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Célula: A Unidade dos Seres Vivos

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Célula
A célula é a menor unidade dos seres vivos com formas e funções definidas. Isolada forma todo o ser vivo, no caso dos organismos unicelulares ou junto com outras células, no caso dos pluricelulares.
A célula tem todo o material necessário para realizar processos vitais, como nutrição, liberação de energia e reprodução.
O ser humano é constituído de cerca de 100 trilhões de células. De todas elas a maior é o óvulo, que possui o diâmetro de um ponto final. As demais são invisíveis a olho nu.
Estrutura das Células
As células que formam os organismos de muitos dos seres vivos apresentam uma membrana envolvendo seu núcleo, por isso são chamadas de células eucariotas. A célula eucariota é constituída de membrana plasmática, citoplasma e núcleo.
Diferente das células eucariotas, a célula procariota não possui membrana nuclear nem estruturas membranosas no seu interior.
Membrana plasmática ou membrana celular - é uma espécie de película que envolve e protege a célula.
Possui permeabilidade seletiva, ou seja, ela regula a entrada e a saída de substâncias na célula. Através dela a célula recebe oxigênio e nutrientes e elimina gás carbônico e outras substâncias.
Na célula vegetal, além da membrana celular existe ainda, mais externamente, a parede celular, formada de celulose.
O citoplasma - é a parte da célula que fica entre a membrana celular e o núcleo. É constituído por um material gelatinoso chamado hialoplasma.
É formado por água, sais minerais, proteínas e açúcares. No hialoplasma, encontram-se várias organelas, que são estruturas responsáveis por diversas atividades da célula, tais como: nutrição e respiração da célula, além do armazenamento de substâncias. Em conjunto, elas são responsáveis pela manutenção da vida.
Entre as organelas destacam-se:
mitocôndrias - é a usina energética das células. Realizam a respiração celular e liberam a energia de que a célula necessita para as suas atividades;
ribossomos - fabricam as proteínas nas células. Organelas fundamentais ao crescimento a à regeneração celular;
retículo endoplasmático - rede de canais e reentrâncias onde circulam proteínas, gorduras, sais etc;
complexo golgiense - formado por pequenas bolsas achatadas. Produz certos "açúcares", modifica e armazena proteínas e outras substâncias. Também produz os lisossomos;
lisossomos - realizam a digestão dentro da célula;
centríolos - pequenas estruturas cilíndricas que participam da divisão da célula;
vacúolos - vesículas - pequenas bolsas que armazenam ou transportam enzimas, água etc.
cloroplastos - organelas presentes apenas em células vegetais, responsáveis pela fotossíntese.
O núcleo - é a central de comando das atividades celulares. Em geral situa-se no centro da célula. É envolvido por uma membrana nuclear ou carioteca.
No interior do núcleo estão os cromossomos,que guardam o material genético da célula (DNA). Os cromossomos ficam mergulhados na cariolinfa ou suco nuclear - material gelatinoso que preenche o espaço 
dentro do núcleo.
Células Eucariontes
As células eucarióticas ou eucélulas formam os organismos unicelulares (protistas e alguns fungos, como as leveduras) ou pluricelulares (fungos, plantas e animais ) mais comuns no planeta.
São tipos celulares mais complexos que as células procariontes. Do grego “Eukarya”, significa “núcleo perfeito ou verdadeiro”.
Estrutura Celular Eucarionte
Classificação
Os seres eucariontes compõem a maior parte dos organismos vivos da Terra, com exceção das bactérias, cianobactérias e micoplasmas (células procariontes).
Assim, o Domínio Eukarya engloba os Reinos Protista, Fungi, Plantae e Animalia.
Esta grande diversidade biológica se deve aos fenômenos de meiose e mitose. Além desta variedade, estes seres pode atingir grandes dimensões e se especializarem em atividades e funções muito intricadas.
Ademais, podemos diferenciar os seres eucariontes pelas diferenças estruturais existentes entre as células animais e as vegetais, a saber:
Na célula vegetal, as paredes celulares são mais duras e os vacúolos citoplasmáticos normalmente são maiores que os vacúolos da célula animal.
Saiba as diferenças entre as Células animal e vegetal.
Possuem um largo vacúolo central, enquanto a célula animal (devido à ausência de cloroplastos) existem muitos vacúolos pequenos. Além disso, as células vegetais apresentam cloroplastos, plastídios, mitocôndrias e plasmodesmas.
 
Principais Características
Todas as células possuem membrana plasmática e citoplasma. A presença de um núcleo bem definido é o que diferencia os seres celulares, pois, apesar da “membrana plasmática”, o material genético fica disperso no citoplasma em células nucleoides.
Por este motivo, as células eucariontes são consideradas “células com núcleo verdadeiro”. Possuem uma parede para delimitar e proteger o material genético presente no núcleo celular.
Esta membrana nuclear individualizada e delimitada (denominada cariomembrana) permite a existência de um núcleo definido (carioteca). Essa é a principal característica dos seres eucariontes, pois a membrana mantém os cromossomos separados das outras organelas celulares no núcleo.
Ademais, o interior celular é compartimentado e possui vários tipos de organelas com colocações bem determinadas em seu interior.
Ao longo de centenas de milhões ou bilhões de anos, processos de dobramentos originaram outras composições intracelulares, todas elas com suas próprias funções metabólicas:
citoplasma
complexo de golgi
vacúolos
ribossomos
lisossomos
peroxissomos
retículo endoplasmático liso e rugoso
mitocôndrias
Como organismos pluricelulares, as células eucariontes originam tecidos e órgãos característicos e com funcionalidades complementares.
Isso leva a uma associação intracelular de interdependência estrutural e funcional que garante a maior distinção morfológica para cada organismo, de acordo sua função celular.
Células Procariontes
As células procariontes, também conhecidas como protocélulas ou células procarióticas, pertencentes ao grupo Prokaryota do Reino Monera.
De partida, devemos tem em vista que existem dois tipos de células: procariontes ou eucariontes. Elas se diferenciam pelo seu funcionamento e pela complexidade de sua estrutura celular.
Célula Procarionte
São organismos de tamanho relativamente pequeno e com composição e funcionamento bem simplificado, o que faz destes seres os primeiros organismos vivos no Planeta.
Eles surgiram há bilhões de anos como um grupo de criaturas unicelulares. Eram capazes de sobreviver em todos os ambientes, incluindo aqueles inóspitos, onde as condições de temperatura e pH seriam consideradas inadequados para o desenvolvimento de outros seres vivos.
Classificação
As células procariontes podem ser bactérias ou Archaea. Estas protobactérias ou protocélulas (Bactérias, Cianofitas e Micoplasmas) podem assumir a forma:
espirilos (seres alongados e helicoidais);
cocos, coccus e cocci (organismos relativamente esféricos);
bacilos, bacillus e bacilli (levemente alongados);
vibriões (dobrados em forma de arco ou de vírgula).
Principais Características
Exceto pelos micoplasmas, as bactérias possuem uma parede celular e sua característica mais peculiar é a falta de carioteca para subdividir o núcleo celular.
Dizemos que elas não possuem um núcleo verdadeiro, pois este é formado por algumas membranas que constituem o “nucleoide”, ou seja, um núcleo não separado.
A membrana plasmática possui permeabilidade, moléculas antigênicas. Ela é capaz de permutar substâncias com o ambiente exterior, bem como realizar a função de uma parede celular protetora.
Estas células se nutrem por meio de fontes de carbono e energia obtidas pelas ações:
ação fototrófica (empregam a luz solar como fonte de energia)
ação quimiotrófica (aproveitam energia de compostos químicos)
Apesar de exibirem a mesma estrutura molecular que os eucariontes, os seres procariontes não possuem algumas organelas, como:
mitocôndrias
retículo endoplasmático liso ou rugosocomplexo de golgi
plastídeos
cariomembrana
lisossomos
vacúolos
Mesmo assim, os procariontes possuem DNA, o qual pode ser observado como um anel sem proteínas (são destituídos de proteínas).
Este material genético é formado apenas por um filamento de DNA circular. Uma vez que o seu núcleo está separado do resto do organismo por uma fina camada protetora, aquele filamento encontra-se completamente misturado ao hialoplasma celular.
Assim, como o seu núcleo (envoltório nuclear) carece de membrana nuclear, todo o DNA se dispersa no citoplasma na forma de ribossomos, os quais realizam a síntese proteica. Vale lembrar que somente o ribossomo pode ser encontrado no citoplasma.
As células procariontes não se reproduzem por mitose. A fissão binária assexuada recombina o material genético por transdução ou transformação. Ele permite, inclusive, que uma espécie crie resistência antibiótica a partir daquela obtida por outro organismo de espécie diferente.
Nesta reprodução, não ocorre a condensação dos cromossomos em função da ausência de processos de mitose. Assim, por meio da fissão, septos são formados e se dirigem da superfície para o núcleo celular, onde a célula é dividida em duas.
Ademais, as células procarióticas não formam organismos pluricelulares e podem viver isoladamente ou constituir colonias anaeróbicas ou aeróbicas. Apesar da grande diferença, estas células preservam entre si uma unidade anatômica.
Célula Animal
As células animais são células eucarióticas as quais são encontradas nos animais (reino animalia). Lembre-se que todo ser vivo (animal ou vegetal) é constituído de células.
Enquanto as células animais formam os tecidos e órgãos dos animais, as células vegetais formam os tecidos das plantas (reino plantae).
Resumo: Estrutura, Partes e Funções
As células animais apresentam uma estrutura organizada. Elas possuem três partes básicas: a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo.
A célula animal é envolvida pela membrana plasmática que delimita o seu conteúdo e controla a entrada e saída de substâncias. Envolta da membrana plasmática existe o glicocálix, que confere proteção às células animais.
No citoplasma encontramos diversas organelas, como os ribossomos, lisossomos, centríolos, mitocôndrias, etc.
O núcleo celular contém o material genético, na forma de cromossomos. Como a célula animal é eucarionte, o núcleo é delimitado por membrana.
As células animais têm a função de originar tecidos e órgãos que apresentam funcionalidades complementares. Cada organela presente na célula desempenha uma função específica.
Organelas da Célula Animal
Representação de Organelas na Célula Animal
Confira as funções das principais estruturas presentes na célula animal:
Núcleo Celular: estrutura esférica onde se encontra o DNA.
Nucléolo: estrutura presente no núcleo das células. Coordena os processos de reprodução celular através da síntese de proteínas.
Membrana Plasmática: estrutura celular fina que delimita a célula sendo responsável pela saída e entrada de sustâncias. Assim, ela tem a função de proteger as estruturas celulares internas.
Citoplasma: região mais volumosa, onde se encontram o núcleo e as organelas celulares.
Ribossomos: estrutura responsável pela produção e síntese de proteínas.
Retículo Endoplasmático Liso e Rugoso: responsáveis pelo transporte de proteínas e a síntese de moléculas orgânicas.
Complexo de Golgi: armazena, modifica e libera substâncias. Exporta proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso e, além disso, origina os lisossomos.
Lisossomos: estruturas responsáveis pela digestão celular.
Mitocôndrias: estrutura responsável pela respiração celular e a produção de energia.
Centríolos: estrutura celular que auxilia na divisão celular (mitose e meiose).
Peroxissomos: estrutura arredondada responsável pelo armazenamento de enzimas.
Vacúolos: responsáveis pela reserva energética e o armazenamento de substâncias.
Célula Vegetal
As células vegetais formam os tecidos das plantas. São semelhantes às células animais, uma vez que possuem muitas organelas em comum, mas diferem delas por possuírem parede celular, cloroplastos e vacúolos, adequadas ao modo de vida das plantas.
A Célula Vegetal e suas Organelas
Célula vegetal e suas organelas.
A célula vegetal é diferente da célula animal, porque embora tenham várias organelas em comum (mitocôndrias, retículo endoplasmático, lisossomos, entre outras), a célula vegetal possui algumas organelas específicas como os cloroplastos, que lhe permite realizar a fotossíntese.
Plastos
Existem leucoplastos, sem cor, que fazem reserva de amido e cromoplastos coloridos, que possuem pigmentos. Um plasto pode se transformar no outro.
Os cloroplastos são as organelas responsáveis pela realização da fotossíntese. Elas contém o pigmento clorofila, que lhes confere a cor verde e absorve a luz solar, permitindo que o processo ocorra.
Estrutura de um cloroplasto.
São organelas membranosas, que possuem DNA e são capazes de se autoduplicar. Têm estrutura semelhante a das mitocôndrias, o que é explicado pelos cientistas como um mecanismo evolutivo de simbiose entre procariontes e eucariontes (teoria endossimbiótica).
Parede Celular
A parede celular ou parede celulósica é exterior à membrana plasmática que envolve a célula. É um envoltório mais ou menos espesso, composto por um polissacarídeo chamado celulose.
Sua função é dar sustentação à planta, sendo por isso também chamada de membrana esquelética de celulose.
Existem poros nas paredes celulósicas, através dos quais passam pontes de citoplasma muito finas, chamadas plasmodesmos. Por meio dos plasmodesmos há comunicação entre o citoplasma das células vizinhas.
Células vegetais e organelas. Observe na junção entre as duas células os poros da parede celular.
Vacúolos
Os vacúolos são espaços, envolvidos por membrana, em cujo interior podem ser armazenadas substâncias como a seiva, além disso, tem como função regular o pH e a entrada de água, através do controle osmótico. Com isso, os vacúolos controlam a turgidez da célula.
Nas plantas jovens há vários vacúolos menores que se juntam e formam um grande vacúolo único à medida que a planta se desenvolve.
Célula Animal e Vegetal
A célula animal e vegetal são eucariontes, ou seja, pertencem ao tipo celular mais complexo e que constituem a maior parte dos seres vivos.
Lembre-se, a célula eucarionte é aquela que possui núcleo individualizado, delimitado por uma membrana celular.
Apesar dessa semelhança, as células animais e vegetais apresentam diferenças quanto à estrutura, formato e componentes celulares.
Principais diferenças
Conheça as principais diferenças existentes entre as células animais e vegetais:
1. Estrutura e forma
	Organela
	Célula Vegetal
	Célula Animal
	Função
	Mitocôndrias
	Presente
	Presente
	Respiração celular
	Retículo endoplasmático liso
	Presente
	Presente
	Síntese de lipídios
	Retículo endoplasmático rugoso
	Presente
	Presente
	Síntese de proteínas
	Ribossomos
	Presente
	Presente
	Síntese de proteínas
	Aparelho de Golgi
	Presente
	Presente
	Modificar, armazenar e exportar proteínas
	Lisossomos
	Presente
	Presente
	Digestão de moléculas orgânicas
	Peroxissomos
	Presente
	Presente
	Digestão de substâncias
	Vacúolos
	Presente
	Ausente
	Armazenamento de substâncias
	Plastos
	Presente
	Ausente
	Armazenamento de substâncias e pigmentos
	Glioxissomos
	Presente
	Ausente
	Transformação de ácidos graxos em açúcares
	Centríolos
	Variável
	Presente
	Divisão celular. Só ocorre em células vegetais de briófitas e pteridófitas.
A célula animal e vegetal apresentam formato diferenciado. A célula animal possui formato irregular, enquanto a célula vegetal apresenta uma forma fixa.
As células animais podem apresentam cílios e flagelos, o que não ocorre na célula vegetal.
Podemos observar um grande vacúolo na célula vegetal, que ocupa grande parte do seu citoplasma. Isso deve-sea função da célula de armazenar seiva e realizar o controle da entrada e saída de água.
Representação da célula animal e da célula vegetal
2. Parede Celular
A parede celular é uma estrutura exclusiva das células vegetais. Ela corresponde a um envoltório externo à membrana plasmática, formado pelo polissacarídeo celulose.
A função da parede celular é oferecer sustentação, resistência e proteção contra patógenos externos. Além disso, ela realiza a troca de substâncias entre células vizinhas e controla a entrada de água na célula.
As células animais não apresentam parede celular.
VEJA TAMBÉM: Membrana Plasmática
3. Organelas
As organelas celulares são estruturas que realizam as funções essenciais para o funcionamento das células. A célula animal e vegetal apresentam algumas organelas específicas, conforme a atividade que realizam.
Veja as organelas existentes nas células animais e vegetais:
É importante destacar que os plastos apresentam três tipos: leucoplastos, cromoplastos e cloroplastos.
Leucoplastos: Sem pigmento e armazenam amido como forma de reserva energética.
Cromoplastos: Responsáveis pela cor de frutos, flores e folhas.
Cloroplastos: De coloração verde por conta da clorofila, são responsáveis pela fotossíntese.
Membrana Plasmática
A membrana plasmática, membrana celular ou plasmalema é um envoltório fino, poroso e microscópico que reveste as células dos seres procariontes e eucariontes.
É uma estrutura semipermeável, responsável pelo transporte e seleção de substâncias que entram e saem da célula.
Apenas com o desenvolvimento do microscópio eletrônico foi possível a observação da membrana plasmática.
Funções
As funções da membrana plasmática são:
Permeabilidade Seletiva, controle da entrada e saída de substâncias da célula;
Proteção das estruturas celulares;
Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular, garantindo a integridade da célula;
Transporte de substâncias essenciais ao metabolismo celular;
Reconhecimento de substâncias, graças a presença de receptores específicos na membrana.
Estrutura e Composição
Estrutura da Membrana Plasmática
A membrana plasmática apresenta o denominado "modelo do mosaico fluido”. Ele foi desvendado pelos biólogos estadunidenses Seymour Jonathan Singer e Garth L. Nicolson, em 1972.
O nome "mosaico fluido" deve-se pela presença de estruturas flexíveis e fluidas, com grande poder de regeneração.
A membrana plasmática é quimicamente constituída por lipídios (glicolipídeos, colesterol e os fosfolipídeos) e proteínas. Por isso, é reconhecida por sua composição lipoproteica.
Os fosfolipídios estão dispostos em uma camada dupla, a bicamada lipídica. Eles estão conectadas às gorduras e proteínas que compõem as membranas celulares.
Os fosfolipídios apresentam uma porção polar e outra apolar. A porção polar é hidrofílica e volta-se para o exterior. A porção apolar é hidrofóbica e voltada para o interior da membrana.
Os fosfolipídios movem-se, porém, sem perder o contato. Isso permite a flexibilidade e elasticidade da membrana.
As proteínas são representadas por enzimas, glicoproteínas, proteínas transportadoras e antígenos. As proteínas podem ser transmembranas ou periféricas.
Proteínas transmembranas: atravessam a bicamada lipídica lado a lado.
Proteínas periféricas: situam-se em apenas um dos lados da bicamada.
As enzimas que estão presentes na membrana plasmática possuem diversas funções catalisadoras, responsáveis por facilitar as reações químicas intracelulares.
Transporte de Substâncias
A membrana atua como um filtro, permitindo a passagem de substâncias pequenas e impedindo ou dificultando a passagem de substâncias de grande porte. Essa propriedade é chamada de Permeabilidade Seletiva.
O transporte de substâncias através da membrana plasmática pode ser de modo passivo ou ativo:
O transporte passivo ocorre sem gasto de energia. As substâncias deslocam-se do meio mais concentrado para o menos concentrado. São exemplos:
Difusão Simples - É a passagem de partículas de onde estão mais concentradas para regiões em que sua concentração é menor.
Difusão Facilitada - É a passagem, através da membrana, de substâncias que não se dissolvem em lipídios, com ajuda das proteínas da bicamada lipídica da membrana.
Osmose - É a passagem de água de um meio menos concentrado (hipotônico) para outro mais concentrado (hipertônico).
O transporte ativo ocorre com gasto de energia (ATP). As substâncias deslocam-se de menor para o de maior concentração. São exemplos:
Transporte em Bloco: Endocitose e Exocitose - Ocorre quando a célula transfere grande quantidade de substâncias para dentro ou para fora do seu meio intracelular.
Bomba de Sódio e Potássio - Passagem de íons sódio e potássio para a célula, devido às diferenças de suas concentrações.
Reino Monera
O Reino Monera é um dos reinos dos seres vivos, caracterizado por organismos procariontes, unicelulares, autótrofos ou heterótrofos.
O grupo do monera compreende as bactérias e as cianobactérias (algas azuis ou cianofíceas).
Os primeiros fósseis encontrados na natureza são de procariontes: micro fósseis de cianobactérias, presentes na Austrália, com 3,5 bilhões de anos e também de bactérias, na África do Sul, com idade estimada em 3 bilhões e 100 milhões de anos.
Bactérias
As bactérias são microrganismos unicelulares que estão entre os menores, mais simples e mais abundantes organismos do planeta. A maioria não ultrapassa um micrômetro – a milésima parte do milímetro.
Elas são encontradas em um grande diversidade de ambientes, como no solo, na água doce, no mar, no ar, na superfície e no interior dos organismos e nos materiais em decomposição.
As bactérias podem viver isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. De acordo com a forma que apresentam recebem uma denominação específica:
Bacilos: apresentam formas alongadas;
Cocos: com formas esféricas. Porém, eles podem se associar formando diversos tipos de colônias: diplococos, estafilococos, estreptococos, pneumococos e tétrade.
Espirilos: apresentam forma de espiral;
Vibriões: em forma de vírgula.
Formatos e organização das bactérias
Muitas bactérias são úteis ao homem, como o ácido acético, usado para a fabricação do vinagre, os lactobacilos usados na fabricação de iogurtes, queijos e coalhadas, como também as que vivem no trato digestivo e produzem vitaminas essenciais à saúde.
As bactérias decompositoras permitem a decomposição da matéria orgânica morta, colaborando na reciclagem de diversos elementos.
Cianobactérias
As cianobactérias apresentam diversos formatos e podem realizar fotossíntese
As cianobactérias são organismos unicelulares, que podem viver isoladamente ou em colônias. Elas medem apenas alguns micrômetros, só podendo ser visualizados com a ajuda de um microscópio.
Elas realizam fotossíntese, mas a clorofila não está organizada nos cloroplastos como nas plantas, e sim dispersa pelo citoplasma assim com outros pigmentos.
Os formatos das cianobactérias variam entre esferas, bastões ou filamentos e podem ser encontradas no solo úmido, na água doce e no mar. O acúmulo de matéria orgânica nesses ambientes favorece o aparecimento e desenvolvimento das cianobactérias, que se proliferam rapidamente produzindo um fenômeno chamado de eutrofização.
Algumas espécies produzem e liberam toxinas na água, as hepatotoxinas e neurotoxinas, que podem causar o envenenamento de animais que vivem no mesmo ambiente, e até mesmo causar doenças ao ser humano que utilizar essa água.
Monera ou Eubactérias e Arqueobactérias?
A classificação dos seres vivos mudou muito ao longo do tempo, e principalmente depois que se conheceu mais a respeito da estrutura dos organismos, a origem e evolução das espécies.
Importante notar que dependendo do sistema de classificação adotado, o Reino Monera atualmente é considerado por uns e desconsiderado por outros cientistas.
Assim, e alguns estudos, o Reino Monera poderia ser substituído por dois grupos:Eubactérias: Engloba as bactérias verdadeiras e cianobactérias;
Arqueobactérias ou arqueas: Algumas espécies que vivem em ambientes extremos.
Doenças causadas por bactérias
Como vimos, as bactérias podem causar problemas de saúde. As Doenças Causadas por Bactérias ocorrem através da transmissão por alimentos contaminados ou contato com pessoas doentes.
Alguns exemplos são:
Botulismo: causada pela bactéria Clostridium botulinum, encontrada no solo e em alimentos de origem vegetal e animal.
Brucelose: infecção causada por bactérias do gênero Brucella.
Clamídia: é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que afeta os órgãos genitais masculinos e femininos.
Cólera: doença infectocontagiosa causada pela bactéria Vibrio cholerae.
Coqueluche: doença respiratória infectocontagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis.
Difteria: é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae.
Febre Tifoide: é uma doença aguda causada pela bactéria Salmonella entericasorotipo Typhi.
Hanseníase: doença crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae.
Pneumonia: doença respiratória causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae.
Reino Protista
O Reino Protista é um dos reinos dos seres vivos, caracterizado por organismos eucariontes, autótrofos ou heterótrofos e unicelulares ou pluricelulares.
Os protistas compreendem os protozoários e as algas. Existem ainda os mixomicetos, organismos semelhantes aos fungos, mas classificados como protistas.
Protozoários
Giardia lamblia, um protozoário que apresenta flagelos para locomoção
Os protozoários são seres unicelulares e eucariontes, com estrutura que garante seu funcionamento, realizando as mesmas tarefas básicas de um animal, como respiração, digestão, circulação, excreção, em alguns até uma primitiva coordenação.
Antigamente eram classificados no reino animal, por realizarem essas funções e serem heterótrofos, no entanto, por serem unicelulares, alguns taxonomistas criaram o reino protista para reunir esses filos de organismos mais simples.
Apresentam grande variedade de formas e ocupam ambientes úmidos (os que têm vida livre) ou o interior de outros organismos. Alguns são parasitas, causadores de doenças.
Classificação
Os protozoários são divididos em quatro grupos, de acordo com as estruturas locomotoras que apresentam:
Sarcodinos
Os sarcodinos são representados pelas amebas que se locomovem por meio de pseudópodes.
A Entamoeba coli, por exemplo, é um morador habitual do intestino grosso humano, onde obtém abrigo e alimento sem acarretar prejuízo ou benefício para seu hospedeiro. Enquanto a Entamoeba histolytica é parasita do intestino grosso do ser humano.
Mastigóforos
Os mastigóforos locomovem-se por meio de flagelos. Alguns são parasitas, ou seja, obtêm alimento a partir da associação com outros seres vivos.
Alguns exemplos são: a giardia que parasita o intestino delgado do ser humano e o Trypanosoma cruzi, que instala-se em tecidos humanos e de outros animais, como na musculatura do coração ou na parede do tubo digestivo.
Esporozoários
Os esporozoários não possuem estrutura locomotora. Um exemplo é o agente transmissor da malária.
Ciliados
Os ciliados locomovem-se por meio de cílios. Alguns exemplos são: Vorticella, Balantidium coli, porém, o mais conhecido é o paramécio, organismo de vida livre.
Algas
Alga verde
As algas são organismos autótrofos, pois têm clorofila, além de outros pigmentos, logo, realizam fotossíntese.
Por algum tempo, foram classificadas no reino vegetal, pela semelhança com as células vegetais, mas como são organismos mais simples e não possuem tecidos organizados, foram reagrupadas no reino protista.
Elas são fundamentais na biosfera, pois constituem a base da cadeia alimentar aquática e realizam a maior parte da fotossíntese do planeta. Muitas são também utilizadas como alimento pelo ser humano, pois apresentam alto teor de proteínas, vitaminas e sais minerais.
As mais abundantes são unicelulares, embora existam algas marinhas com mais de 30 metros de comprimento.
Classificação
As algas são divididas em cinco grupos, de acordo com os pigmentos intracelulares:
Algas verdes ou Clorofíceas
As algas verdes se caracterizam pela presença de clorofilas A e B e carotenoides, reservas de amido, parede celular de celulose. Podem ser uni ou pluricelulares. Há espécies comestíveis.
Algas vermelhas ou Rodofíceas
As algas vermelhas apresentam clorofila A e ficobilina, uni ou pluricelulares, filamentosas e fixadas a substratos. Existem espécies comestíveis.
Certas algas vermelhas têm nas paredes de suas células, um material de consistência gelatinosa, denominado ágar, que é acrescentado a vários alimentos, como balas e doces. Tem ainda grande utilidade em técnicas laboratoriais, sendo empregado como componente de meios de cultura para microrganismos.
Algas Pardas ou Feofíceas
As algas pardas se caracterizam pela presença de clorofilas A e C, carotenoides e fucoxantina, parede celular com um polissacarídio​, a algina. Elas são pluricelulares e existem espécies comestíveis. ​
O alginato, material preparado a partir da algina, é bastante empregado na fabricação de cosméticos, sorvetes e massa de modelagem utilizada na odontologia.
Algas Douradas ou Crisofíceas
As algas douradas possuem formas unicelulares isoladas ou coloniais, sendo importantes componentes do plâncton.
Um exemplo é a diatomácea, que contêm o diatomito. Formado por sílica, o diatomito apresenta consistência porosa, sendo empregado como componente de filtros. Quando pulverizado, ele pode ser adicionado como abrasivo a polidores de metal e a cremes dentais.
Pirrofíceas
As pirrofíceas são algas unicelulares isoladas ou coloniais. Elas fazem parte do fitoplâncton e incluem também os dinoflagelados, responsáveis pelo fenômeno da maré vermelha.
Mixomicetos
Mixomicetos são organismos semelhantes aos fungos e com classificação controversa
Os mixomicetos são organismos que têm aspecto de fungo, e crescem nos solos ricos em nutrientes orgânicos, sendo comuns em bosques e florestas.
Eles não são parasitas, não produzem toxinas, nem são prejudiciais às plantas ou animais, mas quando surgem na água é um forte indício de algum desequilíbrio no ambiente, como excesso de matéria orgânica.
Existem muitas controvérsias sobre esse grupo, que foi durante muito tempo classificado no reino fungi por sua semelhança externa com aqueles organismos. Os dados ainda não são conclusivos, alguns classificam no reino protista, enquanto outros consideram que deveriam compor um reino à parte.
Reino Fungi
O Reino Fungi é representado por organismos eucariontes unicelulares ou pluricelulares, sendo encontrados nos mais diversos tipos de ambientes.
Entre os fungos, incluem-se os cogumelos, mofos, orelhas de pau, líquens, entre outros organismos.
Por algum tempo, os fungos foram classificados no reino vegetal, por possuírem características semelhantes as das plantas, no entanto diferem fundamentalmente por não apresentarem clorofila ou qualquer outro pigmento fotossintetizante, portanto são heterotróficos.
Características gerais
Os fungos apresentam diversos formatos
A maioria dos fungos são pluricelulares, com o corpo constituído de hifas, mas há alguns unicelulares, cujo principal exemplo são as leveduras. Sua reprodução pode ser sexuada ou assexuada.
Os fungos são basicamente compostos por um emaranhado de tubos, ramificados e envolvidos por uma parede de quitina (polissacarídeo também presente no exoesqueleto dos artrópodes). Esse emaranhado é chamado de micélio e os tubos que o compõem são as hifas.
As hifas são filamentos microscópicos onde está contido o material genético dos fungos. Elas podem ser de dois tipos:
Hifas cenocíticas: quando não possuem paredes transversais, chamadas de septos, ficando os núcleos espalhados pelo citoplasma;
Hifas septadas: quando há delimitação de compartimentos celulares pelos septos, formandocélulas com um (monocarioticas) ou dois núcleos (dicarioticas). Todavia, a compartimentação é incompleta porque os septos possuem poros que permite a comunicação entre células vizinhas.
Tipos de hifas
Os fungos crescem sobre um substrato que pode ser um pão ou uma fruta podre, um tronco de madeira, ou até mesmo outro fungo.
Nos organismos mais complexos o micélio forma um talo ou corpo de frutificação com forma bem definida que caracteriza as diferentes espécies. Quando vemos um cogumelo ou o mofo nos alimentos, vemos o talo, entretanto, no interior do substrato onde se encontra, já há uma imensa rede de hifas enraizada.
Os fungos são heterotróficos por absorção, ou seja, eles absorvem os nutrientes que são difundidos no interior de suas células. Para isso, utilizam enzimas que fazem a digestão das substâncias encontradas no ambiente.
Reprodução
Em fungos mais simples como a levedura a reprodução acontece por gemulação ou brotamento. Nesse caso, são originados gêmulas ou brotos que podem se separar da célula original ou permanecer grudados formando cadeias de células.
Leveduras realizando brotamento
Em muitos outros fungos a reprodução é feita através dos esporos, que são células haploides (apenas um cromossomo). Os esporos liberados pelo fungo no ambiente, ao encontrar condições propícias, germinam e originam um novo micélio, completando o ciclo assexuado. Essa forma de reprodução assexuada é chamada de esporulação.
Ciclo de vida de um fungo com esporulação
Enquanto isso, os fungos mais complexos fazem reprodução sexuada, que é dividida em fases.
As hifas são monocarioticas e haploides, quando iniciam o processo reprodutivo se unem formando hifas dicarióticas com os núcleos organizados em pares, essa etapa se chama plasmogamia.
Depois acontece a cariogamia​ na qual os pares de núcleos se fundem e formam núcleos diploides, logo em seguida se dividem por meiose originando esporos, que germinam e originam o micélio, completando o ciclo. Esses esporos são chamados "esporos sexuais" para diferenciar daqueles formados assexuadamente.
Exemplos
Dentre as espécies conhecidas muitas afetam a vida humana. Muitas são usadas na alimentação, como as quase 200 espécies de cogumelos comestíveis, sendo algumas delas largamente cultivadas, como o shitake, o shimeji e o champignon.
Cogumelos comestíveis
As leveduras são empregadas na fermentação de pães, bebidas alcoólicas, entre outros. Algumas espécies são aproveitadas na produção dos queijos roquefort e camembert. E há ainda os fungos utilizados pela indústria farmacêutica para a fabricação de antibióticos, a exemplo do gênero Penicillium.
O aspecto negativo dos fungos são as doenças causadas por eles, já que algumas espécies são parasitas. No ser humano, provocam micoses e candidíase, entre outras e nas plantas provocam doenças como a ferrugem do cafeeiro.
Candida albicans, fungo causador das candidíases
Associações Mutualísticas
Certas espécies de fungos fazem associações com outros organismos, em que ambos são beneficiados, sendo essa relação chamada de mutualismo.
Líquens
Quando os fungos (principalmente do grupo ascomiceto) se associam com espécies de algas ou cianobactérias formam os líquens. A associação é tão íntima que não conseguem viver separados, e permite que habitem locais onde poucos organismos conseguiriam como rochas duras.
Micorrizas
Quando associados às raízes de certas plantas, os fungos obtêm nutrientes como carboidratos e aminoácidos. As plantas, por sua vez, absorvem melhor os sais minerais do solo graças às hifas que envolvem suas raízes.
Essa associação é chamada micorriza, palavra derivada do grego: mykos, significa fungo e rhizos é raiz.
Importância ecológica
O Reino Fungi é um grupo com ampla distribuição no planeta e ainda pouco conhecido, já que se estima que haja 1,5 milhão de espécies, das quais menos de 100 mil estão classificadas e devidamente estudadas.
Os fungos são muito importantes no equilíbrio dos ecossistemas pois participam da reciclagem da matéria orgânica, fazendo a decomposição das mesmas. Portanto, eles ocupam o último nível trófico nas cadeias alimentares, atuando como decompositores.
Reino Vegetal
O Reino Vegetal ou Reino Plantae, é caracterizado por organismos autótrofos (produzem seu próprio alimento) e clorofilados. Por meio da luz solar, realizam o processo da fotossíntese e, por esse motivo, são chamados de seres fotossintetizantes.
Vale lembrar que a fotossíntese é o processo pelo qual as plantas absorvem energia solar para produzirem sua própria energia. Isto ocorre através da ação da clorofila (pigmento associado à coloração verde das plantas) existente em seus cloroplastos.
Com efeito, devemos salientar que as plantas são a base da cadeia alimentar, denominadas produtores. São produtoras de matéria orgânica e alimentam os seres heterótrofos, ou seja, são o grupo responsável pela nutrição de diversos organismos consumidores.
Isso indica que sem a existência desses seres autótrofos, a vida na terra seria impossível.
Características Gerais do Reino Vegetal
Eucariontes (núcleo organizado)
Autótrofos (produzem o próprio alimento)
Fotossintetizantes (produção da fotossíntese)
Pluricelulares (multicelulares)
Células formada por vacúolos, cloroplastos e celulose
Estrutura das Plantas
No tocante à sua estrutura, basicamente as plantas são formadas pela raiz (fixação e alimentação), caule (sustentação e transporte de nutrientes), folhas (fotossíntese), flores(reprodução) e frutos (proteção das sementes).
Estrutura principal de uma planta angiosperma
Algumas plantas possuem sementes, flores, e frutos, são divididas em angiospermas e gimnospermas. Enquanto os vegetais que não produzem sementes, flores ou frutos são divididos em briófitas e pteridófitas.
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Classificação do Reino Vegetal
O Reino Vegetal é composto de plantas vasculares (pteridófitas, gimnospermas e angiospermas) que possuem vasos condutores de seiva, e plantas avasculares (briófitas), destituídas desses vasos.
Briófitas
Musgo em detalhe
São plantas de pequeno porte que não recebem luz direta do sol, uma vez que habitam locais úmidos, por exemplo, os musgos.
A reprodução desse grupo ocorre através do processo de metagênese, ou seja, possui uma fase sexuada, produtora de gametas, e outra assexuada, produtora de esporos.
Ademais, não possuem vasos condutores de seiva, o que as torna distintas dos outros grupos vegetais. Sendo assim, o transporte de nutrientes ocorre mediante um processo vagaroso de difusão das células.
Pteridófitas
Chifre-de-veado sobre o tronco de uma árvore
De maior porte que as briófitas, esse grupo é formado por plantas que, em sua maioria, são terrestres e habitam locais com grande umidade. São exemplos do grupo: samambaias, avencas e xaxins.
Apresentam vasos condutores de seiva, raiz, caule e folhas e, da mesma maneira que as briófitas, a reprodução desses vegetais ocorre mediante uma fase sexuada e outra assexuada.
Quando o caule das pteridófitas é subterrâneo, denomina-se de rizoma. Já as epífitas são plantas que se apoiam em outras plantas, todavia, sem causar-lhes danos, como as samambaias e os chifres-de-veado.
Gimnospermas
O grupo das Gimnospermas é composto por uma grande variedade de árvores e arbustos de diversos portes. São plantas vasculares (presença de vasos condutores de seiva), que possuem raiz, caule, folha e sementes. Alguns exemplos de gimnospermas: sequoias, pinheiros, araucárias, dentre outras.
A reprodução das Gimnospermas é sexuada. Ocorre a fecundação nos órgãos femininos pelo pólen, que é produzido pelos órgãos masculinos e transportado com o auxílio da natureza: vento, chuva, insetos, pássaros.
O que as difere do grupo das Angiospermas são principalmente suas sementes, visto que apresentam as chamadas sementes nuas, ou seja, não envolvidas pelo ovário.
Angiospermas
As Angiospermas são plantas vasculares (presença de vasos condutores) que habitam diferentes ambientes erepresentam um grupo muito variado, composto de vegetais de pequeno e grande porte. Vale lembrar que as angiospermas caracterizam o maior grupo do reino vegetal com aproximadamente 200 mil espécies.
São distintas das Gimnospermas na medida em que suas sementes são guardadas no interior do fruto. Sua reprodução é sexuada, e a fecundação ocorre com a presença do pólen masculino.
Saiba mais sobre a Botânica: o estudo das plantas.
Curiosidades
O Reino Vegetal é composto de aproximadamente 400 mil espécies conhecidas, sendo portanto, um dos maiores grupos de seres vivos. Por serem organismos autossuficientes (autótrofos), as plantas foram os primeiros seres habitantes do planeta Terra.
Plantas Carnívoras
As plantas carnívoras ou insetívoras são um caso curioso do Reino Vegetal, têm uma característica peculiar que atraiu a atenção de muitos cientistas.
Também realizam a fotossíntese, contudo, por habitarem solos pobres em nutrientes, buscam complementação nutricional por meio da digestão de alguns pequenos animais.
Elas complementam sua nutrição por meio da captura de pequenos insetos ou, em alguns casos mais raros, sapos, ratos, pequenos mamíferos e pássaros.
Plantas Parasitas
São conhecidas como plantas parasitas de outros vegetais porque necessitam da seiva deles para sua nutrição. Elas buscam em outros organismos fotossintetizantes a energia necessária para sobreviverem, uma vez que não produzem o suficiente.
Há aproximadamente 300 espécies com essas características, algumas delas são: erva de passarinho, planta fantasma, visco, cipó dourado, dentre outras.
Reino Animal
​O Reino Animal, Animalia ou Metazoa é composto por organismos heterótrofos, ou seja, aqueles que não produzem o próprio alimento.
Essa é uma das principais características do grupo e que os diferencia de outros seres vivos, como dos vegetais.
Os seres que pertencem ao reino animal são eucariontes e pluricelulares. Eles possuem capacidade de locomoção e grande parte fazem reprodução sexuada.
Os animais são classificados em diversos filos, sendo muitos deles animais invertebrados (aqueles que não possuem vértebras).
Os animais vertebrados que possuem crânio, vértebras e coluna dorsal pertencem ao Filo dos Cordados.
O desenvolvimento embrionário determina características importantes para sua classificação, todos os animais possuem o estágio da blástula no seu desenvolvimento.
Características do Reino Animal
Eucariontes: células com núcleo diferenciado, ou seja, envolvido por membrana;
Heterótrofos por ingestão: necessitam ingerir outros seres vivos, pois não produzem o próprio alimento;
Pluricelulares: corpo formado por muitas células com funções específicas;
Aeróbicos: respiram o oxigênio que retiram do ar ou da água, conforme o meio em que vivem;
A reprodução é sexuada, ou seja, envolve a união de gametas. Mas alguns invertebrados fazem de modo assexuada.
Não possuem celulose e clorofila (aclorofilados), uma característica que os diferencia dos vegetais;
Possuem tecidos e órgãos, com exceções dos filos mais simples como os Poríferos;
Presença da blástula: esfera de células, oca, com líquido no interior. É a segunda fase de segmentação das células no desenvolvimento embrionário depois da formação do zigoto (mórula-blástula-gástrula-nêurula).
Presença de Celoma, uma cavidade embrionária presente em todos os vertebrados, sendo que os platelmintos são pseudocelomados e os poríferos não possuem;
A maioria dos animais têm simetria bilateral: duas metades do corpo simétricas. Também pode acontecer a simetria radial (vários planos longitudinais a partir do centro do corpo, exemplo: equinodermos) ou ainda ausência de simetria (esponjas).
Filos do Reino Animal
O reino animal é dividido em diversos filos. Os principais são: poríferos, cnidários, platelmintos, nematódeos ou nematelmintos, anelídeos, equinodermos, moluscos, artrópodes e cordados.
Animais Vertebrados
Os animais vertebrados são pertencentes ao Filo dos Cordados (Chordata). A principal característica do grupo é a presença da medula espinhal e coluna vertebral.
Os animais cordados são divididos em 5 classes: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
Peixes
Os peixes possuem o corpo revestido por escamas
Os peixes são animais com o corpo coberto por escamas e respiração branquial (retiram oxigênio da água). Não controlam a temperatura do corpo (pecilotérmicos). São exemplos de peixes: o dourado, a arraia e o tubarão.
Anfíbios
Os anfíbios dependem do ambiente aquático em algumas fases da vida
Os anfíbios são animais que dependem da água na fase larval (respiração branquial) e passam por uma metamorfose corporal na vida adulta e adquirem a respiração pulmonar, é o caso dos sapos, rãs, pererecas e salamandras. Eles são ainda animais pecilotérmicos.
Répteis
Os répteis variam a temperatura corporal de acordo com o ambiente onde estão
Os répteis são animais que possuem respiração pulmonar e corpo coberto de escamas ou carapaça. Podem viver na água ou na terra e são pecilotérmicos. São exemplos as tartarugas, jacarés e lagartos.
Aves
As aves diferenciam-se pelo corpo coberto de penas
As aves são animais com o corpo coberto de penas e que possuem respiração pulmonar, controlam a temperatura do corpo (homeotérmicos). São exemplos de aves: galinha, avestruz, ema, pinguim, papagaio e beija-flor.
Mamíferos
Os mamíferos alimentam-se do leite materno
Os mamíferos apresentam pelos, são homeotérmicos e possuem respiração pulmonar. Uma das principais características do grupo é o fato das fêmeas alimentarem os filhotes através das glândulas mamárias.
São exemplos de animais mamíferos os seres humanos, gatos, cachorros e morcegos.
Animais Invertebrados
Os animais invertebrados são representados por inúmeros filos com características bem diferentes, mas todos são pluricelulares e não possuem parede celular.
Existem oito filos de animais invertebrados, são eles: poríferos, cnidários, platelmintos, nematelmintos, moluscos, anelídeos, equinodermos e artrópodes.
Poríferos
Os poríferos são animais primitivos de água doce ou salgada. Eles são organismos que não possuem órgãos, nem capacidade de locomoção e a reprodução pode ser sexuada ou assexuada. Exemplos: esponjas.
As esponjas são animais invertebrados que vivem fixos a um substrato
Cnidários​​​​​
A maioria dos cnidários são encontrados no ambiente marinho
Os cnidários vivem em água doce ou salgada e alguns deles possuem capacidade de locomoção enquanto outros são sésseis.
Uma característica que os torna peculiares é a presença de um tipo celular específico, os cnidócitos. Alguns exemplos de cnidários são águas-vivas, os corais, as anêmonas-do-mar, as hidras e as caravelas.
Platelmintos
A planária é um exemplo de verme com o corpo achatado
Os platelmintos possuem corpo achatado e podem ser de vida livre ou parasitas. São exemplos, as tênias, solitárias, esquistossomos e planárias.
Nematelmintos
Os vermes nematelmintos apresentam corpo cilíndrico
Os nematódeos ou nematelmintos possuem o corpo cilíndrico e podem ser de vida livre ou parasitas de humanos e plantas. São exemplos as lombrigas, oxíuros e outros vermes.
Anelídeos
A sanguessuga é um exemplo de anelídeo
Os anelídeos possuem o corpo segmentado, composto por anéis. Eles vivem em habitats úmidos na terra e nas águas doces ou salgadas. São exemplos: minhocas, poliquetas e sanguessugas.
Equinodermos
Os equinodermos são animais invertebrados e exclusivamente marinhos
Os equinodermos são animais marinhos com presença de exoesqueleto calcário e sistema hidrovascular. O corpo deles possui simetria pentarradial, ou seja, com 5 lados iguais. São exemplos: pepinos-do-mar, estrelas-do-mar e ouriços-do-mar.
Moluscos
O caramujo é um típico representante dos moluscos
Os moluscos são animais de corpo mole com presença de concha, a qual pode ser interna (lulas e polvos) ou externa (caramujos, mexilhões).Eles habitam ambientes de água doce ou salgada e terras úmidas.
São exemplos de moluscos, os mexilhões, polvos, lulas, lesmas, ostras e caramujos.
Artrópodes
Os artrópodes, como os besouros, apresentam alta diversidade de espécies
Os artrópodes compreendem um filo muito diversificado. Eles são caracterizados pelo corpo segmentado e presença de exoesqueleto de quitina.
Os principais artrópodes são:
Insetos: borboletas, abelhas, baratas, moscas;
Aracnídeos: aranhas, ácaros, escorpiões, carrapato;
Miriápodes: centopeia, lacraias, gongolos;
Crustáceos: lagostas, caranguejos, siris, camarões.

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