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P1 Prof Pedricto - texto de apoio

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1 de setembro de 2005 Versão on line
 
CIÊNCIA 
 
31/08/2005 - 21h10m 
Desastres naturais e acidentes fazem de agosto de 2005 um mês 
catastrófico 
 
Globo Online 
Agências Internacionais 
 
MADRI - Fazendo jus à fama de mês do desgosto, agosto de 2005 termina nesta quarta-
feira, marcado por uma conjunção de catástrofes e desastres: um superfuracão nos EUA, 
cinco grandes acidentes aéreos, incêdios florestais gigantescos em Portugal, enchentes 
históricas na Europa Central, seca e pragas de insetos na África e, no último dia, um 
tumulto inacreditavelmente mortal no Iraque. 
 
Na tragédia final, mais de 800 pessoas morreram pisoteadas, asfixiadas e esmagadas 
quando um rumor de ataque suicida irrompeu no meio de uma multidão de peregrinos 
xiitas, em Bagdá. Autoridades acreditam que o número de vítimas pode chegar a mil. A 
maioria das vítimas é de mulheres, crianças e idosos. Isoladamente, foi o incidente mais 
letal desde a invasão liderada pelos EUA e um episódio chocante mesmo para um país 
tristemente habituado à violência. 
 
Os Estados Unidos ainda contabilizam os estragos do furacão Katrina, que pode se 
converter na tempestade mais custosa da História americana. Após assolar o Sul da 
Flórida como um furacão de categoria um, o Katrina agigantou-se sobre o Golfo do México 
e se abateu sobre Mississipi, Louisiana, Alabama e Nordeste da Flórida. A estimativa é de 
que os mortos serão contados às centenas. 
 
Enquanto os EUA ainda são incapazes de quantificar as vítimas do Katrina, a Europa 
Central se recupera das enchentes provocadas pelas chuvas torrenciais, as piores em seis 
anos. Somente na Romênia, 32 pessoas morreram e várias estão desaparecidas. 
 
Países próximos - como a Áustria, Suíça, Eslovênia, Croácia e Alemanha - viram como o 
transbordamento de seus grandes rios e o debilitamento de diques e canais podem 
semear o terror que acompanha a morte e a destruição de casas e fontes de renda. 
Equipes de emergência conseguiram atuar com rapidez para evitar que a tragédia fosse 
ainda maior. 
 
O contrário aconteceu em Portugal, onde as equipes que lutaram para conter os incêndios 
florestais e não conseguiram controlar vários focos. O resultado foi a destruição de 240 
mil hectares, em torno de 2,6% do território português, numa temporada caracteriza por 
altas temperaturas e seca. 
 
Cinco acidentes aéreos também contribuíram para a má fama de agosto. Este foi o mês 
mais letal em três anos para as viagens aéreas. Ocorridos no Canadá, na Grécia, na 
Venezuela, no Peru e na Itália, os desastres provocaram juntos a morte de mais de 300 
pessoas. A nota felizmente dissonante foi o número alto de sobreviventes em alguns 
deles. No acidente ocorrido em Toronto, um avião de passageiros fez um pouso de 
emergência e saiu da pista do aeroporto. Antes que ele incendiasse, a tripulação 
conseguiu retirar todas as pessoas que estavam a bordo. 
 
Com o vôo 204 da Tans Peru, contou mais a sorte que a competência. O avião caiu sob 
uma chuva de granizo torrencial, provocando a morte de 41 pessoas. Cerca de 37 
conseguiram escapar. Entre elas, os dois brasileiros que estavam a bordo: Wagner 
Roberto Andolfato de Souza e Nivaldo Papetti. 
 
No continente africano, a seca é recorrente, mas neste mês, segundo as Nações Unidas, 
Níger se viu ameaçado pela fome agravada por uma praga de gafanhotos, que afeta 3,5 
milhões de pessoas. 
 
Outra praga, neste caso sanitária, provocou alarme na África onde, segundo a 
Organização Mundial de Saúde, há um aumento assustador da incidência de tuberculose 
que obrigou à declaração de estado de emergência para evitar a disseminação da doença.

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