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QUINTA AULA

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TEORIA GERAL DO PROCESSO
Roteiro de aulas
Quinta aula
PRINCÍPIOS DE DIREITO PROCESSUAL
1. Princípios - conceituação
	- “preceitos fundamentais que dão forma e caráter aos 
 sistemas jurídico-legais/processuais”
- caráter normativo (norma jurídica e norma princípio)
- natureza “informativa” (dedução)
	- tendência centrípeta de unificação
- critério hermenêutico (indução)
- simetria e ambivalência
OBS – ótimo texto, para leitura geral e preliminar sobre o tema, em PAULO BONAVIDES, in “Curso de Direito Constitucional”, 25ª ed., 2009, Capítulo 8.
2. Princípios (in)formativos (caráter axiomático)
	- princípio lógico
- seleção dos meios eficazes e rápidos de procurar a 
 verdade e evitar o erro
	- princípio jurídico
- igualdade no processo e justiça na decisão	
	- princípio político
- máximo de garantia social com um mínimo de 
 sacrifício individual da liberdade
	- princípio econômico
- processo acessível a todos em custo e duração
	- OUTROS? (v.g., instrumental e efetivo – Rui Portanova, in Princípios do Processo Civil, Liv. Do Advogado, 5ª ed, 2003)
		- EFETIVIDADE?
3. Princípios Geral do Direito Processual
	- princípios universalmente aceitos
	3.1. princípio da imparcialidade do juiz
	
- FORMULAÇÃO - significação substancial da imparcialidade: ausência de pré-disposição a favorecer qualquer das partes e não afetação da esfera pessoal do julgador pela decisão que vai proclamar
- fundamentos/imanência
		
- gênese da heteronomia: a “tercietà”
 
- função pacificadora
		
- autoridade sob monopólio 
		- as metafóricas expressões: “entre as partes e acima delas”; “juiz equidistante das partes”
	- requisito de validade da relação processual e elemento essencial do princípio do juiz natural
	- repercussões nas regras de contingência (normas jurídicas):
		- na Constituição:
- autogoverno da Magistratura; 
 	- garantias pessoais dos Magistrados
			- arts.48, IX; 96, I a III; 93, incisos; 95, 
 incisos; 99 e seu § 1º;
			
- v. ANEXO I-LEGISLAÇÃO REFERIDA, AO FINAL
 
		- nos Códigos: 
- CPC: arts.134/138 (v. ANEXO I, AO FINAL)
- CPP: art.112 (V. ANEXO I, AO FINAL)
	3.2. princípio do juiz natural
- todo cidadão tem direito a um juiz ou tribunal imparcial e independente, investido segundo normas pré-estabelecidas e competente para o caso concreto igualmente segundo normas pré-estabelecidas
- proteção contra o tribunal/juiz de exceção (= tribunal/juiz ad hoc)
		- elementos essenciais:
 - imparcialidade (com independência)
		 - investidura, segundo normas legais pré-estabelecidas
		 - competência (em concreto), segundo normas legais pré-estabelecidas
		- Declaração Universal dos Direitos do Homem: 
- “toda pessoa tem direito, em condições de plena igualdade, de ser ouvida publicamente e com justiça por um tribunal independente e imparcial, para a determinação de seus direitos e obrigações ou para o exame de qualquer acusação contra ela em matéria penal.”
	- PACTO DE SÃO JOSÉ DE COSTA RICA: 
- “Art.8.1.Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.”
	3.3. princípio da igualdade das partes
	- que ambas as partes tenham as mesmas oportunidades e os mesmos instrumentos de fazerem suas alegações e produzirem suas provas 
	
	- aplicação, no processo, da isonomia preconizada no art.5º da CF (v.ANEXO I, AO FINAL); igualdade perante o juiz
- igualdade formal VS igualdade substancial
- igualdade substancial exige proporcionalidade: tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida dessa desigualdade
- repercussões nas normas jurídicas (de contingências): 
- no CPC, arts.9º, I e II (nomeação de curador); 125, I (dever do juiz), e 188 (prazos privilegiados à Fazenda Pública e ao Min.Público); no CPP, arts.386, VI e VII, 609, par.único, e 621/622 (previsão de inocência, revisão criminal - recurso só da defesa); no CDC, arts.5º, I, 6º, VII e VIII, e 28 e seus §§.
	
	- fundamento nas situações de nomeação de curador 
 (CPC, art.9º)
	- fundamentos para os prazos privilegiados 
 (CPC, art.188)
 (complexidade e burocracia dos serviços; 
 desaparelhamento e distância das fontes de 
 informações e das provas) 
 
	- fundamento para presunção de inocência e recursos 
 criminais só da defesa 
	 (CPP, arts.386, VI e VII; 609, par.único; 621/622)
 (o valor liberdade)
- fundamentos para proteção do consumidor
 (CDC, arts. 5º, I, 6º, VII e VIII, e 28 e seus §§)
 (hiposuficiência, contratos de adesão)
	- isonomia questionável: CPC, art.20, § 4º quarta 
 parte (Fazenda Pública vencida)
	3.4. princípio do contraditório e princípio da ampla defesa
3.4.1. contraditório: que se permita no processo o pleno desenvolvimento das posições contrapostas das partes
	- CF, art.5º, LV (processo judicial e administrativo)
- o contraditório se refere a ambas as partes; autor e réu
	- o processo deve refletir a dialética inerente ao conflito: interesses contrapostos/bipolaridade (tese, antítese, síntese)
	- partes como “colaboradores necessários”
	- critérios de asseguração do contraditório: ciência (nformação) (atos de ciência – citação/notificação, intimação) e reação (manifestação ou recurso) / que ambas as partes tenham ciência de todos os atos e fatos do processo e tenham oportunidade de reagir quanto a eles
- o critério da REAÇÃO está atendido pela oportunidade de manifestação ou recurso
	- situação das liminares (cautelar ou antecipação de tutela) concedidas inaudita altera pars
- TODO DISPOSITIVO PROCESSUAL QUE DETERMINA CIÊNCIA ÀS PARTES DE QUALQUER ATO OU FATO DO PROCESSO E ASSINALA OPORTUNIDADE DE MANIFESTAÇÃO OU RECURSO ESTÁ RELACIONADO AO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO (v.g., falar sobre documento juntado, intimação de decisão do juiz ou de informação de terceiros, dizer sobre laudo pericial etc)
	3.4.2. ampla defesa: seja assegurada ao réu a plenitude de meios e recursos à sua reação frente à postulação do autor (civil ou penal)
- refere-se somente ao réu (defesa é ato de reação do réu) e também é exigida em processo judicial ou administrativo (CF, art.5º, LV)
- a posição de sujeição do réu; no penal, também o valor liberdade (aqui, a defesa é indispensável – defensor dativo; destituição do advogado pelo juiz)
	- V., NO FINAL, ANEXO I-LEGISLAÇÃO REFERIDA (CF, art.5º, LV; CPP, arts.261, par. único; 263, par. único; 264, 265; 564, III, “c”; e Súmula 523/STF
	3.5. princípio da ação (= da demanda)
	- todo aquele que desejar ou for obrigado a buscar a prestação jurisdicional do Estado tem que provocá-lo, pois a Jurisdição é “inerte”
	- “Nemo judex sine actore” (não há juiz sem autor) / “ne procedat judex ex officio” (o juiz não procede “de ofício”)
	- garantia de imparcialidade: inclinação psicológica do juiz; perpetuação de conflitos indesejados pelas partes
	- processo inquisitório: instaurado de ofício pelo órgão julgador
- processo de ação (cível) ou acusatório (penal): instaurado mediante provocação do interessado
- exceções: execução trabalhista; processo de falência se não atendidos os requisitos iniciais da recuperação judicial; habeas corpus de ofício;
- a conseqüência adstrição (princípio da adstrição): juiz está vinculado aos limites do pedido - nulidade da sentença ultra petita (além do pedido) ou extra petita (fora do pedido, coisa diversa) v. art.460 do CPC e arts.383 e 384 do CPP – emendatiolibelli e mutatio libelli (ANEXO I)
	3.6. princípios da disponibilidade e da indisponibilidade
	3.6.1. disponibilidade: liberdade ao titular da pretensão de deduzi-la (propô-la) ou não em juízo e de desistir ou não da demanda
	- é princípio quase absoluto no cível (execução de sentença em ação popular – art.16 da Lei 4717, de 29-06065)
	3.6.2. indisponibilidade (da ação penal pública incondicionada): obrigatoriedade de propor a demanda e vedação de desistência = indisponibilidade da pretensão punitiva (“crime é lesão irreparável ao interesse coletivo e é dever do Estado punir “para restauração da ordem jurídica violada”)
	- em razão da indisponibilidade da ação penal:
- princípio da oficialidade (autoridade – a persecução penal cabe a uma autoridade pública; e oficiosidade – essa autoridade deve atuar de ofício)
- notitia criminis
- obrigatoriedade, continuidade e não-devolução de inquérito policial (CPP, arts.5º, 16 e 17); 
- não-desistência da ação penal e do recurso (CPP, arts.42 e 576) 
		- V. NO ANEXO I: CPP, arts.5º, 16, 17, 24 e 28, 42, 49, 51, 60 e 576 - V. ANEXO I)
	- o Ministério Público pode pedir a absolvição do acusado ou isto feriria o princípio da indisponibilidade?
	- atenuações à indisponibilidade: ação de iniciativa privada (que admite renúncia, perdão e perempção); ação condicionada; suspensão condicional do processo
	
	3.7. princípio dispositivo e princípio da livre 
 investigação das provas
		3.7.1. princípio dispositivo: a iniciativa das 
 alegações e das provas deve ser das partes
		- reflexos da imparcialidade / inconveniências do processo inquisitório (=inquisitivo)
		- a verdade formal no processo civil / limitações diante do interesse público prevalecente (v.g., direito de família, infortunística etc)
				
		3.7.2. princípio da livre investigação das provas: o 
 juiz tem plena liberdade de investigação, para 
 obter a verdade real
	- evolução a partir do final do Século XIX: limitações diante do interesse público prevalecente (v.g., direito de família, infortunística etc); impulso oficial; conhecimento de ofício de certas matérias
– influxos do caráter publicista do processo; o poder-dever do juiz; a instrumentalidade e a efetividade do processo; o princípio da igualização (desdobramento do princípio da igualdade das partes)
- v. arts.125, 130, 131, 330, 342 e 420 do CPC	
	- a afirmação do processo penal como processo de acusação, com igual prevenção contra o processo inquisitório
	- a verdade formal no processo penal; os art.28 (arquivamento de inquérito) e 197 (confissão) do CPP; transação em delitos de menor potencial ofensivo
		- LOGO: afirmação do princípio da livre investigação das provas na esfera civil e penal, COM PREDOMINÃNCIA DE SITUAÇÕES DE DISPOSITIVIDADE NO PROCESSO CIVIL, QUE ESTÁ EM MENOR GRAU NO PROCESSO PENAL
	3.8. princípio do impulso oficial
	- instaurado o processo, cabe ao juiz dar-lhe andamento, fase por fase, até o seu desfecho
	- mitigação da dispositividade / o princípio do prazo razoável na CF brasileira (art.5º, LXXVIII)
3.9. princípio da oralidade
	- os atos processuais devem ser praticados verbalmente, sempre que possível
	- forma do ato e documentação do ato
	- vantagens da oralidade: imediação/identidade física do juiz; concentração; eliminação ou diminuição de recursos intermediários; economia processual
	
	3.10. princípio do livre convencimento (= persuasão racional do juiz)
	- o juiz forma livremente o seu convencimento, mas dentro do que está nos autos e através de uma crítica racional
	- intermediário entre o princípios da prova legal e o princípio do julgamento segundo a consciência (= secundum conscientiam)
	- as partes, com suas provas e alegações, atuam para persuadir o juiz racionalmente (dentro de raciocínios lógicos), cabendo a ele, diante da tese do autor e da antítese do réu, proceder à síntese (daí a denominação persuasão racional do juiz)
	3.11. princípio da motivação
	- toda decisão judicial, terminativa ou interlocutória, tem de conter a explicitação dos seus fundamentos (mostrar a crítica racional de que resultou)
	- não confundir com o princípio da ação (provocação)
	- fundamentos: político (controle popular do Estado -imparcialidade, legalidade e justiça – “o povo é o juiz dos juízes”); processual (compreensão pelas partes – e também terceiros - e garantia às partes contra arbitrariedades do juiz)
	3.12. princípio da publicidade
	- todos os atos processuais e todo conteúdo do processo são de acesso irrestrito a todo e qualquer cidadão – publicidade popular/irrestrita
	- “o povo é o juiz dos juízes”
	- “segredo de justiça” (CF, art.93, IX; CPC, art.155, I e II)
	- fundamentos: político (controle popular do Estado) e processual (garantia às partes contra arbitrariedades do juiz)
3.13. princípio da lealdade processual
	- todos que atuam no processo (juiz, partes, Ministério Público, testemunhas, peritos, serventuários, terceiros em geral) têm o dever de probidade na apuração da verdade e na celeridade do processo
- litigância de má-fé no CPC (arts.17 e 18)
- lealdade processual no processo penal / crimes contra a Administração da Justiça (CP, arts.338 a 259 (denunciação caluniosa, fraude processual, falso testemunho ou falsa pericia etc)
	3.14. princípio da economia processual
	- o máximo de resultado com o mínimo de dispêndio de esforço, de tempo e de gastos financeiros
	- paralelo economia-segurança: devido processo legal
	- v., no CPC, arts.105, 275, 550, 920; no CPP, art.76
	3.15. princípio da instrumentalidade das formas
	- se o ato processual, a despeito de praticado em desconformidade com a lei, atingiu sua finalidade E não causou prejuízo, deve ser aproveitado
	- a instrumentalidade frente ao princípio da relevância das formas
	- sentido finalístico da formalidade; seu caráter instrumental (não é fim em si mesma)
	- a aproveitabilidade e a economia processual: nulo eficaz
	3.16. princípio do duplo grau de jurisdição
	- direito da parte à revisão da decisão que lhe é desfavorável, total ou parcialmente, para obter-lhe a reforma
	- implicitude na CF brasileira
	- caráter relativo
	- graus de jurisdição = instâncias
- duplo grau e “devolução” integral das questões
- aspectos negativos: procrastina o andamento do processo; a reforma da sentença afeta a credibilidade no Judiciário; não se pode garantir, aprioristicamente, que a decisão de 2º grau é a correta ou mais justa que a do 1º grau
- aspectos positivos: uma segunda oportunidade alivia uma necessidade psicológica da parte; de regra, a revisão em 2º grau é feita por órgão distinto do prolator da decisão e o juiz de 1º grau é mais cauteloso sabendo que sua decisão pode ser revista por outro órgão; os órgãos de 2º grau são, de regra, colegiados e integrados por juízes mais experientes, o que faz presumir melhor qualidade; os órgãos de 2º grau, tratando de casos semelhantes, promovem uma uniformização do entendimento da lei, o que contribui para maior eficácia do ordenamento
ANEXO I – LEGISLAÇÃO REFERIDA
S/IMPARCIALIDADE:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)  (Produção de efeito)
Art. 96. Compete privativamente:
I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processoe das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
.......................
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
CPC
Seção II
Dos Impedimentos e da Suspeição
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha;
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.
Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz.
Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando:
I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau;
III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes;
IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender às despesas do litígio;
V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo.
Art. 136. Quando dois ou mais juízes forem parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta e no segundo grau na linha colateral, o primeiro, que conhecer da causa no tribunal, impede que o outro participe do julgamento; caso em que o segundo se escusará, remetendo o processo ao seu substituto legal.
Art. 137. Aplicam-se os motivos de impedimento e suspeição aos juízes de todos os tribunais. O juiz que violar o dever de abstenção, ou não se declarar suspeito, poderá ser recusado por qualquer das partes (art. 304).
Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição:
I - ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo parte, nos casos previstos nos ns. I a IV do art. 135;
II - ao serventuário de justiça;
III - ao perito; (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992)
IV - ao intérprete.
CPP
Art. 112.  O juiz, o órgão do Ministério Público, os serventuários ou funcionários de justiça e os peritos ou intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando houver incompatibilidade ou impedimento legal, que declararão nos autos. Se não se der a abstenção, a incompatibilidade ou impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.
Art. 252.  O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
        I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
        II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
        III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
        IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
        Art. 253.  Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.
Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.Art. 255.  O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo.
Art. 256.  A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.
Art. 258.  Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes.
S/IGUALDADE DAS PARTES
- Na Constituição Federal:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
- No CPC:
Art. 9o O juiz dará curador especial:
I - ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele;
II - ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.
Parágrafo único. Nas comarcas onde houver representante judicial de incapazes ou de ausentes, a este competirá a função de curador especial.
Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte  for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.
- No CPP:
Art. 386.  O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
        ............................
        VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
        VII – não existir prova suficiente para a condenação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária.  (Redação dada pela Lei nº 1.720-B, de 3.11.1952)
Parágrafo único.  Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência. (Incluído pela Lei nº 1.720-B, de 3.11.1952)
Art. 621.  A revisão dos processos findos será admitida:
        I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos;
        II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos;
        III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.
Art. 622.  A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou após.
Parágrafo único.  Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas.
-- NO C.D.C:
Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros:
I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente;
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
§ 1° (Vetado).
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
ISONOMIA QUESTIONÁVEL:
NO CPC:
Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Esta verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria. (Redação dada pela Lei nº 6.355, de 1976)
§ 3º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação, atendidos: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1.10.1973)
a) o grau de zelo do profissional; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1.10.1973)
b) o lugar de prestação do serviço; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1.10.1973)
c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1.10.1973)
§ 4o Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
S/CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA
CONTRADITÓRIO
Na CF 
Art.5º, LV – “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;”
No CPP
Art. 261.  Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Art. 263.  Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação.
Parágrafo único.  O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz.
Art. 264.  Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores serão obrigados, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocínio aos acusados, quando nomeados pelo Juiz.
Art. 265.  O defensor não poderá abandonar o processo senão por motivo imperioso, comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários mínimos, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 564.  A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curadorao menor de 21 anos;
SÚMULA Nº 523/STF - NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIÊNCIA SÓ O ANULARÁ SE HOUVER PROVA DE PREJUÍZO PARA O RÉU.
AMPLA DEFESA
CF - art. 5º, LV: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;”
CPP
Art. 261.  Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Art. 263.  Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação.
Parágrafo único.  O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz.
Art. 264.  Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores serão obrigados, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocínio aos acusados, quando nomeados pelo Juiz.
Art. 265.  O defensor não poderá abandonar o processo senão por motivo imperioso, comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários mínimos, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 564.  A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos;
SÚMULA Nº 523/STF - NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIÊNCIA SÓ O ANULARÁ SE HOUVER PROVA DE PREJUÍZO PARA O RÉU.
S/PRINCÍPIO DA AÇÃO (=DA DEMANDA)
CPC
Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que Ihe foi demandado.
CPP
Art. 383.  O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1o  Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o  Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 384.  Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1o  Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o  Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 3o  Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 4o  Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 5o  Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
S/PRINCÍPIOS DA DISPONIBILIDADE/INDISPONIBILIDADE
Ação Popular - Lei 4.717, de 29006.1965
Art. 16. Caso decorridos 60 (sessenta) dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução. o representante do Ministério Público a promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob pena de falta grave.
CPP
Art. 5o  Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
Art. 16.  O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
Art. 24.  Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
Art. 28.  Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
Art. 42.  O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
Art. 49.  A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
        
Art. 51.  O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
Art. 60.  Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
Art. 576.  O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
S/PRINCÍPIO DISPOSITIVO E PRINCÍPIO DA LIVRE INVESTIGAÇÃO DAS PROVAS
NO CPC, ARTS.125, 130, 131, 330,342, 420; NO CPP, ART.197; Na CLT, Art.765
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