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IV Escolha Tipos Fund

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Notas de Aula de Fundações - 85 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
CAPÍTULO IV 
 
 ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO 
 
A escolha do tipo de fundações não é função de uma lei matemática, ou 
mesmo uma regra sistemática. Ela depende dos hábitos construtivos da região onde 
se irá edificar a estrutura, tanto quanto das condições econômicas e das 
possibilidades tecnológicas do terreno de fundação. Essa escolha resulta da 
combinação de uma série de conhecimentos do projetista (que se convencionou 
chamar de sua “experiência”) e mais as condições econômicas e sociais do local da 
construção. 
 
4.1 - Regras Gerais 
 Quando o terreno é formado por uma espessa camada superficial 
suficientemente compacta ou consistente, adota -se previamente o tipo de 
fundação superficial , desde que não ocorram camadas compressíveis em 
profundidade. 
 Quando for necessário utilizar -se fundação direta sobre o terreno 
compressível, basta aprofundar -se a fundação de forma tal , que a massa 
de terra escavada e retirada para a construção da fundação, se ja 
aproximadamente igual à massa da estrutura. 
 Quando o terreno é formado por uma camada superficial resistente e 
incompressível, porém, existe uma camada compressível sob ela, 
utilizam-se estacas ou tubulões que atravessem a camada compressível. É 
possível , porém, estudar a possibilidade de uma fundação rasa que 
distribua as pressões de forma tal que a pressão aplicada à camada 
compressível seja suficientemente pequena, a fim de evitar recalques. 
Para isso, pode-se adotar o critério de que a massa da estru tura 
distribuída sob ângulo de 60º com a horizontal, deve ser inferior à metade 
da pressão admissível em cada uma das camadas argilosas inferiores à 
fundação. 
 Quando o terreno é formado por camada superficial mole, porém existem 
camadas firmes a profundidade entre cerca de 7 metros a cerca de 25 
 
 Notas de Aula de Fundações - 86 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
metros, deve-se adotar, preliminarmente, fundações por estacas ou 
tubulões. 
 Não se deve projetar fundações superficiais sobre os chamados solos 
porosos. Tais solos podem produzir grandes recalques, ou por compressão 
dos poros sob as pressões aplicadas pela fundação ou por colapso da 
estrutura devido à saturação causada por chuvas, ruptura de esgotos, etc. 
É possível, entretanto, utilizar tais solos para fundações diretas, desde 
que toda a camada porosa, a ser recober ta pela fundação, seja escavada e 
depois reposta na escavação, sob compactação controlada. A compactação 
destruirá o caráter poroso do solo, o qual poderá então suportar as 
pressões previstas sem recalque exagerado. 
 Não se deve util izar sob uma mesma estru tura, dois tipos diferentes de 
fundação. 
 
4.2 - Dados Práticos 
a) Quando não se possui a planta de locação e carga nos pilares, pode -se 
fazer uma estimativa da ordem de grandeza dos carregamentos nas 
fundações, utilizando os seguintes dados: 
 pressão média típica de edifícios (P m éd): 
Pméd =0,01 a 0,012 MPa/andar = 1,0 a 1,2 t/m
2 /andar. 
 cargas típicas de pilares de edifícios de “n” andares (estes valores não 
devem ser utilizados para execução de orçamentos de fundações): 
Nmin  100 n (KN) ou 10 n (t) 
Nmáx  300 n (KN) ou 30 n (t) 
 
b) Quando existe necessidade de se executar o orçamento de uma fundação 
e não se possui a planta de locação e carga nos pilares, a carga média dos 
pilares pode ser determinada calculando -se a massa total da edificação 
multiplicando-se a pressão média típica (P m éd) pela área em projeção da 
edificação (BxL) e pelo número de pavimentos – “np a v .” (incluindo o 
subsolo se houver), dividindo-se este produto pelo número estimado de 
pilares (np i la r es), de acordo com a fórmula a seguir: 
 
pilaresn
pav.méd
méd
n*L)*(B*P
N 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 87 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
Com a carga média dimensiona-se a fundação para um pilar médio, 
determinando o seu custo unitário. 
c) Para utilização de sapatas superficiais a pressão admissível do solo 
(ad m) deve ser pelo menos uma vez e meia superior à pressão média 
aplicada pela edificação (P m éd) como calculada pelo item 3.2-a, para que 
a área ocupada pelas sapatas seja inferior a 2/3 da área total, pois do 
contrário torna-se difícil conseguir dispor as sapatas, sendo aconselhável 
neste caso a uti lização de radiers. 
ad m > 1,5 Pméd. 
 
d) A mesma análise do item c deve ser feita no caso de tubulões. 
e) Para estimar o comprimento das estacas pode -se utilizar a relação 
empírica que fornece o comprimento de estacas em função da somatória 
dos SPT, de metro em metro, e da tensão de tra balho no concreto da 
estaca (c), no caso de estacas que trabalhem por atrito lateral e ponta: 
 SPT  15 c (MPa) ou 1,5 c (kg/cm2) ou 0,15 c (t /m2) 
 
Para estacas que funcionem principalmente por resistência de ponta, o SPT 
na região da ponta embutida dever ser igual à: 
SPTp on ta  5 c (MPa) ou 0,5 c (kg/cm2) 0,05 c (t /m2). 
 
No caso de estacas Strauss, onde c  4 MPa (40 kg/cm2), tem-se: 
 SPT  15x (4)  60 
 
No caso de estacas pré-moldadas, onde c  6,5 MPa (65 kg/cm 2) tem-se: 
 SPT  15 x (6,5)  97,5 
e 
SPTp on ta  5 x (6,5)  32,5 
 
4.3 – Determinação da Pressão Admissível de Fundações Diretas 
Como guia para estimativa de pressões admissíveis das fundações diretas, pode -se 
utilizar correlações com o valor de N SP T (SPT) fornecido pelo ensaio de pene tração 
à percussão (SP). 
4.3.1 – Fundações superficiais (sapatas e bloco) 
 
 Notas de Aula de Fundações - 88 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
No meio técnico brasileiro é conhecida a seguinte regra para obter -se a 
tensão admissível de fundações superficiais : 
ad m = 0,02 NSP T (MPa) = 0,2 NSP T (kg/cm2) = 2,0 NS P T (t/m2) , 
onde 5 ≤ NSP T ≤ 20. 
Na bibliografia internacional, para uso mais amplo, a favor da segurança, 
utiliza-se: 
Para argilas: 
ad m = 0,015 NS P T (MPa) = 0,15 NSP T (kg/cm2) = 1,5 NS P T (t/m2) 
Para areias: 
ad m = 0,01 NSP T (MPa) = 0,1 NSP T (kg/cm2) = 1,0 NS P T (t/m2) 
Para utilização das relações acima especificadas, devem ser seguidas as 
seguintes recomendações: 
• As sondagens a serem utilizadas devem ser confiáveis e executadas 
por firmas idôneas; 
• Não devem ser executadas fundações superficiais em aterros não 
compactados e solos orgânicos de forma geral; 
• Para execução de fundações superficiais em argilas moles e areias 
fofas devem ser tomados cuidados especiais e só no caso de fundações 
para obras de pequeno porte. No caso de obras de maior porte, só 
executar fundações em solos com N SP T > 6 ou 8, dependendo das 
característ icas da obra; 
• Abaixo da cota de apoio das fundações não podem ocorrer camadas de 
solo com característ icas inferiores às da camada de suporte, o que 
pode ser verificado através do processo simpl ificado já descrito 
anteriormente (ângulo de 60º com a horizontal), ou através de 
fórmulas baseadas na Teoria da Elasticidade, considerando -se o 
conjunto das fundações; 
• O valor de NS P T a ser uti lizado nestas fórmulas, deve ser obtido 
fazendo-se uma média dos valores observados dentro de uma 
profundidade abaixo da cota de apoio das fundações igual a 1,5 vezes 
a largura da fundação.4.3.2 – Tubulões 
 
 Notas de Aula de Fundações - 89 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
Para o caso de tubulões curtos, onde D f  2B: 
 Argila e silte 
       22 /*5,2/*25,0 mtfNoucmkgfN SPTadSPTad   
 Areia 
)/()(*5,1)/()(*15,0 22 mtfNoucmkgfN SPTadSPTad  
 
Para o caso de tubulões profundos em argilas: 
       22 /*3,3/*33,0 mtfNoucmkgfN SPTadSPTad  
 
Para utilização das relações acima especificadas, devem ser seguidas as 
mesmas recomendações especificadas no item 4.3.1. 
 
4.4 – Considerações para o uso de estacas 
A tabela a seguir pode serve como orientação dos fatores limitantes para o 
uso de cada um dos t ipos de estacas: 
 
TIPO DE ESTACA 
SP T ( N) LIM ITE P AR A O 
EQU IP AME N TO 
OBSERV AÇ ÕES DE EXEC U ÇÃP 
Estaca Strauss 15<N<25 
Limitação pe lo níve l d ’água; sujeira na 
obra 
Pré moldada  < 30 cm 15<N<25 (N=80) 
Tempo de cura; cuidados com tensões 
excessivas de cravação; transporte 
dentro da obra ; super f ície de conta to 
marte lo – es taca; grande vibração. 
de concreto  ≥ 30 cm 25<N<35 
Estaca de per fi l metá l ico 25<N<60 (até 80) Desvio na cravação ; oxidação 
Estaca Franki 
N < 20 usual 
N < 25 forçada 
Cuidado com a transição de camadas 
moles 
Hél ice cont ínua 20<N<50 
Ômega ou Atlas 20<N<40 
Estaca escavada / d ia fragma com 
lama bentonít ica 
30<N<80 
Bota fora ; cuidado com a l impeza da 
escavação e concre tagem 
Raiz 
N > 60 (penetra na 
rocha sã) 
Peculiar idades execut ivas ; solos moles 
 
Não se deve cravar uma estaca deixando logo abaixo de sua ponta, camadas 
de mais de um metro de espessura, com resistência à penetração SPT 
menores que 8 golpes/30 cm. 
 
 
4.5 - Exemplos de Escolha do Tipo de Fundação 
 
 Notas de Aula de Fundações - 90 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
4.5.1 – Exemplo 1 
Um edifício de 10 pavimentos sem subsolo, cujo pavimento térreo está 
apoiado na cota –1,20 m, deve ser construído em um terreno cujo perfi l do subsolo 
é apresentado a seguir. A área construída será de 10 x 20 m 2 . Que tipo de fundação 
poderia ser adotado? 
Solução: 
Um estudo inicial do perfil mostra ser o solo resistente desde a 
superfície, indicando a priori a uti lização de sapatas superficiais, o que pode ser 
confirmado através dos seguintes cálculos: 
A pressão média distribuída na área será cerca de: 
Pméd = 1,2 x 10 = 12,0 t/m
2 
De acordo com a Norma NBR 6122, as sapatas de divisa devem ser executadas a 
uma profundidade mínima de 1,50 metros. Quanto às sapatas centrais elas devem 
ser executadas a uma profundidade que previna qualquer perigo de expulsão lateral 
do solo. De praxe, para grandes obras, normalmente executam -se as sapatas 
centrais também a uma profundidade mínima de 1,50 metros. 
Como a cota da sondagem é 2,20 m e a cota da obra é –1,20 m, deverá ser feita 
uma escavação com 3,40 m de profundidade para se atingir o fundo do subsolo . 
Apoiando-se a sapata a 1,5 m abaixo do fundo dos subsolo, a fundação ficara 
apoiada na cota – 2,90 m. Analisando a sondagem SP 01, pode-se adotar para 
cálculo da pressão admissível , o N SP T=21 (a favor da segurança): 
ad m = 0,2 x 22 = 4,4 kgf/cm2 = 44,0 tf/m2 
As sapatas ocuparão uma área inferior a 2 /3 da área total, pois: 
ad m > 1,5 Pm éd 
44,0 > 1,5 x (12,0) = 18,0 t f/m2 
Como a ad m é muito maior que o P m éd , podem ser adotadas sapatas superficiais, 
que possibilitarão a execução de uma fundação extremamente econômica. 
O tamanho máximo das sapatas, calculado apenas para se ter uma noção de 
possíveis dificuldades de execução, pode ser estimado a partir de: 
Nmá x = 30 x (10) = 300 t 
Área da sapata =

0,44
300
adm
máxN

 6,82 m2 
Lado da sapata = 
ÁreaB 
= 2,65 m (arredondando para múltiplo de 5 cm) 
 
 Notas de Aula de Fundações - 91 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
4.5.2 – Exemplo 2 
SONDAGEM DE RECONHECIMENTO - SPT
Cliente: PUC -GO
Obra: Comercial
Local : Av Universitária Nº 1440 Setor Universitário/Goiânia-Go
Rel. nº: 01/04 Data: 13/03/14 Cota do Furo: 2,20 m
PERFIL GEOTÉCNICO
NÍVEL D'ÁGUA: 7.20 m 
INICIO LAVAGEM: 1.45 m
COMP. REVESTIMENTO: 1.00m
DATA DA SONDAGEM: 07/03/14
LIMITE DA SONDAGEM: 17,02m
Nº DE GOLPES GRÁFICO
1º+2º 2º+3º 10 20 30 40 50 CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL
00
-1,00
01
-2,00
2 3
02
-3,00
4 6
03
-4,00
3 5
04
-5,00
2 4
05
-6,00
18 22
06
-7,00
17 21
07
-8,00
18 24
08
-9,00
17 22
09
-10,00
21 25
10
-11,00
16 21
11
-12,00
15 21
12
-13,00
16 21
13
-14,00
14 18
14
-15,00
18 22
15
-16,00
19 22
16
-17,00
23 25
17
-18,00
25 / 2
18
-19,00
Impenetrável à percussão
19
-20,00
Obs.: Nível d`água medido em 08/03/14 às 08:15 horas.
Argila silto arenosa dura
Solo residual
Argila siltosa dura
Argila siltoarenosa mole
SP 01
P
r
o
f
u
n
d
i
d
a
d
e
(
m
)
A
m
o
s
t
r
a
 
N
º
N
í
v
e
l
 
d
'
á
g
u
a
PENETRAÇÃO: SPT - N Golpes/30cm
_ _ _ _ _ _ _ 1ª + 2ª Penetrações
_______________ 2ª + 3ª Penetrações
 
 Notas de Aula de Fundações - 92 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
Um edifício de 11 pavimentos sem subsolo, apoiado na cota zero, está 
para ser construído em um terreno cujo perfil do subsolo está apresentado a seguir. 
A área construída será de 10 x 18 m 2 . Que tipo de fundação poderia ser adotado? 
 
Solução: 
Neste perfi l a camada compressível intermediária, pode impedir o uso de 
fundação direta. A carga média distribuída será de: 
Pméd = 1,2 x 11 = 13,2 t/m
2 
A pressão admissível para sapatas superficiais, adotando -se a favor da 
segurança NS P T=20, será de cerca de: 
ad m = 0,20 x 20 = 4,0 kg/cm2 = 40,0 t /m2  1,5 x Pméd 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerando as fundações do edifício apoiadas na profundidade –1,5 m 
e o peso da estrutura distribuído segundo um ângulo de 60º com a horizontal , 
chegará na profundidade –5,0m uma pressão (z) igual à: 
– área carregada na profundidade de apoio (A 1): 
 A1 = 10 x 18 = 180 m
2 
– força total aplicada pelo edifício: 
(A1) x Pméd = (180).(13,2) = 2.376 t 
– área carregada na profundidade – 5,0 m (A2): 
– pressão na profundidade – 5,0 m: 
2/7,7
5,309
376.2
mtz 
 
 
z/tg 60o 
60
o 
0,0m Pméd 
- 1,5m 
z = 3,5m 
- 5,0m 
2
oo2
m 9,503 = 
60 
5,3
2 + 18 
60 tg
3,5
2 + 10

































tg
A
 
 Notas de Aula de Fundações - 93 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
– pressão máxima que pode ocorrer na profundidade – 5,0 m, considerando que a 
camada de argila arenosa mole possui um N S P T=3: 
22 /0,3/3,0
2
32,0
mtmckgmáx 


 
Como a pressão máxima que pode ser ocorrer na profundidade –5,0m é 
inferior à pressão aplicada, não poderão ser utilizadas sapatas superficiais ou 
radiers, sem o aparecimentode recalques excessivos. Caso fosse essencial executar 
fundações superficiais, os recalques teriam que ser calculados previamente e a 
estrutura projetada para absorvê-los. 
Restaria, portanto, a escolha entre tubulões e estacas. Os tubulões 
poderiam ser apoiados na profundidade -9,0 metros com: 
ad m = 0,15 x 16 = 2,4 kg/cm2 = 24,0 t /m2 
e diâmetro máximo da ordem de: 
Nmáx = 30 (11) = 330 t 
 
 
m4,2 
24,0 
330 4
 = 
 
N 4
 = 
adm
B
 
 
A adoção de tubulões a céu aberto ficaria condicionada à possibilidade 
de ser possível rebaixar o lençol freático abaixo da cota de apoio das bases, 
atravessar e abrir bases tão grandes quanto as indicadas, na camada de argila 
arenosa mole, si tuação extremamente perigosa e não indicada neste caso. Não é 
possível a abertura de bases dentro das camadas de areia. 
A uti lização de estacas cravadas até cerca de 12 metros, com a 
transmissão do carregamento para as camadas de areia, talvez fosse a solução mais 
viável à priori. Neste caso, adotando-se como exemplo, estacas pré-moldadas de  
= 42 cm com capacidade máxima estrutural de 90 t, seriam necessárias: 
estacas 4 3,7 = 
90
330
 = 
estacapor máxima carga 
max 
N
 
 
Em perfis do subsolo como o deste exemplo, não se pode considerar as 
estacas como apoiando na camada superior (argila siltosa), devido ao adensamento 
da camada de argila arenosa que seria decorrente. 
 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 94 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
SONDAGEM DE RECONHECIMENTO - SPT
Cliente: PUC -GO
Obra: Comercial
Local : Av Universitária Nº 1440 Setor Universitário/Goiânia-Go
Rel. nº: 02/04 Data: 13/03/14 Cota do Furo: -0,05 m
PERFIL GEOTÉCNICO
NÍVEL D'ÁGUA: 2,50 m 
INICIO LAVAGEM: 2.45 m
COMP. REVESTIMENTO: 12.00m
DATA DA SONDAGEM: 07/03/14
LIMITE DA SONDAGEM: 18,02m
Nº DE GOLPES GRÁFICO
1º+2º 2º+3º 10 20 30 40 50 CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL
00
-1,00
01
-2,00
18 20
02
-3,00
17 18
03
-4,00
22 30
04
-5,00
20 25
05
-6,00
2 3
06
-7,00
2 4
07
-8,00
2 3
08
-9,00
2 2
09
-10,00
10 16
10
-11,00
19 24
11
-12,00
16 20
12
-13,00
19 22
13
-14,00
18 22
14
-15,00
20 24
15
-16,00
25 32
16
-17,00
30 35
17
-18,00
32 34
18
-19,00
25/2
19
-20,00
Impenetrável 'a percussão
Obs.: Nível d`água medido em 08/03/14 às 08:15 horas.
Areia grossa argilosa compacta
Argila siltosa rija a dura
Argila arenosa muito mole a mole
Areia fina siltosa medianamente compacta a 
compacta
Areia grossa argilosa de compacta
SP 02
P
r
o
f
u
n
d
i
d
a
d
e
(
m
)
A
m
o
s
t
r
a
 
N
º
N
í
v
e
l
 
d
'
á
g
u
a
PENETRAÇÃO: SPT - N Golpes/30cm
_ _ _ _ _ _ _ 1ª + 2ª Penetrações
_______________ 2ª + 3ª Penetrações
 
 Notas de Aula de Fundações - 95 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
4.5.3 – Exemplo 3 
Um edifício composto por 4 pavimentos tipos, térreo e subsolo (6 
pavimentos) apoiado na cota –3,0 m está para ser construído em um terreno cujo 
perfi l está apresentado a seguir. A área construída será de 11 x 18 m 2 . Que tipo de 
fundação poderia ser adotado? 
 
Solução: 
Como a cota da superfície do furo de sondagem é igual a -1,0 m e a cota 
de apoio do subsolo é igual a -3,0 m, deverão ser escavados 2,0 m do solo original 
para se atingir a cota do fundo do subsolo. Porta nto na análise do laudo de 
sondagem, deverão ser retirados os 2,0 m iniciais. 
Um solo como o mostrado no perfil a seguir, praticamente elimina o 
emprego de sapatas isoladas, para cargas mais elevadas. 
Para este exemplo, a solução mais econômica, seria o us o de tubulões a 
céu aberto, apoiados na cota -8,0m, portanto com uma profundidade de 5,0 m 
abaixo do fundo do subsolo, com: 
22 /5,32kg/cm 3,25 = 13x 0,25 mtadm  
Pois, considerando f ck = 15 MPa: 
Nmáx = 30 (6) = 180 t 
 
 
m2,7 
5,32
1804
 
N4
= 
adm
max  B
 
m0,7 1805 N5,0= f
 
m1,95 2060tg
2
70270
cm2060tg
2
= 
B



 f
H
 
Assim, a maior base deverá ter um diâmetro relativamente pequeno, estar 
acima do nível do lençol freático, ser executada dentro de solo consistente para o 
seu porte e a uma profundidade pequena, fatos que implicam em baixo custo, 
facilidade e segurança de execução. 
Em perfis do subsolo como este, para o caso de cargas pequenas, a 
fundação por estacas poderá prevalecer economicamente. 
 
 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 96 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
SONDAGEM DE RECONHECIMENTO - SPT
Cliente: PUC -GO
Obra: Comercial
Local : Av Universitária Nº 1440 Setor Universitário/Goiânia-Go
Rel. nº: 03/04 Data: 13/03/14 Cota do Furo: -1,00 m
PERFIL GEOTÉCNICO
NÍVEL D'ÁGUA: 9,50 m 
INICIO LAVAGEM: 5,45 m
COMP. REVESTIMENTO: 6.00m
DATA DA SONDAGEM: 07/03/14
LIMITE DA SONDAGEM: 18,02 m
Nº DE GOLPES GRÁFICO
1º+2º 2º+3º 10 20 30 40 50 CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL
00
-1,00
01
-2,00
2 2
02
-3,00
2 3
03
-4,00
3 2
04
-5,00
2 4
05
-6,00
3 5
06
-7,00
3 6
07
-8,00
7 13
08
-9,00
10 12
09
-10,00
11 14
10
-11,00
13 19
11
-12,00
15 17
12
-13,00
19 21
13
-14,00
16 17
14
-15,00
19 23
15
-16,00
22 28
16
-17,00
27 33
17
-18,00
36 42
18
-19,00
30/2
19
-20,00
 Limite da sondagem
Obs.: Nível d`água medido em 08/03/14 às 08:15 horas.
 Argila siltosa mole a dura
 Argila arenosa porosa mole a muito mole
SP 03
P
r
o
f
u
n
d
i
d
a
d
e
(
m
)
A
m
o
s
t
r
a
 
N
º
N
í
v
e
l
 
d
'
á
g
u
a
PENETRAÇÃO: SPT - N Golpes/30cm
_ _ _ _ _ _ _ 1ª + 2ª Penetrações
_______________ 2ª + 3ª Penetrações
 
 Notas de Aula de Fundações - 97 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
4.5.4 – Exemplo 4 
Analisar o tipo de fundação que poderia ser adotado para o perfil de 
subsolo dado a seguir, quando se deseja construir um edifício com 3 pavimentos 
(1º andar, térreo e subsolo) e área de 8 x 20 m 2 . Que tipo de fundação poderia ser 
adotado, no mesmo caso, para um edifício de 10 pavimentos (8 tipos, térreo e 
subsolo)? Os subsolos dos dois edifícios estarão apoiados na cota –3,0 m. 
 
Solução para o edif ício de 03 pavimentos: 
Como o fundo do subsolo e a sondagem estão na mesma cota, não serão 
necessários cortes ou aterros. 
Análise para fundação superficial: 
 
Pméd = 03 x 1,2 = 3,6 t/m
2 
ad m = 0,2 x 16 = 3,2 kg/cm2 = 32,0 t/m2  1,5 x Pméd 
 
Analisando a pressão que atinge a camada de argila mole: 
 
– área carregada na cota de apoio (A 1): 
 A1 = 8 x 20 = 160 m
2 
– força total aplicada pelo edifício: 
(A1)x Pméd = (160).(3,6) = 576 t 
– área carregada na cota – 13,0 m, supondo que as fundações do edifício estejam 
na cota -4,50 m: 
 
– pressão na cota – 13,0 m: 
2/08,1
531
576
mtz 
 
 
– pressão máxima na cota – 13,0 m: 
../0,2/2,0
2
22,0 22 KOmtcmkg zmáx 

  
 
2
oo2
m 531 =60 
5,8
2 + 20 
60 tg
8,5
2 + 8

































tg
A
 
 Notas de Aula de Fundações - 98 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
Para o edifício de 03 pavimentos poderão ser utilizadas sapatas 
superficiais. 
 
Solução para o edif ício de 10 pavimentos: 
 
Análise para fundação superficial: 
 
Pméd = 10 x 1,2 = 12 t/m
2 
ad m = 0,2 x 16 = 3,2 kg/cm2 = 32,0 t/m2  1,5 x Pméd 
 
Analisando a pressão que atinge a camada de argila mole: 
 
– área carregada na cota de apoio (A 1): 
 A1 = 8 x 20 = 160 m
2 
– força total aplicada pelo edifício: 
(A1)* Pméd = (160).(12) = 1.920 t 
– área carregada na cota – 13,0 m, supondo que as fundações do edifício estejam 
na cota -4,50 m: 
 
– pressão na cota – 13,0 m: 
2/6,3
531
920.1
mtz 
 
 
– pressão máxima na cota – 13,0 m: 
../0,2/2,0
2
22,0 22 KOnâomtmckg zmáx 

  
 
Para o edifício de 10 pavimentos não poderão ser utilizadas sapatas 
superficiais. 
A camada compressível obrigará o uso, por exemplo, de estacas cravadas 
(com pré-furo) até a rocha alterada a cerca de 15 metros de profundidade. Não 
poderão ser util izadas estacas na camada de argila muito rija. 
2
oo2
m 531 = 
60 
5,8
2 + 20 
60 tg
8,5
2 + 8

































tg
A
 
 Notas de Aula de Fundações - 99 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
SONDAGEM DE RECONHECIMENTO - SPT
Cliente: PUC -GO
Obra: Comercial
Local : Av Universitária Nº 1440 Setor Universitário/Goiânia-Go
Rel. nº: 04/04 Data: 13/03/14 Cota do Furo: -3,00 m
PERFIL GEOTÉCNICO
NÍVEL D'ÁGUA: 1,80 m 
INICIO LAVAGEM: 1,45 m
COMP. REVESTIMENTO: 16.00m
DATA DA SONDAGEM: 07/03/14
LIMITE DA SONDAGEM: 17,30 m
Nº DE GOLPES GRÁFICO
1º+2º 2º+3º 10 20 30 40 50 CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL
00
-1,00
01
-2,00
10 16
02
-3,00
13 19
03
-4,00
12 16
04
-5,00
14 17
05
-6,00
11 15
06
-7,00
14 17
07
-8,00
12 16
08
-9,00
16 21
09
-10,00
15 19
10
-11,00
2 2
11
-12,00
2 2
12
-13,00
2 3
13
-14,00
2 2
14
-15,00
2 4
15
-16,00
32 48
16
-17,00
38 45
17
-18,00
62
18
-19,00
Impenetrável à percussão
19
-20,00
Obs.: Nível d`água medido em 08/03/14 às 08:15 horas.
Argila rija a dura
Argila orgânica muito mole a mole
Alteração de rocha
SP 04
P
r
o
f
u
n
d
i
d
a
d
e
(
m
)
A
m
o
s
t
r
a
 
N
º
N
í
v
e
l
 
d
'
á
g
u
a
PENETRAÇÃO: SPT - N Golpes/30cm
_ _ _ _ _ _ _ 1ª + 2ª Penetrações
_______________ 2ª + 3ª Penetrações

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