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MATERIAL 4 DO CASAMENTO EXTINÇÃO DO CASAMENTO

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Gabriela Naves – Direito de Família
FACULDADE RAÍZES
MATERIAL 4 – DO CASAMENTO (Continuação)
I – EXTINÇÃO DO CASAMENTO:
Segundo o disposto no artigo 1.571 do CC o matrimônio termina:
Pela morte de um dos cônjuges;
Pela nulidade ou anulação do casamento; e
Pelo divórcio
O falecimento de um dos cônjuges dissolve o vínculo conjugal, passando o sobrevivente ao estado de viuvez. Não só a morte efetiva, mas também a morte presumida (arts. 6º e 7º do CC) e a declaração de ausência (arts. 22 a 39 CC) dissolvem o casamento.
O Julgamento procedente tanto do pedido de declaração de nulidade como de anulação do matrimônio fazem com que o cônjuge retorne ao estado de solteiro, ou seja, possui o efeito ex tunc.
O divórcio é a hipótese de extinção do casamento que importa no rompimento do vínculo matrimonial, em caráter definitivo. Sua ocorrência depende exclusivamente do interesse dos cônjuges (art. 1581 do CC). Contudo, se o cônjuge for incapaz para propor a ação ou defender-se, poderá fazê-lo o curador, o ascendente ou o irmão, de acordo com o parágrafo único do referido dispositivo.
O divórcio produz os seguintes efeitos:
Dissolve definitivamente o vínculo matrimonial;
Põe fim aos deveres conjugais;
Extingue o regime matrimonial;
Faz cessar o direito sucessório;
Não admite reconciliação entre os cônjuges;
Possibilita novo casamento aos divorciados; e
Mantém inalterado os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos ( art. 1579 do CC).
II – REGIME DE BENS ENTRE OS CÔNJUGES:
Entende-se por regime de bens um complexo de normas que disciplinam as relações econômicas entre o marido e mulher durante o casamento. Estas normas são de ordem pública e, portanto, inderrogáveis pelos cônjuges.
O art. 1.639 do CC, resgata o princípio da autonomia da vontade, em matéria de regime de bens, permitindo aos cônjuges estipular o que lhes aprouver. Na realidade, o legislador criou duas hipóteses de incidência de regras em matéria de regime de bens.
Os cônjuges escolhem o que lhes aprouver – materializando sua escolha em documento próprio (pacto antenupcial – art. 1640 c/c art. 1653 do CC).
Os cônjuges aderem ao regime legal – sem convenção, aceitando em bloco o regime de comunhão parcial de bens (art. 1640 do CC).
A liberdade dos cônjuges no exercício da escolha é total, mas a lei impõe a necessidade da convenção (pacto antenupcial) sempre que a opção exercida difere do padrão ofertado pela lei. Importante ressaltar que o regime de bens começa a vigorar desde a data do casamento, de acordo com o § 1º do art. 1639 do CC. Todavia, esse regime é passível de modificação (art. 1639 § 2º do CC), mediante a ocorrência de três requisitos cumulativos:
Autorização judicial;
Pedido motivado de ambos os cônjuges; e
A ressalva dos direitos de terceiros.
O pedido de alteração de regime de bens é dirigido ao juiz competente, em ação própria, que só o deferirá quando convicto da motivação relevante e do não prejuízo dos interesses de terceiros. O pedido motivado de ambos os cônjuges cerca o pedido de maior garantia; a não anuência de um não só compromete o deferimento, como também não poderá ser suprida pelo juiz.
Todavia, em se tratando de regime obrigatório de separação de bens (art. 1641 do CC) não há que se invocar a revogabilidade, uma vez que a admissão daquela mudança implicaria em esvaziar o conteúdo da previsão legal. Se o legislador impõe a separação nas três hipóteses do artigo 1.641 do CC, é porque, naquelas hipóteses específicas desconheceu a aplicação do princípio da autonomia da vontade.
II.1 – PACTO ANTENUPCIAL 
O pacto antenupcial é um ato jurídico pessoal, formal, sendo indispensável a escritura pública (art. 1653 do CC), previsto em lei e legítimo (típico), pois os nubentes têm a sua autonomia limitada pela lei e não podem, consequentemente, estipular que o pacto produzirá efeitos diversos daqueles previstos pela norma jurídica.
Acrescenta o art. 1653 do CC que o pacto é nulo se não lhe seguir o casamento. Ou seja, o casamento é condição suspensiva necessária para que o pacto produza os seus efeitos. Logo, não realizado o casamento, o pacto torna-se ineficaz.
O pacto antenupcial só terá efeito perante terceiros (art. 1657 do CC) depois de registrado. Assim, como o casamento é objeto de registro público, a lei também exige o registro do pacto antenupcial no registro de imóveis, para que produza efeitos perante terceiros. A eficácia a que se refere o texto legal, diz respeito tão somente aos bens imóveis. O registro imobiliário competente é o do domicílio dos cônjuges devendo os mesmos levar ao registro imobiliário a escritura pública do pacto antenupcial e a certidão do casamento.
II.2 - REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS
Introduzido no Brasil pela Lei do Divórcio (Lei 6.515/77) alterou o então vigente art. 258 do CC/1916, para determinar que, não havendo convenção, ou sendo nula, vigorará, quanto aos bens, o regime de comunhão parcial de bens.
O regime de comunhão parcial limita o patrimônio comum aos bens adquiridos na constância do casamento a título oneroso (ou seja, a ocorrência da sociedade conjugal não anula a individualidade e autonomia dos cônjuges em matéria patrimonial). Desse modo, o regime de comunhão parcial de bens faz surgir três massas distintas de bens, quais sejam: os bens particulares do marido; os bens particulares da mulher; e os bens comuns do casal.
No artigo 1659 do CC, estão arrolados os bens que não entram na comunhão parcial de bens:
Os bens que cada cônjuge possuir ao casar e os que lhes sobrevierem na constância do casamento, por doação ou sucessão e os sub-rogados em seu lugar;
Os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares. O limite da sub-rogação é o valor do bem particular (adquiridos antes do casamento, ou doado, ou herdado).
Os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares. O limite da sub-rogação é o valor do bem particular (adquirido antes do casamento, ou doado, ou herdado). Se o bem sub-rogado é mais valioso que o alienado, a diferença do valor, se não foi paga com recursos próprios e particulares do cônjuge, passa a ser comum de ambos os cônjuges.
As obrigações anteriores ao casamento – obrigações negociais.
As obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal.
Os bens de uso pessoal, os livros e os instrumentos de profissão.
Os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
As pensões, meio-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
O artigo 1.661 do CC estabelece regra específica sobre a incomunicabilidade de bens ao determinar que os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento são incomunicáveis.
Os bens que participam da comunhão são aqueles descritos no artigo 1.660 do CC:
Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
Os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;
Os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
As benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; e
Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
No regime da comunhão parcial de bens, presumem-se adquiridos na constância do casamento, os bens móveis, quando não houver prova que o foram em data anterior, nos termos do artigo 1.662 do CC.
No que diz respeito à administração do patrimônio comum, esta compete a qualquer dos cônjuges, conforme expressa disposição do art. 1.663 do CC. Já a administração e a disposição dos bens constituídos do patrimônio particular competem ao cônjuge proprietário, salvo convenção diversa em pacto antenupcial, de acordo com o disposto no artigo 1.665 do CC.
Em relação às dívidas docasal contraídas no exercício da administração dos bens em comuns, elas afetarão os bens comuns e particulares do cônjuge que os administra, e os do outro na razão do proveito que houver auferido. Mas as dívidas contraídas por qualquer dos cônjuges na administração de seus bens particulares e em benefício destes, não obrigam os bens comuns, conforme dispõe o art. 1.666 do CC.
II.3 – DO REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS
Segundo o artigo 1.667 do CC, o regime da comunhão universal importa na comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas. Todos os bens, diz a lei, móveis e imóveis, direitos e ações, passam a constituir uma só massa, que permanece indivisível até a dissolução da sociedade conjugal.
Cada um dos cônjuges tem direito à metade ideal desta massa, por isso, diz-se que o cônjuge é “meeiro”. Com a exclusão das exceções previstas no artigo 1668 do CC, os patrimônios dos cônjuges se fundem em um só, passando, marido e mulher, a figurar como condôminos de um condomínio peculiar, pois que insuscetível de divisão antes da dissolução da sociedade conjugal.
No art. 1668 do CC, o legislador arrola as hipóteses de exclusão de bens no regime de comunhão universal, a saber:
Os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
As dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;
As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; e
Os bens referidos nos incisos V a VII do artigo 1.659 do CC;
II.4 – REGIME DA SEPARAÇÃO DE BENS:
O regime de separação de bens é aquele em que cada cônjuge conserva o domínio e a administração de seus bens presentes e futuros, responsabilizando-se individualmente, pelas dívidas anteriores e posteriores ao casamento.
O regime de separação é legal (quando decorrente da lei) ou convencional (decorre de convenção estabelecida em pacto antenupcial) sendo que as regras dos arts. 1687 e 1688 do CC são aplicáveis às duas modalidades.
É importante observar que o regime da separação de bens não alcança a manutenção da família que, em princípio, deve ser suportada por ambos os cônjuges. Não exige a lei que os encargos sejam divididos igualitariamente, mas na proporção dos rendimentos de cada qual.
Permite a lei que os cônjuges estipulem o modo de participação nas despesas, determinando por espécies ou fixação das proporções, no pacto antenupcial. Podem, igualmente, estipular que apenas um deles assuma a totalidade das despesas, mas será nula a cláusula que atribua a apenas um, o pagamento das dívidas que ambos contraíram ou a que atribua a um deles o direito exclusivo de adquirir em nome, novos bens
II.5 – REGIME DA PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS:
Na participação final nos aquestos há formação de massas de bens particulares incomunicáveis durante o casamento, mas que se tornam comuns no momento da dissolução do mesmo.
Durante o casamento, como ocorre na separação de bens, cada um dos cônjuges goza de liberdade total na administração e na disposição dos seus bens, mas, ao mesmo tempo, associa cada cônjuge aos ganhos do outro, valor este a ser levantado na dissolução da sociedade conjugal, quando ressurge a idéia de comunhão.
Efetiva a dissolução da sociedade conjugal, o montante dos aquestos será devidamente apurado, excluindo-se a soma dos patrimônios próprios:
Os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram
Os que sobrevierem a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade; e
As dívidas relativas ao bem.

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