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ESCOLA DE MINAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO DECAT – DEP. DE ENG. DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO Prof. Rúben C. Barbosa (rubencbarbosa@gmail.com) Parte 05: Comando em conversores CA-CC e CC-CC CAT169 – Acionamentos Elétricos CONTROLE DE RETIFICADORES CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOP CONTROLE DE RETIFICADORES • Condições básicas a serem observadas para se efetuar o disparo de um tiristor: • As características do gatilho: Geração de um sinal capaz de disparar o tiristor sem danos ao componente. • A sequência de aplicação de pulsos: • Realização da função desejada de conversão. • Critérios de regulação. • Outras funções: • Dissipação de potência na junção gatilho-catodo. • Evitar disparos intempestivos devido a sinais espúrios (polarização negativa de gatilho). • Isolamento elétrico entre o circuito de comando e de potência. • Limitação do deslocamento de fase. • Supressão de ruídos. • etc. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOP CONTROLE DE RETIFICADORES • Comando por pulsos: • Meio mais eficiente para efetuar o disparo de um tiristor. • Dissipação de potência na junção gatilho-catodo é pequena. • A duração mínima do pulso para disparo efetivo do tiristor: • Depende da carga: • Quanto mais indutiva, maior deve ser a duração do pulso para estabelecer uma corrente no tiristor. • Pulso de maior duração: • Aplicação de um trem de pulsos. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOP CONTROLE DE RETIFICADORES • Circuito básico de comando: CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOP CONTROLE DE RETIFICADORES • Elementos do circuito básico de comando: • Adaptador: • Filtragem da tensão de sincronismo. • Adaptação do nível de tensão. • Isolamento elétrico. • Geração da tensão de referência para comparação com o sinal de comando. • Comparador: • Comparação entre a Tensão de referência e o sinal de comando para determinar o instante de disparo. • Derivador: • Conversão do sinal de saída do comparador em pulsos. • Conformador: • Formatação do pulso de disparo (forma, duração e amplitude). • Amplificador: • Amplificação de potência. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOP CONTROLE DE RETIFICADORES • Transformador de pulsos: • Isolamento elétrico. • Distribuição de pulsos. • Não deve deformar os pulsos. • Proteção: • Evitar a aplicação de pulsos negativos ao gatilho. • Impedir desvio da corrente de anodo pelo gatilho. CONTROLE DE RETIFICADORES: MODOS DE COMANDO CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOP CONTROLE DE RETIFICADORES MODOS DE COMANDO • Comando Horizontal: • Utilizado geralmente em circuitos de baixa potência. • Instante de disparo determinado pela passagem por zero do sinal de comando (senoidal) em relação a origem do sinal de referência (senoidal). CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOP CONTROLE DE RETIFICADORES MODOS DE COMANDO • Comando Vertical: • Comando linear: • O ângulo de disparo é uma função linear do sinal de comando. • Instante de disparo fixado pela comparação entre um sinal de comando contínuo e um sinal de referência dente de serra. 𝛼 = 𝜋 𝑉max 𝑉𝐶 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOP CONTROLE DE RETIFICADORES MODOS DE COMANDO • Comando Vertical: • Comando cossenoidal • Instante de disparo fixado pela comparação entre o sinal de comando contínuo e um sinal de referência cossenoidal. • Em regime de condução contínua, a tensão de saída é uma função cossenoidal do sinal de comando. 𝛼 = acos 𝑉𝐶 𝑉𝑚𝑎𝑥 COMANDO DE CONVERSORES CC-CC CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC COMANDO POR MODULAÇÃO DE PULSOS (PWM): Comando por modulação de pulsos (PWM): • Consiste na comparação de um sinal de controle com um sinal periódico de frequência constante (normalmente uma dente de serra ou uma triangular) conhecido como portadora: • Sinal de controle > da portadora: • Chave ligada (on). • Sinal de controle < da portadora: • Chave desligada (off). CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC COMANDO POR MODULAÇÃO DE PULSOS (PWM): Comando por modulação de pulsos (PWM): • Frequência de chaveamento (Ts): • Definida pela frequência da portadora. • Ciclo de trabalho (D): • Razão entre a duração do estado ligado (on) em relação ao período de chaveamento. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC COMANDO POR MODULAÇÃO DE PULSOS (PWM): • Tensão unidirecional de saída: • Portadora: dente de serra. • Por semelhança de triângulos: 𝐷 = 𝑡𝑜𝑛 𝑇𝑆 = 𝑉𝐶 𝑉𝑠𝑡 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • Tensão bidirecional de saída: • Portadora: triangular. • Controle de pontes H (ponte completa CC-CC). CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • Entrada é uma tensão de magnitude fixa 𝑉𝑑. • A saída do conversor é uma tensão 𝑉𝑜 que pode ser controlada em magnitude e polaridade. • Diodos são conectados em antiparalelo com as chaves; • Quando a chave é ligada ela pode ou não conduzir corrente, dependendo da direção da corrente de saída 𝑖𝑜 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • O conversor CC-CC em ponte H (ou em ponte completa) consiste em dois ramos, A e B. • Cada ramo consiste em 2 chaves e em 2 diodos em antiparalelo. • As chaves em cada ramo um são acionadas de tal maneira que, quando uma está ligada, a outra está desligada. • As 2 chaves do ramo nunca ficam desligadas ou ligadas ao mesmo tempo. A B 𝑉𝐴𝑁 𝑉𝐵𝑁 𝑖𝑜 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • Na prática, as 2 chaves ficam desligadas juntas por um pequeno intervalo, chamado de “blank time” para evitar curto- circuito na entrada. • Porém, para fins de análise, aqui o “blank time” é desprezado. A B 𝑉𝐴𝑁 𝑉𝐵𝑁 𝑖𝑜 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • Considere a figura: • Quando T1 é ligado: • 𝑖𝑜 fluirá por T1 se 𝑖𝑜 > 0 • Ou 𝑖𝑜 fluirá por D1 se 𝑖𝑜 < 0 • De qualquer maneira T1 garante que o ponto A fique no mesmo potencial do terminal positivo da fonte. 𝑉𝐴𝑁 = 𝑉𝑑 A B 𝑉𝐴𝑁 𝑉𝐵𝑁 𝑖𝑜 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • Considere a figura: • Similarmente, quando T2 é ligado: • 𝑖𝑜 fluirá por T2 se 𝑖𝑜 < 0 • Ou 𝑖𝑜 fluirá por D2 se 𝑖𝑜 > 0 • Assim: A B 𝑉𝐴𝑁 𝑉𝐵𝑁 𝑖𝑜 𝑉𝐴𝑁 = 0 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • Logo 𝑉𝐴𝑁 depende somente do estado da chave e independe do sentido da corrente 𝑖𝑜. • A média da tensão no ramo A, com uma freq. de chaveamento 𝑇𝑆, será: 𝑉𝐴𝑁 = 𝑉𝑑𝑡𝑜𝑛 + 0. 𝑡𝑜𝑓𝑓 𝑇𝑠 = DT1. Vd • Da forma semelhante tem-se que: 𝑉𝐵𝑁 = DT3. Vd • A tensão média na saída será: 𝑉𝑜 = 𝑉𝐴𝑁 − 𝑉𝐵𝑁 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • Nos controladores de chave única discutidos anteriormente, a polaridade da tensão de saída é unidirecional. • Isso é conseguido comparando um sinal dente de serra com a tensão de controle. • Na ponte H, é possível reverter a tensão de saída.• Isso é conseguido comparando um sinal triangular com a tensão de controle. • 2 estratégias são utilizadas para acionamento da ponte H: • PWM com chaveamento bipolar; • PWM com chaveamento unipolar; CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) Tensão bidirecional de saída: • PWM com chaveamento bipolar: • T1/T4 e T2/T3 são tratados como dois pares de interruptores, sendo cada par simultaneamente chaveado. • O sinal de chaveamento é gerado comparando a um sinal triangular (𝑣𝑡𝑟𝑖) com a tensão de controle (𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡). • Quando: • 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 > 𝑣𝑡𝑟𝑖 → T1 e T4 são ligados. • 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 < 𝑣𝑡𝑟𝑖 → T2 e T3 são ligados. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • PWM com chaveamento bipolar: • 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 > 𝑣𝑡𝑟𝑖 → T1 e T4 são ligados. • 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 < 𝑣𝑡𝑟𝑖 → T2 e T3 são ligados. A B 𝑉𝐴𝑁 𝑉𝐵𝑁 𝑖𝑜 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • PWM com chaveamento bipolar: Partindo de 𝑡𝑖 a 𝑡𝑓 como mostrado na figura: 𝑣𝑡𝑟𝑖 = 𝑉𝑡𝑟𝑖 𝑡 𝑇𝑠/4 0 < 𝑡 < 𝑇𝑠 4 Em 𝑡 = 𝑡1, 𝑣𝑡𝑟𝑖 = 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡: 𝑡1 = 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 𝑉𝑡𝑟𝑖 . 𝑇𝑠 4 O tempo ligado do par T1/T4 é: 𝑡𝑜𝑛 = 2𝑡1 + 𝑇𝑠/2 Pela equação anterior: 𝐷1 = 𝑡𝑜𝑛 𝑇𝑠 = 1 2 1 + 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 𝑉𝑡𝑟𝑖 𝑡𝑖 𝑡𝑓 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • PWM com chaveamento bipolar: O ciclo de trabalho para o par 2: 𝐷2 = (1 − 𝐷1) Pelos ciclos de trabalho pode-se obter 𝑉𝐴𝑁 e 𝑉𝐵𝑁 apresentados anteriormente: 𝑉𝐴𝑁 = DT1. Vd 𝑉𝐵𝑁 = DT2. Vd Logo: 𝑉𝑜 = 𝑉𝐴𝑁 − 𝑉𝐵𝑁 = 2𝐷1 − 1 𝑉𝑑 Substituindo 𝐷1: 𝑡𝑖 𝑡𝑓 𝑉𝑜 = 𝑉𝑑 𝑉𝑡𝑟𝑖 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 = 𝑘𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC COMANDO POR MODULAÇÃO DE PULSOS (PWM): Tensão bidirecional de saída: • PWM com chaveamento unipolar: • Cada braço da ponte é controlado de forma independente do outro braço. • Um sinal triangular (𝑣𝑡𝑟𝑖) é comparado com a tensão de controle 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 e −𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 para determinar os sinais de chaveamento para o braço A e B respectivamente. A B 𝑉𝐴𝑁 𝑉𝐵𝑁 𝑖𝑜 • Quando T1 e T3 estão simultaneamente ligados, 𝑣𝑜 = 0. • Quando T2 e T4 estão simultaneamente ligados, 𝑣𝑜 = 0. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • Uma comparação • entre 𝑣𝑡𝑟𝑖 e 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 controla as chaves do ramo A. • e entre 𝑣𝑡𝑟𝑖 e −𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 controla as chaves do ramo B. • 𝑇1 → 𝑜𝑛 se 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 > 𝑣𝑡𝑟𝑖 • 𝑇3 → 𝑜𝑛 se −𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 > 𝑣𝑡𝑟𝑖 A B 𝑉𝐴𝑁 𝑉𝐵𝑁 𝑖𝑜 𝑣𝐴𝑁 𝑣𝐵𝑁 𝑣𝑜 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • De forma similar ao comando bipolar, pode-se provar que o ciclo de trabalho 𝐷1 será dado por: 𝐷1 = 1 2 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 𝑉𝑡𝑟𝑖 + 1 , para T1 • E 𝐷2: 𝐷2 = 1 − 𝐷1, para T3 • Assim, a tensão média na saída, de 𝑉𝑜 = 𝑉𝐴𝑁 − 𝑉𝐵𝑁: 𝑣𝐴𝑁 𝑣𝐵𝑁 𝑉𝑜 = 𝑉𝑑 𝑉𝑡𝑟𝑖 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 = 𝑘𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 𝑣𝑜 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) • Considerações finais: • Em ambos os casos, unipolar ou bipolar, a tensão média 𝑉𝑜 pode ser feita positiva ou negativa (por isso é chamado de bidirecional). • A corrente também pode ser positiva ou negativa. • Note que neste tipo de conversor, não há condução descontínua para um 𝑖𝑜 pequeno como no caso dos unidirecionais). • Quando considerado o “blank time”, uma sútil não- linearidade é introduzida na relação entre 𝑣𝑐𝑜𝑛𝑡 e 𝑉𝑜. • Para mesma frequência da triangular, o chaveamento unipolar resulta em uma melhor forma de onda para 𝑣𝑜 e uma melhor resposta em frequência uma vez que a frequência de chaveamento efetiva da tensão de saída é dobrada e o “ripple” é reduzido. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS DECAT/EM/UFOPCOMANDO DE CONVERSORES CC-CC CONTROLE POR PONTE H (PONTE COMPLETA) COMANDO BIDIRECIONAL BIPOLAR COMANDO BIDIRECIONAL UNIPOLAR
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