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ESTÁCIO – FIC CURSO: DIREITO DISCIPLINA: DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO PROFESSORA: DANIÈLLE FONTENELLE Direito Financeiro O Direito Financeiro busca as NORMAS espalhadas por todo o ordenamento e também as sistematiza, disciplinado a atividade financeira (arrecadação, administração e gasto de dinheiro) visando o bem comum. Segundo a Constituição Federal, cabe somente à União o estabelecimento das normas gerais do Direito Financeiro. Os demais entes federativos deverão pautar a sua respectiva produção normativa nos estritos limites impostos pela legislação federal. Normas gerais são aquelas que contêm as diretrizes essenciais e as bases sobre as quais devem se desenvolver toda a legislação posterior sobre determinada matéria. O fato da CF/88 não mencionar o Município em seu art. 24, I, não retira o poder da entidade política local dispor sobre normas de Direito Financeiro. A CF, em seu art. 30, inciso II, comete aos Municípios o poder de “suplementar a legislação federal e estadual no que couber”, e essa suplemantação se dá exatamente no campo da competência concorrente. Embora a lei federal prevaleça sobre a lei estadual, e a estadual prevaleça sobre a municipal, os princípios federativos concernentes à autonomia dos entes componentes da Federação não podem ser afetados. Então, a União, a pretexto de editar normas gerais, não pode adentrar em detalhes tais que interfiram no campo de competência privativa das entidades regionais e locais. A Lei n° 4.320/64, recepcionada pela CF/88 como Lei Complementar, é responsável pelo estabelecimento das normas gerais de Direito Financeiro e pela elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, Estados, Municípios e DF (A CF/88, art. 163, I, diz expressamente que lei complementar disporá sobre finanças públicas – Lei complementar é, pos, toda aquela que contempla uma matéria a ela entregue de forma exclusiva e aprovada mediante um quorum de maioria absoluta). Fontes do Direito Financeiro Entende-se por fontes do Direito Financeiro o conjunto de normas, preceitos e princípios que compõem o ordenamento jurídico das finanças públicas. O problema das fontes do D.F. é o mesmo das fontes do dirieto em geral, com as seguintes particularidades: dá-se ênfasse à lei como fonte formal, em virtude do regime de legalidade estrita desse ramo do Direito; os costumes têm diminutíssima importância. Segundo Ricardo Lobo Torres, a fonte superior do D.F. é a Constituição Financeira. Fontes principais são as emanadas do Poder Legislativo: a lei complementar, a lei ordinária, os tratados, a medida provisória, os convénios ICMS. Fontes secundárias são as de complementação das principais, constituídas pelos atos dos órgãos do Poder Executivo: decreto, regulamento, resolução, portaria. Discutível se a jurisprudência é fonte do Direito Financeiro. Os costumes secundum legem completam o quadro das fontes. A doutrina já não é considerada fonte, pois se confunde com o próprio Direito Financeiro, em seu momento externo. As principais características da Constituição Financeira são a rigidez, a abertura e o pluralismo. A Constituição Financeira vive no ambiente do pluralismo. Relaciona-se com todas as outras Subconstituições — Política, Económica, Social etc. e desdobra-se em uma pluralidade de subsistemas — tributário, orçamentário etc. A Constituição Financeira, que é uma das Subconstituições do Estado Democrático e Social de Direito, divide-se em uma pluralidade de subsistemas, sendo os principais o tributário, o financeiro propriamente dito e o orçamentário. Pode-se falar, assim, em: a) Constituição Tributária, que constitui na via dos tributos o Estado Democrático e Social Fiscal e que se inscreve nos arts. 145 a 156, dividindo-se, por seu turno, ern inúmeros outros subsistemas; b) Constituição Financeira propriamente dita, que disciplina o relacionamento financeiro intergovernamental, o crédito público e a moeda (arts. 157 a 164); c) Constituição Orçamentaria, que regula o planejamento financeiro, o orçamento do Estado e o controle de sua execução (arts. 70 a 75 e 165 a 169).
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