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Aula 6 – Ciclos de Potência com Fluidos de Trabalho Gasosos (Parte 1) Universidade Federal da Integração Latino-Americana Instituto Latino-Americano de Tecnologia, Território e Infraestrutura Engenharia de Energia Prof. Fabyo Luiz Pereira fabyo.pereira@unila.edu.br UNILA – ILATTI – EE Foz do Iguaçu / PR EER0013 – Máquinas Térmicas EER0013 – Máquinas Térmicas 2 / 15 Tópicos da Aula ● Ciclos de Potência com Fluidos de Trabalho Gasosos – Parte 1: ● Motores de combustão externa. ● Motores de combustão interna. ● Ciclos padrão a ar. ● Ciclo Rankine x Ciclo Brayton. ● Ciclo Brayton. ● Ciclo Brayton com Regenerador. 3 / 15 Motores de Combustão Externa ● Motores de Combustão Externa: ● São aqueles nos quais a potência térmica dos gases de combustão é transferida para o fluido de trabalho, que muda de fase ao percorrer o ciclo termodinâmico: ● Turbina a vapor. ● Motor ciclo Stirling. 4 / 15 Motores de Combustão Externa ● Vantagens: ● Podem usar uma grande variedade de combustíveis como fonte de energia. ● Há mais tempo para a combustão se processar: ● O processo de combustão é mais completo. ● Menor poluição do ar. ● Maior aproveitamento da energia do combustível. ● Como operam em ciclo fechado, pode-se utilizar um fluido de trabalho com características mais desejáveis. ● Possuem alta versatilidade, pois podem operar em qualquer lugar. ● Geralmente possuem eficiência mais alta que os motores de combustão interna. ● Desvantagens: ● Geralmente são motores pesados e grandes, portanto são caros. ● Sua partida é demorada. ● Requerem muitos sistemas de segurança. ● Respondem lentamente a transientes de trabalho. 5 / 15 Motores de Combustão Interna ● Motores de Combustão Interna: ● São aqueles nos quais em seu interior ocorre uma mudança na composição do fluido de trabalho, o qual não muda de fase ao percorrer o ciclo termodinâmico: ● Motor ciclo Otto. ● Motor ciclo Diesel. ● Turbina a gás. ● Operam em um ciclo aberto, pois o fluido de trabalho não passa por um ciclo termodinâmico completo. 6 / 15 Motores de Combustão Interna ● Vantagens: ● Geralmente são motores compactos e leves, portanto são baratos. ● Sua partida é rápida. ● Não requerem muitos sistemas de segurança. ● Ideais para regimes de trabalho transientes. ● Possuem alta versatilidade. ● Desvantagens: ● Permitem apenas o uso de combustíveis gasosos ou líquidos. ● Há menos tempo para a combustão se processar: ● O processo de combustão é mais incompleto. ● Maior poluição do ar. ● Menor aproveitamento da energia do combustível. ● Superaquecem muito rapidamente caso os sistemas de arrefecimento falhem. ● Geralmente possuem eficiência baixa. 7 / 15 Ciclos Padrão a Ar ● Ciclos Padrão a Ar: ● Permitem o estudo dos motores de combustão interna como ciclos fechados. ● Hipóteses assumidas: ● Fluido de trabalho É→ uma massa fixa de ar (não há processo de alimentação e descarga), modelado como gás perfeito. ● Processo de combustão S→ ubstituído por um processo de transferência de calor de uma fonte externa. ● Exaustão e admissão Substituído por um processo de→ transferência de calor ao meio envolvente. ● Todos os processos são internamente reversíveis. ● O ar apresenta calor específico constante. ● Vantagem → Permite examinar qualitativamente a influência das variáveis no desempenho do ciclo. ● Desvantagem → Os resultados obtidos diferem consideravelmente dos de um motor real. 8 / 15 Ciclo Rankine x Ciclo Brayton ● Ciclo Rankine x Ciclo Brayton: ● Ambos são formados por quatro processos em regime permanente: ● Compressão adiabática reversível (isentrópica). ● Recebimento de calor isobárico. ● Expansão adiabática reversível (isentrópica). ● Rejeição de calor isobárica. ● Ciclo Rankine: ● É o ciclo ideal quando o fluido de trabalho utilizado sofre mudança de fase. ● Exemplo: Unidade motora a vapor. ● Ciclo Brayton: ● É o ciclo ideal quando o fluido de trabalho utilizado não sofre mudança de fase nos processos isobáricos, permanecendo sempre na fase gasosa. ● Exemplo: Turbina a gás. 9 / 15 Ciclo Rankine x Ciclo Brayton ● Ciclo Rankine: ● Ciclo Brayton: 10 / 15 Ciclo Brayton ● Ciclo Brayton: ● Esquema de uma turbina a gás operando segundo um ciclo Brayton: ● (a) Ciclo aberto (processo de combustão interna).→ ● (b) Ciclo fechado (utiliza dois processos de transferência de calor).→ ● Diagramas p-v e T-s para o ciclo padrão a ar Brayton (fechado): 11 / 15 Ciclo Brayton ● O rendimento deste ciclo é dado por: ● Entretanto, para processos isentrópicos, vimos que: ● Como os processos 2-3 e 4-1 são isobáricos, tem-se: ● Logo, o rendimento é função da relação de pressão isentrópica p2/p1: ηtérmico=1− qL qH =1− c p(T 4−T 1) c p(T 3−T 2) =1− T1(T 4T 1−1) T 2(T 3T 2−1) P3 P4 = P2 P1 =(T 2T1 ) k k−1=( T 3T 4 ) k k−1 → T 3 T 4 = T 2 T 1 → T 3 T 2 = T 4 T 1 → T 3 T 2 −1= T 4 T 1 −1 T 2 T 1 =( P2P1 ) k−1 k → P2 P1 =(T 2T 1 ) k k−1 ηtérmico=1− T 1(T 4T 1−1) T 2(T 3T 2−1) =1− T 1(T 4T1−1) T 2(T 4T1−1) → ηtérmico=1− T 1 T 2 =1− 1 ( P2P1 ) k−1 k 12 / 15 Ciclo Brayton ● A turbina a gás real difere do ciclo ideal devido: ● Às irreversibilidades no compressor e na turbina. ● À perda de carga nas passagens do fluido e na fornalha. ● A figura ao lado mostra o diagrama de uma turbina a gás real (ciclo 1-2-3-4-1), comparado com o diagrama de uma turbina a gás ideal (ciclo 1-2s-3-4s-1). ● Define-se as eficiências isentrópicas do compressor e da turbina: ● Compressor: ● Utiliza de 40 a 80% do trabalho gerado na turbina. ● O rendimento global cai rápido se as eficiências do compressor e da turbina caem. ηcompressor= W ideal W real = h2 s−h1 h2−h1 e ηturbina= W real W ideal = h3−h4 h3−h4 s 13 / 15 Ciclo Brayton com Regenerador ● Ciclo Brayton com Regenerador: ● Melhora-se o rendimento do ciclo da turbina a gás introduzindo um regenerador. ● A figura ao lado mostra o esquema de um ciclo aberto simples de turbina a gás com regenerador, e os respectivos diagramas p-v e T-s. ● Como T4 > T2, usando um trocador de calor se pode transferir calor dos gases de descarga da turbina para os gases que saem do compressor. ● No caso ideal, Tx = T4 e o calor que deve ser fornecido na câmara de combustão deve aumentar a temperatura de Tx para T3 (área x-3-d-b-x), e não mais de T2 para T3, enquanto a área y-1-a-c-y representa o calor rejeitado. ● Influência da relação de pressão: No ciclo 1-2'-3'-4-1, onde T4 = T2', não se pode utilizar um regenerador. 14 / 15 Ciclo Brayton com Regenerador ● O rendimento deste ciclo com regeneração é dado por: ● Onde: ● Para um regenerador ideal, tem-se que T4 = Tx, e portanto qH = wt, e assim: ● Logo, ηtérmico depende não só de p2/p1, mas também da razão T1/T3. ● Ao contrário do ciclo Brayton, o rendimento diminui com o aumento de p2/p1. ηtérmico= wlíq qH = w t−|wc| qH qH=c p (T 3−T x ) e w t=c p(T 3−T 4) ηtérmico= wt−|wc| qH = qH−|wc| qH =1− |wc| qH =1− c p(T 2−T 1) c p(T 3−T 4) =1− T 1(T 2T1−1) T 3(1−T 4T 3 ) =1− T 1 T 3 [( p2p1 ) k−1 k −1 ] [1−( p1p2 ) k−1 k ] ηtérmico=1− T 1 T 3 ( p2 p1 ) k−1 k =1− T 2 T 3 15 / 15 Ciclo Brayton com Regenerador ● Da figura abaixo define-se a eficiência de um regenerador (o ponto x representa o estado do gás a alta pressão que deixa o regenerador): ● Regenerador ideal → ΔT entre as duas correntes de gás é infinitesimal,e o gás a alta pressão deixa o regenerador à temperatura Tx' = T4. ● Regenerador real T → do gás que deixa o regenerador Tx é menor que Tx'. ● A eficiência do regenerador pode, então, ser definida por (se o calor específico do gás é constante, a equação da direita pode também ser usada): ● Rendimentos mais altos R→ egeneradores maiores → Maiores perdas de carga. ηregenerador= hx−h2 hx '−h2 , e se c p=cte : ηregenerador= T x−T 2 T x'−T 2 Título Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15
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