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Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Roteiro 1 Ensembles estatísticos Microestados de um sistema clássico Espaço de Fase Ensemble Estatístico Função densidade de probabilidades Interpretação probabilística O Teorema de Liouville Propriedades decorrentes do Teorema de Liouville Equilíbrio estatístico e equilíbrio termodinâmico ‣ Equilíbrio estatístico: exemplos ‣ Equilíbrio termodinâmico: princípio da equiprobabilidade à priori domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles estatísticos 2 O objetivo da Mecaˆnica Estat´ıstica e´ descrever o comportamento macrosco´pico de sistemas f´ısicos a partir do comportamento microsco´pico (do grande nu´mero) das part´ıculas (ou graus de liberdade) constituintes. Em suma, fazer a conexa˜o entre a dinaˆmica microsco´pica e a dinaˆmica macrosco´pica. A dinaˆmica microsco´pica, dependendo da natureza do sistema, pode ser bem descrita pela dinaˆmica cla´ssica (lagrangeana ou hamiltoniana) ou pela mecaˆnica quaˆntica. Para isso, e´ necessa´rio possuir toda informac¸a˜o sobre um certo estado mi- crosco´pico e, mesmo assim, ser poss´ıvel resolver o enorme conjunto de equac¸o˜es acopladas que descrevem de evoluc¸a˜o temporal. A descric¸a˜o cla´ssica e´ feita pela resoluc¸a˜o das equac¸o˜es do movimento de Hamil- ton. O conhecimento das coordenadas generalizadas em dado instante (estado ini- cial) permite a determinac¸a˜o precisa de todos os estados passados e futuros. A descric¸a˜o quaˆntica e´ feita pela resoluc¸a˜o da equac¸a˜o de Schro¨dinger. Com o conhecimento da func¸a˜o de onda do estado inicial e´ poss´ıvel determinar a evoluc¸a˜o temporal para estados passados e futuros com certo grau de incerteza inerente. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles estatísticos 2 O objetivo da Mecaˆnica Estat´ıstica e´ descrever o comportamento macrosco´pico de sistemas f´ısicos a partir do comportamento microsco´pico (do grande nu´mero) das part´ıculas (ou graus de liberdade) constituintes. Em suma, fazer a conexa˜o entre a dinaˆmica microsco´pica e a dinaˆmica macrosco´pica. A dinaˆmica microsco´pica, dependendo da natureza do sistema, pode ser bem descrita pela dinaˆmica cla´ssica (lagrangeana ou hamiltoniana) ou pela mecaˆnica quaˆntica. Para isso, e´ necessa´rio possuir toda informac¸a˜o sobre um certo estado mi- crosco´pico e, mesmo assim, ser poss´ıvel resolver o enorme conjunto de equac¸o˜es acopladas que descrevem de evoluc¸a˜o temporal. A descric¸a˜o cla´ssica e´ feita pela resoluc¸a˜o das equac¸o˜es do movimento de Hamil- ton. O conhecimento das coordenadas generalizadas em dado instante (estado ini- cial) permite a determinac¸a˜o precisa de todos os estados passados e futuros. A descric¸a˜o quaˆntica e´ feita pela resoluc¸a˜o da equac¸a˜o de Schro¨dinger. Com o conhecimento da func¸a˜o de onda do estado inicial e´ poss´ıvel determinar a evoluc¸a˜o temporal para estados passados e futuros com certo grau de incerteza inerente. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles estatísticos 2 O objetivo da Mecaˆnica Estat´ıstica e´ descrever o comportamento macrosco´pico de sistemas f´ısicos a partir do comportamento microsco´pico (do grande nu´mero) das part´ıculas (ou graus de liberdade) constituintes. Em suma, fazer a conexa˜o entre a dinaˆmica microsco´pica e a dinaˆmica macrosco´pica. A dinaˆmica microsco´pica, dependendo da natureza do sistema, pode ser bem descrita pela dinaˆmica cla´ssica (lagrangeana ou hamiltoniana) ou pela mecaˆnica quaˆntica. Para isso, e´ necessa´rio possuir toda informac¸a˜o sobre um certo estado mi- crosco´pico e, mesmo assim, ser poss´ıvel resolver o enorme conjunto de equac¸o˜es acopladas que descrevem de evoluc¸a˜o temporal. A descric¸a˜o cla´ssica e´ feita pela resoluc¸a˜o das equac¸o˜es do movimento de Hamil- ton. O conhecimento das coordenadas generalizadas em dado instante (estado ini- cial) permite a determinac¸a˜o precisa de todos os estados passados e futuros. A descric¸a˜o quaˆntica e´ feita pela resoluc¸a˜o da equac¸a˜o de Schro¨dinger. Com o conhecimento da func¸a˜o de onda do estado inicial e´ poss´ıvel determinar a evoluc¸a˜o temporal para estados passados e futuros com certo grau de incerteza inerente. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles estatísticos 2 O objetivo da Mecaˆnica Estat´ıstica e´ descrever o comportamento macrosco´pico de sistemas f´ısicos a partir do comportamento microsco´pico (do grande nu´mero) das part´ıculas (ou graus de liberdade) constituintes. Em suma, fazer a conexa˜o entre a dinaˆmica microsco´pica e a dinaˆmica macrosco´pica. A dinaˆmica microsco´pica, dependendo da natureza do sistema, pode ser bem descrita pela dinaˆmica cla´ssica (lagrangeana ou hamiltoniana) ou pela mecaˆnica quaˆntica. Para isso, e´ necessa´rio possuir toda informac¸a˜o sobre um certo estado mi- crosco´pico e, mesmo assim, ser poss´ıvel resolver o enorme conjunto de equac¸o˜es acopladas que descrevem de evoluc¸a˜o temporal. A descric¸a˜o cla´ssica e´ feita pela resoluc¸a˜o das equac¸o˜es do movimento de Hamil- ton. O conhecimento das coordenadas generalizadas em dado instante (estado ini- cial) permite a determinac¸a˜o precisa de todos os estados passados e futuros. A descric¸a˜o quaˆntica e´ feita pela resoluc¸a˜o da equac¸a˜o de Schro¨dinger. Com o conhecimento da func¸a˜o de onda do estado inicial e´ poss´ıvel determinar a evoluc¸a˜o temporal para estados passados e futuros com certo grau de incerteza inerente. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles estatísticos 2 O objetivo da Mecaˆnica Estat´ıstica e´ descrever o comportamento macrosco´pico de sistemas f´ısicos a partir do comportamento microsco´pico (do grande nu´mero) das part´ıculas (ou graus de liberdade) constituintes. Em suma, fazer a conexa˜o entre a dinaˆmica microsco´pica e a dinaˆmica macrosco´pica. A dinaˆmica microsco´pica, dependendo da natureza do sistema, pode ser bem descrita pela dinaˆmica cla´ssica (lagrangeana ou hamiltoniana) ou pela mecaˆnica quaˆntica. Para isso, e´ necessa´rio possuir toda informac¸a˜o sobre um certo estado mi- crosco´pico e, mesmo assim, ser poss´ıvel resolver o enorme conjunto de equac¸o˜es acopladas que descrevem de evoluc¸a˜o temporal. A descric¸a˜o cla´ssica e´ feita pela resoluc¸a˜o das equac¸o˜es do movimento de Hamil- ton. O conhecimento das coordenadas generalizadas em dado instante (estado ini- cial) permite a determinac¸a˜o precisa de todos os estados passados e futuros. A descric¸a˜o quaˆntica e´ feita pela resoluc¸a˜o da equac¸a˜o de Schro¨dinger. Com o conhecimento da func¸a˜o de onda do estado inicial e´ poss´ıvel determinar a evoluc¸a˜o temporal para estados passados e futuros com certo grau de incerteza inerente. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles estatísticos 2 O objetivo da Mecaˆnica Estat´ıstica e´ descrever o comportamento macrosco´pico de sistemas f´ısicos a partir do comportamento microsco´pico (do grande nu´mero) das part´ıculas (ou graus de liberdade) constituintes. Em suma, fazer a conexa˜o entre a dinaˆmica microsco´pica e a dinaˆmica macrosco´pica. A dinaˆmica microsco´pica, dependendo da natureza do sistema, pode ser bem descrita pela dinaˆmica cla´ssica (lagrangeana ou hamiltoniana) ou pela mecaˆnica quaˆntica. Para isso, e´ necessa´rio possuir toda informac¸a˜o sobre um certo estado mi- crosco´pico e, mesmo assim, ser poss´ıvel resolver o enorme conjunto de equac¸o˜es acopladas que descrevem de evoluc¸a˜o temporal. A descric¸a˜o cla´ssica e´ feita pela resoluc¸a˜o das equac¸o˜es do movimento de Hamil- ton. O conhecimento das coordenadas generalizadas em dado instante (estado ini- cial) permite a determinac¸a˜o precisa de todos os estados passados e futuros. A descric¸a˜o quaˆntica e´ feita pela resoluc¸a˜o da equac¸a˜o de Schro¨dinger. Com o conhecimento da func¸a˜o de onda do estado inicial e´ poss´ıvel determinar a evoluc¸a˜o temporal para estados passados e futuros com certo grau de incerteza inerente. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles estatísticos 3 Ambas as descric¸o˜es sa˜o baseadas em equac¸o˜es revers´ıveis no tempo e resultam num conjunto completo (enorme) de informac¸o˜es microsco´picas, as quais, quando adequadamente reunidas, sa˜o capazes de descrever a leis que governam o compor- tamento macrosco´pico. Ha´ pore´m, certo aspectos da dinaˆmica macrosco´pica que na˜o emergem diretamente do comportamento microsco´pico como: ◦ A existeˆncia dos estados de equil´ıbrio. ◦ A evoluc¸a˜o (na˜o-revers´ıvel) para tais estados de equil´ıbrio. A mecaˆnica estat´ıstica, por outro lado, tem por objetivo proporcionar a descric¸a˜o macrosco´pica a partir de um conjunto reduzido das informac¸o˜es microsco´picas e de postulados razoa´veis que possibilitem a estimativa dos valores me´dios das grandezas macrosco´picas mensura´veis. A mecaˆnica estat´ıstica prescinde do ca´lculo microsco´pico detalhado, pore´m rete´m caracter´ısticas microsco´picas essenciais como as propriedades de simetria para descrever o comportamento macrosco´pico. Para realizar este objetivo, lanc¸a ma˜o de um conjunto me´todos estat´ısticos e da teoria de probabilidades, ale´m das leis da dinaˆmica – cla´ssica ou quaˆntica – e leis de conservac¸a˜o. Por fim, deve prover uma justificativa teo´rica para a Termodinaˆmica. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles estatísticos 3 Ambas as descric¸o˜es sa˜o baseadas em equac¸o˜es revers´ıveis no tempo e resultam num conjunto completo (enorme) de informac¸o˜es microsco´picas, as quais, quando adequadamente reunidas, sa˜o capazes de descrever a leis que governam o compor- tamento macrosco´pico. Ha´ pore´m, certo aspectos da dinaˆmica macrosco´pica que na˜o emergem diretamente do comportamento microsco´pico como: ◦ A existeˆncia dos estados de equil´ıbrio. ◦ A evoluc¸a˜o (na˜o-revers´ıvel) para tais estados de equil´ıbrio. A mecaˆnica estat´ıstica, por outro lado, tem por objetivo proporcionar a descric¸a˜o macrosco´pica a partir de um conjunto reduzido das informac¸o˜es microsco´picas e de postulados razoa´veis que possibilitem a estimativa dos valores me´dios das grandezas macrosco´picas mensura´veis. A mecaˆnica estat´ıstica prescinde do ca´lculo microsco´pico detalhado, pore´m rete´m caracter´ısticas microsco´picas essenciais como as propriedades de simetria para descrever o comportamento macrosco´pico. Para realizar este objetivo, lanc¸a ma˜o de um conjunto me´todos estat´ısticos e da teoria de probabilidades, ale´m das leis da dinaˆmica – cla´ssica ou quaˆntica – e leis de conservac¸a˜o. Por fim, deve prover uma justificativa teo´rica para a Termodinaˆmica. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles estatísticos 3 Ambas as descric¸o˜es sa˜o baseadas em equac¸o˜es revers´ıveis no tempo e resultam num conjunto completo (enorme) de informac¸o˜es microsco´picas, as quais, quando adequadamente reunidas, sa˜o capazes de descrever a leis que governam o compor- tamento macrosco´pico. Ha´ pore´m, certo aspectos da dinaˆmica macrosco´pica que na˜o emergem diretamente do comportamento microsco´pico como: ◦ A existeˆncia dos estados de equil´ıbrio. ◦ A evoluc¸a˜o (na˜o-revers´ıvel) para tais estados de equil´ıbrio. A mecaˆnica estat´ıstica, por outro lado, tem por objetivo proporcionar a descric¸a˜o macrosco´pica a partir de um conjunto reduzido das informac¸o˜es microsco´picas e de postulados razoa´veis que possibilitem a estimativa dos valores me´dios das grandezas macrosco´picas mensura´veis. A mecaˆnica estat´ıstica prescinde do ca´lculo microsco´pico detalhado, pore´m rete´m caracter´ısticas microsco´picas essenciais como as propriedades de simetria para descrever o comportamento macrosco´pico. Para realizar este objetivo, lanc¸a ma˜o de um conjunto me´todos estat´ısticos e da teoria de probabilidades, ale´m das leis da dinaˆmica – cla´ssica ou quaˆntica – e leis de conservac¸a˜o. Por fim, deve prover uma justificativa teo´rica para a Termodinaˆmica. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles estatísticos 3 Ambas as descric¸o˜es sa˜o baseadas em equac¸o˜es revers´ıveis no tempo e resultam num conjunto completo (enorme) de informac¸o˜es microsco´picas, as quais, quando adequadamente reunidas, sa˜o capazes de descrever a leis que governam o compor- tamento macrosco´pico. Ha´ pore´m, certo aspectos da dinaˆmica macrosco´pica que na˜o emergem diretamente do comportamento microsco´pico como: ◦ A existeˆncia dos estados de equil´ıbrio. ◦ A evoluc¸a˜o (na˜o-revers´ıvel) para tais estados de equil´ıbrio. A mecaˆnica estat´ıstica, por outro lado, tem por objetivo proporcionar a descric¸a˜o macrosco´pica a partir de um conjunto reduzido das informac¸o˜es microsco´picas e de postulados razoa´veis que possibilitem a estimativa dos valores me´dios das grandezas macrosco´picas mensura´veis. A mecaˆnica estat´ıstica prescinde do ca´lculo microsco´pico detalhado, pore´m rete´m caracter´ısticas microsco´picas essenciais como as propriedades de simetria para descrever o comportamento macrosco´pico. Para realizar este objetivo, lanc¸a ma˜o de um conjunto me´todos estat´ısticos e da teoria de probabilidades, ale´m das leis da dinaˆmica – cla´ssica ou quaˆntica – e leis de conservac¸a˜o. Por fim, deve prover uma justificativa teo´rica para a Termodinaˆmica. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles estatísticos 3 Ambas as descric¸o˜es sa˜o baseadas em equac¸o˜es revers´ıveis no tempo e resultam num conjunto completo (enorme) de informac¸o˜es microsco´picas, as quais, quando adequadamente reunidas, sa˜o capazes de descrever a leis que governam o compor- tamento macrosco´pico. Ha´ pore´m, certo aspectos da dinaˆmica macrosco´pica que na˜o emergem diretamente do comportamento microsco´pico como: ◦ A existeˆncia dos estados de equil´ıbrio. ◦ A evoluc¸a˜o (na˜o-revers´ıvel) para tais estados de equil´ıbrio. A mecaˆnica estat´ıstica, por outro lado, tem por objetivo proporcionar a descric¸a˜o macrosco´pica a partir de um conjunto reduzido das informac¸o˜es microsco´picas e de postulados razoa´veis que possibilitem a estimativa dos valores me´dios das grandezas macrosco´picas mensura´veis. A mecaˆnica estat´ıstica prescinde do ca´lculo microsco´pico detalhado, pore´m rete´m caracter´ısticas microsco´picas essenciais como as propriedades de simetria para descrever o comportamento macrosco´pico. Para realizar este objetivo, lanc¸a ma˜o de um conjunto me´todos estat´ısticos e da teoria de probabilidades, ale´m das leis da dinaˆmica – cla´ssica ou quaˆntica – e leis de conservac¸a˜o. Por fim, deve prover uma justificativa teo´rica para a Termodinaˆmica. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Microestados de um sistema clássico 4 Microestado de um sistema cla´ssico com n graus de liberdade: • conjunto de 2n coordenadas emomentos generalizados {qi, pi} (i = 1, 2, . . . n), • {qi, pi} podem ser dependentes do tempo e • satisfazem a`s equac¸o˜es do movimento de Hamilton, q˙i = ∂H ∂pi , e p˙i = −∂H ∂qi , i = 1, 2, . . . n onde H e´ a hamiltoniana cla´ssica e o ponto sobre a coordenada indica a derivada em relac¸a˜o ao tempo. Observac¸o˜es: ◦ As coordenadas (qi, pi) sa˜o ditas serem canonicamente conjugadas. ◦ As coordenadas e momentos generalizados podem ser definidas de forma bas- tante geral onde esta˜o inclu´ıdos os v´ınculos existentes no sistema. Em geral, trata-se de uma representac¸a˜o parametrizada. ◦ EXEMPLO: num ga´s de N mole´culas livres no espac¸o Euclideano, as coorde- nadas generalizadas poderiam ser as 3N coordenadas de posic¸a˜o {xi, yi, zi} e os respectivos 3N momentos {pi, pi, pi} momentos generalizados, . domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Microestados de um sistema clássico 4 Microestado de um sistema cla´ssico com n graus de liberdade: • conjunto de 2n coordenadas emomentos generalizados {qi, pi} (i = 1, 2, . . . n), • {qi, pi} podem ser dependentes do tempo e • satisfazem a`s equac¸o˜es do movimento de Hamilton, q˙i = ∂H ∂pi , e p˙i = −∂H ∂qi , i = 1, 2, . . . n onde H e´ a hamiltoniana cla´ssica e o ponto sobre a coordenada indica a derivada em relac¸a˜o ao tempo. Observac¸o˜es: ◦ As coordenadas (qi, pi) sa˜o ditas serem canonicamente conjugadas. ◦ As coordenadas e momentos generalizados podem ser definidas de forma bas- tante geral onde esta˜o inclu´ıdos os v´ınculos existentes no sistema. Em geral, trata-se de uma representac¸a˜o parametrizada. ◦ EXEMPLO: num ga´s de N mole´culas livres no espac¸o Euclideano, as coorde- nadas generalizadas poderiam ser as 3N coordenadas de posic¸a˜o {xi, yi, zi} e os respectivos 3N momentos {pi, pi, pi} momentos generalizados, . domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Microestados de um sistema clássico 4 Microestado de um sistema cla´ssico com n graus de liberdade: • conjunto de 2n coordenadas emomentos generalizados {qi, pi} (i = 1, 2, . . . n), • {qi, pi} podem ser dependentes do tempo e • satisfazem a`s equac¸o˜es do movimento de Hamilton, q˙i = ∂H ∂pi , e p˙i = −∂H ∂qi , i = 1, 2, . . . n onde H e´ a hamiltoniana cla´ssica e o ponto sobre a coordenada indica a derivada em relac¸a˜o ao tempo. Observac¸o˜es: ◦ As coordenadas (qi, pi) sa˜o ditas serem canonicamente conjugadas. ◦ As coordenadas e momentos generalizados podem ser definidas de forma bas- tante geral onde esta˜o inclu´ıdos os v´ınculos existentes no sistema. Em geral, trata-se de uma representac¸a˜o parametrizada. ◦ EXEMPLO: num ga´s de N mole´culas livres no espac¸o Euclideano, as coorde- nadas generalizadas poderiam ser as 3N coordenadas de posic¸a˜o {xi, yi, zi} e os respectivos 3N momentos {pi, pi, pi} momentos generalizados, . domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Microestados de um sistema clássico 4 Microestado de um sistema cla´ssico com n graus de liberdade: • conjunto de 2n coordenadas emomentos generalizados {qi, pi} (i = 1, 2, . . . n), • {qi, pi} podem ser dependentes do tempo e • satisfazem a`s equac¸o˜es do movimento de Hamilton, q˙i = ∂H ∂pi , e p˙i = −∂H ∂qi , i = 1, 2, . . . n onde H e´ a hamiltoniana cla´ssica e o ponto sobre a coordenada indica a derivada em relac¸a˜o ao tempo. Observac¸o˜es: ◦ As coordenadas (qi, pi) sa˜o ditas serem canonicamente conjugadas. ◦ As coordenadas e momentos generalizados podem ser definidas de forma bas- tante geral onde esta˜o inclu´ıdos os v´ınculos existentes no sistema. Em geral, trata-se de uma representac¸a˜o parametrizada. ◦ EXEMPLO: num ga´s de N mole´culas livres no espac¸o Euclideano, as coorde- nadas generalizadas poderiam ser as 3N coordenadas de posic¸a˜o {xi, yi, zi} e os respectivos 3N momentos {pi, pi, pi} momentos generalizados, . domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Espaço de Fase 5 Espac¸o de Fase Γ, ◦ E´ um espac¸o 2n−dimensional, i.e. existe um eixo de coordenadas para cada uma das 2n coorde- nadas e momentos generalizados. ◦ cada ponto representa um estado particular re- aliza´vel. ◦ uma trajeto´ria corresponde a` evoluc¸a˜o temporal do sistema. t0 t1 tf !p !q domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Espaço de Fase 5 Espac¸o de Fase Γ, ◦ E´ um espac¸o 2n−dimensional, i.e. existe um eixo de coordenadas para cada uma das 2n coorde- nadas e momentos generalizados. ◦ cada ponto representa um estado particular re- aliza´vel. ◦ uma trajeto´ria corresponde a` evoluc¸a˜o temporal do sistema. t0 t1 tf !p !q domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Espaço de Fase 5 Espac¸o de Fase Γ, ◦ E´ um espac¸o 2n−dimensional, i.e. existe um eixo de coordenadas para cada uma das 2n coorde- nadas e momentos generalizados. ◦ cada ponto representa um estado particular re- aliza´vel. ◦ uma trajeto´ria corresponde a` evoluc¸a˜o temporal do sistema. t0 t1 tf !p !q domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Espaço de Fase 5 Espac¸o de Fase Γ, ◦ E´ um espac¸o 2n−dimensional, i.e. existe um eixo de coordenadas para cada uma das 2n coorde- nadas e momentos generalizados. ◦ cada ponto representa um estado particular re- aliza´vel. ◦ uma trajeto´ria corresponde a` evoluc¸a˜o temporal do sistema. t0 t1 tf !p !q Exemplo: Oscilador Harmoˆnico Simples - 1D • massa m, forc¸a harmoˆnica de constante κ > 0 e ponto de equil´ıbrio na origem x = 0. • Hamiltoniana cla´ssica: H = 1 2m p2 + κ 2 x2 domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Espaço de Fase 6 Espac¸o de Fase: • O espac¸o bidimensional com coordenadas (x, p). • Se o oscilador estiver isolado, estara´ em um estado com energia constante E , enta˜o sua evoluc¸a˜o temporal e´ dada equac¸a˜o 1 2m p2 + κ 2 x2 = E → p 2 2mE + x2 2E/κ = 1 • a trajeto´ria e´ uma elipse de semi-eixos: √2mE e� 2E/κ, e excentricidade e =�1− (mκ)−1 domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Espaço de Fase 6 p q Espac¸o de Fase: • O espac¸o bidimensional com coordenadas (x, p). • Se o oscilador estiver isolado, estara´ em um estado com energia constante E , enta˜o sua evoluc¸a˜o temporal e´ dada equac¸a˜o 1 2m p2 + κ 2 x2 = E → p 2 2mE + x2 2E/κ = 1 • a trajeto´ria e´ uma elipse de semi-eixos: √2mE e� 2E/κ, e excentricidade e =�1− (mκ)−1 domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensemble Estatístico 7 Ensemble estat´ıstico: Conjunto representativo dos estados microsco´picos realiza´veis de um sistema f´ısico, sobre o qual pode-se realizar me´dias estat´ısticas de interesse. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensemble Estatístico 7 Ensemble estat´ıstico: Conjunto representativo dos estados microsco´picos realiza´veis de um sistema f´ısico, sobre o qual pode-se realizar me´dias estat´ısticas de interesse. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensemble Estatístico 7 Ensemble estat´ıstico: Conjunto representativo dos estados microsco´picos realiza´veis de um sistema f´ısico, sobre o qual pode-se realizar me´dias estat´ısticas de interesse. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensemble Estatístico 7 Ensemble estat´ıstico no espac¸o de fase: conjunto de pontos, cada um representando uma re´plica independente do sistema original, pore´m em um microestado distinto compat´ıvel com os v´ınculos existentes. Ensemble estat´ıstico: Conjunto representativo dos estados microsco´picos realiza´veis de um sistema f´ısico, sobre o qual pode-se realizar me´dias estat´ısticas de interesse. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 !p !q ρ(!q, !p) Ensemble Estatístico 7 Ensemble estat´ıstico no espac¸o de fase: conjunto de pontos, cada um representando uma re´plica independente do sistema original, pore´m em um microestado distinto compat´ıvel com os v´ınculos existentes. Ensemble estat´ıstico: Conjunto representativo dos estados microsco´picos realiza´veis de um sistema f´ısico, sobre o qual pode-se realizar me´dias estat´ısticas de interesse. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 !p !q ρ(!q, !p) Ensemble Estatístico 7 Ensemble estat´ıstico no espac¸o de fase: conjunto de pontos, cada um representando uma re´plica independente do sistema original, pore´m em um microestado distinto compat´ıvel com os v´ınculos existentes. Ensemble estat´ıstico: Conjunto representativo dos estados microsco´picos realiza´veis de um sistema f´ısico, sobre o qual pode-se realizar me´dias estat´ısticas de interesse. ρ(�q, �p, t) e´ a func¸a˜o densidade de probabilidades do espac¸o de fase. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Função densidade de probabilidades 8 Define-se enta˜o a func¸a˜o densidade de ensemble por ρ�(�q, �p, t) d�q d�p= � nu´mero de elementos do ensemble com valores entre (�q, �p) e (�q + d�q, �p+ d�p) no instante t. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Função densidade de probabilidades 8 Propriedades da func¸a˜o densidade: (a) A densidade de elementos do ensemble ρ�(�q, �p, t) ≥ 0. (b) A integral de ρ�(�q, �p, t) em todo o espac¸o de fase Γ fornecera´ o nu´mero total de elementos do ensemble N , i.e.� · · · � d�q d�pρ �(�q, �p, t) = N (c) ρ� pode ser normalizada, i.e. ρ(�q, �p, t) = 1 N ρ �(�q, �p, t) → � Γ d�q d�pρ (�q, �p, t) = 1 ∴ ρ(�q, �p, t) d�q d�p= � frac¸a˜o dos elementos do ensemble com valores entre (�q, �p) e (�q + d�q, �p+ d�p) no instante t. Define-se enta˜o a func¸a˜o densidade de ensemble por ρ�(�q, �p, t) d�q d�p= � nu´mero de elementos do ensemble com valores entre (�q, �p) e (�q + d�q, �p+ d�p) no instante t. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Função densidade de probabilidades 8 Propriedades da func¸a˜o densidade: (a) A densidade de elementos do ensemble ρ�(�q, �p, t) ≥ 0. (b) A integral de ρ�(�q, �p, t) em todo o espac¸o de fase Γ fornecera´ o nu´mero total de elementos do ensemble N , i.e.� · · · � d�q d�pρ �(�q, �p, t) = N (c) ρ� pode ser normalizada, i.e. ρ(�q, �p, t) = 1 N ρ �(�q, �p, t) → � Γ d�q d�pρ (�q, �p, t) = 1 ∴ ρ(�q, �p, t) d�q d�p= � frac¸a˜o dos elementos do ensemble com valores entre (�q, �p) e (�q + d�q, �p+ d�p) no instante t. Define-se enta˜o a func¸a˜o densidade de ensemble por ρ�(�q, �p, t) d�q d�p= � nu´mero de elementos do ensemble com valores entre (�q, �p) e (�q + d�q, �p+ d�p) no instante t. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Função densidade de probabilidades 8 Propriedades da func¸a˜o densidade: (a) A densidade de elementos do ensemble ρ�(�q, �p, t) ≥ 0. (b) A integral de ρ�(�q, �p, t) em todo o espac¸o de fase Γ fornecera´ o nu´mero total de elementos do ensemble N , i.e.� · · · � d�q d�pρ �(�q, �p, t) = N (c) ρ� pode ser normalizada, i.e. ρ(�q, �p, t) = 1 N ρ �(�q, �p, t) → � Γ d�q d�pρ (�q, �p, t) = 1 ∴ ρ(�q, �p, t) d�q d�p= � frac¸a˜o dos elementos do ensemble com valores entre (�q, �p) e (�q + d�q, �p+ d�p) no instante t. Define-se enta˜o a func¸a˜o densidade de ensemble por ρ�(�q, �p, t) d�q d�p= � nu´mero de elementos do ensemble com valores entre (�q, �p) e (�q + d�q, �p+ d�p) no instante t. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Função densidade de probabilidades 8 Propriedades da func¸a˜o densidade: (a) A densidade de elementos do ensemble ρ�(�q, �p, t) ≥ 0. (b) A integral de ρ�(�q, �p, t) em todo o espac¸o de fase Γ fornecera´ o nu´mero total de elementos do ensemble N , i.e.� · · · � d�q d�pρ �(�q, �p, t) = N (c) ρ� pode ser normalizada, i.e. ρ(�q, �p, t) = 1 N ρ �(�q, �p, t) → � Γ d�q d�pρ (�q, �p, t) = 1 ∴ ρ(�q, �p, t) d�q d�p= � frac¸a˜o dos elementos do ensemble com valores entre (�q, �p) e (�q + d�q, �p+ d�p) no instante t. Define-se enta˜o a func¸a˜o densidade de ensemble por ρ�(�q, �p, t) d�q d�p= � nu´mero de elementos do ensemble com valores entre (�q, �p) e (�q + d�q, �p+ d�p) no instante t. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Interpretação probabilística 9 ◦ Observar a evoluc¸a˜o temporal de um certo elemento do ensemble durante um inter- valo de tempo t. ◦ Medir o tempo de permaneˆncia ∆t do es- tado no interior do elemento de volume (δ�qδ�p). ◦ No limite t → ∞, a probabilidade do sis- tema ser encontrado em (δ�qδ�p) e´ definida por dW (�q, �p, t) = lim t→∞ ∆t t Como � Γ dW (�q, �p, t) = 1 → dW (�q, �p, t) = ρ(�q, �p, t) d�q d�p identifica-se ρ(�q, �p, t) = � func¸a˜o densidade de probabilidades do sistema ter valores entre (�q, �p) e (�q + δ�q, �p+ δ�p) no instante t. δ"q δ"p "p "q domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Interpretação probabilística 9 ◦ Observar a evoluc¸a˜o temporal de um certo elemento do ensemble durante um inter- valo de tempo t. ◦ Medir o tempo de permaneˆncia ∆t do es- tado no interior do elemento de volume (δ�qδ�p). ◦ No limite t → ∞, a probabilidade do sis- tema ser encontrado em (δ�qδ�p) e´ definida por dW (�q, �p, t) = lim t→∞ ∆t t Como � Γ dW (�q, �p, t) = 1 → dW (�q, �p, t) = ρ(�q, �p, t) d�q d�p identifica-se ρ(�q, �p, t) = � func¸a˜o densidade de probabilidades do sistema ter valores entre (�q, �p) e (�q + δ�q, �p+ δ�p) no instante t. δ"q δ"p "p "q domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Interpretação probabilística 9 ◦ Observar a evoluc¸a˜o temporal de um certo elemento do ensemble durante um inter- valo de tempo t. ◦ Medir o tempo de permaneˆncia ∆t do es- tado no interior do elemento de volume (δ�qδ�p). ◦ No limite t → ∞, a probabilidade do sis- tema ser encontrado em (δ�qδ�p) e´ definida por dW (�q, �p, t) = lim t→∞ ∆t t Como � Γ dW (�q, �p, t) = 1 → dW (�q, �p, t) = ρ(�q, �p, t) d�q d�p identifica-se ρ(�q, �p, t) = � func¸a˜o densidade de probabilidades do sistema ter valores entre (�q, �p) e (�q + δ�q, �p+ δ�p) no instante t. δ"q δ"p "p "q domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Interpretação probabilística 9 ◦ Observar a evoluc¸a˜o temporal de um certo elemento do ensemble durante um inter- valo de tempo t. ◦ Medir o tempo de permaneˆncia ∆t do es- tado no interior do elemento de volume (δ�qδ�p). ◦ No limite t → ∞, a probabilidade do sis- tema ser encontrado em (δ�qδ�p) e´ definida por dW (�q, �p, t) = lim t→∞ ∆t t Como � Γ dW (�q, �p, t) = 1 → dW (�q, �p, t) = ρ(�q, �p, t) d�q d�p identifica-se ρ(�q, �p, t) = � func¸a˜o densidade de probabilidades do sistema ter valores entre (�q, �p) e (�q + δ�q, �p+ δ�p) no instante t. δ"q δ"p "p "q domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Interpretação probabilística 10 Observac¸a˜o importante: ◦ O problema fundamental da Mecaˆnica Estat´ıstica e´ determinar ρ(�q, �p, t) para um sistema isolado ou para uma parte (subsistema) e um sistema maior iso- lado. ◦ O conhecimento de ρ(�q, �p, t) permite calcular me´dias de grandezas macrosco´picas mensura´veis. Me´dias de Ensemble A me´dia de ensemble de uma grandeza dinaˆmica do sistema f(�q, �p) sobre os ele- mentos do ensemble e´ definida por: < f >t= � Γ f(�q, �p) ρ(�q, �p, t) d�qd�p Obs: ◦ A me´dia de ensemble, acima definida, e´ dependente do instante t se ρ(�q, �p, t) e´ dependente do tempo explicitamente. ◦ < f >t e´ um nu´mero real. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Interpretação probabilística 10 Observac¸a˜o importante: ◦ O problema fundamental da Mecaˆnica Estat´ıstica e´ determinar ρ(�q, �p, t) para um sistema isolado ou para uma parte (subsistema) e um sistema maior iso- lado. ◦ O conhecimento de ρ(�q, �p, t) permite calcular me´dias de grandezas macrosco´picas mensura´veis. Me´dias de Ensemble A me´dia de ensemble de uma grandeza dinaˆmica do sistema f(�q, �p) sobre os ele- mentos do ensemble e´ definida por: < f >t= � Γ f(�q, �p) ρ(�q, �p, t) d�qd�p Obs: ◦ A me´dia de ensemble, acima definida, e´ dependente do instante t se ρ(�q, �p, t) e´ dependente do tempo explicitamente. ◦ < f >t e´ um nu´mero real. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Interpretação probabilística 10 Observac¸a˜o importante: ◦ O problema fundamental da Mecaˆnica Estat´ıstica e´ determinar ρ(�q, �p, t) para um sistema isolado ou para uma parte (subsistema) e um sistema maior iso- lado. ◦ O conhecimento de ρ(�q, �p, t) permite calcular me´dias de grandezas macrosco´picas mensura´veis. Me´dias de Ensemble A me´dia de ensemble de uma grandeza dinaˆmica do sistema f(�q, �p) sobre os ele- mentos do ensemble e´ definida por: < f >t= � Γ f(�q, �p) ρ(�q, �p, t) d�qd�p Obs: ◦ A me´dia de ensemble, acima definida, e´ dependente do instante t se ρ(�q, �p, t) e´ dependente do tempo explicitamente. ◦ < f >t e´ um nu´mero real. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 11 Considerac¸o˜es iniciais: 1. Considere o ensemble de um sistema f´ısico em dois instantes de tempo, t0 e t. Nesse intervalo de tempo, cada ponto descreve uma trajeto´ria u´nica – que na˜o se cruzam – determinada pelas leis da mecaˆnica (equac¸o˜es de Hamilton). Logo, ha´ uma correspondeˆncia biun´ıvoca entre os pontos do ensemble em t0 e t. 2. A dinaˆmica do ensemble em Γ pode ser vista como uma sucessa˜o de trans- formac¸o˜es infinitesimais do espac¸o de fase nele mesmo, i.e. ρ(t) : Γ→ Γ [transformac¸a˜o entre configurac¸o˜es] Em outras palavras, corresponde ao conjunto das transformac¸o˜es canoˆnicas que cada estado do sistema (elemento do ensemble) sofre entre t e t + δt. 3. Nem toda transformac¸a˜o cont´ınua e´ poss´ıvel. O teorema de Liouville permi- tira´ discernir, dentre o conjunto das transformac¸o˜es cont´ınuas, aquelas trans- formac¸o˜es que sa˜o compat´ıveis com a dinaˆmica dos sistema. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 11 Considerac¸o˜es iniciais: 1. Considere o ensemble de um sistema f´ısico em dois instantes de tempo, t0 e t. Nesse intervalo de tempo, cada ponto descreve uma trajeto´ria u´nica – que na˜o se cruzam – determinada pelas leis da mecaˆnica (equac¸o˜es de Hamilton). Logo, ha´ uma correspondeˆncia biun´ıvoca entre os pontos do ensemble em t0 e t. 2. A dinaˆmica do ensemble em Γ pode ser vista como uma sucessa˜o de trans- formac¸o˜es infinitesimais do espac¸o de fase nele mesmo, i.e. ρ(t) : Γ→ Γ [transformac¸a˜o entre configurac¸o˜es] Em outras palavras, corresponde ao conjunto das transformac¸o˜es canoˆnicas que cada estado do sistema (elemento do ensemble) sofre entre t e t + δt. 3. Nem toda transformac¸a˜o cont´ınua e´ poss´ıvel. O teorema de Liouville permi- tira´ discernir, dentre o conjunto das transformac¸o˜es cont´ınuas, aquelas trans- formac¸o˜es que sa˜o compat´ıveis com a dinaˆmica dos sistema. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 11 Considerac¸o˜es iniciais: 1. Considere o ensemble de um sistema f´ısico em dois instantes de tempo, t0 e t. Nesse intervalo de tempo, cada ponto descreve uma trajeto´ria u´nica – que na˜o se cruzam – determinada pelas leis da mecaˆnica (equac¸o˜es de Hamilton). Logo, ha´ uma correspondeˆncia biun´ıvoca entre os pontos do ensemble em t0 e t. 2. A dinaˆmica do ensemble em Γ pode ser vista como uma sucessa˜o de trans- formac¸o˜es infinitesimais do espac¸o de fase nele mesmo, i.e. ρ(t) : Γ→ Γ [transformac¸a˜o entre configurac¸o˜es] Em outras palavras, corresponde ao conjunto das transformac¸o˜es canoˆnicas que cada estado do sistema (elemento do ensemble) sofre entre t e t + δt. 3. Nem toda transformac¸a˜o cont´ınua e´ poss´ıvel. O teorema de Liouville permi- tira´ discernir, dentre o conjunto das transformac¸o˜es cont´ınuas, aquelas trans- formac¸o˜es que sa˜o compat´ıveis com a dinaˆmica dos sistema. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 11 Considerac¸o˜es iniciais: 1. Considere o ensemble de um sistema f´ısico em dois instantes de tempo, t0 e t. Nesse intervalo de tempo, cada ponto descreve uma trajeto´ria u´nica – que na˜o se cruzam – determinada pelas leis da mecaˆnica (equac¸o˜es de Hamilton). Logo, ha´ uma correspondeˆncia biun´ıvoca entre os pontos do ensemble em t0 e t. 2. A dinaˆmica do ensemble em Γ pode ser vista como uma sucessa˜o de trans- formac¸o˜es infinitesimais do espac¸o de fase nele mesmo, i.e. ρ(t) : Γ→ Γ [transformac¸a˜o entre configurac¸o˜es] Em outras palavras, corresponde ao conjunto das transformac¸o˜es canoˆnicas que cada estado do sistema (elemento do ensemble) sofre entre t e t + δt. 3. Nem toda transformac¸a˜o cont´ınua e´ poss´ıvel. O teorema de Liouville permi- tira´ discernir, dentre o conjunto das transformac¸o˜es cont´ınuas, aquelas trans- formac¸o˜es que sa˜o compat´ıveis com a dinaˆmica dos sistema. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 11 Considerac¸o˜es iniciais: 1. Considere o ensemble de um sistema f´ısico em dois instantes de tempo, t0 e t. Nesse intervalo de tempo, cada ponto descreve uma trajeto´ria u´nica – que na˜o se cruzam – determinada pelas leis da mecaˆnica (equac¸o˜es de Hamilton). Logo, ha´ uma correspondeˆncia biun´ıvoca entre os pontos do ensemble em t0 e t. 2. A dinaˆmica do ensemble em Γ pode ser vista como uma sucessa˜o de trans- formac¸o˜es infinitesimais do espac¸o de fase nele mesmo, i.e. ρ(t) : Γ→ Γ [transformac¸a˜o entre configurac¸o˜es] Em outras palavras, corresponde ao conjunto das transformac¸o˜es canoˆnicas que cada estado do sistema (elemento do ensemble) sofre entre t e t + δt. 3. Nem toda transformac¸a˜o cont´ınua e´ poss´ıvel. O teorema de Liouville permi- tira´ discernir, dentre o conjunto das transformac¸o˜es cont´ınuas, aquelas trans- formac¸o˜es que sa˜o compat´ıveis com a dinaˆmica dos sistema. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 11 Considerac¸o˜es iniciais: 1. Considere o ensemble de um sistema f´ısico em dois instantes de tempo, t0 e t. Nesse intervalo de tempo, cada ponto descreve uma trajeto´ria u´nica – que na˜o se cruzam – determinada pelas leis da mecaˆnica (equac¸o˜es de Hamilton). Logo, ha´ uma correspondeˆncia biun´ıvoca entre os pontos do ensemble em t0 e t. 2. A dinaˆmica do ensemble em Γ pode ser vista como uma sucessa˜o de trans- formac¸o˜es infinitesimais do espac¸o de fase nele mesmo, i.e. ρ(t) : Γ→ Γ [transformac¸a˜o entre configurac¸o˜es] Em outras palavras, corresponde ao conjunto das transformac¸o˜es canoˆnicas que cada estado do sistema (elemento do ensemble) sofre entre t e t + δt. 3. Nem toda transformac¸a˜o cont´ınua e´ poss´ıvel. O teorema de Liouville permi- tira´ discernir, dentre o conjunto das transformac¸o˜es cont´ınuas, aquelas trans- formac¸o˜es que sa˜o compat´ıveis com a dinaˆmica dos sistema. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 12 Equac¸a˜o de Liouville, ∂ρ ∂t ��� �q�p = − � i � ∂ρ ∂qi ∂H ∂pi − ∂ρ ∂pi ∂H ∂qi � → ∂ρ ∂t ��� �q�p = − � ρ, H � Obs: o s´ımbolo {A,B} representa o chamado colchete de Poisson das grandezas A e B usado na Mecaˆnica Cla´ssica. Reescrevendo a equac¸a˜o de Liouville em termos da varia´veis (�q, �p), e rearrumando temos: �∂ρ ∂t � = − � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � , �∂ρ ∂t � + � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � = 0, → d dt ρ(�q, �p, t) = 0, derivada hidrodinaˆmica. p˙ = −∂H ∂q q˙ = ∂H ∂p Lembrar: domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 12 Equac¸a˜o de Liouville, ∂ρ ∂t ��� �q�p = − � i � ∂ρ ∂qi ∂H ∂pi − ∂ρ ∂pi ∂H ∂qi � → ∂ρ ∂t ��� �q�p = − � ρ, H � Obs: o s´ımbolo {A,B} representa o chamado colchete de Poisson das grandezas A e B usado na Mecaˆnica Cla´ssica. Reescrevendo a equac¸a˜o de Liouville em termos da varia´veis (�q, �p), e rearrumando temos: �∂ρ ∂t � = − � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � , �∂ρ ∂t � + � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � = 0, → d dt ρ(�q, �p, t) = 0, derivada hidrodinaˆmica. p˙ = −∂H ∂q q˙ = ∂H ∂p Lembrar: domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 12 Equac¸a˜o de Liouville, ∂ρ ∂t ��� �q�p = − � i � ∂ρ ∂qi ∂H ∂pi − ∂ρ ∂pi ∂H ∂qi � → ∂ρ ∂t ��� �q�p = − � ρ, H � Obs: o s´ımbolo {A,B} representa o chamado colchete de Poisson das grandezas A e B usado na Mecaˆnica Cla´ssica. Reescrevendo a equac¸a˜o de Liouville em termos da varia´veis (�q, �p), e rearrumando temos: �∂ρ ∂t � = − � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � , �∂ρ ∂t � + � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � = 0, → d dt ρ(�q, �p, t) = 0, derivada hidrodinaˆmica. p˙ = −∂H ∂q q˙ = ∂H ∂p Lembrar: domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 12 Equac¸a˜o de Liouville, ∂ρ ∂t ��� �q�p = − � i � ∂ρ ∂qi ∂H ∂pi − ∂ρ ∂pi ∂H ∂qi � → ∂ρ ∂t ��� �q�p = − � ρ, H � Obs: o s´ımbolo {A,B} representa o chamado colchete de Poisson das grandezas A e B usado na Mecaˆnica Cla´ssica. Reescrevendo a equac¸a˜o de Liouville em termos da varia´veis (�q, �p), e rearrumando temos: �∂ρ ∂t � = − � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � , �∂ρ ∂t � + � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � = 0, → d dt ρ(�q, �p, t) = 0, derivada hidrodinaˆmica. p˙ = −∂H ∂q q˙ = ∂H ∂p Lembrar: domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 12 Equac¸a˜o de Liouville, ∂ρ ∂t ��� �q�p = − � i � ∂ρ ∂qi ∂H ∂pi − ∂ρ ∂pi ∂H ∂qi � → ∂ρ ∂t ��� �q�p = − � ρ, H � Obs: o s´ımbolo {A,B} representa o chamado colchete de Poisson das grandezas A e B usado na Mecaˆnica Cla´ssica. Reescrevendo a equac¸a˜o de Liouville em termos da varia´veis (�q, �p), e rearrumando temos: �∂ρ ∂t � = − � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � , �∂ρ ∂t � + � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � = 0, → d dt ρ(�q, �p, t) = 0, derivada hidrodinaˆmica. p˙ = −∂H ∂q q˙ = ∂H ∂p Lembrar: domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 13 Comenta´rios e interpretac¸o˜es: 1. A equac¸a˜o �∂ρ ∂t � = − � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � , descreve a variac¸a˜o da func¸a˜o densidade ρ(�q, �p, t) em relac¸a˜o ao tempo, nas vizinhanc¸as do ponto (�q, �p) fixo, no instante t. 2. A derivada hidrodinaˆmica dρ/dt descreve a dependeˆncia temporal completa da func¸a˜o densidade ρ(�q, �p, t) nas coordenadas (�q, �p, t), i.e mede a variac¸a˜o da densidade no entorno de um ponto (�q, �p) que esta´ movendo-se no espac¸o de fase. 3. O teorema de Liouville, d dt ρ(�q, �p, t) = 0, significa que a densidade ρ(�q, �p, t) permanece constante, quando vista por um observador que se move junto ao ponto. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 13 Comenta´rios e interpretac¸o˜es: 1. A equac¸a˜o �∂ρ ∂t � = − � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � , descreve a variac¸a˜o da func¸a˜o densidade ρ(�q, �p, t) em relac¸a˜o ao tempo, nas vizinhanc¸as do ponto (�q, �p) fixo, no instante t. 2. A derivada hidrodinaˆmica dρ/dt descreve a dependeˆncia temporal completa da func¸a˜o densidade ρ(�q, �p, t) nas coordenadas (�q, �p, t), i.e mede a variac¸a˜o da densidade no entorno de um ponto (�q, �p) que esta´ movendo-se no espac¸o de fase. 3. O teorema de Liouville, d dt ρ(�q, �p, t) = 0, significa que a densidade ρ(�q, �p, t) permanece constante, quando vista por um observador que se move junto ao ponto. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 13 Comenta´rios e interpretac¸o˜es: 1. A equac¸a˜o �∂ρ ∂t � = − � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � , descreve a variac¸a˜o da func¸a˜o densidade ρ(�q, �p, t) em relac¸a˜o ao tempo, nas vizinhanc¸as do ponto (�q, �p) fixo, no instante t. 2. A derivada hidrodinaˆmica dρ/dt descreve a dependeˆncia temporal completa da func¸a˜o densidade ρ(�q, �p, t) nas coordenadas (�q, �p, t), i.e mede a variac¸a˜o da densidade no entorno de um ponto (�q, �p) que esta´ movendo-se no espac¸o de fase. 3. O teorema de Liouville, d dt ρ(�q, �p, t) = 0, significa que a densidade ρ(�q, �p, t) permanece constante, quando vista por um observador que se move junto ao ponto. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 O Teorema de Liouville 13 Comenta´rios e interpretac¸o˜es: 1. A equac¸a˜o �∂ρ ∂t � = − � i � ∂ρ ∂qi q˙i + ∂ρ ∂pi p˙i � , descreve a variac¸a˜o da func¸a˜o densidade ρ(�q, �p, t) em relac¸a˜o ao tempo, nas vizinhanc¸as do ponto (�q, �p) fixo, no instante t. 2. A derivada hidrodinaˆmica dρ/dt descreve a dependeˆncia temporal completa da func¸a˜o densidade ρ(�q, �p, t) nas coordenadas (�q, �p, t), i.e mede a variac¸a˜o da densidade no entorno de um ponto (�q, �p) que esta´ movendo-se no espac¸o de fase. 3. O teorema de Liouville, d dt ρ(�q, �p, t) = 0, significa que a densidade ρ(�q, �p, t) permanece constante, quando vista por um observador que se move junto ao ponto. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Propriedades decorrentes do Teorema de Liouville 14 I. Reversa˜o temporal: Sob ac¸a˜o da operac¸a˜o de reversa˜o temporal, i.e. {�q, �p, t} → {�q,−�p,−t} o colchete de Poisson da equac¸a˜o de Liouville muda de sinal, implicando que a densidade ρ(�q,−�p,−t) = ρ(�q, �p, t), i.e. evolui de forma reversa. II. Evoluc¸a˜o temporal da me´dia de ensemble: A me´dia de ensemble de uma grandeza f(�q, �p), definida no slide 10, e´ uma func¸a˜o do tempo, i.e. < f >t= � Γ f(�q, �p) ρ(�q, �p, t)d�q d�p A evoluc¸a˜o temporal desta me´dia pode ser calculada usando o T.L., ou seja, d dt < f >t= � Γ f(�q, �p) ∂ρ(�q, �p, t) ∂t d�q d�p= − 2n� i=1 � Γ d�q d�p f(�q, �p) � ∂ρ ∂qi ∂H ∂pi − ∂ρ ∂pi ∂H ∂qi � Integrando por partes cada uma das parcelas pode-se mostrar para cada termo que� Γ dqi ∂ρ ∂qi f(�q, �p) ∂H ∂pi = ρ f(�q, �p) ∂H ∂pi ��� ∞ − � γ dqi ρ � ∂f ∂qi ∂H ∂pi + f ∂2H ∂qi∂pi � domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Propriedades decorrentes do Teorema de Liouville 14 I. Reversa˜o temporal: Sob ac¸a˜o da operac¸a˜o de reversa˜o temporal, i.e. {�q, �p, t} → {�q,−�p,−t} o colchete de Poisson da equac¸a˜o de Liouville muda de sinal, implicando que a densidade ρ(�q,−�p,−t) = ρ(�q, �p, t), i.e. evolui de forma reversa. II. Evoluc¸a˜o temporal da me´dia de ensemble: A me´dia de ensemble de uma grandeza f(�q, �p), definida no slide 10, e´ uma func¸a˜o do tempo, i.e. < f >t= � Γ f(�q, �p) ρ(�q, �p, t)d�q d�p A evoluc¸a˜o temporal desta me´dia pode ser calculada usando o T.L., ou seja, d dt < f >t= � Γ f(�q, �p) ∂ρ(�q, �p, t) ∂t d�q d�p= − 2n� i=1 � Γ d�q d�p f(�q, �p) � ∂ρ ∂qi ∂H ∂pi − ∂ρ ∂pi ∂H ∂qi � Integrando por partes cada uma das parcelas pode-se mostrar para cada termo que� Γ dqi ∂ρ ∂qi f(�q, �p) ∂H ∂pi = ρ f(�q, �p) ∂H ∂pi ��� ∞ − � γ dqi ρ � ∂f ∂qi ∂H ∂pi + f ∂2H ∂qi∂pi � domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Propriedades decorrentes do Teorema de Liouville 14 I. Reversa˜o temporal: Sob ac¸a˜o da operac¸a˜o de reversa˜o temporal, i.e. {�q, �p, t} → {�q,−�p,−t} o colchete de Poisson da equac¸a˜o de Liouville muda de sinal, implicando que a densidade ρ(�q,−�p,−t) = ρ(�q, �p, t), i.e. evolui de forma reversa. II. Evoluc¸a˜o temporal da me´dia de ensemble: A me´dia de ensemble de uma grandeza f(�q, �p), definida no slide 10, e´ uma func¸a˜o do tempo, i.e. < f >t= � Γ f(�q, �p) ρ(�q, �p, t)d�q d�p A evoluc¸a˜o temporal desta me´dia pode ser calculada usando o T.L., ou seja, d dt < f >t= � Γ f(�q, �p) ∂ρ(�q, �p, t) ∂t d�q d�p= − 2n� i=1 � Γ d�q d�p f(�q, �p) � ∂ρ ∂qi ∂H ∂pi − ∂ρ ∂pi ∂H ∂qi � Integrando por partes cada uma das parcelas pode-se mostrar para cada termo que� Γ dqi ∂ρ ∂qi f(�q, �p) ∂H ∂pi = ρ f(�q, �p) ∂H ∂pi ��� ∞ − � γ dqi ρ � ∂f ∂qi ∂H ∂pi + f ∂2H ∂qi∂pi � domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Propriedades decorrentes do Teorema de Liouville 14 I. Reversa˜o temporal: Sob ac¸a˜o da operac¸a˜o de reversa˜o temporal, i.e. {�q, �p, t} → {�q,−�p,−t} o colchete de Poisson da equac¸a˜o de Liouville muda de sinal, implicando que a densidade ρ(�q,−�p,−t) = ρ(�q, �p, t), i.e. evolui de forma reversa. II. Evoluc¸a˜o temporal da me´dia de ensemble: A me´dia de ensemble de uma grandeza f(�q, �p), definida no slide 10, e´ uma func¸a˜o do tempo, i.e. < f >t= � Γ f(�q, �p) ρ(�q, �p, t)d�q d�p A evoluc¸a˜o temporal desta me´dia pode ser calculada usando o T.L., ou seja, d dt < f >t= � Γ f(�q, �p) ∂ρ(�q, �p, t) ∂t d�q d�p= − 2n� i=1 � Γ d�q d�p f(�q, �p) � ∂ρ ∂qi ∂H ∂pi − ∂ρ ∂pi ∂H ∂qi � Integrando por partes cada uma das parcelas pode-se mostrar para cada termo que� Γ dqi ∂ρ ∂qi f(�q, �p) ∂H ∂pi = ρ f(�q, �p) ∂H ∂pi ��� ∞ − � γ dqi ρ � ∂f ∂qi ∂H ∂pi + f ∂2H ∂qi∂pi � domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Propriedades decorrentes do Teorema de Liouville 14 I. Reversa˜o temporal: Sob ac¸a˜o da operac¸a˜o de reversa˜o temporal, i.e. {�q, �p, t} → {�q,−�p,−t} o colchete de Poisson da equac¸a˜o de Liouville muda de sinal, implicando que a densidade ρ(�q,−�p,−t) = ρ(�q, �p, t), i.e. evolui de forma reversa. II. Evoluc¸a˜o temporal da me´dia de ensemble: A me´dia de ensemble de uma grandeza f(�q, �p), definida no slide 10, e´ uma func¸a˜o do tempo, i.e. < f >t= � Γ f(�q, �p) ρ(�q, �p, t)d�q d�p A evoluc¸a˜o temporal desta me´dia pode ser calculada usando o T.L., ou seja, d dt < f >t= � Γ f(�q, �p) ∂ρ(�q, �p, t) ∂t d�q d�p= − 2n� i=1 � Γ d�q d�p f(�q, �p) � ∂ρ ∂qi ∂H ∂pi − ∂ρ ∂pi ∂H ∂qi � Integrando por partes cada uma das parcelas pode-se mostrar para cada termo que� Γ dqi ∂ρ ∂qi f(�q, �p) ∂H ∂pi = ρ f(�q, �p) ∂H ∂pi ��� ∞ − � γ dqi ρ � ∂f ∂qi ∂H ∂pi + f ∂2H ∂qi∂pi � domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Propriedades decorrentes do Teorema de Liouville 14 I. Reversa˜o temporal: Sob ac¸a˜o da operac¸a˜o de reversa˜o temporal, i.e. {�q, �p, t} → {�q,−�p,−t} o colchete de Poisson da equac¸a˜o de Liouville muda de sinal, implicando que a densidade ρ(�q,−�p,−t) = ρ(�q, �p, t), i.e. evolui de forma reversa. II. Evoluc¸a˜o temporal da me´dia de ensemble: A me´dia de ensemble de uma grandeza f(�q, �p), definida no slide 10, e´ uma func¸a˜o do tempo, i.e. < f >t= � Γ f(�q, �p) ρ(�q, �p, t)d�q d�p A evoluc¸a˜o temporal desta me´dia pode ser calculada usando o T.L., ou seja, d dt < f >t= � Γ f(�q, �p) ∂ρ(�q, �p, t) ∂t d�q d�p= − 2n� i=1 � Γ d�q d�p f(�q, �p) � ∂ρ ∂qi ∂H ∂pi − ∂ρ ∂pi ∂H ∂qi � Integrando por partes cada uma das parcelas pode-se mostrar para cada termo que� Γ dqi ∂ρ ∂qi f(�q, �p) ∂H ∂pi = ρ f(�q, �p) ∂H ∂pi ��� ∞ − � γ dqi ρ � ∂f ∂qi ∂H ∂pi + f ∂2H ∂qi∂pi �=0 domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Propriedades decorrentes do Teorema de Liouville 15 Considerando que o primeiro termo se anula porque ρ se anula nos limites de inte- grac¸a˜o em Γ e coletando todos os termos resulta: d dt < f >t= 2n� i=1 � Γ d�q d�pρ (�q, �p, t) � ∂f ∂qi ∂H ∂pi − ∂f ∂pi ∂H ∂qi � + � f ∂2H ∂qi∂pi − f ∂ 2H ∂qi∂pi � d dt < f >t= � Γ d�q d�pρ (�q, �p, t) {f, H} ∴ d dt < f >t=< {f, H} >t domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 =0 Propriedades decorrentes do Teorema de Liouville 15 Considerando que o primeiro termo se anula porque ρ se anula nos limites de inte- grac¸a˜o em Γ e coletando todos os termos resulta: d dt < f >t= 2n� i=1 � Γ d�q d�pρ (�q, �p, t) � ∂f ∂qi ∂H ∂pi − ∂f ∂pi ∂H ∂qi � + � f ∂2H ∂qi∂pi − f ∂ 2H ∂qi∂pi � d dt < f >t= � Γ d�q d�pρ (�q, �p, t) {f, H} ∴ d dt < f >t=< {f, H} >t domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Equilíbrio estatístico e equilíbrio termodinâmico 16 Equil´ıbrio estat´ıstico em um ensemble. Supor ensemble de micro-estados descrito pela func¸a˜o densidade ρ(�q, �p, t) em Γ(�q, �p). Os estados de equil´ıbrio estat´ıstico formam um subconjunto de Γ, cuja func¸a˜o densidade na˜o depende explicitamente do tempo. i.e. ∂ ∂t ρ(�q, �p, t) = 0, → ρ(�q, �p, t) = ρ(�q, �p) Consequeˆncias: (i) A probabilidade de se encontrar um certo estado (ponto) em determinada regia˜o de Γ, descrita por ρ(�q, �p) e´ independente do tempo. (ii) As me´dias de ensemble de grandezas dinaˆmicas f(�q, �p) feitas sobre Γ(�q, �p), sa˜o indepen- dentes do tempo. (iii) Os observa´veis macrosco´picos sera˜o independentes do tempo, o que define o estado de equil´ıbrio estat´ıstico (iv) Se d dt < f(�q, �p, t) >t= 0 → < {f, H} >= 0. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Equilíbrio estatístico e equilíbrio termodinâmico 16 Equil´ıbrio estat´ıstico em um ensemble. Supor ensemble de micro-estados descrito pela func¸a˜o densidade ρ(�q, �p, t) em Γ(�q, �p). Os estados de equil´ıbrio estat´ıstico formam um subconjunto de Γ, cuja func¸a˜o densidade na˜o depende explicitamente do tempo. i.e. ∂ ∂t ρ(�q, �p, t) = 0, → ρ(�q, �p, t) = ρ(�q, �p) Consequeˆncias: (i) A probabilidade de se encontrar um certo estado (ponto) em determinada regia˜o de Γ, descrita por ρ(�q, �p) e´ independente do tempo. (ii) As me´dias de ensemble de grandezas dinaˆmicas f(�q, �p) feitas sobre Γ(�q, �p), sa˜o indepen- dentes do tempo. (iii) Os observa´veis macrosco´picos sera˜o independentes do tempo, o que define o estado de equil´ıbrio estat´ıstico (iv) Se d dt < f(�q, �p, t) >t= 0 → < {f, H} >= 0. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Equilíbrio estatístico e equilíbrio termodinâmico 16 Equil´ıbrio estat´ıstico em um ensemble. Supor ensemble de micro-estados descrito pela func¸a˜o densidade ρ(�q, �p, t) em Γ(�q, �p). Os estados de equil´ıbrio estat´ıstico formam um subconjunto de Γ, cuja func¸a˜o densidade na˜o depende explicitamente do tempo. i.e. ∂ ∂t ρ(�q, �p, t) = 0, → ρ(�q, �p, t) = ρ(�q, �p) Consequeˆncias: (i) A probabilidade de se encontrar um certo estado (ponto) em determinada regia˜o de Γ, descrita por ρ(�q, �p) e´ independente do tempo. (ii) As me´dias de ensemble de grandezas dinaˆmicas f(�q, �p) feitas sobre Γ(�q, �p), sa˜o indepen- dentes do tempo. (iii) Os observa´veis macrosco´picos sera˜o independentes do tempo, o que define o estado de equil´ıbrio estat´ıstico (iv) Se d dt < f(�q, �p, t) >t= 0 → < {f, H} >= 0. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Equilíbrio estatístico e equilíbrio termodinâmico 16 Equil´ıbrio estat´ıstico em um ensemble. Supor ensemble de micro-estados descrito pela func¸a˜o densidade ρ(�q, �p, t) em Γ(�q, �p). Os estados de equil´ıbrio estat´ıstico formam um subconjunto de Γ, cuja func¸a˜o densidade na˜o depende explicitamente do tempo. i.e. ∂ ∂t ρ(�q, �p, t) = 0, → ρ(�q, �p, t) = ρ(�q, �p) Consequeˆncias: (i) A probabilidade de se encontrar um certo estado (ponto) em determinada regia˜o de Γ, descrita por ρ(�q, �p) e´ independente do tempo. (ii) As me´dias de ensemble de grandezas dinaˆmicas f(�q, �p) feitas sobre Γ(�q, �p), sa˜o indepen- dentes do tempo. (iii) Os observa´veis macrosco´picos sera˜o independentes do tempo, o que define o estado de equil´ıbrio estat´ıstico (iv) Se d dt < f(�q, �p, t) >t= 0 → < {f, H} >= 0. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 17 1. Ensemble Uniforme (trivial): ρ(�q, �p) = Constante ∴ ∂ ∂qi ρ(�q, �p) = ∂ ∂pi ρ(�q, �p) = 0 → {ρ, H} = 0 2. Ensemble Estaciona´rio: ρ(�q, �p) = ρ(α) • α e´ uma constante do movimento, i.e. dependente de �q e �p, mas na˜o depende do tempo. • Exemplo: α = H(�p, �q) = E , (sistema com energia constante) Logo, se d dt α(�q, �p) = 0, → � i � ∂α ∂qi q˙i + ∂α ∂pi p˙i + ∂ ∂t α � = 0 ∴ {α, H} = 0. Portanto, segundo o teorema de Liouville, o comportamento de ρ sera´: ∂ ∂t ρ(�q, �p) = − � i � ∂ρ ∂α ∂α ∂qi q˙i + ∂ρ ∂α ∂α ∂pi p˙i � = = − ∂ρ ∂α � i � ∂α ∂qi q˙i + ∂α ∂pi p˙i � = − ∂ρ ∂α {α, H}� �� � =0 = 0 ver slide 12 domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 17 1. Ensemble Uniforme (trivial): ρ(�q, �p) = Constante ∴ ∂ ∂qi ρ(�q, �p) = ∂ ∂pi ρ(�q, �p) = 0 → {ρ, H} = 0 2. Ensemble Estaciona´rio: ρ(�q, �p) = ρ(α) • α e´ uma constante do movimento, i.e. dependente de �q e �p, mas na˜o depende do tempo. • Exemplo: α = H(�p, �q) = E , (sistema com energia constante) Logo, se d dt α(�q, �p) = 0, → � i � ∂α ∂qi q˙i + ∂α ∂pi p˙i + ∂ ∂t α � = 0 ∴ {α, H} = 0. Portanto, segundo o teorema de Liouville, o comportamento de ρ sera´: ∂ ∂t ρ(�q, �p) = − � i � ∂ρ ∂α ∂α ∂qi q˙i + ∂ρ ∂α ∂α ∂pi p˙i � = = − ∂ρ ∂α � i � ∂α ∂qi q˙i + ∂α ∂pi p˙i � = − ∂ρ ∂α {α, H}� �� � =0 = 0 ver slide 12 domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 17 1. Ensemble Uniforme (trivial): ρ(�q, �p) = Constante ∴ ∂ ∂qi ρ(�q, �p) = ∂ ∂pi ρ(�q, �p) = 0 → {ρ, H} = 0 2. Ensemble Estaciona´rio: ρ(�q, �p) = ρ(α) • α e´ uma constante do movimento, i.e. dependente de �q e �p, mas na˜o depende do tempo. • Exemplo: α = H(�p, �q) = E , (sistema com energia constante) Logo, se d dt α(�q, �p) = 0, → � i � ∂α ∂qi q˙i + ∂α ∂pi p˙i + ∂ ∂t α � = 0 ∴ {α, H} = 0. Portanto, segundo o teorema de Liouville, o comportamento de ρ sera´: ∂ ∂t ρ(�q, �p) = − � i � ∂ρ ∂α ∂α ∂qi q˙i + ∂ρ ∂α ∂α ∂pi p˙i � = = − ∂ρ ∂α � i � ∂α ∂qi q˙i + ∂α ∂pi p˙i � = − ∂ρ ∂α {α, H}� �� � =0 = 0 ver slide 12 domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 17 1. Ensemble Uniforme (trivial): ρ(�q, �p) = Constante ∴ ∂ ∂qi ρ(�q, �p) = ∂ ∂pi ρ(�q, �p) = 0 → {ρ, H} = 0 2. Ensemble Estaciona´rio: ρ(�q, �p) = ρ(α) • α e´ uma constante do movimento, i.e. dependente de �q e �p, mas na˜o depende do tempo. • Exemplo: α = H(�p, �q) = E , (sistema com energia constante) Logo, se d dt α(�q, �p) = 0, → � i � ∂α ∂qi q˙i + ∂α ∂pi p˙i + ∂ ∂t α � = 0 ∴ {α, H} = 0. Portanto, segundo o teorema de Liouville, o comportamento de ρ sera´: ∂ ∂t ρ(�q, �p) = − � i � ∂ρ ∂α ∂α ∂qi q˙i + ∂ρ ∂α ∂α ∂pi p˙i � = = − ∂ρ ∂α � i � ∂α ∂qi q˙i + ∂α ∂pi p˙i � = − ∂ρ ∂α {α, H}� �� � =0 = 0 ver slide 12 =0 domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 17 1. Ensemble Uniforme (trivial): ρ(�q, �p) = Constante ∴ ∂ ∂qi ρ(�q, �p) = ∂ ∂pi ρ(�q, �p) = 0 → {ρ, H} = 0 2. Ensemble Estaciona´rio: ρ(�q, �p) = ρ(α) • α e´ uma constante do movimento, i.e. dependente de �q e �p, mas na˜o depende do tempo. • Exemplo: α = H(�p, �q) = E , (sistema com energia constante) Logo, se d dt α(�q, �p) = 0, → � i � ∂α ∂qi q˙i + ∂α ∂pi p˙i + ∂ ∂t α � = 0 ∴ {α, H} = 0. Portanto, segundo o teorema de Liouville, o comportamento de ρ sera´: ∂ ∂t ρ(�q, �p) = − � i � ∂ρ ∂α ∂α ∂qi q˙i + ∂ρ ∂α ∂α ∂pi p˙i � = = − ∂ρ ∂α � i � ∂α ∂qi q˙i + ∂α ∂pi p˙i � = − ∂ρ ∂α {α, H}� �� � =0 = 0 ver slide 12 =0 domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 17 1. Ensemble Uniforme (trivial): ρ(�q, �p) = Constante ∴ ∂ ∂qi ρ(�q, �p) = ∂ ∂pi ρ(�q, �p) = 0 → {ρ, H} = 0 2. Ensemble Estaciona´rio: ρ(�q, �p) = ρ(α) • α e´ uma constante do movimento, i.e. dependente de �q e �p, mas na˜o depende do tempo. • Exemplo: α = H(�p, �q) = E , (sistema com energia constante) Logo, se d dt α(�q, �p) = 0, → � i � ∂α ∂qi q˙i + ∂α ∂pi p˙i + ∂ ∂t α � = 0 ∴ {α, H} = 0. Portanto, segundo o teorema de Liouville, o comportamento de ρ sera´: ∂ ∂t ρ(�q, �p) = − � i � ∂ρ ∂α ∂α ∂qi q˙i + ∂ρ ∂α ∂α ∂pi p˙i � = = − ∂ρ ∂α � i � ∂α ∂qi q˙i + ∂α ∂pi p˙i � = − ∂ρ ∂α {α, H}� �� � =0 = 0 ver slide 12 =0 domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 18 Comenta´rios: ◦ Neste caso, ρ(�q, �p) na˜o depende explicitamente do tempo, mas pode ser na˜o-uniforme espacialmente em Γ. ◦ Os casos mais comuns sa˜o os dos sistemas conservativos onde α = E , e´ uma constante. Obviamente {H, H}≡ 0 onde H(�q, �p) = E . Tais ensembles sa˜o chamados de micro- canoˆnicos e sera˜o estudados em detalhes mais adiante. ◦ A condic¸a˜o necessa´ria e suficiente para que o sistema esteja em equl´ıbrio estat´ıstico e´ a func¸a˜o densidade ρ(�q, �p) dependa somente das constantes do movimento. ◦ Na˜o ha´ qualquer restric¸a˜o ao nu´mero das constantes do movimento, desde que m < 2n, claro. ◦ Se Γ(�q, �p) e´ 2n-dimensional, uma constante do movimento, e.g. H(�q, �p) = E corresponde a uma hipersuperf´ıcie 2n−1 dimensional sobre a qual os estados de equil´ıbrio com energia constante podera˜o trafegar. ◦ A existeˆncia de outras constantes do movimento definira˜o outras hipersuperf´ıcies 2n − 1 dimensionais. Suas intersec¸o˜es limitara˜o sucessivamente o ensemble de maneira que se existirem 2n − 1 constantes do movimento o resultado da intersec¸a˜o (se na˜o for vazio) sera´ uma curva (trajeto´ria 1D) que correspondera´ a` evoluc¸a˜o temporal do sistema em Γ. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 18 Comenta´rios: ◦ Neste caso, ρ(�q, �p) na˜o depende explicitamente do tempo, mas pode ser na˜o-uniforme espacialmente em Γ. ◦ Os casos mais comuns sa˜o os dos sistemas conservativos onde α = E , e´ uma constante. Obviamente {H, H}≡ 0 onde H(�q, �p) = E . Tais ensembles sa˜o chamados de micro- canoˆnicos e sera˜o estudados em detalhes mais adiante. ◦ A condic¸a˜o necessa´ria e suficiente para que o sistema esteja em equl´ıbrio estat´ıstico e´ a func¸a˜o densidade ρ(�q, �p) dependa somente das constantes do movimento. ◦ Na˜o ha´ qualquer restric¸a˜o ao nu´mero das constantes do movimento, desde que m < 2n, claro. ◦ Se Γ(�q, �p) e´ 2n-dimensional, uma constante do movimento, e.g. H(�q, �p) = E corresponde a uma hipersuperf´ıcie 2n−1 dimensional sobre a qual os estados de equil´ıbrio com energia constante podera˜o trafegar. ◦ A existeˆncia de outras constantes do movimento definira˜o outras hipersuperf´ıcies 2n − 1 dimensionais. Suas intersec¸o˜es limitara˜o sucessivamente o ensemble de maneira que se existirem 2n − 1 constantes do movimento o resultado da intersec¸a˜o (se na˜o for vazio) sera´ uma curva (trajeto´ria 1D) que correspondera´ a` evoluc¸a˜o temporal do sistema em Γ. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 18 Comenta´rios: ◦ Neste caso, ρ(�q, �p) na˜o depende explicitamente do tempo, mas pode ser na˜o-uniforme espacialmente em Γ. ◦ Os casos mais comuns sa˜o os dos sistemas conservativos onde α = E , e´ uma constante. Obviamente {H, H}≡ 0 onde H(�q, �p) = E . Tais ensembles sa˜o chamados de micro- canoˆnicos e sera˜o estudados em detalhes mais adiante. ◦ A condic¸a˜o necessa´ria e suficiente para que o sistema esteja em equl´ıbrio estat´ıstico e´ a func¸a˜o densidade ρ(�q, �p) dependa somente das constantes do movimento. ◦ Na˜o ha´ qualquer restric¸a˜o ao nu´mero das constantes do movimento, desde que m < 2n, claro. ◦ Se Γ(�q, �p) e´ 2n-dimensional, uma constante do movimento, e.g. H(�q, �p) = E corresponde a uma hipersuperf´ıcie 2n−1 dimensional sobre a qual os estados de equil´ıbrio com energia constante podera˜o trafegar. ◦ A existeˆncia de outras constantes do movimento definira˜o outras hipersuperf´ıcies 2n − 1 dimensionais. Suas intersec¸o˜es limitara˜o sucessivamente o ensemble de maneira que se existirem 2n − 1 constantes do movimento o resultado da intersec¸a˜o (se na˜o for vazio) sera´ uma curva (trajeto´ria 1D) que correspondera´ a` evoluc¸a˜o temporal do sistema em Γ. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 18 Comenta´rios: ◦ Neste caso, ρ(�q, �p) na˜o depende explicitamente do tempo, mas pode ser na˜o-uniforme espacialmente em Γ. ◦ Os casos mais comuns sa˜o os dos sistemas conservativos onde α = E , e´ uma constante. Obviamente {H, H}≡ 0 onde H(�q, �p) = E . Tais ensembles sa˜o chamados de micro- canoˆnicos e sera˜o estudados em detalhes mais adiante. ◦ A condic¸a˜o necessa´ria e suficiente para que o sistema esteja em equl´ıbrio estat´ıstico e´ a func¸a˜o densidade ρ(�q, �p) dependa somente das constantes do movimento. ◦ Na˜o ha´ qualquer restric¸a˜o ao nu´mero das constantes do movimento, desde que m < 2n, claro. ◦ Se Γ(�q, �p) e´ 2n-dimensional, uma constante do movimento, e.g. H(�q, �p) = E corresponde a uma hipersuperf´ıcie 2n−1 dimensional sobre a qual os estados de equil´ıbrio com energia constante podera˜o trafegar. ◦ A existeˆncia de outras constantes do movimento definira˜o outras hipersuperf´ıcies 2n − 1 dimensionais. Suas intersec¸o˜es limitara˜o sucessivamente o ensemble de maneira que se existirem 2n − 1 constantes do movimento o resultado da intersec¸a˜o (se na˜o for vazio) sera´ uma curva (trajeto´ria 1D) que correspondera´ a` evoluc¸a˜o temporal do sistema em Γ. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 18 Comenta´rios: ◦ Neste caso, ρ(�q, �p) na˜o depende explicitamente do tempo, mas pode ser na˜o-uniforme espacialmente em Γ. ◦ Os casos mais comuns sa˜o os dos sistemas conservativos onde α = E , e´ uma constante. Obviamente {H, H}≡ 0 onde H(�q, �p) = E . Tais ensembles sa˜o chamados de micro- canoˆnicos e sera˜o estudados em detalhes mais adiante. ◦ A condic¸a˜o necessa´ria e suficiente para que o sistema esteja em equl´ıbrio estat´ıstico e´ a func¸a˜o densidade ρ(�q, �p) dependa somente das constantes do movimento. ◦ Na˜o ha´ qualquer restric¸a˜o ao nu´mero das constantes do movimento, desde que m < 2n, claro. ◦ Se Γ(�q, �p) e´ 2n-dimensional, uma constante do movimento, e.g. H(�q, �p) = E corresponde a uma hipersuperf´ıcie 2n−1 dimensional sobre a qual os estados de equil´ıbrio com energia constante podera˜o trafegar. ◦ A existeˆncia de outras constantes do movimento definira˜o outras hipersuperf´ıcies 2n − 1 dimensionais. Suas intersec¸o˜es limitara˜o sucessivamente o ensemble de maneira que se existirem 2n − 1 constantes do movimento o resultado da intersec¸a˜o (se na˜o for vazio) sera´ uma curva (trajeto´ria 1D) que correspondera´ a` evoluc¸a˜o temporal do sistema em Γ. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 18 Comenta´rios: ◦ Neste caso, ρ(�q, �p) na˜o depende explicitamente do tempo, mas pode ser na˜o-uniforme espacialmente em Γ. ◦ Os casos mais comuns sa˜o os dos sistemas conservativos onde α = E , e´ uma constante. Obviamente {H, H}≡ 0 onde H(�q, �p) = E . Tais ensembles sa˜o chamados de micro- canoˆnicos e sera˜o estudados em detalhes mais adiante. ◦ A condic¸a˜o necessa´ria e suficiente para que o sistema esteja em equl´ıbrio estat´ıstico e´ a func¸a˜o densidade ρ(�q, �p) dependa somente das constantes do movimento. ◦ Na˜o ha´ qualquer restric¸a˜o ao nu´mero das constantes do movimento, desde que m < 2n, claro. ◦ Se Γ(�q, �p) e´ 2n-dimensional, uma constante do movimento, e.g. H(�q, �p) = E corresponde a uma hipersuperf´ıcie 2n−1 dimensional sobre a qual os estados de equil´ıbrio com energia constante podera˜o trafegar. ◦ A existeˆncia de outras constantes do movimento definira˜o outras hipersuperf´ıcies 2n − 1 dimensionais. Suas intersec¸o˜es limitara˜o sucessivamente o ensemble de maneira que se existirem 2n − 1 constantes do movimento o resultado da intersec¸a˜o (se na˜o for vazio) sera´ uma curva (trajeto´ria 1D) que correspondera´ a` evoluc¸a˜o temporal do sistema em Γ. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Ensembles em equilíbrio estatístico: exemplos 18 Comenta´rios: ◦ Neste caso, ρ(�q, �p) na˜o depende explicitamente do tempo, mas pode ser na˜o-uniforme espacialmente em Γ. ◦ Os casos mais comuns sa˜o os dos sistemas conservativos onde α = E , e´ uma constante. Obviamente {H, H}≡ 0 onde H(�q, �p) = E . Tais ensembles sa˜o chamados de micro- canoˆnicos e sera˜o estudados em detalhes mais adiante. ◦ A condic¸a˜o necessa´ria e suficiente para que o sistema esteja em equl´ıbrio estat´ıstico e´ a func¸a˜o densidade ρ(�q, �p) dependa somente das constantes do movimento. ◦ Na˜o ha´ qualquer restric¸a˜o ao nu´mero das constantes do movimento, desde que m < 2n, claro. ◦ Se Γ(�q, �p) e´ 2n-dimensional, uma constante do movimento, e.g. H(�q, �p) = E corresponde a uma hipersuperf´ıcie 2n−1 dimensional sobre a qual os estados de equil´ıbrio com energia constante podera˜o trafegar. ◦ A existeˆncia de outras constantes do movimento definira˜o outras hipersuperf´ıcies 2n − 1 dimensionais. Suas intersec¸o˜es limitara˜o sucessivamente o ensemble de maneira que se existirem 2n − 1 constantes do movimento o resultado da intersec¸a˜o (se na˜o for vazio) sera´ uma curva (trajeto´ria 1D) que correspondera´ a` evoluc¸a˜o temporal do sistema em Γ. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Equilíbrio termodinâmico 19 Um sistema f´ısico real possui certas condic¸o˜es de v´ınculos macrosco´picos, as quais correspondem a` informac¸o˜es parciais sobre o sistema. Exemplos: energia constante entre E e E + dE , volume restrito a V e V + dV e/ou o nu´mero de part´ıculas N constante. O ensemble de sistemas compat´ıveis com tais v´ınculos macrosco´picos e que atendam ao teorema de Liouville e´ chamado de ensemble representativo do sistema f´ısico real. As me´dias estat´ısticas que regem o equil´ıbrio estat´ıstico, acima discutido, sera˜o feitas sobre ensemble representativo. Mas, um sistema f´ısico real e´ um exemplar u´nico do ensemble e as me´dias sa˜o observados em intervalos de tempo finitos τ . As grandezas f´ısicas macrosco´picas f(�q, �p) observadas que caracterizara˜o o equil´ıbrio termodinaˆmico resultara˜o da observac¸a˜o me´dia, i.e. �f(τ) = 1 τ � t0+τ t0 f(�q, �p) dt onde qi = qi(t) e pi = pi(t). Obs: o tempo de observac¸a˜o τ deve ser muito maior que as escalas de tempo caracter´ısticas dos processo de interac¸a˜o entre as componentes microsco´picas do sistema, e.g. o tempo me´dio entre as coliso˜es das mole´culas de um ga´s, etc. domingo, 5 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE/ Aula 5 Equilíbrio termodinâmico 19 Um sistema f´ısico real possui certas condic¸o˜es de v´ınculos macrosco´picos, as quais correspondem a` informac¸o˜es parciais sobre o sistema. Exemplos: energia constante entre E e E + dE , volume restrito a V e V + dV e/ou o nu´mero de part´ıculas N constante. O ensemble de sistemas compat´ıveis com tais v´ınculos macrosco´picos e que atendam ao teorema de Liouville e´ chamado de ensemble representativo do sistema f´ısico real. As me´dias estat´ısticas que regem o equil´ıbrio estat´ıstico, acima discutido, sera˜o feitas sobre ensemble representativo. Mas, um sistema f´ısico real e´ um exemplar u´nico do ensemble e as me´dias sa˜o observados em intervalos de tempo finitos τ . As grandezas f´ısicas macrosco´picas f(�q, �p) observadas que caracterizara˜o o equil´ıbrio termodinaˆmico resultara˜o da observac¸a˜o me´dia, i.e. �f(τ) = 1 τ � t0+τ t0 f(�q, �p) dt onde qi = qi(t) e pi = pi(t). Obs: o tempo de observac¸a˜o
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