso esponjoso: lâminas ósseas em rede (epífise). Parte orgânica (30%): fornece resistência à tração (elasticidade). Parte inorgânica (70%): fornece resistência à compressão (rigidez). Fratura solução de continuidadeocorre principalmente por tração. Medula óssea: formada por tecido conjuntivo. · Vermelha: possui função hematopoiética (forma elementos do sangue). Quando nascemos, praticamente todos os ossos possuem medula óssea vermelha. Com o envelhecimento, ocorre a substituição por medula amarela. Ossos que persistem com medula vermelha: esterno, costela, corpos das vértebras, bordas superiores dos ossos do quadril, epífises proximais do úmero e do fêmur (ossos longos) e ossos da base do crânio. · Amarela: é a degeneração gordurosa do tecido medular vermelho. Periósteo: membrana de tecido conjuntivo que envolve o osso. Reveste todo o osso, exceto onde houver cartilagem (hialina) articular (zonas de articulação). É vascularizado e inervado. Dele partem fibra s para o interior do osso que levam vasos sanguíneos, cuja função é fazer a nutrição do tecido ósseo. Na camada mais interna há pode osteogênico, ou seja, poder de formar ossos (regeneração, crescem em espessura). A camada mais externa é fibrosa. Na cartilagem articular não há periósteo. OSSIFICAÇÃO: Consiste na formação dos ossos. Membranosa: o osso é formado através de membrana de tecido conjuntivo embrionário (mesênquima). Ex.: clavícula, ossos da abóbada do crânio e da base do crânio. Endocondral: forma-se um molde cartilaginoso que se ossifica posteriormente. Ossos longos: moldes de cartilagem que possuem discos epifisiais. Ossos curtos: possuem discos de crescimento no seu interior e também moldes de cartilagens. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 8 Cartilagem epifisária (zonas de cartilagem): responsáveis pelo crescimento. A cartilagem de crescimento permanece até aproximadamente 18 anos (mulheres) e 21 anos (homens). Pode ser chamada de disco epifisial ou cartilagem de conjunção. A parte da diáfise que está em contato com a cartilagem de crescimento chama-se metáfise (quando cessa o crescimento não há mais diáfise). A última região que cresce é a porção do osso do quadril. O crescimento ocorre mais rápido nas zonas que se utilizam mais frequentemente. Nos membros inferiores: distal do fêmur e proximal da tíbia (próximo ao joelho). Nos membros superiores: proximal do úmero e distal do rádio (distante do cotovelo). Particularidades Hioide: osso situado no pescoço que não se articula com nenhum osso, pois é preso a músculos. Ossos sesamoides: ossos pequenos situados no interior dos tendões. E x.: patela (maior sesamoide). Ossos vormianos (suturais): pequenos ossos que ficam entre os ossos do crânio. Costelas: as costelas não são ossos longos, pois não têm canal medular, sendo chamados alongados. Diartroses: móveis ou sinoviais. Localizam-se onde há grande grau de movimentação. Possuem os dois extremos ósseos revestidos por cartilagem articular. Aproximando e mantendo unido um osso ao outro se encontra uma cápsula de tecido fibroso denominada cápsula articular, que vai de um periósteo a outro sem tocar na cartilagem articular. Revestindo internamente a cápsula, existe a membrana sinovial (não recobre a cartilagem). Essa membrana secreta um líquido viscoso, chamado líquido sinovial, que permite o deslizamento entre os dois ossos e a nutrição da cartilagem articular que é pouco vascularizada. Todas as diartroses possuem cavidade articular, membrana sinovial, cápsula articular, cartilagem articular e ligamentos. Algumas possuem: · Disco fibrocartilaginoso: na porção embrionária se desenvolvem dentro da articulação. Esses discos podem apresentar formato de disco (discos) e o formato de meia-lua (meniscos). Servem para proteção, amortecimento e nutrição das cartilagens. Orla fibrocartilaginosa: aparece no caso de existir uma superfície articular muito rasa e outra arredondada, aumentando a profundidade da porção rasa permitindo maior congruência. Tipos de movimentos Deslizamento: todas possuem. Angular 1. No eixo transversal: • Flexão: diminui o ângulo. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 9 • Extensão: aumenta o ângulo. 2. No eixo ântero-posterior: • Abdução: afastamento da linha média, abertura lateral, aumenta o ângulo. • Adução: aproximação da linha média, fechamento lateral, diminui o ângulo. Rotação · Circundação: junção de todos os movimentos (flexão + extensão + adução + abdução). Movimento em forma de cone. Ex.: escapulo-umeral e coxo- femural. No tornozelo Flexão dorsal: flexão, dedos pra cima. Flexão plantar: extensão, dedos pra baixo. No antebraço e na mão Pronação: palma para cima (prometer). Supinação: palma para baixo (suplicar). No membro superior Rotação medial: para dentro Rotação lateral: para fora Inervação e irrigação das articulações: As terminações nervosas estão localizadas na cápsula articular. Os nervos que suprem uma articulação são ramos dos nervos que suprem a pele e os músculos que a movimentam. Os plexos arteriais periarticulares são responsáveis pela irrigação sanguínea. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 10 TIPOS DE ARTICULAÇÃO Mobilidade Interposição Tipo Tipo Específico Exemplos Tecidual Imóveis Fibroso Sutura Serrátil Interparietal, frontopariental, (Sinartrose) (Sinfibrose) parietoccipital,temporozigomática e maxilozigomática. Escamosa Temporoparietal. Plana Internasal. Esquindilese Vômer-esfenoidal. Gonfose - Dento-alveolar. Sindesmose - Tibiofibular distal, rádio-ulnar distal. Cartilaginoso Primária - Costocondral. (Sincondrose) Secundária - Esfeno-occipital. Semi-móveis Disco - Anfiartrose Intervertebral anterior. (Anfiartrose) cartilaginoso típica ou verdadeira Cartilaginoso - Diartroanfiartrose Sínfise púbica. Móveis (Sinoviais/ Fibroso Deslizamento Artródia ou Plana Interverterbais posteriores, Diartroses) intercarpais, intertarsais, acrômio- clavicular. Cartilagem/ Uniaxial Gínglimo ou Articulação do cúbito (úmero-ulnar), Membrana trocleartrose interfalangeanas. Sinovial Trocoide ou Rádio-ulnar proximal e atlantoaxial. pivô Condilartrose Joelho (fêmur-tibiar), temporomandibular, atlanto- occipital. Biaxial Elipsoide Rádio-cárpica, metacarpo- falangeanas. Selar - Carpometacarpo do polegar. Encaixe Recíproco Poliaxiais Enartrose ou Escápulo-umeral, coxo-femural. esferoide S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 11 MIOLOGIA Os músculos são órgãos responsáveis pela sustentação de parte ou todo o esqueleto, pela locomoção e por funções vitais como a manutenção das paredes das artérias, da laringe, do tubo digestivo. Tônus muscular: estado em que o músculo se apresenta em semi-contração permanente. É involuntário e elaborado pelo cerebelo. A unidade do músculo é a célula ou fibra muscular, caracterizada pela sua contratilidade, e classificada em: Estriado esquelético (músculo da vida animal): · Possui estriações transversais; · Associa-se ao esqueleto; · Possui movimentos potentes, amplos; · Contração voluntária; · Sofre fadiga facilmente; · Inervado pela parte do sistema nervoso da vida de relação; Liso (músculo da vida vegetativa): · Não possui estrias; · Está relacionado com o aparelho visceral; · Movimentos lentos e involuntários (sistema nervosovegetativo); · Não possui movimentos amplos e não sofre fadiga. Estriado cardíaco: · Possui fibras estriadas; · Involuntário; · Movimento relativamente potente; · Não sofre fadiga; · Inervado pelo sistema nervoso vegetativo. Os músculos têm relação com ossos (origem e inserção), articulações (movimento), fáscia profunda, vasos e nervos. Músculo satélite: mantém várias relações com os vasos e nervos, servindo como referência para a sua localiza-ção. Ex.: o músculo bíceps braquial é satélite da artéria braquial. Loja muscular: a fáscia profunda projeta-se ao interior dos músculos em direção aos ossos, formando um compartimento de músculos com funções semelhantes, como se fossem um só. Envoltório dos músculos: tecido cartilaginoso. · Epimísio: envolve o músculo. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 12 · Perimísio: preenche o espaço delimitado pelo epimísio. · Endomísio: envolve a fibra muscular. · Fascículo muscular: envolve um conjunto de fibras O nervo sempre vai estar relacionado com o músculo. Músculos estriados esqueléticos e cardíacos que ficam sem nervos atrofiam. Ponto motor é o local do músculo onde o nervo penetra e também de maior contração. A contração da fibra muscular é uma resposta ao estímulo dado pelo nervo. Unidade motora é a associação de neurônio, fibra nervosa e fibras musculares. Quanto maior for o número de fascículos musculares contraídos, maior será o grau de contração do músculo. Classificação da musculatura esquelética Superficiais: situam-se acima da fáscia profunda. Ex.: músculos da face, da mão, do pescoço Profundos: situam-se abaixo da fáscia profunda. Fáscia profunda aponeurose superficial de revestimento. Longos: predomínio do comprimento. Ex.: músculos dos membros. Chatos ou planos: predomínio da espessura. Ex.: músculos abdominais. Curtos: são encontrados nas articulações. Têm pouca capacidade de movimento, mas apresenta grande força. Ex.: músculos das vértebras. Mistos: apresentam variação irregular. Ex.: no pescoço (longo e chato). Agonista: músculo principal que atua diretamente no movimento. Ex.: bíceps braquial (flexão do braço em relação ao antebraço). Antagonista: músculo eu realiza movimento contrário, mas que contribui para a harmonia do movimento. Relaxa-se enquanto o agonista contrai. Ex.: tríceps. Sinergista: músculo que auxilia o agonista. Ex.: coracobraquial é sinergista do bíceps braquial na flexão do antebraço em relação ao braço. Fixador: fixa determinadas articulações para realizar o movimento. Origem, inserção e disposição de fibras Origem: é geralmente a porção proximal do músculo, que tem menor mobilidade e mais fixa. Normalmente os músculos apresentam apenas uma origem. Quando apresentarem duas, são chamados de bíceps; três, tríceps; e quatro, quadríceps. Inserção: é geralmente a porção distal do músculo e mais móvel. Normalmente os músculos apresentam apenas uma S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 13 inserção, que pode acontecer na forma de fita, cordão cilíndrico resistente (tendão). Policaudado é chamado o músculo com mais de uma inserção. A disposição das fibras está relacionada ao grão de força de contração muscular. Cabo a cabo: fibras paralelas de uma extremidade à outra. Maior amplitude de contração. Peniforme: possui a forma de pena e a maior força de contração muscular, que depende do número de fibras musculares questão se contraindo (área de secção transversal). Semi-peniforme: tem as fibras quase paralelas em forma de leque. Somente se prende em um dos lados do tendão. Quanto ao número de ventres, os músculos segmentado por tendões podem ser digástricos (dois ventres e um tendão intermediário) ou poligástricos(vários ventres e tendões). S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 14 Músculo orbicular: possui disposição circunferencial da fibra muscular. Ex.: aberturas naturais (boca, olho). ANEXOS MUSCULARES Fáscia profunda Septos intermusculares Bainha fibrosa: representa um elemento de contenção dos tendões. Ex .: punho. Bainha sinovial: envolve a bainha fibrosa internamente e os tendões externamente. Serve para diminuir o atrito entre S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 15 essas peças. Permite deslizamento. Imesotendão: continuação da membrana sinovial com função de nutrir o tendão. Bolsa sinovial: contém o líquido sinovial. Alavancas Interfixa: ponto de apoio no meio resistência – ponto de apoio – potência. Ex.: tônus da nuca. Interresistente: resistência no meio ponto de apoio – resistência – potência. Ex.: tônus da panturrilha. Interpotente: potência no meio resistência – ponto de apoio – potência. Ex.: tônus do braço. ANGIOLOGIA O sistema circulatório é composto pelo coração, pelos vasos sanguíneos, pelos vasos linfáticos e linfonodos. O órgão central da circulação é o coração, que é um conjunto de vasos sanguíneos modificadose adaptados à função de bomba. Todas as células do nosso corpo precisam receber sangue, ficando próximas aos vasos sanguíneos, que recebem delas o produto de seu metabolismo. O sistema circulatório possui duas funções importantes: levar O2 e nutrientes a cada célula e trazer CO2 e produtos do metabolismo das células para fora do corpo. Artérias: são vasos sanguíneos que levam o sangue do coração à periferia. Veias: são vasos sanguíneos que recolhem o sangue da periferia e levam-no ao coração. Coração: é um órgão muscular, oco, moldado para o perfeito funcionamento do nosso corpo. É subdividido em quatro câmaras: dois átrios, que recebem o sangue da periferia, aos quais chegam as veias; e dois ventrículos, de onde saem as artérias. A circulação obedece ao sentido átrio ventrículo. As câmaras do lado esquerdo não se comunicam com as do lado direito, sendo separadas por um septo. CIRCULAÇÃO Sistêmica ou grande circulação: encarregada de distribuir sangue rico em oxigênio a todos os tecidos do nosso corpo. Inicia-se no ventrículo esquerdo do coração, que se contrai e bombeia sangue na maior artéria do corpo, a artéria aorta, que distribui através de seus ramos o sangue para a cabeça, pescoço, tórax, abdômen, membros superiores e inferiores, etc. Esse sangue passa por uma rede de pequenos vasos chamados capilares. Destas redes de vasos vão se formar os vasos venosos, que vão trazer o sangue da periferia através de duas grandes veias: veia cava superior e veia cava inferior, que chegam até o átrio direito do coração. Os vasos são longos e resistentes. Pulmonar ou pequena circulação: possui objetivos funcionais, realizar a hematose. Inicia-se no ventrículo direito do coração, que se contrai e expele o sangue rico em CO2 na artéria pulmonar que leva esse sangue aos pulmões. Nos dois pulmões teremos uma nova rede de capilares em que o sangue libera o CO2 e absorve O2. Dirige-se às quatro veias pulmonares, retornando ao átrio esquerdo do coração. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 16 ARTÉRIAS Artéria é todo vaso que sai do coração. Elas se originam dos dois ventrículos: o esquerdo da origem à artéria aorta e o direito dá origem à artéria pulmonar. A circulação no interior da s artérias é feita sob um regime de alta pressão, conferindo-lhe s um formato cilíndrico. Suas paredes são espessas e quando seccionadas mantêm sua forma. O calibre das artérias é sempre igual entre a emissão de dois vasos colaterais. Á medida que ela emite vasos, seu calibre diminui. Ramo colateral: quando a artéria emite um ramo e permanece com o seu tronco principal. Esses ramos podem estar configurados em ângulos agudos e obtusos (recorrentes). Ramo terminal: quando a artéria termina em bifurcação, não seguindo o seu tronco principal. Normalmente sua direção é retilínea (menor caminho entre dois extremos), porém, em órgãos que são capazes de aumentar e diminuir o seu tamanho, a sua direção pode ser tortuosa. Ex.: artérias que envolvem o útero e a bexiga. Podem ser classificadas como superficiais, quando se localizam acima da fáscia profunda, encontradas na fáscia superficial, na tela subcutânea, ou profundas, quando estão abaixo da fáscia profunda. Árvore arterial: ramificação progressiva dos vasos arteriais que resulta na árvore arterial. Esses ramos se comunicam por verdadeiras pontes chamadas de anastomoses que possuem três tipos: transversa, quando passa entre duas artérias (fígado); terminal, quando une duas artérias boca a boca (palma da mão); e convergência, quando dois vasos se unem para formar apenas um (nas artérias vertebrais). Relações com outras estruturas Ossos: a relação com os ossos é muito importante para a localização das artérias. Durante seu desenvolvimento, as artérias podem seccionar os ossos, provocando sulcos. Articulações: as artérias principais sempre passam junto ás dobras de flexão, protegidas pelo esqueleto. Músculos: na borda medial do bíceps braquial passa a artéria braquial, por isso, o bíceps braquial é chamado músculo satélite (aquele que acompanha o trajeto da artéria) da artéria braquial. Veias: as veias que acompanham as artérias são denominadas comitantes, acompanhantes ou satélites. Ex.: a veia subclávia é acompanhante da artéria subclávia (passa por baixo da clavícula). Nervos: feixe vásculo-nervoso. Pele: aterias superficiais. Estrutura (túnicas) Interna (íntima): recoberta por uma camada monocelular, o tecido endotelial, que reveste todo o sistema circulatório. Nas artérias essa camada recebe o nome de endartéria. Diminui o atrito entre o sangue e o vaso. Média: é a membrana mais espessa. Pode ser constituída por tecido elástico, muscular liso ou pelos dois. O tecido S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 17 muscular serve para a artéria acomodar-se ao volume de sangue bombeado, que é controlado pelo sistema nervoso central de acordo com as necessidades funcionais. Ao envelhecer, sua elasticidade vai sendo perdida. Arterioesclerose: diminuição do volume da artéria. Externa (Adventícia): é composta por tecido conjuntivo. Ramescência As artérias são os grandes vasos de distribuição de sangue. Suas paredes são tão espessas que impedem qualquer tipo de troca entre os tecidos e o sangue. Assim, as artérias se abrem em pequenos vasos, chamados arteríolas. Das arteríolas surgem pequenos vãos, que são permeáveis e que permitem a troca de substâncias. São as redes de capilares. Essa rede é exclusivamente revestida pela túnica interna (endotélio), pois as túnicas interna e externa foram perdidas pelos vasos anteriores. A parede do capilar é muitíssimo delgada e semipermeável (macromoléculas não atravessam a membrana). Quando a artéria (ou veia) é dita comum, ela irá subdividir posteriormente em externa e interna. VEIAS São vasos sanguíneos que trazem o sangue da periferia para o coração. Originam-se dos vasos capilares, de onde saem pequeníssimas veias, as vênulas, que se anastomosam por convergência e vão formando veias mais calibrosas, desembocando nas grandes veias cavas e, por fim, no coração. Podem ser de calibre pequeno, médio e grande. Possuem paredes colapsáveis muito mais delgadas que as artérias. Quando seccionadas, as paredes se aderem e a veia achata-se. Veias da pequena circulação: veias pulmonares, em número de quatro. Veias da grande circulação: veias cavas superior e inferior. Superficiais: estão acima da fáscia superficial. São aquelas que, quando adoecem, formam as varizes. Profundas: estão abaixo da fáscia superficial. Ex.: veia situada na raiz da coxa (região inguinal). Conformação interior: as veias, diferentemente das artérias, possuem no seu interior válvulas venosas: auxiliam no retorno do sangue ao coração, contrariando a gravidade e também impedindo a volta do sangue dentro da própria veia. Sistema porta: são duas redes de capilares unidas por uma veia. Serve para filtração e retirada de impurezas. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 18 Estrutura (túnicas) Interna: endotélio vascular, pavimento simples. São denominados de endoveias. Média: formado por tecido elástico ou tecido muscular liso, porém em quantidade muito menor que a das artérias. Externa: túnica adventícia. VASOS LINFÁTICOS Existem macromoléculas em nosso organismo que não são permeáveis aos vasos capilares. O sistema encarre-gadode retirar essas macromoléculas é o sistema linfático. Ele é um sistema auxiliar do sistema venoso. O lí-quido circulante é a linfa, incolor e constituída por glóbulos brancos. Esse líquido nasce na intimida de dos teci-dos, através dos capilares que são semelhantes aos capilares sanguíneos, porém de maior calibre e cujas paredes são mais delgadas do que as das veias. Possuem muitas válvulas. Os capilares linfáticos têm o início em fundo cego, diferente do capilar sanguíneo que provém da bifurcação e ramificação de outro vaso. Pressão oncótica: as macromoléculas e proteínas que são absorvidas dos tecidos têm uma pressão que faz com que a molécula proteica atraia água por osmose. À medida que mais proteínas são absorvidas pelos capilares, absorve-se também mais água; logo, a pressão oncótica é a responsável pela circulação da linfa nos vasos, juntamente com a pressão muscular. Com os processos infecciosos do nosso corpo, é muito comum encontrarmos resíduos bacterianos e toxinas bacterianas em nossos tecidos, que irão penetrar nos vasos linfáticos. Para filtrar esses resíduos há os chamados linfonodos (estruturas de tecido linfóide). Estão localizados nas raízes dos membros inferiores e da cabeça e nas axilas. A linfa proveniente do tubo digestório possui aspecto leitoso e é rica em gordura, sendo chamada de quilo. Grandes coletores linfáticos Ducto torácico: os linfonodos que vêm dos membros inferiores chegam até o abdômen, unindo-se aos linfono-dos que vêm do tubo digestório e das vísceras intra-abdominais e vão confluir para um reservatório linfático situado na parte mais superior da porção abdominal chamada cisterna quilífera ou cisterna de pequet, de den-tro da qual parte o ducto torácico. O ducto torácico vai desembocar na confluência das veias jugular e subclávia esquerda. Pelo ducto vem a linfa da metade esquerda do tórax e do membro superior esquerdo. Assim, o ducto toráxico drena três quartas partes do corpo. Ducto linfático direito: drena o quadrante superior direito do corpo e desemboca na confluência jugulo-subclávia direita. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 19 CIRCULAÇÃO FETAL Na vida fetal não existe necessidade de respiração pulmonar, pois a oxigenação é feita através da placenta. Todos os tecidos fetais desenvolvem-se muito bem com baixa oxigenação, exceto o sistema nervoso central. Esquematização: duas artérias umbilicais (originárias das artérias ilíacas internas) placenta (oxigenação) veia umbilical (rica em O2) face inferior do fígado veia porta (ducto venoso) veia cava inferior (o sangue é enfraquecido pelo sangue vindo dos membros inferiores) átrio direito comunicação interatrial átrio esquerdo ventrículo esquerdo aorta carótida cérebro veia cava superior ventrículo direito artéria pulmonar (ducto arterial) aorta. ESPLANCNOLOGIA Víscera é um órgão que se situa dentro de uma cavidade. Cavidades: torácica, pélvica ou abdominal. As vísceras podem ser maciças (ex.: fígado) ou ocas (ex.: bexiga). Vísceras maciças Todas vísceras maciças possuem: Cápsula: formada por tecido conjuntivo intimamente ligado a ela. Ex.: no fígado se chama cápsula de Glisson. Estroma: tecido conjuntivo que dá sustentação à víscera. Parênquima: é onde estão contidas as células que comprem a função da víscera. Ex.: parênquima renal, filtra-ção do sangue. Todas as vísceras maciças possuem uma entrada que s e chama hilo, de onde saem e onde penetram um conjunto de estruturas chamado pedículo. Ex.: no rim, o pedículo é formado por veias, artérias e sistema coletor de urina. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 20 Vísceras ocas São aquelas que contêm parede e luz. No interior da luz transitam dejetos. Ex.: intestino delgado e grosso, bexiga, estômago e vesícula biliar. Histiotopia Serosa: camada mais externa. · Pericárdio: reveste o coração (que não é uma víscera). · Pleura: reveste as cavidades torácicas. Pode ser parietal (reveste a parede torácica),visceral (reveste a víscera) e mediastínica (está em contato com o mediastino, no meio da cavidade torácica). · Peritônio : reveste a cavidade abdomino-pélvica.Túnica vaginal: peritônio que reveste a bolsa escrotal. Muscular: camada intermediária, que pode apresentar duas ou mais fitas musculares. Mucosa: camada de células que fazem a absorção. SISTEMAS DO CORPO HUMANO Sistema respiratório: nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos. Sistema digestório: boca, faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, fígado, pâncreas (exócrino). Sistema urinário: rim, pelve renal, ureter, bexiga, uretra. Sistema genital masculino: válvula seminal, próstata, glândula bulbouretral, ducto deferente, testículo epidídimo. Sistema genital feminino: ovário, tuba uterina, útero, vagina, vulva. Sistema endócrino: hipófise, epífise, paratireoides, tireoide, timo, suprarrenal, pâncreas (endócrino), ovário, testículos. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 21 Sistema tegumentar Pele: epiderme (fáscia superficial), destaca-se facilmente; derme ou cório (fáscia profunda), parte mais espessa. Anexos: pêlos, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas, unhas e músculo eretor do pêlo (musculatura lisa). Unha: disposta nas falanges distais dos dedos das mãos e dos pés. Compõe-se da raiz, porção proximal que contém a matriz; e do corpo, porção distal. Pêlos: lanugem, cabelos, supercílios, cílios, barba, tragos, vibrissas, hircos, púbios. Linhas de força: linhas imaginárias que distribuem a tensão da pele em regiões determinadas. Seguem a orientação as fibras musculares. Importantes para uma melhor cicatrização da pele. Coluna vertebral Formada pela sobreposição das vértebras. Articula-se acima com o occipital e abaixo ela continua com uma porção de vértebras fusionadas denominadas sacro e cóccix . As vértebras possuem massa óssea, ou seja, o corpo vertebral. Posterior-mente ao corpo, encontra-se o forame vertebral. A sucessão de forames vertebrais forma o canal vertebral, por onde passa a medula vertebral. O arco possui porções: processo espinhoso (posteriormente) e o processo transverso (lateralmente). O pedículo une o corpo ao arco. Unindo o processo transverso com o processo espinhoso encontramos a lâmina . A massa óssea do corpo das vértebras dá proteção à medula e proporciona a sustentação do peso do corpo. O processo articular é uma saliência menor onde se articulam as costelas com os corpos das vértebras (nas vértebras torácicas) e também vértebra com vértebra.Também chamados de fóvias costais. Nos processos transversos e espinhosos inserem-se músculos, permitindo o movimento das vértebras. Vértebras cervicais – 7 Possuem um forame no processo transverso, chamado forame transverso, por onde passa a artéria vertebral, que se MESO: dobras de peritônio que CONTÉM estruturas nobres. Ex.: mesentério (dobra do intestino), mesogastro (estômago), mesocólon (intestino grosso). LIGAMENTO: dobra de peritônio que vai da parede à víscera e NÃO CONTÉM estruturas nobres. OMENTO: dobras que vão de víscera à víscera e contém estruturas nobres no seu interior. Ex.: omento maior (gastrocólico) e omento menor (gastrohepático). S E B E N T O 2 0 1 6P á g i n a | 22 insere a partir de C6. Apresentam o processo espinhoso bífido. Atlas (C1): não possui corpo, possui tubérculo anterior e posterior (saliência) no lugar do processo espinhoso, nos processos transversos existem massas laterais que permitem a articulação com os côndilos do occipital. Axis (C2): superiormente possui uma saliência chamada processo odontóide (formato de dente) que vai se articular com o tubérculo posterior do atlas. C7 (proeminente): possui o processo espinhoso mais comprido das vértebras, apresentando uma saliência atrás do pescoço. Vértebras torácicas – 12 Possuem facetas articulares (mais de três de cada lado) que servem para se articularem com as costelas. O corpo é de tamanho médio e em formato de coração (cordiforme). O processo espinhoso é inclinado para baixo e no seu início existirão os processos articulares inferiores e superiores, que servirão para articular uma vértebra com a outra. Além disso, possuem também incisura vertebral superior e inferior que, quando combinadas entre duas vértebras, vão formar o forame intervertebral ou de conjugação , por onde vão sair nervos raquidianos. Vértebras lombares – 5 Possuem o corpo maior, formato de rim (reniforme), e os processos transversos são mais compridos e mais potentes (processos costiformes), servindo para a sustentação do peso do corpo. Possuem ainda o processo mamilar e o processo acessório. Forame intervertebral de formato triangular. Os processos espinhosos são horizontalizados e têm formato de machadinha Região sacral – 5 vértebras fusionadas Tem formato piramidal triangular cuja base está virada para cima e o ápice para baixo. Tem concavidade para a frente e convexidade para trás. Na face anterior situam-se quatro pares de orifícios (forames sacrais ventrais ou anteriores) por onde se exteriorizam para dentro da pelve algumas raízes dos nervos raquidianos. Forma um ângulo anterior chamado de promontório. Acima, articula-se com L5. De cada lado articula-se com o osso do quadril (articulação sacro-ilíaca) pela superfície auricular. O hiato sacral resulta da ausência do processo espinhoso S5, onde se aplica a anestesia peridural. Há ainda o ângulo lombossacral, formado entre as últimas vértebras lombares e as primeiras sacrais. Nutação: movimento do sacro para frente. No parto, há contranutação. Crista sacral média: fusão dos processos espinhosos. Crista sacral intermédia: fusão dos processos acessórios. Crista sacral lateral: fusão dos processos transversos. Cóccix – 4 vértebras fusionadas É o resquício de uma cauda. Não tem papel na sustentação do corpo quando de pé, mas quando sentado, pode suportar S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 23 alguma carga. CURVATURAS DA COLUNA Cervical concavidade posterior: lordose Torácica convexidade posterior: cifose Lombar concavidade posterior: lordose Sacro e cóccix convexidade posterior cifose Na gravidez ocorre uma lordose fisiológica da lombar Escoliose: desvio lateral da coluna. ARTICULAÇÕES E LIGAMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL Disco intervertebral: situa-se entre os corpos das vértebras articulação anfiartrose típica ou verdadeira. A perda de altura e água no envelhecimento é denominado discopatia degenerativa. Hérnia de disco: o corpo da vértebra de cima comprime o corpo da vértebra de baixo, que se desloca para trás e toca nas raízes dos nervos raquidianos. Os ligamentos são compostos de tecido fibroso. Ligamento longitudinal anterior: vai do atlas ao sacro pela frente do corpo, impedindo a hiperextensão. Ligamento longitudinal posterior: vai do áxis ao sacro por trás do corpo, impedindo a hiperflexão. Ligamento interespinhoso: une os processos espinhosos. Ligamento supra-espinhoso: bem espesso na região cervical (ligamento nucal). Ligamento amarelo: liga as lâminas de cima a baixo. Ligamento intertransversário: une processos transversos na região torácica e lombar. Ligamentos do processo odontoide com o atlas: 1. Ligamento cruciforme: ligamento tranverso (no arco do atlas, prende o processo odontóide) + ligamento longitudinal superior (do corpo do axis ao forame magno). 2. Alar: entre processo odontóide e occipital (na borda do forame magno). Articulações facetárias: artródia (sinovial plana). Entre processos articulares, também chamadas de zigoapofisárias e são envoltas por cápsula articular Articulação atlanto-axial: trocóide (rotação) Articulação atlanto-occipital: condilar (flexão/extensão e flexão lateral) Articulação costovertebral: artródia Articulação sacro-ilíaca: sinovial Movimentos da coluna: flexão (para frente), extensão (para trás), flexão lateral e rotação. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 24 DORSO E NUCA O dorso e a nuca situam-se posteriormente à coluna vertebral. A linha divisória entre o dorso e a nuca é C7 no processo espinhoso. Acima de C7 é a nuca; abaixo, o dorso. Planos (estratigrafia) Pele: podem ou não ser encontrados pelos, sendo que na nuca eles são mais abrangentes. Possui glândulas sebáceas e sudoríparas (dificultam a cicatrização). Fáscia superficial ou tela subcutânea: encontra-se gordura, vasos e nervos (C2 nervo occipital maior). Fáscia profunda: é formada por tecido fibroso que reveste a musculatura. Apresenta dois espessamentos, chamados espessamento nucal e espessamento tóraco-lombar. MUSCULATURA Primeiro plano muscular Músculo Origem Inserção Inervação Ação Trapézio Protuberância occipital externa Terço médio da linha nucal Processos espinhos C7- T12 Terço lateral da clavícula Acrômio e espinha da escápula Base da espinha da escápula XI NC – Nervo Acessório Fibras superiores: elevam o ombro Fibras médias e inferiores: enquadram os ombros Gira a escápula na abdução do MS (>90º) Inversão de ponto fixo: extensão da cabeça *Paralisia queda do ombro Grande Dorsal Processos espinhosos de T7 a T12, das lombares e sacrais aravés da fáscia toracolombar Crista ilíaca 9ª a 12ª costela (3 a 4 últimas) Assoalho do sulco intertrabecular do úmero Nervo tóraco-dorsal (C6, C7 e C8) Adução, extensão e rotação medial do MS Na inversão de ponto fixo eleva o tronco (escalada) e ajuda na inspiração forçada S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 25 Inervação: nervo suboccipital (ramo posterior de C1) Ação: postural Trígono Suboccipital: formado pelo reto posterior maior e os dois oblíquos. Recoberto pelo semi-espinal. A artéria vertebral está no fundo, sobre o processo transverso do atlas. Cruzando o trígono está o nervo suboccipital (C1), que inerva os músculos suboccipitais. Por baixo do trígono, passa o nervo occipital maior (C2), ou nervo de Arnold. Segundo plano muscular Músculo Origem Inserção Inervação Ação Esplênio da cabeça Processos espinhosos de C7-T4 Processo mastóide do osso temporal e linha nucal superior do osso occipital Ramos dorsais dos nervos raquidianos cervicais Extensão, inclinação lateral e rotação da cabeça: gira a cabeça para o mesmo lado que o músculo se contrai Esplênio do pescoço Processos transversos de C1-C4 Levantador da EscápulaProcessos transversos C1- C4 Parte superior da margem medial da escápula Nervo dorsal da escápula Eleva e aduz a escápula Romboide Maior Ligamento nucal e processos espinhosos T2 – T5 Borda medial da escápula Nervo dorsal da escápula Adução da escápula (enquadramento dos ombros) Romboide Menor Processos espinhosos C7 – T1 Serrátil Posterior Superior Processos espinhosos C7 – T4 Base externa e superior da 2ª a 5ª costela Quatro primeiros nervos intercostais posteriores Eleva costelas (Inspiração) Serrátil Posterior Inferior Processos espinhosos T11 – L2 ou L3 Nas quatro últimas costelas Nervos intercostais posteriores (T9 – T11) Abaixa costelas (Expiração) Terceiro plano muscular Músculo Origem Inserção Inervação Ação Longo da cabeça Processos espinhosos ? ? C3 – C6 ou C7 – T4 Processo mastóide do osso occipital Ramos posteriores dos nervos cervicais Extensão da cabeça e rotação para o lado oposto Semi-espinhal da cabeça Processos espinhosos T1 – T6 Osso occipital Ramos posteriores dos nervos cervicais Extensão da cabeça e rotação para o lado oposto Quarto plano muscular - Suboccipitais Músculo Origem Inserção Reto posterior menor da cabeça Tubérculo posterior do atlas Linha nucal inferior(occipital) Reto posterior maior da cabeça Processo espinhoso do axis Linha nucal inferior(occipital) Oblíquo inferior da cabeça Processo espinhoso do axis Processo transverso do atlas Oblíquo superior da cabeça Processo transverso do atlas Linha nucal inferior(occipital) S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 26 Trígono da Ausculta: limitado medialmente pela borda ínfero-lateral do trapézio, lateralmente pela borda medial da escápula, inferiormente pelo grande dorsal e tem como assoalho o romboide maior. Local de pouca musculatura, tornando-se mais fácil para a ausculta pulmonar. Trígono Lombar: entre grande dorsal, oblíquo externo e crista ilíaca, local de ocorrência de hérnia lombar. Inervação: ramos posteriores dos nervos raquidiano s cervicais, torácicos e lombares. Ação: extensão, flexão lateral e rotação da coluna vertebral. Situa-se ao longo da goteira vertebral (espaço entre os processos espinhosos e os processos transversos das vértebras). Vai desde o sacro até o occipital. Eretores da espinha Músculo Origem Inserção Íliocostal Crista Ilíaca Ângulo das costelas e proc. transversos cervicais Longo Dorsal – Longuíssimo Fáscia Toracolombar e Parte Posterior do Sacro Processos transversos das vértebras torácicas e cervicais e processo mastóide Espinhal (mais interno) Processos transversos da região lombar superior e torácica inferior Processos transversos da região torácica superior S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 27 MEMBRO SUPERIOR As funções do membro superior são a apreensão e manipulação de objetos e o sentido do tato. É o membro responsável pela exploração do ambiente. É formado por quatro segmentos: 1. Cíngulo escapular: clavícula e escápula 2. Braço: úmero 3. Antebraço: rádio (lateral) e ulna (medial) 4. Mão: carpo, metacarpo e dedos (falanges) OSSOS Cíngulo escapular Clavícula: osso longo, localizado na porção anterior e superior do corpo, na posição horizontal. Tem uma cur-vatura (S), sendo que a porção anteriormente convexa é medial e a porção posteriormente côncava é lateral. É palpável em toda sua extensão. Apresenta duas extremidades: medial (esternal, dilatada) e lateral (acromial, achatada). Sua ossificação é intramembranosa. De medial para lateral, apresenta o tubérculo costal, onde se liga o ligamento costoclavicular; o sulco do músculo subclávio;e os tubérculos conóide e trapezóide (onde se ligam ligamentos de mesmo nome). Escápula:osso chato de formato triangular que apresenta três lados: borda lateral (axilar), borda medial (vertebral) e borda superior e três ângulos: superior, lateral e inferior. A face posterior apresenta a espinha da escápula e o acrômio . Acima da espinha temos a fossa supraespinhal e abaixo a fossa infraespinhal. A face anterior ou costal é côncava para dentro adiante e apresenta a fossa subescapular. No ângulo lateral en-contramos uma superfície articular rasa, mais ou menos ovóide, chamada cavidade glenóide. Na borda superior da escápula há uma depressão chamada incisura da escápula(nervo supraescapular transita) e uma porção óssea que parece um dedo curvado, o processo coracóide . Sinal da tecla de piano: luxação da articulação acromioclavicular Braço Úmero: osso longo que possui borda anterior e face posterior. Na epífise proximal encontramos as seguintes estruturas: cabeça, colo anatômico, tubérculo maior (lateral), tubérculo menor (medial), goteira intertu-bercular (por onde passa o bíceps) e o colo cirúrgico (por onde passa o nervo axilar). Na diáfise, tem-se o canal do nervo radial. Na epífise distal encontramos o epicôndilo medial (por onde passa o nervo ulnar), a tróclea (lateralmente ao côndilo medial), o capítulo (côndilo lateral), a fossa radial (acima do capítulo – visão anterior) a fossa coronóide (acima da tróclea – visão anterior) e a fossa olecraniana (acima da tróclea – visão posterior). S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 28 Antebraço Ulna: entre a ulna e o rádio encontramos a membrana interóssea . A ulna é o osso mais medial do antebraço, parecendo uma chave-de-boca. É um osso longo e, na sua porção proximal, apresenta o olecrano, o processo coronóide , a incisura troclear (articula-se com a tróclea do úmero) e a incisura radial (articula-se com o rá-dio). Distalmente, encontram-se a cabeça e o processo estilóide da ulna (medial). Rádio:é também um osso longo, apresentando cabeça com uma fóvea que se articula com o sapítulo, e a cir-cunferência articular,que se articula com a incisura radial da ulna (movimentos de pronação e supinação). Além disso, apresenta ainda uma tuberosidade onde se insere o tendão do bíceps. Na epífise distal, há o pro-cesso estilóide do rádio (lateralmente) e a incisura ulnar, que se articula com a cabeça da ulna. Fratura de Colles: queda sobre mão e antebraço estendidos em pronação. Arrancamento do processo estilóide da ulna e encurtamento do rádio. Muito comum na queda de idosos. Mão Carpo: conjunto de oito ossos dispostos em duas fileiras de quatro ossos cada. De lateral para medial, na fila proximal, temos: escafóide (barco), semilunar (meia-lua), piramidal (pirâmide) e pisiforme (ervilha). Na fila distal temos trapézio, trapezóide, capitato (cabeça) e hamato (que apresenta o hâmulo do amato, gancho). Metacarpo: são cinco ossos. Partindo da posição anatômica, de lateral para medial, são contados de 1o a 5o. São ossos longos. A epífise proximal é chamada de base e a distal de cabeça. Falanges: cada dedo tem três falanges: proximal, média e distal, com exceção do polegar, que possui somente duas, a proximal e a distal. Todas as epífises proximais são chamadas de base. As epífises distais das falanges proximais e médias são as cabeças e das epífises distais são as tuberosidades. Articulações Esterno-clavicular: selar. Escápulo-umeral: enartrose. Acromioclavicular: artródia ou plana. Úmero-ulnar: gínglimo ou trocleartrose. Rádio-ulnar proximal:trocóide ou pivô. Rádio-ulnar distal: sindesmose. Rádio-carpiana: elipsóide. Intercarpal: artródia ou plana. Metacarpo-falangeana: elipsóide. Interfalangeana: gínglimo ou trocleartrose. Carpo-metacarpiana do 1o dedo: selar. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 29 VASCULARIZAÇÃO Rede venosa do dorso da mão Possui duas extremidades: a medial e a lateral. Da extremidade lateral origina-se a veia cefálica, que, quando chega à união do terço médio com o terço supe-rior do braço, próximo à epífise proximal do úmero, perfura a fáscia, deixando de ser superficial e corre entre o músculo deltóide e o peitoral maior, no sulco delto-peitoral, passando por baixo da clavícula e desembocando na veia axilar. Da extremidade medial origina-se a veia basílica, que perfura a fáscia na união do terço médio como terço inferior, pouco acima da epífise distal do úmero e da fossa cubital. Assim, ou ela pode desembocar na veia braquial, ou caminhar junto às veias braquiais originando a veia axilar. Rede venosa da palma da mão É de onde se origina a veia mediana antebraquial, que, ao alcançar a prega do cotovelo, se transforma na veia mediana do cotovelo, podendo ir para a basílica ou para a cefálica ou, ainda, bifurcar-se nas vais mediana basílica e mediana cefálica que são a anastomose entre a cefálica e a basílica. Rede linfática Na palma da mão, existe uma riquíssima rede linfática e esses vasos sobem à raiz do membro onde há os linfo-nodos axilares. Laterais ou Umerais: situam-se atrás da veia axilar. Drenam MS, exceto região posterior do ombro. Peitorais: situam-se na borda inferior do músculo peitoral menor. Drenam a mama e músculos da parede torácica anterior e lateral. Posteriores ou Subescapulares: situam-se junto à artéria subescapular. Drenam nuca e músculos da parte posterior do tórax. Centrais: situam-se na base da axila. A linfa dos três grupos anteriores (laterais, peitorais e posteriores) drenam para os centrais. Está anteriormente à veia axilar e posteriormente ao músculo peitoral menor. Apicais: situam-se na borda superior do músculo peitoral menor. A linfa do central drena para o apical. Direito: ducto linfático. Esquerdo: ducto torácico. Toda linfa da porção supraumbilical do tronco e do membro superior do mesmo lado drena para os linfonodos axilares. Cubitais ou Epitrocleanos: nos epicôndilos mediais (há em algumas pessoas). S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 30 ARTÉRIAS O arco aórtico dá origem a três ramos: artéria subclávia esquerda, carótida comum esquerda e bráquiocefálica, que passa atrás da articulação esternoclavicular direita e origina mais dos ramos: carótida comum direita e subclávia direita. A subclávia direita, quando passa pela borda externa da 1ª costela, entra na axila e transforma-se em artéria axilar, que, quando ultrapassar a borda inferior do músculo redondo maior, entra no braço denominando-se artéria braquial. Ela então se bifurcará no braço, na dobra do cotovelo, na altura do colo do rádio, formando duas artérias: a radial e a ulnar. Tanto uma como a outra, no punho, emitem um ramo colateral chamado de palmar. O ramo palmar superficial da radial anastomosa-se boca a boca por inosculação com a ulnar, formando uma arcada na palma da mão: arcada palmar superficial. O ramo palmar profundo da ulnar se anastomosa por inosculação com a radial, formando a arcada palmar profunda. A arcada superficial emite três artérias digitais comuns ou palmares. Elas se bifurcam dando as artérias digitais próprias. A do polegar nasce diretamente da radial e a do 5º dedo nasce diretamente da ulnar. A arcada palmar profunda emite ramos metacárpicos palmares que desembocam nas artérias digitais palmares ou comuns. O ramo profundo da artéria radial vai para o dorso da mão e se divide em metacarpiais dorsais e, subsequentemente, em digitais dorsais. As grandes artérias (subclávia, axilar) são acompanhadas apenas de uma veia. Artéria axilar A artéria subclávia recebe o nome de artéria axilar após a primeira costela e é dividida em três porções pelo músculo peitoral menor. 1ª porção (antes de chegar ao músculo peitoral menor): artéria torácica superior. 2ª porção (passando por baixo do músculo peitoral menor): artéria tóraco-acromial (origina artérias acromi-al, deltóidea , peitoral e clavicular) e artéria torácica lateral (desce com o nervo torácico longo). 3ª porção (após o músculo peitoral menor): artéria subescapular (origina artérias circunflexa da escápula e tóraco- dorsal ), artéria circunflexa anterior do úmero e artéria circunflexa posterior do úmero. Circulação Colateral da Artéria Axilar: quando ocorre uma ruptura da artéria, não, necessariamente, ocorrerá necrose da área irrigada por ela. As artérias dorsal da escápula e subescapular mantêm a vascularização dos segmentos afetados. INERVAÇÃO – PLEXO BRAQUIAL Raízes do plexo braquial: ramos anteriores de C5, C6, C7, C8 e T1. Troncos: união das raízes do plexo braquial. Dividem-se em três: · Tronco superior: união dos ramos anteriores de C5 e C6. Emite como ramo colateral o nervo supra-escapular, saindo de C5. · Tronco médio:ramo anterior de C7. · Tronco inferior: união dos ramos anteriores de C8 e T1. Cada tronco emite um ramo posterior e um ramo anterior, formando fascículos. A nomenclatura dos fascículos depende S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 31 da sua localização em relação à artéria axilar. Dividem-se em três: · Fascículo posterior: situa-se atrás da artéria axilar. Apresenta os seguintes ramos colaterais: nervo subescapular inferior, nervo tóraco-dorsal e nervo subescapular superior. É a união dos ramos pos-teriores dos três troncos. Origina dois ramos terminais: o Nervo radial: C5 a T1 o Nervo axilar: C5 e C6. Fratura de colo de úmero Atrofia deltoide · Fascículo lateral: situa-se lateralmente à artéria axilar e origina-se da união dos ramos anteriores dos troncos médio e superior. Emite como ramos colaterais o nervo peitoral lateral. Origina dois ramos terminais: o Nervo músculo-cutâneo (perfura o músculo coraco-braquial): C5 a C7 o Raiz lateral do nervo mediano: C5 a T1 · Fascículo medial: ramo anterior do tronco inferior. Tem como ramos colaterais o nervo peitoral me-dial, o nervo cutâneo medial do braço e o nervo cutâneo medial do antebraço . Ramos terminais: o Nervo ulnar: C8 e T1. o Raiz medial do nervo mediano: C5 a C7. Paralisia do Erb: rompimento das raízes de C5 e C6, atingindo o nervo axilar e o músculo-cutâneo. Causa mão de garçom em gorjeta Paralisia de Krumpkie: rompimento das raízes de C8 e T1. Mão em Gota – Hiperextensão do punho: lesão do nervo radial (Lesão na região do epicôndilo lateral) Mão papal: lesão do nervo mediano (Síndrome do Túnel do Carpo) Mão em garra: lesão do nervo ulnar (Fratura na região do epicôndilo medial) S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 32 Plexo Braquial. Sim, vocês vão ter que decorar tudo isso. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 33 CINTURA ESCAPULAR E CAVO AXILAR Região peitoral ou anterior – 4 músculos Músculo Origem Inserção Inervação Ação Peitoral Maior Terço superior (cabeça)da clavícula Manúbrio e quase todo o corpo do esterno Face anterior das 6 primeiras cartilagens costais Lábio lateral do sulco intertubercular do úmero Nervo peitoral medial e nervo peitoral lateral Adução e rotação medial do MS Inversão ponto fixo: auxilia inspiração forçada Cabeça clavicular: flexão braço Cabeça esternocostal: extensão braço Peitoral Menor Face anterior da 3ª – 5ª costelas; Processo coracoide da escápula Nervo peitoral medial Abaixa e puxa escápula adiante Inversão ponto fixa: auxilia inspiração Subclávio Primeira costela Sulco subclávio – borda inferior da clavícula Nervo subclávio Fixa e abaixa clavícula ou eleva 1ª costela Serrátil Anterior Faces externas das partes laterais da 1ª a 8ª costelas Borda medial da escápula Nervo torácico longo (n. respiratório de Charles Bell) LESÃO: ESCÁPULA ALADA Protrusão da escápula roda escápula, permitindo abdução total Região deltoidea – 1 músculo Músculo Origem Inserção Inervação Ação Deltoide Terço lateral da clavícula (acrômio e espinha da escápula) Tuberosidade deltoidea no úmero Nervo axilar Abdução do MS de 15 a 90º Porção anterior: flexão e rotação medial do MS Porção posterior: extensão e rotação lateral do MS Deltoide: Dá o arredondamento do ombro. Serve para a aplicação de injeções intramusculares. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 34 Região escapular – 5 músculos Músculo Origem Inserção Inervação Ação Supraespinhal Fossa supraespinhal da escápula Faceta superior do tubérculo maior do úmero Nervo supraescapular Abdução até 15º Infraespinhal Fossa infraespinhal da escápula Faceta medial do tubérculo maior do úmero Nervo supraescapular Rotação lateral do MS Redondo Menor Parte inferior da fossa infraespinhal e borda lateral da escápula Faceta inferior do tubérculo maior do úmero Nervo axilar Rotação lateral do MS Redondo Maior Parte posterior do ângulo inferior da borda lateral da escápula Abio medial do sulco intertubercular do úmero Nervo subescapular Adução MS Rot. medial e extensão do braço Subescapular Fossa subescapular da escápula (90% da face ANTERIOR da escápula) Tubérculo menor do úmero Nervo subescapular Rotação medial do MS (Mantém a cabeça do úmero na cavidade glenoidal) MANGUITO ROTADOR (SIrS) MANGUITO ROTADOR (SIrS): Os 4 músculos: Supraespinal, Infraespinhal, redondo menor, Subescapular emitem seus tendões que se unem com a cápsula articular do ombro e ajudam a fixar a cabeça do úmero na cavidade glenoide, estabilizando a articulação escápulo-umeral. O conjunto desses músculos se chama manguito rotador. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 35 FIGURAS GEOMÉTRICAS DA REGIÃO ESCAPULAR Quadrilátero úmero-tricipital Limite superior: músculo redondo menor. Limite inferior: músculo redondo maior. Limite lateral: úmero. Limite medial: tríceps. Dentro do quadrilátero transitam o nervo axilar e a artéria circunflexa posterior do úmero, que o atravessam. Trígono omotricipital Nota: omo é um prefixo que se refere à omoplata, vulgo: escápula Está situado ente o músculo redondo maior, o músculo redondo menor a escápula e a porção longa do tríceps. Dentro do triângulo transita a artéria circunflexa da escápula. Ela não atravessa o trígono, mas segue por baixo dele em direção à escápula. Trígono úmero-tricipital Situa-se entre o músculo redondo maior, o úmero e a porção longa do tríceps. Dentro do triângulo transitam o nervo radial e a artéria braquial profunda, mas eles não o atravessam, mas vão seguindo a cabeça longa do tríceps para o braço. Cavo axilar Possui a forma de pirâmide triangular: Ápice anterior: clavícula. Ápice posterior: escápula. Ápice medial: 1ª costela. Base: pele Prega anterior: borda lateral do músculo peitoral maior. Prega posterior: Músculo grande dorsal (borda lateral) e músculo redondo maior. Conteúdo: plexo braquial, linfonodos, artéria axilar e veia axilar. BRAÇO Veias superficiais: estão situadas acima da fáscia profunda. Originadas na mão, chegam ao braço passando pelo antebraço. S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 36 Veia cefálica: está situada na porção ântero-lateral do braço. No terço superior do braço ela perfura a fáscia profunda percorrendo o sulco delto-peitoral e desembocando na veia axilar. Veia basílica: está situada na porção ântero-medial. Na união do terço médio com o terço inferior ela perfura a fáscia profunda e se funde com a veia braquial, dando origem à veia axilar. Fáscia profunda: emite duas projeções em relação ao úmero: septo intermuscular lateral e septo intermuscular medial. Esses septos delimitam dois compartimentos: loja anterior e loja posterior. Loja anterior – 3 músculos Músculo Origem Inserção Inervação Ação Bíceps braquial Cabeça curta: processo coracoide Tuberosidade do rádio e fáscia do antebraço Nervo musculocutâneo Flexão do antebraço em relação ao braço Flexão braço Supinação contra resistência quando o braço estiver em flexão - dá forma ao braço - cabeça curta resiste à luxação do ombro Cabeça longa: percorre sulco intertubercular e se fixa no tubérculo supraglenoidal da escápula Coracobraquial Processo coracoide Terço médio da face medial do úmero Nervo musculocutâneo Flexão braço Adução MS - Resiste à luxação do ombro Braquial Diáfise (anterior) do úmero Processo coronoide e tuberosidade da ulna Nervo musculocutâneo + algumas fibras N. radial Flexão do antebraço Inferiormente, o bíceps braquial, forma um potente tendão que origina uma fáscia que vai se prender ao espessamento da fáscia profunda anterior do antebraço. É como uma expansão do bíceps: a aponeurose bicipital, em cima do nervo mediano e da artéria braquial. Loja posterior – 1 músculo Músculo Origem Inserção Inervação Ação Tríceps braquial Cabeça longa: tubérculo infraglenoidal Olécrano e fáscia do antebraço Nervo radial Extensão do antebraço Extensão do braço -cabeça longa resiste à luxação do úmero Medial: face posterior do úmero, abaixo do sulco do nervo radial Lateral: face posterior do úmero, acima do sulco no n. radial S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 37 O músculo Ancôneo faz parte, segundo o Moore, da loja posterolateral, porém, pode ser enquadrado, também, na loja posterior. Fossa cubital (ou ulnar): Região anterior do cotovelo. Limites: linha entre os epicôndilos (superiormente), m. braquiorradial (inferolateralmente) e m. pronador redondo (inferomedialmente). O assoalho se dá pelos músculos supinador e braquial. Elementos superficiais: veia mediana cefálica, nervo cutâneo lateral do antebraço, veia mediana basílica e nervo cutâneo medial do antebraço (ramos anterior e posterior). Elementos no sulco bicipital medial: artéria braquial (divide-seem radial e ulnar) e nervo mediano. Elementos no sulco bicipital lateral: nervo radial (profundo) perfura o supinador. Região olecraniana: Região posterior do cotovelo. Entre o olécrano e o epicôndilo medial situa-se um sulco por onde passa o nervo ulnar (fossa epitrocleolecraniana). ANTEBRAÇO Loja anterior – 8 músculos em quatro planos Sequência mnemônica: 4 – 1 – 2 - 1 Inervada pelos nervos mediano e ulnar. 1º plano – 4 músculos epicondilianos mediais Músculo Origem Inserção Inervação Ação Pronador redondo* Epicôndilo medial Terço médio da face lateral do rádio Nervo mediano Pronação e flexão do antebraço Flexor radial do carpo Epicôndilo medial Base do 2º metacarpo Nervo mediano Flexão e abdução da mão Palmar longo Epicôndilo medial Retináculo flexor Nervo mediano Flexão da mão e tensiona aponeurose palmar Flexor ulnar do carpo** Epicôndilo medial Ossos pisiforme, hamato e base do 5º metacarpo Nervo ulnar Flexão e adução da mão - satélite para feixe vásculo-nervoso ulnar * Pode-se considerar que o pronador redondo possui duas cabeças, a ulnar e a umeral, a única diferença entre elas é que a ulnar se insere no processo coronoide, diferente da umeral, que se insere no epicôndilo medial do úmero. ** O flexor ulnar do carpo também tem duas cabeças de mesmos nomes que o pronador redondo, ulnar e umeral, da mesma forma que o pronador, a ulnar possui a inserção diferente, ao invés de ser no epicôndilo medial, como a maioria dos músculos da região e também a cabeça umeral do musculo ulnar do carpo, se insere no olécrano. Ancôneo Epicôndilo lateral do úmero Olécrano e parte posterior da ulna Nervo radial Auxilia o tríceps braquial e estabiliza a articulação do cotovelo S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 38 2º plano – 1 músculo Músculo Origem Inserção Inervação Ação Flexor superficial dos dedos Epicôndilo medial e metade superior da margem anterior do rádio Falanges médias do 2º ao 5º metacarpo Nervo mediano Flexão falanges médias sobre as proximais e das proximais sobre as metacarpais + flexão da radiocarpiana Esse músculo também possui duas cabeças, a umeroulnar e a radial. 3º plano – 2 músculos Músculo Origem Inserção Inervação Ação Flexor longo do polegar Rádio e membrana interóssea Falange distal do 1º dedo (polegar) Nervo mediano Flexão das falanges do polegar Flexor profundo dos dedos* Ulna e membrana interóssea Falanges distais do 2º ao 5º dedo Nervo mediano (2º e 3º dedo. Nervo ulnar (3º e 4º) Flexão das falanges distais Canal carpiano ou túnel do carpo: Situa-se entre os ossos do carpo (do escafóide ao pisiforme e do trapézio ao hamato) e o retináculo flexor. Por ele transitam os tendões dos flexores superficial e profundo dos dedos, do flexor longo do polegar e o nervo mediano (entre os tendões do flexor radial do carpo e o palmar longo). A artéria radial situa-se lateralmente ao músculo flexor radial do carpo e não passa pelo túnel. O retináculo flexor ou ligamento transverso do carpo é uma faixa fibrosa que se prende lateralemente nos ossos escafóide e hamato. Serve para manter os tendões dos músculos nos seus lugares. Loja lateral – 4 músculos epicondilianos laterais – 1 em cada plano Inervados pelo nervo radial. São epicondianos laterais. Loja supinatoextensora Primeiro plano Músculo Origem Inserção Inervação Ação Braquiorradial Epicôndilo lateral Pouco acima do processo estilóide do rádio Nervo radial Flexão antebraço e supinação até ponto neutro Segundo plano Músculo Origem Inserção Inervação Ação Extensor radial longo do carpo Epicôndilo lateral Base do 2º metacarpo Nervo radial Extensão e abdução da mão -ativado ao cerrar o punho 4º plano – 1 músculo Músculo Origem Inserção Inervação Ação Pronador quadrado Ulna Rádio Nervo mediano Pronação do antebraço S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 39 Terceiro plano Músculo Origem Inserção Inervação Ação Extensor radial curto do carpo Epicôndilo lateral Base do 3º metacarpo Nervo radial Extensão e abdução da mão Quarto plano Músculo Origem Inserção Inervação Ação Supinador Epicôndilo lateral Rádio Nervo radial Supinação -cruzado pelo nervo radial Lesão: mão em gota Loja posterior – 8 músculos – 4 em cada plano Inervados pelo nervo radial. 1º plano Músculo Origem Inserção Inervação Ação Extensor dos dedos Epicôndilo lateral Aponeurose extensora Nervo radial Extensão das falanges proximais Extensor do mínimo Epicôndilo lateral Aponeurose extensora Nervo radial Extensão do dedo mínimo Extensor ulnar do carpo Epicôndilo lateral Base do 5º metacarpo Nervo radial Extensão e adução Ancôneo Epicôndilo lateral Olécrano da ulna Nervo radial Supinação do antebraço e estabiliza articulação do cúbito 2º plano – “arminha” Músculo Origem Inserção Inervação Ação Abdutor longo do polegar Membrana interóssea, rádio e ulna Base do 1º metacarpo Nervo radial Abduz o polegar Extensor curto do polegar Membrana interóssea e rádio Falange proximal do polegar Nervo radial Extensão da falange proximal Extensor longo do polegar Membrana interóssea e ulna Falange distal do polegar Nervo radial Extensão da falange distal Extensor do índex Membrana interóssea e ulna Aponeurose extensora do 2º dedo Nervo radial Extensão do índex TABAQUEIRA ANATÔMICA Quando o polegar está em extensão, forma-se uma depressão denominada tabaqueira anatômica. Limites: S E B E N T O 2 0 1 6 P á g i n a | 40 · Lateral: músculos abdutor longo e extensor curto do polegar. · Medial: músculo extensor longo do polegar. No fundo da tabaqueira passa a artéria radial e o assoalho é formado pelos ossos escafóide e trapézio. MÃO A mão possui duas faces: a palmar, anterior ou volar e a dorsal ou posterior. A face palmar subdivide-se em três regiões: · Região tenar: constituída por um conjunto de músculos que movimentam o 1º dedo, formando uma saliência radial o ulateral. · Região hipotenar: constituída por um conjunto de músculos que movimentam o 5º dedo, formando uma sali- ência ulnar ou medial. · Região palmar média: região deprimida entre as saliências radial e ulnar. No tecido celular subcutâneo, a gordura está presa dentro de septos conjuntivos, que vão da derme profunda até a fáscia. Sua função é o amortecimento dos choques e a imobilização da pele da mão, facilitando a apreensão de objetos. Fáscia palmar: espessamento da fáscia profunda situado na região palmar média. Em pessoas idosas pode haver contração da fáscia palmar, limitando os movimentos de extensão dos dedos. Síndrome do túnel carpiano: quando há estreitamento do canal carpiano, comprimindo o nervo mediano, surge dificuldade para mover o polegar. A linha média da mão passa no 3º dedo. Região tenar – 4 músculos Músculo Origem Inserção Inervação Ação Abdutor curto do polegar Retináculo dos flexores + tubérculo do escafóide e do trapézio Porção lateral da base da falange proximal do polegar Nervo mediano Abdução do polegar e ajuda na oposição
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